1 APRESENTAÇÃO - Paraná · 2.2.1 Histórico do Estabelecimento Fundado em 1.953, por iniciativa...
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1 APRESENTAÇÃO
O Projeto Político-Pedagógico é elaborado com o objetivo de planejar a
organização da escola em busca da melhoria da qualidade de ensino.
Segundo Veiga o projeto busca um rumo, uma direção. É uma ação
intencional com um sentido explícito, com um compromisso definido coletivamente,
de acordo com os interesses reais da comunidade. Exige dos educadores,
funcionários, alunos e pais a definição clara do tipo de escola que almeja, a partir da
sociedade e do cidadão que pretendem formar.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – nº 9394/96 diz que entre
as incumbências de todas as escolas, está a de elaborar e executar sua proposta
pedagógica. Diante desta realidade a escola elaborou juntamente com os
segmentos e instâncias colegiadas o projeto visando constantemente a busca do
ideal da escola a partir do real.
A principal possibilidade de construção, avaliação e implementação do projeto
político-pedagógico passa pela relativa autonomia da escola, de sua capacidade de
delinear sua própria identidade. Isto significa resgatar a escola como espaço público,
lugar de debate, de diálogo, fundado na reflexão coletiva.
Para tanto juntamos esforços, repensamos a atuação, partimos de uma
reflexão conjunta sobre a qualidade do trabalho realizado na escola, discutindo
sobre a nossa formação, sobre a participação e envolvimento da comunidade no
alcance dos objetivos educacionais e principalmente sobre a função social da
escola.
Acreditamos no desenvolvimento de uma consciência crítica, democrática
adequada para enfrentar os desafios da vida aberta, para uma sociedade em
constante mudança, onde a escola terá aguçado seus sentidos para captar e intervir
nessas mudanças.
“Todo projeto supõe rupturas com o presente e promessas para o futuro. Projetar significa tentar quebrar um estado confortável para arriscar-se, atravessar um período de instabilidade e buscar uma nova estabilidade em função da promessa que cada projeto contém de estado melhor do que o presente. Um projeto educativo pode ser tomado como promessa frente a determinadas rupturas. As promessas tornam visíveis os campos de ação possível, comprometendo seus atores e autores.” (Gadotti, 1994, p. 579).
2 INTRODUÇÃO
2.1 Identificação
COLÉGIO ESTADUAL ADÉLIA ROSSI ARNALDI - ENSINO FUNDAMENTAL E
MÉDIO.
CODIGO DO COLÉGIO: 0943
ENDEREÇO: RUA MARISTELA Nº 100
FONE (FAX): 044- 34242099
E-MAIL: [email protected]
DISTRITO DE SUMARÉ CEP: 87720-000
PARANAVAÍ - PARANÁ
MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná
2.2 Caracterização Geral
2.2.1 Histórico do Estabelecimento
Fundado em 1.953, por iniciativa do povo do Distrito de Sumaré com o
nome de "Casa Escolar Rui Barbosa", contando apenas com uma sala de aula e
tendo como professora Adélia Rossi Arnaldi.
Em 1.955, sob a jurisdição da Inspetoria Auxiliar de Alto Paraná, formou-
se mais duas salas de aula para atender a grande demanda em idade escolar, e
com isso em 1.962, passou a chamar-se Grupo Escolar Castro Alves, sob Decreto
nº. 7457/62, passando de Municipal a Estadual.
Em 1.965 foi instalado no mesmo prédio, o Ginásio Estadual de Sumaré,
passando a ter duas escolas distintas: Grupo Escolar Castro Alves e Ginásio
Estadual de Sumaré.
Em 30/12/66 através do Decreto n º 4546/66 finalmente o Ginásio de
Sumaré foi estadualizado.
A 26 de setembro de 1.970, em virtude do falecimento da Professora
pioneira Adélia Rossi Arnaldi, o Grupo Escolar Castro Alves, recebeu o nome de
Grupo Escolar Professora Adélia Rossi Arnaldi, aprovado pelo Decreto nº 22.083 de
30/12/70.
Em 13 de setembro de 1.977, ficou autorizado o funcionamento nos
termos da legislação vigente conforme Decreto nº. 3.892/77 a Escola Adélia Rossi
Arnaldi Ensino de 1º Grau, resultando da reorganização do Ginásio Estadual de
Sumaré e Grupo Escolar Professora Adélia Rossi Arnaldi, os quais passaram a
constituir-se em um único Estabelecimento de Ensino.
Em 1.983 o Estabelecimento passou a chamar-se Escola Estadual Adélia
Rossi Arnaldi - Ensino de 1º Grau pela Resolução nº 1.648/83 de 28/06/83.
Através do Decreto nº 275 de 29 de janeiro de 1998, os alunos da
Educação Infantil e Ensino Fundamental de 1ª à 4ª série passaram a ser atendidos
pelo município, criando-se a Escola Municipal de Sumaré - E I E F compartilhando o
mesmo prédio da Escola Estadual Adélia Rossi Arnaldi - E F.
Em janeiro de 2004 a Escola Municipal de Sumaré – E.I.E.F. transfere-se
para prédio próprio nesse distrito, passando a denominar-se Escola Municipal
Doutor José Vaz de Carvalho – E.I.E.F.
Conforme resolução nº 4.239/03 de 17 de dezembro de 2003, o curso de
Ensino Médio é autorizado a funcionar neste Estabelecimento de Ensino, passando
a denominar-se Colégio Estadual Adélia Rossi Arnaldi – E.F.M.
2.2.2 Organização do espaço físico
A escola esta edificada em alvenaria, sendo que apenas duas salas de aula
são de madeira, possui dez salas de aulas, um salão para reuniões adaptado a
refeitório com 150m2, um banheiro feminino coletivo e um banheiro masculino
coletivo para uso dos alunos e um banheiro de uso geral dos professores e
funcionários. Uma sala para secretaria, uma sala para biblioteca, uma sala para os
professores, uma sala para equipe pedagógica, uma sala para direção/direção-
auxilar, uma sala para laboratório de Ciências, Física, Química e Biologia, dois
almoxarifados, um depósito construído com recursos da APMF, uma cozinha com
depósito para merenda, um pátio coberto, um pátio livre e um estacionamento.
Há uma casa de zelador, uma horta que atende ao Programa Viva Escola e
uma área livre onde se planeja a construção de uma quadra esportiva.
2.2.3 Oferta de cursos modalidades
O Colégio oferta o Ensino Fundamental regular nos períodos matutino,
vespertino e noturno e o Ensino Médio Organizado por Blocos de Disciplinas
Semestrais regular nos períodos matutino e noturno.
O período matutino tem início às 07h30min com término às 11h50min, o
período vespertino inicia-se às 13h20min com término às 17h40min e o período
noturno inicia-se às 19h com término às 23h, período de quatro horas conforme a
L.D.B.
Quanto à distribuição de séries, o Colégio possui no período matutino cinco
turmas de Ensino Fundamental: uma 5ª série, duas 6ª séries, uma 7ª série, uma 8ª
série e cinco turmas de Ensino Médio: dois 1º anos, dois 2º anos, um 3º ano. No
período vespertino oito turmas de Ensino Fundamental: duas 5ª séries, duas 6ª
séries, duas 7ª séries e duas 8ª séries. No período noturno possui uma turma de
Ensino Fundamental: 8ª série e três de Ensino Médio 1º, 2º, 3º ano.
Ofertamos também uma turma de Sala de Apoio nas disciplinas de Língua
Portuguesa e Matemática no período matutino que atende os alunos matriculados no
período vespertino, duas Salas de Recursos para o Ensino Fundamental de 5ª a 8ª
série na área de Deficiência Mental e Distúrbios de Aprendizagem, uma no período
matutino que atende os alunos do período vespertino e outra no período vespertino
que atende os alunos do período matutino.
Há a oferta do CELEM – Centro de Ensino de Línguas Estrangeiras Moderna,
com a disciplina de Espanhol dando a oportunidade para todos os alunos de 5ª a 8ª
séries e Ensino Médio conhecerem mais uma língua estrangeira, uma vez que a
matriz oferta a Língua Inglesa. Funciona no período vespertino com uma turma de 1º
ano e uma turma de 2º ano.
O Colégio oferta o Programa Viva a Escola uma política pública de Atividades
Pedagógicas de Complementação Curricular. São organizadas a partir de quatro
núcleos de conhecimento: Expressivo Corporal, Científico-Cultural, Apoio à
Aprendizagem e Integração Comunidade e Escola. As diferentes atividades
pedagógicas são desenvolvidas na escola no contraturno. Ofertamos: Artes Visuais,
Atividades Literárias, Danças, Horta e Qualidade de Vida, Preparatório para o
Vestibular.
Com a participação da Instituição de Ensino Superior - FAFIPA – Faculdade
Estadual de Educação Ciências e Letras de Paranavaí que implantou o Programa
Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID – e desenvolve o projeto com
o título: Integração entre Educação Superior e Educação Básica para a Melhoria na
Qualidade do Ensino-Aprendizagem que tem como objetivo geral o incentivo aos
acadêmicos que estão se preparando para a profissão docente, de terem uma
participação no processo ensino-aprendizagem nas escolas públicas, com isso os
nossos alunos têm a oportunidade de participar no contraturno de aulas nas
licenciaturas de Ciências (Física e Química) Geografia, Letras-Português.
2.2.4 Recursos Humanos
Para o funcionamento da escola contamos com:
01 Direção
Formação: Pós-Graduação e PDE
01 Direção Auxiliar
Formação: Pós-Graduação
02 Pedagogos
Formação: Pós-Graduação e PDE
45 Professores com Curso Superior com graduação específica nas suas disciplinas
de atuação, Pós-Graduação, Professores PDE e professores com mestrado
01 secretária
Formação: Ensino Médio
03 Agentes Educacionais II
Formação: Curso Superior
01 auxiliar administrativo
Formação: Ensino Médio
01 professora docente de 1ª a 4ª série
Formação: Pós-Graduação
08 Agentes Educacionais I
03 Formação: Ensino Médio
05 Formação: Ensino Fundamental
3 OBJETIVOS GERAIS
Cumprir a legislação vigente que determina a todas as instituições escolares
elaborar seu Projeto Político Pedagógico.
Favorecer a participação da comunidade na gestão democrática da escola,
integrando os diversos órgãos colegiados (APMF, Conselho Escolar, Grêmio
Estudantil, entre outros), buscando caminhos para resoluções de problemas.
Definir o tipo de escola que se almeja, bem como o tipo de sociedade, de cultura,
de mundo, de homem e o tipo de cidadão que se pretende formar.
Organizar a escola a fim de que possa ser um espaço de formação do cidadão
participativo para um determinado tipo de sociedade.
Resgatar a intencionalidade da ação educativa no processo de transmissão do
conhecimento historicamente produzido, superando o caráter fragmentado das
práticas educativas, garantindo a aprendizagem de todos os alunos.
Fortalecer o grupo para enfrentar os conflitos e contradições.
Construir a participação de todos numa gestão democrática.
Contribuir para a construção de uma sociedade justa, democrática, fraterna e
sustentável.
4 MARCO SITUACIONAL
A educação brasileira é fruto de todo um contexto histórico. Todas as
transformações sofridas foram geradas pela necessidade política, econômica e
social e neste momento mais uma vez a sociedade revela, com nitidez, a
necessidade de se mudar a realidade da educação no Brasil. Deparamos-nos com a
questão do analfabetismo, com o grau de escolaridade baixo, desigualdade social,
desemprego, violência, miséria, fome, marginalização e exclusão social. Essa
realidade provoca em muitas pessoas e grupos, sentimentos, sensações e desejos
contraditórios, ao mesmo tempo de insegurança e medo, de apatia e conformismo,
destruindo, em alguns casos, o sonho das pessoas, no que tange a sua participação
no processo de construção de uma sociedade brasileira mais justa e democrática,
como também sentimentos de novidade e esperança, mobilizadores das melhores
energias e criatividade para a construção de um mundo diferente, mais humano e
solidário.
Globalização, multiculturalismo, pós-modernidade, questões de gênero e de
raça, novas formas de comunicação, informatização, manifestações culturais e
religiosas, diversas formas de violência e exclusão social configuram novos e
diferenciados cenários sociais, políticos e culturais.
A escola não pode ignorar esta realidade. O impacto destes processos no
cotidiano escolar é cada vez maior. A problemática atual das escolas de educação
básica, particularmente as das grandes cidades, onde se multiplicam uma série de
tensões e conflitos, não pode ser reduzida aos aspectos relativos à estruturação
interna da cultura escolar e esta necessita ser repensada para incorporar na sua
própria estruturação estas questões e novas realidades sociais e culturais. Estamos
diante de uma nova revolução, baseada na informática e nas tecnologias de ponta.
Testemunhamos uma mudança profunda na sociedade, que exige apoio de um
sistema educacional eficiente e criativo principalmente no que diz respeito a inclusão
de alunos na escola, no trabalho e nos espaços sociais em geral, preocupação que
tem-se propagado rapidamente entre educadores, familiares, líderes e dirigentes
políticos, nas entidades, nos meios de comunicação e etc.
Os elementos constitutivos da realidade brasileira: a situação de uma
sociedade em transição, a persistência de uma mentalidade acrítica e a inexistência
democrática demonstram que o país precisa buscar a democratização da cultura,
como marco geral de uma democratização fundamental. Um dos sintomas da
inexperiência democrática é a dificuldade que grande parte da população encontra
ao tentar reconhecer os temas e as tarefas inerentes aos atores sociais.
Freire enfatiza a inserção do homem na sociedade para poder transformá-la:
“O homem” brasileiro precisa descobrir-se "autor" do mundo, criador da cultura e integrante ativo da rede sistêmica universal, sendo que a democratização da cultura - o amplo acesso à informação - é a via de acesso para que ele realize verdadeiramente sua vocação ontológica: a de inserir-se na construção da sociedade, em busca das transformações sociais; substituindo assim, a captação e compreensão mágica da realidade por uma cada vez mais crítica “(Paulo Freire, 1997 pág. 89).
O Brasil em sua diversidade regional vive realidades diferentes. A educação
na região Sul apresenta índices mais representativos em relação ao
desenvolvimento ensino-aprendizagem e índices menores em evasão e repetência.
Em todo o país há programas de desenvolvimento educacional e erradicação
do analfabetismo, como o Brasil Alfabetizado, Pró-Uni, ENEM, cotas para alunos de
escolas públicas e afro-descendentes em universidades, medidas tomadas para
melhorias na educação.
No município de Paranavaí contamos com escolas municipais que ofertam
Educação Infantil e Ensino Fundamental de 1ª a 4ª séries, escolas particulares que
ofertam Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio, escolas estaduais de
Ensino Fundamental de 5ª a 8ª séries e Ensino Médio Regular e Profissionalizante,
uma universidade pública, duas particulares e um Instituto Federal Tecnológico.
A realidade de nossa escola não é diferente da realidade educacional
brasileira. Os alunos não vêm a escola como espaço de promoção do conhecimento
e da cultura, faltam as aulas e muitos se evadem mesmo sendo orientados,
deixando de frequentar a escola e aumentando os índices de evasão.
O processo de inclusão dos alunos com deficiência e dos que necessitam
serem incluídos no processo de ensino aprendizagem não se efetiva na prática. Os
professores ressaltam, entre outros fatores, a dura realidade das condições de
trabalho e os limites da formação profissional, o número elevado de alunos por
turma, a rede física inadequada, o despreparo para ensinar "alunos especiais" ou
diferentes.
Temos dificuldade na estrutura física, onde não há um refeitório adequado,
causando transtornos para a distribuição da merenda, alimentação, manuseio dos
pratos, canecas e talheres com a devida higiene, etc. O salão de reuniões foi
adaptado como refeitório, onde foi colocado mesas e bancos, mas mesmo assim
concluímos que não atende com qualidade a distribuição da merenda e dificulta o
uso do mesmo para reuniões.
Não há uma sala apropriada para o laboratório de informática. O espaço físico
disponível é uma sala de aula que sofreu adaptações para esta instalação e por ser
pequena causa desconforto aos alunos, professores e funcionários. A biblioteca
também como um espaço educativo, é pequena para a demanda de alunos e
acervo. A construção de um bloco administrativo se faz necessário, já que a atual
administração funciona em salas mal estruturadas e desconfortáveis. Nos últimos
anos o aumento no número de alunos exige a construção de mais salas de aulas.
A escola não possui quadra esportiva, usamos um ginásio de esporte
existente ao lado da escola, o qual pertence ao município, ficando este
estabelecimento sujeito aos horários pré-estabelecidos para as aulas de Educação
Física. Precisaríamos da construção de uma quadra no terreno escolar para que a
escola pudesse desenvolver com mais autonomia as atividades curriculares e
extraclasses.
Há em cada sala de aula uma TV Multimídia e o colégio dispõe de dois DVD`s
e de um Data-Show que são utilizados através de agendamento conforme
necessidade de uso. Porém, não há disponibilidade de um funcionário para a
instalação destes equipamentos nas salas, o que muitas vezes causa danos e
prejuízos à escola, comprometendo também o desenvolvimento das atividades.
Possuímos um pátio coberto e um pátio livre. O pátio livre é pequeno por isso
conta com pouco espaço para alunos, alguns bancos e duas mesas de tênis,
havendo a necessidade de serem construídos mais bancos. O pátio coberto era área
livre e foi coberto para resolver o problema de sol e chuva, porém ficou um ambiente
escuro, necessitando de reformas para que se torne um espaço educativo mais
arejado.
As salas de aula possuem carteiras, cadeiras e mesas para os professores,
algumas de acordo com a necessidade possuem armários.
Os banheiros foram reformados, mas são insuficientes para os alunos,
professores e funcionários e precisam ser ampliados.
Sabemos que a organização da nossa escola precisa ser repensada,
principalmente nos conflitos das relações professor-aluno, aluno-escola, escola-pais,
escola-comunidade para que possamos desenvolver uma escola mais democrática.
A nossa grande possibilidade é que aqui não há falta de vagas para os alunos da
comunidade, atendemos uma parcela diferenciada de educandos de 5ª à 8ª séries e
Ensino Médio que moram em sítios, vilas rurais, conjuntos habitacionais, bairros
novos e distrito, destacamos que por ser Distrito ainda há um entrosamento melhor
do que em outras comunidades.
Muitos alunos pertencem a famílias com baixo nível sócio-econômico e
participam dos Programas Sociais do governo Federal. Por este motivo se faz
necessário uma atuação mais presente da escola para que se possa assegurar a
aprendizagem e a freqüência dos mesmos em sala de aula. A maioria dos pais não
concluiu o Ensino Fundamental tendo dificuldades em acompanhar tarefas
escolares, atividades extraclasses e ainda por motivos econômicos, sociais e
emocionais não conseguem assegurar um desenvolvimento adequado aos seus
filhos, acarretando assim problemas de aprendizagem e indisciplinar.
O Colégio adota a política da inclusão, na quebra de preconceitos e na
valorização das diferenças, promovendo palestras, seminários, grupos de estudo,
dinâmicas de grupo e o incentivo dos alunos em atividades extracurriculares.
A escola é um espaço democrático, significativo e singular para trabalhar com a
diversidade humana, respeitando as limitações, percebendo as potencialidades para
a aprendizagem e considerando as especificidades de cada educando, a favor da
inclusão de todos. Nesse contexto, a escola precisa adequar melhor o espaço físico
para atender os alunos e a comunidade. Sentimos também a necessidade de uma
formação continuada aos professores, equipe pedagógica e funcionários, salas de
apoio pedagógico especializado, entre outros.
Possibilita-se também a troca de experiências entre os professores na
efetivação da hora-atividade e reuniões pedagógicas.
A organização das atividades favorece o trabalho em grupo, tais como:
desenvolvimento de atividades interdisciplinares, gincana cultural e recreativa,
torneios, vídeos, laboratório, biblioteca e outros locais que contribuem à
aprendizagem.
A convivência escolar ocorre com conflitos inerentes ao ambiente escolar:
dificuldades de aprendizagem na leitura, na escrita, na interpretação, no raciocínio
lógico, dificuldades no exercício da função docente, desentendimentos entre os
alunos, entre alunos e professores, repetência, evasão, reclamações dos pais que
não entendem normas práticas da escola. Procuramos resolvê-los de forma
participativa, democrática e proporcionando uma convivência produtiva e solidária,
aberta aos anseios da comunidade.
Na escola constatamos que no período matutino e vespertino o índice de
evasão e repetência é menor que no período noturno, e que isso se deve às
diferenças nas características do aluno do diurno com os do noturno que possuem
uma carga horária de trabalho dificultando a freqüência e o aproveitamento escolar.
Consideramos o combate a evasão e repetência questões relevantes para o
processo ensino-aprendizagem e para isso mantemos contato freqüente com os pais
através de bilhetes, telefonemas, aconselhamento aos alunos e aos pais e com o
Conselho Tutelar através do Programa FICA e da Ficha de Comunicação do Aluno
Ausente. Há também um controle das faltas dos alunos que participam dos
Programas Sociais do Governo Federal.
Na comunidade em que a escola está inserida há problemas de violência e
drogadição, que refletem no cotidiano escolar.
Precisamos repensar os conteúdos planejados, uma vez que a opção de
currículo é disciplinar em alguns momentos os conteúdos se tornam estanques não
havendo uma prática constante de interdisciplinaridade, dificultando a totalidade do
conhecimento pelo aluno. A interdisciplinaridade poderia ser melhor trabalhada na
formação continuada e nos horários em que o professor tem destinado à hora
atividade, porém as atividades inerentes ao professor que trabalha em mais de uma
escola e com diversas turmas inviabiliza essa prática.
O relacionamento colégio/aluno/colégio/pais mesmo com os conflitos já
mencionados ocorre num processo participativo onde se objetiva manter um
ambiente saudável e harmonioso, buscando assim a contribuição de todos para
proporcionar uma disciplina ideal onde possa se desenvolver uma efetiva
aprendizagem.
Muitas das obras e aquisições realizadas pela escola é através do Fundo
Rotativo, Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) e recursos próprios de
parceria com a APMF (Associação de Pais, Mestres e Funcionários) e comunidade
local, recursos estes adquiridos com a realização de promoções e rifas.
O laboratório de física, química, biologia e ciências necessitam de um
profissional qualificado para o atendimento dos professores e alunos, reagentes para
realização das aulas práticas, propiciando melhores condições de trabalho ao
professor e efetiva aprendizagem aos alunos.
As instalações do colégio são limpas, favorecendo um ambiente propício à
aprendizagem.
É importante destacar que a gestão dos recursos financeiros ocorre de
maneira transparente e democrática. As aquisições vêm de encontro com as
necessidades da escola para com os alunos.
5 MARCO CONCEITUAL
5.1 Concepção de Homem
O homem é um ser natural e social, ele age na natureza transformando-a
segundo suas necessidades e para além delas. Nesse processo de transformação,
ele envolve múltiplas relações em determinado momento histórico, assim acumula
experiências e em decorrência destas, ele produz conhecimentos. Sua ação e
intencional são planejadas, mediada pelo trabalho, produzindo bens materiais e não-
materiais que são apropriados de diferentes formas pelo homem, conforme Saviani
(1992) “O homem necessita produzir continuamente sua própria existência. Para
tanto, em lugar de se adaptar a natureza, ele tem que adaptar a natureza a si, isto é,
transformá-la pelo trabalho”.
Partindo do pressuposto que o homem constitui-se um ser histórico, faz-se
necessário compreendê-lo em suas relações inerentes a natureza humana. O
homem e, antes de tudo, um ser de vontade, um ser que pronuncia sobre a
realidade.
“O ser humano é um ser de práxis, da ação e da reflexão, portanto um sujeito cognocente a propósito do objeto a ser conhecido. Portanto o ser humano é um corpo consciente, capaz de conhecer a realidade, interagindo com os seus iguais. Neste contexto, inteligência significará muito mais que um ato solitário. Implica cada um tornar-se melhor, contudo em nome de propósitos cada vez mais solidários e criativos” (Paulo Freire, 1997).
Todo esforço no sentido da manipulação do homem para que simplesmente
saiba fazer determinada função, sem reflexão deve ser combatida, pois saber sem
reflexão, sem o resgate de valores e atitudes sugere a existência de uma realidade
sem evolução, o que significa subtrair do homem a sua possibilidade de ser criativo,
inovador, com direito de transformar o já existente para algo bem melhor, achando
soluções para eventuais problemas e saber tomar decisões frente às diversas
situações que terão que ser enfrentadas no mundo do trabalho.
5.2 Concepção Mundo
Segundo Saviani o mundo enquanto uma dimensão histórica - cultural e,
portanto inacabado, encontra-se em uma relação permanente com o ser humano,
igualmente inacabado, que transformando o mundo, sofre os efeitos de sua própria
transformação.
O que importa, é a problematização do mundo do trabalho, das obras, dos
produtos, das idéias, das convicções, das aspirações, dos mitos, da arte, da ciência,
enfim o mundo da cultura e da história que resultando das relações do ser humano,
do mundo, desafia o próprio ser humano a rever constantemente suas ações sobre a
realidade na perspectiva de humanizá-la.
É preciso desenvolver no mundo uma posição de engajamento, compromisso
e participação que o sensibilize para a sua dimensão humana.
5.3 Concepção de Sociedade
Segundo Demerval Saviani, o entendimento do modo como funciona a
sociedade não pode se limitar as aparências. E necessário compreender as leis que
regem o desenvolvimento da sociedade. Que não se trata aqui de leis naturais, mas
sim de leis históricas, ou seja, de leis que se constitui historicamente.
Para Severino (1998)
A sociedade é um agrupamento tecido por uma série de relações diferenciadas e diferenciadoras. É configurada pelas experiências individuais do homem, havendo uma interdependência em todas as formas da atividade humana, desenvolvendo relações, instaurando estruturas sociais, instituições sociais e produzindo bens, garantindo a base econômica.
Portanto, o processo de conscientização sempre se realiza em seres
humanos concretos, inseridos em estruturas sociais, políticas e econômicas.
A sociedade privilegia alguns princípios e idéias que nos desafiam a
constantemente refletir e repensar o cotidiano. Contudo, a escola tem uma efetiva
participação na medida em que inclui, em seus conteúdos curriculares a dimensão
humanística, técnica científica e político-social, colabora também quando se
preocupa em desenvolver no aluno uma liderança mais criativa e solidária, inserindo
este aluno no mundo real e complexo, fazendo-o compreender que as mudanças
estruturais também necessitam da participação deles.
Diante das mudanças na sociedade, queremos enquanto escola que nossos
educandos tenham uma ampla visão de mundo, que os alunos sejam capazes de
superar os preconceitos sociais, eliminando rótulos e preconceitos numa sociedade
em que todos tenham os mesmos direitos e deveres.
5.4 Concepção de Educação
A educação é uma prática social, uma atividade especifica dos homens
situando-os dentro da historia – ela não muda o mundo, mas o mundo pode ser
mudado pela sua ação na sociedade e nas suas relações de trabalho.
Segundo Saviani a “Educação é fenômeno próprio dos seres humanos,
significa afirmar que ela é, ao mesmo tempo, uma exigência do e para o processo de
trabalho, bem como é ela própria, um processo de trabalho” (Saviani, 1992, p. 19).
Ainda segundo Saviani “A educação centrada na apropriação do saber elaborado
como instrumento de luta social e da compreensão da realidade social”. “A
educação e a escola devem servir para formar sujeitos conscientes de sua ação
transformadora na construção de uma sociedade mais justa, à construção de uma
nova ordem social”.
Para Saviani, à educação caberia desempenhar, então, "o papel de
reforçamento dos laços sociais, na medida em que for capaz de sistematizar a
tendência à inovação", o que só seria possível "voltando-se para as formas de
convivência que se desenvolvem no seio dos diversos grupos sociais estimulando-
os na sua originalidade e promovendo o intercâmbio entre eles" (SAVIANI, 1986, p.
131).
Paulo Freire considera
“a educação deve se constituir em processo político e, superar as etapas iniciais da alfabetização; deve ser direta e realmente ligada à democratização da cultura, ou seja, construída pelo professor e pelo aluno numa relação dialógica, e que, por isso, afasta qualquer hipótese de torná-la, um ato puramente mecânico.” (FREIRE, P )
5.5 Concepção de Escola
Segundo Saviani a escola é uma instituição cujo papel consiste na
socialização do saber sistematizado. E à exigência de apropriação do conhecimento
sistematizado por parte das novas gerações que se torna necessária a existência da
escola, e escola existe, pois, para proporcionar a aquisição dos instrumentos que
possibilitem o acesso ao saber elaborado (ciência) bem como o próprio acesso aos
rudimentos desse saber. As atividades da escola deve se organizar a partir dessa
questão.
5.5 Concepção de Cultura
A cultura é resultado de toda a produção humana e segundo Saviani, “para
sobreviver o homem necessita extrair da natureza, ativa e intencionalmente, os
meios de sua subsistência. Ao fazer isso ele inicia o processo de transformação da
natureza, criando um mundo da cultura” (1992, p. 19). Podemos considerar que,
“de um ponto de vista antropológico, cultura é tudo o que elabora, e elaborou o ser humano, desde a mais sublime música ou obra literária até as formas de destruir-se a si mesmo e as técnicas de tortura, a arte, a ciência, a linguagem, os costumes, os hábitos de vida, os sistemas morais, as instituições sociais, as crenças, as religiões, as formas de trabalho”. (Sacristan, 2001, p.105)
Todo conhecimento, na medida em que se constitui num sistema de
significação, é cultural.
Toda a organização curricular, por sua natureza e especificidade precisa
completar varias dimensões da ação humana, entre elas a concepção de cultura. Na
escola, em sua pratica há a necessidade da consciência de tais diversidades
culturais, especialmente da sua função de trabalhar as culturas populares de forma a
levá-los a produção de uma cultura erudita, como afirma Saviani: “a mediação da
escola, instituição especializada para operar a passagem do saber espontâneo ao
saber sistematizado, da cultura popular a cultura erudita; assume um papel político
fundamental”. (Saviani, apud, Frigotto, 1994 p. 189).
Respeitando a diversidade cultural e valorizando a cultura popular e erudita
cabe a escola aproveitar essa diversidade, existente, para fazer dela um espaço
motivador, aberto e democrático.
5.6 Concepção de Conhecimento
Conhecimento é uma atividade humana que busca explicitar as relações entre
os homens e a natureza. Desta forma, o conhecimento é produzido nas relações
sociais mediadas pelo trabalho.
O conhecimento é uma produção histórico-social, histórico é, portanto, tudo
que dizendo respeito aos homens, é por eles produzido na forma de relações
humanas, ou seja, sociais.
Para Leonardo Boff “O ato de conhecer, portanto, representa um caminho
privilegiado para compreensão da realidade, o conhecimento sozinho não
transforma a realidade; transforma a realidade somente a conversão do
conhecimento em ação”. (2000, p. 82),
A construção do conhecimento está diretamente vinculada ao processo de
ação-reflexão sobre a práxis social, a partir de sua problematizarão, da análise e
compreensão teórica dos elementos e suas inter-relações. A produção de novos
conhecimentos pressupõe a superação dos anteriores.
Conforme Veiga (Veiga, 1995, p, 27)
“O conhecimento escolar é dinâmico e não uma mera simplificação do conhecimento científico, que se adequaria a faixa etária e aos interesses dos alunos”. Dessa forma, o conhecimento escolar é resultado de fatos, conceitos, generalizações, sendo, portanto, o objeto de trabalho do professor.
Saviani define assim “A escola diz respeito ao conhecimento elaborado e não
ao conhecimento espontâneo, ao saber sistematizado e não ao saber fragmentado;
à cultura erudita e não à cultura popular”. (1992 pág. 22)
5.7 Concepção de Ensino
Segundo Saviani sua finalidade é promover a interação entre aluno e
conhecimento, de modo a possibilitar o acesso e a incorporação de elementos
culturais essenciais a sua transformação enquanto síntese das múltiplas relações
sociais.
É um processo sistemático de contínuas e cumulativas mediações culturais.
No Ensino as atividades devem promover a reflexão-ação sobre a realidade,
possibilitando um processo mais significativo de apropriação-socialização-produção
do saber tendo por base seus aspectos essenciais e como objetivo final, uma
tomada de decisão que direcione o aprendizado e, conseqüentemente, o
desenvolvimento do educando.
5.8 Concepção de Aprendizagem
Processo dinâmico, cumulativo e permanente de subjetivação do mundo
objetivo produzido cultural e historicamente.
Processo contínuo de apropriação do mundo pelo sujeito, por meio de suas
múltiplas interações.
Processo intra-subjetivo de apropriação de saberes-objeto, de domínio de
atividades "engajadas" no mundo e de regulação de suas relações com os outros e
consigo mesmo.
Ocorre no / pelo processo de interação e mediação entre sujeitos numa
construção coletiva do conhecimento.
5.9 Concepção de Avaliação
Avaliação consiste em atribuir aspectos relevantes de conhecimento e da
aprendizagem do aluno, visando uma tomada de decisão. A avaliação da
aprendizagem orienta a situação didática que envolve o educando e professor, com
a pretensão de servir de base para a reflexão e tomada de consciência sobre a
prática educativa.
A Avaliação subsidia decisões a respeito da aprendizagem dos educandos
tendo em vista garantir a qualidade do resultado que estamos construindo. Deve ser
praticada como uma atribuição de qualidade aos resultados da aprendizagem dos
educandos, tendo por base seus aspectos essenciais, e como objetivo final, uma
tomada de decisão que direcione o aprendizado e, conseqüentemente o
desenvolvimento do educando. Diagnosticando, a avaliação permite a tomada de
decisão mais adequada, tendo em vista o auto desenvolvimento e o auxílio externo
para esse processo de auto desenvolvimento.
Assim sendo, a avaliação da aprendizagem escolar auxilia os educadores e o
educando na sua viagem comum de crescimento e a escola na sua responsabilidade
social. A avaliação deve ser democrática, favorecendo o desenvolvimento da
capacidade do educando em aprimora-se de conhecimentos científicos, sociais e
tecnológicos produzidos historicamente.
Portanto, a avaliação do rendimento escolar será pautada numa concepção
diagnóstica.
5.10 Concepção de Currículo
De acordo com Silva
(...) O currículo também produz e organiza identidades culturais, de gênero, identidades raciais, sexuais. Dessa perspectiva, o currículo não pode ser visto simplesmente como um espaço de transmissão de conhecimentos. O currículo está centralmente envolvido naquilo que somos, naquilo que nos tornamos, naquilo que nos tornaremos. O currículo produz, o currículo nos produz (...) (1999 b, p. 27)
Numa perspectiva transformadora e democrática, o currículo é:
- Eixo articulador do trabalho pedagógico;
- Tem função organizadora;
- Articula os elementos e sujeitos do trabalho pedagógico, promovendo a
unidade teórico-prática;
- É o elemento norteador da organização do trabalho pedagógico no cotidiano
escolar.
O Currículo deve respeitar as diferenças sendo um campo aberto à produção
de significados, permitindo a criatividade, a inovação, abrindo espaços para a
pluralidade de saberes e expressões culturais.
Organização Curricular
A escola tem uma organização curricular composta por disciplinas do núcleo
comum e parte diversificada. As disciplinas do núcleo comum são: Arte, Biologia,
Ciências, Educação Física, Ensino Religioso, Filosofia, Física, Geografia, História,
Língua Portuguesa, Matemática, Química, Sociologia e uma disciplina da parte
diversificada: Língua Estrangeira Moderna: Inglês.
O ano letivo é composto de 200 dias letivos e a organização do tempo escolar
no Ensino Fundamental é por série e o Ensino Médio organizado por Blocos de
Disciplinas Semestrais.
A metodologia utilizada é a expositiva, dialógica buscando desenvolver um
trabalho interdisciplinar e contextualizado centrada numa teoria progressista, numa
linha Histórico-Crítica.
A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e
aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do
conhecimento pelo aluno. Faz parte do processo ensino-aprendizagem sendo,
portanto contínua, cumulativa, processual, diagnóstica, e qualitativa, serve como
direcionamento e ao professor como diagnóstico na retomada de suas decisões e
reflexões. Deve ser realizada em função dos conteúdos e ser coerente com os
pressupostos e metodologias da disciplina.
Os instrumentos de avaliação são diversificados através de provas escritas,
orais, pesquisas, trabalhos, seminários, experiências e realização das atividades
escolares e domiciliares.
A oferta da recuperação de estudos é de forma permanente e concomitante
ao processo ensino e aprendizagem, através de retomada paralela de conteúdos,
trabalhos e pesquisas. Depois de realizado os instrumentos de avaliação da
aprendizagem os resultados são os registrados em notas expressos em uma escala
de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero).
Para os alunos de 5ª série há o professor da Sala de Apoio que trabalha com
conteúdos de Língua Portuguesa e Matemática o que tem propiciado uma
recuperação de estudos e um melhor desenvolvimento nas outras disciplinas.
Para os alunos de 5ª a 8ª séries a Sala de Recursos também tem contribuído
para a recuperação do desenvolvimento escolar dos alunos.
Os conteúdos trabalhados e a avaliação em notas são registrados no
Registro de Classe do professor, nos boletins, no histórico escolar do aluno.
Os resultados da avaliação são comunicados aos pais, no conselho de
classe, nas reuniões bimestrais e trimestrais através de boletins, e sempre que a
direção, equipe pedagógica e professores acham necessário que os pais tomem
conhecimento do rendimento escolar dos filhos.
GESTÃO DEMOCRÁTICA
A escola se constrói na sua relação com a sociedade, sendo um reflexo das
necessidades sócio-culturais de cada época. A atualidade tem apresentado um ritmo
acelerado de transformações, com a sociedade vivendo uma dinâmica muito
acentuada de alterações, num processo frenético. Mais do que nunca, são exigidas
dos sujeitos uma participação intensa e efetiva, transparência em objetivos das
decisões.
Na gestão democrática, todos são chamados a pensar, avaliar e agir
coletivamente, diante das necessidades apontadas pelas relações educativas,
percorrendo um caminho que se estrutura com base no diagnóstico das
possibilidades e necessidades.
Nesse trajeto, a equipe de profissionais vai traçando os objetivos que
nortearão a construção das ações cotidianas, encontrando sua forma original de
trabalho. Essa travessia permite a cada escola a construção coletiva de sua
identidade.
Nesse contexto, papel importante desempenha as instâncias de decisões
coletivas atuando em sintonia para viabilizar o Projeto Político-Pedagógico:
Associação de Pais, Mestres e Funcionários, Grêmio Estudantil, Conselhos de
Classe, representação de turmas, reuniões pedagógicas, etc são fundamentais e o
diretor da escola deverá pautar seu trabalho pelas discussões e pelos
encaminhamentos definidos por elas.
Na escola contamos com a participação da APMF, CONSELHO ESCOLAR,
GRÊMIO ESTUDANTIL, CONSELHO DE CLASSE que acontece bimestralmente,
trimestralmente e sempre que se faz necessário.
Princípios da Gestão Democrática
Para uma prática educativa social e transformadora devemos ter instituídos
constitucionalmente os princípios:
Igualdade de condições para acesso e permanência no processo
educativo.
Gestão democrática, administrativa, pedagógica e financeira.
Valorização do Magistério.
Liberdade.
Autonomia administrativa, jurídica, financeira e pedagógica.
6 MARCO OPERACIONAL
Sabemos que as mudanças na educação em nosso Colégio precisam ser
mais significativas. Precisamos delinear e reorganizar o nosso trabalho pedagógico
com ações que levem todos a compreender a importância da escola para construção
da cidadania. Estamos estudando, nos capacitando, melhorando a qualidade de
nossas aulas com projeção de uma sociedade idealizada pelos princípios da
igualdade, liberdade e justiça.
As práticas pedagógicas produzem normas, valores, visão de mundo e
atitudes que definem posições. As dimensões políticas e pedagógicas se evidenciam
nas opções curriculares e por isso estamos inevitavelmente comprometidos com o
que propomos e colocamos em prática no âmbito da escola.
6.1 Grandes linhas de ação
Definidos os aspectos conceituais que regem nossa prática, a escola propõe
ações para a concretização de suas concepções.
As grandes linhas de ação estão de acordo com os eixos norteadores do
plano de ação do diretor sendo:
6.1.1 Gestão Democrática
- Que haja maior participação da comunidade na escola, bem como maior
compreensão da importância dessa participação na vida escolar de seus filhos.
- Que a escola organize atividades que favoreçam o envolvimento de todos.
- Que as instâncias colegiadas pautem seu trabalho numa gestão democrática e
participativa.
- Que o relacionamento entre os segmentos e instâncias colegiadas ocorra num
processo democrático e participativo.
6.1.2 Proposta Pedagógica
- Que a proposta pedagógica da escola seja trabalhada de acordo com as Diretrizes
Curriculares Estaduais.
- Que o Conselho de Classe seja realizado com o propósito de refletir, avaliar e
propor ações pedagógicas que garantam a aprendizagem de todos os alunos.
- Que os conteúdos sejam trabalhos numa prática constante de interdisciplinaridade
visando a totalidade do conhecimento pelo aluno.
6.1.3 Formação Continuada
- Que a formação continuada seja organizada de forma a atender os anseios dos
profissionais da educação bem como as necessidades da escola.
6.1.4 Especificidades Locais
- Que as ações sejam efetivadas com a participação de todos os segmentos e
instâncias colegiadas.
- Que a escola organize e incentive a participação de todos em campanhas,
concursos e em todas as atividades que priorize temas relevantes para uma efetiva
construção da cidadania.
6.1.5 Qualificação dos espaços e dos equipamentos da Escola
- Que a escola busque junto a mantenedora recursos para construção, reforma e
adequação de seus espaços físicos, bem como equipamentos e materiais
necessários para desenvolver suas atividades pedagógicas.
Função específica de cada segmento da comunidade escolar
Para efetivação do Projeto Político Pedagógico na escola contamos com uma
organização interna onde cada segmento possui sua função específica, mas
articulada, onde as relações entre os aspectos pedagógicos e administrativos estão
embasados em princípios da gestão democrática.
Direção
A direção é o órgão que preside o funcionamento dos serviços escolares no
sentido de garantir o alcance dos objetivos educacionais pedagógicos e
administrativos do Estabelecimento de Ensino bem como na efetivação do Projeto
Político Pedagógico.
Equipe Pedagógica
A Equipe Pedagógica desenvolve dentro da sua especificidade a organização
do trabalho escolar. Organização esta, que requer um trabalho de qualidade voltado
para aspectos inovadores, buscando estratégias de aprendizagem. Portanto, criando
condições favoráveis para que os professores desenvolvam com plenitude as
finalidades, os objetivos e as metas de qualidade que ajudem o aluno a enfrentar o
mundo atual como cidadão participativo, reflexivo e autônomo, conhecedor de seus
direitos e deveres.
Desenvolve-se em um serviço organizado na escola, onde especialista, em
cooperação e interação com a direção, professores, e outros membros do corpo
técnico-administrativo oferecem recursos para que os alunos possam resolver suas
dificuldades no âmbito da aprendizagem, do relacionamento interpessoal e da
integração escolar e social, as quais se evidenciam na medida em que os alunos,
identificando suas capacidades e necessidades, desenvolvem as e passam a fazer
uso adequado das mesmas.
O trabalho da Equipe Pedagógica é de assessoria ao processo ensino-
aprendizagem, desenvolvido na relação professor-aluno, assegurando a efetivação
do Projeto Político Pedagógico. Requer, portanto, o conhecimento não apenas dos
alunos, mas também das condições concretas, pessoais e profissionais dos
professores. Este conhecimento implica na compreensão de que professor e equipe
pedagógica têm tarefas diferentes numa luta comum.
Professores
Conforme a LDB 9.394/96 os docentes incumbir-se ão de:
Participar na elaboração da Proposta Pedagógica do estabelecimento de ensino.
Elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do
estabelecimento de ensino.
Zelar pela aprendizagem dos alunos.
Estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento.
Ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar integralmente
dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação, ás reuniões e ao
desenvolvimento profissional.
Colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a
comunidade.
Equipe Administrativa
A Equipe Administrativa é o setor que serve de suporte ao funcionamento de
todos os setores do Estabelecimento de Ensino, proporcionando condições para que
os mesmos supram suas reais funções. A Equipe Administrativa é composta por
Secretaria, Serviços Gerais e Bibliotecário.
Secretaria: é o setor que tem a seu encargo todo o serviço de escrituração escolar
e correspondência do estabelecimento.
Serviços Gerais: tem a seu encargo o serviço de manutenção, preservação,
segurança e merenda escolar do Estabelecimento de Ensino, sendo coordenado e
supervisionado pela Direção.
Bibliotecário: O serviço do Bibliotecário é de garantir o acesso à informação, é
ensinar o aluno a buscar, localizar, selecionar, confrontar, estabelecer nexos e com
isso o aluno ser capaz de produzir o seu próprio discurso. O objetivo é criar leitores
autônomos mostrando que a biblioteca faz parte de seu dia-a-dia. A biblioteca deve
ser o espaço de informação e de educação para a informação.
Como parte das mudanças sociais, exige-se de todos os profissionais da
educação uma prática voltada para o respeito às diferenças, para o saber conviver
com a diversidade de culturas e para a construção de práticas de uma gestão
democrática.
O papel das Instâncias Colegiadas
Conselho Escolar: tem por finalidade efetivar a gestão escolar, na forma de
colegiado, promovendo a articulação entre os segmentos da comunidade escolar e
os setores da escola constituindo-se um órgão auxiliar da direção do
estabelecimento de ensino.
Conselho de Classe: É um órgão colegiado presente na organização da escola, em
que os professores das diversas disciplinas juntamente com a equipe pedagógica e
direção reúne-se para refletir e avaliar o desempenho pedagógico dos alunos por
série e turma. Esta reunião se dá bimestralmente, trimestralmente e sempre que se
fizer necessário.
APMF: É um órgão de representação dos pais, mestres, e funcionários do
estabelecimento de ensino, não tendo caráter político partidário, religioso, racial e
nem fins lucrativos e com objetivos de discutir sobre ações de assistência ao
educando, de aprimoramento do ensino e integração família-escola-comunidade,
prestando assistência a professores e funcionários, assegurando-lhes melhores
condições de eficiência escolar em consonância com a proposta pedagógica do
colégio.
Grêmio Estudantil: O grêmio estudantil é uma representação do corpo discente da
escola. Ele deve ser visto como uma expressão da vontade coletiva dos estudantes.
É de fundamental importância esta representação escolar no debate da escola para
sua democratização e evolução. O grêmio é uma organização sem fins lucrativos
que representa o interesse dos estudantes e que tem fins cívicos, culturais,
educacionais, desportivos e sociais. É o órgão máximo de representação dos
estudantes da escola.
Calendário escolar
O Calendário Escolar é elaborado anualmente conforme normas emanadas
da SEED apreciado e aprovado pelo Conselho Escolar, obedecendo à legislação
vigente de forma a assegurar as condições necessárias à oferta da Educação
Básica com qualidade, com base no que determina a LDB 9.394/96, a qual
estabelece o mínimo de 800 (oitocentas) horas distribuídas por um mínimo de
200 (duzentos) dias de efetivo trabalho escolar. Após, enviado ao órgão
competente para análise e homologação, ao final de cada ano letivo anterior à sua
vigência.
O Calendário Escolar fixa:
I – Início e término do período letivo;
ll - Formação Continuada;
IIl – Dias para encontros pedagógicos;
IV – Dias para reunião de conselho de classe;
V – Recesso;
Vl – Feriados oficiais;
VIl – Férias do Professor;
Cabe a escola estabelecer os feriados municipais e recessos.
As complementações de carga horária do período noturno são realizadas aos
sábados.
Há reposições de aulas e realização de atividades extraclasses aos sábados
para cumprimento dos duzentos dias letivos.
As reuniões pedagógicas no calendário escolar são contadas como dias
letivos, pois nestas datas os alunos estão desenvolvendo atividades extraclasses
como gincanas recreativas, culturais e torneios.
Espaços Pedagógicos
Na escola contamos com os espaços educativos: biblioteca, laboratório de
informática, laboratório de Ciências, Física, Química e Biologia, refeitório, sala dos
professores, pátio e uma quadra de esportes que contribuem para o processo
ensino-aprendizagem.
A biblioteca é um espaço pedagógico democrático com acervo bibliográfico à
disposição de toda a comunidade e está à disposição dos alunos, professores,
funcionários e comunidade para pesquisas, leituras, trabalhos individuais, trabalho
em grupos e empréstimos de livros para leitura em sala de aula e domiciliar,
podendo o aluno permanecer com o livro durante sete dias.
O laboratório de Ciências, Física, Química e Biologia é um espaço
pedagógico para uso dos professores e alunos, que tem por finalidade auxiliar a
compreensão dos conteúdos trabalhados nas disciplinas, na realização de aulas
práticas, sendo necessário fazer o agendamento.
A quadra de esportes utilizada para as aulas de Educação Física, treinamento
de Handebol e Futsal e em atividades extraclasses culturais e recreativas
desenvolvidas pela escola durante o ano letivo.
O pátio é mais um local onde os alunos têm momentos de descontração, bate
papo, mantem um relacionamento de amizade, cooperatividade e liderança. Quando
necessário é utilizado para ensaios de danças, atividades recreativas e culturais, e
as duas mesas de tênis nas aulas de Educação Física.
A sala dos professores é o local da realização da hora atividade, estudos e
espera no intervalo entre aulas.
O laboratório de Informática é um espaço pedagógico para uso dos
professores e alunos, que tem por finalidade auxiliar a compreensão de conteúdos
trabalhados nas diferentes disciplinas do Ensino Fundamental e Médio, como uma
alternativa metodológica diferenciada.
Critérios de organização das turmas
A organização de turmas é de acordo com o número de matrículas, vagas
disponibilizadas e o número de salas de aulas da escola. O Ensino Médio é
autorizado para funcionamento nos períodos matutino e noturno e, portanto
distribuímos nestes períodos turmas de cada série.
Atendemos a necessidade das famílias que moram na zona rural e dependem
do transporte escolar com horário fixo para o período matutino e formamos uma
turma de cada série do Ensino Fundamental e Médio neste período.
Nos períodos vespertino e noturno as turmas de Ensino Fundamental – 5ª a
8ª séries também são distribuídas de acordo com o número de matrículas, vagas
disponibilizadas e número de salas de aulas existentes na escola.
É distribuída uma Sala de Recursos no período matutino e vespertino para
atender alunos do Ensino Fundamental. Os alunos do período matutino freqüentam
a Sala de Recursos no período vespertino e os alunos do período vespertino
freqüentam a Sala de Recursos no período matutino. Os alunos do período noturno
também são atendidos na Sala de Recursos de acordo com a disponibilidade de
horários nos períodos matutino e vespertino.
Formação Continuada dos Profissionais da Educação
A organização da formação continuada dos profissionais da educação e
componentes das instâncias colegiadas é ofertada pela SEED em eventos
distribuídos por área do conhecimento e atuação, em locais pré-determinados tais
como seminários, simpósios, jornadas pedagógicas, NRE Itinerante. Cabe a escola
de acordo com as necessidades aproveitar os momentos de reuniões pedagógicas,
grupos de estudos e na hora-atividade para organização da formação continuada.
Durante todo o ano letivo a Direção e Equipe Pedagógica desenvolvem uma
formação continuada dentro da escola, quer nas reuniões pedagógicas existentes no
calendário, no conselho de classe e em todos os momentos em que se faz
necessário capacitar os professores: nas orientações das instruções da SEED, do
Núcleo e das atividades pedagógicas da escola, fazendo uso da Hora Atividade do
professor incentivando-o na busca de novos conhecimentos e metodologia.
Plano de Avaliação do Projeto Político Pedagógico
A autonomia da escola na construção coletiva do Projeto Político-Pedagógico
concede-lhe o direito e o dever de avaliá-lo em todas as suas dimensões e de
divulgar os resultados a todos os interessados.
A avaliação de todo o processo e de todos os envolvidos pelos que dele
participaram é uma ação fundamental para a garantia de êxito do projeto e para as
decisões significativas a serem tomadas, daí a importância de a própria escola
avaliar seu trabalho e apresentar à sociedade os resultados obtidos assim como
suas necessidades, dificuldades e metas futuras.
A avaliação interna e sistemática é essencial para a definição, correção e
aprimoramento de rumos e neste contexto a escola fará avaliação do Projeto
Político-Pedagógico anualmente, com a participação de todos os segmentos e
instâncias colegiadas da escola.
6. Referências
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