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Fotoquímica

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Fotoquímica

SENAI - SP 2003

2ª edição, 2002

Elaboração Regilene Ribeiro Danesi Ron

Heloísa Cobra

Revisão Simone Ferrarese

Editoração Eletrônica Regilene Ribeiro Danesi Ron

Colaboração Poliana Moreira Castro

SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial

Departamento Regional de São Paulo

Escola SENAI "Theobaldo De Nigris"

Rua Bresser, 2315 - Mooca Cep 03162-030 – São Paulo - SP

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Trabalho realizado na Escola SENAI Theobaldo De Nigris.

Sob orientação da Divasão de Recursos Didáticos da Diretoria de Educação do Departamento Regional do

SENAI-SP.

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Sumário

Estrutura do Filme 05

Tipos de filme 08

Exposição 10

Revelação 11

Controle do processamento químico dos filmes 14

Bibliografia 16

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A Estrutura do filme

Base

A base é o suporte físico do material sensível. A base tem evoluído a partir de materiais

diversos, como papel, vidro, nitrocelulose, acetato de celulose, poliéster etc.

Camada anti-halo

A luz que penetra a emulsão pode ser refletida pela parte posterior da base. A luz

refletida voltaria a incidir no filme, causando uma exposição adicional em forma de

círculo ao redor da imagem. Para bloquear esse efeito, considerado indesejado pelo

fabricante, foi elaborada uma camada de gelatina pigmentada (a cor do corante varia

dependendo da sensibilidade do filme) que é aplicada na parte posterior do filme. Ex.:

a cor da camada anti-halo do filme ortocromático é vermelha porque absorve o azul e o

verde (cores às quais o filme é sensível).

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Base

Camada

CamadaEmulsão

Camadaanti-halo e

Sobrecamada

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Camada antiespiralante

Ao secar, a emulsão fotográfica aplicada à base encolhe praticamente um décimo do

seu volume. Essa retração provocaria o enrolamento do filme. A aplicação na parte

posterior da base de uma camada de gelatina produz uma tensão, equilibrando a

retração dos dois lados do filme.

Sobrecamada, camada antiabrasiva ou camada protetora

A parte superior da emulsão dos filmes é composta de uma camada fina de gelatina

que a protege da abrasão.

Camadas adesivas

Unem a emulsão fotográfica ao suporte.

Emulsão

A emulsão possui diminutos cristais de haletos de prata em gelatina.

Gelatina

A gelatina tem a propriedade de ser líquida quando aquecida, gel quando resfriada e

possui enorme transparência. Ao secar forma uma camada compacta, firme e unifor-

me, que se dilata ao ser tratada com água ou soluções adequadas ao seu

processamento sem, no entanto, se dissolver ou se desintegrar. Por isso conserva

integralmente a qualidade da imagem e permite que haja a penetração dos produtos

químicos necessários.

Cristais de prata

Os sais ou cristais de prata utilizados na fotografia são o brometo de prata (AgBr), o

cloreto de prata (AgCl) e o iodeto de prata (AgI). São também conhecidos como

haletos de prata porque o bromo, o cloro e o iodo na tabela periódica são da família

dos halogênios (halo = sal em grego). Para a formação dos cristais, um sal solúvel de

prata é misturado com um sal haleto solúvel numa solução aquecida de água contendo

gelatina. A ligação se repete inúmeras vezes até que milhões de átomos desses ele-

mentos se agrupem, formando o cristal de prata. O cristal de prata se mantém agrega-

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do pela força de atração existente entre a prata e o bromo. A mistura passa, então, por

um processo chamado maturação. A maturação nada mais é do que períodos controla-

dos de aquecimento/resfriamento e tempo de reação. Esse processo aumenta a sensi-

bilidade à luz da mistura antes de ser aplicada sobre a base. Quando a luz atinge a

camada fotossensível a ligação do AgBr é quebrada, formando a imagem latente.

Fases da fabricação da emulsão fotográfica

• Formação dos haletos de prata na gelatina

• Maturação física

• Lavagem (eliminação de substâncias químicas que não reagiram)

• Maturação química (adição de substâncias sulforadas para facilitar a formação da

imagem latente)

• Acabamento (aplicação de substâncias auxiliares como corante, por exemplo)

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Tipos de filme

Classificação

Os filmes se classificam quanto à:

Cor (pb e coloridos)

Preto e branco - registram a imagem em preto e branco.

Coloridos - registram a imagem em cores. Podem ser divididos em negativos e positi-

vos. Os positivos são utilizados para a produção de cromos. Os negativos são utiliza-

dos para cópia em papel. Podem ser daylight (para ser utilizado entre 14h00 e 16h00,

com flash eletrônico ou lâmpadas azuis) ou tungstênio (para ser utilizado com lâmpa-

das de baixa temperatura de cor, como refletores ou lâmpadas caseiras).

Gradação tonal

É a capacidade de reproduzir variações tonais. Podem ser lito ou tom contínuo.

Exemplo.: o fololito utilizado na imagesetter é um filme lito; o filme utilizado para fotogra-

fia é um filme tom contínuo.

Sensibilidade cromática

Ortocromático - sensível ao ultra-violeta, azul-violeta e verde. A iluminação da câmara

pode ser vermelha. É utilizado para originais em branco e preto e contatos.

Pancromático - é sensível a todas as áreas do espectro. Para ver manipulado antes da

revelação a câmara deve estar em escuridão total. É o caso dos filmes para máquina

fotográfica.

Luz do dia - é sensível aos raios ultra-violeta e pode ser trabalhado em luz amarela. É

próprio para trabalhos de contato.

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Infra Red - sensível à radiação infra vermelha. É utilizado em algumas imagesetters.

Hélio Neon - sensível ao laser HN (luz vermelha). Pode ser trabalhado em luz verde.

Observação.: é importante lembrar que uma classificação não exclui outra. Por exem-

plo, um filme pode ser lito, ortocromático, pb.

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Exposição

Com a exposição são transferidas informações para o filme. Os filmes são expostos

em um equipamento de reprodução adequado. Ex. imagesetter, máquina fotográfica,

prensa de contato.

A exposição modifica a emulsão através de uma reação química:

AgBr + luz = Ag+Br- = imagem latente (reação simplificada)

À medida que são expostos (que recebem luz) os haletos de prata sofrem alterações

que vão resultar na formação da imagem latente. Quando uma pequena exposição é

dada ao filme, os haletos sensibilizados sofrem uma alteração mínima e não perceptí-

vel (imagem latente). A imagem latente guarda o registro dos sinais luminosos refleti-

dos pelos objetos fotografados. O processo de revelação torna a imagem latente visível.

Os haletos não-expostos serão eliminados no fixador.

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Revelação

A revelação também acontece devido a uma reação química. O filme entra em contato

com a solução reveladora e a gelatina inicia um processo de dilatação. Quando a

gelatina está impregnada pela solução os agentes reveladores começam a se acoplar

aos cristais, atacando os pontos que receberam luz.

A revelação é uma reação de oxido-redução, ou seja, um dos

componentes da reação vai perder elétrons. A reação simplicada

da revelação é:

Ag+ + e- (revelador) = Ag0 (prata enegrecida)

Depois o filme entra em contato com o fixador que “ segura” a imagem sobre o filme e

retira a camada que não recebeu luz, deixando-o transparente.

O filme passa ainda pela água, que elimina todos os resíduos químicos presentes e pela

secagem que evapora toda umidade.

Composição Química do Revelador

Na composição química de um revelador existem vários produtos químicos:

Agente revelador

Converte grãos de haleto de prata da emulsão em prata metálica. Ex.: metol,

hidroquinona.

Antioxidante

Previne a oxidação excessiva da solução reveladora, evitando a formação de man-

chas.

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Álcali (ou acelerador)

Possibilita a potencialização da ação dos reveladores.

Restringente

Retarda ou diminui a revelação. Tem um efeito anti-véu porque impede que os grãos

não expostos sejam revelados. Ou seja, aumenta o efeito de seletividade do revelador.

Água

É o meio solvente para esses produtos.

Sistemas de Revelação

Revelação manual

A revelação manual, através de tanque, demora mais tempo e proporciona mais fato-

res de insegurança que podem influenciar negativamente no trabalho.

Existem 4 variáveis capazes de alterar o resultado da revelação feita pelo processo

manual. São eles:

Diluição - o importante na diluição é manter as proporções constantes. Um copo graduado

de plástico ou vidro é o recipiente ideal para o preparo do revelador.

Temperatura - quanto maior a temperatura da solução menor é o tempo necessário

para o processamento.

Agitação - pouca agitação gera manchas e uma revelação não-uniforme. Muita agita-

ção gera um constraste excessivo. Esta é uma variável difícil de se controlar.

Tempo - reveladores mais potentes revelarão o filme em menos tempo.

É fácil concluir que qualquer mudança dessas variáveis interfere no resultado final do

seu trabalho.

Revelação em processadora

A processadora automática de filmes possibilita o controle preciso das variáveis de

revelação. Variáveis como diluição, temperatura e tempo também podem modificar o

resultado final da revelação. As processadoras são compostas de quatro partes:

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1. Painel de controle e entrada de filme

2. Tanques com revelador, fixador, água e secagem.

3. Saída de filme com recipiente de recebimento.

4. Sistema de regeneração (para a renovação dos químicos)

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Controle do processamentoquímico dos filmes

Na pré-impressão, da confecção do arquivo digital à saída do fotolito há um grande

número de operações realizadas em equipamentos de última geração. Grandes inves-

timentos em equipamentos de alta qualidade não garantem sozinhos a qualidade do

trabalho, é preciso estabelecer um procedimento de controle do processamento de

filmes que permita a verificação da qualidade dos químicos utilizados e das variáveis

envolvidas.

Nos filmes fotográficos, os sais de prata são responsáveis pela formação da imagem.

Ao receberem luz, sofrem uma alteração química, o que permite o seu enegrecimento

após a revelação. Se a revelação for insuficiente os sais de prata atingidos pela luz

não enegrecerão o bastante, o que prejudicará as fases seguintes do processo.

Ao contrário, se a revelação for demasiada, sais de prata que não receberam luz,

poderão ser enegrecidos, provocando um aumento no tamanho dos pontos de retícula.

Os fatores que determinam o resultado do processamento são: velocidade de revela-

ção (que determina o tempo durante o qual o químico permanecerá em contato com o

filme), temperatura de revelação (quanto maior a temperatura mais intensa a revela-

ção) e grau de desgaste do revelador, taxa de renegeração (reposição dos agentes

químicos).

Quando um fotolito não apresenta densidade (grau de enegrecimento) adequada, é

preciso identificar em que fase do processo houve desvio. O enegrecimento do fotolito

depende não somente da revelação mas também da quantidade de luz que ele rece-

beu durante a exposição. Temos, então, duas possibilidades: exposição ou revelação

inadequadas. Como identificar a causa?

Muitas vezes, tenta-se resolver o problema alterando a intensidade do laser na

imagesetter, o que pode provocar desgaste precoce da fonte de laser. No entanto,

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geralmente, o problema está na revelação. Se for feito um controle constante do

processamento será possível verificar, com certeza, se houve alguma variação que

possa ter causado a densidade inadequada. Para realizar esse controle é preciso

padronizar filmes e reveladores utilizados e monitorar constantemente o processo.

Para tanto, existem tiras de controle do processamento químico que são pré-expostas

pelo fabricante e depois serão reveladas pelo usuário. A imagem exposta consiste em

um “step” chapado e outro com pontos de 50%. Para verificar as condições do químico

basta revelar uma tira nas condições normais de revelação e medir a densidade da

área chapada e a porcentagem da área reticulada. Os valores devem apresentar-se

inalterados no step de 50% e na área chapada deve apresentar valor próximo a 4.0 de

densidade. O procedimento deve ser repetido pelo menos duas vezes ao dia. Se forem

detectadas variações na tira então o processo deve ser ajustado. Se todos esses

passos forem seguidos e houver algum problema no resultado final do filme pode-se

determinar se a causa é o processamento químico ou a exposição.

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Bibliografia

CASTRO, Wagner Fonseca - O que todo fotógrafo gráfico deve

saber a respeito da fabricação de emulsões fotográficas.

SCHISLER, Millard W. L. - Revelação em preto e branco - a imagem

com qualidade. - Martins Fontes. Agosto de 1995. São Paulo.

RÖSNER, Hans. WALK, Hans. SCHEUERMANN, Jürgen. DORRA,

Manfred. BAUFELDT, Uwe. Artes Gráficas: Transferência e

Impressão de Informações. ABTG/SENAI. 2000. São Paulo.

Fotomecânica: fotografia. Apostilas das Escolas SENAI Theobaldo

De Nigris e Felício Lanzara.

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