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Revista Para a EBD

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PARA COMEÇAR

A beleza do

terceiro Evangelho

Neste trimestre vamos nos concentrar no estudo do terceiro Evange-lho. A forma bela com que ele descreve os acontecimentos em torno de Jesus sempre maravilhou os estudiosos. É realmente uma obra-prima da literatura mundial. E, além de toda essa beleza literária, ainda carrega a força e a autoridade de ser Escritura Sagrada.

Por tudo isso, com alegria convido os professores a redobrarem os esforços no sentido de despertar os alunos para o estudo da Bíblia neste trimestre especial. É verdade que a motivação para o estudo bíblico é sempre individual. Ninguém pode forçar alguém a desejar algo espiri-tual. Entretanto, o professor da EBD desempenha um papel muito im-portante nesse processo quando faz com efi ciência sua parte no ministé-rio do ensino.

Um bom trimestre.

O autor dos planos de aula desta edição é o Pr. Elton dos Santos Pinto, pastor da Primeira Igreja Batista de Mutuá, em São Gonçalo, RJ.

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Literatura Batista

Ano CIX – NO 434

ISSN 1984-8382

SUMÁRIO

Atitude Professor é uma revista de orien-tações didáticas para professores de jovens na Escola Bíblica Dominical seguindo a matriz curricular da edição do aluno

Todos os direitos reservados. Copyright © 2015 da Junta de Educação Religiosa e Publicações da Convenção Batista Brasileira

Proibida a reprodução deste texto total ou parcial por quaisquer meios (mecânicos, ele-trônicos, fotográfi cos, gravação, estocagem em banco de dados etc.), a não ser em breves citações, com explícita informação da fonte

Publicado com autorizaçãopor Convicção EditoraCNPJ (MF): 08.714.454/0001-36

EndereçosCaixa Postal, 13333 – CEP: 20270-972 Rio de Ja nei ro, RJ Telegráfi co – BATISTASEletrônico – [email protected]

EditorSócrates Oliveira de Souza

Coordenação EditorialSolange Cardoso de Abreu d’Almeida (RP/16897)

RedaçãoValtair Afonso Miranda

Produção EditorialOliverarteLucas

Produção e DistribuiçãoConvicção EditoraTel.: (21) 2157-5567Rua José Higino, 416 – Prédio 16 – Sala 110 Andar – Tijuca – Rio de Janeiro, RJCEP [email protected]

Para começar ............................................................... 1

Hino do trimestre ......................................................... 3

Conversa de professor ................................................. 4

Recursos didático-pedagógicos .................................. 7

Sugestões didáticasLição 1 – Anúncio, nascimento e infância de Jesus ... ..................................................................................10

Lição 2 – O preparo e o início do ministério ...........13

Lição 3 – Milagres, sermões e a chamada dos doze

.....................................................................................16

Lição 4 – Um ministério mais que dinâmico ........ 19

Lição 5 – O treinamento do discipulado ............... 22

Lição 6 – Obstáculos à obra ................................. 25

Lição 7 – Ensinos, advertências e curas .............. 28

Lição 8 – Os ensinos por parábolas .......................31

Lição 9 – Caminhada para Jerusalém .................. 34

Lição 10 – Chegada a Jerusalém ...........................37

Lição 11 – Os últimos dias do ministério de Jesus .. 40

Lição 12 – A morte e a ressurreição de Jesus ..... 43

Lição 13 – O evangelista conclui o seu livro ........ 46

Para começar ...............................................................Para começar ...............................................................Para começar

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HINO DO TRIMESTRE

Aleluia!

1. A mensagem do Senhor – Aleluia! – é cheia de perdão e amor.

Cristo salva o pecador – Aleluia! – salva até por meio de um olhar.

Oh, olhai, pois, e vivei! Confi ai só em Jesus.

Ele salva o pecador, – Aleluia! – salva até por meio de um olhar.

2. Vossa culpa já levou; – Aleluia! – Jesus a satisfez na cruz.

Sua vida já entregou – Aleluia! – para vos apresentar a Deus.

3. Sua graça nos legou – Aleluia! – eterna vida lá nos céus.

Confi ai só em Jesus, – Aleluia! – convertei-vos hoje mesmo a Deus.

4. Aceitai a salvação, – Aleluia! – segui os passos do Senhor.

Proclamai o seu perdão, – Aleluia! – exaltai o grande Redentor.

_________________Cantor Cristão, 198

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Conversa com o Professor

A ESCOLA DOMINICAL E A RESPONSABILIDADE DO

PROFESSOR

O professor da Escola Bíblica Do-minical deve ser o primeiro a viver o que ensina. A classe nunca deve ser su-bestimada (muito menos a dos peque-ninos). Ela saberá se o professor está sendo sincero no que diz.

Como também saberá se o profes-sor se preparou adequadamente para a aula. Fazer pesquisas de última hora e preparar a aula às pressas nunca dá cer-to. Quando o professor não se esforça para fazer o melhor, ele não apenas des-respeita seus alunos como peca contra Deus.

Além de viver o que ensina, o bom professor conhece seus alunos. Ele nun-ca deve acreditar que basta, por exem-plo, pegar a revista e ensinar o que está ali, por melhor que seja o seu trabalho de pesquisa.

O professor da Escola Bíblica Do-minical é uma pessoa abençoada pelo grande privilégio de poder ensinar a Palavra de Deus para pessoas interessa-das em ouvir. Mas o interesse dos alu-nos depende também de como lecio-namos, da convicção que passamos do assunto a ser estudado.

O bom professor é aquele que al-meja a excelência do ensino e se empe-nha em alcançá-la. Tem que ser como o apóstolo Paulo exortou: “...o que en-sina, esmere-se no fazê-lo” (Rm 12.7). Paulo recomenda àquele que ensina a dedicação total desse ministério. De-dicação que resultará num progresso constante do professor, quer seja em relação à habilidade no ensino e cres-cimento espiritual de seus alunos; quer seja em relação à sua própria vida cristã.

Com base no artigo “ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL – BÊNÇÃO DE DEUS, RESPONSABILIDADE NOSSA”

AUTOR: Antony Steff Gilson de Oliveira

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O professor da Escola Bíblica Do-minical deve conhecer a sua classe, cada um de seus alunos. É importante que o professor conheça seus alunos, até mesmo para uma transmissão mais natural e efi caz de sua aula.

Quanto ao preparo e à exposição da aula propriamente dita, os editores dos Estudos Bíblicos Didaquê apresentam sugestões preciosas que ajudarão em muito os professores da Escola Bíbli-ca Dominical. Com ligeiras adaptações passo a transcrevê-las:

– Utilizar sempre a Bíblia como re-ferencial absoluto;

– Elaborar pesquisas e anotações, buscando em outras fontes subsídios para a complementação das lições;

– Planejar a ministração das aulas, relacionando-as entre si para que haja coerência e se evite a antecipação da matéria;

– Evitar o distanciamento do as-sunto proposto na lição;

– Dinamizar a aula sem monopo-lizar a Palavra oferecendo respostas prontas;

– Relacionar as mensagens ao coti-diano dos alunos, desafi ando-os a pra-ticar as verdades aprendidas;

– No fi nal da aula, despertar os alu-nos quanto ao próximo assunto a ser es-tudado, mostrando-lhes a possibilida-de de aprenderem coisas novas e incen-tivando-os a estudar durante a semana;

– Depender sempre da iluminação do Espírito Santo, orando, estudando e colocando-se diante de Deus como ins-trumento para a instrução de outros;

– Verifi car a transformação na vida dos alunos, a fi m de avaliar o êxito de seu trabalho;

– Duas coisas, pelo menos, têm le-vado muita gente a perder o interesse pela Escola Bíblica Dominical hoje, a falta de criatividade do professor e di-nâmica das aulas.

Faça de sua aula algo interessante: ser criativo, gastar tempo EXERCI-TANDO isso. Criatividade e dinamis-mo são, em boa parte, o segredo do su-cesso do professor efi caz. É necessário que o professor da Escola Bíblica Do-minical veja seu trabalho como o mi-nistério que Deus lhe deu e que, por isso mesmo, precisa ser realizado da melhor maneira possível: “(...) o que ensina, esmere-se no fazê-lo” (Rm 12.7).

Estimular, não informar – Uma boa aula não termina em silêncio, ou com os alunos olhando para o relógio. Ela termina com ação concreta. Antes de preparar cada aula, pergunte-se o que você quer que seus alunos aprendam e façam e como você os convence disso?

Conheça o ambiente – Nunca se irá conseguir a atenção de uma sala sem a co-nhecer. Onde moram os alunos e como eles vivem – quem vem de um bairro humilde de periferia não tem nada a ver com um morador de condomínio fecha-

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do, apesar de, geografi camente, serem vi-zinhos. Quais informações eles tiveram em classes anteriores, quais seus interes-ses. Mesmo nas primeiras séries cada pes-soa tem suas preferências e o grupo assu-me determinada personalidade.

Ao fi nal das contas (e no começo também), as partes mais importantes de uma aula são os primeiros 30 e os últimos 15 segundos. Todo o resto, infelizmente, pode ser esquecido se você cometer um erro nesse momento. Os primeiros 30 se-gundos (principalmente das primeiras aulas do ano ou semestre) são um festival de conceituação e de cálculo dos alunos. Mesmo inconscientemente, eles respon-dem às seguintes questões:

– Quem é esse professor? Qual seu estilo?

– O que posso esperar dessa aula hoje e durante todo o ano?

– Quanto da minha atenção eu vou dedicar?

Simpli� car – Certamente já pre-senciamos esse fenômeno em algumas palestras: elas acabam meia hora an-tes do fi nal. Ou seja, o apresentador fala o que tinha que falar, e passa o resto do tempo enrolando. Ou então, pior, gas-ta metade da apresentação com pia-das, truques de mágica, histórias pes-soais que levam às lágrimas, “compre meu livro” e aparentados, e o assunto, em si, é só apresentado no fi nal – se isso.Por isso, uma das regras de ouro de uma boa aula é: simplifi que, tanto na lingua-gem como na escrita.

Ponha emoção – Temos PhD na-quela área, pesquisamos o assunto por meses a fi o, fomos convidados para dar aulas em faculdades europeias. Mesmo assim, seus alunos podem não prestar atenção em você. Segundo es-tudos, o impacto de uma aula é fei-to de: 55% estímulos visuais – como você se apresenta, anda e gesticula; 38% estímulos vocais – como você fala, sua entonação e timbre; e apenas 7% de conteúdo verbal – o assunto so-bre o qual você fala. Apoiar somente na matéria é uma forma garantida de falar para a parede, já que grande par-te dos alunos estará prestando aten-ção em outra coisa. Treine seus gestos, conte histórias, movimente-se com naturalidade. Passe sua mensagem de forma interessante.

Praticar – A aula, como qual-quer outra ação, melhora com o trei-no. Muitos professores se inteiram da matéria, e só treinam a aula uma vez – exatamente quando ela é dada, na frente dos alunos. Não é de se ad-mirar que aconteçam tantos proble-mas com o ritmo – alguns tópicos são apresentados de maneira arrasta-da, outras vezes o professor termina o que tem a dizer 20 minutos antes do fi nal da aula. Sem falar nos fi nais dos tempos estipulados para a aula que se “corre” com a matéria. Só há uma maneira de evitar tais desastres. Treine antes.

Boa aula!

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Não há nada que justifi que uma aula ruim, diante dos muitos recursos que o professor tem à sua disposição. E o principal dele está na sua cabeça: sua criatividade.

De qualquer forma, para ajudá-lo neste processo de criação e geração de boas aulas, estas páginas de recur-sos pedagógicos podem ser um valio-so instrumento.

Técnicas de ensino

– Exposição oral feita pelo pro-fessor. Pela complexidade das situações apresentadas em alguma lição e pelo nú-mero de questões a serem trabalhadas, a exposição cumprirá bem o seu papel. Este método é recomendável quando tem que se tratar de muito conteúdo em pouco tempo, de forma abrangente.

– Divisão em pequenos grupos. Para aprofundar a discussão do tema do dia, e fi nalmente chegar a conclusões consensuais.

– Entrevista. Convidar uma pessoa da igreja que seja exemplo dos princípios apresentados na lição. Eles serão entrevis-tados pelo professor e pelos alunos com perguntas que a própria classe formulará.

Recursos didádico-pedagógicos

Sugestões e outras coisas mais

Cláudia CarlettiNiterói, RJ

– Dramatização. Esta técnica é boa para desenvolver a percepção de fatos e a capacidade de analisar os problemas em torno deles. O drama como instru-mento de ensino não precisa de ensaio prévio. Explica-se o procedimento, dá-se 5 minutos para assimilação dos pa-péis, e implementa-se o drama, que, ne-cessariamente, deve ser improvisado.

– Seminário. Use esta técnica para investigar diferentes aspectos da comu-nicação, promover a participação em grupo, incentivar os tímidos que só fa-lam em grupos menores, promover trei-namento para os líderes do grupo.

– Pergunta circular. Técnica que incentiva a participação de todos os alunos, irrestritamente. Uma pergunta é dirigida a todos os alunos, um a um, preferencialmente na forma de círculo.

– Pequenos grupos. Ideal para aprofundar a discussão de um tema ou problema e incentivar a participação de cada aluno, mesmo dos mais tímidos. As duplas são a forma mais fácil de tra-balho para grupos pequenos.

AquecimentosOs aquecimentos são pequenas di-

nâmicas de grupo criadas para quebrar

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o gelo de grupos de jovens em classes de estudos. Eles devem ser usados com cautela e, na EBD, somente com este fim. Não se deve transformar a aula numa brincadeira. A brincadeira deve ser apenas a isca que atrairá os jovens para a discussão e o estudo da Bíblia. Um aquecimento não deve tomar mais do que 10 minutos de uma aula.

1) O professor escolhe antecipada-mente uma série de objetos e coloque-os numa bolsa ou sacola (caneta, carteira, livro, colher, remédio, fruta, chaveiro). Peça a dois ou três jovens para enfiarem a mão na bolsa e criar uma história qual-quer onde o objeto tirado esteja presente. Incentive-os a usarem a imaginação. Este exercício promove a criatividade e a fala em público. Os jovens que participarem terão mais coragem para participar da aula, além de aproximá-los dos demais.

2) Chame cinco alunos para partici-parem de um desafio de versículos bíbli-cos. A competição descobrirá quem tem mais versículos decorados. Os cinco desa-fiantes formarão uma linha de frente para os colegas e, um a um, recitarão os versí-culos, indicando-lhes a referência bíblica. Perde e, consequentemente, sai da linha, o participante que esquecer um versícu-lo, recitá-lo erradamente ou repetir o que já foi recitado. Quem sobreviver, vence a brincadeira. Este aquecimento estimulará a participação, revelará talentos escondi-dos e incentivará a leitura da Bíblia.

3) Mímica. Solicite cinco voluntários para esta dinâmica. Cada um deles deve-rá escolher uma narrativa bíblica (José e os irmãos, Daniel na cova dos leões, Davi e Golias, Paulo no caminho de Damas-

co etc.). Apenas eles e o professor sabe-rão qual história foi escolhida – o ple-nário não tem ideia do que eles escolhe-ram. Cada voluntário terá dois minutos para, em forma de mímica e sem emitir nenhum som, levar o auditório a identi-ficar a narrativa escolhida. O voluntário que emitir som será eliminado.

4) O professor solicitou na aula ante-rior para os alunos trazerem alguns ob-jetos da infância (brinquedos antigos, coleção de figurinhas etc.). Aqueles que trouxeram podem agora contar o que es-ses objetos significaram no passado, e o que eles sentem agora por eles. A maior parte deles vai sentir uma grande nostal-gia, mas os objetos não têm mais o mes-mo valor. Isso é fruto do crescimento e da transitoriedade de nossa vida. Não dá para evitar o crescimento!

5) Uma dinâmica simples, mas efi-ciente, é a Brincadeira da forca. Escolha várias palavras antecipadamente. Só o professor as possui. Escolha uma pala-vra de cada vez e um aluno para desco-bri-la. Desenhe no quadro algo pareci-do com uma forca, seguido de uma sé-rie de traços que representam as letras da palavra. A brincadeira consiste em o aluno sugerir letras do alfabeto que, se estiverem presentes na palavra, devem ser reveladas (troque os ricos pelas le-tras acertadas) e, se estiverem ausentes da palavra, transformam-se num peda-ço de boneco na forca. Ganha a brinca-deira o aluno que acertar a palavra antes que seja enforcado – perde aquele que não acertar a tempo.

Exemplo: você escolheu a palavra FAMÍLIA. Desenhou um esboço de forca ( |_ ) no quadro de giz ou pincel e

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riscou sete traços abaixo da forca (_ _ _ _ _ _ _). O aluno escolhe a letra A. Você substitui os tracos pelas letras acertadas (_ A _ _ _ _ A). O aluno escolhe a le-tra B. Você desenha um rosto na forca. E assim sucessivamente.

6) O professor entrega papel e lápis para cada aluno. Explique para eles que a intenção da dinâmica é incentivar a união do grupo. Dê a eles cinco minu-tos para escrever cinco frases ou mais que comece com “Eu fico com raiva quando (...)” no final do tempo, peça que com-partilhem a folha com uma pessoa que está do lado (seria bom se eles não esco-lhessem com quem compartilhar. A in-tenção é aproximá-los de pessoas que, talvez, não façam parte de seu círculo ín-timo). Durante esse compartilhamento, eles podem conversar um pouco sobre suas irritações em comum ou peculiares. Lembre a eles que a ira não é necessaria-mente um pecado (Sl 4.4; Ef 4.26). Re-comende que terminem com um forte abraço no companheiro.

7) Escolha um aluno do grupo, que deverá se retirar por alguns instantes. Antes, peça para que ele observe atenta-mente todas as pessoas da classe. Expli-que que alguma coisa será mudada (uma pessoa pode trocar de blusa, óculos, sa-pato etc. com outra pessoa) e ele tentará descobrir que mudança foi feita. Se de-sejar, repita a dinâmica uma ou duas ve-zes. Isso é útil para desenvolver a atenção ou observação individual. Eles aprende-rão a prestar atenção nos colegas.

8) Entregue uma folha de papel, cane-tas e alfinetes para todos os alunos. Peça que escrevam na folha o apelido que gos-tam de ser chamados e preguem na roupa,

de preferência no tórax. Após isso, cada um se apresentará dizendo o seu apelido. Exemplo: Bom-dia, eu me chamo João da Silva, mas podem me chamar de zé boni-tinho. A maior parte dos jovens têm ape-lidos carinhosos, e outros nem tanto, que recebem no decorrer das relações com os amigos e familiares. Alguns desses apeli-dos são recebidos com agrado, enquanto outros, com ira. É bom que o grupo co-nheça, então, os apelidos que foram bem recebidos. Isso poderá evitar atritos desne-cessários entre eles.

9) Escolha dois versículos bíblicos à sua vontade, escreva-os numa folha ofí-cio, com letras grandes, e recorte pala-vra por palavra formando um quebra-cabeça. Tenha o cuidado para não mis-turar as palavras dos versículos. Colo-que cada conjunto de palavras num en-velope. No momento de aquecimento, divida sua turma em dois grupos. Expli-que o que você fez e peça para que des-cubram o versículo montando o que-bra-cabeça. O primeiro grupo que con-seguir, vence a brincadeira.

10) Dinâmica do toque. Coloque uma música instrumental, prefencial-mente lenta, tocando, e peça para que os alunos se levantem e saiam dos seus luga-res. Eles devem andar pela sala tocando no rosto do outro. Alguns não vão con-seguir no início. Vão rir muito. Mas insis-ta. Eles precisam correr os dedos pelo ros-to dos demais alunos da classe. Se a tur-ma for pequena, peça que toque o rosto de todos os outros alunos. Comente que o constrangimento é normal numa socie-dade que erotizou exacerbadamente o to-que, a ponto de ele ser quase um tabu no meio dos rapazes e moças.

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Anúncio, nascimento e infância de Jesus

Plano de aula 1SUGESTÕES DIDÁTICAS

EBD

Preparo

Objetivos

• Destacar que a intenção de Lu-cas no início de seus escritos era de mostrar aos seus leitores (gentios) que Jesus não era um homem comum. Por meio do nascimento de Jesus, Deus agiu decisivamente para trazer vida ao homem. Na pessoa de Jesus, estendeu a humanidade o convite para uma no-vidade de vida, oferecendo novo vigor e uma vida transformada pelo poder de Deus a todo aquele que crer. O homem que antes vivia por viver, sem direção, sem sentido, sem esperança, agora tem a oportunidade de ter a sua vida transformada passando a ter dire-ção, sentido, ter esperança.

• Identifi car que tanto o nasci-mento de João Batista como o de Je-sus eram cumprimento das promessas de Deus (Ml 4.5; Is 7.14). Também a importância do Ministério de João

Batista, a fi m de preparar Israel para a vinda do Messias.

Metodologia de ensino

• Método expositivo, acompa-nhado de perguntas e resposta, e um debate, servindo assim para uma aproximação maior do professor com os alunos. Como esta é a primeira lição do trimestre, folhear a revis-ta junto com a turma, enquanto vai dando uma visão geral do que será es-tudado, tendo assim a oportunidade de entusiasmar os alunos a frequen-tar as aulas seguintes.

• Atividade em grupo.

Recursos de ensino

• Bíblia;• Revista do aluno;• Recortes de manchetes de jor-

nais.

Texto bíblico – Lucas 1 e 2 • Texto áureo – Lucas 2.52

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estava para nascer, Deus irromperia o mundo dos homens. Após o seu nasci-mento, apesar de todas as mazelas, este mundo jamais seria o mesmo.

4. Estimular as seguintes questões: Tente imaginar o que deve ter acon-tecido quando Jesus veio ao mundo. Qual o impacto na sociedade teve o nascimento de Jesus?

Avaliação

• Pedir aos alunos para revelarem o que o nascimento de Jesus signifi ca para a sua vida e dizer o que a “nova vida” signifi ca para ele – tanto o que já experimentou quanto o que deseja experimentar no relacionamento com Jesus.

• Terminar o encontro orando agra-decendo a Deus o seu grande amor e porque um dia ele enviou o seu único Filho ao mundo.

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES

Lucas, assim como Marcos, e em contraste com Mateus, parece ter como alvo os leitores gentios. Ele iden-tifi ca locais que deveriam ser familiares a todos os judeus (4.31; 23.51; 24.13), sugerindo que seu público ia além dos que já tinham um conhecimento da geografi a da Palestina. Ele geralmente preferiu usar uma terminologia grega (p. ex., “Calvário” em vez de “Gólgo-ta”, em 23.33). Os outros Evangelhos usam ocasionalmente termos semí-ticos como “Aba” (Mc 14.36), “Mes-

Desenvolvimento da aula

Apresentação

Receber os alunos à porta, dando-lhes boas-vindas e falar do prazer em tê-lo ali presente.

Desenvolvimento

1. O Evangelho de Lucas nos for-nece ricos detalhes acerca dos eventos associados com o nascimento de Jesus, como a predição do nascimento de João Batista, a predição do nascimen-to de Jesus, o cântico de Maria, o nas-cimento de João Batista, o nascimento de Jesus, o testemunho dos pastores.

2. Explicar o tema e os objetivos do estudo de hoje, fazendo uma breve explanação sobre todos os tópicos da lição.

3. Levar jornais atuais e deixar os alunos folhearem os jornais. Se na época do domínio do império roma-no existissem jornais, quais seriam as possíveis manchetes:“Rei artaxus perto da morte”; “Navios de trigo atracam, cessam os tumultos em Roma”; “Nove navios piratas afundados pela Sexta Fro-ta”; “Estudantes atenienses enfr entam a polícia”; “Lutador Olímpico continua em coma”; “Relatos de anjos vistos na Ju-deia”. Com certeza, seriam manchetes muito parecidas com as que vemos nos nossos dias. Notícias de guerra, doen-ças, pobreza e injustiça. Um mundo parecido com o nosso, habitado por um povo semelhante a nós. Mas, Jesus

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tre, Rabi” (Mt 23.7,8; Jo 1.38,49) e “Hosana” (Mt 21.9; Mc 11.9,10; Jo 12.13), mas Lucas os omite ou usa equivalentes gregos.

Lucas citou o Antigo Testamento bem menos do que Mateus, e quando cita passagens do Antigo Testamento, quase sempre faz uso da Septuaginta, uma tradução grega das Escrituras Hebraicas. Além disso, muitas das citações de Lucas do Antigo Testa-mento são alusões em vez de citações diretas, e muitas delas aparecem nas palavras de Jesus em vez de na narra-tiva de Lucas que, mais do que qual-quer outro dos evangelistas, destacou o âmbito universal do convite do evangelho. Ele retratou Jesus como Filho do homem, rejeitado por Israel, e então oferecido ao mundo. Como anteriormente observado, Lucas re-petidamente conta relatos de gentios, samaritanos e outros proscritos que encontraram graça aos olhos de Jesus. Essa ênfase é precisamente o que de-vemos esperar de um companheiro do “apóstolo dos gentios” (Rm 11.13).

Embora acompanhado por um grandioso toque de trombetas celes-tial, o nascimento de Jesus gerou pou-ca notícia ou interesse entre os ho-mens. Somente algumas testemunhas obscuras celebraram a abençoada che-gada do Salvador em nosso mundo marcado pelo pecado.

Só Lucas relata as circunstâncias notáveis do nascimento de João Ba-tista, a anunciação a Maria, a aparição

dos anjos aos pastores e a reação de Simeão e Ana orientada pelo Espírito quando Jesus foi apresentado no tem-plo. Dos evangelistas, somente Lucas fornece alguma informação sobre a in-fância de Jesus (2.40-52). Mas mesmo esses detalhes são apenas esboçados, na maior parte limitados à conhecida história do encontro de Jesus com os mestres no templo, quando ele tinha 12 anos de idade.

O propósito de Lucas: escreven-do primeiramente ao homem chama-do Teófi lo e para um público gentio, Lucas quis elaborar um cuidadoso e abrangente relato da vida de Cristo. Seu objetivo era mostrar que Jesus não era somente o tão aguardado Messias dos judeus, mas, também, o Salvador dos não-judeus. Historia-dor meticuloso, Lucas começa pelo princípio. Seu relato da natividade é o mais completo dos registrados pe-los Evangelhos e o mais refi nado em seu estilo literário.

Jesus: um nome derivado da pa-lavra grega Iesous, equivalente ao nome hebraico Yeshua ( Josué) que, literalmente, signifi ca “Jeová é a sal-vação”. Nos tempos do Antigo Tes-tamento, o nome Jesus era um nome judaico comum. Entretanto, o signi-fi cado desse nome expressa a exclusi-va obra redentora de Jesus na terra. O anjo enviado a José afi rmou a im-portância do nome de Jesus; “porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1.21).

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Texto bíblico – Lucas 3 e 4 • Texto áureo – Lucas 4.32

Plano de aula 2SUGESTÕES DIDÁTICAS

EBD

Metodologia de ensino

• Expositivo, perguntas e respostas (resumidas e claras);

• Atividade em grupo.

Recursos de ensino

• Bíblia;

• Revista do aluno;

• Papéis e lápis.

Desenvolvimento da aula

Apresentação

1. Receber os alunos na porta, dando-lhes boas-vindas e perguntan-do-lhes como foi a semana.

2. Entregar um questionário com as seguintes perguntas:

– Faça um resumo do que aconte-ceu quando Jesus foi batizado.

O preparo e o início do ministério

Preparo

Objetivos

• Destacar que Lucas, assim como Mateus, descreve com deta-lhes a tentação de Jesus por Satanás, evento que teve uma grande impor-tância para o tema desses Evange-lhos. O rei deve governar: o homem perfeito deve ter autocontrole. Vis-to que Jesus venceu as tentações, po-demos confiar plenamente no Filho de Deus.

• Mencionar duas coisas a respeito da genealogia bíblica: (1) Nem todas as gerações são necessariamente regis-tradas, “fi lho de” alguém, no hebraico, pode ser o neto ou o bisneto. Somente os notáveis da família eram menciona-dos. (2) A genealogia de Lucas difere da de Mateus, porque Lucas registra a genealogia de Maria (que também era da linhagem de Davi), enquanto Ma-teus segue a família de José.

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– O que Lucas 4.1 diz a respeito do papel do Espírito na tentação de Cristo?

– O que aconteceu quando Jesus apresentou a si mesmo como o Mes-sias de Israel em sua cidade natal, Na-zaré (4.16-29)?

Desenvolvimento

1. Explicar o tema e os objetivos do estudo de hoje.

2. Identificar na genealogia de Je-sus que ele era tanto da linhagem de Abraão, quanto da linhagem de Davi. Era, portanto, qualificado para assu-mir o trono que Deus havia prometi-do ao Messias.

3. Em The expository dictionary of Bible words, “tentação” é definido como “situação difícil, um pressão que provoca uma reação em que o caráter ou a entrega do crente são provados”’. Tiago deixa claro que as tentações, em si mesmas, não são más (Tg 1.13-15). Deus permite essas situações para que sejamos provados e para que a nossa fé aumente. Na oração ensinada por Je-sus ele diz “não nos deixe cair em ten-tação” e não para nos livrar da tenta-ção. As tentações em si não têm a in-tenção de apanhar-nos em uma arma-dilha, mas de nos provar. Deus nos dará o livramento para cada tentação (1Co 10.13).

4. Explorar não apenas as tentações, mas, também, como podem ser venci-

das pela Palavra de Deus. Jesus, enquan-to esteve aqui, tinha o poder de uma vida singular, como todos nós. Hoje, te-mos o auxílio do Espírito Santo que nos ajuda a vencermos as tentações.

5. Identificar com os alunos quais seriam as maiores tentações, de que áreas provêm, como lidar com elas, se somos capazes de vencê-las.

6. Relatar que quando Jesus vol-tou a Galileia, para ensinar no poder do Espírito Santo, inicialmente houve grande entusiasmo. O povo da peque-na região começou a falar dele com grande entusiasmo. Bastou que Jesus desenrolasse o pesado pergaminho e lesse o trecho de Isaías, que todos ali sabiam se tratar do Messias, para cau-sar espanto e repulsa.

Avaliação

• Pedir aos alunos que identifi-quem alguma tentação que enfrentam regularmente e descobrir em qual das três tentações de Jesus ela se encaixa e encontrar um princípio de vida que os ajude a vencê-la.

• Terminar o encontro oran-do pela vida de todos para que o poder do Espírito Santo possa ca-pacitá-los a obter a vitória sobre a tentação.

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES

Lucas anuncia o princípio da ope-ração do reinado de Jesus apresentan-

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do João Batista, o precursor de Cristo. Naqueles dias, monarcas viajando pe-las regiões desertas deveriam ter gru-pos de trabalhadores indo à frente de-les para ter certeza de que a estrada es-taria livre de entulhos, obstáculos, ar-madilhas e outros riscos que pudessem dificultar a viagem. Num sentido espi-ritual, João pavimentou o caminho de Cristo, chamando o povo de Israel a preparar seus corações para a chegada do Messias. João Batista entra em cena anunciando o novo êxodo. Mas João não é o Messias; em vez disso, ele sina-liza a vinda do Messias e seu batismo com o Espírito Santo e com fogo. Jesus é batizado e ele próprio ungido com o Espírito.

Batismo: essa palavra vem do gre-go baptizo, que significa “mergulhar” ou “imergir”. As pessoas iam até João Batista para serem batizadas por ele no Rio Jordão. O batismo dos gentios como prosélitos ao judaísmo era co-mum para os judeus, mas esse tipo de batismo para judeus era novo e estra-nho. João os chamou para serem bati-zados como uma renúncia pública ao seu antigo modo de vida.

O batismo deles também simboli-zava ter o coração preparado para a vin-da do Messias. Paulo ligou o batismo com a identificação dos crentes com Cristo. Assim como um tecido molha-do em tintura absorve a cor da tinta, também uma pessoa imersa em Cristo deve ter a natureza de Cristo.

Depois disso, o próprio Espírito Santo o conduz para o deserto para ser provado. Após Cristo encon-trar real oposição em seus 40 dias de tentação, lemos sobre a inaugu-ração de seu ministério. Observe quanto de seu ministério é dirigido aos gentios. Era fundamental que Jesus, ao iniciar o seu ministério, provasse que de fato era o transfor-mador, como afirmava. Afinal, iria trazer vida nova ao povo. E, antes de oferecê-la, provou que era pos-sível. Jesus demonstrou a liberdade que possuía com relação aos erros e ao pecado que teimam em nos apri-sionar.

Lucas usa a visita de Jesus à sina-goga da sua cidade natal para apresen-tar todo o seu ministério: cumprindo a profecia do Antigo Testamento; ca-pacitado pelo Espírito; com boas-no-vas aos pobres, incluindo a libertação de cativos; justificada por duas histó-rias do Antigo Testamento de inclu-são de gentios, resultando em oposi-ção, que é o resultado de Jesus lem-brando alguns judeus da inclusão pré-via dos gentios por iniciativa de Deus, que seria um prenúncio da narrativa de Atos.

Em seguida, vemos duas narrativas curtas ilustrando o ministério pode-roso de Jesus em prol dos pobres e ca-tivos. Assim, ao expulsar demônios e curar doentes, Jesus enfrenta Satanás e sai vitorioso.

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Plano de aula 3SUGESTÕES DIDÁTICAS

EBD

Texto bíblico – Lucas 5 e 6 • Texto áureo – Lucas 5.26

Preparo

Objetivos

• Destacar que todos estavam im-pressionados com o ensino e o poder de Jesus. Ainda assim, a maioria con-tinuava hesitante, esperando mais evi-dências ou algum sinal antes de se comprometer com ele. Mas para ou-tros não foi assim; fi zeram sua escolha imediatamente.

• Identifi car com os alunos que Je-sus é o Senhor. Quando Jesus ensina-va à beira do Mar da Galileia, entrou num barco para continuar a ensinar. Quando terminou, ordenou ao dono do barco que levasse o barco para águas profundas e lançasse a rede. Essa ordem não fazia sentido para Simão (Pedro) mas, mesmo assim, ele obe-deceu e lançou a rede e qual não foi a surpresa de ver a rede repleta de pei-xes, tendo que pedir ajuda para reti-rá-los do mar.

Metodologia de ensino

• Expositivo, perguntas e respostas.

Recursos de ensino

• Bíblia;

• Revista do aluno;

• Papel e lápis.

Desenvolvimento da aula

Apresentação

• Receber os alunos à porta com um forte abraço, dando-lhes boas-vindas para mais um encontro da clas-se da EBD.

• Distribuir os questionários (lápis e papel)Sugestão para o questionário:

1. Descreva o que aconteceu quan-do Cristo chamou Simão (Pedro), An-

Milagres, sermões e a chamada dos 12

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dré, Tiago e João. O que Jesus pediu que Pedro fi zesse e qual foi a respos-ta dele?

2. Cristo, quando confrontado com o homem paralítico, respondeu de modo inesperado. O que as pala-vras e ações dele dizem sobre sua iden-tidade?

3. Por que os acontecimentos de Lucas 5.27, 32 fi zeram que os líderes religiosos fi cassem perplexos e agita-dos?

Desenvolvimento

1. Explicar o tema e os objetivos do estudo de hoje.

2. Destacar que o ministério ini-cial na Galileia ocorreu quando Jesus se apresentou ao mundo e começou a divulgar os seus ensinos.

3. Informar que apóstolo signifi -ca “mensageiros, enviados”, e vem da palavra grega apóstoloi. Lucas reserva esse termo quase exclusivamente para os 12 discípulos que foram especifi ca-mente chamados para o ofício único de autoridade em Cristo. O papel de um apóstolo envolvia uma posição de liderança e exclusiva autoridade de en-sino na igreja primitiva. Os escritos do Novo Testamento foram todos de au-toria dos apóstolos ou de pessoas pró-ximas a eles. E antes do Novo Testa-mento ser escrito, o ensino dos após-tolos era a regra na igreja que se ini-ciava.

4. Destacar que Pedro e seus dois companheiros deixaram tudo na praia – incluindo a grande pescaria – e se-guiram Jesus. Tudo que antes era im-portante foi deixado para trás, volun-tariamente.

5. Chamar a atenção de todos para a cura do leproso (v. 12-16). O toque de Jesus não era necessário para a cura, mas esse ato mostrou o grande amor de Jesus por aquele homem, que era discriminado pela sociedade pelo sim-ples fato de ser leproso. Se existe al-gum dos alunos que hesite em confi ar em Jesus ou se está convicto de seu po-der, mas incerto a respeito do seu in-teresse pessoal de Deus por ele, chame a atenção dele para esse grande ato de amor. Jesus tocou-o, da mesma ma-neira que deseja tocar a todos.

6. Levar a classe a pensar sobre o po-der do exemplo. Pensar de que manei-ra podemos aprender a viver. A respos-ta é seguir alguém que sabe como viver. Jesus afi rma: e “todo aquele que for bem preparado será como seu mestre”. E qual exemplo estamos dando para outros?

Avaliação

Interagir com o grupo lançando algumas perguntas sobre o encontro de Jesus com o leproso:

• Caso fossem se aproximar de Je-sus hoje, qual seria a maior necessida-de que lhe apresentaria? (emprego, di-nheiro, coisas materiais etc.).

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• Qual seria a necessidade inte-rior? (controle de temperamento, al-guma área da vida que se sente vulne-rável etc.).

• Terminar a lição de hoje oran-do para que Deus coloque nos cora-ções dos alunos a certeza da cura das defi ciências espirituais, inclusive a do amor ao próximo, e para confi rmar to-dos os dias o chamado que um dia re-ceberam do Mestre.

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES

• Escrevendo para fazer uma “nar-ração coordenada” da extraordinária vida de Jesus Cristo, Lucas continua sua descrição do ministério do Filho do homem na Galileia. Fundamen-talmente, esses capítulos registram o chamado de Cristo aos 12 homens que foram inicialmente identifi cados como discípulos e mais tarde como apóstolos. É incrível que esse punha-do de seguidores pouco promissores tenha se tornado os líderes humanos da entidade mundial conhecida como igreja. Nessa parte do Evangelho de Lucas, o Filho do homem não de-monstra autoridade somente sobre os homens, mas, também, soberana au-toridade sobre a natureza, as doenças e a corrupção, o pecado e suas conse-quências, e sobre a tradição religiosa.

• Após o primeiro discípulo ser cha-mado, a cura de um homem leproso faz com que a fama de Jesus se espalhasse.

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• Agora Jesus institui os 12, aos quais ele instrui na presença de outros sobre a natureza do discipulado. Observar a ên-fase: nos pobres e humildes, que são per-seguidos por causa de Jesus; amar e não julgar e por último na obediência.

• Como posso amar, sabendo que posso ser ferido por um inimigo que não reage como deveria? Como pos-so fazer o bem, se não estou certo de como os outros irão reagir às mi-nhas ações? Chega ser assustador e dá medo. Mas Jesus, o nosso maior exem-plo, vivia assim, dessa maneira, apesar de alguns o ferirem e o odiarem.

• O cristianismo é uma forma de vida aprendida por meio de modelos, cujo modelo principal é Jesus. Ele nos exorta a fazer um autoexame. Não temos o di-reito de criticar ou instruir alguém sobre a maneira de viver até termos a certeza de que nossa vida está em harmonia com Cristo. Se somos cegos quanto à vida que Deus exige de nós e mesmo assim tenta-mos guiar outros, tanto eles quanto nós iremos cair no buraco (Lc 6.39-42).

• Depois de uma ilustração, no fi -nal do capítulo 6, Jesus diz como po-demos crescer como discípulos dele e como termos capacidade para repro-duzir discípulos. Ele disse que devemos ouvir as suas palavras e praticá-las. So-mente com a completa obediência aos ensinos e às palavras de nosso Senhor nos tornará aptos a expressar o amor em nosso coração e refl etir a sua ima-gem ao mundo.

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