FACULDADES MONTEIRO LOBATO – FATOPÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE E ESPIRITUALIDADE

SAÚDE E ESPIRITUALIDADE - ASPECTOS TEÓRICOS E PRÁTICOS

DRA. MARLENE NOBRE - DR. GILSON LUIS ROBERTO

CONVERGÊNCIA MIDIÁTICA E INTERCOMUNICAÇÃO NA DIFUSÃO DA ESPIRITUALIDADE NA ESFERA PÚBLICA GLOBAL

JACKSON GUTERRES

FACULDADES MONTEIRO LOBATO – FATO

PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE E ESPIRITUALIDADE

SAÚDE E ESPIRITUALIDADE - ASPECTOS TEÓRICOS E PRÁTICOS

DRA MARLENE NOBRE | DR. GILSON LUIS ROBERTO

CONVERGÊNCIA MIDIÁTICA E INTERCOMUNICAÇÃO NA DIFUSÃO DA ESPIRITUALIDADE NA ESFERA

PÚBLICA GLOBAL

ALUNO: JACKSON GUTERRES

PROF. ORIENTADOR: DR. GILSON LUIS ROBERTO

Porto Alegre-RS, junho de 2012, Brasil

SUMÁRIO

1 – APRESENTAÇÃO

2 - JUSTIFICATIVA DO PROJETO SOCIAL COMUNICACIONAL

3 – OBJETIVO GERAL

4 – METAS DO PROJETO SOCIAL COMUNICACIONAL

5 – ATIVIDADE IMPLEMENTADAS

6 – PESQUISA, METODOLOGIA E REVISÃO LITERATURA

7 – TRÊS FOCOS BÁSICOS

8 – PÚBLICO ALVO

9 – O IMPACTO SOCIAL

10 – PRESSUPOSTO DE RESULTADO ESPERADO

11 – TOTAL DE BENEFICIADOS

12 – VALOR TOTAL DO PROJETO

13 – CONSIDERAÇÕES FINAIS

REFERÊNCIAS

A intercomunicação se faz sempre de Deus para Sua ideia, o homem. [Mary Baker Eddy]

1 APRESENTAÇÃO

Uma demanda social perceptível no terceiro milênio é o crescente interesse da opinião pública, por métodos alternativos de cuidado da saúde e por tomar consciência da relevância da espiritualidade e da religiosidade no cuidado com o paciente, o qual é contemplado numa dimensão espiritual, além da superfície material. Duas evidências desse crescimento do interesse público são dois jornais, de grande circulação gratuita, cuja totalidade de suas páginas são dedicadas à divulgação de terapias complementares e alternativas: O Prana, no Rio de Janeiro, e, o Jornal Bem-Estar, em Porto Alegre e outras capitais.

A questão que se propõem na elaboração de um projeto social voltado à espiritualidade e sua aplicação prática é: Como aproveitar os novos recursos tecnológicos comunicacionais e informacionais das mídias digitais, disponíveis e abertas, para espraiar, democrática e interativamente, uma noção simples da conveniência da espiritualidade aplicada ao cuidado da saúde integral do ser humano – dimensão mente-corpo?

Diante de um cenário global paradigmático retrógrado, norteado pelo ceticismo e assédio do materialismo que criam imposições e complexidades à crescente aceitação e interesse público diante da relevância da espiritualidade, estrategicamente, optou-se pela via da difusão de anomalias do conhecimento científico que traspassam o paradigma materialista reducionista, como um modo de despertar a consciência para a potencialidade e possibilidades da espiritualidade que beneficiam a ambos, tanto nos cuidados da saúde do paciente, como dos agentes e profissionais de saúde.

Ao pesquisar sobre a noção de opinião pública, foi possível encontrar uma corrente de pensamento emergente, na área da Ciência da Informação, capitaneada por André Lemos, professor e pesquisador da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia que, diante do novo cenário comunicacional e sem fronteiras do ciberespaço, sugere ponderar um novo conceito baseado na omnivisão: o de esfera pública. Com base neste novo paradigma, a tendência é diluir o sentido de uma dimensão local para uma dimensão global da potencialidade e diversificadas possibilidades informacionais da Internet.

Essa reconfiguração do ambiente comunicacional, num espaço aberto, público, interativo, em tempo real e, ao mesmo, tempo virtual tem sido pesquisado pelo Sociólogo e Filósofo da Informação, Pierre Lévy, o qual preocupa-se em estudar a interação entre a sociedade e a Internet. Ele idealizou uma cibercultura, dotada de uma “inteligência compartilhada” num ciberespaço, promovendo uma ciberdemocracia

interplanetária do conhecimento e do fluxo informacional. À luz dessa nova plataforma, configura-se uma esfera pública global que transcende a esfera pública local.

Tal contexto esta inserido em um processo de construção, coletivo e colaborativo, de uma ciberconsciência. Esse ideário de uma nova consciência, virtualmente processada a partir do ciberespaço, poderia ser viabilizado a partir da ampla difusão do que pensadores, cientistas, pesquisadores, médicos, jornalistas, enfermeiros, blogueiros, e demais profissionais de saúde e leigos interessados estão se perguntando, afirmando e preanunciando no que concerne ao impacto da espiritualidade na qualidade de vida.

Como resultado do presente projeto social final, espera-se que, ao difundir amplamente tais conteúdos informacionais multimídias, explorando os caminhos da convergência comunicacional das mídias, será possível divulgar a espiritualidade provocando um sensível abalo estrutural na infraestrutura do paradigma vigente, materialista e reducionista. Tal paradigma assedia a espiritualidade e insiste em manter nossa concepção de mundo condicionada e limitada, além de opaca à luz sublime da espiritualidade que está levedando a massa do pensamento humano, em todas as área do conhecimento e suas aplicações, não só na área da saúde.

Investigar uma metodologia de difusão desses novos olhares e saberes em ciberespaços, público e abertos, pela via da convergência de mídias, integradas e susceptíveis à interatividade com o público. Projetar e produzir tais espaços virtuais pelo uso das redes sociais: blog, Facebook, Twitter, Google+ e YouTube parece ser, no prisma do presente projeto social, uma via útil, interessante e de grande visibilidade para ampliar a noção e nutrir o processo de construção de uma ciberconsciência sem preconceitos, livre e aberta às infinitas possibilidade e potencialidades da espiritualidade para a qualidade de vida, bem-estar e bem viver.

Deus nos concede, a cada dia, uma página de vida nova no livro do tempo. Aquilo que colocarmos nela, corre por nossa conta.[Chico Xavier]

2 JUSTIFICATIVA DO PROJETO SOCIAL COMUNICACIONAL

O cerne da justificativa desse projeto social, a ser apresentado como requisito de aprovação na disciplina de Saúde e Espiritualidade – Aspectos Práticos, da faculdade FATO, é elaborar um projeto comunicacional piloto que utilize os recursos, abertos, convergentes e interativos da Internet para socializar, difundir e espraiar anomalias no conhecimento científico que impactam no paradigma materialista, reducionista vigente, com vocação para gerar questionamentos do tipo: “Por que não usar a espiritualidade no cuidado da saúde do paciente e na saúde funcional dos profissionais de saúde?

Tal delineamento está em sincronia com as demandas sociais cidadão que espelham haver um crescente interesse pela espiritualidade, fato corroborado pelo artigo recente do teólogo Leonardo Boff publicado no Jornal do Brasil: A importância da espiritualidade para a saúde

A proposta inovadora da nova base de formação do conhecimento humano, segundo (Lévy, 2010) fundamenta-se na tese da inteligência coletiva. Deriva dessa plataforma um processo de construção do conhecimento emergente, que é representativo no ciberespaço por sua vocação de gerar uma cibercultura, e, mudar radicalmente o modo tradicional de como o processo de aprendizado realiza-se, sugerindo a nova via da colaboração, individual e coletiva no ciberespaço, produzindo a cibercultura no rumo de uma ciberdemocracia interplanetária.

A justificativa do presente projeto social, ancora-se justamente nesse processo de construção, coletiva e colaborativa, diante da sociedade da informação compartilhada do terceiro milênio, configurado por especialistas da informação, como Pierre Lévy, André Lemos, bem como delineado pelo precursor do ideário de uma plataforma comunicacional paradigmática, cunhada por Manuel Castells de: Mass Self Communication – numa tradução livre que tem sido usada no português: “intercomunicação individual”.

Na velocidade e oceano informacional que abunda em nosso cotidiano midiático, nas redes sociais, YouTube, Twitter, mídias convencionais – rádio, televisão e jornais, observa-se uma forte tendência a uma convergência de mídias, cujo melhor exemplo em termos de equipamentos é o i-pod, ou, celular smartphone com acesso à Internet. Alguns especialistas afirmam que uma surpreendente inclusão digital está acontecendo através do aumento exponencial do número de celular vendido no Brasil e no mundo.

O que você escreve com tinta, com pequenas letras negras, pode perder-se inteiramente pela ação de uma única gota d'água. Mas o que está escrito no seu coração estará aí por toda a eternidade. (Tsangyang Gyatso - Contos Populares do Tibete)

3 OBJETIVO GERAL

Pesquisar um modo de disponibilizar à esfera pública, segundo (Lemos, 2010) - geralmente concebida como opinião pública - conteúdos significativos que possam despertar na consciência, individual e coletiva, um ponto de interrogação que sugira a seguinte inferência emergente: “Por que não usar a espiritualidade no cuidado da saúde, tanto do paciente como dos profissionais de saúde?” Para tal, compreendendo e utilizando os recursos virtuais disponíveis no ciberespaço visando alcançar as “minorias criativas” - conceito apresentado pela Prof. Dr. Marlene Nobre - e seu efeito multiplicador.

3.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

3.1.1. Dar visibilidade online e de modo contínuo, conteúdos compartilhados do que pesquisadores, cientistas, médicos e demais profissionais de saúde, bem como jornalistas, formadores de opiniões, blogueiros e leigos interessados, estão se perguntando, afirmando, predizendo e compartilhando nas redes sociais que impactam na desconstrução do paradigma materialista vigente, abrindo o pensamento as possibilidades e potencialidades da espiritualidade.

3.1.2. Criar um arquivo digital de conteúdos memoráveis produzidos em blogs, disponibilizados em vídeos, documentários, artigos, entrevistas, pesquisas, dando forma a um repositório digital que possa ser acessado através dos buscadores, quando um usuário pesquisar conteúdos sobre as tags: oração, espiritualidade, meditação, consciência, etc.

3.1.3 Buscar utilizar, na prática do executar desse projeto social-informacional, a teoria dos recursos comunicacionais com base na convergência de mídias, na intercomunicação individual e sociedade em rede de (Castells, 2006), no princípio das inteligências coletivas de (Lèvy, 2010) e, no conceito de esfera pública de (Lemos, 2010).

4 METAS DO PROJETO SOCIAL COMUNICACIONAL

4.1 Criar espaços virtuais para compartilhar abertamente na esfera pública pesquisas, artigos, lançamento de livro, posts em blogs, vídeos documentários que apresentem novos olhares, saberes e práticas que poderiam ser consideradas incompatíveis com o paradigma materialista, reducionista vigente, noutras palavras anomalias.

4.2 Estudar a plataforma comunicacional Mass Self Communication proposta por Manuel Castells, Web 2.0, bem como as novas tendências dos algoritimos dos motores de busca da Google, buscando ter uma noção de como criar tópicos, metadados e tags

significativas e oportunas que possam ser indexados pelos buscadores da Internet, quando os internautas pesquisarem palavras afins tais como: Espiritualidade, oração, meditação, consciência, ciberconsciência, saúde, bem-estar, equilíbrio, bem-viver, etc...

4.3 Dentro da perspectiva de dar maior visibilidade à espiritualidade, projetando sua luz à partir do realce de anomalias que surgem dentro do próprio paradigma, o projeto social de comunicação inclui os seguintes recursos virtuais da rede social:

4.3.1 Criação e gestão de conteúdos em um blog;

4.3.2 Desenvolvimento e criação de um logo representativo para o projeto social;

4.3.3 Criação e gestão de conteúdo de uma conta no Twitter;

4.3.4 Criação e gestão de conteúdo de uma página no Facebook;

4.3.5 Criação e gestão de um canal no YouTube;

4.3.6 Criação e gestão de uma conta de e-mail para interação e contato com usuários.

5 ATIVIDADES IMPLEMENTADAS:

5.1 A criação e gestão de um blog na plataforma wordpress

Criou-se um blog para divulgar artigos, livros novos sobre a temática da espiritualidade, e outras produções que sugerem indícios de bem-estar e qualidade de vida pelo processo de espiritualização da consciência, mesmo que seja pouco provável reconhecer-se tal indício, num primeiro e desatento olhar da esfera pública, também chamada de opinião pública presente no ciberespaço.

O blog foi criado com o nome de “Consciência Salutar” no dia 16 de Abril de 2012, com a seguinte URL ou link: http://conscienciasalutar.wordpress.com

Eis aqui o post inaugural: http://conscienciasalutar.wordpress.com/2012/04/16/hello-world

A opção foi usar a plataforma aberta Web 2.0 da Wordpress. A vantagem percebida é que oferece a modalidade gratuita e tem uma gama maior de recursos em relação a outros fornecedores. O tema de plano de fundo escolhido para o blog foi um que permite dar a impressão de um nascer do sol, a medida que o usuário vai rolando a tela para baixo na busca da mais conteúdos. Outra razão que levou a escolha dessa plataforma foi ter realizado um curso, online via Skype em 2011, com uma especialista americana em blogs residente em São Francisco, LA, EUA, cujo nome é Leona Lauren, intitulado: Blogging with Purpose Throught Social Media

5.2 Desenvolvimento e criação de um logo representativo para o projeto social

Eis abaixo o logo desenvolvido e proposto para o blog a qual espelha o aspecto integrado da dimensão da saúde sob à luz da espiritualidade, a explicação sugerida para cada elemento está no post intitulado: Lançamento do logo do blog Consciência Salutar

5.3 A criação e gestão de uma conta no Twitter

Foi criada uma conta no Twitter. O Twitter é um espaço virtual para troca de mensagem limitadas à 140 caracteres. Ele é mais popular entre os jovens que o usam para postar comentários gerais sobre coisas que estão realizando durante o seu dia a dia.

Seu uso profissional, ainda é muito incipiente no Brasil, e, especialistas discutem sobre sua potencialidade como um recurso comunicacional no ciberespaço. Mas seu uso está crescendo vertiginosamente, ganhando popularidade entre os internautas e alcance global sem fronteiras, embora a mídia convencional ainda não tenha descoberto plenamente o seu alcance e valor. Tal característica configura-o como um poderoso recurso comunicacional, embora limitado na quantidade de caracteres.

Para cumprir a meta de integrar mídias, criou-se a conta: @ciberconsciente (para acessar basta clicar no nome, pois o link está inserido como hiperlink no presente documento). Uma conta de twitter inicia pelo caracter arroba, pois esse é o modo como se divulga o nome da conta do twitter. Optou-se pelo nome ciberconsciente, ao invés de ciberconsciência, em função do limite de 11 caracteres para definição dos nomes de contas, não sendo aceita acentuação e/ou outros caracteres além de letras e números. Abaixo a imagem escolhida e a frase sucinta no perfil do twitter:

Ciberconsciencia@CiberconscienteAguçar e compartir na esfera pública global as anomalias que os pesquisadores, cientistas e pensadores estão publicando e que têm vocação para mudar paradigmas!Porto Alegre-RS Brasil · http://conscienciasalutar.wordpress.com/

5.4 A criação e gestão de uma página no Facebook

Para cumprir a meta de integração e convergência de mídias, buscou-se uma opção de divulgação de conteúdos nas redes sociais, nesse sentido optou-se pela criação de uma

página no Facebook, cujo nome ficou: ciberconsciência - para acessar basta clicar no nome pois o link está inserido como hiperlink.

A URL do link ficou assim: https://www.facebook.com/pages/Ciberconsciência/139996092798671

Eis a frase do perfil que tem a mesma imagem do elo da corrente sendo quebrada, como mostrada acima:

Categoria: Saúde/Bem-estar

Nutrir uma consciência salutar receptiva à alternativa da espiritualidade no bem-estar! Omnivisão: O que pensadores, médicos, pesquisadores, jornalistas e cientistas estão dizendo na esfera pública que traspassa o paradigma da medicina material?

5.5 A criação e gestão de um canal de vídeos no YouTube

Imagens em movimento têm sido um modo de apresentar conteúdos clássicos para a consciência individual e coletiva. Tem crescido vertiginosamente o uso deste recurso, oportunizado, gratuitamente, pela empresa Google, no qual qualquer pessoa, com uma câmera de vídeo, ou até mesmo de um celular pode gerar um vídeo e disponibilizá-lo para acesso na esfera pública do ciberespaço.

Para criação de uma conta no YouTube há a necessidade de ter uma conta de e-mail registrada no Gmail, que também pertença à Google.

O nome do canal é “Ciberconsciencia” também significativo e singular ao projeto social comunicacional, para acessar basta clicar no link a seguir: Ciberconsciencia

Observação: precisou ser sem acentos pois é um padrão do YouTube.

5.6 Criação e gestão de uma conta de e-mail para interação e contato com usuários.

Antigamente era possível criar um e-mail corporativo sem atrelar a um nome de usuário específico. Hoje, em função de mudanças implementadas pela Google em sua política de “Privacidade e Princípios” há a exigência de atrelá-la a um usuário real e passível de identificação pela Google.

Dentro disto a conta foi registrada em nome do aluno, autor do projeto, e o “nome fantasia” da conta de e-mail ficou: ciberconsciencia@gmail.com

A coisa principal da vida não é o conhecimento, mas o uso que dele se faz. (Talmude)

Ciência é o conhecimento organizado. Sabedoria é vida organizada( IMMANUEL KANT )

6. PESQUISA, METODOLOGIA E REVISÃO LITERATURA

A representatividade da figura da Matrioshka (boneca matriuska russa) – em geral composta de 6 ou 7 unidades que encaixam-se perfeitamente numa única composição. Essa folclórica figura do povo russo foi utilizada na capa do projeto como um referencial oportuno para representar a tendência geral das ideias do que os especialistas estão chamando de convergência total de mídias, eis uma tabela que ilustra os componentes midiáticos, essa foi a linha de pesquisa onde buscou-se uma metodologia:

Recurso tecnológico de mídia

Suporte/formato comunicacional

Índice de interatividade com usuários

Rádio somente voz - som insignificanteTelevisão analógica Imagem e voz - som insignificanteTelevisão digital HDTV Imagem, voz e dados Grande. Depende de política.Jornal – imprensa convencional Texto e fotografia insignificanteBlog Texto, imagem, vídeo, som, podcast Total e configurávelTwitter Texto 140 caracteres, imagens, som,

vídeos, podcastGrande porém restrita aos usuários do Twitter

Redes Sociais Texto, imagens, vídeos, som, podcast Grande e restrita ao usuários cadastrados

Jornal na plataforma web jornalismo

Texto, imagens, vídeos, som, podcast Potencialmente grande, mas restrito a base de 500 caracter

Embora haja diversidade de recursos tecnológicos para comunicar, a imprensa no modelo clássico, está deixando de ser o meio de comunicação mais eficaz, o qual está perdendo terreno para as formas novas de comunicação oportunizada pela rede mundial de computadores. Um exemplo notório dessa tendência são as ondas de mudanças políticas que iniciou com a primavera Árabe reclamando mais liberdade e democracia, a qual espraiou-se rapidamente por grande parte do Oriente. Essa rápida repercussão é atribuída por especialista da comunicação ao novo paradigma informacional e comunicacional da Internet. A pesquisa realizada direcionou a metodologia para a plataforma comunicacional da Mass Self Communication proposta por Manuel Castells.

6.1 – REVISÃO LITERATURA

Há uma máxima em comunicação que diz que a informação é poder. Numa ocasião li num cartaz dentro de uma unidade médica: “saúde = comunicação”.

Para esboçar uma compreensão de como está acontecendo o processo informacional nos umbrais do terceiro milênio, torna-se mister ampliar a noção dos sistemas comunicacionais em voga e um olhar aberto, embasado na omnivisão de como acontece o processo de intercomunicação entre as pessoas, hoje em dia, e a tendência futura de como esse processo continuará desdobrando-se.

Não é escopo, desse projeto social e comunicacional investigar, em profundidade, as teorias e práticas dos sistemas comunicacionais que estão em rota de obsolescência, uma vez que partimos do princípio de que existe uma dinâmica, interativa e relacional, atuante em todo e qualquer sistema que foi apresentada pelo físico Dr. Fritjof Capra, sob o prisma de uma “noção funcional” oposta ao “raciocínio redutor”:

Esta visão realça a interdependência e a inter-relação dos sistemas. Um sistema é um conjunto integrado, cujas qualidades essenciais derivam da inter-relação e da interdependência de seus componentes. (...) Todo organismo é um sistema vivo, desde a simples célula até o músculo ou um órgão do corpo humano. O corpo humano é, no seu conjunto – espírito/corpo – um sistema. Um sistema social é um sistema vivo. Por exemplo, uma família, um grupo social, uma nação, etc. Todos estes sistemas são conjuntos integrados, regidos por princípios de organização bastante idênticos. Como pode ver, a concepção tradicional punha ênfase nos elementos, simplificando e explicando o conjunto em função de suas partes, enquanto que a análise funcional está em oposição a esta concepção, completando-a, pois se esforça em compreender o todo em função das relações entre suas partes. Entretanto, estas duas visões são necessárias, mas nossa cultura até agora só dedicou sua atenção ao raciocínio redutor, ignorando a noção funcional dos sistemas. (CAPRA, entrevista à Jocelyn Ryder-Smith da BBC de Londres, 197?)

Infere-se que tal delineamento, conceitual e metodológico, seja aplicável ao processo de comunicação, integrado e convergente, que esse projeto social propõe-se a usar com o propósito de semear na consciência da esfera pública a semente da espiritualidade, suas potencialidade e possibilidades, em específico aplicada aos cuidados de saúde, na conquista do bem-estar e qualidade de pensamento e de vida, tanto do paciente como do profissional de saúde.

Não há dúvidas de que o modelo de comunicação de massa está ultrapassado. A plataforma de um polo emissor ativo da mensagem e um receptor passivo está obsoleta. O sociólogo da comunicação, o espanhol Manuel Castells define um novo paradigma ao estabelecer o conceito de Mass Self Communication, ou intercomunicação individual, na qual a comunicação evolui e estabelece-se numa relação de troca e compartilhamento aberto entre as pessoas. Castells preceitua assim essa nova plataforma comunicacional:

A informação e a comunicação sempre foram vetores dos poderes dominantes, dos poderes alternativos, das resistências e das mudanças sociais. O poder de influência sobre o pensamento das pessoas – que é exercido pela comunicação – é uma ferramenta de resultado incerto, porém fundamental. É apenas através do exercício da influência sobre o pensamento dos povos que os poderes se constituem em sociedades, e que as sociedades evoluem e mudam. (CASTELLS, 2006)

No paradigma comunicacional que está ultrapassado culminou a intenção de uma elite dominante de massificar e moldar, tendenciosamente, o pensamento da opinião pública condicionando a produção televisiva, o conteúdo jornalístico e até as programações das rádios a uma sanha editorial bitolada e repressiva. No novo paradigma comunicacional, vislumbrado por Castells, a base da emergente intercomunicação cidadã está atrelada ao

livre pensar, à evolução da democracia, ao direito de livre expressão, livre acesso e à evolução da consciência social. Castells assim delineia essa poderosa revolução comunicacional embasada na mudança “no modo de ver as coisas”:

A repressão física ou mental é certamente uma importante dimensão do poder dominante. No entanto, se um povo modifica radicalmente seu modo de ver as coisas, se ele passa a pensar de maneira diferente e por si mesmo, não há poder que possa se opor. (CASTELLS, 2006)

A intercomunicação individual (Mass Self Communication), preconizada por Castells, pode ser concebida como uma idealização paradigmática que protagonizou a explosão do uso social e cidadão da Internet, notadamente do que conhecemos hoje como o advento das redes sociais, tais como blogs – Wordpress e Blogspot da Google, Facebook, Orkut, Tumbler, Pinterest, Instagram, etc. Fato corroborado pela explosão do uso dos blogs, que são sistemas abertos baseados em Web 2.0 e culminando no crescente uso do Twitter e do YouTube para compartilhamento de vídeos. Na esteira dessa evolução da comunicação interpares, sem limite geográfico, dá-se a superação do conceito de opinião pública local para a dimensão aberta de uma esfera pública global, sem fronteiras. Castells definiu, em 2006, tecnicamente a Mass Self Communication, assim:

Tecnicamente, essa Mass Self Communication está presente na internet e também no desenvolvimento dos telefones celulares. Estima-se que haja atualmente mais de um bilhão de usuários de internet e cerca de dois bilhões de linhas de telefone celular. Dois terços da população do planeta podem se comunicar graças aos telefones celulares, inclusive em lugares onde não há energia elétrica nem linhas de telefone fixo. Em pouco tempo, houve uma explosão de novas formas de comunicação. As pessoas desenvolveram seus próprios sistemas: o SMS, os blogs, o Skype… O Peer-to-Peer ou P2P [3] torna possível a transferência de qualquer dado digitalizado. Em maio de 2006, havia 37 milhões de blogs (em janeiro de 2006, havia 26 milhões). Em média, um blog é criado por segundo no mundo, o que significa 30 milhões por ano… 55% dos blogueiros continuam a alimentar seus blogs até 3 meses depois deles terem sido abertos. A quantidade de blogueiros é 60 vezes maior do que era há seis anos. E ele dobra de seis em seis meses… (CASTELLS, 2006)

Em tom profético Castells preanuncia uma “rebelião crítica” do atual panorama de comunicação que a humanidade está vivenciando e que tende a configurar-se em um paradigma comunicacional emergente, que está revolucionando o modo como a comunicação acontece de, pessoa à pessoa, de coração à coração e pelo uso sem fronteiras da Internet:

A Mass Self Communication constitui certamente uma nova forma de comunicação em massa – porém, produzida, recebida e experienciada individualmente. Ela foi recuperada pelos movimentos sociais de todo o mundo, mas eles não são os únicos a utilizar essa nova ferramenta de mobilização e organização. A mídia tradicional tenta acompanhar esse movimento e, fazendo uso de seu poder comercial e midiático passou a se envolver com o maior número possível de blogs. Falta pouco para que,

através da Mass Self Communication, os movimentos sociais e os indivíduos em rebelião crítica comecem a agir sobre a grande mídia, a controlar as informações, a desmentí-las e até mesmo a produzi-las. … (CASTELLS, 2006)

Infere-se um tom revolucionário proposto por Castells, que estamos vivenciando hoje em dia, numa intensidade inimaginável pelos profissionais que permanecem agarrados aos destroços dos velhos paradigmas de comunicação. Tais profissionais têm até de abandonar seus postos de trabalhos para dar lugar a nova geração de neófitos que já nasceram dentro da plataforma da intercomunicação individual, onde o conteúdo é “produzido e recebido e experienciado individualmente” – esse parece ser o cerne da comunicação atual, que no olhar dessa pesquisa, dá-se de modo pontífice e espiritualizado, pois acontece de coração à coração entre um público que compartilha de interesses comuns.

Tomando por base a parte final do texto acima, onde Castells estima faltar pouco para que o processo de intercomunicação individual, “movimentos sociais e os indivíduos em rebelião crítica comecem a agir sobre a grande mídia, a controlar as informações, a desmentí-las e até mesmo a produzí-las”, infere-se que esse tempo já chegou junto com a chegada do terceiro Milênio. É nesta linha de potencial e possibilidade comunicacional, que tem a informação acurada por princípio, que insere-se o presente projeto social e comunicacional de espraiar a espiritualidade no ciberespaço, por meio de uma via inusitada, o registro de anomalias do conhecimento científico e paradigmático, que tenham a vocação de traspassar o paradigma materialista reducionista.

Com essa linha de pesquisa, cabe citar algumas evidências corroborativas, uma delas é o fato de jornais centenários terem migrado de edições diárias em papel para a plataforma do Web Jornalismo, cita-se o caso do jornal internacional CSMonitor.com, de Boston, e o Jornal do Brasil.

Corroborando essa tendência comunicacional emergente, a maiorias dos jornais, hoje em dia, tem, no mínimo, um site, um blog, uma conta no Facebook e uma conta no Twitter, como um modo de buscar estar onde os cidadãos estão conectados e usando boa parte de seu tempo.

Cabe frisar a abertura para a interatividade com os usuários da informação, através do campo disponível para comentários e as opções normais de compartilhamento que contempla a maioria das redes sociais. Inclui-se nesta busca por adaptar-se à Mass Self Communication de Castells, o botão curtir, que é uma interação com os usuários, popularizada pelos usuários do Facebook.

A devoção do pensamento a um empreendimento digno, torna possível esse empreendimento. (Mary Baker Eddy)

7. TRÊS FOCOS BÁSICOS

7.1 Compartilhar e gerar conteúdos em apoio à espiritualidade

Um primeiro motivo, conforme a história da evolução do pensamento da humanidade nos ensina, é por que as grandes mudanças geralmente começaram pela união de um pequeno grupo de pessoas interessadas em torno de uma ideia original.

Com base neste biografema da evolução do pensamento, infere-se que somos atores sociais proativos, ou ativistas do bem. Assim sendo, todo e qualquer conteúdo com vocação para desestabilizar ou desconstruir o paradigma vigente, ainda que pela via do que os cientistas chamam de: “anomalias do conhecimento científico”, é oportuno que seja bem registrado e compartilhado, dando-lhe a melhor visibilidade possível na esfera pública global.

Para CAPRA, em sua tese do sistema funcional e integrado, deixamos de ser simples “observadores” para ser “participantes” proativos nos processos sistêmicos. Essa verdade vale para o processo comunicacional correlacionando-se à tese de CASTELLS de uma intercomunicação individual.

7.2 Buscar referências dentro do paradigma vigente que o extrapolam

Esse processo inicia-se por abrir nossa mente para novas possibilidades da espiritualidade. Muito além das quadro dimensões conhecidas, como sugere a teoria física das Super Cordas, que revela-nos onze dimensões, espaço-temporais. Nesse sentido é mister compartilhar abertamente o resultado de pesquisas realizadas por médicos renomados, como o Dr. Herbert Benson, de Harvard.

Vamos a um exemplo: BENSON, ao mencionar a esfera de informações e crenças que nossa consciência nutre, corrobora em seu livro: Medicina Espiritual, a necessidade de ver além da dimensão corporal: “Não obstante, todos nós nutrimos crenças que influenciam nossa saúde física.” Mais adiante ele diz: “É fascinante constatarmos, portanto, que o modo como somos criados pode determinar a dor que sentimos.” É interessante observar como um médico de Harvard, fundador do Instituto Mente-Corpo afirma, como resultado de 30 anos de experiências e pesquisas nesse campo:

A medicina ocidental ainda faz uma grande distinção entre a origem mental, emocional e física das doenças, a despeito da quantidade de pesquisas que revelam estarem a mente e o corpo tão entrelaçados a ponto de serem tais distinções não apenas artificiais, mas não-científicas. ... A medicina está deixando de considerar a questão mais importante: que as crenças podem ser a principal causa da doença e uma força importante no tratamento. (BENSON, 1998 p. 35, 36)

Se hoje, existe um movimento na medicina que propõe a cura pelas evidências, estima-se, no reunir as evidências da eficácia e eficiência da espiritualidade no cuidado, tanto do paciente, como no bem-estar dos cuidadores, como resultado da proposta deste projeto virá ao encontro do crescente interesse da esfera pública, mais conhecida como opinião pública. Cabe mencionar o Dr. Koening, como uma inspiração a esse projeto:

Negligenciar a dimensão espiritual é como ignorar o ambiente social de um paciente ou seu estado psicológico, e resulta em falha ao tratar a pessoa “integralmente. [livro "Espiritualidade no Cuidado do Paciente" de autoria de Harold G. Koening, M.D.]

7.3 Registrar para divulgar

O terceiro foco é registrar tudo que, embora soe anômalo ao paradigma vigente, por que ainda não reuniriam as robustas provas científicas que lhe dariam a devida legitimidade científica. Essa parece ser uma ideia original que vem colaborar com o processo de construção de uma consciência receptiva às possibilidades e potencialidades da espiritualidade em todas as esferas de interação do ser humano: física, psíquica, emocional, sentimental, relacional (social) e espiritual.

Nesse contexto, primar por oferecer conceitos de espiritualidade inovadores e significativos apresentados durante o curso de pós-graduação em saúde e espiritualidade, como esse da Dra. Puchaslky:

Espiritualidade pode ser definida como aquilo que traz significado e propósito à vida das pessoas. Essa definição é utilizada como base em cursos médicos sobre espiritualidade e saúde. A espiritualidade é reconhecida como um fator que contribui para a saúde e a qualidade de vida de muitas pessoas. Esse conceito é encontrado em todas as culturas e sociedades. É expressa como uma busca individual mediante a participação de grupos religiosos que possuem algo em comum, como fé em Deus, naturalismo, humanismo, família e arte. (PUCHALSKI, 1999)

8 PÚBLICO ALVO

O público alvo é o cidadão, representado pelos usuários que acessam a Internet. Nas aulas ministradas pelo professor Dr. Rogério Severo, de introdução à filosofia da Ciência, ficou evidente que não se consegue mudar um paradigma da noite para o dia! Por outro lado, é possível vislumbrar que vem crescendo o interesse de profissionais de saúde receptivos à alternativa da espiritualidade, os quais têm utilizado-a em sua práxis, a começar pelo pioneirismo de alguns enfermeiros e um grupo de médico que vem pesquisando e usando a espiritualidade no trato com o paciente, respeitando suas crenças e sendo sensível a sua religiosidade interior.

Espera-se atingir o público-alvo por meio do compartilhamento de anomalias de dentro do próprio paradigma materialista, cartesiano e reducionista, com a finalidade de repensar a concepção de mundo individual. Outrossim, fundamentar na questão da

autodeterminação individual, ou seja, no direito do paciente de escolher o tipo de tratamento que deseja receber.

9 O IMPACTO SOCIAL

Diferente do que se poderia inferir, a expectativa inicial deste projeto social e comunicacional não é o de atingir um público de grandes proporções. A ideia inicial é não usar os recursos de marketing disponíveis, como os anúncios do Facebook e o Adds – que são os anúncios do Google. Espera-se um fluir natural do bem expresso nessa frase de Eddy: “O bem é natural e primordial.”

A sabedoria cristã ensina-nos que um com Deus, o bem é a maioria, assim quando ainda que um pequeno grupo une-se a um propósito elevado, como é o de propalar a consciência das benesses da utilização do elemento espiritualidade no cuidado do paciente, evidenciada em pesquisas científicas que tem sido realizadas ao logo dos últimos 20 anos, com base na repositório científico americano: PUBMED. Infere-se que a espiritualidade também possa ser aplicável no suporte físico e emocional dos profissionais de saúde que tem que enfrentar condições adversas e estressantes todos os dias como agentes do sistema convencional de saúde. Nesse sentido a “meditação terapêutica” pode ser recomendável, conforme idealizada e sugerida pelo Dr. Benson, em seu livro: Medicina Espiritual.

Num primeiro momento, a ideia é qualidade de conteúdo e não quantificar interessados. É chegar a um número mínimo de pensadores, leigos interessados, pois o público alvo é o cidadão comum. A Internet tem sido uma fonte de informação e consulta bastante utilizada, em que pese que exista ainda uma faixa de exclusão digital. Mas até mesmo essa margem de exclusão tem diminuído, consideravelmente, segundo especialistas em telecomunicações, graças ao advento do 3G que oportunizou o acesso à Internet via celular. Dados revelados por pesquisa da ANATEL apontam que o número de celulares já superava o número da população brasileira em 2010.

10 PRESUPOSTO DE RESULTADO ESPERADO

O resultado esperado, no campo da difusão das novas ideias e novas possibilidades, dentre elas a utilização da espiritualidade, como um elemento catalizador do processo de cura e elemento proativo, nas artes profilática e terapêutica, é um processo de empoderamento (empowered) da consciência individual, sobre um novo modo de contemplar a dimensão da saúde humana - de modo integral e completo. Tal expectativa é imensurável e improvável de ser dimensionada em seu alcance sem fronteiras, cuja mensagem mantem-se na nota tônica de compartilhar o bem a todo pensamento receptivo e livre de preconceitos.

11 TOTAL DE BENEFICIADOS

É imprevisível apontar um número determinado de beneficiados com o projeto. Essa constatação se deve a que não há como avaliar o alcance inicial, quando o projeto está em sua fase de lançamento. Pondera-se, entretanto, com base no potencial informativo e comunicacional sem fronteiras da Internet, que os conteúdos publicados nos meios aqui projetados, podem ser acessados e lidos em qualquer parte de nosso imenso país, onde haja Internet, igualmente para qualquer lugar do globo.

No que tange a barreira do idioma, até mesmo essa hipotética barreira, entende-se, com base na pesquisa realizada da plataforma comunicacional emergente do ciberespaço, que os conteúdos podem ser traduzidos facilmente pelo uso de ferramentas automáticas de tradução online, como o Google Tradutor. Até mesmo os vídeos disponíveis no You Tube, dispõem de recurso programável de ativação de legendas o que permite que o mesmo seja compreendido numa grande gama de linguagens – opção configurável.

12 VALOR TOTAL DO PROJETO

O projeto não teve custos vultosos, a não ser o custo normal de uma linha com acesso rápido à Internet e uma considerável inversão de tempo. Tempo, que tem sido considerado por alguns filósofos modernos, como sendo artigo mais escasso que seja a ser considerado como um verdadeiro artigo de luxo, hoje em dia!

Toda a verdade passa por três fases. Primeiro, é ridicularizada. Depois, violentamente negada. Por fim, aceita como evidência. [Arthur Schopenhauer] 

13 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Penso que o objetivo altruístico e solidário da espiritualidade ser melhor e amplamente aceita como um fator salutar no cuidado do paciente, pode ser catalizado em um processo mais eficaz de intercomunicação individual, o qual tem-se estabelecido entre um pequeno grupo pioneiro de especialistas – minorias criativa - profissionais em saúde que inclui médicos, enfermeiros, terapeutas alternativos, praticistas religiosos, capelões que ajudam seus pares pela oração, bem como por intermédio dos assim chamados leigos interessados.

A espiritualidade está deixando de ser considerada, no imaginário popular, como uma utopia religiosa para ser contemplada como um elemento salutar, cientificamente aceito, em função da gama de evidências e resultados de um vertiginoso crescendo de pesquisas, nas mais renomadas universidades do mundo, divulgadas em repositórios de artigos científicos como o PubMed e o MedLine americanos e no Brasil pela Revista de Psiquiatria ligada à USP e Scielo.

Há uma nova luz no horizonte mental de uma aceitação mais ampla da espiritualidade e de um maior interesse por parte do público. Um dos indícios é a criação do primeiro curso de pós-graduação em saúde e espiritualidade na Faculdade FATO e outras modalidades de módulos optativos que existem em algumas faculdades de medicina no Brasil, como na Medicina da USP. Cabe registrar que a Universidade de Munique oferece a cátedra de “Spiritual Care”.*1

Não se pode esquecer que existe preconceito, antíteses, também muito ceticismo, contrariedade e assédio do materialismo, os quais são fenômenos da mentalidade humana, cuja visão de mundo está condicionada e limitada ao paradigma vigente, que foi mencionado por EDDY, citando AGASSIZ, o célebre naturalista e escritor, que disse com acerto : "Toda grande verdade científica passa por três fases. Primeiro, o povo diz que ela está em contradição com a Bíblia. Depois, que fora descoberta anteriormente. Por último, diz que sempre acreditou nela."

Essa concepção de mundo individual, ao nível da consciência, inclui um melhor conceito de si mesmo, por meio de um conceito mais integral do ser, com vetores metafísicos, que vão além da dimensão corporal abrangendo o âmbito sentimental, emocional, relacional, moral e espiritual. Inclui também, um conceito mais espiritualizado de Deus, como uma totalidade superior e fonte de todo ser. Abrange uma melhor noção de espiritualidade, religiosidade e sua implicação, cientificamente comprovada por pesquisas, no bem-estar e qualidade de vida.*1 Fonte: Universidade em Munique oferece espiritualidade como disciplina de Medicina – DW-WORLD.DE – DEUTSCHE WELLE – 19.11.2010. Autora: Gollmer Anggatira. Revisão: Roselaine Wandscheer. Disponível em: <http://www.dw.de/dw/article/0,,6236493,00.html>

REFERÊNCIAS

BENSON, HERBERT. Medicina Espiritual. Ed. Campus. Rio de Janeiro, 1998

BOFF, LEONARDO. A importância da espiritualidade para a saúde. 24.4.12. Jornal do Brasil. Disponível em: < http://www.jb.com.br/leonardo-boff/noticias/2012/04/29/a-importancia-da-espiritualidade-para-a-saude/ > Acesso em: 27.jun.12

CAPRA, FRITJOF. Einstein e Buda. Entrevista à Jocelyn Ryder-Smith da BBC de Londres, 197?) Disponível em: <http://www.encontroespiritual.org/bartigos_einstein.html>

Acesso em: 10.mai.12

CASTELLS, MANUEL. A Era da Intercomunicação. Disponível em: <http://www.cultura.gov.br/site/2006/08/18/a-era-da-intercomunicacao-por-manuel-castells/> Acesso em: 15.mai.12

DW-WORLD.DE – DEUTSCHE WELLE – Universidade em Munique oferece espiritualidade como disciplina de Medicina. 19.11.2010. Autora: Gollmer Anggatira. Revisão: Roselaine Wandscheer. Disponível em: < http://www.dw.de/dw/article/0,,6236493,00.html > Acesso em: 27.jun.12

EDDY, MARY BAKER. Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras. p. 104 ISBN 0-87952-209-7

KOENING, HEROLD G. Espiritualidade no Cuidado do Paciente. FE Editora Jornalística. São Paulo, 1995

O Globo. Número de celulares no Brasil é maior que o de habitantes. 18.nov.10. Disponível em: <http://oglobo.globo.com/economia/numero-de-celulares-no-brasil-maior-que-de-habitantes-2924116 > Acesso em: 15.mai.12