04 Renascimento Empirismo Racionalismo e Iluminismo

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A histria da humanidade marcada por transformaes ideolgicas que mudaram para sempre o rumo de sua evoluo. No sculo XIV ao fim da Idade Mdia, o homem volta-se para si e, corajosamente, em um respiro nacionalista comea a questionar a religio como a nica fonte de saber.

E passa a ver o mundo de outra forma, colocando-se dono do prprio destino, nomeando-se o verdadeiro Centro do Universo. A s ideias humanistas tinham fora e eram convenientes. Num processo de disseminao de novas ideias, o desenvolvimento da imprensa foi determinante, pois tirou das mos dos monges copistas, o poder da reproduo e divulgao de vrias obras inclusive a prpria Bblia.

Foram fundadas Academias e Liceus Laicos, onde eram ensinadas as lnguas clssicas: Grego e Latim. O perodo de mudanas bruscas na maneira do homem ver o mundo estimulou uma forma completamente nova de expresso artstica, totalmente revigorada, dotada de todo frescor. Surgia assim o Renascimento Cultural.

Seu primeiro lugar de manifestao foi a Itlia, destacando-se nas cidades de Milo, Gnova, Veneza, Florena e Roma, chegando Alemanha, Inglaterra e Pases Baixos, com menos intensidade ainda na Espanha e Portugal

O Renascimento inspirou-se no HUMANISMO, movimento de intelectuais que defendiam o estudo da cultura grecoromana e o retorno a seus ideais de exaltao do homem e de seus dois atributos principais: a RAZO e a LIBERDADE.O Renascimento marcado por um interesse pela Pesquisa Natural, pela observao da Natureza

O que ocorreu foi uma renovao no tratamento de questes crists e religiosas, a partir de uma nova perspectiva humana, de uma humanizao do divino.

Que obra de arte o Homem: to nobre no raciocnio; to diverso na capacidade; em forma e movimento, to preciso e admirvel; na ao como um anjo; no entendimento como um Deus; a beleza do mundo, o exemplo dos animais.Grandes nomes do Renascimento: William Shakespeare, Dante Alighieri (A Divina Comdia), Miguel de Cervantes (Dom Quixote de la Mancha), Thomas Morus (Utopia), Lus de Cames (Os Lusadas) e Eramos de Roterdam (Elogio da Loucura).

Durante a Idade Mdia o saber foi monopolizado pela Igreja. O Humanismo conseguiu atenuar esse controle, levando a uma lenta secularizao do ensino, a partir do sc. XV, durante o Renascimento. No sculo XVI (1543) Nicolau Coprnico Polons, astrnomo desenvolve a Teoria matemtico, sacerdote catlico, governador e

Heliocntrica, defendida por administrador, jurista, astrlogo Galileu Galilei (1564). mdico.

e

Giordano Bruno (1548-1600)- Filsofo, astrnomo e matemtico. - Ultrapassou a teoria heliocntrica de Coprnico.

- Sua idia de que o universo era infinito, cujo o centro no est em parte alguma, e que muitos mundos deveriam existir alm daquele ento conhecido. - Condenado morte no Tribunal da Santa Inquisio (1600).

Nicolau MaquiavelPrincipal obra: O Prncipe tica humana X tica

Religiosa; Tem uma concepo pessimista do homem. O fim ltimo o estado, a que tudo deve ser subordinado, tanto os indivduos como todos os valores, at os morais e religiosos.

O prncipe virtuoso o nico capaz de colocar em prtica o novo paradigma poltico estruturado por Maquiavel, pois somente ele tem virt, ou seja, a competncia, a atitude, a fora, astcia e a coragem necessrias para torna-se construtor, e no vtima dos acontecimentos.

O prncipe virtuoso , portanto, aquele que tem o empreendedorismo necessrio para dominar o curso aleatrio do destino, ou fortuna , e toma as rdeas da situao. [...] A sorte (fortuna), como mulher, sempre mais amiga jovens , porque so menos circunspectos, mais ferozes e maior audcia a dominam

Onde nasce o conhecimento? Da prpria razo humana ou das experincias?

Ren Descartes (1596-1650)Descartes afirmava que, para conhecermos a verdade, preciso, de incio, colocarmos todos os nossos conhecimentos em dvida, questionando tudo para criteriosamente analisarmos se existe algo na realidade de que possamos ter plena certeza. Fazendo uma aplicao metdica da dvida, o filsofo foi considerando como incertas todas as percepes sensoriais, todas as noes adquiridas sobre os objetos materiais.

Cogito ergo sum (Latim) = Penso,logo existo. Para Descartes, esta uma verdade absolutamente firme, certa e segura, que por isso mesmo, deveria ser adotada como PRINCPIO BSICO de toda a sua Filosofia. Da afirmao: Penso, logo existo, que ficou conhecida como cogito, podemos extrair esta importante consequncia: o pensamento (conscincia) algo mais certo do que a prpria matria corporal.

- Discurso do Mtodo: 1. Regra da Evidncia (clareza e distino). 2. Regra da Anlise (dividir as dificuldades em partes). 3. Regra da Sntese (ordenar o raciocnio indo do mais simples para o mais complexo). 4. Regra da Enumerao (realizar verificaes para ter segurana de que nada foi omitido).

Blaise Pascal (1623-1662):Foi um pensador que refletiu sobre a condio trgica do ser humano: ao mesmo tempo magnfico e miservel, capaz de alcanar grandes verdades e gerar grandes erros.

No fundo, o que o homem na Natureza? nada em relao ao infinito, tudo em relao ao nada, algo de intermedirio entre o nada e o tudo.

Pascal polemiza contra o Deus dos filsofos e dos sbios, um deus transformado em engenheiro do mundo que, cada vez mais criado, segue seu rumo em cego mecanismo.

O seu alvo Descartes e a concepo de um Deus das verdades geomtricas. O que Pascal busca recuperar o Deus de amor e consolao, um Deus que faz cada qual sentir interiormente a sua prpria misria e misericrdia infinita de Deus.

ESPINOSA: Baruch Espinosa (1632-1677) nasceu na Holanda, desenvolveu um racionalismo radical, que se caracterizou pela crtica s supersties religiosa, poltica e filosfica. De acordo com Espinosa, a fonte de toda superstio a imaginao incapaz de compreender a verdadeira ordem do universo.Como incapaz de conhecer verdadeiramente, a imaginao credita a realidade a um Deus transcendental e voluntarioso, nas mos de quem os homens no passam de joguetes. A partir da superstio religiosa, desenvolvem-se as supersties polticas e filosficas.

Francis Bacon (Londres, 1561-1626):

Saber poderSegundo Bacon, a cincia deveria valorizar a pesquisa experimental, tendo em vista proporcionar resultados objetivos para o homem. Para isso seria necessrio que o cientista se libertasse daquilo que ele denominava dolos, isto , as falsas noes, os preconceitos, os maus hbitos.

Francis BaconEm sua obra Novum organum , destaca quatro

gneros de dolos que bloqueiam a mente humana.1. dolos da tribo: falsas noes da espcie humana. 2. dolos da caverna: falsas noes do ser humano como indivduo (aluso ao mito da caverna). 3. dolos do mercado ou do foro: falsas noes provenientes da linguagem e comunicao. 4. dolos do teatro: falsas noes provenientes das concepes vigentes.

O empirismo nega a existncia de ideias inatas e enfatiza o objeto pensado. Defende que o processo de conhecimento depende da experincia sensvel. Para os empiristas, o conhecimento humano provm de duas fontes bsicas: a nossa percepo do mundo externo (ateno) e o exame interno da nossa atividade mental (reflexo).

A influncia deste filsofo para o pensamento poltico percebida ainda hoje. Em sua teoria poltica, defende que a verdadeira natureza humana fundada no egosmo e na luta pela sobrevivncia . Para os homens tomados em estado natural, portanto, no h justia, verdade ou razo. Assim, preciso que exista um Estado com grandes poderes para regular as disputas naturais e humanas e proporcionar melhores condies de vida.

No h espao na filosofia de Hobbes para o bem e o mal, portanto, para os valores morais. O que chamamos de BEM to-somente aquilo para o qual tendemos, enquanto o MAL apenas aquilo do que fugimos.

Por exemplo, a conservao da vida o valor mximo para cada indivduo. Por isso, em funo dessa exigncia egosta, cada pessoa decide o que bom para si. Mas se o bem e o mal so relativos, isto , so determinados pelos indivduos, como ser possvel a convivncia entre os homens?

Thomas Hobbes, em sua obra O Leviat, defendia a idia de que a sociedade poltica foi criada a partir da celebrao de um contrato social firmado entre os homens em busca de harmonia, paz, segurana e proteo de direitos e bens. O "Leviat" representava para Hobbes o Estado soberano, absolutista e detentor de todo o poder, que manteriam os homens em sociedade e os impediriam que eles se destrussem mutuamente.

Segundo Hobbes contrato social surgiu em virtude da guerra e da violncia em que se encontrava o homem durante seu estado de natureza, perodo em que a paixo e o egosmo sobrepunham-se razo. O homem em seu estado de natureza encontrava-se em uma verdadeira guerra de todos contra todos, na qual o homem era lobo do prprio homem.

A experincia como fonte das ideias Locke defende a tese de que nada existe na nossa mente que no tenha a sua origem nos sentidos. Todas as ideias que possumos so adquiridas ao longo da vida mediante o exerccio da experincia sensorial e da reflexo. Locke utiliza o termo ideia no sentido de todo contedo do processo do conhecimento.

Para Locke, nossas primeiras ideias, as sensaes, nos vm mente atravs dos sentidos (experincia sensorial), sendo moldadas pelas qualidades prprias dos objetos externos. Assim, a Reflexo seria nosso sentido interno, que se desenvolve quando a mente se debrua sobre si mesma, analisando suas prprias operaes.

Para Locke, assim como no existem ideias natas, tambm no poderia existir poder inato (ou de origem divina), como defendiam os adeptos do absolutismo monrquico. Defendia que o poder social deveria nascer de um pacto entre as pessoas. Por sua vez as Leis deveriam ser a expresso das normas estabelecidas pela prpria comunidade, que atravs do mtuo consentimentos dos indivduos, escolheria a forma de governo que julgasse mais conveniente ao bem comum.

Locke era adversrio da tirania, do abuso do poder, em razo das suas ideias polticas, considerado por muitos historiadores como o Pai do Iluminismo.

O Ser humano encontra-se sobre o conjunto das leis da Natureza que, se seguidas, podem garantir uma condio de relativa paz e cooperao mtua. Em seu estado natural, o homem tem direitos naturais inalienveis, irrenunciveis e irrevogveis, dentre os quais esto: a Vida, a Liberdade, o prprio corpo, mas principalmente a propriedade privada de bens.

No estado pr-civil, os homens livres e iguais, viviam sem governo, pautandose, somente por uma lei natural, segundo a qual, agindo de maneira estritamente racional, ningum deve infligir danos ou prejuzo vida, liberdade, ao corpo e propriedade de outrem. So juzes em causa prpria e, agindo de maneira irracional podem dar incio a um estado de instabilidade e disputa extremamente complicado.

Tudo se reduz mente Berkeley desenvolveu uma reflexo que, ao mesmo tempo, afirma e nega o empirismo. Afirma o Empirismo quando reconhece que todo o conhecimento provm dos sentidos, que percebem os seres existentes. Mas nega o empirismo quando diz que os seres existentes se reduzem percepo que ns temos deles.

Em 1710, aos 25 anos George Berkeley (1685-1753), nascido na Irlanda do Sul, publicou o Tratado

sobre os princpios do Conhecimento Humano. Em 1734, tornou-se Bispo da

Igreja Anglicana. Na obra citada, Berkeley defende que todo o nosso conhecimento do mundo exterior resume-se quilo que captamos pelos sentidos, a Existncia das coisas, nada mais do que a percepo que temos dessa existncia. Ser perceber e ser percebido

Isso significa que toda a realidade material restringe-se ideia que fazemos das coisas. Berkeley nega, desse modo, a existncia da matria, como substncia independente da mente. O que os olhos veem e as mos tocam existe; existe realmente, no os nego. S nego o que os filsofos chamam matria ou substncia corprea.

Berkeley defendeu a existncia de uma mente csmica, representada por Deus. O mundo nada mais do que uma relao entre Deus e os espritos humanos.

A fora do Hbito na formao das ideias Nascido na Esccia, David Hume (17111776) estudou filosofia, Direito e Comrcio, ocupou importante posio na diplomacia inglesa. Na obra Investigao acerca de entendimento humano, Hume formulou a sua teoria do conhecimento.

Hume teve influncia sobre Kant e sobre os filsofos dos sculos XIX e XX, caracterizando-se por dois aspectos principais: o ceticismo, ou a ideia de que no podemos ter muitas certezas a respeito de nada; e o empirismo, ou o fato de tomar como nica fonte possvel de conhecimento ( e ainda relativo) a observao dos fenmenos.

As impresses referem-se aos dados fornecidos pelos sentidos, como por exemplo, as impresses visuais, auditivas, tteis. As ideias referem-se s representaes mentais (memria, imaginao) derivadas das impresses.

Toda ideia uma cpia de alguma impresso. Algum que nunca teve uma impresso visual, um cego de nascena, por exemplo, jamais poder ter uma ideia de cor, ainda que seja uma ideia no muito fiel.

Hume afirmou que a concluso indutiva, por maior que seja o nmero de percepes repetidas do mesmo fato, no possui fundamento lgico. Ser sempre um salto do raciocnio impulsionado pela crena ou hbito seguinte: as repetidas percepes de um fato nos levam a confiar em que aquilo que se repetiu at hoje ir se repetir amanh.

A razo em busca de Liberdade O desenvolvimento do capitalismo nos sculos XVII e XVIII foi acompanhado pela crescente ascenso social da burguesia e sua tomada de conscincia como classe social. O despertar da Revoluo Industrial e o sucesso da cincia em campos como a qumica, a fsica e a matemtica inspiravam filsofos de todas as partes. Surge ento, um novo mito, a ideia do Progresso.

O Iluminismo Foi um movimento que buscou enfatizar a capacidade humana de, atravs do uso da razo, conhecer a realidade e intervir nela, no sentido de organiz-la racionalmente, de modo a assegurar uma vida melhor para os homens.

Atravs do processo de ilustrao, isto , do desenvolvimento de sua capacidade racional, o que se propunha era a libertao do homem de suas supersties, medos e crendices, levando-o a questionar as tradies e a combater as irracionalidades do mundo existente, bem como a construir um novo mundo de acordo com a razo humana.

Jurista francs que escreveu O Esprito das Leis. Nessa obra, defende a separao dos poderes do Estado em Legislativo, Executivo e Judicirio como forma de evitar abusos dos governantes e de proteger as liberdades individuais. Dizia que a Lei uma relao necessria que decorre da natureza das coisas.

Foi um dos famosos iluministas franceses. Franois Marie Arouet Voltaire exaltou a razo e a Cincia, adotando o ponto de vista empirista, do conhecimento derivado da experincia. Elaborou uma poderosa crtica religio instituda, assumindo uma posio anticlerical e atacando a intolerncia religiosa.

Voltaire escreveu obras filosficas e literrias nas quais defendia a liberdade de expresso e a tolerncia como virtude. No era propriamente um democrata, mas defensor de uma monarquia respeitadora das liberdades individuais, governada por um soberano esclarecido. Defendia a liberdade do pensamento em sua clebre frase: Posso no concordar com nenhuma das palavras que voc diz, mas defenderei at a morte o direito de voc diz-las.

Filsofo e escritor iluminista francs. Fo ao lado de DAlembert, o principal organizador da Enciclopdia, obra que pretendia reunir todo o conhecimento da poca e divulgar os ideais iluministas de liberdade e igualdade. A Enciclopdia exerceu grande influncia sobre o pensamento poltico burgus, defendendo em linhas gerais, o racionalismo, a independncia do Estado em relao Igreja e a confiana no progresso humano atravs das realizaes cientficas e tecnolgicas.

Jean-Jacques Rousseau nasceu em Genebra, Sua, onde era filsofo e Educador transferindo-se para a Frana em 1742, onde escreveu suas grandes obras. Entre elas podemos destacar: Do contrato Social, na qual expe a tese de que o soberano deve conduzir o Estado segundo a vontade geral de seu povo, sempre tendo em vista o atendimento do bem comum. Somente este estado, de bases democrticas, teria condies de oferecer a todos os cidados um regime de igualdade jurdica.

Para Rousseau o estado de natureza era regido pela bondade e liberdade humanas, sendo que a principal preocupao do homem residia apenas nos negcios materiais relativos a sua vida pastoral. Para ele o estado de natureza simboliza um estado paradisaco, e os responsveis pela perverso humana foram as artes seguidas da criao da sociedade. ".

Com o nascimento das artes advieram tambm a cobia, a inveja, a competitividade, enfim, a vontade de se destacar mais que o outro, seja por meio da dana ou da msica. Todavia o homem para relacionar-se com seu semelhante sentiu a necessidade de criar uma sociedade, pela celebrao de um pacto social, contando com o consentimento de todos os seus integrantes, tendo em vista a proteo de seus direitos e bens, a busca da manuteno de segurana e de uma convivncia pacfica e harmnica existente no "estado de natureza".

O homem no estado natural bom, depois corrompido pela sociedade, j parte de uma certa contradio, j que a sociedade justamente formada por esses mesmos homens bons. Rousseau passou a considerar a competitividade um pecado que destri o senso comunitrio inato ao homem, estimulando suas caractersticas mais perversas, incluindo o desejo de explorao.

Enquanto os homens se contentaram com suas cabanas rsticas, enquanto se limitaram a coser suas roupas de pele com espinhos e cerdas, a se enfeitar de plumas e de conchas, a pintar o corpo de diversas cores, a aperfeioar e embelezar seus arcos e flechas, a esculpir com pedras afiadas alguns botes de pescadores ou alguns grosseiros instrumentos musicais; [...] eles viviam livres, so, bons e felizes, [...] mas desde o momento em que um homem teve necessidade do auxilio de um outro, [...] desapareceu a igualdade, a propriedade se introduziu, o trabalho se tomou necessrio e as vastas florestas se transformaram em campos [...], viu-se logo a escravido e a misria germinarem e crescerem com as colheitas.(ROUSSEAU, JEAN-JACQUES)

Nascido na Esccia, foi o principal representante do liberalismo econmico e autor do Ensaio sobre as riquezas das

naes.

Para ele a economia deveria ser dirigida pelo jogo livre da oferta e da procura de mercado. Segundo, Adan Smith, o trabalho em geral representa a verdadeira fonte de riqueza para as naes, devendo ser conduzido pela livre iniciativa dos particulares.