02 adolescência e suicídio

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1 FACULDADE DE MACAPÁ CURSO SUPERIOR DE PSICOLOGIA Grupo: Alessandra Alves do Nascimento Cristine Benjamim Pereira Francidete Ferreira Santos Maricelia Silva e Silva ADOLESCÊNCIA E SUICÍDIO: SENSAÇÕES, EMOÇÕES E SENTIMENTOS Orientadora: Profa. Msc. Maria das Graças Teles Martins MACAPÁ/AP 2014

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FACULDADE DE MACAPÁ

CURSO SUPERIOR DE PSICOLOGIA

Grupo:

Alessandra Alves do Nascimento

Cristine Benjamim Pereira

Francidete Ferreira Santos

Maricelia Silva e Silva

ADOLESCÊNCIA E SUICÍDIO: SENSAÇÕES, EMOÇÕES E

SENTIMENTOS

Orientadora: Profa. Msc. Maria das Graças Teles Martins

MACAPÁ/AP

2014

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ADOLESCÊNCIA E SUICÍDIO: SENSAÇÕES, EMOÇÕES E SENTIMENTOS

NASCIMENTO, Alessandra Alves¹; PEREIRA, Cristine Benjamim²; SANTOS, Francidete

Ferreira³; SILVA, Maricelia Silva ; MARTINS, Maria das Graças Teles

1 - Acadêmica do 3º. Termo do Curso de Psicologia da Faculdade de Macapá - FAMA2 - Acadêmica do 3º. Termo do Curso de Psicologia da Faculdade de Macapá - FAMA3 - Acadêmica do 3º. Termo do Curso de Psicologia da Faculdade de Macapá - FAMA4 - Acadêmica do 3º. Termo do Curso de Psicologia da Faculdade de Macapá - FAMA5 - Docente orientadora da Faculdade de Macapá - FAMA

RESUMO

INTRODUÇÃO: Nos últimos 10 anos, têm aumentado as taxas de tentativa de suicídio e suicídio consumado em jovens. O suicídio na adolescência pode ser um ato intencional de matar a si mesmo, causado por um transtorno mental e/ou psicológico que pode incluir a depressão e transtorno bipolar. A cada ano o suicídio na adolescência vem crescendo, tornando-se a segunda causa de mortalidade entre os jovens de 15 a 19 anos. Este comportamento suicida está associado com a impossibilidade do indivíduo de identificar alternativas viáveis para a solução de seus conflitos, optando pela morte em um ambiente de estremo estresse. OBJETIVO: Conhecer e analisar as razões que levam os adolescentes a cometer o suicídio e os métodos por eles utilizados para concretizar este ato. METODOLOGIA: Constitui-se em uma pesquisa qualitativa baseada na revisão bibliográfica. RESULTADO: Na adolescência os jovens passam por diversas transformações progressivas, período de transição, caracteriza-se naturalmente por uma série de avanços e recuos, prevalecendo as duvidas e certezas irrealistas, sensações, sentimentos, emoções e comportamentos exagerados frente aos conflitos vividos e, consequentemente, essas ações excessivas, podem resultar na maioria das vezes em suicídio. As causas ocorrem, geralmente, após um rompimento de relacionamento afetivo ou desentendimento familiar, momento em que o adolescente está fragilizado ou em situações de frustação afetiva, familiar, relacional, social e cultural. CONCLUSÃO: O suicídio é hoje a terceira causa de morte na adolescência. A tentativa de auto-exterminio é a principal causa de emergência psiquiátrica em hospitais gerais. O suicídio é visto como um ato muito presente entre os adolescentes na atualidade, sendo responsável pelo aumento excessivo no índice da mortalidade. Sentimentos e emoções negativas, ansiedade, desesperança, impotência, baixa auto-estima, medo desproporcional para enfrentar a vida e forte depressão são situações presentes na vida do adolescente suicida.

PALAVRAS-CHAVES: Adolescente, Suicídio, emoções, sentimentos.

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1. INTRODUÇÃO

O objetivo deste trabalho é conhecer e analisar as razões que levam os

adolescentes a cometer o suicídio e os métodos por eles utilizados para concretizar este

ato. O suicídio é hoje a terceira causa de morte na adolescência e a tentativa de

autoextermínio a principal causa de emergência psiquiátrica em hospitais gerais.

O jovem entra no mundo através de profundas alterações no seu corpo,

deixando para trás a infância e é lançado num mundo desconhecido de novas relações

com os pais, com o grupo de iguais e com o mundo. Assim, invadido pó forte angústia,

confusão e sentimento de que ninguém o entende, que está só e que é incapaz de

decidir corretamente seu futuro entra em fortes conflitos.

Isso ocorre, principalmente, se o jovem estiver num grupo familiar também em crise,

por separação dos pais, violência doméstica, alcoolismo ou doença mental de um dos

pais, doença física ou morte (Resmini, 1997). Muitas vezes o suicídio é omitido pela

família, que apresenta dificuldade e preconceito para lidar com esta difícil questão

(Bertolote, 2004).

1.1 Conceito

A palavra suicídio etimologicamente, originária do latim suicaedere com

significado de matar-se. Foi utilizada pela primeira vez por Desfontaines, em 1737 e

significa “morte intencional” ou “morte auto-infligida”, isto é, quando a pessoa, por

desejo de escapar de uma situação de sofrimento intenso, decide tirar sua própria vida.

O suicídio supõe tirar voluntariamente a própria vida. Entre as condutas que

podem ser um indicador de um suicídio iminente, destacam-se a vontade de morrer

(com frases do tipo “a minha vida já não faz mais sentido” ou “não vejo qualquer motivo

para viver”), a incapacidade de descarregar os receios e as angústias, o esgotamento

resultante da pressão da vida social, o comportamento impulsivo e a introversão

acentuada.

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2. HISTÓRICO

Antigamente, em algumas culturas houve ou ainda existem, com pouca

intensidade, a penalidade para os familiares da vitima, como a retirada dos bens e a

proibição do morto ter um funeral. O código penal Brasileiro também condena o

induzimento ou auxilio ao ato suicida quando consumado, tendo como exemplo a

eutanásia, suicídio assistido, ato ainda muito polemico, por se tratar de uma vida.

Podemos citar alguns adeptos notáveis dessa escola de pensamento, como Arthur

Schopenhauer, filosofo pessimista, Friedrich Nietzsche, e o empirista escocês David

Hume. Os adeptos desta visão muitas vezes defendem a revogação das leis que

restringem as liberdades dos povos conhecidos por serem suicidas, bem como as leis

que permitem o seu compromisso involuntário em hospitais mentais.

Freud (1910) aponta que não se pode esquecer que o suicídio não é nada mais

que uma saída, uma ação, um termino dos conflitos psíquicos. É necessário tentar

compreender o suicídio releva a fragilidade das relações humanas, põe a nu o quanto

desconhecemos o humano (Émile Durkheim 1897 ).

Os defensores deste ponto de vista rejeitam a crença de que o suicídio é

sempre irracional, argumentando às vezes que ele pode ser um último recurso válido

para dores maiores e para certos traumas persistentes. Essa perspectiva é mais popular

na Europa continental, onde a eutanásia e outros temas, como são comumente

discutidas no parlamento, tem uma boa dose de apoio. Um segmento mais estreito

desse grupo considera o suicídio como uma escolha grave, mas condenável em algumas

circunstâncias e um direito sagrado que todos tem (mesmo as pessoas jovens e

saudáveis), que acredita que eles têm plena consciência racional para decidirem sobre

suas próprias vidas.

3. COMPORTAMENTO DO ADOLESCENTE SUICIDA

O comportamento do adolescente suicida é algo onde ele fantasia a ideia de

suicídio como solução para os problemas de extremo estresse. O adolescente pode

cometer suicídio por diversos motivos, entre os quais estão:

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Se livrar de uma situação de imensa aflição por acharem que não há solução;

Por se encontrar em estado psicótico;

Por mania de perseguição;

Por se encontrarem em depressão;

Por ter doenças incuráveis;

Por transtorno bipolar;

Interesse por ações relacionadas a morte;

Histórico de suicídio na família.

4. ADOLESCENTE E O SUICÍDIO

A adolescência é a fase de transição entre a infância e a idade adulta de um

individuo, caracteriza-se por diversas alterações nos níveis físicos, mental, social e

cultural. Neste período de transição os jovens sentem a necessidade de se tornar cada

vez independente, porém, o suicídio está relacionado desenvolvimento de pensamentos

e comportamentos de morte. Os fatores associados ao suicídio estão relacionados às

diversas formas de manifestações de sinais de transtorno, planejamento e execução do

ato de suicídio. Assim, o suicídio não ocorre de maneira rápida, sempre o individuo

manifesta anteriormente alguma advertência ou sinal em relação a ideia de atentar

contra a própria vida.

As tentativas de suicídio na adolescência consumado aumentam com a idade,

tornando-se comuns durante a adolescência, ocasionado, muitas das vezes por causa de

discussões familiares, problemas escolares, perda de entes queridos e mudanças

significativas. Prevalecendo o pensamento malicio, não admite a existência do acaso,

nesta fase, a morte é vista como processo reversível de solucionar os problemas. Nesta

etapa surge à preocupação com a vida após a morte, o jovem sofre profundas alterações

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no seu corpo e comportamento, deixando para trás a infância. Assim a angústia,

confusão e sentimento de que é incapaz de decidir o seu próprio futuro.

De acordo com Freud (1910) afirma que um terapeuta deve conhecer a sim

mesmo a fim de que se possa ajudar e tratar de outrem. Assim, não é possível através

de livros de auto ajuda, mas sim através de sua própria analise, o que demanda custo,

tempo e muito sacrifício. “Só conseguimos trabalhar com as reações que sentimos ou

vivemos na relação com nossos clientes quanto temos consciência de suas ressonâncias

em nos” (Sterian, 2001,p.92).

O suicido na adolescência é um ato de autodestruição intencional e desejado, é

praticado por uma gama de ações que danificam o adolescente em questão, tais como:

superdose de drogas; expor a cabeça no fogão; corta a própria garganta entre outros.

Estes atos de suicídio poderão ser fatais ou não. Entretanto, em um ato de suicídio, este

jovem não almejou o resultado esperando e continuar vivo, certamente, assumira uma

atitude de não ter a intenção de morrer.

Causas do Suicídio na Adolescência

Entre os fatores psiquiátricos associados ao suicídio, em primeiro lugar está a

depressão, alteração afetiva predominante no ato suicida, desde sua ideação, intenção

até o suicídio de fato. Apesar de vários motivos ou explicações rodearem o suicídio dos

adolescentes, como por exemplo, os fatores de ordem sexual, as drogas, timidez,

fracasso escolar, problemas sentimentais, de relação familiar, e muitos outros, se a

pessoa passar por tudo isso sem depressão ela, certamente, não se suicidará. Alguns

autores consideram que, além da depressão, tem sido comum em adolescentes suicidas

também um transtornos de conduta (Beyaert, 1999).

5. SENSAÇÕES, SENTIMENTOS E EMOÇÕES NO SUICIDIO

Sensação de angústia, ansiedade, desamparo, aprisionamento, desânimo,

desconforto, desespero, desesperança, incompetência, impotência, incapacidade,

tristeza profunda entre outros sentimentos e emoções acompanham o adolescente em

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momentos trágicos e conflituosos que podem leva-lo ao suicido. Geralmente uma forte

depressão se instala, provocando uma forte desesperança.

E o engano maior que se observa em nossa cultura é acreditar que só os adultos

são vítima da depressão, só “quem tem problemas e luta com as dificuldades da vida”

pode se deprimir.

De fato, tanto o adolescente quanto o adulto podem ter depressão. No

adolescente, entretanto, a depressão será pior ainda, pois nessa faixa etária o quadro

depressivo pode ficar mascarado por outros sintomas, como por exemplo, a rebeldia,

irritabilidade, mau humor, inquietação ou isolamento no quarto, etc. Um sinal de alerta

para a possibilidade depressiva no adolescente é quando, por exemplo, uma pessoa

alegre, jovial e expansiva, de algum tempo para frente, se transforma, abandona tudo o

que apreciava, afasta-se de tudo e de todos, desinteressa-se, etc.

Os sintomas depressivos mais associados ao suicídio do adolescente dizem

respeito ao severo prejuízo da auto-estima, aos sentimentos de desesperança e à

incapacidade de enfrentar e resolver problemas. Esses sintomas podem não estar

presentes no início do quadro, mas à medida que a depressão vai se tornando mais

grave a baixa da auto-estima vai piorando, vão surgindo sentimentos de inutilidade e,

progressivamente, o jovem vai ficando mais desesperado (sentimentos de

desesperança). Daí em diante o quadro depressivo fica mais claro, com falta de

entusiasmo, baixa energia, pouca ou nenhuma motivação, afastamento ou isolamento

de atividades sociais, dificuldade em tomar decisões, baixo rendimento escolar, insônia

ou dormir demais, sentimentos de culpa, eventual uso e/ou abuso de álcool ou drogas,

ansiedade, medo, etc.

6. COMPORTAMENTO DE RISCO

Muitas vezes, mas não sempre, uma pessoa pode apresentar determinados

sintomas ou alguns comportamentos antes de uma tentativa de suicídio, incluindo:

Dificuldade para se concentrar ou pensar claramente;

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Mudança repentina de comportamento, principalmente estando calmo após um

período de ansiedade;

Perda de interesse em atividades que costumava se divertir;

Comportamentos autodestrutivos, como beber muito álcool, usar drogas ilegais

ou cortar o próprio corpo;

Afastar-se dos amigos ou não querer sair;

Repentinamente, começar a ter problemas na escola ou em casa;

Mudança nos hábitos de sono ou de alimentação;

Agressividade e desesperança são os fatores mais comuns;

Comportamentos de risco: envolvimento em esportes radicais sem técnica e

equipamentos adequados, dirigir embriagado, uso abusivo de drogas ilícitas

atividade sexual promíscua, brigas constantes e de gangues;

Fatores Cognitivos que indicam risco para uma primeira tentativa ou recorrência

do comportamento suicido nesta população;

Desesperança;

Menor potencial para geração de soluções alternativas para situações

problemáticas interpessoais e menor flexibilidade para enfrentar situações

problemáticas;

Estilo de atribuição disfuncional (considerar eventos negativos como de sua

responsabilidade, duradouros ou de impacto sobre todos os aspectos de sua

vida) – frequente associação com quadros depressivos de longa evolução;

Impulsividade;

Violência Física e Sexual;

Fatores Socioculturais: sucesso escolar (cobrança dos pais), mudanças sociais

abruptas, acesso fácil a armas de fogo;

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O suicídio é uma perda irrecuperável para própria pessoa e familiares, esta

perda suscita nas pessoas uma reação de abominação do ato até o seu incentivo com

fins ideológicos e/ou religiosos.

Alguns comportamentos que podem indicar uma possível tentativa de suicídio podem

ser:

• Dizer frequentemente que vai se matar;

• Fazer um testamento;

• Começar a tratar de assuntos pendentes de repente;

• Ir visitar amigos ou familiares que já não via há muito tempo;

• Comprar uma arma, mangueira, corda ou comprimidos, por exemplo;

• Escrever uma nota de suicídio;

• Ficar muito triste ou muito contente de repente;

• Perda de interesse em atividades que gostava.

Outros sintomas, como já mencionado, que também podem indicar que o indivíduo

tenciona se suicidar são o desânimo, a baixa auto-estima, os distúrbios do sono e do

apetite, o abuso moderado de álcool, a insônia, a incapacidade de concentração, a

desesperança e os pensamentos persistentes sobre a possibilidade de algo ruim

acontecer. Geralmente, os indivíduos que desejam se suicidar sofrem de depressão ou

ansiedade grave e não costumam dizer que o planejam fazer, principalmente ao

psicólogo, se estiverem a ter consultas, mas quando o fazem, normalmente contam a

um amigo próximo ou membro da família.

7. PREVENÇÃO E TÉCNICAS DE AJUDA

A prevenção do suicídio é muitas vezes possível, sobretudo se tivermos um

olhar atento sobre a sucessão tipificada de momentos que o precedem: ideação suicida

– comportamentos de risco – tentativas de suicídio. Atualmente, as tentativas de

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suicídio são os mais importantes preditores do suicídio consumado, o que nos obriga,

enquanto profissionais de saúde mental, pais, família, professores e outros agentes

sociais a uma reflexão sobre o seu verdadeiro significado.

O adolescente ou jovem que considera o suicídio comum à solução para seus

problemas deve ser observado de perto, principalmente se estiver se sentindo só e

desesperado, sofrendo a pressão de estressores ambientais, insinuando que é um fardo

para as pessoas, família, colegas e demais pessoas de sua relação. Ele pode, ainda,

chegara a dizer que a sua morte seria um alívio para todos, que não dará mais trabalho

aos outros, etc.

Inicialmente, um tratamento de um paciente que já tentou suicídio ou apresenta

comportamentos suicidas deve ser centrado sobre o manejo e acompanhamento

medico. Uma analise e avaliação de risco deve ser cuidadosamente efetuada, deve-se

atentar para uma nova tentativa de suicídio.

As seguintes recomendações são indicadas:

Todas as ameaças de suicídio devem ser encaradas com seriedade, mesmo

quando possam parecer falaças ou manipulativas;

Ajudar o cliente a avaliar a situação, permitindo que ele descubra novas soluções

para seu sofrimento, explorar com ele tais soluções e orientá-lo em direção a

uma ação concreta;

Procurar compreender as razões pela qual o adolescente optou pelo suicídio

como forma de lidar com seu sofrimento, não minimizando seus problemas e

sofrimento;

Transmitir esperança sem dar falsas garantias e não fazer promessas que não

possam ser cumpridas;

Romper o isolamento em que vive o jovem e abordá-lo diretamente;

Expressar disponibilidade de escutá-lo sem julgamento, evitar insultos, culpa ou

repreensões morais;

Reconhecer a legitimidade do problema e tratá-lo com seriedade;

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Avaliar a urgência do caso, verificar se as ideias de suicídio são frequentes e se o

jovem apresenta meios para executá-lo;

Não deixar o adolescente sozinho até que as providências sejam tomadas;

Envolver a família em todo o processo de tratamento;

Portanto, no inicio da recuperação de um adolescente com ideação requer

cuidados dobrados e atenção dos familiares com vigilância 24 horas para que não ocorra

a consumação do ato ou uma nova tentativa de suicídio.

CONCLUSÃO

Percebe-se que vários sentimentos, emoções e comportamentos importantes

estão presentes no adolescente suicida. No entanto, a maioria das tentativas de suicídio

não resulta em morte. Muitas dessas tentativas são feitas de forma que o resgate é

possível. As tentativas normalmente são pedidos de ajuda de algo que não está bem na

vida do adolescente e deve ser visto por sua família, pais, professores e pessoas da

relação do adolescente.

Os parentes de pessoas que tentam ou cometem suicídio, muitas vezes, se

culpam ou ficam revoltados. Eles podem ver a tentativa de suicídio como um ato

egoísta, sem cabimento. No entanto, as pessoas que tentam cometer suicídio em geral

acreditam erroneamente que, ao deixar o mundo, estão fazendo um favor a seus

amigos e parentes e precisam muito de ajuda, compreensão.

Considerando que o suicídio na adolescência é um problema que diz respeito

não apenas à família das vítimas, mas também, aos professores, amigos e aos profis-

sionais de saúde, além da comunidade como um todo, são necessários novos estudos

que investiguem este fenômeno de uma forma multifacetada. A psicologia pode

contribuir no acompanhamento do adolescente e seus familiares. A busca por ajuda

médica é fundamental.

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REFERENCIAS

DURKHEIM, Émile. Os pensadores. Cap. O suicídio. Estudo sociológico. São Paulo: Victor

Civita Editor, 1983.

FREUD, Sigmund. Edição Standard brasileira das obras psicológicas completas de

Sigmund Fred. Rio de Janeiro: Imago, 1969.

Ministério da Saúde. Estatuto da Criança e do Adolescente. Brasília (Brasil): Ministério

da Saúde, 2008. 96p.

Sabino S. Adolescer... ai que medo de crescer! Uma abordagem sobre os medos na

adolescência. São Paulo: Paulinas; 2009. 94p.

SADOCK BJ, Sadock VA. Compêndio de psiquiatria: ciência do comportamento e

psiquiatria clínica. Porto Alegre: Artmed; 2007. 1584p.

STERIAN, A. Emergências Psiquiátricas. São Paulo, Casa do psicólogo, 2001.