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INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI FACULDADES IDEAU BENEFÍCIOS BIOPSICOSSOCIAIS DA HIDROGINÁSTICA NA TERCEIRA IDADE TOMAZELI, Daniely Fernanda 1 [email protected] DELLANI, Marcos Paulo 2 [email protected] ¹ Formada em Licenciatura de Educação Física e Discente do Curso de Bacharel em Educação Física - Faculdade IDEAU – Getúlio Vargas/RS. ² Mestre em Envelhecimento Humano pela Universidade de Passo Fundo. Especialista em Urgência e Emergência pela UNC, Especialista em Formação em Gestão Escolar e Aprendizagem - IDEAU. Especialista em Gestão de Pessoas - IDEAU. Especialista em Formação Pedagógica para Docência - IDEAU. Coordenador e Professor dos Cursos Técnicos do IDEAU. Professor de Graduação e Pós Graduação das Faculdades IDEAU. RESUMO: O envelhecimento é um fenômeno mundial, resultado de um crescimento da população idosa, por isso a qualidade de vida tem sido alvo de discussões pelos aspectos que envolvem e interferem na saúde dessa população. A prática regular de atividades físicas auxilia nesse processo mantendo o idoso mais ativo. O presente trabalho teve como objetivo analisar os benefícios biopsicossociais percebidos pelos idosos através da prática da hidroginástica, a pesquisa foi realizada na cidade de Barão de Cotegipe-RS. Trata-se de uma pesquisa qualitativa descritiva. A amostra foi constituída por dez idosos portadores e/ou não de patologias, cinco do sexo feminino e cinco do sexo masculino, com idades entre 69 e 83 anos. O instrumento de pesquisa foi um questionário semi-estruturado com questões abertas. O questionário foi aplicado de forma individual. Através da análise dos dados resultou nas seguintes categorias: observações relevantes, aspectos biológicos, aspectos psicológicos, aspectos sociais e segurança nas atividades diárias. As observações relevantes tratavam das atividades propostas pelos instrutores de hidroginástica, idades equivalentes dos idosos, motivo da escolha e tempo que os idosos praticavam a hidroginástica. Os idosos relataram que houve melhoras significativas nos aspectos biológicos, destacando a diminuição das dores e o aumento na disposição de realizar atividades físicas, nos aspectos psicológicos, destacaram que a hidroginástica possibilitou preencher o tempo vazio, amenizando a depressão e a solidão, e nos aspectos sociais, ressaltaram as amizades construídas com os demais participantes, que se tornou um motivo a mais na continuidade dessa prática. Conclui-se que a prática da ___________________________________________________________________________ _______________ Projeto de Aperfeiçoamento Teórico e Prático – Getúlio Vargas – RS – Brasil 1

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INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI

FACULDADES IDEAU

BENEFÍCIOS BIOPSICOSSOCIAIS DA HIDROGINÁSTICA NA TERCEIRA IDADE

TOMAZELI, Daniely Fernanda1

[email protected] 

DELLANI, Marcos Paulo2

[email protected]

¹ Formada em Licenciatura de Educação Física e Discente do Curso de Bacharel em Educação Física - Faculdade IDEAU – Getúlio Vargas/RS.

² Mestre em Envelhecimento Humano pela Universidade de Passo Fundo. Especialista em Urgência e Emergência pela UNC, Especialista em Formação em Gestão Escolar e Aprendizagem - IDEAU. Especialista em Gestão de Pessoas - IDEAU. Especialista em Formação Pedagógica para Docência - IDEAU. Coordenador e Professor dos Cursos Técnicos do IDEAU. Professor de Graduação e Pós Graduação das Faculdades IDEAU.

RESUMO: O envelhecimento é um fenômeno mundial, resultado de um crescimento da população idosa, por isso a qualidade de vida tem sido alvo de discussões pelos aspectos que envolvem e interferem na saúde dessa população. A prática regular de atividades físicas auxilia nesse processo mantendo o idoso mais ativo. O presente trabalho teve como objetivo analisar os benefícios biopsicossociais percebidos pelos idosos através da prática da hidroginástica, a pesquisa foi realizada na cidade de Barão de Cotegipe-RS. Trata-se de uma pesquisa qualitativa descritiva. A amostra foi constituída por dez idosos portadores e/ou não de patologias, cinco do sexo feminino e cinco do sexo masculino, com idades entre 69 e 83 anos. O instrumento de pesquisa foi um questionário semi-estruturado com questões abertas. O questionário foi aplicado de forma individual. Através da análise dos dados resultou nas seguintes categorias: observações relevantes, aspectos biológicos, aspectos psicológicos, aspectos sociais e segurança nas atividades diárias. As observações relevantes tratavam das atividades propostas pelos instrutores de hidroginástica, idades equivalentes dos idosos, motivo da escolha e tempo que os idosos praticavam a hidroginástica. Os idosos relataram que houve melhoras significativas nos aspectos biológicos, destacando a diminuição das dores e o aumento na disposição de realizar atividades físicas, nos aspectos psicológicos, destacaram que a hidroginástica possibilitou preencher o tempo vazio, amenizando a depressão e a solidão, e nos aspectos sociais, ressaltaram as amizades construídas com os demais participantes, que se tornou um motivo a mais na continuidade dessa prática. Conclui-se que a prática da hidroginástica proporcionou inúmeros benefícios para os idosos e uma maior independência para a realização das atividades diárias, contribuindo também para a melhora na autoestima e aquisição de autonomia.

Palavras-chave: Hidroginástica, idosos, benefícios, educação física, saúde.

ABSTRACT: Aging is a worldwide phenomenon, result of the increasing of the elderly population, so the quality of life has been the subject of discussions about the aspects that involve and interfere in health aspects of this population. The objective of this study was to analyze the biopsychosocial benefits realized by the elderly through the practice of water aerobics. The research took place in Barão de Cotegipe - RS. This is a descriptive qualitative research. The sample consisted of ten elderly patients with or without pathologies, five females and five males, aged between 69 and 83 years old. The research instrument was a questionnaire with open questions. The questionnaire was applied individualy. Through the analysis of the data it resulted in the following categories: relevant observations, biological aspects, psychological aspects, social aspects and safety in daily activities. The relevant observations were about the activities proposed by water aerobics instructors, equivalent ages of the elderly, reason for the choice and time that they do water aerobics. The elderly reported that there were significant improvements in the biological aspects, highlighting the reduction of pain and the increase of the willingness to perform physical activities. In the psychological aspects, it was observed that the water aerobics made it possible to fill the empty time, softening depression and solitude, and about the social aspects, they emphasized the friendships between the participants, which became an additional reason to continue practising. It is concluded that the practice of water aerobics provided numerous benefits for the elderly and a

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greater independence in the accomplishment of daily activities, contributing also to a better level of self-esteem and autonomy.

Keywords: water aerobics, elderly, benefits, physical education, health

1 INTRODUÇÃO

Nota-se que o número de pessoas idosas têm crescido nos últimos anos devido à

expectativa de vida que vem aumentando. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia

e Estatística (IBGE, 2010), o Brasil tem 20,6 milhões de idosos, equivalente a 10,8% da

população total. A estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS, 2011) é que o País

seja o sexto em número de idosos em 2025, podendo chegar a 32 milhões de pessoas com 60

anos ou mais.

Ao envelhecer, ocorrem mudanças significativas em todos os aspectos do ser humano:

psicológicos, biológicos e sociais. Essas mudanças podem ser positivas ou negativas

conforme o estilo de vida do idoso, e desta maneira, muitos têm optado por atividades que

contribuam para uma vida mais saudável e ativa.

Muitos são os programas de saúde que vem surgindo no mercado para incentivar uma

melhor qualidade de vida, e um deles é a hidroginástica. Essa prática vem ganhando destaque

nas academias, e atraindo a atenção, principalmente, de idosos que têm como objetivo viver

mais, e adquirir independência para realizar as atividades da vida diária.

A hidroginástica é uma prática realizada exclusivamente na água, utilizando-se de

diversos exercícios conforme os objetivos de seus praticantes, quem pratica a hidroginástica

tem maior facilidade de movimentar-se, pois a água proporciona uma maior leveza no corpo,

e a aula se torna mais dinâmica e atrativa.

O presente estudo traz como objetivo principal analisar os benefícios biopsicossociais

da hidroginástica na terceira idade. A hidroginástica propõe muitos benefícios

biopsicossociais, contribuindo significativamente para o bem-estar do idoso, que muitas vezes

não consegue realizar exercícios físicos que possui muito impacto, sendo a hidroginástica uma

prática que não possui impacto nas articulações, facilitando o seu movimento na água.

Nesse contexto, essa pesquisa buscou respostas em relação à essa prática, analisando

os benefícios percebidos em seus praticantes idosos que optam por essa prática, pretendendo

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esclarecer o seguinte questionamento: quais os benefícios biopsicossociais percebidos pelos

idosos através da prática da hidroginástica?

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Processo do Envelhecimento

O envelhecimento é um fenômeno mundial, resultado de um crescimento da população

idosa, por isso a qualidade de vida tem sido alvo de discussões pelos aspectos que ele envolve

e interfere. Os estudos relacionados ao envelhecimento estão voltados para a saúde, à prática

regular de exercícios físicos e qualidade de vida na terceira idade (CIVINSKI et al., 2011).

O envelhecimento humano é definido de diferentes formas, conforme os fatores

ambientais, genéticos, biológicos, psicológicos, sociais, culturais, entre outros. Desde o

nascimento, o ser humano passa por diferentes fases na sua evolução, acarretando mudanças

significativas. Ao nascer, o ser humano se desenvolve, atinge a puberdade, a maturidade e

após, o envelhecimento (KUZNIER, 2007).

Segundo Tagliarini (2008, p. 14) o processo do envelhecimento “é um processo

dinâmico e progressivo em que há modificações tanto morfológicas como funcionais,

bioquímicas, e psicológicas” determinando a perda progressiva da capacidade de adaptar-se

ao meio ambiente.

É destacado como um processo gradual e irreversível, caracterizado pelas alterações

estruturais e funcionais dos órgãos e sistemas que ocorrem ao longo da vida do ser humano.

Ocorre de forma diferente de indivíduo para indivíduo, conforme os fatores genéticos e

ambientais (TERRA & DORNELLES, 2003). O estilo de vida de uma pessoa jovem irá

determinar as mudanças tanto fisiológicas quanto psicológicas e sociais que ocorrerão em seu

organismo quando envelhecer.

2.1.1 Aspectos biológicos do envelhecimento

A maneira que o ser humano vive influencia nas alterações funcionais do organismo,

vícios, alimentação, local onde mora, podem diferir nos aspectos biológicos de outros seres

humanos (RODRIGUES, 2012).

Geis (2003) destaca algumas mudanças que o envelhecimento traz consigo:

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Diminuição da capacidade de produzir suor, dificultando a manutenção da temperatura

corporal;

Perda da elasticidade da pele, devido a degeneração do suporte de colágeno;

Diminuição da contração muscular e atrofia das fibras que compõe esses músculos;

Perda da mineralização óssea, acarretando a osteoporose;

Limitação da mobilidade das articulações e diminuição da amplitude de movimento;

Diminuição nos sentidos da visão, audição, olfato e gustação;

Diminuição na circulação do retorno venoso devido a menor força do efeito-bomba

exercido pelos músculos;

Diminuição na contratilidade da musculatura cardíaca;

Perda dos dentes e diminuição da saliva;

Diminuição do peso global e do número de células funcionais;

Diminuição de até 50% do sangue que chega nos pulmões e da capacidade de

filtração;

Ocorrência de dificuldade para respirar;

Diminuição do número de neurônios.

2.1.2 Aspectos psicológicos do envelhecimento

Na velhice ocorrem alterações psicológicas devido a modificação das circunstâncias

diárias, surgindo novos papéis e novos problemas. Por serem modificações desconhecidas,

acontecem sérias dificuldades de adaptação a essa fase, podendo ser associadas a problemas

decorrentes de situações mal resolvidas ao longo dos anos (MAZO et al., 2004).

Rodrigues (2012) destaca algumas alterações psicológicas que o ser humano sofre ao

envelhecer, que são:

Declínio na manifestação de afetividade, interesse, ações, emoções e desejos;

Prejuízo na memória de fixação ocasionando o esquecimento de nomes de pessoas, e

também onde colocou determinados objetos;

Acentuação das características da personalidade como egocentrismo, rigidez,

desconfiança, irritabilidade, avareza, entre outros;

Dificuldades na assimilação ou aversão a ideias e situações novas;

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Apego maior aos valores, costumes e normas;

Depressão e alteração de humor.

2.1.3 Aspectos Sociais do envelhecimento

O aspecto social está relacionado ao ambiente socioeconômico como a pobreza,

condições que vive o idoso, valores, crenças, e o seu papel na família, no trabalho, e nas

comunidades (BUENO et al., 2013).

Alguns fatores sociais do envelhecimento citados por Scarabel (2013) são:

Isolamento social;

Estado de saúde insatisfatório;

A insegurança social;

A ruptura com a vida profissional;

A perda da função e do status social.

2.2 Doenças relacionadas ao envelhecimento

Segundo o Ministério da Saúde (BRASIL, 2013), as doenças crônicas compõem um

conjunto de condições crônicas, geralmente relacionadas a causas múltiplas, caracterizadas

por início gradual, que requerem intervenções associadas a mudanças no estilo de vida, um

processo contínuo que nem sempre leva a cura.

Os fatores responsáveis por essas doenças dividem-se em dois grupos: modificáveis e

não modificáveis. Os modificáveis estão relacionados com os hábitos diários, como ingerir

bebidas alcoólicas, ser tabagista, sedentário, ter uma alimentação inadequada, classificados

como modificáveis devido ao quadro que pode ser alterado para ter uma melhor qualidade de

vida, e prevenir possíveis riscos à saúde. Já os não modificáveis, são aqueles que não podem

ser alterados para a prevenção, pois são influenciados pela genética, sexo e idade

(ROSSMANN, 2013).

De acordo com Leitão & Leitão apud Civinski et al. (2011) as principais doenças

relacionadas ao envelhecimento são:

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Artrite: acomete principalmente articulações, podendo causar sérias deformidades,

podendo afetar também outros órgãos como coração, pulmões, pele, olhos e tecidos

subcutâneos.

Artrose: é uma doença das articulações sinoviais, caracterizada pela perda focal da

cartilagem e da resposta óssea reparadora.

Osteoporose: caracteriza-se pela redução progressiva da densidade óssea, resultando

num estado de fragilidade óssea aumentando o risco de fraturas.

Doenças cardíacas: as principais doenças que acometem os idosos são: insuficiência

cardíaca, doença arterial coronariana, doenças das válvulas do coração, arritmias cardíacas e

miocardiopatia hipertrófica.

Hipertensão arterial: é a doença mais frequente, levando uma grande demanda de

idosos à assistência médica gerada pelas suas complicações.

Diabetes: deficiência de produção e/ou de ação da insulina, que leva a sintomas

agudos e a complicações crônicas características.

Viana (2010) destaca a importância do incentivo à prática de atividades físicas entre os

idosos, entre adultos e jovens para que esses cheguem na velhice com uma melhor capacidade

funcional, pois a atividade física atua como prevenção de inúmeras doenças crônicas.

2.3 Atividade Física para idosos

Entende-se por atividade física como um conjunto de ações que envolvem gasto de

energia superior ao gasto da situação de repouso, ou seja, qualquer atividade que um

indivíduo faça que ultrapasse seu gasto energético basal é considerado atividade física. E o

exercício físico é considerado uma atividade com repetições sistemáticas de movimentos

orientados que aumenta o consumo de oxigênio devido a solicitação muscular (RODRIGUES,

2013).

Assim, a atividade física pode ser entendida como qualquer movimento produzido pela

musculatura que provoque gasto energético. Sendo também, entendida como qualquer esforço

muscular pré-determinado, designado a executar tarefas simples até os movimentos mais

complexos (SILVA, 2012).

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O corpo humano é como uma máquina que precisa ser utilizada, do contrário,

enferruja, pois isso dificultaria o seu movimento e o bom funcionamento. Se o movimento for

limitado apenas às atividades diárias ficará reduzido, o que pode acarretar a atrofia muscular

com o passar do tempo (GEIS, 2003).

A diminuição da prática de atividade física habitual acarreta prejuízos significativos

para o idoso, a redução da aptidão física e ocorrência de doenças relacionadas ao processo de

envelhecimento, consequentemente, traz a perda nas capacidades funcionais.

A prática regular de atividade física promove uma melhora fisiológica, psicológica e

social, além de reduzir e prevenir algumas doenças como osteoporose e desvios de postura.

Idosos que praticam atividade física regularmente diminuem casos de depressão e melhora a

socialização com pessoas da mesma idade, surgindo novos interesses e novas amizades

(ARGENTO, 2010).

Para Shephard (2003) essa prática regular conta com um aumento de contatos sociais,

melhora na saúde física e emocional, reduz o risco de doenças crônicas e a manutenção de

suas funções. Esses ganhos não somente contribuem para a melhora na saúde do idoso como

reduz os custos sociais de uma sociedade em envelhecimento.

Tagliarini (2008) afirma que a prática regular pode influenciar no processo de

envelhecimento, contribuindo para a qualidade e expectativa de vida, melhorando as funções

orgânicas, adquirindo uma maior independência pessoal.

É importante que o idoso procure programas de saúde que contribua para sua

qualidade de vida, melhorando significativamente suas capacidades funcionais, além de

melhorar sua autoestima e a socialização. Através desses locais, o idoso passa a ter uma vida

mais social, por conta das companhias e amizades que faz ao ingressar nesses lugares.

2.4 Hidroginástica na terceira idade

Com o passar do tempo, muitas pessoas vão se tornando incapazes de fazer exercícios

de forma tradicional, por causa das alterações no corpo. Então a hidroginástica passa ser ideal

para esse tipo de situação (SCARABEL, 2013).

Os exercícios na água direcionados a terceira idade estimulam o ato natural e

espontâneo dos movimentos, criando uma forma eficaz para as pessoas vencer as dificuldades

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em relação à água. A água torna o ambiente alegre e descontraído quando associado a

exercícios e brincadeiras, atendendo finalidades predeterminadas e planejadas conforme a

idade e as condições físicas do praticante (CORAZZA, 2001).

Mesmo que a hidroginástica não seja uma prática exclusiva para idosos, é neste

público que se encontra o maior número de praticantes. Muitos a procuram sob a

recomendação médica apresentando inúmeras restrições a serem consideradas na prescrição e

na escolha dos objetivos (PAULA & PAULA, 1998).

Paula & Paula (1998) consideram em alguns exercícios de hidroginástica para os

idosos, devem-se ter cuidados, sendo necessário ter um período de adaptação ao meio,

evitando o risco de sobrecarga excessiva. Os exercícios devem buscar amplitude,

coordenação, e atuação dos grandes grupamentos musculares, devendo primar pela

simplicidade e o equilíbrio.

Almeida (2000) também considera que a prática de hidroginástica deve ter cuidados

especiais para a terceira idade, devido às alterações sofridas ao longo dos anos, não devendo

ser incluído em qualquer grupo, mas que a prática na água seja realizada de forma plena,

elaborando um programa específico com exercícios adequados e benéficos para os idosos.

A hidroginástica na terceira idade traz benefícios que ajudam os idosos a potencializar

suas capacidades físicas, tornando-os independentes e contribuem para a qualidade de vida.

Seus benefícios são inúmeros, têm-se exemplos como o aumento da força muscular,

flexibilidade, agilidade, coordenação, equilíbrio, controle da postura corporal, além do

aumento da autoestima, autoconfiança, independência nas atividades diárias, bem-estar físico

e mental, entre outros (CARVALHO & KANEKO, 2013).

Para Carvalho & Kaneko (2013, p. 9) “a elaboração de um programa de hidroginástica

para a terceira idade deve preparar os idosos para cumprirem suas atividades da vida diárias,

ou seja, tentar impedir que estes percam a autonomia, tornando-os mais ativos e

independentes”.

O meio aquático proporciona o ganho de estabilidade e equilíbrio, facilita o trabalho

da amplitude articular, fortalecimento da musculatura, melhora da circulação, reduz a gordura

corporal. A hidroginástica é usada como forma de socialização, contribuindo com a melhora

da autoestima, proporcionando uma sensação de bem-estar (ALDERETTE, 2013).

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Pessoas que vivem “ativas” são menos propensas a ter problemas de saúde

relacionados à idade. A hidroginástica traz inúmeros benefícios tanto biológicos quanto

psicológicos e sociais, devendo ser aprofundados estudos que busquem uma melhor qualidade

de vida para o idoso.

3 METODOLOGIA DA PESQUISA

Este estudo trata-se de uma pesquisa qualitativa de caráter descritivo. Segundo Costa

& Beluzzo (2008, p. 29) a pesquisa qualitativa “tem o ambiente natural como sua fonte direta

de dados e o pesquisador como seu principal instrumento. Supõe o contato direto e

prolongado do pesquisador com o ambiente e situação que está sendo investigada”. E,

segundo as mesmas autoras, o enfoque descritivo é descrever sem interferir, ou seja, é

observar, analisar, classificar, fazer a coleta de dados sem a interferência do pesquisador.

Foram entrevistados dez idosos portadores e/ou não de patologias, cinco do sexo

feminino e cinco do sexo masculino, com idades entre 69 e 83 anos, praticantes de

hidroginástica por no mínimo 1 ano na cidade de Barão de Cotegipe/RS.

Foi aplicado um questionário semi-estruturado em forma de entrevista com sete

questões abertas (Apêndice A), no qual foram gravadas e transcritas. Os dados foram

realizados após a prática da hidroginástica no decorrer do mês de julho e do mês de agosto,

conforme a disponibilidade de cada participante. As aulas propostas pelos instrutores de

hidroginástica trabalhavam exercícios de força, coordenação motora, membros superiores e o

voleibol na água.

Foi solicitado a assinatura de um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

(Apêndice B) para aceitar participar desse estudo. A pesquisa seguiu todas as normas do

código de ética envolvendo a pesquisa de seres humanos.

Os dados obtidos nessa pesquisa foram tratados da seguinte forma: primeiramente

foram detectadas unidades de registro claramente delimitadas; em seguida, identificadas às

unidades de contexto, que fornecem o marco interpretativo do método; como terceiro passo

ocorreu a codificação das unidades de contexto, quem tem como função contabilizar e

relacionar as unidades de registro entre si até extrair algum significado; após a contabilização,

as unidades foram categorizadas, ou seja, abstraídas semelhanças e diferenças significativas

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entre as unidades de registro e para finalizar foi focado no nível semântico com intenção de

poder ver as pegadas que o entrevistado deixou na superfície textual, permitindo a inferência

de certas características (NAVARRO & DIAZ apud BAGNARA, 2014).

4 ANÁLISE DOS RESULTADOS

Através da análise descrita na metodologia desse estudo, pôde-se chegar às seguintes

categorias: observações relevantes, aspectos biológicos, aspectos psicológicos, aspectos

sociais e segurança nas atividades diárias.

As observações relevantes tratam das atividades propostas pelos instrutores de

hidroginástica, as idades equivalentes aos idosos, tempo que praticam a hidroginástica, se o

motivo da escolha foi por orientação médica ou escolha própria.

As idades dos idosos pesquisados, do sexo feminino variavam entre 69 e 78 anos, e do

sexo masculino entre 69 e 83 anos. Marciano & Vasconcelos (2008) consideram que a

diminuição das habilidades físicas são rapidamente percebidas nessa faixa de idade, após os

sessenta anos, comprometendo o desempenho das atividades diárias desta população, sendo

aparentes a dependência, a debilidade e o desânimo.

Argento (2010) relata que deve haver uma manutenção de atividade física regular e

uma mudança no estilo de vida após os 50 anos para ter um impacto significativo na

longevidade, pelos benefícios que ela traz nos aspectos fisiológicos, psicológicos e sociais.

Percebe-se que há mudanças nesses aspectos ao envelhecer, incitando os idosos à

prática de atividades físicas regulares. Por isso uma das questões buscava identificar o motivo

que levou os idosos à prática da hidroginástica, e obteve os seguintes resultados: seis

responderam que o motivo da prática foi por orientação médica, devido as seguintes

patologias: problemas cardíacos, pressão alta, problemas de coluna, colesterol alto, câncer de

mama e cirurgia; e quatro responderam que foi por escolha própria, devido ao gosto pela

prática.

Existe diversos tipos de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) que são comuns

na terceira idade, isso condiz com a pesquisa de Soares (2014) no qual destaca que 65% dos

voluntários eram hipertensos, 23% tinham obesidade e osteoporose e 6% tinham problemas

cardíacos e, ou respiratórios.

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Em sua pesquisa Silva (2012) também destacou que 40% dos entrevistados eram

hipertensos, 20% possuía diabetes, 5% osteoporose e 35% possuíam outros tipos de doenças.

Considerando que esses são os motivos que mais levam os idosos a praticar a hidroginástica.

Algumas doenças são notórias na vida dos idosos, como a perda da força muscular, a diminuição da densidade óssea, o aumento da gordura corporal, a diminuição hormonal, a redução do débito cardíaco, a diminuição da função vital dos pulmões, a elevação da pressão arterial, entre outras. Todas estas alterações acarretam desequilíbrios no organismo, deixando o idoso cada vez mais enfraquecido, podendo assim diminuir sua expectativa de vida ou levá-lo ao óbito prematuro (CIVINSKI et al., 2011, p. 3).

As patologias decorrentes do envelhecimento como diabetes, hipertensão arterial,

colesterol, entre outros, podem ser controladas através das mudanças no estilo de vida, como

uma dieta adequada e exercícios físicos regulares, seguindo as orientações médicas quanto ao

tratamento, e ter uma vida social, sendo assim, conseguirão ter uma vida normal novamente

(FRANCO & CORTE, 2016).

Silva (2012, p. 16) destaca que o estilo de vida “passou a ser considerado fundamental

na promoção de saúde e redução da mortalidade, principalmente em idosos. Há muitas

doenças que podem ser evitadas, quando uma pessoa adota hábitos saudáveis”.

Civinski et al. (2011) consideram que hábitos saudáveis como não fumar, não ingerir

bebidas alcoólicas, uma alimentação balanceada, uma noite bem dormida, controle do

estresse, vida social ativa, prática de exercícios físicos regulares, irão auxiliar na promoção e

na manutenção de uma qualidade de vida.

Como citado, os idosos optam pela prática da hidroginástica devido a orientação

médica e/ou escolha própria. Corroborando com o que Sousa (2005) destaca, que o contato

com as atividades, seja lúdicas, recreativas, ou esportivas começa geralmente por indicação

médica, no qual os idosos acabam encontrando nessas atividades muito mais que alívio para

as dores, mas também fazem novas amizades, e têm um momento de descontração.

Carvalho (2014) considera que o fato das pessoas gostarem da hidroginástica, por ser

um exercício que trabalha grandes grupos musculares ao mesmo tempo, diminui o risco de

lesões, e os motivos da escolha por essa prática podem estar ligados aos benefícios físicos e

mentais que ela traz.

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O Entrevistado 8 destacou que escolheu a prática da hidroginástica para não ficar

sedentário.

“Eu escolhi devido a idade, para não ficar parado, se mexer um pouco”

(Entrevistado 8).

Argento (2010) considera que independente da escolha de um programa de saúde, o

importante é que o idoso se exercite pelo menos duas vezes por semana, por meio de uma

atividade que satisfaça suas necessidades e que lhe traga prazer em praticá-la.

Segundo o resultado da entrevista, o tempo médio que os idosos praticavam a

hidroginástica variava de 1 ano até 16 anos, frequentando 2 ou 3 vezes por semana no

intervalo de uma hora. Observamos que o tempo em que os idosos praticam essa atividade

possibilitava resultados significativos pela continuidade, recomendado à todos que realizam.

Mota (2009) designa que a aula de hidroginástica deve durar 45 minutos, e mais 15 a

20 minutos de interação social ou outra atividade escolhida pelo grupo. O tempo de aula deve

obedecer a característica do grupo. E o número de aulas semanais deve ser de três e no

mínimo duas, para proporcionar benefícios fisiológicos.

Silva & Angnes (2012) destacam que a hidroginástica é um dos principais programas

de saúde indicado na terceira idade, fazendo com que ocorram mudanças em muitos processos

fisiológicos, proporcionando muitas modificações no estado psicológico, reduzindo o estresse,

a ansiedade, e aumentando a autoestima e melhorando significativamente seu ânimo.

A hidroginástica, por ser uma atividade na água, é atrativa a ponto que os praticantes

usufruam da mesma por bastante tempo, isso pode ser devido ao gosto pela prática, como

destaca a entrevistada 3 ao ser questionada por que escolheu a hidroginástica.

“Porque amo de paixão”. (Entrevista 3)

As atividades propostas pelos instrutores de hidroginástica trabalhavam força,

coordenação motora, membros superiores, e o voleibol na água. Com o passar dos anos, a

força, a coordenação motora e o equilíbrio são diminuídos, ocasionando dificuldades para a

realização das tarefas diárias, sendo fundamental a prática de atividades físicas para retardar a

perda das capacidades funcionais (PAULA & PAULA, 1998).

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Muitas atividades são propostas na água, para que contribua com o bem-estar do idoso

e tornar as aulas mais dinâmicas e atrativas. As atividades lúdicas na terceira idade trazem

prazer, são livres de regras e visa atingir objetivos propostos, além de contribuir para a

liberação de tensões e emoções, promovendo a saúde e o bem-estar para o idoso (DIAS,

2014).

É imprescindível o desenvolvimento dos treinos nas aulas de hidroginástica, com atividades que envolvam trabalhos recreativos com o intuito de estimular a produção de endorfina e andrógeno, promovendo o bem-estar e melhora na autoestima, assim como, dinâmicas de grupo para melhor sociabilização entre os participantes, treinamentos de força com sobrecargas para a finalidade de potencializar as atividades da vida diária e autonomia, momentos de relaxamento para promover a diminuição nas tensões musculares físicas e mentais (MAZINI FILHO et al. apud SOUZA & ROSA, 2016, p. 9).

Cerri apud Anjos et al. (2011, p. 2) consideram que os “exercícios da hidroginástica

trabalham a coordenação motora, o processo cardiorrespiratório, a flexibilidade, a força, a

resistência muscular localizada e promovem a socialização, tendo em vista que esta é uma

prática normalmente feita em grupos”.

Assis et al. (2007) consideram que o objetivo dos exercícios ligados a hidroginástica

devem estar relacionados com as modificações mais importantes e que são decorrentes do

processo de envelhecimento como atividades recreativas, de socialização, de força,

resistência, alongamento, relaxamento, entre outros.

A segunda categoria aborda sobre os aspectos biológicos, onde verifica se os idosos

perceberam diferenças antes e depois de praticar a hidroginástica no aspecto físico. Sete

responderam que sentiam algum desconforto físico antes de praticar a hidroginástica,

destacando: dores nas pernas, derrame, dores no joelho, canseira, artrose e dificuldades para

caminhar; e três responderam que não sentiam nada antes de praticar a hidroginástica.

Várias são as modificações que ocorrem nas pessoas da terceira idade como: atrofia

muscular, sarcopenia, fraqueza funcional da musculatura das pernas, osteoporose, hipertensão

arterial, insuficiência cardíaca, desvios de coluna, problemas de ordem articular, nos joelhos,

ombros, pés, entre outros (SANTOS JUNIOR, 2007).

O autor supracitado, destaca que ao praticar a hidroginástica se percebe inúmeras

melhoras, assim corroborando com este estudo que todos responderam que perceberam

melhoras depois da prática da hidroginástica como, melhora na pressão arterial, mais __________________________________________________________________________________________

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disposição, diminuição das dores, colesterol regulado, alívio da artrose, melhora na

caminhada, e se sentiram mais ativos.

Tagliarini (2008) enfatiza alguns benefícios físicos que a hidroginástica traz para seus

praticantes como: aumento de força muscular, melhora no consumo de oxigênio, tolerância a

glicose e sensibilidade à insulina, menor risco de problemas articulares, diminuição da

frequência cardíaca basal, pressão arterial e tensões do dia a dia, melhora no sistema

cardiovascular, entre outros.

Em sua pesquisa Scarabel (2013) ressalta que com as práticas de hidroginástica, os

idosos reclamaram menos de dores articulares e musculares, dormem melhor a noite, houve

uma maior facilidade de adaptar-se ao meio, além de obter uma melhora significativa nas

atividades da vida diária, tornando o indivíduo mais funcional e independente.

Destacamos que os entrevistados mencionam em suas falas a diminuição de

desconfortos físicos após iniciar a prática da hidroginástica, e que também melhorou seu

convívio com os familiares, sua independência e proporcionou realizar atividades da vida

diária com mais facilidades, corroborando com o descrito pelo autor supracitado.

Ao envelhecer também percebe-se mudanças nos aspectos psicológicos como trata a

terceira categoria, na entrevista, três responderam que antes da prática da hidroginástica, um

sentia preocupação e dois possuíam depressão, e sete responderam que estavam bem

psicologicamente.

Dados semelhantes encontrados na pesquisa de Santos Junior (2007) na cidade de

Curitiba, demonstrando que grande parte dos idosos que procuram atendimento psicológico

sofrem de depressão, talvez porque se sintam sozinhos, não tendo com quem conversar ou que

não possuem apoio familiar.

Souza & Rosa (2016) consideram que ao envelhecer os estados psicológicos negativos

podem gerar depressão, ansiedade e perturbação do humor e como consequência, desenvolver

patologias como doenças coronarianas, câncer, diabetes, transtornos mentais e acidentes.

Após as aulas de hidroginástica, as respostas referentes aos aspectos psicológicos é

que se sentiam mais tranquilos, melhoraram a autoestima, adquiriram independência e

autonomia, se sentiam mais jovens, e a prática contribuiu para o bem-estar do idoso, e alguns

responderam que não perceberam mudança, que estavam bem psicologicamente e

continuaram assim.

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Tagliarini (2008) destaca que a prática da hidroginástica contribui para o aumento da

autoestima, autoconfiança, independência nas atividades diárias, sociabilização, bem-estar

físico e mental, diminuição da ansiedade e depressão, valorização, se tornam mais

participativos e ativos, tem mais vontade de viver, entre outros.

Bonachela apud Carvalho (2014) cita alguns benefícios psicológicos que a

hidroginástica proporciona como: os idosos se sentem mais ativos, confiantes, capazes de

vencer as dificuldades, se sentem mais seguros dentro da água, diminui a ansiedade, passam a

conhecer melhor seu corpo e suas limitações, passam a ter uma aparência mais jovial, entre

outros.

Corroborando com o que o Entrevistado 1 destacou na entrevista, a maneira como se

sentia psicologicamente após a prática da hidroginástica.

“Eu me sinto mais tranquilo, mais disposto”. (Entrevistado 1)

Souza & Rosa (2016) evidencia que a população idosa não procura mais a

hidroginástica apenas pelo seu bem estar físico, mas também pelo psicológico, pois a

autoestima aumenta e consequentemente sua vida em sociedade torna-se mais participativa.

O entrevistado 10 destacou que após a prática da hidroginástica teve uma melhora

significativa na depressão. Considerando que a hidroginástica contribui significativamente

para a melhora no aspecto psicológico.

“A prática da hidroginástica tem me ajudado na depressão, pois através das brincadeiras me faz

esquecer dos problemas”. (Entrevistado 10)

O contato que a hidroginástica proporciona com o grupo inserido e com as atividades

realizadas na água, proporciona benefícios no aspecto psicológico, como destacado pelo

entrevistado no qual citou que através das brincadeiras realizadas na água, e amizades

construídas, têm contribuído para que a depressão diminuísse.

Ao envelhecer, também percebe-se mudanças sociais como trata a quarta categoria,

referente a percepção dos idosos em relação a diferença de antes e após a prática da

hidroginástica na sua vida social. Segundo os resultados obtidos, todos responderam que têm

convívio com as outras pessoas, que muitos vão ao clube, jogam baralho, participam do __________________________________________________________________________________________

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Encontro da Terceira Idade, entre outros. E que após a prática da hidroginástica, também

fizeram mais amizades com os outros praticantes.

Segundo Carvalho (2014) a prática da hidroginástica possibilita benefícios nas

relações sociais com a família e amigos, na integração social, no bem-estar e na melhora da

autoestima.

O círculo de amizades e relações sociais dos idosos é ampliado através da prática da

hidroginástica, o que contribui para “romper situações de solidão, para fazer novos amigos,

interessantes e diferentes dos de sempre, e, consequentemente, para ampliar os temas de

conversação e assuntos nos quais pensarem” (LUCENA & FIGUEIREDO, 2016, p. 3).

“Com a prática da hidroginástica, fiz mais amizades com os outros praticantes”. (Entrevistados

1,2,3,4,5,6,7,8,9,10)

Através da prática da hidroginástica, o idoso adquire autonomia e segurança para a

realização das atividades diárias como aborda a quinta categoria, segundo os resultados

obtidos, oito responderam que se tornaram mais dispostos para a realização das atividades

diárias, e dois responderam que não perceberam mudança, pois sempre tiveram disposição

para a realização das tarefas cotidianas.

O Entrevistado 9 destacou que percebeu mudança depois da prática da hidroginástica:

“Uma vez eu levantava de manhã e parecia que eu não tinha disposição, mas agora eu levanto,

trabalho todo o dia e não sinto cansaço, para mim melhorou bastante”.

(Entrevistado 9)

As atividades cotidianas dependem da associação da flexibilidade e da coordenação

motora que são muito necessárias para o dia-a-dia tais como: andar com segurança, sentar e

levantar da cadeira, subir e descer uma escada, cuidar da casa, fazer compras, calçar sapatos,

entre outros. Ao envelhecer, percebe-se mudanças nesses aspectos, dificultando, então, a

capacidade de realizá-las (MARCIANO & VASCONCELOS, 2008).

Pereira & Tassa (2011) evidenciam que em seu estudo, os idosos pesquisados notaram

que com a prática da hidroginástica houve uma maior disposição para a realização das

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atividades diárias, percebendo que o corpo fica mais leve na água e o nível de flexibilidade

melhora.

Também no resultado dessa pesquisa os idosos destacaram que sentiram-se mais

dispostos para a realização das tarefas diárias, apontando que a hidroginástica contribui

também para esse aspecto.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

No aspecto físico, percebeu-se que os idosos possuíam diversas patologias como

hipertensão arterial, dores no corpo, diabetes, problemas cardíacos, no qual notaram a

diferença após a prática da hidroginástica, destacando que essas doenças foram minimizadas.

No aspecto psicológico, alguns destacaram que tinham depressão, mas se sentiram

muito bem após a prática da hidroginástica, relatando que as brincadeiras, os exercícios

realizados na água lhe trouxeram bem-estar e melhora na autoestima, tornando-os mais

independentes e autônomos. As amizades construídas, o convívio com o grupo, as

brincadeiras e a diversão proporcionadas pela prática da hidroginástica, contribuíram para a

diminuição da depressão.

No aspecto social, pôde-se notar que nenhum havia comprometimento no mesmo, isso

porque todos participavam de algum evento social, como os Encontros da Terceira Idade e

Jogos de Bocha, que o município dispõe. A característica da cidade pequena facilita o

convívio social, por isso não há problemas nesse aspecto entre os entrevistados, todos se

conhecem e quando precisam buscam auxílios com seus vizinhos, mantendo um contato

social com a sua comunidade.

Conclui-se que a hidroginástica traz benefícios biopsicossociais para os praticantes

idosos, que perceberam melhoras nos seus aspectos físicos, psicológicos e sociais, além de

adquirir autonomia e independência para realizar as atividades diárias. É necessário incentivar

que mais pesquisas sejam feitas em relação a esse tema, para que mais pessoas possam utilizar

esses dados e criar novos grupos em outras comunidades, beneficiando mais idosos.

6 REFERÊNCIAS

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