Juventude Via Campesina - Agitacao e Propaganda No Processo de Transformacao Social
033 Contencao Fisica Dos Pacientes Em Agitacao Psicomotora 21102013
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033 Conteno Fsica dos Pacientes
em Agitao Psicomotora
ltima reviso: 13/08/2013
Estabelecido em: 19/01/2012
Responsveis / Unidade
Eliane Mussel da Silva | HGV
Llia Freitas Leite | CEPAI
Vanuza Fortes Ribeiro Mdica | CCPC
Colaboradores
Guilherme Freire Garcia Mdico | CCPC
Helian Nunes de Oliveira Mdico | IRS
Henrique Torres Machado Brunelli Izar | CCPC
Jvvi Dimas Virgolino Malta Cardoso | CCPC
Simone F. Lopes | CEPAI
Valria Fonseca Pinto Enfermeira | HGV
Disponvel em www.fhemig.mg.gov.br
e intranet
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Pg. 190 033 Conteno Fsica dos Pacientes em Quadro de Agitao Psicomotora
INTRODUO / RACIONAL
A realizao da conteno fsica deve ser uma conduta excepcional e cercada de todos os
cuidados, para que a ao sobre o paciente seja a menos lesiva possvel, devendo constar em um
projeto teraputico.
Sendo uma prtica clnica comumente relizada em diversos pases, variando a taxa de prevalncia
0,25% a 59% em diversos estudos em pacientes psiquitricos no setor de emergncia, apesar de
no existirem evidncias cientificas sobre os benefcios e riscos dessa prtica.
Para a deciso do uso ou no da conteno fsica imprescindvel se fazer uma avaliao rigorosa
e global da situao do paciente, baseada no julgamento clnico , sendo necessria a prescrio
mdica. Deve haver envolvimento da equipe multidisciplinar, com paciente e quando possvel,
com a famlia. A utilizao dessa tcnica no dever ocorrer como punio ou intimidao de
pacientes.
OBJETIVOS
Orientar os profissionais de sade sobre as necessidades de utilizao da conteno fsica a qual deve ser utilizada somente quando todas as opes teraputicas de abordagem se
mostrar insuficientes a esse paciente, bem como a utilizao de tcnica adequada e sempre
que possvel em ambiente teraputico, fazendo necessrio assim uma avaliao criteriosa e
global da situao em que o paciente se encontra;
Proteger o paciente com alteraes de comportamento ou conscincia, contra leses e traumas provocados contra ele mesmo ou a outros e que gere a interrupo do tratamento
em curso. Eventos como quedas, ferimentos e contaminao e/ou deslocamento de
dispositivos: sondas, catereres, drenos etc);
Visar integralidade fsica, psquica e moral dos pacientes e dos profissionais de sade que prestam a assistncia;
Realizar o procedimento de forma humanizada.
SIGLAS
CCPC: Comisso Central de Protocolos Clnicos;
MMSSII: Membros Superiores e Inferiores;
MMII: Membros Inferiores;
MMSS: Membros Superiores;
TAB: Transtorno Afetivo Bipolar.
MATERIAL / PESSOAL NECESSRIO
Avaliao criteriosa pela equipe multidisciplinar e posterior prescrio mdica em pronturio
eletrnico ou fsico;
Equipe mdica e de enfermagem treinada para abordagem, realizao e monitorizao do
procedimento;
Ataduras de crepom;
Lenol;
Fita adesiva/esparadrapo/fita hipoalergnica (se necessrio);
Compressas de algodo ortopdico para proteo da pele ou,
Faixas prprias confeccionadas pela unidade;
Loo ou creme hidratante (idosos) se necessrio.
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033 Conteno Fsica dos Pacientes em Quadro de Agitao Psicomotora Pg. 191
ATIVIDADES ESSENCIAIS
1- Macro Processo
Tcnica de conteno fsica que envolve o uso de dispositivos manuais para limitar as aes
do paciente, quando esse oferece perigo para si e/ou para terceiros.
2- Tarefas Crticas
Diante de situaes de agressividade ou de comportamento de risco, deve-se considerar e
particularizar os fatores ambientais, recursos fsicos, tcnicos e humanos disponveis em cada
unidade para atendimento s situaes de urgncia;
Diagnosticar a etiologia do comportamento agressivo avaliando de forma rigorosa e global a
situao de crise;
Abordar o paciente com manifestao de comportamento agressivo com tcnicas de
comunicao clara, firme, transmitindo o desejo de ajud-lo, estimulando-o a falar sobre seus
sentimentos, tentando acalm-lo;
Procurar manter distncia adequada para proteo de ambos, pois independentemente do
diagnstico a violncia pode representar um movimento defensivo do paciente contra
sentimentos como o medo, fragilidade, desproteo, desamparo, violao ou abuso fsico;
Manter a interveno verbal antes, durante e aps todo o processo de conteno, explicando
ao paciente o que est sendo feito, o motivo, os objetivos de tal procedimento. A
comunicao teraputica contribui para a excelncia da prtica e cria oportunidade de
aprendizagem para o paciente podendo estimular sentimentos de confiana entre ele e a
equipe, permitindo-lhe experimentar a sensao de segurana e apoio;
Preservar a privacidade do paciente durante todo o procedimento de conteno fsica;
Manter o paciente contido em ambiente teraputico em companhia permanente do
acompanhante (quando possvel) e sob superviso da equipe de enfermagem para minimizar
sua agressividade e tranqiliz-lo;
Prestar cuidados de enfermagem como: vigilncia constante do paciente, proporcionando
conforto e proteo, avaliao de sinais vitais, avaliao da perfuso sangunea, avaliao da
presena de co-morbidades clnicas, eficcia da restrio, presena e necessidade de
manuteno ou associao de outras medidas teraputicas, de 30 em 30 minutos;
O espao fsico destinado ao atendimento tambm deve ser organizado de maneira a
aumentar a segurana do paciente e da equipe, ajudar o paciente a controlar seus impulsos
violentos e evitar a progresso do comportamento violento. Deve-se atentar, por exemplo,
para as caractersticas de mveis, objetos ou aparelhos que possam ser quebrados ou
mesmo usados como armas. Idealmente, o acesso porta deve ter a mesma distncia tanto
para a equipe como para o paciente, porque alguns pacientes persecutrios podem sentir-se
acuados se no tiverem acesso sada, o que aumentaria o risco de agresso fsica;
A retirada da conteno fsica deve ser realizada na presena de vrios membros da equipe
(aps orientaes ao paciente e na presena do acompanhante, se possvel);
As informaes relativas indicao (ato mdico), a tcnica de conteno fsica utilizada,
todo o plano assistencial e as aes da equipe multidisciplinar devem ser detalhadamente
registradas no pronturio do paciente. Da mesma maneira, registrar os sinais vitais,
condies de conforto, segurana e eventuais intercorrncias durante todo o procedimento;
A equipe responsvel pela conteno do paciente dever preencher o Formulrio (ANEXO I)
para Monitoramento da Conteno Fsica e anex-lo ao pronturio. A conteno fsica um
Evento Sentinela.
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3- Aes de contingncia:
A conteno fsica dever ser realizada aps discusso e avaliao da equipe presente
quando da situao de urgncia sendo prescrita por um mdico no pronturio do paciente;
Em situaes de urgncia os tcnicos de enfermagem acompanhados pelo Supervisor de
Enfermagem podem iniciar uma conteno fsica, devendo, em seguida, ser comunicado ao
mdico para avaliao e prescrio;
Identificar leses e/ou edemas e reavaliar necessidade da manuteno da conteno, caso
necessrio, modificar local da conteno;
Comunicar intercorrncias ao mdico plantonista.
4- Procedimentos e Indicaes
Psiquitricas e Clnicas
Pacientes com agitao psicomotora, confuso mental, agressividade/violncia em relao a
si prprio e/ou a outros (membros da equipe, familiares, e outros pacientes e que no
responderam as intervenes menos restritivas) (ANEXO II);
Imobilizao para preveno de quedas aps sedaes ou quadros de confuso mental;
Alto risco de degradao do ambiente como janela, mobilirios, equipamentos, dentre outros;
Por solicitao do prprio paciente e ou famlia para garantir diagnstico e tratamento
adequados, quando h risco de agitao psicomotora;
Para evitar quedas, seja em crianas, pacientes agitados, semiconscientes, inconscientes ou
com convulses;
Nos casos de agitao ps-operatria, como em craniotomia;
Para alguns tipos de exames ou tratamentos;
Nos casos de pacientes no colaborativos na manuteno de sondas, cateteres, drenos,
curativos, etc.
5- Abordagem inicial ao paciente agitado
Para tornar o atendimento mais eficiente e seguro tanto para a equipe quanto para o paciente
sugere-se:
Colher o mximo de informaes a respeito do paciente antes de abord-lo;
Estar alerta a riscos de violncia iminente;
Manter outra pessoa presente durante a entrevista com o paciente;
Procurar criar aliana teraputica com o paciente.
Avaliao inicial:
A avaliao inicial inclui anamnese, exame fsico e do estado mental. Deve-se pesquisar o
histrico de alergias, reaes adversas a medicamentos, doenas de base e uso de substncias
(lcitas e ilcitas), alm de pesquisar o histrico pessoal e familiar para transtornos mentais. Deve-
se desta forma investigar a causa da agitao. Alguns sinais so indicativos e reforam a hiptese
de causa orgnica para a agitao, como ausncia de transtornos psiquitricos prvios, incio
agudo do quadro, flutuao do nvel de conscincia, desorientao temporal ou espacial e
doena clnica subjacente conhecida (Lindenmayer e cols., 2004).
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Anamnese;
Avaliao Psiquitrica inicial com pelo menos diagnstico diferencial dos grandes grupos
nosolgicos (orgnico, sintomtico, lcool e drogas, distrbio psiquitrico primrio);
Histria pregressa, exame fsico, pronturio, familiares, outros informantes;
Sinais vitais.
Interveno inicial:
Escuta e acolhimento do paciente;
Tentativa de continncia pela palavra e por outros recursos como mudana de ambiente,
privacidade, retirar do ambiente agentes estressores como familiares a fim de manter um
ambiente teraputico;
Cuidado especifico nos casos de conteno em crianas e adolescentes;
Oferecer assistncia e cuidados em geral;
Acolhimento, hospitalidade;
Avaliar se o paciente est em risco de passagem ao ato, agressividade e agitao intensa.
Considerar os seguintes recursos frente ao risco de passagem ao ato:
Abordagem pela palavra;
Limitar o espao fsico;
Tranquilizao rpida preferencialmente medicamentos;
Conteno fsica.
Tcnica para a conteno fsica:
a. A conteno fsica um procedimento limite utilizado unicamente para a segurana do
paciente, da equipe e dos outros pacientes. Considerado um evento sentinela ser
monitorado na unidade pelo preenchimento do Formulrio de Conteno Fsica. Tal
procedimento deve ser realizado dentro de uma lgica clnica com responsabilizao
coletiva, respeito pelos pacientes e familiares. Sua utilizao implicar na discusso pelas
equipes das enfermarias e do Centro de Acolhimento de Crise do sentido de tal
procedimento para cada paciente, suas conseqncias no Projeto Teraputico do mesmo e
seus efeitos;
b. Compete ao mdico, enfermeiro, auxiliares/tcnicos de enfermagem orientar ao paciente, aos
familiares ou acompanhantes quanto necessidade da conteno fsica;
c. A conteno apenas ser realizada a partir de prescrio mdica e por tempo determinado
no ultrapassando 2 horas;
d. Nomear o condutor do processo de preferncia um profissional de referncia para o paciente
ou algum experiente. o nico profissional que se dirige ao paciente, explicando-lhe o que
est ocorrendo, o porqu de tal medida, sempre abordando verbalmente o paciente;
e. Necessrio a presena de outros profissionais para a realizao da conteno, de preferncia
cada profissional se responsabilizando por um membro. O condutor do processo de
conteno responsvel por proteger a cabea do paciente, monitorar vias areas e dados
vitais, durante todo o procedimento;
f. Realizao da conteno em 4 a 5 pontos da seguinte forma.
Conteno de trax:
Dobrar o lenol em diagonal e redobr-lo at formar uma faixa;
Colocar a faixa sob as costas do paciente passando-a pelas axilas;
Cruzar as pontas sob o travesseiro e amarr-las no estrado da cabeceira da cama.
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Conteno do abdome:
Pegar dois lenis, dobrar em diagonal, redobrando-os at formar duas faixas;
Colocar um dos lenis sobre o abdome e o outro sob a regio lombar;
Unir as pontas dos lenis e torc-las;
Amarrar as pontas dos lenis no estrado da cama.
Conteno dos joelhos:
Passar a ponta do lenol em diagonal do lado direito sobre o joelho direito e por baixo do
esquerdo;
Passar a ponta do lado esquerdo sobre o joelho esquerdo e por baixo do joelho direito;
Amarrar as pontas nos estrados, nas laterais da cama.
Conteno de punhos e tornozelos - MMSS E MMII:
Utilizar faixa prpria para conter pacientes, confeccionada no Hospital;
Pegar as pontas pelos dois centros;
Formar com as mesmas um lao com n;
Fixar as pontas da faixa no estrado da cama.
Conteno das mos - Luva ou Mitene:
Colocar o algodo na parte interna das mos;
Fechar a mo do paciente;
Proceder ao enfaixamento com crepom;
Deixar o cliente confortvel e o ambiente em ordem.
6- Avaliar a necessidade de elevao da cabeceira da cama nas seguintes condies
Pacientes em quadro de confuso mental;
Pacientes sedados com sobrepeso, apresentando roncos ou com dificuldades respiratrias;
Avaliar nesses casos a possibilidade de tambm conter o paciente na posio de decbito
lateral direito ou esquerdo para evitar a aspirao e a asfixia (conteno de apenas um MS e
um MI).
7-Monitoramento dos dados vitais, perfuso sangunea, observao do local da restrio (dor,
calor, edema e ferimento) do paciente contido no ato da conteno, 30 minutos aps e no ato
da retirada da conteno, preenchendo o Formulrio de Conteno Fsica.
8-A Enfermagem dever registrar todos os dados no pronturio, relatando os fatos com clareza e
objetividade (quadro apresentado, medidas tomadas, hora de conteno, cuidados prestados e
hora da retirada da conteno). (ANEXO IV);
9-Registros:
Formulrio deve permanecer junto a cada posto de Enfermagem da unidade, na Sala dos
Supervisores de Enfermagem;
Anotao da enfermagem;
Prescrio mdica;
Preenchimento formulrio de Monitoramento da Conteno - ANEXO III.
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ITENS DE CONTROLE
Avaliao quantitativa e qualitativa das contenes fsicas realizadas nos diversos dispositivos
institucionais no perodo de 3 meses a partir dos dados do Formulrio de Monitoramento de
Conteno Fsica, com o objetivo de discusso com a equipe, do compartilhamento das
medidas para a reduo e preveno das contenes fsicas . O monitoramento das contenes
dever ser feito at a abolio das mesmas na instituio.
1. Nmero total de contenes / nmero de pacientes atendidos na unidade no perodo.
2. Nmero de pacientes contidos no servio de urgncia / nmero total de pacientes atendidos.
3. Nmero de pacientes contidos nas enfermarias / nmero total de pacientes atendidos.
4. Diagnsticos prevalente dos pacientes contidos em relao aos demais diagnsticos.
REFERNCIAS Grau de
Recomendao/
Nvel de
Evidncia
1. Araujo EM. et al. Inqurito sobre o uso de conteno fsica em um hospital
psiquitrico de grande porte no Rio de Janeiro. J Bras Psiquiatr. 2010; 59(2):94-98.
2. Bernik W, Gouvea FS, Lopes,K.V. Agitao psicomotora. Reviso. Revista Brasileira
de Medicina.2010 agosto.;67(8):289-295.
3. Botega NJ. et al . Preveno do comportamento suicida.Psico.2006.;37(3).
4. Conselho Federal de Medicina. Resoluo n 1.598, de 09 de agosto de 2000.
Normatiza o atendimento mdico a pacientes portadores de transtorno mental.
Disponvel em <
http://www.portalmedico.org.br/resolucoes/cfm/2000/1598_2000.htm>, acesso
em: 13/06/2011.
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dos transtornos mentais:Dalgalarrondo Artes Mdicas. 2000.
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mental: reviso terica ao modelo de protocolo XII Encontro Latino Americano de
Iniciao Cientfica e VIII Encontro Latino Americano de Ps-Graduao
Universidade do Vale do Paraba.
7. GM/MS n 251 de 31 de janeiro de 2002.
8. LEI 10.216 DE 2001.
9.Lei estadual 11.802/95.
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11.Lindenmayer JP. et al Effects of atypical antipsychotics on the syndromal profile in
treatment-resistant schizophrenia. Jornal Clinic Psychiatry. 2004 65(4):551-6.
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psiquitrica no pronto atendimento de um hospital geral / Marcio Roberto Paes
Curitiba, 2009. 144f.
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13.Paes MR, Borba, LO, Brusamarello T, Guimares NA, Maftum, MA. Conteno fsica
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Janeiro, 2009 out/dez; 17(4):479-84.
14.Portarias GM/MS n 3.408 de 05 de agosto de 1998.
15.Princpios para a Proteo de Pessoas Acometidas de Transtornos Mentais e para
a Melhoria da Assistncia Sade Mental OMS 1991.
16.Programa Nacional de Avaliao de Servios Hospitalares - Verso Hospitais
Psiquitricos.
17.Siz RJ. Contencin Mecnica. Restriccin de movimientos y aislamiento manual
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23.Machado AF, Kusahara DM.A documentao da assistncia de enfermagem e a
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25.Silva SC, Siqueira LCP, Santos AE. Boas prticas de enfermagem em
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ANEXO I
Formulrio para o Monitoramento de Conteno Fsica
Nome do Paciente:
N Pronturio: Idade: Local da Internao:
Leito: Data: ______ /______ /______ Hora: :
Supervisor de Enfermagem:
Equipe de Conteno:
Descrio do Comportamento do Paciente:
Descrever Alternativas Utilizadas antes da Conteno:
Medicaes prescritas na urgncia:
Motivos da Conteno Fsica:
Risco de queda, aps insucesso de outras medidas de proteo
Agitao psicomotora, aps insucesso de outras medidas
Insucesso da medicao
Agressividade
Outros. Especifique: _____________________________________________________________________________________
Tcnica Utilizada: _____________________________________________________________________________________________
Avaliao Mdica:_____________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
Assinatura e Carimbo
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Avaliao de Enfermagem (Tcnicos de enfermagem)
Tempo 0 30 Ato da retirada da
conteno
Pulso
P.A.
F.R.
Observaes
Assinatura/ carimbo
Horrio da conteno: _________:_________ Horrio da retirada da conteno: _________:_________
EVENTOS ADVERSOS / COMPLICAES SURGIDAS NO PERODO DA CONTENO FSICA:
Sem eventos
Com eventos. Especifique: ______________________________________________________________________________
Desidratao
Depresso respiratria
Sintomas extra piramidais
Convulses
Alteraes da conscincia
Acidente cardiocirculatrio
Outros. Especifique: _____________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________
Data: _____ /_____ /_________
____________________________________________________________________________ Assinatura Supervisor de Enfermagem (nome legvel com carimbo)
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ANEXO II
Avaliao do paciente com quadro de agitao psicomotora
Araujo et al. (2010) corroboram que estudos epidemiolgicos demonstraram que os portadores
de transtorno mental so suscetveis a episdios de agressividade e agitao, e na internao
18% a 25% deles apresentam esse comportamento. Entretanto, destaca-se que a maioria dos
portadores de transtorno mental no so violentos.
Agitao psicomotora uma emergncia psiquitrica, cuja interveno teraputica imediata
imperativa. Caracterizada por inquietao, aumento da excitabilidade psquica, resposta
exacerbada aos estmulos, irritabilidade, atividade motora e verbal aumentada, inadequada e
repetitiva, podendo cursar com agressividade. A agitao pode ter um curso flutuante, podendo
modificar-se rapidamente ao longo do tempo.
Pode ser dividida, segundo Dalgalarrondo (2000), em nove subtipos:
Agitao manaca: secundria a um intenso taquipsiquismo. O indivduo se apresenta
logorreico, inquieto, com ideias de grandeza e desinibio social;
Agitao paranoide: secundria ao delrio paranoide e alucinaes. O paciente se mostra
desconfiado, hipervigilante, potencialmente agressivo e hostil, pronto para defender-se das
possveis ameaas que supostamente o cercam;
Agitao catatnica: agitao impulsiva e intensa com movimentos repentinos e exploses
agressivas
Agitao no Delirium: com origem orgnica. Alm da agitao e irritabilidade, o paciente se
encontra obnubilado, no apreendendo o ambiente, desorientado no tempo e espao, com
fluxo confuso de pensamento;
Agitao nas demncias: secundria ao quadro demencial, podendo estar associado a
episdios paranoides, obnubilao e piora das capacidades cognitivas;
Agitao oligofrnica: devido dificuldade em compreender o ambiente, o paciente com
deficincia mental se constrange e desespera-se, entrando em estado de agitao podendo
ficar hetero ou auto-agressivo;
Agitao explosiva: associada a transtornos de personalidade do tipo explosivo, borderline e
socioptico. Os pacientes, quando minimamente frustrados, reagem de maneira agressiva e
explosiva, voltando a calma quando atendidas suas necessidades;
Agitao histrica: agitao mais teatral e escandalosa, com sentido comunicativo;
Agitao ansiosa: secundria a ansiedade e angstia extrema, o paciente se mostra irritado,
tenso, andando rapidamente de um lado para o outro. Neste caso o risco de suicdio deve ser
sempre considerado e as medidas de segurana rapidamente tomadas.
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Deve-se considerar como diagnsticos diferenciais s entidades psiquitricas primrias, condies mdicas gerais e neurolgicas conforme indicado abaixo:
Transtornos
psiquitricos primrios Transtornos neurolgicos Doenas clnicas gerais
Esquizofrenia Demncias (Alzheimer, Pick)
Doena Metablica
(hipoglicemia, distrbios hidro-
eletrolticos
Episdio manaco do TAB Acidentes Vasculares Enceflicos Agentes txicos (metais
pesados, drogas, venenos)
Abuso de substncias e lcool Encefalopatias Doenas infecciosas
Transtorno de personalidade
antissocial Doena de Wilson
Deficincias vitamnicas (B12,
tiamina)
Transtorno de personalidade
instvel
Infeces do SNC (sfilis, HIV,
herpes simples)
Distrbios endcrinos (tireide,
Cushing)
Retardo mental Estados ictais, ps-ictais Encefalopatia heptica e
urmica
Transtornos orgnicos gerais
(demncia, delirium)
Esclerose Mltipla
Doena de Huntington
Traumatismo craniano
Doena de Parkinson
Lpus eritematoso sistmico
Buscando explicitar os sinais de comportamento violento e agressivo, Botega 2006 estabeleceu o seguinte quadro diferencial
Sinais Agressivo Violento
Postura
No senta: age de forma claramente
intimidadora. Faz ameaas verbais, fala
palavres, fala alto o tempo todo
Anda de um lado para outro. Diz que
vai agredir algum presente naquele
ambiente. Acabou de agredir algum
Psicomotricidade
Quase agitado: esmurra a parede,
gesticula muito. Quebrou objetos em
casa
Agitado: tem algo nas mos para se
defender ou para agredir algum.
Esta quebrando objetos no ambiente
Humor Estado raivoso: demonstra estar com
dio de todos, inclusive do entrevistador
Estar furioso: demonstra a decidida
inteno de agir violentamente
contra algum
Riscos Muito alto Iminente
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ANEXO III
Registro de Conteno Fsica
Paciente: Pronturio:
Data: _____ / _____ /
__________
Hora incio da conteno:
________ : ________
Hora trmino da conteno:
________ : ________
__________________________________
Ass./Carimbo Mdico
__________________________________
Ass./Carimbo Enfermeiro
Motivo da Conteno
1- Risco de auto leso
2- Risco de leso a terceiros
3- Risco de fuga
4- Fissura
5- Risco de queda
6- Abstinncia com agitao
7- Outros: ____________________________________
_____________________________________________
Atuao para prevenir a conteno mecnica
1- Conteno verbal
2- Conteno qumica oral _______________ parenteral _______________
Tratamento farmacolgico administrado e dados vitais
Ver folha de prescrio de medicao do paciente e folhas de dados vitais da enfermagem.
Tipo de Conteno
Horrio de incio: ____:____
Horrio ____:____ ____:____ ____:____ ____:____ ____:____ ____:____ ____:____
Controle de melhora
(1)Sem alterao (2)Melhora parcial (3)Piora (4)Melhora completa
Relato de Efeitos Adversos
Medidas Tomadas
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ANEXO IV
Fluxograma de Conteno
Ps Execuo - Avaliar o paciente periodicamente a cada duas
horas quanto ao seu comportamento, eficcia da restrio, presena de complicaes e necessidade de manuteno ou associao de outras medidas teraputicas;
- Anotar no pronturio do paciente informaes com motivo das restries, horrio e tipo das restries, reao do paciente, cuidados com as restries e os membros restritos.
Obs.: - Avaliar as restries no mnimo 1x/planto e
troc-la 1x ao dia ou se estiver suja, ajudar o paciente em relao s suas necessidades de nutrio, excreo, hidratao, higiene e etc;
- Monitorar as condies de pele e circulao nos lociais e membros contidos e avaliar periodicamente a retirada das mesmas.
Material - Compressas de algodo ortopdico; - Loo ou creme hidratante(s/n); - Atadura crepe; - Esparadrapo ou fita hipoalergnica (s/n).
Pr-execuo - Avaliar a necessidade de conteno do paciente; - Orientar o paciente e familiares/acompanhante quanto ao uso de conteno, as razes do seu uso, durao e possveis complicaes; - Higienizar as mos; - Reunir o material; - Inspecionar a regio onde ser feita a conteno.
Conteno dos
Pacientes no Leito
Execuo Restrio Fsica - Imobilizar fisicamente o paciente com auxlio da equipe, evitando causar traumas ao paciente.
Restrio Mecnica - Lavar e secar a rea a ser restringida; - Aplicar loo ou creme hidratante se necessrio (s/n); - Dobrar a compressa do algodo em trs partes no sentido do comprimento e enrolar ao redor do punho ou tornozelo do paciente; - Prender o conjunto com um n e prender as pontas soltas da atadura na cama.
Conteno dos
Pacientes no Leito
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Governador do Estado de Minas Gerais
Antnio Augusto Junho Anastasia
Secretrio de Estado de Sade de Minas Gerais
Antnio Jorge de Souza Marques
Presidente da FHEMIG
Antonio Carlos de Barros Martins
Vice-Presidente
Wagner Eduardo Ferreira
Gabinete
Fernando Eduardo Guimares de Carvalho
Procuradoria
Jlio Csar Pinto
Auditoria Seccional
Alexandre Gorgulho Cunningham
Assessoria de Comunicao Social
Christina Guimares Marndola
Diretoria de Planejamento, Gesto e Finanas
Cludio Rodrigues Damasceno de Andrade
Diretoria Assistencial
Henrique Timo Luz
Diretoria de Gesto de Pessoas
Flvia de Queiroz Lima
Diretoria de Desenvolvimento Estratgico e Pesquisa
Hilda Maria Silveira Mesquita Zschaber
Comisso Central de Protocolos Clnicos da FHEMIG
Guilherme Freire Garcia