::: Prisma :: PME nr 2 :::

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* sábado, 14 de fevereiro de 2009 * ano 0I * nr. 02 * pme Curia Tecnoparque Um parque tecnológico ao serviço da Região A WRC |Agência de Desenvolvimento Regional, sediada na Curia, concelho de Anadia, posiciona-se desde a sua criação em 2002 como um projecto de vocação tecnológica, envolvendo na sua constitui- ção autarquias, universidades e empresas. Por Pedro Maranha, administrador da WRC | Agência de Desenvolvimento Regional Intervir e desenvolver acções ligadas à sociedade da informação e à nova econo- mia na Região Centro têm sido o leitmotiv, estando esta matriz na génese dos vários projectos desenvolvidos pela Agência. Enquanto espaço de desenvolvimento tecnológico, de inovação e empreende- dorismo, o Curia Tecnoparque tem actuado, por um lado, no desenvolvimento de serviços que sejam uma mais-valia para a modernização administrativa das autar- quias e, por outro, na promoção do crescimento de empresas inovadoras através de processos de incubação e spin-off. Neste contexto, tem apostado em parcerias com importantes players, possibilitando gerar a transferência de fluxos de conhe- cimento e tecnologia entre universidades, instituições de I&D e empresas. A WRC impulsionou a criação do Centro de Inovação e Desenvolvimento de Software Autárquico (CIDESA), em estreita articulação com a Associação de Infor- mática da Região Centro, o segundo maior accionista da Agência. Este projecto, que rapidamente se transformou num dos projectos âncora do Curia Tecnopar- que, tem como objectivo apoiar a construção de soluções inovadoras no âmbito da Gestão Autárquica. Integrado na rede dos Microsoft Innovation Centers, o CIDESA tem ainda como parceiros a Microsoft, o ISEC e a Universidade de Aveiro. É na área da promoção do empreendedorismo que o Curia Tecnoparque mais se tem destacado, assumindo também aqui uma estratégia clara de trabalho em rede, dado assentar no pressuposto de que a promoção do empreendedorismo e da inovação não pode ser feita isoladamente e de que através do trabalho em rede consegue alcançar-se mais facilmente vantagens de win-win. Assim se explica que uma das suas bandeiras seja a criação da INCUBE - Associação de Incuba- doras de Empresas de Portugal, uma entidade que, no futuro, deverá desempenhar um papel de estímulo à inovação e à promoção do empreendedorismo no país. Uma nova etapa para a concretização deste projecto terá lugar em Maio, durante o II ENI - Encontro Nacional de Incubadoras de Empresas, a decorrer pelo segundo ano consecutivo no Curia Tecnoparque, onde se espera a adesão da maioria das incubadoras nacionais. Numa fase mais avançada de constituição encontra-se a Parques de Portugal – Associação de Áreas Empresariais Qualificadas, que repre- senta o conjunto das estruturas de acolhimento empresarial, incluindo os parques científicos e tecnológicos. A localização central da Curia, entre os pólos de conhecimento de Coimbra e Aveiro, tem permitido posicionar o Curia Tecnoparque como um espaço de atrac- ção e como agente dinamizador no seio da Região Centro. É nesta vertente de pólo tecnológico que conseguiu atrair as sedes do centroHabitat – Associação Plata- forma para a Construção Sustentável e da Coimbravita, uma Agência de Desen- volvimento Regional ligada à promoção da saúde e às ciências da vida. Geldouro Uma aposta ganha no “outsourcing” A Geldouro foi distinguida com o galardão de PME líder confir- mando assim o crescente estatuto que desempenha no seu sector. Em entrevista Vítor Soares, presi- dente do Conselho de Adminis- tração da Geldouro, confessa que o sucesso se baseia “nos altos níveis de exigência e controlo de qualidade de todos os nossos prestadores de serviços.”

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* sábado, 14 de fevereiro de 2009 * ano 0I * nr. 02 *

pme

Curia Tecnoparque

Um parque tecnológico ao serviço da Região A WRC |Agência de Desenvolvimento Regional, sediada na Curia, concelho de Anadia, posiciona-se desde a sua criação em 2002 como um projecto de vocação tecnológica, envolvendo na sua constitui-ção autarquias, universidades e empresas.

Por Pedro Maranha, administrador da WRC | Agência de Desenvolvimento Regional

Intervir e desenvolver acções ligadas à sociedade da informação e à nova econo-mia na Região Centro têm sido o leitmotiv, estando esta matriz na génese dos vários projectos desenvolvidos pela Agência.

Enquanto espaço de desenvolvimento tecnológico, de inovação e empreende-dorismo, o Curia Tecnoparque tem actuado, por um lado, no desenvolvimento de serviços que sejam uma mais-valia para a modernização administrativa das autar-quias e, por outro, na promoção do crescimento de empresas inovadoras através de processos de incubação e spin-off. Neste contexto, tem apostado em parcerias com importantes players, possibilitando gerar a transferência de fluxos de conhe-cimento e tecnologia entre universidades, instituições de I&D e empresas.

A WRC impulsionou a criação do Centro de Inovação e Desenvolvimento de Software Autárquico (CIDESA), em estreita articulação com a Associação de Infor-mática da Região Centro, o segundo maior accionista da Agência. Este projecto, que rapidamente se transformou num dos projectos âncora do Curia Tecnopar-que, tem como objectivo apoiar a construção de soluções inovadoras no âmbito da Gestão Autárquica. Integrado na rede dos Microsoft Innovation Centers, o CIDESA tem ainda como parceiros a Microsoft, o ISEC e a Universidade de Aveiro.

É na área da promoção do empreendedorismo que o Curia Tecnoparque mais se tem destacado, assumindo também aqui uma estratégia clara de trabalho em rede, dado assentar no pressuposto de que a promoção do empreendedorismo e da inovação não pode ser feita isoladamente e de que através do trabalho em rede consegue alcançar-se mais facilmente vantagens de win-win. Assim se explica que uma das suas bandeiras seja a criação da INCUBE - Associação de Incuba-doras de Empresas de Portugal, uma entidade que, no futuro, deverá desempenhar um papel de estímulo à inovação e à promoção do empreendedorismo no país. Uma nova etapa para a concretização deste projecto terá lugar em Maio, durante o II ENI - Encontro Nacional de Incubadoras de Empresas, a decorrer pelo segundo ano consecutivo no Curia Tecnoparque, onde se espera a adesão da maioria das incubadoras nacionais. Numa fase mais avançada de constituição encontra-se a Parques de Portugal – Associação de Áreas Empresariais Qualificadas, que repre-senta o conjunto das estruturas de acolhimento empresarial, incluindo os parques científicos e tecnológicos.

A localização central da Curia, entre os pólos de conhecimento de Coimbra e Aveiro, tem permitido posicionar o Curia Tecnoparque como um espaço de atrac-ção e como agente dinamizador no seio da Região Centro. É nesta vertente de pólo tecnológico que conseguiu atrair as sedes do centroHabitat – Associação Plata-forma para a Construção Sustentável e da Coimbravita, uma Agência de Desen-volvimento Regional ligada à promoção da saúde e às ciências da vida.

Geldouro

Uma aposta ganha no “outsourcing”

A Geldouro foi distinguida com o galardão de PME líder confir-mando assim o crescente estatuto que desempenha no seu sector. Em entrevista Vítor Soares, presi-dente do Conselho de Adminis-tração da Geldouro, confessa que o sucesso se baseia “nos altos níveis de exigência e controlo de qualidade de todos os nossos prestadores de serviços.”

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Uma aposta ganha no “outsourcing”

A Geldouro assenta num padrão de gestão que lhe permite enfrentar novos desafios tendo para tal recorrido ao “outsourcing”. Desta forma consegue rentabilizar todos os processos desde o transporte do pescado, passando pela transformação, armazenamento, distribuição e reposição de stocks nos pontos de venda.

Segundo Vítor Soares, presidente do Conselho de Administração da Geldouro, o sucesso baseia-se “nos altos níveis de exigência e controlo de qualidade de todos os nossos prestado-res de serviços. Existem vantagens a todos os níveis na entrega de proces-sos a empresas que tem o ‘know-how’ e que, por ser esse o seu ‘core business’, melhor sabem executar os mesmos, garantindo assim alto nível de competitividade. Este modelo permite-nos crescer ao ritmo dos nossos clien-tes e do mercado. A Geldouro controla todo o processo desde a recepção da matéria-prima, ao processo de produ-ção e expedição, garantindo o controlo dos seus produtos até ao cliente.”

Quais as principais características que aponta à evolução do mercado dos congelados?A evolução do mercado continuará a ser positiva quer qualitativamente quer

quantitativamente, mesmo havendo transferência de espécies habitualmente capturadas para produzir em aquacul-tura. Quanto a tendências, os consumido-res continuam a dar importância à prati-cidade e à inovação que, por si mesma, é um factor de incremento ao consumo.

Que desafios enfrenta actualmente este mercado?Devido à procura crescente em todos os mercados, nomeadamente na Ásia, o desafio para o nosso sector é satisfazer a procura devido à escassez de algumas espécies. Para tal não é menos impor-tante promover a sensibilização dos consumidores para o nível de qualidade dos produtos de aquacultura.Mariscada de kg

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Miolo de Vieira com Coral

Miminhos do Mar

Peso das marcas de distribui-dores (MDD)A Geldouro tem, neste momento, parte da produção destinada a responder às encomendas da grande distribui-ção. A empresa lidera o mercado dos pré-embalados de produtos do mar congelados, colocando no mercado cerca de 30 mil unidades de venda por dia, em vários forma-tos de embalagens – parte signifi-cativa através das marcas dos seus clientes.

A Geldouro adquire as suas matérias-primas nos mercados de origem, que se encontram espalha-dos por todos os continentes. Quanto ao mercado nacional, este está condicionado principalmente a três espécies: sardinha, carapau e cavala, pela insuficiente quantidade captu-rada nas restantes espécies.

Há mais de 31 anos no mercadoCriada em 1978, a Geldouro – empresa de transformação e comer-cialização de produtos da pesca congelados – fornece a grande distribuição a actuar no mercado nacional. Uma situação que permi-tiu também avançar para vários países da Europa, acompanhando cadeias internacionais suas clien-tes, já instaladas em Portugal.

Outros mercados como o México, Alemanha, Itália e Luxemburgo, já foram contemplados com os produ-tos da marca Geldouro, que aposta numa gama de alta qualidade, para o segmento de mercado “Premium”/ / “Gourmet”.

* “É imperativo as empresas adaptarem-se às mudanças do mercado.”

Qual a estratégia da empresa para esses desafios?Alargar o número de espécies comer-cializadas bem como as origens das mesmas – de salientar que para tal a empresa está a criar parcerias com entidades reconhecidas para o controlo de qualidade nas novas origens.

A maior ameaça provém das marcas de distribuição? Em que medida?A Geldouro não considera as marcas de distribuição como sendo uma ameaça. Acreditamos que é imperativo as empre-sas adaptarem-se às mudanças do mercado, tendo sempre como objectivo a satisfação das necessidades dos clien-tes e dos consumidores. As marcas de distribuição contribuem para tal criando uma maior profusão nos hábitos alimen-

Geldouro distinguida como PME líder A Geldouro foi distinguida com o galardão de PME líder confirmando assim o crescente estatuto que desempenha no seu sector. Em 2008 o volume de negócios ascendeu a 17.5 milhões de euros, sendo ambição da empresa, apesar das contingên-cias económico-financeiras instala-das, continuar a crescer ao ritmo da última década. O mercado externo é uma prioridade da empresa, estando já criadas condições para uma forte aposta na internacionalização.

A focalização desta empresa é o seu cliente. Para tal, sempre atenta à inovação e às solicitações do mercado, a Geldouro encontra-se integrada na mais moderna unidade fabril e plataforma logística de frio nacional, competindo com os melho-res padrões internacionais.

tares com um binómio preço/qualidade mais apelativo.

Existe grande diferença entre o mercado nacional e internacional?Sim, o consumo de produtos da pesca em Portugal é significativamente maior do que na maioria dos países – o nosso consumo per capita é de 60 kg contras-tando com outros países onde o consumo não chega a 20 kg. Outra característica do nosso mercado, em muito devido aos hábitos alimentares da dieta mediterrâ-nea, é a comercialização de peixe semi-processado, sendo o mercado internacio-nal mais caracterizado pela presença de pescados elaborados.

É possível verificar grandes oscila-ções/variações ao nível das quotas de mercado dos principais players existen-tes a nível nacional?Dado o permanente crescimento e a transferência do consumo cada vez mais acelerada para as marcas da distribuição (próprias e 1º preços) torna-se cada vez

mais difícil avaliar as quotas de mercado dos respectivos players.

Qual é o posicionamento da marca Geldouro?Estamos a apostar em produtos de alta qualidade, para o segmento “Premium”/ “Gourmet”, com algumas inovações em desenvolvimento.

Qual a razão de ser deste posiciona-mento?Responder às solicitações de nichos do mercado, em crescendo, permitindo-nos desta forma distinguir a nossa marca da massificação criada pelas marcas da distribuição. Prisma