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LUGARES 42 CHIQUES & FAMOSOS 42 CHIQUES & FAMOSOS Já usou drogas? Sou de uma época em que a droga estava muito pre- sente. Experimentei algumas coisas como ácido e ma- conha. Mas sempre desprezei as drogas porque o maior bem que eu tinha era a minha consciência. Cocaína, por exemplo, nunca experimentei, sempre achei uma droga burra, de direita, de falsa ilusão de poder. É uma droga de gente medíocre. Posso até ofender alguém interes- sante que tenha sido usuário, mas é o que eu acho. E outra, ela deixa o cara brocha, que graça tem? Você pertence a qual religião? Sou um católico apostólico corintiano. Tenho amigos em todas as religiões. Cresci na igreja católica, mas nunca fui praticante. No candomblé, fui muito amigo da Mãe Meni- ninha, Mãe Carmem. Mas para você ter ideia, meus filhos são afilhados de Dom Paulo Evaristo Arns. Não gosto de parecer cético. Acredito em uma proteção maior. O episódio do sequestro ainda é muito presente? Foi um exemplo dessa proteção? Não falo sobre esse episódio exclusivamente para não virar pauta dele. Foi uma passagem ruim, um momento triste. Mas ficou evidente que eu tenho muita proteção. Foi uma luta pela sobrevivência. Precisava sair de lá com vida e sobreviver aos maus tratos que sofria. Antes, meu dia a dia era muito comum, saia na rua a pé, ia à padaria. Desde o ocorrido, fui obrigado a andar com seguranças armados. É muito triste ver que a vida ganhou esses contornos. Quem me tirou de lá (do cativeiro) foram as pessoas que estavam aqui fora. Essa força me motivou. E no momento mais delicado, consegui achar a saída daquele pesadelo. Você é um fanático pelo Corinthians. Qual a sua ligação com o time? Fui vice-presidente da Democracia Corintiana. A primeira vez que um time jogou com patrocínio foi o Corinthians da minha época. E a W colocou seus clientes para patrociná- los. Mas vou cada vez menos ao estádio, pois ficou muito perigoso. Da última vez que fui com meus filhos aconteceu um desentendimento da torcida do Santos com a polícia e fiquei dentro do estádio até poder sair. Não é mais cômodo. Você nunca sabe o que pode acontecer... Corinthians versus os outros? É o nome do meu novo livro, no qual falo sobre o Corin- thians e os outros times durante alguns jogos. É muito bom. Mistura ficção e realidade. É o meu Corinthians de todos os tempos contra os outros grandes times, em que jogadores são escalados por torcedores famosos e os resultados são manipulados pela minha imaginação. Quem é o seu melhor amigo? Com quem divide seus problemas? Tenho vários amigos e alimento essas amizades por serem pessoas boas e maravilhosas também no que fazem. Muitos dos meus clientes se tornaram meus amigos. Mas também sou uma pessoa que tem muitos conhecidos. Não sou um bom manifestador de problemas, sou melhor solucionador. A crise para a W? A crise aconteceu e obviamente tomamos nossas precau- ções. Mas na área da publicidade a situação foi menos trágica. Você tem encolhimentos e eventuais problemas, mas tudo está indo bem. Defina sua vida inteira em uma única palavra Prefiro definir em uma frase: Sou o melhor Washington Olivetto que consigo ser! Tem alguma ambição não realizada? Quero continuar fazendo as coisas no mesmo patamar que faço. Busco mais prestígio que sucesso. Não que o sucesso seja ruim, mas o prestígio é muito melhor. Que- ro cada vez mais fazer coisas brilhantes. CF20_washington olivetto - V3.in42 42 CF20_washington olivetto - V3.in42 42 27/8/2009 00:17:37 27/8/2009 00:17:37

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Você é um fanático pelo Corinthians. Qual a sua ligação com o time? Fui vice-presidente da Democracia Corintiana. A primeira vez que um time jogou com patrocínio foi o Corinthians da minha época. E a W colocou seus clientes para patrociná- CF20_washington olivetto - V3.in42 42 CF20_washington olivetto - V3.in42 42 27/8/2009 00:17:37 27/8/2009 00:17:37 42 42 C H I Q U E S & F A M O S O S C H I Q U E S & F A M O S O S

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LUGARES

42C H I Q U E S & F A M O S O S

42C H I Q U E S & F A M O S O S

Já usou drogas?Sou de uma época em que a droga estava muito pre-sente. Experimentei algumas coisas como ácido e ma-conha. Mas sempre desprezei as drogas porque o maior bem que eu tinha era a minha consciência. Cocaína, por exemplo, nunca experimentei, sempre achei uma droga burra, de direita, de falsa ilusão de poder. É uma droga de gente medíocre. Posso até ofender alguém interes-sante que tenha sido usuário, mas é o que eu acho. E outra, ela deixa o cara brocha, que graça tem?

Você pertence a qual religião?Sou um católico apostólico corintiano. Tenho amigos em todas as religiões. Cresci na igreja católica, mas nunca fui praticante. No candomblé, fui muito amigo da Mãe Meni-ninha, Mãe Carmem. Mas para você ter ideia, meus fi lhos são afi lhados de Dom Paulo Evaristo Arns. Não gosto de parecer cético. Acredito em uma proteção maior.

O episódio do sequestro ainda é muito presente? Foi um exemplo dessa proteção?

Não falo sobre esse episódio exclusivamente para não virar pauta dele. Foi uma passagem ruim, um momento triste. Mas fi cou evidente que eu tenho muita proteção. Foi uma luta pela sobrevivência. Precisava sair de lá com vida e sobreviver aos maus tratos que sofria. Antes, meu dia a dia era muito comum, saia na rua a pé, ia à padaria. Desde o ocorrido, fui obrigado a andar com seguranças armados. É muito triste ver que a vida ganhou esses contornos. Quem me tirou de lá (do cativeiro) foram as pessoas que estavam aqui fora. Essa força me motivou. E no momento mais delicado, consegui achar a saída daquele pesadelo.

Você é um fanático pelo Corinthians. Qual a sua ligação com o time?

Fui vice-presidente da Democracia Corintiana. A primeira vez que um time jogou com patrocínio foi o Corinthians da minha época. E a W colocou seus clientes para patrociná-

los. Mas vou cada vez menos ao estádio, pois fi cou muito perigoso. Da última vez que fui com meus fi lhos aconteceu um desentendimento da torcida do Santos com a polícia e fi quei dentro do estádio até poder sair. Não é mais cômodo. Você nunca sabe o que pode acontecer...

Corinthians versus os outros?É o nome do meu novo livro, no qual falo sobre o Corin-thians e os outros times durante alguns jogos. É muito bom. Mistura fi cção e realidade. É o meu Corinthians de todos os tempos contra os outros grandes times, em que jogadores são escalados por torcedores famosos e os resultados são manipulados pela minha imaginação.

Quem é o seu melhor amigo?Com quem divide seus problemas?

Tenho vários amigos e alimento essas amizades por serem pessoas boas e maravilhosas também no que fazem. Muitos dos meus clientes se tornaram meus amigos. Mas também sou uma pessoa que tem muitos conhecidos. Não sou um bom manifestador de problemas, sou melhor solucionador.

A crise para a W?

A crise aconteceu e obviamente tomamos nossas precau-ções. Mas na área da publicidade a situação foi menos trágica. Você tem encolhimentos e eventuais problemas, mas tudo está indo bem.

Defi na sua vida inteira em uma única palavraPrefi ro defi nir em uma frase: Sou o melhor Washington Olivetto que consigo ser!

Tem alguma ambição não realizada?Quero continuar fazendo as coisas no mesmo patamar que faço. Busco mais prestígio que sucesso. Não que o sucesso seja ruim, mas o prestígio é muito melhor. Que-ro cada vez mais fazer coisas brilhantes.

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