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  • 8/19/2019 08 Literatura e Seus Agentes

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    ARTE,LITERATURA E

    SEUS AGENTES“A arte é pensar por imgens. [...] A poesia

    é uma maneira particular de pensar, asaber um pensamento po imagens [...].”“A função da arte é a desautomatização

    do ser humano”(. !hi"lo#s"$%

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    A ARTE DO TEXTO &e'to é algo ue pode ser lido e

    interpretado, ue prop)e um sentido final

    diferente do sentido de cada uma daspartes ou elementos ue o constituem, uesugere ou re#ela uma intenção espec*ficade seu criador.

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    +uando falamos de te'to, portanto,identificamos um uso da linguagem (#erbal

    e não#erbal% ue tem significado, unidade(é um con-unto em ue as partes ligamseuma s outras% e intenção. / ue conferee'ist0ncia ao te'to é sua possibilidade deleitura e de interpretação.

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    O que distingue realidade e ficçã! 1ealidade é tudo auilo ue e'iste no

    mundo conhecido, ue identificamos como

    concreto ou ue reconhecemos como#erdadeiro. A ficção, por sua #ez, relacionase

    criação, in#asão, fantasia, aoimagin2rio.

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     A ficção promo#e a contrução de umarealidade para atender a um ob-eti#oespec*fico (promo#er a refle'ão, encantar,criticar, di#ertir, etc.%. /s mundos ficcionaispodem corresponder realidade, tal comoa conhecemos, ou propor no#as realidades,

    inteiramente imaginadas. &/3A /41A 35 A1&5 6 78A15915:5;&A?3A35.

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    ARCIMBOLDO, G.

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    ;os uadros o artista utilizase deelementos do mundo real, como as frutas,

    sementes, folhas, etc., para representarartisticamente um homem sorrindo e afigura de 8ichael @ac"son.

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     A arte sempre ocupou lugar significati#o na#ida de todas as sociedades humanas. /s

    mais antigos ob-etos art*sticos uechegaram até ns são peuenas figurasesculpidas por #olta do ano BCDDD a.!.sup)esse ue, com o au'*lio dessasimagens, nossos antepassados tenta#amcontrolar ou aplacar as forças da natureza.9ara eles, s*mbolos de animais e pessoas

    tinham uma significação m2gica,sobrenatural.

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    Vênus, de Willendorf,estatueta de calcário doperodo !aleoltico

    "uperior #cerca de $%&&&a $$&&& a.C' encontradae( )*&+ nasproi(idades da cidadede Willendorf, na -ustria.

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    O que " arte! 3urante muito tempo, a Arte foi entendida

    como a representa/o do 0elo.

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    #as que " $ELO! ;a antiguidade, o 45>/ esta#a

    condicionado ao conceito de harmonia e

    proporção entre as formas. 9or isso, o idealde beleza entre os gregos ganha forma narepresentação dos seres humanos, #istoscomo modelo de perfeição.

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    ;o século E?E, o 1omantismo adotar2 ossentimentos e a imaginação como princ*pios da

    criação art*stica. / 45>/ des#inculase daharmonia das formas. 3o século EE em diante, diferentes formas de

    conceber o significado e o modo do fazer art*sticoimpuseram no#as refle')es ao campo da arte.3esde então, ela dei'a de ser apenas arepresentação do belo e passa a e'pressartambém o mo#imento, a luz ou a interpretaçãogeométrica das formas e'istentes. 9ode também

    recri2las. 5m alguns casos, chega a enfrentar odesafio de representar o inconsciente humano.

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    9or tudo isso, a A1&5 pode ser entendidacomo a permanente 15!1?A?;F7AF58. A arte pode ser uma 91//!A

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    Os agentes da %rduçã art&stica &oda obra de arte interage com um pIblico 

    (interlocutor%.

    &oda obra se manifesta em umadeterminada linguagem, ue se desen#ol#eem uma estrutura. Além disso, circula emdeterminado meio, em determinado suporte utilizado para represent2la.

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    8uito do significado de uma obra

    percebese pelos agentes daprodução art*stica./ artista, o conte'to em ue #i#eu, o

    pIblico para o ual a obra foi criada, alinguagem e a estrutura em ue foiproduzida e seu conte'to de

    circulação.

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    'IET( ) #ic*elangel

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    Essa +ra retrata a isã d +-+ardea-ent ale-ã e- Guernica na Es%an*a. O tra+al* dartista nessa +ra, nã " c/%ia ne- ilustraçã d -und real, -as u- acr"sci- n eaut0n-. 'r frça d te-a dessa +ra e cn1untura da "%ca que fi criada cristali2a)se u-atend3ncia de 3)la c- %anflet %l&tic, se-%re carregu u- %es idel/gic, se-%re fi istac- u- grit cntra des%tis- e ta-+"- cntra a il3ncia.

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    E- suas ftgrafias Se+astiã Salgad %rcura retratara 4al-a*u-ana5 e- seu sfri-ent.

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    TEATRO, #6SI7A, DAN8A E 7IR7O#9sica: 4A-an*ã... Ser;

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    A ARTE DA LITERATURA &odas as sociedades, em todas as épocas,

    culturas e lugares, produziram literatura em

    sua forma oral ou escrita.

    8A: +7A> 6 / 9A95> +75

     A>?&51A&71A 35:5895;JAK

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    A literatura ns fa2 sn*ar  /s te'tos tem o poder de trasnportar o

    leitor, pro#ocar alegria ou tristeza, di#ertir

    ou emocionar. A literatura nos oferece um descanso dos

    problemas cotidianos, enuanto nosdescortina o espaço do sonho e dafantasia.

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    A literatura %rca nssa refle>ã A literatura não tem o poder de modificar a

    realidade, mas é capaz de fazer com ue

    as pessoas rea#aliem a prpria #ida emudem de comportamento. :e esse efeitoé alcançado, o te'to liter2rio desempenhaum importante papel transformador, ainda

    ue de modo indireto.

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     A literatura pode pro#ocar a refle'ão eresponder, por meio de construção

    simblica, a perguntas ue inuietam osseres humanos.

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    A literatura dierte A e'peri0ncia apai'onante de passar horas

    lendo um bom li#ro é familiar a muitas

    pessoas em todo o mundo.

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    A literatura ns a1uda a cnstruir nssaidentidade !omo leitores, interagimos com o ue

    lemos. :omos tocados pelas e'peri0ncias

    de leituras ue, muitas #ezes, e#ocam#i#0ncias pessoais e nos a-udam a refletirsobre nossa identidade e também aconstru*la.

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    A literatura ns ensina a ier  9or meio da con#i#0ncia com poemas e

    histrias ue traçam tantos e di#ersos

    destinos, a literatura acaba por nosoferecer possibilidades de resposta aindignaç)es comuns a todos os sereshumanos.

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    A literatura denuncia a realidade A leitura nos ensina a #alorizar nossos

    direitos indi#iduais, nos a-uda a

    desen#ol#er uma melhor consci0nciapol*tica e social. 5m resumo, permite ueolhemos para a nossa histria e,conhecendo algumas de suas passagens

    mais aterradoras, busuemos construir umfuturo melhor.

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    &odo te'to estabelece um pacto decredibilidade com seus poss*#eis leitoresLcaso eles aceitem as condiç)es ue regemo mundo ficcional ali apresentado, essemundo far2 sentido. / pacto entre o leitor ete'to é produzido para ue a literatura

    tenha liberdade ficcional. / te'to é 51/::H8?>, ou se-a, não é#erdadeiro, mas parece #erdadeiro.

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    A linguage- da literatura A ess0ncia da arte liter2ria est2 na pala#ra. / trabalho com o sentido !onotati#o é uma

    caracter*stica essencial da linguagemliter2ria. +uando as pala#ras assumem no te'to

    liter2rio diferentes significados, dizemos

    ue ocorre um processo deplurissignificação.

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    91/G7;3A85;&5 (4A;35?1A, 8.%[...]+uando eu tinha seis anos;ão pude #er o fim da festa de :ão @oão

    9orue adormeci

    Jo-e não ouço mais as #ozes dauele tempo8inha a#8eu a#M&otMnio 1odrigues&om2sia1osa/nde estão todos elesK

     N 5stão todos dormindo

    5stão deitados3ormindo9rofundamente.

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    / poder de sugestão e e#ocação do te'toliter2rio depende da capacidade de o

    escritor escolher as pala#ras capazes de“desenhar”, para seus leitores, uma sériede imagens.

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    As c-%araç?es sã u- i-%rtante recurs d te>t liter;ri, %r -ei delas, s escritres %rcura- %rdu2ir certas e-ç?es,certs -ds de er e sentir.

    8A31?FA> (9A5:, @. 9.%

    8eu amor é simples, 3ora,!omo a 2gua e o pão.

    !omo o céu refletido;as pupilas de um cão.

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    U- utr recurs sã as #ET(@ORAS. Elas cria- u- %rcess desu+stituiçã: a%r>i-a-)se dis ele-ents que, e- u- cnte>t es%ec&fic,guarda- algu-a relaçã de se-el*ança, transferind)se, %ara u- deles,caracter&sticas d utr.

    >?15A14H&1?/ (!A!A:/, >.%

    &odo mundo é toureiro.!ada um escolhe o

    touro ue uiser na #ida.

    / toureiro escolheu o

    9rprio

    &ouro.

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    OS GNEROS B'I7O E O LCRI7O

    / termo F0nero costuma ser utilizadospara fazer refer0ncia a alguns padr)es de

    composição art*stica ue, ao longo dotempo, t0m sido utilizados para dar formaao imagin2rio humano.

    &r0s g0neros liter2rios b2sicosL o l*rico, oépico e o dram2tico.

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    U- ds %ri-eir te>ts escrits fra- Il&ada eOdiss"ia de -er que sã c*a-ads de

    e%%"ia

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    L&ric / g0nero l*rico definese como auele em

    ue uma #oz particular O o eul*rico O

    manifesta a e'pressão do mundo interior,ou se-a, fala de sentimentos, emoç)es eestados de esp*rito.

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    @r-as l&ricas 5legiaL trata de acontecimentos tristes,

    muitas #ezes enfocando a morte de um

    ente uerido ou de alguma personalidadepIblica. 6coglaL poema pastoril ue retrata a #ida

    buclica dos pastores, em um ambientecampestre.

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    /deL e'alta #alores nobres, caracterizandose pelo tom de lou#ação.

    :onetoL a mais conhecida forma l*rica.9oema de forma fi'a composto por Buartetos (P #ersos% e B tercetos (Q #ersos%.

     As duas primeiras estrofes do sonetoapresentam o desen#ol#imento do tema eas duas Iltimas, sua conclusão.

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     A forma do soneto ilustra uma tentati#a deconciliar a razão e a emoção,

    aparentemente conflitante, porue procurasubmeter os sentimentos e emoç)eshumanas a uma e'posição mais lgica ouracional.

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    @anatis-

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    Recurss %"tics As pala#ras tem uma sonoridade muito

    e'plorada pela literatura.

    5ssa sonoridade é a base para aconstrução de recursos poéticos, como oritmo, o metro e a rima.

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    Rit-: " u- -i-ent regular re%etiti. Na -9sica, " asucessã de te-%s frte e fracs que esta+elece rit-. Na

     %esia, ele " -arcad %rinci%al-ente %ela alternncia entre

    acents

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    #etr: " n9-er de s&la+as -"tricas de u- ers. A cntage-dessas s&la+as c*a-a)se -etrificaçã. Huand cnta-s ass&la+as e- u- ers, nã dee-s cnsiderar as que crre-

    a%/s a 9lti-a s&la+a t0nica d ers.“/hR ueR salR daR desR ueR teR nho

    3a auR roR raR daR miR nhaR #iR da

    3aR miR nha inR fSnR ciaR ueR riR da+ue osR aR nosR nãoR traR zemR mais”

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    Ri-a: " a cincid3ncia u se-el*ança de sns a %artirda 9lti-a gal t0nica n fi- ds erss

     Amor é fogo ue arde sem se #er,é ferida ue di, e não se senteTé um contentamento descontente,é dor ue desatina sem doer.

    6 um não uerer mais ue bem uererTé um andar solit2rio entre a genteTé nunca contentarse de contenteTé um cuidar ue ganha em se perder.

    6 uerer estar preso por #ontadeTé ser#ir a uem #ence, o #encedorTé ter com uem nos mata, lealdade.

    8as como causar pode seu fa#or nos coraç)es humanos amizade,se tão contr2rio a si é o mesmo AmorK

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    DRA#A 5m uma representação teatral, cada cena é uma

    unidade de ação. 3rama em grego significa AF?1. ;a Frécia antiga os te'tos eram feitos para ser

    representados, dramatizados. &estos dram2ticos são aueles em ue a “#oz

    narrati#a” est2 entregue s personagens, ue

    contam a histria por meio de di2logos emonlogos.

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     &ragédiaL pode ser definida como uma peça teatral naual figuram personagens nobres e ue procura, pormeio da ação dram2tica, le#ar a plateia a um estado degrande tensão emocional. Feralmente, as peçastr2gicas terminam com um acontecimento funesto(morte%./ ob-eti#o da encenação de uma tragédia édesencadear, no pIblico. &error ou piedade. A

    “purificação” de sentimentos da plateia pro#ocada poressa e'peri0ncia estética, recebeu o nome de catarse.

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     1dipo é filho de >aios, rei de &ebas ue foi amaldiçoado de forma ue seuprimeiro filho tornarseia seu assassino e desposaria a prpria mãe.&entando escapar da ira dos deuses, >aios manda matar 1dipo logo deseu nascimento. ;o entanto, a #ontade do destino foi mais forte e 1diposobre#i#eu, sal#o por um pastor ue o entregou a 9ol*bio, rei de !orinto.

    @2 adulto 1dipo descobre sobre a maldição ue lhe foi atribu*da e paraue ela não fosse cumprida, foge de !orinto para &ebas, sem saber ue l2sim é ue seus pais #erdadeiros o espera#am. ;o meio da #iagem,encontra um bando de mercadores e seu amo (>aios%, sem saber ue seudestino esta#a -2 se concretizando, mata a todos. Assim ue chega a&ebas, 1dipo li#ra a cidade da horrenda esfinge e de seus enigmas,recebendo a recompensaL é eleito rei e premiado com a mão da recém

    #iI#a rainha @ocasta (#iI#a de >aios%. Anos se passam e 1dipo reinacomo um #erdadeiro soberano e tem #2rios filhos com @ocasta, mas acidade passa por momentos dif*ceis e a população pede a-uda ao rei. Aps uma consulta ao or2culo de 3elfos, ue responde pelo deus Apolo,os tebanos são alertados sobre alguém ue pro#oca a ira dos deusesL oassassino de >aios, ue ainda #i#e na cidade. 1dipo então decide li#rarseu reino desse mal e descobrir uem é o assassino, desferindo uma

    tremenda maldição. 5le s não espera#a ue essa maldição iria sobrecairsobre ele prprio, assim ue no mesmo dia descobrisse a #erdade, atra#ésdo pastor ue o encontrara ainda uando beb0, pendurado em um bosuepelos tornozelos. @ocasta suic*dase assim ue descobre, e 1dipo secega, perfurando os prprios olhos e e'ilandose.

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    63?9/

    /hU Ai de mimU &udo est2 claroU V luz, ue eu te

    #e-a pela derradeira #ezU &odos sabemL tudo meera interditoL ser filho de uem sou, casarme comuem me caseie e eu matei auele a uem eu nãopoderia matarU

    3esatinado, 63?9/ corre para o interior do pal2cioTretiramse os dois pastoresT a cena fica #azia poralgum tempo.

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    7-"dia: enquant a trag"dia desenle te-as s"ris, a%iadsna açã -itl/gica, as %ersnagens sã deuses e se-ideuses, ac-"dia se caracteri2a %r sua lee2a e alegria, a+rda e%is/dis

    ctidians e as %ersnagens sã seres *u-ans e reais.

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     Na idade -"dia as %eças teatrais %assara- a enfcar cenas +&licas e e%is/dis da ida de sants. Duas -dalidadesdra-;ticas %%ulares na "%ca fra- a farsa e aut.

    / Auto era uma peça curta de cunho religioso, aspersonagens representa#am conceitos abstratos, como abondade, a #irtude, a hipocrisia, etc. ?sso torna#a o auto comum conteIdo fortemente simblico e moralizante.

    e-a um trecho do A7&/ 3A 4A1!A 3/ ?;G51;/ O F?>?!5;&5 / WAuto da 4arca do ?nfernoW (c. XCXY% representa o -u*zo

    final catlico de forma sat*rica e com forte apelo moral. /cen2rio é uma espécie de porto, onde se encontram duasbarcasL uma com destino ao inferno, comandada pelo diabo,

    e a outra, com destino ao para*so, comandada por um an-o. Ambos os comandantes aguardam os mortos, ue são asalmas ue seguirão ao para*so ou ao inferno.

  • 8/19/2019 08 Literatura e Seus Agentes

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    G?3A>F/ 5sta barca onde #ai ora, ue assi est2apercebidaK

    3?A4/ ai pera a ilha perdida, e h2de partir logoessZora.

    G?3A>F/ 9era l2 #ai a senhoraK

    3?A4/ :enhor, a #osso ser#iço.

    G?3A>F/ 9areceme isso cortiço...

    3?A4/ 9orue a #edes l2 de fora.

    G?3A>F/ 9orém, a ue terra passaisK

    3?A4/ 9era o inferno, senhor.

    G?3A>F/ &erra é bem semsabor.

    3?A4/ +u0K... 5 também c2 zombaisK

    G?3A>F/ 5 passageiros achais pera talhabitaçãoK

    3?A4/ e-o#os eu em feição pera ir ao nossocais...

     

    G?3A>F/ 9arecete a ti assiU...

    3?A4/ 5m ue esperas ter guaridaK

    G?3A>F/ +ue lei'o na outra #ida uem rezesempre por mi.

    3?A4/ +uem reze sempre por tiKU.. Ji, hi, hi, hi,hi, hi, hiU... 5 tu #i#este a teu prazer,cuidando c2 guarecer por ue rezam l2por tiKU... 5mbarca ou embarcai... ueha#eis de ir derradeiraU 8andai meter acadeira, ue assi passou #osso pai.

    G?3A>F/ +u0K +u0K +u0K Assi lhe #aiKU

    3?A4/ ai ou #emU 5mbarcai prestesU :egundol2 escolhestes, assi c2 #os contentai. 9oisue -2 a morte passastes, ha#eis de passaro rio.

    G?3A>F/ ;ão h2 aui outro na#ioK

    3?A4/ ;ão, senhor, ue este fretastes, e primeiroue e'pirastes me destes logo sinal.

    G?3A>F/ +ue sinal foi esse talK

    3?A4/ 3o ue #s #os contentastes.

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    A farsa era ta-+"- u-a %equena %eça, s/ que seucnte9d enlia situaç?es rid&culas u grtescas.Tin*a c- +1eti a cr&tica as cstu-es.

    ;a ?nglaterra, no mesmo per*odo, illian:ha"espeare escre#e inImeras peças,entre tragédias e comédias, ue setransformam em cl2ssicos do teatrouni#ersal.

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    R-eu e Kulieta " a %eça -ais fa-sade S*aes%eare.

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    ESTILO DE B'O7A A !/;:&A&AJA;/ 35 69/!A.

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    / 7:/ 9A1&?!7>A1 +75 78 5:!1?&/1 /79/5&A GA 3/: 5>585;&/: +753?:&?;F758 78A 5:&6&?!A 35G?;5 /

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    ISTORIOGRA@IA LITER(RIA 7m estilo de época pode ser associado a

    uma escola liter2ria ou a um mo#imentoliter2rio.

    / estudo e a descrição das caracter*sticasestéticas de diferentes escolas oumo#imentos liter2rios recebem o nome de

    historiografia liter2ria.

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    +uando estudamos os estilos de época e osmo#imentos liter2rios, conhecemos os temas e osrecursos e'pressi#os preferidos dos autores. _

    medida ue #amos tendo contato com uma maioruantidade de te'tos, obser#amos ue #amostendo contato com uma maior uantidade dete'tos, obser#amos ue h2 um nImero limitadode temas e recursos e'pressi#os ue, de temposem tempos, são retomados por autores dediferentes épocas.

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     _s #ezes, o resgate de um tema é feito parauestionar abordagens anteriores.

    /utras #ezes, ele é reafirmado, como acontece

    com a ideia de #alorização do momento presente(Carpe Diem) defendida por poetas gregos, naantiguidade, por cam)es, no século E?, e pelos2rcades, no E???.

     Além dos temas, as formas também sãoretomadas.

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