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SOCIEDADE BRASILEIRA DE TERAPIA INTENSIVA – SOBRATIINSTITUTO BRASILEIRO DE TERAPIA INTENSIVA – IBRATI
MESTRADO PROFISSIONALIZANTE EM TERAPIA INTENSIVA
ALEXSANDER CORREIA DA CUNHA
EFEITOS DA CINESIOTERAPIA EM PACIENTES CRÍTICOS
Porto Velho/RO2017
ALEXSANDER CORREIA DA CUNHA
EFEITOS DA CINESIOTERAPIA EM PACIENTES CRÍTICOS
Tese apresentada à Sociedade Brasileira de Terapia Intensiva, como requisito obrigatório para obtenção do título de Mestre em Terapia Intensiva.
Orientador: Fst. Marco Aurélio Pereira da Silva
Porto Velho/RO2017
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Resumo
Introdução: A fisioterapia motora através de varias técnicas ou programas de mobilização precoce do paciente crítico dentro da Unidade de Terapia Intensiva tem cada vez mais espaço, levando a melhora da capacidade funcional e redução no tempo de internação do paciente crítico minimizando os efeitos deletérios da síndrome do imobilismo. Objetivo: O presente artigo busca mostrar através de revisão da literatura, artigos relacionados ao uso da cinesioterapia em pacientes críticos. Método: Trata-se de revisão de literatura que busca através da coleta de dados, a pesquisa da literatura foi realizada nas bases de dados eletrônicas: PubMed, LILACS, Cochrane e SciELO, no período de 2005 a 2014. As palavras-chave usadas em várias combinações foram "critical patients", "mobilization" "cinesiotherapy", cinesioterapia e paciente critico. Resultados: Na maioria dos estudos desta revisão demonstraram que a realização de fisioterapia motora no paciente crítico representa uma intervenção segura, viável e bem tolerada pelos pacientes. Conclusão: Ainda temos um número reduzido de estudos com protocolos definidos que avaliam a cinesioterapia nos pacientes críticos, contudo na grande maioria dos estudos afirmam que a cinesioterapia possibilita o aumento da força muscular e diminui o tempo de ventilação mecânica, reduzindo o tempo de internação na unidade de terapia intensiva.Descritores: Cinesioterapia, paciente crítico.
Abstract
Introduction: Motor physical therapy through several techniques or programs of early mobilization of the critical patient within the Intensive Care Unit has more and more space, leading to an improvement in functional capacity and reduction in the time of hospitalization of the critical patient, minimizing the deleterious effects of the syndrome ff immobilism. Objective: This article aims to show through literature review articles related to the use of kinesiotherapy in critically ill patients. Method: This is a literature review that searches through the data collection, the literature search was performed in the electronic databases: PubMed, LILACS, Cochrane and SciELO, from 2005 to 2014. The keywords used in Several combinations were "critical patients", "mobilization", "cinesiotherapy", kinesiotherapy and critical patient. Results: Most of the studies in this review have demonstrated that the performance of motor physical therapy in the critical patient represents a safe, viable and well tolerated intervention by the patients. Conclusion: We still have a small number of studies with defined protocols that evaluate kinesiotherapy in critically ill patients. However, in the vast majority of studies, kinesiotherapy allows an increase in muscle strength and reduces mechanical ventilation time, reducing the length of hospital stay intensive care unit.Keywords: Kinesiotherapy, critical patient.
SUMÁRIO1 INTRODUÇÃO...............................................................................................06
2 OBJETIVO......................................................................................................06
3 MÉTODO........................................................................................................06
4 REFERENCIAL TEÓRICO.............................................................................07
4.1 SÍNDROME DO IMOBILISMO................................................................07
4.2 CINESIOTERAPIA PACIENTE CRITICO................................................08
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO......................................................................09
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS...........................................................................13
REFERÊNCIAS.............................................................................................14
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Cinesioterapia em Pacientes Críticos
Alexsander Correia da Cunha1
Marco Aurélio Pereira da Silva2
ResumoIntrodução: A fisioterapia motora através de varias técnicas ou
programas de mobilização precoce do paciente crítico dentro da Unidade de Terapia Intensiva tem cada vez mais espaço, levando a melhora da capacidade funcional e redução no tempo de internação do paciente crítico minimizando os efeitos deletérios da síndrome do imobilismo Objetivo: O presente artigo busca mostrar através de revisão da literatura, artigos relacionados ao uso da cinesioterapia em pacientes críticos. Método: Trata-se de revisão de literatura que busca através da coleta de dados, a pesquisa da literatura foi realizada nas bases de dados eletrônicas: PubMed, LILACS, Cochrane e SciELO, no período de 2005 a 2014. As palavras-chave usadas em várias combinações foram "critical patients", "mobilization" "cinesiotherapy", cinesioterapia e paciente critico. Resultados: Na maioria dos estudos desta revisão demonstraram que a realização de fisioterapia motora no paciente crítico representa uma intervenção segura, viável e bem tolerada pelos pacientes. Conclusão: Ainda temos um número reduzido de estudos com protocolos definidos que avaliam a cinesioterapia nos pacientes críticos, contudo na grande maioria dos estudos afirmam que a cinesioterapia possibilita o aumento da força muscular e diminui o tempo de ventilação mecânica, reduzindo o tempo de internação na unidade de terapia intensiva.Descritores: Cinesioterapia, paciente crítico.
Abstract
Introduction: Motor physical therapy through several techniques or programs of early mobilization of the critical patient within the Intensive Care Unit has more and more space, leading to an improvement in functional capacity and reduction in the time of hospitalization of the critical patient, minimizing the deleterious effects of the syndrome ff immobilism. Objective: This article aims to show through literature review articles related to the use of kinesiotherapy in critically ill patients. Method: This is a literature review that searches through the data collection, the literature search was performed in the electronic databases: PubMed, LILACS, Cochrane and SciELO, from 2005 to 2014. The keywords used in Several combinations were "critical patients", "mobilization",
1 Graduado em Fisioterapia pela Universidade Estácio de Sá (UNESA - RJ). Pós-Graduado em Saúde Pública pela Universidade Estácio de Sá (UNESA - RJ). Pós-Graduado em Fisioterapia aplicada em Traumatologia e Ortopedia Funcional UGF (Universidade Gama Filho - RJ). Mestrando em Intensivismo pelo Instituto Brasileiro de Terapia Intensiva (IBRATI).2 Graduado em Fisioterapia pela Faculdade de Reabilitação Tuiuti-PR. Especialista em Perfusão Extracorpórea pela Sociedade Brasileira de Circulação Extarcorpórea. Pós-Graduado em Acupuntura pela Faculdades Integradas “Espíritas”-PR. Pós-Graduando em Formação Docente para o Ensino Superior Contemporâneo na UNIRON. Mestre em Terapia Intensiva pelo Instituto Brasileiro de Terapia Intensiva (IBRATI). Doutorando em Terapia Intensiva pelo Instituto Brasileiro de Terapia Intensiva (IBRATI). Membro Titulado em Perfusão pela Sociedade Brasileira de Circulação Extracorpórea (SBCEC).
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"cinesiotherapy", kinesiotherapy and critical patient. Results: Most of the studies in this review have demonstrated that the performance of motor physical therapy in the critical patient represents a safe, viable and well tolerated intervention by the patients. Conclusion: We still have a small number of studies with defined protocols that evaluate kinesiotherapy in critically ill patients. However, in the vast majority of studies, kinesiotherapy allows an increase in muscle strength and reduces mechanical ventilation time, reducing the length of hospital stay intensive care unit.Keywords: Kinesiotherapy, critical patient.
1 INTRODUÇÃO
O exercício terapêutico ou cinesioterapia é considerado objetivo principal
na maioria dos planos de assistência fisioterapêutica, pois tem a finalidade de
aprimorar a funcionalidade física e reduzir incapacidades (APTA, 2001).
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A cinesioterapia é definida etimologicamente como a arte de curar,
utilizando todas as técnicas do movimento do corpo ou das partes corporais
para alívio de sintomas ou melhorar a função. A cinesioterapia tem lugar de
destaque como método fisioterapêutico para a reabilitação, sendo capaz de
determinar um conjunto de adaptações funcionais e estruturais com o objetivo
de prevenir atrofia muscular e recuperar a motricidade e a sensibilidade das
áreas comprometidas (MOSCARDINI et al., 2012).
E cada vez mais dada a importância a mobilização precoce do paciente
crítico, sendo considerada uma intervenção segura e viável após a
estabilização cardiorrespiratória e neurológica do paciente (PINHEIRO &
CHRISTOFOLETTI, 2012).
Silva et al., (2010) aponta que o paciente crítico internado em UTI
(unidade de terapia intensiva) apresenta restrições motoras graves e o seu
posicionamento adequado no leito e a mobilização precoce podem significar as
únicas possibilidades de interação do indivíduo com o ambiente, sendo
considerado fonte de estimulação sensório-motora e de prevenção de
complicações secundárias ao imobilismo.
E essa imobilidade prolongada no leito é comum em muitas UTIs e
contribuindo para a diminuição da síntese de proteínas musculares, ao
aumento do catabolismo muscular e à diminuição da massa muscular, além da
mudança geral de contração lenta (tipo I) para fibras musculares de contração
rápida (tipo II) (FAN, 2012).
2 OBJETIVO
O presente artigo busca mostrar através de revisão da literatura, artigos
relacionados ao uso da cinesioterapia em pacientes críticos.
3 MÉTODO
Trata-se de revisão de literatura que busca através da coleta de dados, a
pesquisa da literatura foi realizada nas bases de dados eletrônicas: PubMed,
LILACS, Cochrane e SciELO, no período de 2005 a 2014.
As palavras-chave usadas em várias combinações foram "critical
patients", "cinesiotherapy", Cinesioterapia e paciente critico.
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A escolha dos artigos foram ordenados e valorizados de acordo com a
evidência e relatando protocolos de mobilização de pacientes críticos. Foram
levantados de forma descritiva, a amostra e o tipo de intervenção possibilitando
encontrar a maior quantidade de intervenções, com a intenção de ser discutido
nessa revisão.
4 REFERENCIAL TEÓRICO
4.1 SÍNDROME DO IMOBILISMO
A fraqueza muscular generalizada no paciente crítico é uma das
principais complicações adquiridas na UTI (incidência de 30% a 60%), onde os
fatores principais para o desenvolvimento da fraqueza adquirida na UTI são a
gravidade e a duração da resposta inflamatória sistêmica, o tempo de
permanência na UTI e a duração da ventilação mecânica (LATRONICO &
RASULO, 2010).
MARAMATTOM & WIJDICKS, 2006 apontam outros fatores para o
desenvolvimento da fraqueza muscular nos pacientes internados na UTI, são
eles:
Medicamentos - esteróides, bloqueadores neuromusculares (pancurônio,
vecurônio), zidovudina, Amiodarona;
Desordem neuromuscular não diagnosticada: miastenia ou miopatias
inflamatórias;
Doença da medula espinal (isquemia, compressão, trauma, vasculite,
desmielinização);
Miopatia de doença crítica, polineuropatia;
Perda de massa muscular (rabdomiólise);
Distúrbios eletrolíticos (hipocalemia, hipofosfatemia, hipermagnesemia);
Doença sistêmica (porfiria, AIDS, vasculite, paraneoplásica, drogas).
Alguns estudos apontam que a atrofia muscular começa dentro de
poucas horas de imobilidade, resultando em uma perda de força de 4 a 5%
para cada semana de repouso em cama, em pacientes críticos a perda
muscular é ainda maior, o fator idade também contribui, pois mais pacientes
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sarcopênicos idosos são admitidos na UTI e começam com uma massa
muscular mais baixa (FAN, 2012).
A perda de massa muscular e de endurance em consequencia do
imobilismo é o que aumenta de 3 a 5 vezes o tempo de permanência da
ventilação mecânica e no desmame ventilatório, a perda de massa muscular
pode reduzir na metade em menos de 2 semanas e associada a sepse pode ter
perda de 1,5kg por dia de imobilismo (WAGENMAERS, 2001).
A síndrome do imobilismo não acomete somente o sistema músculo
esquelético, outros sistemas também sofrem complicações, o sistema
gastrointestinal, urinário, respiratório, cardiovasvular e cutâneo
(WAGENMAERS, 2001).
Todas essas atividades foram realizadas nos ensaios clínicos incluídos na
presente revisão. Cabe lembrar que os pacientes estudados encontravam-se
submetidos à VM invasiva, sendo as anormalidades neuromusculares
adquiridas na UTI comuns nesta população, visto que a VM prolongada é
considerada fator de risco independente para o desenvolvimento de fraqueza
muscular grave, além de promover prejuízo no desempenho funcional do
sujeito (CHIANG et al., 2006).
4.2 CINESIOTERAPIA NO PACIENTE CRÍTICO
A mobilização dos pacientes críticos restritos ao leito, associada a um
posicionamento preventivo de contraturas articulares na UTI, pode ser
considerada um mecanismo de reabilitação precoce com importantes efeitos
acerca das várias etapas do transporte de oxigênio, procurando manter a força
muscular e a mobilidade articular, e melhorando a função pulmonar e o
desempenho do sistema respiratório. Tudo isso poderá facilitar o desmame da
VM, reduzir o tempo de permanência na UTI e, consequentemente, a
permanência hospitalar, além de promover melhora na qualidade de vida após
a alta hospitalar (MATOS et al., 2016).
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A cinesioterapia vem exercendo um papel importante na recuperação
dos pacientes críticos, diminuindo o tempo de internação e na melhora
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funcional. Nos estudos encontrados apontam que a fisioterapia motora em
pacientes críticos assistidos em UTIs tem apresentados resultados positivos.
Na maioria dos estudos desta revisão demonstraram que a realização de
fisioterapia motora no paciente crítico representa uma intervenção segura,
viável e bem tolerada pelos pacientes.
Dentre as atividades realizadas pela fisioterapia motora em UTI citam-se
mudanças de decúbito e posicionamento no leito, mobilização passiva,
exercícios ativo-assistidos e ativo livres, uso de cicloergômetro, sedestação,
ortostatismo, marcha estática, transferência da cama para cadeira e
deambulação.
Autor/Ano Amostra IntervençãoMartin et al. / 2005 N= 49 pacientes com
diagnóstico variado com tempo de VM > 14 dias e 2 falhas consecutivas de desmame.
Cinesioterapia com exercícios ativos-assitidos e/ou ativos, controle de tronco, Transferência para poltrona, ortostatismo, deambulação, subir escadas e TRM com threshold.
Resultados Aumento da força muscular periférica e melhora da escala funcional e redução do tempo de desmame.
Autor/Ano Amostra IntervençãoChiang et al. / 2006 N= 32 sendo GI 17 e
GC em VM >14 dias.
Protocolo com exercícios
calistêmicos de MMSS e
MMII, Treino funcional no
leito e deambulação.
Resultados Melhora da escala FIM e Barthel, Aumento da FM
periférica e respiratória , diminuição do tempo de
VM.
Autor/Ano Amostra IntervençãoMorris P. et al. / 2008 Pacientes de unidade de
terapia intensiva com insuficiência respiratória aguda com ventilação mecânica, sendo 165 pacientes protocolo de fisioterapia e 165 pacientes com cuidado normal.
programa de mobilização precoce
Resultados A equipe que utilizou um protocolo de mobilidade precoce não aumentou os custos de internação e foi associada à diminuição de tempo na UTI em comparação com pacientes
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que receberam cuidados habituais.
Autor/Ano Amostra IntervençãoMorris P. et al /2008 Pacientes com
diagnósticos variados e
com pelo menos 48
horas de TOT. N= 128
GC e N= 128 GI.
Protocolo em 4 fases: exercícios ativos e/ou ativosassistidos,sedestação beira leito,treino de equilíbrio, sedestação, descarga de peso em ortostatismo, transferência para poltrona e deambulação.
Resultados Diminuição de dias de internação, custos
hospitalares e menor número de dias para primeira
saída do leito no GI.
Autor/Ano Amostra Intervenção
Burtin C. et al. / 200990 pacientes críticos com condição cardiorrespiratória, com permanência esperada na unidade de terapia intensiva prolongada de pelo menos 7 dias ou mais.
Sessão diária de exercícios, utilizando um cicloergômetro por 20min, passivo ou ativamente.
Resultados O treinamento aumentou a recuperação da capacidade funcional, a percepção do estado funcional e a força muscular para a alta hospitalar.
Autor/Ano Amostra IntervençãoMorris et al /2011 280 pacientes
sobreviventes com IrpA
que foram submetidos à
VM. 132( 47%) foram
readmitidos ou
morreram em um ano;
126( 45%) não foram
readmitidos e 22(8%)
foram perdidos para
follow-up.
Protocolo de estratégias
precoces de reabilitação.
Resultados Pacientes traqueostomizados, do sexo feminino,
com maior índice de comorbidade de Charlson e
falta de mobilidade precoce na UTI foram
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associados com as readmissões ou morte durante o
primeiro ano.
Autor/Ano Amostra IntervençãoDantas C. M. et al./ 2012 59 pacientes de ambos os
gêneros, em ventilação mecânica. Os pacientes foram divididos em grupo fisioterapia convencional - grupo controle, n=14, que realizou a fisioterapia do setor, e grupo mobilização precoce, n=14, que recebeu um protocolo sistemático de mobilização precoce.
programa de mobilização precoce.
Resultados Houve ganho da força muscular inspiratória e
periférica para a população estudada quando
submetida a um protocolo de mobilização precoce e
sistematizado.
Autor/Ano Amostra IntervençãoMah J. W. et al.
/2013
28 pacientes entraram no programa de mobilidade e 31 pacientes serviram como controles.
controle na posição sentada, transferência da cama para a cadeira e a deambulação foram avaliados na avaliação inicial e comparados com a UTI e a alta hospitalar utilizando escala de Medida de Independência Funcional.
Resultados Não houve diferenças nas características da linha de base nem nas pontuações iniciais na Medida de Independência Funcional para deambulação ou controle na posição sentada. Ambos os grupos melhoraram ao longo dos 3 períodos de tempo em todas as medidas; Entretanto mais pacientes no programa de mobilidade tiveram controle na posição sentada e melhora significativa na UTI e alta hospitalar.
Autor/Ano Amostra IntervençãoNydahl et al. / 2014 116 UTIs na Alemanha em
2011. Todos os pacientes adultos ventilados mecanicamente, total de 783 pacientes. Durante um periodo de 24 horas.
Mobilização no leito.
Resultados Neste estudo de prevalência pontual de um dia realizado em toda a Alemanha, apenas 24% dos pacientes estavam ventilados mecanicamente e apenas 8% dos pacientes com tubo endotraqueal foram mobilizados para fora do leito como
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parte dos cuidados de rotina.
Autor/Ano Amostra IntervençãoJolley S. E., Dale C. R., Hough C. L. / 2015
54 hospitais cuidando pacientes em ventilação mecânica; 47 participaram da pesquisa (taxa de resposta, 85,5%). Gerentes de enfermagem de 36 (76,6%) hospitais relataram uso de atividade física em pacientes em ventilação mecânica, sendo que 22 (46,8%) relataram uso de atividade física de alto nível (transferência para cadeira, de pé ou ambulância) e 24 (51,1%) Uso em pacientes com alta gravidade (pacientes que necessitam de ventilação mecânica e / ou vasopressores).
Programa de atividade física.
Resultados 76, 6% dos gerentes de enfermagem em três quartos (76,6%) dos hospitais elegíveis em todo o Estado de Washington relataram uso de atividade física em pacientes em ventilação mecânica. Resaltando a importancia da mobilização do paciente crítico.
GC = Grupo Controle ; GI = Grupo Intervenção; VM = Ventilação Mecânica; IrPA = Insuficiência respiratória aguda; MMII = Membros Inferiores; MMSS= Membros Superiores; FM = Força Muscular
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ainda temos um número reduzido de estudos com protocolos definidos
que avaliam a cinesioterapia nos pacientes críticos, contudo na grande maioria
dos estudos afirmam que a cinesioterapia possibilita o aumento da força
muscular e diminui o tempo de ventilação mecânica, reduzindo o tempo de
internação na unidade de terapia intensiva. Os estudos apontam também a
segurança e viabilidade da cinesioterapia, porém deixa claro a importância de
novos estudos sobre os resultados funcionais dos pacientes críticos.
Há evidências crescentes para apoiar a mobilização precoce de
pacientes adultos ventilados mecanicamente em UTIs. No entanto, há pouco
conhecimento sobre a mobilização precoce na prática de UTI de rotina.
REFERÊNCIAS
13
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