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CURSOS ON-LINE – PORTUGUÊS PARA O INSS TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 3 www.pontodosconcursos.com.br 1 Olá! Como você vai? Na aula de hoje, vamos estudar o seguinte conteúdo: Formação, classe e emprego de palavras Flexão nominal Verbo: emprego de tempos e modos Flexão verbal Pronomes: emprego, formas de tratamento e colocação PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS Com relação ao radical, as palavras podem ser: 1. SIMPLES – possuem apenas um radical: velho, novo, Brasil, 2 COMPOSTA – possuem mais de um radical: ferro-velho, girassol Quanto à origem de formação, as palavras podem ser: 1. PRIMITIVAS – não derivam de outras da Língua Portuguesa, mas podem dar origem a outras palavras: pedra, pobre, ferro. 2. DERIVADAS – originam-se de outras palavras da Língua: pedreiro, empobrecer, ferradura. OS PROCESSOS PRINCIPAIS 1. DERIVAÇÃO 1.1 PROGRESSIVA – com o acréscimo de afixos, dividindo-se em: a) PREFIXAL – com o acréscimo de prefixo: desleal, infeliz, pré-história, vice-diretor. CURSOS ON-LINE – PORTUGUÊS PARA O INSS TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 3 www.pontodosconcursos.com.br 2 b) SUFIXAL – com o acréscimo de sufixo: lealdade, felicidade, historiador, diretoria. c) PREFIXAL E SUFIXAL – com o acréscimo de prefixo e sufixo: deslealdade, infelicidade, pré-historiador, vice-diretoria. d) PARASSINTÉTICA – com o acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo: empobrecer, ajoelhar, engavetar. 1.2 REGRESSIVA, DEVERBAL, PÓS-VERBAL – ocorre quando se retira a parte final de uma palavra primitiva, obtendo por essa redução uma palavra derivada; ocorre na formação de substantivos abstratos a partir de verbos (principalmente com os da 1ª e 2ª conjugações), substituindo a terminação verbal pela vogal temática nominal. Ex.: buscar – busca; cortar – corte; perder – perda; vender venda; sacar – saque; tocar – toque ATENÇÃO! Os substantivos deverbais são sempre nomes que denotam ação. Isso é importante porque há casos em que o verbo se forma a partir do substantivo. Quando a palavra denota algum objeto ou substância, o verbo deriva do substantivo. Ex.: planta (obj.) – plantar (verbo deriv.); perfume (subst.) – perfumar (verbo deriv.); azeite (subst.) – azeitar (verbo deriv.) 1.3 IMPRÓPRIA – ocorre quando determinada palavra, sem sofrer qualquer acréscimo ou supressão em sua forma, muda de classe gramatical; também pode acontecer de a palavra mudar a sua classificação dentro da própria classe gramatical.

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Olá! Como você vai?

Na aula de hoje, vamos estudar o seguinte conteúdo:

! Formação, classe e emprego de palavras

! Flexão nominal

! Verbo: emprego de tempos e modos

! Flexão verbal

! Pronomes: emprego, formas de tratamento e

colocação

PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS

Com relação ao radical, as palavras podem ser:

1. SIMPLES – possuem apenas um radical: velho, novo, Brasil, pé

2 COMPOSTA – possuem mais de um radical: ferro-velho, girassol

Quanto à origem de formação, as palavras podem ser:

1. PRIMITIVAS – não derivam de outras da Língua Portuguesa, mas podem

dar origem a outras palavras: pedra, pobre, ferro.

2. DERIVADAS – originam-se de outras palavras da Língua: pedreiro,

empobrecer, ferradura.

OS PROCESSOS PRINCIPAIS

1. DERIVAÇÃO

1.1 PROGRESSIVA – com o acréscimo de afixos, dividindo-se em:

a) PREFIXAL – com o acréscimo de prefixo: desleal, infeliz, pré-história,

vice-diretor.

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b) SUFIXAL – com o acréscimo de sufixo: lealdade, felicidade, historiador,

diretoria.

c) PREFIXAL E SUFIXAL – com o acréscimo de prefixo e sufixo: deslealdade,

infelicidade, pré-historiador, vice-diretoria.

d) PARASSINTÉTICA – com o acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo:

empobrecer, ajoelhar, engavetar.

1.2 REGRESSIVA, DEVERBAL, PÓS-VERBAL – ocorre quando se retira a parte

final de uma palavra primitiva, obtendo por essa redução uma palavra

derivada; ocorre na formação de substantivos abstratos a partir de verbos

(principalmente com os da 1ª e 2ª conjugações), substituindo a

terminação verbal pela vogal temática nominal.

Ex.: buscar – busca; cortar – corte; perder – perda; vender –

venda; sacar – saque; tocar – toque

ATENÇÃO! Os substantivos deverbais são sempre nomes que denotam ação.

Isso é importante porque há casos em que o verbo se forma a partir do

substantivo. Quando a palavra denota algum objeto ou substância, o verbo

deriva do substantivo.

Ex.: planta (obj.) – plantar (verbo deriv.); perfume (subst.) –

perfumar (verbo deriv.); azeite (subst.) – azeitar (verbo deriv.)

1.3 IMPRÓPRIA – ocorre quando determinada palavra, sem sofrer qualquer

acréscimo ou supressão em sua forma, muda de classe gramatical;

também pode acontecer de a palavra mudar a sua classificação dentro da

própria classe gramatical.

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Ex.: Você aceita um não como resposta? (advérbio virou

substantivo)

O Dr. Leão é um bom médico. (substantivo comum virou

substantivo próprio)

José Oliveira (substantivo comum virou substantivo próprio)

Ele é inteligente e lido (adjetivo a partir do particípio verbal)

Ela pisava forte. (adjetivo virou advérbio)

Silêncio! Bravo! Viva! (substantivo, adjetivo e verbo

viraram interjeição)

Quer... quer...; Já... já... (verbo e advérbio viraram

conjunção)

2. COMPOSIÇÃO

2.1 JUSTAPOSIÇÃO – as palavras são colocadas lado a lado, não há alteração

fonética em nenhuma delas, ambas conservam seu acento tônico:

segunda-feira; passatempo, democracia, agricultura.

,2.2 AGLUTINAÇÃO – ocorre quando os elementos sofrem alterações fonéticas

fundindo-se num só; neste caso só há um acento tônico: em + boa + hora

= embora; plano + alto = planalto; retilíneo; crucifixo; ambidestro;

demagogo.

OUTROS PROCESSOS

1 ABREVIAÇÃO, REDUÇÃO VOCABULAR – emprega-se parte da palavra

no lugar da sua totalidade.

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Ex.: cinematógrafo – cinema – cine; pneumático – pneu;

extraordinário – extra; pornográfico – pornô;

otorrinolaringologista – otorrino; poliomielite – pólio.

2 SIGLA – consiste na utilização das letras iniciais que formam a expressão.

Ex.: FGTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço

ONU – Organizações das Nações Unidas

Embratur – Empresa Brasileira de Turismo

3 ONOMATOPEIA – ocorre quando se forma uma palavra por meio da

imitação de sons; procura-se reproduzir um determinado som, adaptando-

o ao conjunto de fonemas de que a língua dispõe.

Ex.: miau, cacarejar, pingue-pongue, tique-taque, reco-reco,

zunzunzum, relinchar.

4 HIBRIDISMO – consiste na associação de elementos oriundos de línguas

distintas.

Ex.: abreugrafia (abreu – português; grafia – grego)

automóvel (auto – grego; móvel – latim)

sociologia (sócio – latim; logia – grego)

goiabeira (goiab – tupi; eira – português)

burocracia (buro – francês; cracia – grego)

sambódromo (sambo – africano; dromo – grego)

surfista (surf – inglês; ista – grego)

bígamo (bi – latim; gamo – grego)

endovenoso (endo – grego; venoso – latim)

monóculo (mono – grego; culo – latim)

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televisão (tele – grego; visão – latim)

Agora que você já tem uma base teórica adequada, podemos

resolver alguns exercícios de provas anteriores. Vamos a eles!

1. (FUNRIO/SUFRAMA/ADMINISTRADOR/2008) O vocábulo do texto formado

pelo processo de derivação prefixal e sufixal é

A) rancorosamente.

B) tradicional.

C) choupana.

D) desigualdade.

E) eletricidade.

Gabarito – D

Comentário – Alternativa A: sufixação, com acréscimo dos sufixos –osa e

–mente ao substantivo rancor.

Alternativa B: sufixação, com acréscimo do sufixo –al à forma

erudita tradicion.

Alternativa C: sufixação, com acréscimo do sufixo diminutivo

–ana ao elemento choup.

Alternativa D: a partir do adjetivo igual, houve o acréscimo

dos afixos des– e –dade.

Alternativa E: sufixação, com o acréscimo do sufixo –(i)dade.

2. (FUNRIO/JUCERJA/ARQUIVOLOGISTA/2008) Considerados os processos

de formação de palavras, pode-se estabelecer que “salário está para sal”,

assim como

A) mensal está para mês.

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B) adejar está para adejo.

C) tocar está para toque.

D) abalar está para abalo.

E) pescar está para pesca.

Gabarito – A

Comentário – A relação aludida pelo examinador a respeito dos vocábulos sal

e salário é de derivação sufixal (sal > salário), assim como a que ocorre entre

mês e mensal.

Nas outras alternativas, os pares de palavras indicam derivação

regressiva (ou deverbal). Note que há perda de fonemas e formação de

substantivos abstratos indicativos de ação a partir de verbos.

3. (FUNRIO/IDENE-MG/ANALISTA EM DIREITO/2008) A alternativa que

contém uma palavra formada exatamente pelo mesmo processo pelo qual

se obteve “seringueiro” é

A) cigarros.

B) desarrumação.

C) penumbra.

D) reconhecimento.

E) simplicidade.

Gabarito – E

Comentário – O processo de formação da palavra “seringueiro” é derivação

sufixal (com o acréscimo do sufixo –eiro ao substantivo primitivo seringa).

Esse é o mesmo processo de formação do vocábulo “simplicidade” (a partir da

palavra simples, houve o emprego do sufixo –(i)dade).

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Merecem destaque a formação das palavras “desarrumação” e

“reconhecimento”, nas quais houve acréscimo de prefixo e sufixo (des +

arrumar + ação; re + conhecer + mento).

4. (FUNRIO/MDIC/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/2009) Avalie as

afirmações a propósito da formação das seguintes palavras:

I. megausina” e “ictiólogo” são formadas por composição.

II. “perda” é deverbal de “perder”.

III. “inviável” é derivada por prefixação.

IV. “economicamente” é derivada por sufixação.

Está correto o que se afirma na alternativa

A) todas estão corretas.

B) apenas I e II estão corretas.

C) apenas III e IV estão corretas.

D) apenas I, II e III estão corretas.

E) apenas II, III e IV estão corretas.

Gabarito – A

Comentário – Item I: a união entre os radicais mega– (do grego) e usin– deu

origem à primeira composição (ainda que híbrida). A segunda composição é

formada pelos elementos gregos ictio– (ichthýs–; ichthyos–) e –logo (–lógos).

Item correto.

Item II: observe que a terminação verbal –er foi substituída

pela vogal temática nominal –a: perder > perda. Além disso, a nova palavra é

um substantivo que exprime ação. Tudo isso caracteriza a derivação deverbal.

Item correto.

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Item III: entendeu o examinador que o prefixo in– foi

acrescentado ao adjetivo viável, caracterizando a derivação prefixal. Item

correto.

Item IV: ao adjetivo econômico(a) foi acrescentado o sufixo

–mente.

5. (FUNRIO/FIOTEC/AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE/2010) No vocábulo

“amamentar”, ocorre o processo de formação de palavras por derivação

A) sufixal.

B) prefixal.

C) regressiva.

D) imprópria.

E) parassintética.

Gabarito – E

Comentário – Foram anexados ao mesmo tempo prefixo e sufixo ao radical:

a + mama + entar. Os vocábulos parassintéticos são quase sempre verbos e

têm como base um substantivo ou um adjetivo: alistar (a + lista + ar;

em + fileira + ar).

6. (FUNRIO/FURP/ANALISTA DE CONTRATOS/2010) Observe as seguintes

palavras retiradas do texto: “desempregado”, “ganhar”, “pós-graduação”,

“contracheque”. Considerando o processo de formação das palavras em

Português, afirma-se que

A) um dos vocábulos é formado por justaposição.

B) um dos vocábulos resulta de derivação regressiva.

C) um dos vocábulos resulta de derivação imprópria.

D) três dos vocábulos são formados pro prefixação.

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E) dois dos vocábulos são formados por aglutinação.

Gabarito – D

Comentário – As três palavras que receberam prefixos são: des +

empregado; pós + graduação e contra + cheque.

Cuidado para não assinalar a letra B por achar que ganhar

exemplifica derivação regressiva (ou deverbal). Lembre-se de que, nesse tipo

de formação de palavras,

– o verbo perde sua terminação e ganha vogal temática

nominal (–a, –e ou –o);

– o substantivo deriva do verbo, e não o contrário;

– o substantivo formado é abstrato e indica ação.

Exemplos: mudar > muda; combater > combate;

castigar > castigo etc.

7. (FUNRIO/SEBRAE-PA/ANALISTA TÉCNICO I MARKETING/2010) Brasília

comemorou seu aniversário com uma superfesta. A cinquentona planejada

por Lúcio Costa é hoje uma metrópole que oferece alta qualidade de vida.

(Fonte: O Globo, 21/4/2010, com adaptações)

Na notícia do jornal, as palavras “superfesta” e “cinquentona”

exemplificam, respectivamente, casos de formação de palavras por

A) hibridismo e neologismo.

B) justaposição e aglutinação.

C) composição e derivação.

D) prefixação e sufixação.

E) conversão e regressão.

Gabarito – D

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Comentário – Em superfesta, foi empregado o prefixo super– (que exprime a

ideia de excesso, abundância); em cinquentona, houve o acréscimo do sufixo

–ona (que pode denotar certa afetividade pejorativa).

8. (FUNRIO/PREFEITURA DE SÃO JOÃO DA BARRA/ASSISTENTE

SOCIAL/2010)

– Creio que ali irá mais comodamente do que na garupa do cavalinho

pangaré.

A estrutura mórfica das palavras “comodamente” e “cavalinho” está

corretamente comentada na seguinte alternativa:

A) apenas a primeira é formada por sufixação, pois “cavalinho” é um caso de

derivação imprópria.

B) ambas são formadas por sufixação e derivam de um adjetivo e de um

substantivo, respectivamente.

C) apenas a segunda é formada por sufixação, pois “comodamente” é um

caso de composição por aglutinação.

D) as duas palavras são formadas por hibridismo, pois empregam morfemas

de origem latina e grega.

E) ambas são formadas por derivação parassintética a partir de “modo” e

“vale”, respectivamente.

Gabarito – B

Comentário – O sufixo –mente é muito utilizado na formação de advérbios

oriundos de adjetivos: cômodo(a) + mente; infeliz + mente etc.

O sufixo diminutivo –inho foi usado no substantivo cavalo.

Aqui, é bom ter um pouco de cuidado, pois esse sufixo nem sempre exprime

diminuição de tamanho. Às vezes, o uso dele serve para indicar afetividade e

acentuada tonalidade depreciativa: filhinho, amorzinho; povinho, gentinha.

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CLASSE E EMPREGO DE PALAVRAS

Agora vamos tratar das classes gramaticais e seus

empregos. Comecemos com uma definição sucinta a respeito de cada classe

gramatical.

Classe gramatical Definição

Substantivo

É a palavra que nomeia os seres (pessoas, lugares,

instituições, animais, entes de natureza espiritual

ou mitológica, etc.)

Substantivo comum de

dois números

Tem a mesma forma para o singular e o plural:

lápis, vírus, ônibus, mil-folhas. A diferença será

estabelecida por meio de outro elemento

linguístico: o lápis, os lápis, o vírus, os vírus

etc.

Substantivo comum de

dois gêneros

para ambos os gêneros.Apresenta uma só forma

Efetua-se a distinção por meio do artigo ou de

qualquer outro determinante. Exemplos: o/a

colega, o/a agente, o/a lojista.

Substantivo

sobrecomum

Possui uma só forma e um só gênero a fim de

designar pessoas de ambos os sexos. Exemplos: a

pessoa, a vítima, a criança, o cônjuge, o

monstro.

Substantivo epiceno

Apresenta uma só forma e um só gênero a fim de

designar animais de ambos os sexos. Usam-se as

expressões “macho” e “fêmea” para fazer-se a

distinção. Exemplos: a á

cobra macho ou fêmea, o crocodilo macho ou

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Artigo(definidos: o, a, os,

as; indefinidos: um,

uma, uns, umas)

É a palavra que se antepõe ao substantivo,

servindo basicamente para generalizar ou

particularizar o sentido desse substantivo. Em

alguns casos, o artigo é essencial na identificação

do gênero e do número do substantivo. Exemplos:

Um aluno faltou à aula. / O aluno faltou à

aula. – O gerente foi demitido. / A gerente foi

demitida. – O pires quebrou. / Os pires

quebraram.

Adjetivo

Palavra que se relaciona com o substantivo para lhe

atribuir uma característica. Com ele concorda em

número e gênero. Exemplos: mulher alta, livros

bons, árvore alta, tapete novo etc.

Adjetivo uniforme

Mantém a mesma forma tanto quando se refere a

substantivos masculinos quanto a femininos.

Exemplos: Decisão favorável, parecer favorável,

obra incrível, livro incrível, rapaz adorável, moça

adorável.

Numeral

É a palavra que indica a quantidade ou a posição

dos seres. Exemplos: dois, quinze, cem

(cardinais); segundo, décimo quinto, centésimo

(ordinais); meio, um terço, um inteiro e treze

avos (fracionários); dobro, triplo, quádruplo

(multiplicativos).

Advérbio

É a palavra invariável que se refere a um verbo, um

advérbio ou a um adjetivo, indicando uma

circunstância (causa, tempo, modo etc.). Exemplos:

Ele chegou cedo. (refere-se à forma verbal

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“chegou”, modificando-lhe o sentido). Você agiu

bastante mal. (refere-se ao advérbio “mal”,

intensificando-lhe o sentido). Essa é a atitude

menos correta. (refere-se ao adjetivo “correta”,

intensificando-lhe o sentido).

Interjeição

É a palavra invariável que exprime emoções ou que

procura agir sobre o interlocutor, levando-o a

adotar certo comportamento sem que se faça uso

de estruturas linguísticas mais elaboradas.

Exemplos: Ah! – Psiu! – Opa! – Eia!

Preposição

É a palavra invariável que conecta (liga) palavras

ou orações. Exemplos: flor da boca da pele do

céu. – Vou à Roma de César. – O aluno pediu

para sair mais cedo.

Conjunção

É a palavra invariável que une orações ou termos

de uma oração. No desempenho desse papel, a

conjunção pode relacionar termos e orações

sintaticamente equivalentes (as chamadas orações

coordenadas) ou relacionar uma oração principal a

uma oração que lhe é subordinada. Exemplos:

Pedro e Paulo saíram. Pedro foi ao cinema, e

Paulo foi ao teatro. É preciso que estudemos.

É a partir do conhecimento das definições que reuniremos subsídios

para compreender o funcionamento de cada classe gramatical e o nexo

semântico que elas estabelecem com o restante do período em que estão

inseridas.

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9. (FUNRIO/FIOTEC/AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE/2010) A classe

gramatical do vocábulo destacado está corretamente indicada em

A) maior número “DE” episódios de diarréia – conjunção.

B) maior número de hospitalizações por doença “RESPIRATÓRIA” –

substantivo.

C) risco de desnutrição se “OS” alimentos introduzidos (...) – pronome.

D) menor absorção de nutrientes “IMPORTANTES” do leite materno (...) –

advérbio.

E) menor duração do aleitamento “MATERNO” – adjetivo.

Gabarito – E

Comentário – Alternativa A: a preposição DE conecta os substantivos número

e episódio.

Alternativa B: o adjetivo RESPIRATÓRIA qualifica o substantivo

doença.

Alternativa C: o artigo OS acompanha o substantivo alimentos,

particularizando seu significado.

Alternativa D: o adjetivo IMPORTANTES confere uma

característica ao substantivo nutrientes.

Alternativa E: sim, MATERNO é adjetivo; ele é um atributo do

aleitamento.

10. (FUNRIO/FIOTEC/AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE/2010) “É um

processo que envolve interação profunda entre mãe e filho...”

No trecho em destaque, o vocábulo “QUE” é um(a)

A) pronome.

B) preposição.

C) conjunção.

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D) artigo.

E) advérbio.

Gabarito – A

Comentário – O vocábulo que será sempre pronome relativo quando puder

ser substituído por o/a qual, os/as quais. Repare: É um processo o qual

envolve...

! Emprego de substantivos

Com frequência, as formas sintéticas (constituídas pelo acréscimo

de um sufixo) de aumentativo e diminutivo indicam valor semântico

pejorativo: mulherzinha; livreco, sabichão etc.

Vezes há em que essas mesmas formas são empregadas para

traduzir valor semântico afetivo, carinhoso: amorzinho, mulherão, mãezona,

paizinho etc.

Em alguns casos, o emprego dessas formas já não indica mais a

ideia de grau aumentativo ou diminutivo. Passam elas a sugerir significado

diferente daquele expresso pelo substantivo normal: caixão, cartilha, folhinha

(calendário), película, portão, flautim, calção etc.

! Emprego de artigos com:

1) Ambos

Usa-se o artigo entre o numeral ambos e o elemento posterior,

caso este admita o seu uso.

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Ex.: Ambos os atletas foram declarados vencedores. (Atletas é

substantivo que admite artigo.)

Ambas as leis estão obsoletas. (Leis é substantivo que admite

artigo.)

Ambos vocês estão suspensos. (Vocês é pronome de tratamento

que não admite artigo.)

2) Todos

Usa-se o artigo entre o pronome indefinido todos e o elemento

posterior, caso este admita o seu uso.

Ex.: Todos os atletas foram declarados vencedores.

Todas as leis devem ser cumpridas.

Todos vocês estão suspensos.

3) Todo

Diante do pronome indefinido todo, usa-se o artigo para indicar

integralidade do que é considerado, totalidade da parte; não se usa para

indicar generalização.

Ex.: Todo o país participou da greve. (O país todo, completamente.)

Todo país sofre por algum motivo. (Qualquer país, todos os

países.)

ATENÇÃO! Quando surge em prova, normalmente é perguntado se o emprego

ou a retirada do artigo preserva ou altera a informação original. Perceba que

há alteração de sentido. Tomando o segundo exemplo como ponto de partida,

a construção Todos os países (no plural mesmo) sofrem por algum motivo

conserva o significado inicial.

4) Cujo

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Não se usa artigo imediatamente após o pronome relativo cujo,

nem antes dele.

Ex.: As mulheres, cujas bolsas desapareceram, ficaram revoltadas. (e

não: cujas as bolsas.)

5) Pronomes Possessivos

Diante de pronomes possessivos, o uso do artigo é facultativo.

Ex.: Encontrei seus amigos no Shopping.

Encontrei os seus amigos no Shopping.

6) Nomes de jornais, revistas, obras literárias

Deve-se evitar contrair com preposição o artigo que faz parte do

nome de jornais, revistas, obras literárias.

Ex.: Li a notícia nO Estado de São Paulo. (ou Li a notícia no Estado de

São Paulo) – não recomendado

Li a notícia em O Estado de São Paulo. – recomendado

! Emprego de adjetivos

Destacarei dois fatos importantes quanto ao emprego deles. O

primeiro é que também atingem o grau superlativo (eleva ou reduz a

qualidade de um ser no mais alto grau em comparação ou não com a de outro

ser) com a repetição do adjetivo:

Ex.: O filme foi muito lindo.

O final do filme foi lindo, lindo.

O segundo fato é que, quando comparamos a mesma qualidade

atribuída a dois seres, não empregamos as formas mais bom, mais mau, mais

grande e mais pequeno.

Ex.: Conquistar é melhor do que ganhar.

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A reprovação é pior do que alguns meses de dedicação.

Mas quando comparadas qualidades diferentes do mesmo ser,

usamos a forma analítica desses adjetivos.

Ex.: João é mais pequeno do que inteligente.

Seu comportamento é mais bom do que mau.

! Emprego de advérbios

Referem-se a um verbo, um advérbio ou a um adjetivo,

acrescentando-lhes informações circunstanciais, acessórias.

Ex.: Ele chegou cedo. (refere-se à forma verbal “chegou” e indica

quando a ação verbal se realizou)

Você agiu bastante mal. (refere-se ao advérbio “mal”,

intensificando o modo indicado pelo advérbio)

Essa é a atitude menos correta. (refere-se ao adjetivo “correta”,

adicionando-lhe valor semântico intensificador)

Em alguns casos, os advérbios podem se referir a uma oração

inteira. Nesse caso, normalmente transmitem a avaliação de quem fala ou

escreve sobre o conteúdo da oração.

Ex.: Infelizmente, os deputados aprovaram as emendas.

As providências foram infrutíferas, lamentavelmente.

Observamos que os advérbios bem e mal, quando juntos a

adjetivos (ou a particípios), são empregados na forma analítica para indicar o

grau comparativo de superioridade.

Ex.: O quarto está mais bem pintado (do) que a sala.

Joaquim é mais mal educado (do) que Pedro.

Alguns advérbios podem assumir formas diminutivas (e passam a

ter valor superlativo) para indicar linguagem afetiva.

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Ex.: Chegaram agorinha.

Terminei a prova rapidinho.

Ocorrendo o emprego sequencial de advérbios terminados em

mente, a terminação pode ser usada apenas no último advérbio (prevalece o

conjunto) ou em todos eles (destaca-se cada ideia).

Ex.: Calma e silenciosamente, a aluna repassava os ensinamentos.

Calmamente e silenciosamente, a aluna repassava os

ensinamentos.

ATENÇÃO! É possível que alguns adjetivos sejam empregados como

advérbios. Nesse caso, ficam invariáveis.

Ex.: Não falem alto!

As aulas de português não custam caro.

! Emprego de preposições

Servem para conectar (ligar) palavras e orações, estabelecendo

uma relação de subordinação do termo consequente ao termo antecedente.

Ex.: O caderno de português ficou na escola. (a preposição estabeleceu

vínculo entre as palavras “caderno” e “português”, pertencentes à

mesma oração)

O medo de fracassar atormentava-o dia e noite. (agora, a

preposição promoveu o vínculo entre o substantivo “medo” e a

oração completiva nominal “fracassar”)

Usualmente, as preposições são desprovidas de valor semântico.

Porém, às vezes indicam noções fundamentais à compreensão da frase.

Ex.: Estou com você. (associação, a favor)

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Estou contra você. (posição contrária)

Pus sob a mesa. (posição inferior)

Pus sobre a mesa (posição superior)

Às noites, jogava dominó. (tempo habitual, periodicidade)

Dei pirulitos para as crianças, uma a uma. (distribuição)

Veio de casa. (origem)

11. (CESPE/ANTAQ/TÉCNICO EM REGULAÇÃO/2009) A ideia de continuidade

no uso do transporte hidroviário é marcada, no texto, tanto pelo emprego

da preposição "desde" (L.1) quanto pelo emprego da expressão verbal

"tem sido usado" (L.1).

Gabarito – Item certo.

Comentário – Celso Cunha e Lindley Cintra nos ensinam que a preposição

desde serve para indicar afastamento de um limite (quer em relação ao

espaço, quer em relação ao tempo) em direção a outro, com insistência

naquele. No texto, o limite inicial ou de origem é indicado pelo vocábulo

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“antiguidade”. A expressão “tem sido usado” exprime a voz passiva analítica

do verbo usar, que, no pretérito perfeito composto, indica ação durativa, não

limitada no tempo.

12. (CESPE/TCU/AFCE/2009) No desenvolvimento do texto, a conquista dos

"direitos invioláveis" (L.17) está associada a um processo gradativo e

contínuo, como evidencia o emprego das preposições "desde" (L.17) e

"até" (L.19).

Resposta – Item certo.

Comentário – Perceba como, no mesmo ano, o Cespe “brincou” com os

valores semânticos da preposição essencial desde. As duas preposições

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mencionadas exprimem movimento em relação a dois limites. Enquanto a

preposição desde enfatiza o afastamento (limite inicial, de origem), a

preposição até sublinha a aproximação (limite final, de chegada).

Importa perceber a diferença existente entre a preposição até,

que indica movimento, da palavra de forma idêntica, denotadora de inclusão:

Tudo na vida engana, até a glória.

Frise-se ainda que, com a preposição até, usam-se as formas

oblíquas mim, ti etc.: Um grito chegou até mim. Se, porém, até denota

inclusão – e equivale a mesmo, também, inclusive – constrói-se com a forma

reta do pronome: ...E até eu já tive quem me oferecesse champanhe.

! Emprego de conjunções

Unem orações ou termos de uma oração. No desempenho desse

papel, a conjunção pode relacionar termos e orações sintaticamente

equivalentes (as chamadas orações coordenadas) ou relacionar uma oração

principal a uma oração que lhe é subordinada.

Note que as preposições, ao conectarem termos de uma mesma

oração, estabelecem entre eles um vínculo de subordinação. Já as conjunções,

um vínculo de coordenação.

Ex.: Pedro e Paulo saíram. (os vocábulos “Pedro” e “Paulo” mantêm

entre si uma relação de equivalência sintática)

Pedro foi ao cinema, e Paulo foi ao teatro. (as orações “Pedro foi ao

cinema” e “e Paulo foi ao teatro” também estão em um vínculo de

coordenação)

É preciso que estudemos. (agora, a conjunção “que” estabelece

uma relação de subordinação entre as orações “É preciso” e “que

estudemos”)

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Há palavras que podem pertencer a diferentes grupos de

conjunções (e, que, porque, pois, porquanto, por exemplo). Mais

importante do que memorizar as conjunções é observá-las em seus contextos

e, a partir dessa observação, encaixá-las em um grupo.

CONJUNÇÕES COORDENATIVAS

aditivase, nem, mas, também, mas ainda, como também, bem

como

adversativas

e, mas, porém, todavia, contudo, entretanto, senão, ao

passo que, antes (= pelo contrário), no entanto, não

obstante, apesar disso, em todo caso)

alternativas ou, ou... ou, ora... ora, já... já, quer... quer

conclusivaslogo, portanto, por conseguinte, pois (após verbo), por

isso

explicativas que, porque, porquanto, pois (antes de verbo)

CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS

integrantes (introduzem orações

subordinadas que funcionam como

substantivos: subjetiva, predicativa,

objetiva direta, objetiva indireta,

completiva nominal, apositiva)

que, se

adverbiais (introduzem orações subordinadas que traduzem circunstâncias)

causais

que, porque, pois, como porquanto, visto que, visto

como, já que, uma vez que, desde que, na medida em

que

comparativascomo, (tal) qual, tal e qual, assim como, (tal) como, (tão

ou tanto) como, (mais) que ou do que, (menos) que ou

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do que, (tanto) quanto, que nem, feito (= como, do

mesmo modo que), o mesmo que (= como)

concessivas

embora, conquanto, que, ainda que, mesmo que, ainda

quando, mesmo quando, poso que, por mais que, por

muito que, por menos que, se bem que, em que (pese),

nem que, dado que, sem que (= embora não)

condicionaisse, caso, contanto que, desde que, salvo se, sem que (=

se não), a não ser que, a menos que, dado que.

conformativas como, conforme, segundo, consoante

consecutivas

que (precedido dos termos intensivos tal, tão, tanto,

tamanho, às vezes subentendidos), de sorte que, de

modo que, de forma que, de maneira que, sem que, que

(não)

finais para que, a fim de que, que (= para que), de modo que

proporcionais

à proporção que, à medida que, ao passo que, quanto

mais... (tanto mais), quanto mais... (tanto menos),

quanto menos... (tanto mais), quanto mais... (mais),

(tanto)... quanto

temporais

Quando, enquanto, logo que, mal (= logo que), sempre

que, assim que, desde que, antes que, depois que, até

que, agora que, ao mesmo tempo que, toda vez que

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13. (CESPE/TCU/AFCE/2009) O desenvolvimento da argumentação permite

que se insira o conectivo Logo, seguido de vírgula, imediatamente antes

de "A política" (L.9), escrevendo-se o artigo com letra minúscula, sem

prejuízo para a coerência e a correção gramatical do texto.

Gabarito – Item certo.

Comentário – A conjunção logo é conclusiva, como também o são pois,

portanto, por conseguinte, por isso, assim. Ela serve para introduzir segmento

de valor semântico conclusivo, consecutivo. Se foi dito anteriormente que “o

exercício da política é coletivo”, é natural concluir-se que “A política é exercida

sempre que as pessoas agem em conjunto”.

É importante dizer que a inserção sugerida pelo Cespe

realmente exige mudança na grafia inicial do artigo. Sempre que a banca

propuser a você mudanças na estrutura de uma frase, observe se todas as

adaptações estão sendo sugeridas. Caso contrário, o item estará errado.

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14. (CESPE/STJ/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2008) A organização das idéias do

texto permite subentender um conectivo como No entanto ligando o

período iniciado por "Os prazeres" (L.12) ao seu anterior.

Gabarito – Item errado.

Comentário – Esse conectivo integra o rol das conjunções adversativas,

aquelas que principiam segmento de valor semântico adversativo, de

contraste, de oposição. Repare que, no segundo parágrafo, o autor associa

temor, preocupação e ansiedade das pessoas. A intenção dele é nos informar

que, depois da crise do início da década de 30, elas passaram a se preocupar

com a estabilidade dos mercados financeiros e da economia globalizada. Mas

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qual a razão para isso? O que poderia justificar esse sentimento de receio, de

agonia, de inquietação mesmo em um período de estabilidade? A explicação

encontra-se no quarto período do segundo parágrafo: “Os prazeres da

prosperidade geram complacência e inspiram equívocos...”. Portanto uma

conjunção adversativa não é adequada para unir o quarto período ao terceiro.

Melhor seria uma conjunção explicativa: “Essas ansiedades são legítimas, pois

os prazeres da prosperidade geram complacência e inspiram equívocos...”.

15. (CESPE/PREFEITURA DE IPOJUCA – PE/2009) A partir da conjunção "mas"

(l.11), subentende-se da organização das ideias no texto que um

"processo de longo prazo" (l.10-11) pode não dispor de "sólidas

fundações" (l.11) antes de ser definitivo.

Gabarito – Item certo.

Comentário – Já caminhando para a conclusão do texto, o autor afirma que a

globalização é um processo lento. Apesar disso, ele (o processo) “já dispõe de

sólidas fundações”. Pela ideia de contraste causada pelo uso da conjunção

adversativa “mas”, percebe-se que a regra ou a consequência normal é esse

processo não dispor dessas fundações. Em outras palavras, a globalização, que

ainda não assumiu seu formato definitivo, pode não dispor de sólidas

fundações (regra geral), mas essa dispõe (exceção à regra).

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16. (CESPE/ANTAQ/ESPECIALISTA – ECONOMIA/2009) Na linha 12, caso se

deslocasse a conjunção "pois" para o início da oração, a coerência da

argumentação seria preservada, desde que fossem retiradas as duas

vírgulas que isolam essa palavra e que se fizessem os necessários ajustes

nas letras maiúsculas e minúsculas.

Gabarito – Item errado.

Comentário – Primeiramente, faça as transformações propostas pela banca:

Pois tempo, espaço e matéria são ideias... O que acha? Quase tudo certo,

quase tudo! O problema está na perda da ideia original. A conjunção pois

utilizada entre vírgulas e após o verbo da oração que integra denota ideia

conclusiva, tal como no texto original. O emprego dela no início da oração,

como sugerido pela banca, reveste-a de valor semântico explicativo.

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(...)

As iniciativas são louváveis. Caso a população,

16 porém, se sinta apenas punida ou obrigada a uma atitude, e

não parte da comunidade, os benefícios não se tornarão duradouros.

Suzane G. Frutuoso. Vai doer no bolsão.

In: Istoé, 22/7/2009, p. 74-5 (com adaptações

17. (CESPE/MJ-DPF/AGENTE/2009) A substituição de “Caso” (l.15) pela

conjunção Se preservaria a correção gramatical da oração em que se

insere, não demandaria outras modificações no trecho e respeitaria a

função condicional dessa oração.

Gabarito – Item errado

Comentário – Faça a modificação: Se a população, porém, se sinta apenas

punida ou obrigada a uma atitude... Então, notou o problema? A conjunção

substituta, ainda que preserve o caráter condicional da oração, não guarda

coesão com o presente do subjuntivo do verbo sentir. Ela, na verdade, exige

que o mesmo verbo se flexione no futuro de subjuntivo: Se a população,

porém, se sentir...

FLEXÃO NOMINAL

Bem, este assunto não é corriqueiro (nem mesmo em outras

bancas). Por isso sou obrigado a lançar mão de outros recursos didáticos, a fim

de que a teoria mais provável de ser cobrada em prova seja explicada

adequadamente. Em vez de apresentar já no início a parte teórica sobre o

assunto, explicá-la-ei em decorrência de algumas questões (e são poucas as

que considerei convenientes para você!). Acredito que este tópico será de

pouquíssima importância na sua prova, mas devo cumprir o protocolo. Espero

que você compreenda.

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18. (FUNDATEC/EMATER-RS/ECONOMISTA/2008) Julgue as informações que

se seguem.

I – Ao se pluralizar a palavra equação na frase A equação contém os

ingredientes do sucesso. (l. 03), apenas duas outras palavras deveriam

sofrer ajustes para fins de concordância.

II – Se, em Era um empresário ausente do campo e presente nas grandes

capitais, onde esbanjava suas riquezas. (l. 06-07), substituíssemos a

palavra empresário por administradora, ocorreria apenas uma outra

alteração no período.

Gabarito – Itens corretos.

Comentário – É importante reescrever as passagens já com as alterações

sugeridas e compará-las como a forma original.

I – As equações contêm os ingredientes do sucesso.

II – Era uma administradora ausente do campo e presente

nas grandes capitais, onde esbanjava suas riquezas.

Em I, sofreram modificações de número o artigo A > As (de

singular a plural) e o verbo contém > contêm (note a substituição do acento

agudo pelo circunflexo, que indica a terceira pessoa do plural: elas). Em II, a

mudança ocorreu no gênero do artigo: um > uma. Tudo isso foi feito para

preservar a harmonia com os substantivos equação > equações e

empresário > administradora.

O artigo inclui-se no conjunto das classes gramaticais

variáveis; sofre flexão de gênero e número, de acordo com o substantivo que

acompanha, como se percebe neste exercício.

19. (FUNRIO/PREFEITURA DE NITEROI/MOTORISTA/2008) “Nos países

subdesenvolvidos, a situação não é diferente.”

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A palavra que faz plural da mesma forma que “situação” é:

A) alemão

B) mão

C) grão

D) leão

E) pão

Gabarito – D

Comentário – Tratou-se aqui do plural (flexão de número) de substantivos e

adjetivos simples. O plural destes obedece às regras daqueles, assim:

1 – Terminados em VOGAL, DITONGO, TRITONGO ou HIATO, acrescenta-se S:

Ex.: manga – mangas, história – histórias, economia – economias

2 – Terminados em ÃO, faz-se o plural de três formas:

2.1 – Mudando a terminação por ÕES:

Ex.: balão – balões, coração – corações, vulcão – vulcões, peão – peões,

leão – leões, situação – situações, leão – leões etc.

2.2 – Mudando a terminação por ÃES:

Ex.: alemão – alemães, cão – cães, capelão – capelães, escrivão –

escrivães, tabelião – tabeliães, pão – pães etc.

2.3 – Acrescentando-se S à terminação:

Ex.: cidadão – cidadãos, acórdão – acórdãos, cristão – cristãos, cortesão –

cortesãos, bênção – bênçãos, grão – grãos, mão – mãos etc.

Obs.: Há palavras que possuem mais de um plural: alazão – alazães –

alazões, anão – anãos – anões, charlatão – charlatães – charlatões,

castelão – castelãos – castelões, guardião – guardiães – guardiões,

vulcão – vulcãos – vulcões, alão – alães – alãos – alões, aldeão –

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aldeães – aldeões – aldeãos, ancião – anciãos – anciões – anciães,

ermitão – ermitãos – ermitões – ermitães, vilão – vilãos – vilões –

vilães, etc.

3 – Terminados em AL, EL, OL ou UL, substitui-se o L por IS:

Ex.: carnaval – carnavais, jornal – jornais, papel – papéis, sol – sóis, lençol

– lençóis, taful – tafuis, paul – pauis, etc.

Exceções: mal – males, cônsul – cônsules.

4 – Se terminarem por IL, o plural será feito de dois modos:

4.1 – Se for tônico, troca-se o L por S: ardil – ardis, barril – barris, funil –

funis, etc.

4.2 – Se for átono, troca-se a terminação por EIS: difícil – difíceis, fácil –

fáceis, fóssil – fósseis, etc.

Obs.: As palavras RÉPTIL e PROJÉTIL, como paroxítonas, fazem o plural

RÉPTEIS e PROJÉTEIS; como oxítonas, REPTIL e PROJETIL, fazem

REPTIS e PROJETIS.

5 – Terminados em R ou Z, acrescenta-se ES:

Ex.: mar – mares, rapaz – rapazes, açúcar – açúcares, raiz – raízes, etc.

Obs.: Caráter tem o plural caracteres.

6 – Terminados por S, faz-se o plural assim:

6.1 – Se forem paroxítonos, ficam invariáveis: o atlas – os atlas, o lápis – os

lápis, o oásis – os oásis, etc.

6.2 – Se forem oxítonos ou monossílabos, acrescenta-se ES: ás – ases, gás –

gases, revés – reveses, etc.

Exceções: cais – invariável, cós – invariável (ou coses).

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7 – Terminados por M, troca-se essa letra por NS:

Ex.: bem – bens, homem – homens, jardim – jardins, etc.

8 – Terminados por N, acrescenta-se S ou ES:

Ex.: gérmen – germens (ou gérmenes), hífen – hifens (ou hífenes), pólen

– polens (ou pólenes), etc.

Portanto a flexão do gênero do adjetivo orienta-se pelo

gênero do substantivo, procedendo-se às alterações necessárias (adjetivos

biformes):

aluno estudioso (masculino)

aluna estudiosa (feminino)

Todavia, há aqueles adjetivos que têm somente uma forma

(uniformes) para se relacionarem com os substantivos:

aluno inteligente (masculino)

aluna inteligente (feminino)

Alguns adjetivos também merecem sua atenção. São eles:

Masculino Feminino

ateu ateia

plebeu plebeia

sandeu sandia

judeu judia

réu ré

motor motriz

gerador geratriz

incolor, bicolor, tricolor, maior,

menor, superior, inferior, anterior, invariáveis

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posterior

Uma observação ainda deve ser feita sobre a flexão dos

adjetivos. Se a palavra for um substantivo exercendo papel de adjetivo, ela

ficará invariável: colisões monstro, sapatos cinza, calças rosa, blusas vinho

etc.

20. (FUNRIO/FIOTEC/AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE/2010) A palavra que,

no plural, NÃO apresenta a mesma forma que “repercussões”, “infecções”

e “implicações” é

A) interação.

B) reversão.

C) lactação.

D) irmão.

E) razão.

Gabarito – D

Comentário – De acordo com o que já foi explicado, temos:

– interação – interações;

– reversão – reversões;

– lactação – lactações;

– irmão – irmãos

– razão – razões

VERBO (FLEXÃO E EMPREGO DE TEMPOS E MODOS)

É a classe de palavra mais rica em flexões: tempo, modo, número,

pessoa e voz. Além dessas categorias, há o aspecto verbal, ou seja, o ponto de

vista do qual o locutor considera a ação expressa pelo verbo. Pode ele

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considerá-la concluída (observada no seu término, no seu resultado) ou não

concluída (observada na sua duração, na sua repetição).

FLEXÕES VERBAIS

! Voz

1. ATIVA ! indica que o processo verbal foi praticado pelo sujeito do verbo.

Ex.: Cabral descobriu o Brasil.

2. PASSIVA ! indica que o processo verbal foi sofrido pelo sujeito do verbo.

Ex.: O Brasil foi descoberto por Cabral.

ATENÇÃO! 1 – Observe, de acordo com os exemplos anteriores, que o

SUJEITO da voz ativa (Cabral) torna-se AGENTE DA PASSIVA, assim como o

OBJETO DIRETO da voz ativa (o Brasil) torna-se SUJEITO da voz passiva.

2 – Entretanto, quando o SUJEITO da voz ativa for

INDETERMINADO, na voz passiva não haverá AGENTE DA PASSIVA.

Ex.: Resolveram as questões. – voz ativa com sujeito indeterminado.

As questões foram resolvidas. (ou Resolveram-se as questões.) – voz

passiva sem agente da passiva.

3 – A voz passiva pode ser dividida em verbal ou analítica e

pronominal ou sintética.

Ex.: Aquelas crianças foram abandonadas. – verbo auxiliar + verbo principal

no particípio = analítica.

Abandonaram-se aquelas crianças. – verbo TRANSITIVO DIRETO +

pronome SE = sintética.

Agora considere o seguinte trecho: “(...) Pacientes afetados pela

síndrome ultrapassaram muito a ‘fronteira da adaptabilidade às demandas’

(...)”. Novamente, vamos treinar a transformação da voz ativa para a passiva.

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VOZ ATIVA VOZ PASIVA

Sujeito

Pacientes

afetados pela

síndrome

Agente da

passiva

pelos pacientes

afetados pela

síndrome

Verbo

transitivo

direto

ultrapassaram (o

quê?)

Locução verbal

(voz passiva

analítica)

foi ultrapassada

Objeto direto

a fronteira da

adaptabilidade às

demandas

Sujeito

paciente

A fronteira da

adaptabilidade às

demandas

Há ainda alguns cuidados a respeito das vozes passiva e ativa:

a) Ficou-se feliz com o resultado. – verbo de LIGAÇÂO + SE =

sujeito indeterminado

b) Vive-se bem neste lugar. – verbo INTRASITIVO + SE =

sujeito indeterminado

c) Precisa-se de professores. – verbo TRANSITVO INDIRETO +

SE = sujeito indeterminado

d) Ama-se a Deus. Verbo TRANSITIVO DIRETO + SE + OBJETO

DIRETO PREPOSICIONADO = sujeito indeterminado

3. REFLEXIVA ! indica que o processo verbal é praticado e sofrido pelo

sujeito ao mesmo tempo.

Ex.: Não me considero tão importante.

Reservamo-nos o direito de ficar calado.

Ele se deu um presente.

ATENÇÃO! 1 – Observe, de acordo com os exemplos anteriores, que o verbo

vem acompanhado de um pronome oblíquo que lhe serve de objeto e

representa a mesma pessoa do sujeito.

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2 – Na prática, identifica-se a voz reflexiva acrescentando,

conforme a pessoa, as expressões a mim mesmo, a ti mesmo, a si mesmo

etc.

Ex.: Feri-me a mim mesmo.

Julgai-vos a vós mesmos.

3 – No plural, a voz reflexiva pode indicar reciprocidade.

Ex.: Os amigos se cumprimentaram.

Amavam-se um ao outro.

21. (FUNRIO/PREFEITURA DE ITABORAÍ-RJ/PROCURADOR/2007)

(...) a notícia do caso curioso das “taças para ovos” (egg cups) que se

vendiam na Índia.

(...) que vendiam idêntico artigo ao mesmo preço.

Note que em cada uma das duas orações acima destacadas o verbo

vender, flexionado, está presente e grafado do mesmo modo. Mesmo

assim, o verbo vender não está flexionado igualmente nos dois trechos.

Pode-se dizer, CORRETAMENTE, que, comparando-se os dois trechos, a

flexão do verbo é diferente quanto:

A) ao modo

B) ao número

C) ao tempo

D) à pessoa

E) à voz

Gabarito – E

Comentário – A diferença é quanto á flexão de voz. No primeiro caso, o verbo

vender foi usado na voz passiva sintética, com o apoio do pronome

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apassivador “se”. Repare que à voz passiva sintética corresponde a voz passiva

analítica.

– ...“taças para ovos” (egg cups) que se vendiam na Índia.

–...”taças para ovos” (egg cups) que eram vendidas na Índia.

Na segunda ocorrência, o mesmo verbo foi empregado na voz

ativa.

1 O termo groupthinking foi cunhado, na década de

cinquenta, pelo sociólogo William H. Whyte, para explicar

como grupos se tornavam reféns de sua própria coesão,

4 tomando decisões temerárias e causando grandes fracassos.

(...)

Thomaz Wood Jr. O perigo do groupthinking. In: Carta

Capital, 13/5/2009, p. 51 (com adaptações).

22. (CESPE/TCU/AFCE/2009) Por estar empregada como uma forma de voz

passiva, a locução verbal “foi cunhado” (l.1) corresponde a cunhou-se e

por esta forma pode ser substituída, sem prejuízo para a coerência ou

para a correção gramatical do texto.

Gabarito – Item errado.

Comentário – Está correta a correspondência apontada pelo Cespe, pois a voz

é passiva, tanto no segmento original (voz passiva analítica ou verbal) quanto

na forma sugerida (voz passiva sintética ou pronominal). Contudo não é

possível a substituição que a banca sugere, pois o termo “pelo sociólogo

William H. Whyte” exerce a função de agente da passiva, o qual não é

utilizado com a voz passiva sintética.

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! Número e Pessoa

1ª 2ª 3ª

singular eu tu ele/ela

plural nós vós eles/elas

! Modo e Tempo

Os modos indicam as diferentes maneiras de um fato se realizar.

Os tempos situam o fato ou a ação verbal dentro de determinado momento

(durante o ato da comunicação, antes ou depois dele).

MODOS TEMPOS SIMPLES

indicativo

presente (tenho)

pretérito

perfeito (tive)

imperfeito (tinha)

mais-que-perf. (tivera)

futurodo presente (terei)

do pretérito (teria)

subjuntivo

presente (tenha)

pretérito imperfeito (tivesse)

futuro (tiver)

imperativoafirmativo (tem tu)

negativo (não tenhas tu)

MODOS TEMPOS COMPOSTOS

Indicativopretérito

Perfeito (tenho/hei cantado)

mais-que-perfeito (tinha/havia cantado)

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futurodo presente (terei/haverei cantado)

do pretérito (teria/haveria cantado)

Subjuntivo

pretéritoPerfeito (tenha/haja cantado)

mais-que-perfeito (tivesse/houvesse cantado)

futuro (tiver/houver cantado)

ATENÇÃO! 1. O quadro acima é uma síntese da formação dos tempos

compostos da voz ativa. Eles são formados pelos verbos auxiliares ter ou

haver, seguidos do particípio do verbo principal.

Ex.: Temos estudado muito.

Tinha posto a televisão na sala.

Havíamos chegado tarde.

2. Note que não há tempos compostos relativos ao

presente e ao pretérito imperfeito. Eles são usados para formar,

respectivamente, o pretérito perfeito composto e o pretérito mais-que-perfeito

composto. Também não há tempo composto relativo ao modo imperativo.

3. O tempo composto da voz passiva é formado com o

emprego simultâneo dos auxiliares ter ou haver e ser, seguidos do particípio

do verbo principal.

Ex.: Temos sido ensinados pelo professor.

O casal havia sido visto no restaurante.

23. (FUNRIO/PREFEITURA DE MARICÁ-RJ/SERVIÇOS GERAIS/2007) Leia

atentamente a seguinte passagem:

“E ele sucumbira, pois era pobre, e a necessidade é o algoz da honra.”

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Os verbos que encontramos nesse trecho são do modo Indicativo e

pertencem, respectivamente, aos tempos:

A) pretérito perfeito; pretérito imperfeito; pretérito mais-que-perfeito

B) pretérito mais-que-perfeito; pretérito imperfeito; presente

C) pretérito imperfeito; presente; pretérito perfeito

D) presente; pretérito mais-que-perfeito; presente

E) futuro do pretérito; pretérito perfeito; presente

Gabarito – B

Comentário – “sucumbira”: pretérito mais-que-perfeito do indicativo do vervo

sucumbir (eu sucumbira, tu sucumbiras, ele sucumbira, nós sucumbíramos,

vós sucumbí eles sucumbiram );

“era”: pretérito imperfeito do indicativo do verbo ser (eu era,

tu eras, ele era, éramos vós é eles eram );

“é”: presente do indicativo do verbo ser.

24. (FUNRIO/SUFRAMA/ADMINISTRADOR/2008) “... muitas daquelas que têm

filhas...”

O verbo que na terceira pessoa do plural do Presente do Indicativo se

conjuga como o verbo “ter” é

A) vir.

B) crer.

C) ler.

D) partir.

E) ver.

Gabarito – A

Comentário – Eis as conjugações de todos os verbos listados.

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Verbo Presente do Indicativo

– vir eu venho, tu vens, ele vem, nós vimos, vós vindes, eles vêm

– crer eu creio, tu crês, ele crê, nós cremos, vós credes, eles creem

– ler eu leio, tu lês , ele lê , nós lemos, vós ledes, eles lêem

– partir eu parto, tu partes, ele parte, nós partimos, vós partis, eles

partem

– ver eu vejo, tu vês, ele vê, nós vemos, vós vedes, eles veem

Os verbos TER e VIR, na terceira pessoa do plural de presente

do indicativo, recebem acento diferencial de número (compare com a terceira

pessoa do singular)

Os verbos CRER, DAR, LER e VER têm a letra “e” duplicada na

terceira pessoa do plural do indicativo (compare com a terceira pessoa do

singular).

25. (FUNRIO/PREFEITURA DE NITEROI/MOTORISTA/2008) “Esses funcionários

perdem o emprego e não têm outra oportunidade”.

O verbo destacado pode ser substituído, mantendo o mesmo sentido

básico, pessoa, tempo e modo, por:

A) possuíram

B) possuirá

C) possui

D) possuem

E) possuirão

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Gabarito – D

Comentário – O verbo TER foi conjugado na terceira pessoa do plural do

presente do indicativo; seu sentido é de posse.

Alternativa A: “possuíram” – terceira pessoa do plural do

pretérito perfeito do indicativo (eu possuí, tu possuíste, ele possuiu, nós

possuímos, vós possuístes, eles possuíram).

Alternativa B: “possuirá” – terceira pessoa do singular do

futuro do presente do indicativo (eu possuirei, tu possuirás, ele possuirá, nós

possuiremos, vós possui eles possuirão ).

Alternativa C: “possui” – terceira pessoa do singular do

presente do indicativo (eu possuo, tu possuis, ele possui, nós possuímos, vós

possuís, eles possuem).

Alternativa D: como vista acima, a forma “possuem”

corresponde à terceira pessoa do plural do presente do indicativo.

Alternativa E: como já foi visto aqui, a flexão “possuirão”

designa a terceira pessoa do plural do futuro do presente do indicativo.

26. (FUNRIO/MJ/ADMINISTRADOR/2009) Observe as formas verbais – pode,

chocará, acender, esbravejando – no trecho "um casal pode fazer sexo

explícito em cena e ninguém se chocará. Mas, se acender um cigarro

depois, haverá gente na plateia limpando um pigarro imaginário ou

esbravejando" e aponte a opção que corresponde, respectivamente, ao

tempo e ao modo de cada um deles

A) presente do indicativo, futuro do pretérito, futuro do subjuntivo, gerúndio.

B) presente do indicativo, futuro do presente, futuro do subjuntivo, gerúndio.

C) pretérito perfeito, futuro do presente, infinitivo, gerúndio.

D) pretérito perfeito, futuro do pretérito, infinitivo, particípio.

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E) presente do subjuntivo, futuro do pretérito, futuro do subjuntivo,

particípio.

Gabarito – B

Comentário – “pode”: presente do indicativo (eu posso, tu podes, ele pode,

nós podemos, vós podeis, eles podem) não confunda esta flexão com a que

corresponde à terceira pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo

(pôde);

– “chocará”: futuro do presente do indicativo (eu me chocarei, tu

te chocarás, ele se chocará, nós nos chocaremos, vós vos choca eles se

chocarão);

– “acender”: futuro do subjuntivo (quando eu acender, quando

tu acenderes, quando ele acender, quando nós acendermos, quando vós

acenderdes, quando eles acenderem);

– “esbravejando”: gerúndio (forma nominal, terminação –ndo).

LOCUÇÃO (OU PERÍFRASE) VERBAL

É o conjunto constituído de dois ou mais verbos, dos quais um é o

principal (o último) e os demais, auxiliares. As flexões de número, pessoa,

modo e tempo ocorrem no verbo auxiliar.

Ex.: Ninguém poderá sair. – O juiz deixou de marcar a falta.

Nós estamos estudando. – Ninguém podia estar cantando.

Tínhamos estudado muito para a prova. A questão havia sido anulada

pela banca.

27. (FUNRIO/DPRF/POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL/2008)

"Quando você me ouvir cantar,

Venha, não creia, eu não corro perigo"

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A canção de Caetano Veloso emprega uma estrutura sintática que

combina os verbos "ouvir" e "cantar" com o pronome "me".

Quanto a essas palavras, é correto afirmar que

A) os verbos "ouvir" e "cantar" formam uma locução verbal vinculada ao

pronome "me".

B) apenas o verbo "cantar" é transitivo direto, sendo "me" o objeto direto.

C) o pronome oblíquo ocupa uma posição de ênclise ao verbo "ouvir".

D) apenas o verbo "ouvir" é intransitivo, sendo "me" uma palavra expletiva.

E) o pronome "me" se relaciona gramaticalmente com "cantar" e com "ouvir".

Gabarito – E

Comentário – Os verbos mandar, deixar e fazer são conhecidos como

causativos; os verbos ver, ouvir e sentir, como sensitivos. Nenhum deles

forma locução com verbos no infinitivo. Na verdade, os verbos causativos e

sensitivos integram uma oração distinta daquela integrada pelo verbo no

infinitivo.

Assim sendo, a primeira oração é “Quando você ouvir”. O

verbo “ouvir” é transitivo direto e pede um objeto direto. Este é representado

justamente pela oração formada pelo verbo no infinitivo “cantar” (intransitivo).

O pronome “me”, colocado numa posição proclítica em

relação ao verbo “ouvir”, integra o objeto direto do verbo sensitivo e, ao

mesmo tempo, é o sujeito do verbo “cantar” (infinitivo).

Portanto, o pronome “me” se relaciona com os verbos

“cantar” e “ouvir”, sendo o sujeito daquele e integrando o objeto direto deste.

EMPREGO DOS MODOS VERBAIS

Indicativo: é associado a ações presentes, pretéritas (ou passadas) ou

futuras que consideramos de ocorrência certa.

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Subjuntivo: também é associado a acontecimentos presentes, pretéritos ou

futuros; mas com ocorrência provável, hipotética, duvidosa.

Imperativo: associado a ordens, pedidos, súplicas que desejamos.

E por falar no “imperativo”, creio que a tabela abaixo o(a) ajudará

a compreender o processo de formação dele.

Presente do Indicativo Imperativo Afirmativo Presente do Subjuntivo Imperativo Negativo

eu cant-o eu cant-e

tu cant-a-s (- s) cant-a tu tu cant-e-s não cant-e-s tu

ele cant-a cant-e você ele cant-e não cant-e você

nós cant-a-mos cant-e-mos nós nós cant-e-mos não cant-e-mos nós

vós cant-a-is (- s) cant-a-i vós vós cant-e-is não cant-e-is vós

eles cant-a-m cant-e-m vocês eles cant-e-m não cant-e-m vocês

28. (FUNRIO/DPRF/POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL/2008) No português

brasileiro, há a preferência pelo emprego da terceira pessoa para o

tratamento do interlocutor, como se pode observar no trecho “Respire

fundo, tenha consciência de que não vale a pena brigar e, principalmente,

pense em sua família.”. Assinale a alternativa em que essa mesma

tendência é praticada adequadamente.

A) “Vem pra Caixa você também.”

B) “Faz um 21.”

C) “Seja mais um motorista consciente.”

D) “Deixa a preguiça no sofá. Anda de bicicleta.”

E) “Afasta de mim esse cálice.”

Gabarito – C

Comentário – Alternativa A: a forma verbal “Vem” está na segunda pessoa do

imperativo afirmativo (que deriva da segunda pessoa do presente do indicativo

(vens) sem o S). Todavia seu uso não é adequado como o pronome de

tratamento “você”, que obriga o verbo a se flexionar, mesmo no imperativo,

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na terceira pessoa do singular: Venha (que deriva do presente do subjuntivo:

que ele venha). Alternativa errada.

Alternativa B: o verbo fazer, na terceira pessoa do singular do

imperativo afirmativo, flexiona-se em faça (que deriva do presente do

subjuntivo). Alternativa errada.

Alternativa C: o imperativo afirmativo do verbo ser deriva do

presente do subjuntivo: eu seja, tu sejas, ele seja... Alternativa correta.

Alternativa D: “Deixa” corresponde à segunda pessoa do

imperativo afirmativo (que deriva do presente do indicativo, sem o S: eu

deixo, tu deixas...). Na terceira pessoa do imperativo afirmativo, a forma

correta é Deixe (que deriva do presente do subjuntivo: (que eu deixe, que tu

deixes, que ele deixe...) . Alternativa errada.

Alternativa E: “Afasta” é a flexão do verbo afastar na segunda

pessoa do imperativo afirmativo (que deriva do presente do indicativo, sem o

S: eu afasto, tu afastas...). A terceira pessoa do imperativo afirmativo deriva

do presente do subjuntivo: que eu afaste, que tu afastes, que ele afaste...

29. (FUNRIO/FURNAS/NUTRICIONISTA/2008) A chamada publicitária

estampada num jornal dizia:

VAI FICAR SÓ OLHANDO?

APROVEITE LOGO ESTAS OFERTAS!

Os verbos que iniciam as duas frases

A) destoam na flexão, pois apenas o verbo aproveitar está na terceira do

singular.

B) destoam na flexão, pois apenas o verbo aproveitar está na segunda do

singular.

C) estão conjugados no imperativo e se dirigem ao interlocutor da

mensagem.

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D) estão flexionados corretamente na segunda pessoa do singular.

E) estão flexionados corretamente na terceira pessoa do singular.

Gabarito – E

Comentário – Na primeira frase, temos a locução verbal “VAI FICAR”. A

flexão de tempo e modo recai no verbo auxiliar: “VAI”. Constata-se, assim, a

flexão em terceira pessoa do singular do presente do indicativo.

Na segunda frase, temos o verbo aproveitar conjugado na

terceira pessoa do singular do imperativo afirmativo, que deriva da terceira

pessoa do presente do subjuntivo: que eu aproveite, que tu aproveites, que

ele aproveite...

EMPREGO DOS TEMPOS VERBAIS

O presente do indicativo pode indicar valores semânticos tais

como:

1. fato que se realiza no momento do discurso.

Ex.: A turma toda estuda agora.

2. fato permanente

Ex.: O sol aquece a Terra.

3. fato habitual.

-se bem e treina intensamente.Ex.: Aquele atleta levanta cedo, alimenta

4. presente histórico, ou seja, substitui o pretérito para enfatizar a

descrição do fato, conferir mais vivacidade a ele.

Ex.: Antes de subir aos céus, Jesus diz a seus discípulos: “Eu sou o caminho, a

verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14:6).

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5. certeza do fato a que nos referimos e que acontecerá brevemente,

substituindo o futuro do presente.

Ex.: O artilheiro disse que joga amanhã.

Presidente americano chega amanhã ao Brasil.

ATENÇÃO! Esses dois últimos complicam muitos candidatos.

O pretérito perfeito do indicativo indica que o fato foi

perfeitamente concluído.

Ex.: O réu recorreu da decisão do juiz.

Também é frequente em provas a discussão sobre os aspectos

indicados pelo pretérito imperfeito do indicativo. Fique atento aos valores

semânticos desse tempo verbal:

1. indica fato que ocorria habitualmente;

Ex.: Joãozinho era o primeiro a terminar as provas.

2. seu uso em substituição ao presente traduz cortesia e atenua uma

afirmação ou um pedido;

Ex.: Eu queria saber se o diretor já chegou.

3. indica simultaneidade entre dois fatos passados;

Ex.: Os alunos estudavam para o concurso quando o edital foi publicado.

4. denota consequência de um fato hipotético; substitui, nesses casos, o

futuro do pretérito.

Ex.: Houvesse estudado mais, passava em primeiro lugar.

O pretérito mais-que-perfeito do indicativo indica um fato

passado e anterior a outro também passado.

Ex.: Quando o candidato chegou ao local do concurso, o portão já se fechara.

linguagem jornalística

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Pode também surgir em frases optativas:

Ex.: Quem me dera casar com ela...

O futuro do presente do indicativo pode, além de indicar um

fato que ainda vai acontecer, sugerir valor semântico de imperativo:

Ex.: Nas férias, viajaremos para Caldas Novas.

“Não adulterarás” (Êxodo 20:13)

Dentre os valores semânticos do futuro do pretérito do

indicativo, destaco:

1. o que indica ação futura em relação a outra no passado.

Ex.: Em virtude dos acontecimentos, decidiram que ficariam em casa.

2. aquele que indica um fato cuja realização está vinculada a uma condição

que não se concretizou antes e que, provavelmente, não se realizará. Nesse

caso, é reforçado o caráter hipotético da declaração.

Ex.: Se estudássemos mais, obteríamos a classificação.

CUIDADO! Empregando-se a forma verbal da primeira oração no presente ou

no futuro do subjuntivo (estudemos ou estudarmos), com as devidas

modificações, a condição expressa por ela será tomada como uma hipótese

que poderá ocorrer, ou não.

Caso estudemos mais, obteremos a classificação.

Se estudarmos mais, obteremos a classificação.

Em relação ao subjuntivo, note que os tempos podem indicar

hipótese, condição ou vontade do indivíduo que fala enunciadas no presente,

no pretérito ou no futuro.

Ex.: Meu desejo é que todos sejam aprovados. (presente do subjuntivo)

Paula talvez lhe telefonasse à noite. (pretérito imperfeito do

subjuntivo)

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Se estudares, terás bom resultado. (futuro do subjuntivo)

Também é digno de nota o emprego do pretérito imperfeito do

subjuntivo como condição para a ocorrência de outra ação verbal.

Ex.: Se estudássemos mais, obteríamos a classificação.

1 Um dos aspectos mais notáveis da aventura do homem

ao longo da história tem sido seu constante anseio de

buscar novas perspectivas, abrir horizontes desconhecidos,

4 investigar possibilidades ainda inexploradas, enfim, ampliar o

conhecimento. Desde seus primórdios, os seres humanos

dedicam-se a investigar e a pesquisar, sendo esta curiosidade,

7 este desejo de conhecer, uma das mais significativas forças

impulsoras da humanidade. O fato é que essa ininterrupta e

incansável luta pelo saber tem sido uma das mais importantes

10 atividades do homem. Ocorre que, ao dar vazão ao seu

insaciável afã de descobrir, criar, conquistar, ao tentar realizar

em toda sua plenitude a livre aventura do espírito, o homem

13 depara-se com seus limites. (...)

Ivan de Araújo Moura Fé. Conflitos éticos em psiquiatria. In: José E. Assad (Coord.).

Desafios éticos. Brasília: Conselho Federal de Medicina, 1993, p. 185 (com adaptações).

30. (CESPE/INCA/CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR/2010) Seriam preservadas a

correção gramatical do texto, bem como a coerência de sua

argumentação, se, em lugar de “tem sido” (l.2), fosse usada a forma

verbal é; no entanto, a opção empregada no texto ressalta o caráter

contínuo e constante dos aspectos mencionados.

Gabarito – Item certo.

Comentário – Vamos reescrever a passagem utilizando a forma verbal

sugerida: “Um dos aspectos mais notáveis da aventura do homem ao longo da

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história é seu constante anseio...”. Pronto, ficou claro que realmente não

existe problema. Usado no presente, o verbo ser indica um fato atual,

simultâneo ao ato da fala. Mas o pretérito perfeito composto, de fato, imprime

à passagem um aspecto durativo, contínuo, não limitado no tempo. Leiamos o

que Cegalla tem a nos dizer: “O pretérito perfeito composto traduz um fato

passado repetido, ou que se prolonga até o presente:

Tenho-lhe dado sempre bons conselhos.”

1 A cidade estivera agitada por motivos de ordem

técnica e politécnica. (...)

31. (CESPE/TSE/ANALISTA ADMINISTRATIVO/2007) Em relação ao texto

julgue a proposição abaixo.

A substituição de “estivera” (l. 1) por tinha estado prejudica a correção

gramatical do período.

Gabarito – Itens errado.

Comentário – A forma verbal “tinha estado” indica tempo composto: pretérito

mais-que-perfeito composto do indicativo. Os tempos compostos são formados

pelos verbos auxiliares TER e HAVER seguidos de verbo principal no particípio.

Portanto a alteração não causará prejuízo à correção gramatical do período,

pois “estivera” também é pretérito mais-que-perfeito.

FORMAS NOMINAIS DO VERBO

São formas verbais que só exprimem tempo e modo através do

contexto e desempenham funções de substantivos, adjetivos e advérbios:

Ex.: O brincar alegra as crianças. (substantivo)

Cozida, a batata fica mais saborosa. (adjetivo)

Venceu na vida trabalhando. (advérbio)

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1. Infinitivo ! É a forma como designamos os verbos. O infinitivo é

impessoal quando, não flexionado, não se refere a nenhuma pessoa gramatical

e desempenha a função de substantivo. Por outro lado, será pessoal quando,

flexionado, referir-se a uma pessoa gramatical. Não transmite nenhuma noção

temporal.

Ex.: Minha diversão preta é dançar. (substantivo)

Estamos felizes por termos conseguido a vitória. (nós: sujeito)

2. Gerúndio ! Expressa a ação em desenvolvimento.

Ex.: Pessoas sorrindo compunham a foto. (adjetivo)

Chegando o dinheiro, viajou. (advérbio)

3. Particípio ! Assume valor de substantivo e de adjetivo.

Ex.: A chegada do avião foi pontual. (substantivo)

Os fogos de artifício tornaram a cidade iluminada. (adjetivo)

FORMAS NOMINAIS TEMPOS COMPOSTOS

infinitivo

impessoal

cantar ter/haver cantado

infinitivo

pessoal

cantar ter/haver cantado

cantares teres/haveres cantado

cantar ter/haver cantado

cantarmos termos/havermos cantado

cantardes terdes/haverdes cantado

cantarem terem/haverem cantado

gerúndio cantando tendo/havendo cantado

particípio cantado

ATENÇÃO! 1. Para as 2ª e 3ª conjugações, a terminação do particípio

é ido: vendido, partido.

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2. Perceba que não há tempo composto relativo ao

particípio.

CLASSIFICAÇÃO DOS VERBOS QUANTO À FORMA

a) Regular ! não apresenta irregularidade no radical nem nas desinências,

seguindo o paradigma de sua conjugação (cantar – 1ª conjugação; vender –

2ª conjugação; partir – 3ª conjugação)

Ex.: amar, aguar, averiguar, coar, mobiliar, optar, saudar, suar, viajar, beber,

unir, atribuir, etc.

ATENÇÃO! 1. Para sabermos se um verbo é regular, precisamos

conjugá-lo no presente e no pretérito perfeito do indicativo.

Ex.: toc-o, toc-a-s, toc-a, toc-a-mos, toc-a-is, toc-a-m / toqu-e-i, toc-a-ste,

toc-o-u, toc-a-mos, toc-a-stes, toc-a-ram

2. Os verbos terminados em IAR são regulares: vigiar,

arriar, etc.

Exceções: Mediar, Ansiar, Remediar, Incendiar e Odiar (MARIO) ! recebem

a letra E nas formas rizotônicas (= a sílaba tônica integra o radical)

Ex.: arriar – arrio, arrias, arria, arriamos, arriais, arriam

odiar – odeio, odeias, odeia, odiamos, odiais, odeiam

b) Irregular ! apresenta irregularidades no radical e/ou nas desinências.

Ex.: caber, fazer, acudir, aderir, atrair, cear, construir, dizer, crer, poder,

prover, prever, saber, dar, rir, vir, etc.

perder = perco, perdes, perde

fazer = faço, fazes, faz

caber = caibo, cabes, cabe

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ATENÇÃO! Os verbos terminados em EAR são irregulares, recebem a letra I

nas formas rizotônicas.

as, arrei a, arreamos, arreais, arreiamEx.: arrear – arrei o, arrei

passear – passeio, passeias, passei a, passeamos, passeais, passeiam

c) Anômalo ! É o verbo que apresenta grandes alterações no radical.

Segundo Luiz Antônio Sacconi, João Domingues Maia, Ulisses Infante e

Pasquale Cipro Neto, por exemplo, em português só existem dois: ser e ir.

Entretanto, Celso Cunha registra que a NGB também classifica como anômalo

os verbos ter, haver, estar, vir e pôr.

d) Defectivo ! É o verbo que não possui determinados tempos, modos e

pessoas. Incluem-se nesta categoria os verbos impessoais e unipessoais.

Ex.: reaver, precaver, falir, computar, abolir, haver (sentido de existir), nevar,

trovejar, trovejar, latir, rugir, etc.

ATENÇÃO! Quando se tratar de sentido conotativo, os verbos que indicam

fenômenos da natureza podem ser usados como pessoais.

Ex.: Os estudantes amanheciam para uma nova época.

e) Abundante ! é o verbo que apresenta mais de uma forma equivalente,

geralmente no particípio.

Ex.: aceitar = aceitado, aceito – prender = prendido, preso – imprimir =

imprimido, impresso

ATENÇÃO! 1. O particípio regular é normalmente usado na voz ativa,

com os auxiliares ter ou haver.

Ex.: Ele não tinha aceitado as minhas desculpas.

2. O particípio irregular é normalmente usado na voz

passiva com os auxiliares ser ou estar.

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Ex.: Minhas desculpas não foram aceitas por ele.

3. Admitamos, porém, que essas recomendações não são

rigorosamente seguidas, havendo numerosas formas irregulares que se usam

tanto na voz ativa como na passiva, e algumas formas regulares também

empregadas na voz passiva.

VOZ ATIVA VOZ PASSIVA

Tinha aceitado (aceito) o convite. Os convite foram aceitos.

Tinha elegido (eleito) os candidatos. Os candidatos são eleitos.

Tinha entregado (entregue) a carta. As cartas eram entregues.

Tinha ganhado (ganho) o prêmio. O prêmio foi ganho.

Tinha imprimido (impresso) a obra. Foi impressa a obra.

Tê-lo-iam pegado (pego) de surpresa. O ladrão foi pego pela polícia.

Tinha salvado (salvo) muitas vidas. A vida foi salva.

CORRELAÇÃO VERBAL

Termino a primeira parte da aula com explicações sobre

correlação verbal – coerência que, em uma frase ou sequência de frases,

deve haver entre as formas verbais utilizadas. Ou seja, é preciso que haja

articulação temporal entre os verbos, que eles se correspondam, de maneira a

expressar as ideias com lógica. Tempos e modos verbais devem, portanto,

combinar entre si. Veja este exemplo:

Seu eu dormisse durante as aulas, jamais aprenderia a lição.

O verbo dormir está no pretérito imperfeito do subjuntivo.

Sabemos que o subjuntivo expressa dúvida, incerteza, possibilidade,

eventualidade. Assim, em que tempo o verbo aprender deve estar, de

maneira a garantir que o período tenha lógica?

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Na frase, aprender é usado no futuro do pretérito (aprenderia),

um tempo que expressa, dentre outras ideias, uma afirmação condicionada

(que depende de algo), quando esta se refere a fatos que não se realizaram e

que, provavelmente, não se realizarão. O período, portanto, está coerente, já

que a ideia transmitida por dormisse é exatamente a de uma dúvida, a de

uma possibilidade que não temos certeza se ocorrerá.

Veja o mesmo exemplo, mas sem correlação verbal:

Se eu dormisse durante as aulas, jamais aprenderei a lição.

Temos dormir no subjuntivo, novamente. Mas aprender está

conjugado no futuro do presente, um tempo verbal que expressa, dentre

outras ideias, fatos certos ou prováveis. Nesse caso, não podemos dizer que

jamais aprenderemos a lição, pois o ato de aprender está condicionado não a

uma certeza, mas apenas à hipótese (transmitida pelo pretérito imperfeito do

subjuntivo) de dormir.

A seguir, veja alguns casos em que os tempos verbais são

concordantes:

1. presente do indicativo + presente do subjuntivo:

Exijo que você faça o dever.

2. pretérito perfeito do indicativo + pretérito imperfeito do subjuntivo:

Exigi que ele fizesse o dever.

3. presente do indicativo + pretérito perfeito composto do subjuntivo:

Espero que ele tenha feito o dever.

4. pretérito imperfeito do indicativo + mais-que-perfeito composto do

subjuntivo:

que ele tivesse feito o dever. Queria

5. futuro do subjuntivo + futuro do presente do indicativo:

Se você fizer o dever, eu ficarei feliz.

AAA

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6. pretérito imperfeito do subjuntivo + futuro do pretérito do indicativo:

Se você fizesse o dever, eu leria suas respostas.

7. pretérito mais-que-perfeito composto do subjuntivo + futuro do pretérito

composto do indicativo:

o dever, eu teria lido suas respostas. Se você tivesse feito

8. futuro do subjuntivo + futuro do presente do indicativo:

Quando você fizer o dever, dormirei.

9. futuro do subjuntivo + futuro do presente composto do indicativo:

Quando você fizer o dever, já terei dormido.

PRONOMES (EMPREGO, FORMAS DE TRATAMENTO E COLOCAÇÃO)

Na última parte da aula, o assunto a ser tratado é pronomes:

classificação, emprego e colocação. Eis uma breve exposição sobre a

classificação deles.

Pronome

Palavra que substitui o nome (pronome substantivo) ou que o

acompanha (pronome adjetivo) para tornar claro o seu

significado. Existem seis classes de pronomes:

pessoal

Indica diretamente as pessoas do discurso (no singular ou no

plural): 1ª pessoa: quem fala; 2ª pessoa: com quem se fala;

3ª pessoa: de quem se fala.

. Também são pessoais os pronomes de

tratamento: você, senhor, senhora, vossa senhoria, vossa

excelência, etc.

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possessivo

Refere-se às pessoas gramaticais, atribuindo-lhes a posse de

algo: Meu, minha, meus, minhas, nosso, nossa, nossos,

nossas, teu, tua, teus, tuas, vosso, vossa, vossos, vossas,

seu, sua, seus, suas.

demonstrativo

Indica a posição dos seres em relação às pessoas do discurso,

situando-os no tempo e no espaço.

1ª. Pessoa: Este, esta, estes, estas, isto.

2ª. Pessoa: Esse, essa, esses, essas, isso.

3ª. Pessoa: Aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo.

relativo

É aquele que, em uma oração, se refere a um termo constante

em oração anterior, chamado antecedente. Exemplo:

. São pronomes relativos: que,

quem, quanto(s), quanta(s), cujo(s), cuja(s), o qual, a qual,

os quais, as quais.

indefinido

Refere-se à terceira pessoa do discurso num sentido vago ou

exprimido quantidade indeterminada. Exemplos: Quem

. Alguns podem flexionar-se em gênero e

número. São pronomes indefinidos: algum, alguns, nenhum,

nenhuns, qualquer, quaisquer, ninguém, todo, tudo, nada,

algo etc.

interrogativoÉ aquele usado para formular uma pergunta direta ou indireta:

que, quem, qual, quanto.

EMPREGO DE PRONOMES

! Diferenças quanto ao emprego dos pronomes pessoais do caso reto e do

caso oblíquo:

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a) Ele virou ela. – Na função de sujeito e de predicativo, o pronome

pessoal utilizado será, via de regra, do caso reto.

b) Quero falar com ele.

Sou útil a ele.

Vi-o na rua.

Serão empregados os do caso oblíquo nas demais funções sintáticas

(complemento verbal, complemento nominal etc.).

Atente para o fato de que esses pronomes são frequentemente utilizados

para promover a coesão e a coerência textual.

c) Eu contei a ti o que acontecera.

Você terá de viajar com nós dois.

Você terá de viajar conosco. (= com + nós)

Os pronomes oblíquos tônicos são precedidos de preposição. Usa-se com

nós ou com vós quando tais expressões vêm acompanhadas de elementos de

realce, numeral, pronome ou oração adjetiva.

CUIDADO! Não vá sem eu saber. / Todos saíram, exceto eu (saí).

Mesmo diante de preposição, o pronome pessoal do caso reto será empregado

quando for sujeito de verbo, ainda que este esteja elíptico.

d) Maria fez aniversário. Pedro deu-lhe um presente. (“deu” = VTDI; “um

presente” = OD)

Maria fez aniversário. Pedro a presenteou. (“presenteou” = VTD)

Como complementos verbais, O(S) e A(S) desempenham função de

objeto direto; LHE(S), de objeto indireto.

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ATENÇÃO! O pronome oblíquo LHE pode equivaler-se a um possessivo, caso

em que transmitirá noção de posse: Pediu-lhe os brinquedos emprestados. /

Pediu os seus brinquedos emprestados / Pediu os brinquedos dele

emprestados.

e) Mandei-o sair da sala.

Fiz-lhes ver que estavam errados.

Em construções cujo verbo principal é causativo (mandar, deixar, fazer)

ou sensitivos (ver, ouvir, sentir), O(S) e A(S) desempenham função de sujeito

do verbo (infinitivo) da oração subordinada.

CUIDADO! LHE(S) só poderá ser sujeito de verbo infinitivo transitivo direto.

Mandei-lhe sair da sala seria uma construção errada, já que “sair” tem

regência intransitiva.

! Pronomes possessivos

Referem-se às pessoas gramaticais, atribuindo-lhes a posse de

algo. Concordam em gênero e número com a “coisa” possuída.

Ex.: Eu trouxe meu caderno.

Tu trouxeste tuas canetas.

Primeira pessoaMeu(s), minha(s), nosso(s),

nassa(s)

Segunda pessoa Teu(s), tua(s), vosso(s), vossa(s)

Terceira pessoa Seu(s), sua(s)

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! Pronomes demonstrativos

Indicam a posição dos seres em relação às pessoas do discurso,

situando-os no tempo e no espaço.

Pronomes Tempo Espaço

Este (s), esta (s), isto Presente; momento atual Perto de quem fala

Esse (s), essa (s), issoPassado próximo Perto da pessoa com

quem se fala

Aquele (s), aquela (s),

aquilo

Passado longínquo Longe de quem fala e da

pessoa com quem se fala

Ex.: Nestas últimas horas tenho aprendido muito.

Este rapaz ao meu lado é meu amigo.

Essas horas que passamos na praia foram muito agradáveis.

O que é isso aí do teu lado?

Naquela época, a vida era melhor.

O que é aquilo atrás do carro?

Casos Especiais (empregados como elementos de coesão)

a) Meu argumento é este: não há democracia sem justiça. (Este e isto:

empregados quando ainda vai ser feita a referência; promove a coesão

textual conhecida como catafórica.).

Não há democracia sem justiça. Esse é meu argumento. (Esse e isso:

empregado quando já foi feita a referência; promove a coesão textual

conhecida como anafórica)

b) Comprei uma moto e uma bicicleta. Esta eu dei para meu irmão;

aquela, para mim mesmo. (Este e aquele servem para retomar

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elementos já citados e desfazer possíveis ambiguidades quanto à

compreensão do enunciado. Este diz respeito ao último termo; aquele,

ao primeiro.)

c) O que ele disse era verdade.

Passará a que for mais capacitada. a(s) e o(s) diante de que (pronome

relativo) – e de – preposição – serão pronomes demonstrativos,

equivalendo-se a aquela(s), aquele(s), aquilo)

Cunha e Cintra (Nova gramática do português

contemporâneo, 2008, págs. 354-5) ensinam que o demonstrativo O (e suas

variações) pode ser empregado diante de uma oração ou, mais raramente, por

uma expressão adjetiva, e dão o seguinte exemplo:

Ingrata para os da terra,

boa para os que não são.(C. Pena Filho)

32. (FUNRIO/PREFEITURA DE CAMPOS-RJ/AUXILIAR DE SECRETARIA/2008)

“Esta é uma confissão de amor: amo a língua portuguesa.”

“Essas dificuldades, nós as temos.”

Os pronomes demonstrativos grifados referem-se, respectivamente,

A) ao que está fora do texto/ao que vem depois.

B) ao que será dito em seguida/ao que foi dito anteriormente.

C) ao passado/ao futuro.

D) ao que não será dito/ao que foi dito.

E) ao não-literário/ao literário.

Gabarito – B

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Comentário – Acredito que você não teve problemas para identificar que a

referência do pronome “Esta” é o enunciado que surgiu depois dele: “amo a

língua portuguesa”. Isso caracteriza a referência catafórica.

Mas a referência do pronome “Essas” está antes dele,

constituindo uma referência anafórica.

Fique de olho no que o examinador quis dizer com “ao que

está fora do texto” (letra A). Ele se referiu à função dêitica (ou díctica, tanto

faz), aquela que faz referência exofórica1 (traz algo de fora para dentro do

texto), sendo responsável por situar algo no tempo ou no espaço. Exemplo:

Esse rapaz é meu amigo.

Eu estou falando de que rapaz? Do que está próximo a mim,

de outra pessoa ou em outro lugar? Além disso, há diferenças no emprego de

esse, este e aquele. Repare:

- Esta é minha mãe. (ela está proximo a mim)

- Essa é minha mãe. (ela está próxima à pessoa com quem

falo)

- Aquela é minha mãe. (agora ela está distante de nós dois)

Como você pode notar, a referência espacial indicada pelos

pronomes em cada uma das frases é diferente.

Outro exemplo comum ocorre com o uso de advérbios:

Hoje estou escrevendo esta aula.

Você precisa agora saber em que dia o locutor

pronunciou/escreveu essa frase para situar no tempo a correta referência do

advérbio “Hoje”.

1 Ao contrário, a função endofórica faz referência a termos que estão dentro do próprio texto.

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! Pronomes indefinidos

São os que têm sentido vago, impreciso, indeterminado.

Casos Particulares

.a) Certo livro: antes do substantivo, equivale-se a pronome indefinido

Livro certo: depois, equivale-se a adjetivo.

b) Algum livro deve ser igual a este. Antes do substantivo, tem valor

positivo, afirmativo, exprime possibilidade; é o contrário de nenhum, que

tem valor semântico negativo.

Livro algum deve ser igual a este. Depois, tem significação negativa

mais enfática do que a expressa por nenhum, indica impossibilidade.

Na língua moderna, algum(a) cristalizou-se com

significação negativa (= nenhum) quando empregado depois de substantivo e

com valor positivo anteposto a ele. Antigamente não era assim, quando

algum(a) podia ter sentido afirmativo ou negativo independente de sua

posição, como se depreende dos versos de Camões, em Os lusíadas:

“Desta gente refresco algum tomamos

E do rio fresca água; mas com tudo

Nenhum sinal aqui da Índia achamos

No povo, com nós outros quase mudo.” (V, 69)

(“refresco algum” = algum refresco = sentido positivo)

“Vós a quem não somente algum perigo

Estorva conquistar o povo imundo” (VII, 2)

(“algum perigo” = nenhum perigo = valor negativo)

Mas, em geral, o pronome indefinido algum(a) adquire

mesmo valor negativo em frases onde já existem outras formas negativas,

como não, nem, sem:

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“...é muito provável que ela não tenha problema algum.”

“...é muito provável que ela não tenha algum problema.”

! Pronomes relativos

a) Eis os velhos amigos de que lhe falhei.

Eis o instrumento de que lhe falei.

O pronome relativo QUE pode ser empregado tanto para substituir

coisa quanto para representar pessoa. Rejeita preposições com duas ou mais

sílabas e dispensa sem e sob.

Lembre-se de que para ser conjunção integrante, esse vocábulo

deve unir uma oração subordinada de valor substantivo (objeto direto, objeto

indireto, complemento nominal, sujeito, predicativo, aposto) à sua principal.

Considere este fragmento: “...eles explicam que tipo de rodovia cada uma é.”,

em que a oração sublinhada é objeto direto da forma verbal “explicam” e o

“que” não é pronome relativo.

b) A casa onde morei era muito antiga. (certo)

A reunião onde estávamos acabou tarde. (errado)

ONDE é usado restritivamente em referência a lugar.

A escola onde estudo foi fechada.

A escola aonde vais é muito longe.

A escola donde vens é muito longe.

ONDE é pronome relativo quando substitui um termo antecedente,

como no primeiro exemplo (onde = escola). Não deve ser confundido com

onde = advérbio interrogativo: “Onde você estuda?”. Observe que agora o

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vocábulo onde não substitui nenhum termo anterior, apenas introduz uma

pergunta que exprime a ideia de lugar.

Usaremos aonde (contração de a + onde) quando o verbo que

surgir após esse pronome relativo exprimir ideia de movimento e exigir a

preposição “a”. Se o verbo indicativo de movimento reger preposição “de”,

usaremos “donde” (contração de de + onde).

Ressalto que o verbo seguinte deve indicar movimento e não

permanência (como no primeiro exemplo). Com verbos estáticos, que

exprimem permanência, a preposição empregada será “em”. Na Língua

Portuguesa não existe nonde, isto é, a suposta contração de em + onde.

c) Ele participou da reunião, a qual deu origem ao atual grupo de trabalho.

O relativo o qual (e variações) é útil para desfazer ambiguidades.

Perceba que, se fosse empregado o relativo QUE, haveria margem para a

seguinte dúvida: a reunião ou ele deu origem ao atual grupo de trabalho?

d) É uma pessoa com cujas opiniões não podemos concordar.

O pronome relativo CUJO(S)/CUJA(S) estabelece uma relação de

posse/dependência entre os termos antecedente e consequente. Concorda em

gênero e número com a “coisa” possuída.

Muito cuidado quando a banca lhe propuser a substituição dele por

outro relativo (que, a/o qual, quem), a pretexto de que serão mantidas a

correção gramatical e a coerência argumentativa. ISSO NÃO É VERDADE.

NÃO É POSSÍVEL FAZER TAL SUBSTITUIÇÃO. Não confunda o caso

anterior (correspondência entre que e o/a qual) com este.

eee

:::333

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Observe esta construção: O professor cujo o filho nasceu está feliz.

O que acha? Certa ou errada? ERRADA. A norma gramatical não abona o

emprego de artigo antes (...o cujo...) ou depois (...cujo o...) do relativo CUJO,

daí o motivo de não se empregar o acento indicativo de crase diante dele.

e) Esta é a pessoa a quem prezo como amigo.

O pronome relativo QUEM é utilizado em referência a pessoas e se

faz acompanhar de preposição. Eu disse PREPOSIÇÃO e não artigo. Portanto,

se perguntarem a você qual a classe gramatical daquele “a” em negrito, NADA

DE DIZER “ARTIGO”.

f) Esqueci tudo quanto foi dito.

Podemos confiar em todos quantos estão presentes.

Podemos confiar em todas quantas estão presentes.

QUANTO (e variações) será pronome relativo quando estiver

acompanhado de tudo (e variações).

g) Essa é a hora quando as garças levantam vôo.

Não entendi a maneira como ela se dirigiu a mim.

QUANDO e COMO serão pronomes relativos sempre que se

referirem a um termo antecedente (“hora” e “maneira”, nessa ordem). O

primeiro tem valor semântico de tempo; o segundo, de modo.

! Formas de Tratamento

Tratamento Abreviatura Uso

Senhor, Senhora Sr., Srª tratamento formal

Você V. tratamento informal

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Vossa Alteza V. A. príncipes e duques

Vossa Eminência V. Emª cardeais

Vossa Excelência V. Exªaltas autoridades e

oficiais-generais

Vossa Magnificência V. Magª reitores de universidades

Vossa Majestade V. M. reis e imperadores

Vossa Reverendíssima V. Rev.ma sacerdotes em geral

Vossa Santidade V. S. papa

Vossa Senhoria V. Sªtratamento formal para

pessoas graduadas.

As formas de tratamento designam indiretamente à 2ª pessoa do

discurso (aquela com quem se fala), mas conduzem a concordância nominal e

verbal da frase para a terceira pessoa do singular ou do plural, conforme o

caso.

• Particularidades

a) Vossa Excelência fez um belo discurso. (para dirigir-se à pessoa, ainda

que por meio de correspondências)

Sua Excelência fez um belo discurso. (para falar da pessoa)

b) Vossa Excelência apresentará seus projetos? (note que o verbo e o

pronome possessivo correspondem à terceira pessoa e o adjetivo tende a

concordar com o gênero da pessoa referida – concordância ideológica)

c) Se você chegar cedo, eu vou te ajudar. (errado)

Se você chegar cedo, eu vou ajudá-lo (você). (certo)

(muito cuidado: mesmo os pronomes de tratamento informal levam os

outros pronomes para a terceira pessoa)

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Colocação dos Pronomes Oblíquos Átonos

Antes de apresentar os casos de colocação pronominal, cabe

lembrar que próclise é a ocorrência do pronome antes do verbo (Fingiu que

não o reconheceu.). Quando acontece o inverso, ou seja, o pronome surge

após o verbo, temos um caso de ênclise, que na escrita é marcada pela

presença do hífen (Dá-me sua ajuda.). A mesóclise, que só ocorre com

verbos no futuro do presente e no futuro do pretérito, é o emprego do

pronome no “meio” do verbo, entre a forma infinitiva e a desinência

modo-temporal (Dar-lhe-ia minha ajuda.).

Casos de Próclise

a) Palavras de sentido

negativo

Nada me fará desistir.

Ninguém me fará desistir.

b) Advérbios sem pausa Aqui se fazem chaves.

Talvez se cumprimentassem.

c) Conjunções

subordinativas e pronomes

relativos

Quando lhe dissemos a verdade, chorou muito.

O livro que me deste é muito interessante.

d) Conjunções

coordenativas alternativas

Ora se atribulava, ora se aquietava.

Das duas uma: ou as faz ela, ou as faço eu.

e) Pronomes e advérbios

interrogativos

Quem lhe contou a verdade?

Por que te afliges tanto?

f) Pronomes indefinidos Tudo me foi dado.

Alguém te contou a verdade?

g) Frases exclamativas e

optativas

Como te atreves!

Deus o abençoe, meu filho!

h) Preposição em +

verbo no gerúndio

Em se tratando desse assunto, nada mudará.

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Casos de Mesóclise

a) Verbo no futuro do

presente ou do pretérito,

sem palavra atrativa

Amar-te-ei a vida inteira. (Não te amarei a vida

inteira.)

Dar-lhe-ia o livro. (Jamais lhe daria o livro.)

Casos de Ênclise

a) Antes de tentar decorar

qualquer outra regra, é

fundamental saber que a

tendência da língua

portuguesa recai sobre

o uso da ênclise.

Portanto, se não ocorrer

qualquer um dos casos

mencionados

anteriormente, usaremos a

ênclise.

Levante-se e lute.

Tratando-se desse assunto, nada mudará.

Vendê-lo era o que mais importava.

Aqui, fazem-se chaves.

Alguns pontos precisam ser ressaltados neste momento:

1 – O particípio não admite ênclise.

Dada-me a resposta, calei-me. (errado)

Dada a mim a resposta, calei-me. (certo)

2 – O futuro do presente e o futuro do pretérito também não admitem ênclise.

Direi-te a verdade. (errado)

Dir-te-ei a verdade (certo)

3 – O numeral ambos, quando sujeito, também atrai o pronome oblíquo átono.

Ambos se casarão amanhã.

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4 – É licita a próclise ou a ênclise quando o infinitivo estiver precedido de

preposição ou palavra negativa.

Estou aqui para te servir (ou servir-te).

Meu desejo era não o incomodar (ou incomodá-lo).

5 – Quando o infinitivo vier precedido pela preposição a, a próclise não será

possível se o pronome for o ou a.

Estamos a contemplá-la.

Se soubesse, não continuaria a lê-lo.

Começou a lhe ensinar português (ou ensinar-lhe).

Até agora, a posição do pronome oblíquo átono levou em conta a

existência de apenas um verbo. Veja a seguir como empregá-los em relação a

uma locução verbal (verbo auxiliar + verbo principal).

a) Verbo auxiliar + infinitivo

Ex.: Eu devo-lhe fazer um favor. (ênclise do verbo auxiliar)

Eu devo fazer-lhe um favor. (ênclise do verbo principal)

Eu não lhe devo fazer um favor. (próclise do verbo auxiliar; a palavra

atrativa impede a ênclise)

Eu não devo fazer-lhe um favor. (ênclise do verbo principal; o advérbio

“não” é insuficiente para impedi-la)

b) Verbo auxiliar + preposição + infinitivo

Ex.: Os jovens deixaram de se falar. (próclise do principal)

Os jovens deixaram de falar-se. (ênclise do principal)

c) Verbo auxiliar + gerúndio

Ex.: Estou-lhe obedecendo. (ênclise do auxiliar)

Estou obedecendo-lhe. (ênclise do principal)

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Não lhe estou obedecendo. (próclise do auxiliar, em virtude da palavra

atrativa, que impede a ênclise)

Não estou obedecendo-lhe. (ênclise do principal; distante, o advérbio

perde sua força atrativa)

d) Verbo auxiliar + particípio

Ex.: Havia-me levado ao cinema. (ênclise do auxiliar; não é possível a ênclise

do verbo principal por estar ele no particípio)

Não me havia levado ao cinema. (próclise do auxiliar, em virtude do

advérbio de negação)

Devo esclarecer ainda que, na fala brasileira (diferentemente do

que ocorre na tradição lusitana), os pronomes oblíquos átonos tendem a ficar

“solto” entre o verbo auxiliar e o principal, formando a próclise deste, como

atestam os exemplos abaixo, extraídos de excelentes escritores modernos.

a) “Mas agora já sabemos nos defender” (Guimarães Rosa)

b) “Meus olhos iam se enchendo de água.” (Raquel de Queirós)

c) “A conversa na mesa teria lhe dado suficiente prestígio para isso?” (Jorge

Amado)

33. (FUNRIO/INVEST RIO/ADMINISTRADOR/2010) No Brasil, a colocação dos

pronomes átonos nas frases recebe um tratamento peculiar ao idioma. A

colocação pronominal que atende às exigências da norma padrão do

Português brasileiro escrito está reproduzida na alternativa

A) Os prisioneiros que libertaram-se do jugo dos terroristas, até hoje, estão

traumatizados.

B) Os avanços dos eletrônicos tiveram de se adequar à aquisição dos

brasileiros.

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C) Ele reconhecia ter tratado-se de problemática já conhecida no passado,

quando era jovem.

D) Os fabricantes de armas não importaram-se com a dificuldade dos países

em litígio.

E) Quando fala-se a verdade, na maioria das vezes não se merece castigo

muito severo.

Gabarito – B

Comentário – Alternativa A: o pronome relativo “que” exerce atração sobre o

pronome oblíquo “se”, fazendo-o figurar em posição proclítica ao verbo

“libertaram”. Opção incorreta.

Alternativa B: com o infinitivo, são lícitas, mesmo com

elemento atrativo, a ênclise (...tiveram de adequar-se...) e a próclise

(...tiveram de se adequar...). Opção correta.

Alternativa C: é inadmissível a próclise com o particípio.

Alternativa D: o advérbio de negação “não” é outro elemento

que também atrai o pronome oblíquo átono “se” (...não se importaram...).

Opção incorreta.

Alternativa E: conjunção subordinativa adverbial também

exerce atração sobre o pronome oblíquo átono: Quando se fala... Opção

incorreta.

Por hoje é só. Fique com Deus e um abraço!

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QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS

1. (FUNRIO/SUFRAMA/ADMINISTRADOR/2008) O vocábulo do texto formado

pelo processo de derivação prefixal e sufixal é

A) rancorosamente.

B) tradicional.

C) choupana.

D) desigualdade.

E) eletricidade.

2. (FUNRIO/JUCERJA/ARQUIVOLOGISTA/2008) Considerados os processos

de formação de palavras, pode-se estabelecer que “salário está para sal”,

assim como

A) mensal está para mês.

B) adejar está para adejo.

C) tocar está para toque.

D) abalar está para abalo.

E) pescar está para pesca.

3. (FUNRIO/IDENE-MG/ANALISTA EM DIREITO/2008) A alternativa que

contém uma palavra formada exatamente pelo mesmo processo pelo qual

se obteve “seringueiro” é

A) cigarros.

B) desarrumação.

C) penumbra.

D) reconhecimento.

E) simplicidade.

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4. (FUNRIO/MDIC/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/2009) Avalie as

afirmações a propósito da formação das seguintes palavras:

I. megausina” e “ictiólogo” são formadas por composição.

II. “perda” é deverbal de “perder”.

III. “inviável” é derivada por prefixação.

IV. “economicamente” é derivada por sufixação.

Está correto o que se afirma na alternativa

A) todas estão corretas.

B) apenas I e II estão corretas.

C) apenas III e IV estão corretas.

D) apenas I, II e III estão corretas.

E) apenas II, III e IV estão corretas.

5. (FUNRIO/FIOTEC/AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE/2010) No vocábulo

“amamentar”, ocorre o processo de formação de palavras por derivação

A) sufixal.

B) prefixal.

C) regressiva.

D) imprópria.

E) parassintética.

6. (FUNRIO/FURP/ANALISTA DE CONTRATOS/2010) Observe as seguintes

palavras retiradas do texto: “desempregado”, “ganhar”, “pós-graduação”,

“contracheque”. Considerando o processo de formação das palavras em

Português, afirma-se que

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A) um dos vocábulos é formado por justaposição.

B) um dos vocábulos resulta de derivação regressiva.

C) um dos vocábulos resulta de derivação imprópria.

D) três dos vocábulos são formados pro prefixação.

E) dois dos vocábulos são formados por aglutinação.

7. (FUNRIO/SEBRAE-PA/ANALISTA TÉCNICO I MARKETING/2010) Brasília

comemorou seu aniversário com uma superfesta. A cinquentona planejada

por Lúcio Costa é hoje uma metrópole que oferece alta qualidade de vida.

(Fonte: O Globo, 21/4/2010, com adaptações)

Na notícia do jornal, as palavras “superfesta” e “cinquentona”

exemplificam, respectivamente, casos de formação de palavras por

A) hibridismo e neologismo.

B) justaposição e aglutinação.

C) composição e derivação.

D) prefixação e sufixação.

E) conversão e regressão.

8. (FUNRIO/PREFEITURA DE SÃO JOÃO DA BARRA/ASSISTENTE

SOCIAL/2010)

– Creio que ali irá mais comodamente do que na garupa do cavalinho

pangaré.

A estrutura mórfica das palavras “comodamente” e “cavalinho” está

corretamente comentada na seguinte alternativa:

A) apenas a primeira é formada por sufixação, pois “cavalinho” é um caso de

derivação imprópria.

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B) ambas são formadas por sufixação e derivam de um adjetivo e de um

substantivo, respectivamente.

C) apenas a segunda é formada por sufixação, pois “comodamente” é um

caso de composição por aglutinação.

D) as duas palavras são formadas por hibridismo, pois empregam morfemas

de origem latina e grega.

E) ambas são formadas por derivação parassintética a partir de “modo” e

“vale”, respectivamente.

9. (FUNRIO/FIOTEC/AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE/2010) A classe

gramatical do vocábulo destacado está corretamente indicada em

A) maior número “DE” episódios de diarréia – conjunção.

B) maior número de hospitalizações por doença “RESPIRATÓRIA” –

substantivo.

C) risco de desnutrição se “OS” alimentos introduzidos (...) – pronome.

D) menor absorção de nutrientes “IMPORTANTES” do leite materno (...) –

advérbio.

E) menor duração do aleitamento “MATERNO” – adjetivo.

10. (FUNRIO/FIOTEC/AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE/2010) “É um

processo que envolve interação profunda entre mãe e filho...”

No trecho em destaque, o vocábulo “QUE” é um(a)

A) pronome.

B) preposição.

C) conjunção.

D) artigo.

E) advérbio.

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11. (CESPE/ANTAQ/TÉCNICO EM REGULAÇÃO/2009) A ideia de continuidade

no uso do transporte hidroviário é marcada, no texto, tanto pelo emprego

da preposição "desde" (L.1) quanto pelo emprego da expressão verbal

"tem sido usado" (L.1).

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12. (CESPE/TCU/AFCE/2009) No desenvolvimento do texto, a conquista dos

"direitos invioláveis" (L.17) está associada a um processo gradativo e

contínuo, como evidencia o emprego das preposições "desde" (L.17) e

"até" (L.19).

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13. (CESPE/TCU/AFCE/2009) O desenvolvimento da argumentação permite

que se insira o conectivo Logo, seguido de vírgula, imediatamente antes

de "A política" (L.9), escrevendo-se o artigo com letra minúscula, sem

prejuízo para a coerência e a correção gramatical do texto.

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14. (CESPE/STJ/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2008) A organização das idéias do

texto permite subentender um conectivo como No entanto ligando o

período iniciado por "Os prazeres" (L.12) ao seu anterior.

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15. (CESPE/PREFEITURA DE IPOJUCA – PE/2009) A partir da conjunção "mas"

(l.11), subentende-se da organização das ideias no texto que um

"processo de longo prazo" (l.10-11) pode não dispor de "sólidas

fundações" (l.11) antes de ser definitivo.

16. (CESPE/ANTAQ/ESPECIALISTA – ECONOMIA/2009) Na linha 12, caso se

deslocasse a conjunção "pois" para o início da oração, a coerência da

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argumentação seria preservada, desde que fossem retiradas as duas

vírgulas que isolam essa palavra e que se fizessem os necessários ajustes

nas letras maiúsculas e minúsculas.

(...)

As iniciativas são louváveis. Caso a população,

16 porém, se sinta apenas punida ou obrigada a uma atitude, e

não parte da comunidade, os benefícios não se tornarão duradouros.

Suzane G. Frutuoso. Vai doer no bolsão.

In: Istoé, 22/7/2009, p. 74-5 (com adaptações

17. (CESPE/MJ-DPF/AGENTE/2009) A substituição de “Caso” (l.15) pela

conjunção Se preservaria a correção gramatical da oração em que se

insere, não demandaria outras modificações no trecho e respeitaria a

função condicional dessa oração.

18. (FUNDATEC/EMATER-RS/ECONOMISTA/2008) Julgue as informações que

se seguem.

I – Ao se pluralizar a palavra equação na frase A equação contém os

ingredientes do sucesso. (l. 03), apenas duas outras palavras deveriam

sofrer ajustes para fins de concordância.

II – Se, em Era um empresário ausente do campo e presente nas grandes

capitais, onde esbanjava suas riquezas. (l. 06-07), substituíssemos a

palavra empresário por administradora, ocorreria apenas uma outra

alteração no período.

19. (FUNRIO/PREFEITURA DE NITEROI/MOTORISTA/2008) “Nos países

subdesenvolvidos, a situação não é diferente.”

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A palavra que faz plural da mesma forma que “situação” é:

A) alemão

B) mão

C) grão

D) leão

E) pão

20. (FUNRIO/FIOTEC/AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE/2010) A palavra que,

no plural, NÃO apresenta a mesma forma que “repercussões”, “infecções”

e “implicações” é

A) interação.

B) reversão.

C) lactação.

D) irmão.

E) razão.

21. (FUNRIO/PREFEITURA DE ITABORAÍ-RJ/PROCURADOR/2007)

(...) a notícia do caso curioso das “taças para ovos” (egg cups) que se

vendiam na Índia.

(...) que vendiam idêntico artigo ao mesmo preço.

Note que em cada uma das duas orações acima destacadas o verbo

vender, flexionado, está presente e grafado do mesmo modo. Mesmo

assim, o verbo vender não está flexionado igualmente nos dois trechos.

Pode-se dizer, CORRETAMENTE, que, comparando-se os dois trechos, a

flexão do verbo é diferente quanto:

A) ao modo

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B) ao número

C) ao tempo

D) à pessoa

E) à voz

1 O termo groupthinking foi cunhado, na década de

cinquenta, pelo sociólogo William H. Whyte, para explicar

como grupos se tornavam reféns de sua própria coesão,

4 tomando decisões temerárias e causando grandes fracassos.

(...)

Thomaz Wood Jr. O perigo do groupthinking. In: Carta

Capital, 13/5/2009, p. 51 (com adaptações).

22. (CESPE/TCU/AFCE/2009) Por estar empregada como uma forma de voz

passiva, a locução verbal “foi cunhado” (l.1) corresponde a cunhou-se e

por esta forma pode ser substituída, sem prejuízo para a coerência ou

para a correção gramatical do texto.

23. (FUNRIO/PREFEITURA DE MARICÁ-RJ/SERVIÇOS GERAIS/2007) Leia

atentamente a seguinte passagem:

“E ele sucumbira, pois era pobre, e a necessidade é o algoz da honra.”

Os verbos que encontramos nesse trecho são do modo Indicativo e

pertencem, respectivamente, aos tempos:

A) pretérito perfeito; pretérito imperfeito; pretérito mais-que-perfeito

B) pretérito mais-que-perfeito; pretérito imperfeito; presente

C) pretérito imperfeito; presente; pretérito perfeito

D) presente; pretérito mais-que-perfeito; presente

E) futuro do pretérito; pretérito perfeito; presente

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24. (FUNRIO/SUFRAMA/ADMINISTRADOR/2008) “... muitas daquelas que têm

filhas...”

O verbo que na terceira pessoa do plural do Presente do Indicativo se

conjuga como o verbo “ter” é

A) vir.

B) crer.

C) ler.

D) partir.

E) ver.

25. (FUNRIO/PREFEITURA DE NITEROI/MOTORISTA/2008) “Esses funcionários

perdem o emprego e não têm outra oportunidade”.

O verbo destacado pode ser substituído, mantendo o mesmo sentido

básico, pessoa, tempo e modo, por:

A) possuíram

B) possuirá

C) possui

D) possuem

E) possuirão

26. (FUNRIO/MJ/ADMINISTRADOR/2009) Observe as formas verbais – pode,

chocará, acender, esbravejando – no trecho "um casal pode fazer sexo

explícito em cena e ninguém se chocará. Mas, se acender um cigarro

depois, haverá gente na plateia limpando um pigarro imaginário ou

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esbravejando" e aponte a opção que corresponde, respectivamente, ao

tempo e ao modo de cada um deles

A) presente do indicativo, futuro do pretérito, futuro do subjuntivo, gerúndio.

B) presente do indicativo, futuro do presente, futuro do subjuntivo, gerúndio.

C) pretérito perfeito, futuro do presente, infinitivo, gerúndio.

D) pretérito perfeito, futuro do pretérito, infinitivo, particípio.

E) presente do subjuntivo, futuro do pretérito, futuro do subjuntivo,

particípio.

27. (FUNRIO/DPRF/POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL/2008)

"Quando você me ouvir cantar,

Venha, não creia, eu não corro perigo"

A canção de Caetano Veloso emprega uma estrutura sintática que

combina os verbos "ouvir" e "cantar" com o pronome "me".

Quanto a essas palavras, é correto afirmar que

A) os verbos "ouvir" e "cantar" formam uma locução verbal vinculada ao

pronome "me".

B) apenas o verbo "cantar" é transitivo direto, sendo "me" o objeto direto.

C) o pronome oblíquo ocupa uma posição de ênclise ao verbo "ouvir".

D) apenas o verbo "ouvir" é intransitivo, sendo "me" uma palavra expletiva.

E) o pronome "me" se relaciona gramaticalmente com "cantar" e com "ouvir".

28. (FUNRIO/DPRF/POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL/2008) No português

brasileiro, há a preferência pelo emprego da terceira pessoa para o

tratamento do interlocutor, como se pode observar no trecho “Respire

fundo, tenha consciência de que não vale a pena brigar e, principalmente,

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pense em sua família.”. Assinale a alternativa em que essa mesma

tendência é praticada adequadamente.

A) “Vem pra Caixa você também.”

B) “Faz um 21.”

C) “Seja mais um motorista consciente.”

D) “Deixa a preguiça no sofá. Anda de bicicleta.”

E) “Afasta de mim esse cálice.”

29. (FUNRIO/FURNAS/NUTRICIONISTA/2008) A chamada publicitária

estampada num jornal dizia:

VAI FICAR SÓ OLHANDO?

APROVEITE LOGO ESTAS OFERTAS!

Os verbos que iniciam as duas frases

A) destoam na flexão, pois apenas o verbo aproveitar está na terceira do

singular.

B) destoam na flexão, pois apenas o verbo aproveitar está na segunda do

singular.

C) estão conjugados no imperativo e se dirigem ao interlocutor da

mensagem.

D) estão flexionados corretamente na segunda pessoa do singular.

E) estão flexionados corretamente na terceira pessoa do singular.

1 Um dos aspectos mais notáveis da aventura do homem

ao longo da história tem sido seu constante anseio de

buscar novas perspectivas, abrir horizontes desconhecidos,

4 investigar possibilidades ainda inexploradas, enfim, ampliar o

conhecimento. Desde seus primórdios, os seres humanos

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dedicam-se a investigar e a pesquisar, sendo esta curiosidade,

7 este desejo de conhecer, uma das mais significativas forças

impulsoras da humanidade. O fato é que essa ininterrupta e

incansável luta pelo saber tem sido uma das mais importantes

10 atividades do homem. Ocorre que, ao dar vazão ao seu

insaciável afã de descobrir, criar, conquistar, ao tentar realizar

em toda sua plenitude a livre aventura do espírito, o homem

13 depara-se com seus limites. (...)

Ivan de Araújo Moura Fé. Conflitos éticos em psiquiatria. In: José E. Assad (Coord.).

Desafios éticos. Brasília: Conselho Federal de Medicina, 1993, p. 185 (com adaptações).

30. (CESPE/INCA/CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR/2010) Seriam preservadas a

correção gramatical do texto, bem como a coerência de sua

argumentação, se, em lugar de “tem sido” (l.2), fosse usada a forma

verbal é; no entanto, a opção empregada no texto ressalta o caráter

contínuo e constante dos aspectos mencionados.

1 A cidade estivera agitada por motivos de ordem

técnica e politécnica. (...)

31. (CESPE/TSE/ANALISTA ADMINISTRATIVO/2007) Em relação ao texto

julgue a proposição abaixo.

A substituição de “estivera” (l. 1) por tinha estado prejudica a correção

gramatical do período.

32. (FUNRIO/PREFEITURA DE CAMPOS-RJ/AUXILIAR DE SECRETARIA/2008)

“Esta é uma confissão de amor: amo a língua portuguesa.”

“Essas dificuldades, nós as temos.”

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Os pronomes demonstrativos grifados referem-se, respectivamente,

A) ao que está fora do texto/ao que vem depois.

B) ao que será dito em seguida/ao que foi dito anteriormente.

C) ao passado/ao futuro.

D) ao que não será dito/ao que foi dito.

E) ao não-literário/ao literário.

33. (FUNRIO/INVEST RIO/ADMINISTRADOR/2010) No Brasil, a colocação dos

pronomes átonos nas frases recebe um tratamento peculiar ao idioma. A

colocação pronominal que atende às exigências da norma padrão do

Português brasileiro escrito está reproduzida na alternativa

A) Os prisioneiros que libertaram-se do jugo dos terroristas, até hoje, estão

traumatizados.

B) Os avanços dos eletrônicos tiveram de se adequar à aquisição dos

brasileiros.

C) Ele reconhecia ter tratado-se de problemática já conhecida no passado,

quando era jovem.

D) Os fabricantes de armas não importaram-se com a dificuldade dos países

em litígio.

E) Quando fala-se a verdade, na maioria das vezes não se merece castigo

muito severo.

Alternativa E: conjunção subordinativa adverbial também

exerce atração sobre o pronome oblíquo átono: Quando se fala... Opção

incorreta.

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GABARITO

1. D

2. A

3. E

4. A

5. E

6. D

7. D

8. B

9. E

10. A

11. Item certo

12. Item certo

13. Item certo

14. Item errado

15. Item certo

16. Item errado

17. Item errado

18. Itens certos

19. D

20. D

21. E

22. Item errado

23. B

24. A

25. D

26. B

27. E

28. C

29. E

30. Item certo

31. Item errado

32. B

33. B