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Avaliação, com base em modelo lógico, de efeitos de um treinamento estratégico
no desempenho de egressos e da organização
Dissertação de MestradoStella Cristina Moraes Pereira
Orientadora: Profa. Dra. Gardênia Abbad
UNIVERSIDADE DE UNIVERSIDADE CORPORATIVA BRASÍLIA – UnB BANCO DO BRASIL - UniBB
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Avaliar o impacto de um treinamento estratégico no desempenho individual (transferência de treinamento), identificando variáveis preditoras e a relação com resultados organizacionais.
Objetivo geral da pesquisa C
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Modelos teóricos de avaliação de TD&E
Modelos Tradicionais
Hamblin (1978)
Modelos Integrados
MAIS (1982)IMPACT (1999)
Propõem níveis de avaliação (reação, aprendizado, comportamento no cargo, mudança organizacional e valor final)
Incluem categorias de variáveis (insumo, processo e ambiente) que influenciam a efetividade de ações TD&E e possibilitam realizar ajustes no programa ou no contexto.
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Modelo teórico de avaliação de programas
Modelo Lógico
Ferramenta da área de Avaliação de Programas Sociais que explicita a “teoria” de um programa, a partir da descrição de recursos, atividades e resultados esperados (McLaughlin & Jordan, 2004)
Ferramenta metodológica que pode auxiliar a:
- identificar resultados esperados em longo prazo
- estabelecer supostas relações entre eles
- identificar variáveis contextuais capazes de afetá-los
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Etapas da pesquisa
Estudo 1Revisão do modelo
lógico
Estudo 2Elaboração
de medidas
Estudo 3Análise da relação entre
variáveis
Pesquisa com técnicas diversificadas de coleta de dados primários e secundários, com abordagem qualitativa e quantitativa.
6
Estudo 1 - MétodoTreinamento Avaliado: Curso presencial “Estratégia Negocial de Desenvolvimento Regional Sustentável” desenvolvido pelo Banco do Brasil.
Objetivo específico: Revisar o modelo lógico do treinamento DRS elaborado por Meneses (2007)
Amostra:10 gestores de agências 01 gerente da área estratégia 01 gerente regional
Procedimentos: -Análise documental (material didático, relatórios, normativos e informativos)-Entrevistas individuais e grupos focais-Análise de conteúdo
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Estudo 1 – Resultados C
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Estudo 1 – ResultadosSeta Variáveis Interferentes A Transferência
de treinamento para o trabalho
-Interesse e engajamento dos gestores-Experiência adquirida antes do curso-Pessoas treinadas que efetivamente ajudam-Disponibilidade de tempo, quadro de pessoal, atividades e metas concorrentes-Orientação técnica de Órgãos de Apoio internos-Troca de experiências com outros gestores-Disponibilidade de equipamentos e materiais-Apoio de parceiros-Incentivo de superiores-Fatores externos
B Quantidade de planos de negócios DRS e em suas estimativas de beneficiários e crédito
-Características das agências bancárias -Características demográficas dos municípios (e.g. área rural, população)-Tempo transcorrido após o treinamento-Outras metas de trabalho concorrentes e prioritárias-Recursos financeiros
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A utilização de diferentes stakeholders possibilitou ajustes: seqüência de resultados semelhante, com novos indicadores de resultados e variáveis interferentes
O modelo lógico atualizado embasou a elaboração de medidas e a definição de modelos empíricos para investigar relacionamentos entre variáveis
Estudo 1 – Discussão C
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Estudo 2 - MétodoObjetivo específico: Elaborar e validar medidas de avaliação
Escala Conceito Nr. itens
Motivação para
transferir
grau de interesse do gestor em aplicar, no trabalho, os conteúdos aprendidos no treinamento (Lacerda, 2002)
5
Transferência do
treinamento
aplicação, no trabalho, dos CHAs aprendidos no curso pelo participante (Freitas, Borges-Andrade, Abbad & Pilati, 2006)
12
Suporte -percepção sobre práticas organizacionais de gestão de desempenho (Abbad, 1999) -percepção sobre nível de apoio fornecido pelo ambiente pós-treinamento para aplicação de novos CHAs (suporte à transferência de treinamento)
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Amostra: Retorno de 2213 respondentes (63,8%) de 3466 gestores de agência capacitados entre agosto/2004 e fevereiro/2008.
Instrumento: Questionário impresso com três escalas
Estudo 2 - Método
Procedimentos de coleta e análise:
- Questionário encaminhado via malote em maio de 2008
- Validação estatística das escalas: Análise de componentes principais (PC) Análises de eixos principais (PAF) Análise de confiabilidade (Alfa de Cronbach)
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Estudo 2 - ResultadosEscala KMO %
vari-ância
Fatores Nr. itens
Alfa Cargas
Motivação para transferir
0,90 83,35 Fator geral 5 0,95 0,94 a 0,79
Suporte à transferência e Suporte Organizacional
0,96 58,94
Suporte social e técnico
14 0,94 0,95 a 0,43
Suporte externo
9 0,90 0,98 a 0,42
Gestão desem-penho
8 0,88 0,98 a 0,32
Suporte material
5 0,83 0,85 a 0,39
Transferência de treinamento
0,94 70,19 Fator Geral 12 0,96 0,88 a 0,69
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Estudo 2 - Discussão
Escalas consideradas válidas e confiáveis, pois apresentaram bons índices psicométricos e respaldo teórico
Dimensões de suporte à transferência: (a) social e técnico; (b) externo e (c) material.
- coerência com as dimensões da literatura
- novas dimensões: suporte externo à organização e apoio técnico prestado por colegas e outros intervenientes
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Estudo 3 – Modelo A
Características do indivíduo
-Motivação para transferir-Tempo de Banco-Experiência na função de gestor
Características do contexto-Suporte social e técnico -Suporte externo-Suporte material-Gestão de desempenho-Nr. de funcionários capacitados
Variável critérioTransferência
de treinamento para o trabalho
Objetivo específico:Avaliar a relação de “motivação para transferir” e “suporte” com “transferência de treinamento para o trabalho”
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Estudo 3 – Modelo B Objetivo específico:
Investigar o relacionamento entre transferência de treinamento e mudança organizacional, após a eliminação do efeito de outras variáveis antecedentes.
Características do contexto
-Nível da agência-Região Geográfica-Tempo de habilitação da agência-Percentual de população urbana
Variável critério- Elaboração de planos de negócios DRS
Resultado individual do treinamento
-Transferência de treinamento para o trabalho
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AmostraModelo A: amostra do Estudo 2Modelo B: sub-amostra com gestores lotados na atual agência há mais de 18 meses
Procedimentos de coleta de dados:1) Maio de 2008 2) 6 meses depois
Estudo 3 - Método
Dados primários: questio-nário do estudo 2
Dados secundários: base de dados da Empresa (características dos gestores e da agência)
Dados secundários: base de dados da Empresa e do IPEA (desempenho das agências e variáveis de contexto)
Procedimentos de análise de dados:Modelo A: Regressão múltipla padrãoModelo B: Regressão múltipla hierárquica
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Estudo 3 – Resultados
Variável critério
Variáveis Explicativas
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Transferência de treinamento para o trabalho
Motivação para transferir
0,316 0,380
0,62Suporte social e técnico
0,166 0,148
Suporte externo 0,403 0,409Gestão de desempenho
0,049 0,057
Modelo A
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Estudo 3 – Discussão
Hipó-tese
Descrição Interpretação
H1 Tempo de Banco e experiência como gestor contribui para explicar a transferência do treinamento para o trabalho
Resultados similares na literaturaA pouca variabilidade pode ter contribuído para esse resultado
H2 A motivação do indivíduo para transferir está positivamente relacionada com a transferência do treinamento
Gestores que se sentiram mais motivados para aplicar os novos CHAs foram os que mais relataram expressar as competências na situação real de trabalho
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Hipó-tese
Descrição Interpretação
H3 Percepção de suporte à transferência explica a variabilidade da transferência do treinamento
- Dimensões relevantes: suporte externo e suporte social e técnico
- Reforça a importância do suporte social e aponta novas dimensões
- Suporte material não contribuiu para explicar o resultado.
H4 Percepção de suporte organizacional explica a transferência do treinamento
- Prática de gestão de desempenho mostrou-se relevante, embora com menor poder preditivo.
- Corrobora resultado de Abbad(1999), mas difere de outros autores.
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Estudo 3 – Resultados
Variável critério
Variáveis Explicativas
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Quantidade de planos de negócios DRS
Tempo de habilitação
0,213 0,146 Modelo 1:
0,27
Modelo 2: 0,28
Região geográfica -0,345 -0,238
Transferência de treinamento
0,090 0,102
Modelo B
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Hipó-tese
Descrição Interpretação
H1 Características internas e externas às agências contribuem para explicar o número de planos de negócios elaborados por unidade organizacional
Agências com mais tempo de habilitação e localizadas na região Norte e Nordeste possuem mais PN DRS implementados.Nível da agência e percentual de população urbana não foram relevantes.
H2 Transferência de treinamento contribui para explicar o número de PN DRS implementados, após desconsiderada a influência de variáveis externas ao treinamento
A transferência do treinamento contribuiu para predizer o número de PN DRS, apesar de ser pequena a contribuição. A aplicação do treinamento é necessária, mas não suficiente para produzir resultados mais abrangentes.
Estudo 3 – DiscussãoModelo B
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Limitações
Dados obtidos por meio de auto-relato, que constituem indicadores subjetivos, que podem conter imprecisões
Não adoção de hetero-avaliação de transferência de treinamento
Estudo correlacional, ao invés de desenho experimental ou quase-experimental
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ContribuiçõesUtilização de modelos lógicos para direcionar o processo de avaliação de treinamento
Validação estatística de uma escala de impacto de treinamento em profundidade
Estabelecimento do caráter preditivo exercido pela variável motivação para transferir sobre indicador de efetividade de treinamento no nível individual (i.e. transferência de treinamento)
Detecção de outras dimensões de suporte à transferência
Incremento na explicação da transferência de treinamento com a utilização de medidas de suporte específicas ao contexto pesquisado
Teste do poder preditivo entre transferência de treinamento e um indicador de efetividade de treinamento referente ao nível de mudança organizacional
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RecomendaçõesAprofundar investigação sobre motivação para transferir e identificar variáveis individuais e contextuais que interferem na relação entre a variável e o resultado do treinamento
Aprimorar conceito e medida de suporte à transferência
Adotar modelos lógicos para investigar efeitos de TD&E na organização
Propor modelos empíricos com delineamento experimental ou quase-experimental
Testar efeitos mediadores e moderadores entre variáveis
Testar novamente o relacionamento entre resultados individuais e efeitos em níveis mais abrangentes
Utilizar modelo lógico revisado para dar continuidade à avaliação do treinamento DRS C
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Obrigada!
Contato: Stella Cristina Moraes Pereirae-mail: [email protected].: (61) 3310-9492
UNIVERSIDADE DE UNIVERSIDADE CORPORATIVA BRASÍLIA – UnB BANCO DO BRASIL - UniBB