1 ciclo rankine (1)

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1. CICLO RANKINE (Centrais Termelétricas) Prof. Ricardo Cruz

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1. CICLO RANKINE

(Centrais Termelétricas)

Prof. Ricardo Cruz

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INTRODUÇÃO

REVISÃO DE TERMODINÂMICA

• PRIMEIRA LEI EM RP PARA VC

𝑄 + 𝑚 ℎ𝑒 +𝑉𝑒2

2+ 𝑔𝑧𝑒 = 𝑊 + 𝑚 ℎ𝑠 +

𝑉𝑠2

2+ 𝑔𝑧𝑠 (1)

o Se os efeitos cinéticos e gravitacionais são desprezíveis, resume-se (sempre são em ciclos térmicos)

𝑄

𝑚 + ℎ𝑒 =

𝑊

𝑚 + ℎ𝑠 → 𝑞 + ℎ𝑒 = 𝑤 + ℎ𝑠 (1𝑎)

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• SEGUNDA LEI EM RP PARA VC

𝑄

𝑇𝑓𝑟𝑜𝑛𝑡.

+𝑚 𝑠𝑒 + 𝜎 𝑣𝑐 = 𝑚 𝑠𝑠 (2)

o Por unidade de vazão mássica

𝑄 𝑚

𝑇𝑓𝑟𝑜𝑛𝑡.

+ 𝑠𝑒 +𝜎 𝑣𝑐𝑚

= 𝑠𝑠

∴ 𝑞

𝑇 𝑓𝑟𝑜𝑛𝑡.+ 𝑠𝑒 + 𝜎𝑣𝑐 = 𝑠𝑠 (2𝑎)

INTRODUÇÃO

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• BALANÇO EXERGÉTICO EM RP PARA VC

𝑄 1 −𝑇

𝑇0 𝑓𝑟𝑜𝑛𝑡.

+𝑚 𝑏𝑒𝑡𝑜𝑡. = 𝑊 + 𝑚 𝑏𝑠

𝑡𝑜𝑡. + D (3)

o Por unidade de vazão mássica

𝑄

𝑚 1 −

𝑇

𝑇0 𝑓𝑟𝑜𝑛𝑡.

+ 𝑏𝑒𝑡𝑜𝑡. =

𝑊

𝑚 + 𝑏𝑒

𝑡𝑜𝑡. +D

𝑚

∴ 𝑞 1 −𝑇

𝑇0 𝑓𝑟𝑜𝑛𝑡.

+ 𝑏𝑒𝑡𝑜𝑡. = 𝑤 + 𝑏𝑒

𝑡𝑜𝑡. + d (3𝑎)

Onde: 𝑏𝑡𝑜𝑡. = 𝑏𝑓í𝑠. + 𝑏𝑞𝑢í𝑚. , D = 𝑇0𝜎 𝑣𝑐 e d = 𝑇0𝜎𝑣𝑐.

INTRODUÇÃO

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• Definições de ciclos de potência

o Há que se considerar dois “tipos” de ciclo:

Ciclo termodinâmico

- Os processos iniciam e terminam no mesmo ponto;

- Para iniciar e terminar no mesmo ponto, os processos tem que ser todos reversíveis (i. e., o ciclo é reversível);

- É modelado pela 1ª e 2ª lei para sistemas fechados;

“Ciclo” termomecânico

- Não cumpre a exigência de início e fim no mesmo ponto, pois os processos são irreversíveis (i. e., o ciclo é irreversível);

- Um nome melhor é planta, modelada pela 1ª e 2ª Lei para VC.

CICLOS

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• PRIMEIRA E SEGUNDA LEI PARA CICLOS TERMODINÂMICOS

o Da eq. (1), se obtém a 1ª Lei para sistemas fechados R, dadas as quantidades discretas seguintes, e disso a 1ª lei para ciclos:

𝑄 = 𝑄 𝑑𝑡𝑡1𝑡0

, 𝑊 = 𝑊 𝑑𝑡𝑡1𝑡0

, 𝐻 = ℎ 𝑚 𝑑𝑡𝑡1𝑡0

∴ 𝑄𝑐𝑖𝑐𝑙𝑜 = 𝑊𝑐𝑖𝑐𝑙𝑜 + 𝐻𝑠 −𝐻𝑒 𝑐𝑖𝑐𝑙𝑜 → 𝑄𝑐𝑖𝑐𝑙𝑜 = 𝑊𝑐𝑖𝑐𝑙𝑜 (4)

o Da eq. (2) vem a 2ª Lei para sistemas fechados R (dentro e fora), dadas as quantidades discretas abaixo, e daí a 2ª Lei para ciclos:

𝑆 = 𝑄 𝑇 𝑑𝑡𝑡1𝑡0

, 𝛹 = 𝜎 𝑑𝑡𝑡1𝑡0

, 𝛺 = 𝑠 𝑚 𝑑𝑡𝑡1𝑡0

∴ 𝑆𝑐𝑖𝑐𝑙𝑜 +𝛹𝑐𝑖𝑐𝑙𝑜 = 𝛺𝑒 − 𝛺𝑠 𝑐𝑖𝑐𝑙𝑜 → 𝑆𝑐𝑖𝑐𝑙𝑜 = 0 (5)

0 (o ciclo “se fecha”)

CICLOS

0 (se o ciclo é externamente R)

0 (se o ciclo é internamente R)

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• ANÁLISE DE CICLOS TERMOMECÂNICOS

o Como o ciclo real “não se fecha”:

𝑄𝑐𝑖𝑐𝑙𝑜 > 𝑊𝑐𝑖𝑐𝑙𝑜 (6)

Ou seja, o calor aportado ao ciclo produz menos trabalho (há “perdas” nessa conversão);

o Como o ciclo não é R interna (dentro) nem externamente (fora) :

𝑆𝑐𝑖𝑐𝑙𝑜 +𝛹𝑐𝑖𝑐𝑙𝑜 = 𝛺𝑒 − 𝛺𝑠 𝑐𝑖𝑐𝑙𝑜 (7)

Ou seja, as I internas estão relacionadas às “perdas” internas;

o A melhor análise é por exergia. Então, da eq. (3), vem, pra ciclos:

𝐵𝑄 = 𝑄 1 − 𝑇 𝑇0 𝑑𝑡𝑡1𝑡0

, 𝑊 = 𝑊 𝑑𝑡𝑡1𝑡0

𝐵𝑓𝑙. = 𝑏 𝑚 𝑑𝑡𝑡1𝑡0

, 𝐵𝐷 = 𝐷 𝑑𝑡𝑡1𝑡0

CICLOS

𝐵𝑄 = 𝐵𝑓𝑙. +𝑊 + 𝐵𝐷

(8)

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• O CICLO TERMODINÂMICO A VAPOR DE CARNOT¹

o É um ciclo R. Pode ser representado no pV e no Ts.

CICLOS

Qf

Qq

Qq

Qf

Processos: 1-2: Expansão isentrópica do vapor 2-3: Rejeição de calor R a T const. 3-4: Compressão isentrópica do líquido 4-1: Adição de calor R a T const.

𝑾𝒄𝒊𝒄𝒍𝒐 = 𝑸𝒄𝒊𝒄𝒍𝒐

𝜼𝑪 = 𝟏 −𝑻𝒇

𝑻𝒒

4 𝑟𝑒𝑝𝑒𝑡.

9

𝑾𝑩

𝑾𝑩

𝑾𝑻

𝑾𝑻

𝑊𝑇 𝑊𝐵

𝐵 𝑇

¹ Figuras adaptadas de Moran & Shapiro. Princípios de Termodinâmica para Engenharia. LTC. RJ, 2002.

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• PLANTA A VAPOR SIMPLES (R OU I)¹

o É composto pelos dispositivos (VC) da figura abaixo;

o Pode-se analisá-lo como VC (energia) ou como ciclo termodinâmico.

CICLOS

GV: gera vapor d’água a ser expandido na turbina a vapor; TV: transforma a ental- pia do vapor em po- tência mecânica, que é transformada em potência elétrica no gerador; CD: condensa o vapor que sai da TV; B2: eleva a pressão da água líquida; Chaminé e TR: auxiliares.

¹ Figura adaptadas de Moran & Shapiro. Princípios de Termodinâmica para Engenharia. LTC. RJ, 2002.

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• BALANÇOS DE 1ª LEI DOS VC DA PLANTA A VAPOR SIMPLES¹

o Cada equipamento é um VC submetido a um processo, que tan-to faz se é R ou I. A seguir se tem as equações obtidas aplicando a equação de balanço de energia (1𝑎), para VC em RP.

Gerador de Vapor (GV): o aporte de calor simplifica para 𝑞𝐺𝑉[kJ/kg] (calor líquido do ciclo); é desconsiderado o calor perdido nos gases;

𝑞𝐺𝑉 = ℎ2 − ℎ1 (10)

Turbina a vapor (TV): é desconsiderado o gerador elétrico (ou qual-quer outro uso da potência da TV), porque é externo.

𝑤𝑇𝑉 = ℎ2 − ℎ3 (11)

CICLOS

𝑉𝐶

𝑉𝐶

OBS: se o processo de vaporização é R, a ∆ℎ é menor do que se ele é I.

OBS: se a TV é isentró-pica, a ∆ℎ é maior do que se ela é I.

¹ Figura adaptadas de Moran & Shapiro. Princípios de Termodinâmica para Engenharia. LTC. RJ, 2002.

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Condensador (CD): o calor rejeitado simplifica para 𝑞𝐶𝐷[kJ/kg] (rejei-to líquido do ciclo); é desconsiderada a torre de resfriamento e a B1;

𝑞𝐶𝐷 = ℎ3 − ℎ4 (12)

Bomba de condensado (B2): é desconsiderado o motor (é externo);

𝑤𝐵2 = ℎ1 − ℎ4 (13)

o Parâmetro de desempenho: é a eficiência de 1ª lei, dos modos

𝜂𝐼 ≡𝑞𝑙í𝑞.

𝑞𝐺𝑉=𝑞𝐺𝑉 − 𝑞𝐶𝐷

𝑞𝐺𝑉= 1 −

𝑞𝐶𝐷𝑞𝐺𝑉

= 1 −ℎ3 − ℎ4ℎ2 − ℎ1

(14𝑎)

𝜂𝐼 ≡𝑤𝑙í𝑞.

𝑞𝐺𝑉=𝑤𝑇𝑉 − 𝑤𝐵2

𝑞𝐺𝑉=

ℎ2 − ℎ3 − ℎ1 − ℎ4ℎ2 − ℎ1

(14𝑏)

(14𝑎) e (14𝑎) também valem em ciclos I, pois são dadas em entalpias.

CICLOS

𝑉𝐶

𝑉𝐶

OBS: se a bomba é isentrópica,

𝑤𝐵2,𝑅 = 𝑣𝑑𝑝 ≅ 𝑣4 𝑝1 − 𝑝4 .

Ademais, 𝑤𝐵2,𝑅 < 𝑤𝐵2,𝐼 .

OBS: se o processo de condensação é R, a ∆ℎ é menor do que se ele é I.

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Determinar os parâmetros externos e a eficiência de 1ª Lei do ciclo simples da figura, cujos dados estão na tabela abaixo.

Solução

𝑞𝐺𝑉 = ℎ2 − ℎ1 = 3 170,9 𝑘𝐽/𝑘𝑔

𝑤𝑇𝑉 = ℎ2 − ℎ3 = 1 236 𝑘𝐽/𝑘𝑔

𝑞𝐶𝐷 = ℎ3 − ℎ4 = 1 944,7

𝑤𝐵2 = ℎ1 − ℎ4 = 9,8 𝑘𝐽/𝑘𝑔

𝜂𝐼 = 1 −ℎ3 − ℎ4ℎ2 − ℎ1

= 0,386 7 (38,67%)

𝜂𝐼 =ℎ2 − ℎ3 − ℎ1 − ℎ4

ℎ2 − ℎ1= 38,67%

EXEMPLO 1

1 2 3 4

𝑝 [bar]

𝑇 [C]

ℎ [kJ/kg

]

𝑝 [bar]

𝑇 [C]

ℎ [kJ/kg

]

𝑝 [bar]

𝑇 [C]

𝑥 [-]

ℎ [kJ/kg

]

𝑝 [bar]

𝑇 [C]

𝑥 [-]

ℎ [kJ/kg

]

60 30 131,1 60 450 3 302 0,04 28 0,799 4 2 066 0,04 28 0 121,3

Parâme-

tros

Externos

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• CICLO TERMODINÂMICO A VAPOR DE RANKINE (SIMPLES)¹

o Foi concebido pelo escocês William J. Macquorne Rankine (1820 -1872), como o primeiro ciclo que permitia efetivamente obter trabalho do vapor (no que o de Carnot se mostrou inviável);

o É um ciclo R. Pode ser representado no Ts e no hs;

o Pressupõe os componentes básicos da figura abaixo. A figura da direita ilustra o ciclo Rankine no Ts.

CICLOS

Como o ciclo é R, a área da região po-ligonal 1-a-2-3-4-1 significa:

wciclo = qciclo 𝒒𝑪𝑫

𝒒𝑮𝑽𝟐

𝒘𝑩𝟐

𝒘𝑻𝑽

𝒒𝑮𝑽 = 𝒒𝑮𝑽𝟏 +𝒒𝑮𝑽𝟐

¹ Figuras adaptadas de Moran & Shapiro. Princípios de Termodinâmica para Engenharia. LTC. RJ, 2002.

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o A eficiência do ciclo Rankine também pode ser escrita em termos de uma razão de temperaturas, semelhante à expressão da efici-ência de Carnot, eq. 9 . Porém, ver-se-á que há uma diferença;

o Para isso, seja a área da poligonal do diagrama Ts abaixo, que significa tanto o calor como o trabalho líquidos do ciclo;

o Como o ciclo ideal é R, escreve-se 𝑞𝑖,𝑅 = 𝑇𝑓𝑟.𝑑𝑠4

1, onde 𝑇𝑓𝑟. é a

temperatura da fronteira de troca, que tem que ser constante;

o Das duas temperaturas de troca, 𝑇𝐶𝐷 é constante; mas 𝑇𝐺𝑉 não o é (só no trecho a-2 ela é constante). Então, substituímos 𝑇𝐺𝑉 por sua média, 𝑇 𝐺𝑉, que é constante. Disso, ela pode sair da integral acima: 𝑞𝐺𝑉,𝑅 = 𝑇 𝐺𝑉 𝑠2 − 𝑠1 . A eficiência é então:

𝜂𝑅𝑎𝑛𝑘. = 1 −𝑞𝐶𝐷𝑞𝐺𝑉,𝑅

= 1 −𝑇𝐶𝐷 𝑠4 − 𝑠3

𝑇 𝐺𝑉 𝑠2 − 𝑠1

∴ 𝜂𝑅𝑎𝑛𝑘. = 1 −𝑇𝐶𝐷

𝑇 𝐺𝑉 (15)

CICLOS

𝒒𝑪𝑫(𝑻𝑪𝑫)

𝒒𝑮𝑽𝟐

(𝜂𝑅𝑎𝑛𝑘. < 𝜂𝐶)

𝑻 𝑮𝑽

𝒒𝑮𝑽,𝑹 = 𝒒𝑮𝑽𝟏 +𝒒𝑮𝑽𝟐

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o O trabalho e a eficiência do ciclo variam alterando-se as tempe-raturas de vaporização e de condensação (figuras abaixo).

CICLOS

O aumento da T do vapor que entra na TV, de saturado a superaquecido, aumenta a área da poligonal e eleva a temperatura média do aporte de calor, 𝑇 𝐺𝑉 :

A eficiência e o trabalho aumentam

O aumento da pressão do GV (de p2 para p2’), mantendo constante a p de con-densação, p3, eleva a temperatura média do aporte de calor para o ciclo, 𝑇 𝐺𝑉 :

A eficiência aumenta (e talvez o trabalho)

A redução da pressão do CD (de patm para abaixo de patm), mantendo constante a p do GV, faz elevar a temperatura média do aporte de calor para o ciclo, 𝑇 𝐺𝑉 :

A eficiência e o trabalho aumenta

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o Duas diferenças básicas entre o ciclo de Carnot e o de Rankine:

1. A eficiência de Carnot é maior do que a de Rankine;

2. Rankine produz mais trabalho do que Carnot.

CICLOS

• O motivo do item 1 acima é que 𝑇 𝐺𝑉 (Rankine, que tem 𝑞𝐺𝑉1 + 𝑞𝐺𝑉2) < 𝑇𝑞 (Carnot, que só tem 𝑞𝐺𝑉2);

• O motivo do item 2 acima decorre do fato de Rankine ter 𝑞𝐺𝑉1 + 𝑞𝐺𝑉2 e Carnot só ter 𝑞𝐺𝑉2 , ou seja:

𝑤𝑅𝑎𝑛𝑘. = 𝑞𝐺𝑉1 + 𝑞𝐺𝑉2 − 𝑞𝐶𝐷

𝑤𝐶𝑎𝑟𝑛𝑜𝑡 = 𝑞𝐺𝑉2 − 𝑞𝐶𝐷

Notar: Carnot não pode receber ca-lor em temperaturas abaixo de 𝑇𝑞.

𝒒𝑮𝑽𝟐

𝒒𝑪𝑫

𝑻 𝑮𝑽

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• CICLO TERMOMECÂNICO A VAPOR DE RANKINE (SIMPLES)¹

o É uma aproximação mais fiel do ciclo real, que se desenvolve ainda com os mesmos quatro componentes: GV, TV, CD e B2;

o São introduzidas as I da TV e da B2 (conversão de ℎ e perdas de carga); e do GV, do CD e da tubulação (perdas de carga).

CICLOS

Na TV e B2, as I são avaliadas pelas seguintes eficiências isentrópicas:

Expansão adiabática I na TV

𝜂𝑖𝑠𝑒𝑛𝑡.,𝑇𝑉 =𝑤𝑇𝑉,𝑟𝑒𝑎𝑙

𝑤𝑇𝑉,𝑖𝑠𝑒𝑛𝑡.=

ℎ2 − ℎ3𝑟𝑒𝑎𝑙ℎ2 − ℎ3𝑖𝑠𝑒𝑛𝑡.

Compressão adiabática I na B2

𝜂𝑖𝑠𝑒𝑛𝑡.,𝐵2 =𝑤𝑇𝑉,𝑖𝑠𝑒𝑛𝑡.

𝑤𝑇𝑉,𝑟𝑒𝑎𝑙=ℎ4𝑟𝑒𝑎𝑙 − ℎ1𝑖𝑠𝑒𝑛𝑡.ℎ4𝑟𝑒𝑎𝑙 − ℎ1𝑟𝑒𝑎𝑙

No GV, CD e na tubulação, as I são dadas por valores tolerados de perda de carga, em [%].

¹ Figura adaptadas de Moran & Shapiro. Princípios de Termodinâmica para Engenharia. LTC. RJ, 2002.

Nesta figura, se assume que a pressão da B2 (ponto 1) é a mes-ma para o ciclo R e o I. As distor-ções estão exageradas.

Ciclo R

Ciclo I

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o É difícil balancear uma planta a vapor, devido às “fugas” de energia que sempre existem nos componentes, na tubulação e nos vários acessórios de controle (pressostatos, termômetros, válvulas, etc.). O Ex. 2, a seguir, ilustra como isso é difícil;

o O mais fácil a fazer é balancear os componentes assumindo-os R e aplicar-lhes valores de eficiências do estado da arte, de modo a compensar suas irreversibilidades;

o Nessa estratégia, desprezam-se inicialmente as perdas de carga e as fugas de energia térmica de tubos e acessórios de controle;

o Tais perdas (de carga e calor) deverão ser acrescidas a posteriori, num processo iterativo de convergência otimizativa de todos os parâmetros e propriedades de estado das estações da planta (estações são pontos arbitrários a montante e a jusante de um equipamento ou um acessório).

CICLOS

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• RECURSOS PARA ELEVAÇÃO DA EFICIÊNCIA DO CICLO/PLANTA

Superaquecimento do vapor¹

CICLOS

¹ Figuras adaptadas de SORIANO, José Agüera (www.uco.es/termodinamica/ppt_Oct2012/termo 6-1 Centrales Termicas.ppt) – 08/09/2013.

Função dos componentes extras: Pré aquecedor de ar (PAA) – elevação da T do ar de combustão Economizador (ECON)– aquecimento do condensado até a Tsat.

Tambor superior (TBS) – separação de vapor e líquido saturados Superaquecedor (SA)– elevação da T do vapor a p constante

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O ciclo simples da figura abaixo tem como únicos dados conhecidos os da tabela ao lado. Admite-se perdas de carga de 3% no GV (ECON e SA) e no CD; e que o ciclo R e I tem os mesmos dados da tabela. Determine:

A) As propriedades p, T, h e s nas estações; os ca- lores e as potências, se o ciclo é R

B) Idem, se o ciclo é I

C) As eficiências isentrópicas da TV e da B

D) A eficiência do ciclo Rankine (R e I)

E) Uma estimativa para 𝑇 𝐺𝑉

EXEMPLO 2

Dados conhecidos (R e I)

𝑝1[bar] 𝑇1 [C] 𝑇2[C]

5 105 320

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“! Solução (A) – p, T, h e s nas estaç.; calores e potências; ciclo R (pelo EES)”

{ESTAÇÃO 1} p1_r = 5 [bar] : T1_r = 105 [C] h1_r = enthalpy(steam;p=p1_r;T=T1_r) : s1_r = entropy(steam;p=p1_r;T=T1_r) {ESTAÇÃO a} pa_r = p1_r : Ta_r = temperature(steam;p=pa_r;x=0) ha_r = enthalpy(steam;p=pa_r;x=0) : sa_r = entropy(steam;p=pa_r;x=0) {ESTAÇÃO b} pb_r = p1_r : Tb_r = temperature(steam;p=pb_r;x=1) hb_r = enthalpy(steam;p=pb_r;x=1) : sb_r = entropy(steam;p=pa_r;x=1) {ESTAÇÃO 2} p2_r = p1_r : T2_r = 320 [C] h2_r = enthalpy(steam;p=p2_r;T=T2_r) : s2_r = entropy(steam;p=p2_r;T=T2_r) {ESTAÇÃO 3} p3_r = 1 [bar] : T3_r = temperature(steam;p=p3_r;s=s3_r) h3_r = enthalpy(steam;p=p3_r;T=T3_r) : s3_r = s2_r x3_r = quality(steam;p=p3_r;T=T3_r) {ESTAÇÃO 4} p4_r = p3_r : T4_r = temperature(steam;p=p4_r;x=0) h4_r = enthalpy(steam;p=p4_r;T=T4_r) : s4_r = entropy(steam;p=p4_r;T=T4_r) {TRABALHOS E CALORES DO CICLO REVERSÍVEL} q_GV.r = h2_r - h1_r : q_CD.r = h3_r - h4_r w_B.r = h1_r - h4_r : w_TV.r = h2_r - h3_r

EXEMPLO 2

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“! Solução (B) – p, T, h e s nas estaç.; calores e potências; ciclo I (pelo EES)”

{ESTAÇÃO 1} p1_i = 5 [bar] {! mantido} : T1_i = 105 [C] {! mantido} h1_i = enthalpy(steam;p=p1_i;T=T1_i) : s1_i = entropy(steam;p=p1_i;T=T1_i) {ESTAÇÃO a} pa_i = p1_i*(1-Dp) : Ta_i = temperature(steam;p=pa_i;x=0) ha_i = enthalpy(steam;p=pa_i;x=0) : sa_i = entropy(steam;p=pa_i;x=0) {ESTAÇÃO b} pb_i = pa_i*(1-Dp) : Tb_i = temperature(steam;p=pb_i;x=1) hb_i = enthalpy(steam;p=pb_i;x=1) : sb_i = entropy(steam;p=pa_i;x=1) {ESTAÇÃO 2} p2_i = pb_i*(1-Dp) : T2_i = 320 [C] {! mantido} h2_i = enthalpy(steam;p=p2_i;T=T2_i) : s2_r = entropy(steam;p=p2_i;T=T2_i) {ESTAÇÃO 3} p3_i = 1 [bar]*(1-Dp) : T3_i = T3_r + 5 h3_i = enthalpy(steam;p=p3_i;T=T3_i) : s3_i = entropy(steam;p=p3_i;T=T3_i) x3_i = quality(steam;p=p3_i;T=T3_i) {ESTAÇÃO 4} p4_i = p3_i*(1-Dp) : T4_i = T4_r - 5[C] h4_i = enthalpy(steam;p=p4_i;T=T4_i) : s4_i = entropy(steam;p=p4_i;T=T4_i) {TRABALHOS E CALORES DO CICLO REVERSÍVEL} q_GV.i = h2_i - h1_i : q_CD.i = h3_i - h4_i w_B.i = h1_i - h4_i : w_TV.i = h2_i - h3_i

EXEMPLO 2

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“! Solução (C) – eficiências isentrópicas da TV e da B (pelo EES)”

eta_isent.TV = 100*(w_TV.i/w_TV.r)

eta_isent.B = 100*(w_B.r/w_B.i)

“! Solução (D) – Eficiência do ciclo Rankine (R e I, EES)”

eta_Rank.r = 100*(w_TV.r/q_GV.r)

eta_Rank.i = 100*(w_TV.i/q_GV.i)

“! Solução (E) – estimativa para 𝑇 𝐺𝑉 (pelo EES)”

q_GV.i = T_bar_GV.i*(s2_i - s1_i)

q_GV.r = T_bar_GV.r*(s2_r - s1_r)

EXEMPLO 2

Page 24: 1  ciclo rankine (1)

EXEMPLO 2

CONTINUA NO PRÓXIMO SLIDE...

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EXEMPLO 2

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Reaquecimento do vapor¹

CICLOS

¹ Figura adaptada de Moran & Shapiro. Princípios de Termodinâmica para Engenharia. LTC. RJ, 2002.

Função dos componentes extras: Superaquecedor (SA) – elevação da temperatura do vapor a p const. Reaquecedor (RA) – reeleva a entalpia do vapor entre as TVa e TVb TV alta pressão (TVa) – seção sob p > 90 bar (estágios Curtis-Parson) TV baixa pressão (TVb) – seção sob 10 bar < p < 90 bar (estágios

Rateau ou estágios Curtis-Rateau)

Page 27: 1  ciclo rankine (1)

Regeneração do ciclo (com TC aberto)¹

CICLOS

¹ Figura adaptada de Moran & Shapiro. Princípios de Termodinâmica para Engenharia. LTC. RJ, 2002.

Função dos componentes extras: Superaquecedor (SA) – elevação da temperatura do vapor a p const. TV alta pressão (TVa) – seção sob p > 90 bar (estágios Curtis-Parson) TV baixa pressão (TVb) – seção sob 10 bar < p < 90 bar (est. Rateau ou est. Curtis-Rateau) Trocador de calor aberto (TCA) – para misturar a extração de vapor e o condensado OBS: este arranjo também pode ter reaquecimento do vapor entre a TVa e a TVb.

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Regeneração do ciclo (com TC de fluxos separados)¹

CICLOS

¹ Figura adaptada de Moran & Shapiro. Princípios de Termodinâmica para Engenharia. LTC. RJ, 2002.

Função dos componentes extras: Superaquecedor (SA) – elevação da temperatura do vapor a p const. Reaquecedor (RA) – reeleva a entalpia do vapor entre as TVa e TVb Trocador de calor fechado (TCF) – troca calor entre o vapor sangrado e o condensado VC – válvula de controle direcional (abre-fecha) PG – purgador de vapor (separa condensado do vapor por queda de pressão)

Page 29: 1  ciclo rankine (1)

o Modernos ciclos regenerativos podem possuir até sete extações;

o A figura abaixo¹ mostra um caso com duas extrações.

CICLOS

¹ Figura adaptada de SORIANO, José Agüera (www.uco.es/termodinamica/ppt_Oct2012/termo 6-1 Centrales Termicas.ppt) – 08/09/2013.

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O fluido de trabalho da planta Rankine da figura abaixo é a água.¹ Ali, vapor entra na 1ª seção da TV a 80 bar, 480 C, e expande até 7 bar. Nessa pressão, o vapor volta ao GV, é reaquecido até 440 C e volta à TV, onde expande até 0,8 bar. A potência líquida de toda a TV é 100 MW. Determine insumos, produtos e perdas de cada um dos componentes.

EXERCÍCIO EM SALA DE AULA

¹ Figura adaptada de Moran & Shapiro. Princípios de Termodinâmica para Engenharia. LTC. RJ, 2002.

80 bar

480 C

7 bar 440 C

0,8 bar

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USINA MAUÁ – AM ENERGIA

Caldeiras 3 e 4

CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS – Usina 2

Unid. Potência

Efetiva (MW)

Fabricante

da TV

Fabricante do GV (capacidade)

Combustível Início

operação

TV01 18,0 GE Combustion

28-VP

(81,54 t/h)

Fuel oil

OCA1 15/11/1973

TV02 18,0 GE

TV03 50,0 GE Combustion

VU-60

(228,312 t/h)

Fuel oil

OCA1 01/11/1978

TV04 50,0 GE

Total 136,0

Caldeiras 1 e 2

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• OUTRAS TECNOLOGIAS ASSOCIADAS AO CICLO RANKINE¹

o Motivado pelos choques do petróleo e as restrições ambientais ao uso de carvão fóssil, petróleo ou fissão nuclear, foram desenvolvidas tecnologias nos dias atuais que permitem associar o ciclo de Rankine (com reaquecimento e/ou regeneração) a ou-tras tecnologias, quer de fontes térmicas, quer de aplicações. Dentre essas associações, destacam-se:

• Ciclo Rankine Orgânico (CRO) – inovação no fluido de trabalho;

• Centrais Solares Rankine – inovação na fonte térmica;

• Ciclo Combinado e Cogeração – inovação na eficiência do ciclo.

o A seguir apresentam-se os aspectos técnicos mais importantes dessas tecnologias.

CICLOS

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Ciclo Rankine Orgânico (CRO)

o Consiste fundamentalmente do ciclo Rankine convencional com uso de uma substância orgânica como fluido de trabalho, em vez da água;

o As substâncias adotadas tem altas pressões de vapor em baixas tem-peraturas (< 80 C) a médias temperaturas (< 150 C). Parte do desafio da avaliação de um CRO é a escolha dessa substância;

o Os CRO são mais simples do que o Rankine-água, podendo-se citar, como alguns porquês disso:

• As temperaturas muito mais baixas dos CRO permitem ciclos supercríticos mais facilmente;

• Do mesmo modo, essas baixas temperaturas podem evitar a necessidade de reaquecimento, e mesmo a regeneração;

• A pressão de saída da TV pode ser < p0 (não precisa ser vp úmido).

CICLOS

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o O CRO não é uma tecnologia concorrente com as demais tecnologias térmicas, quanto à potência, exceto os motores de combustão inter-na alternativos. A figura a seguir põe isso em perspectiva.

CICLOS

Fonte: adaptado de Spliethoff e Shuster (2006) apud Carlão, R. L. Lopes. Projecto de um CRO para Produção de 200 kWe. Rel. Final, MIEM, Portugal, 2010

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o A tabela abaixo fornece as características principais das três substâncias usadas em CRO.

CICLOS

Fonte: Carlão, R. L. Lopes. Projecto de um CRO para Produção de 200 kWe. Rel. Final, MIEM, Portugal, 2010

• R123: substituto do R11; é um HCFC, com potencial de ataque à camada de ozônio; é um fluido não inflamável e atóxico (ÑIA);

• R245fa: substituto do R123; não é um HCFC; é um fluido ÑIA;

• R601: não é um HCFC, mas é inflamável (usado em Cuba).

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o A modelagem do CRO resta mais completa quando incorpora, além dos balanços energéticos, os balanços exergéticos (o Rankine-água também);

o Os balanços dos componentes do CRO a seguir, que só contemplam superaquecimento na saída do GV (fig. abaixo), desprezam as perdas de carga, porque pequenas nesse ciclo (mas não no Rankine-água);

o São relevadas as irreversibilidades internas por atritos e trocas de ca-lor sob T finitos, bem como as externas;

o Os bal. exergéticos adotam a eq. (3𝑎). Os energéticos estão nos sl. 10 e 11;

o Uma vez que não ocorrem interações químicas, 𝑏𝑞𝑢𝑖𝑚. = 0; e nas estações i :

𝑏𝑖𝑓í𝑠.

= ℎ𝑖 − ℎ0,𝑖 − 𝑇0 𝑠𝑖 − 𝑠0,𝑖 (16)

CICLOS

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o Aqui, a análise exergética tem caráter econômico: o insumo (I) é utilizado para obter um produto (P), sob perdas internas (PI) e externas (PE), pelo modelo: D ≡ PI + PE = I − P. Seguem-se em [kJ/kg].

Gerador de Vapor (GV): se tem i𝐺𝑉 = 𝑏𝐺𝑉𝑞+ 𝑏1 ; p𝐺𝑉 = 𝑏2 ; e

d𝐺𝑉 = pi + pe 𝐺𝑉 ≅ pi𝐺𝑉 (pe𝐺𝑉 são dpz), logo , as pi𝐺𝑉 são

pi𝐺𝑉 = 𝑞𝐺𝑉 1 −𝑇 𝐺𝑉𝑇0

+ 𝑏1𝑓í𝑠.

− 𝑏2𝑓í𝑠.

(17)

Onde: 𝑞𝐺𝑉 = ℎ2 − ℎ1 , [kJ/kg] (sl. 10).

Turbina (TV): aqui se tem que i𝑇𝑉 = 𝑏2 − 𝑏3 ; p𝑇𝑉 = 𝑤𝑇𝑉 ; e d𝑇𝑉 = pi + pe 𝑇𝑉 ≅ pi𝑇𝑉 (pe𝑇𝑉 são dpz) , logo , as pi𝑇𝑉 são

pi𝑇𝑉 = 𝑏2𝑓í𝑠.

− 𝑏3𝑓í𝑠.

− 𝑤𝑇𝑉 (18)

Onde: 𝑤𝑇𝑉 = ℎ3 − ℎ2 , [kJ/kg] (sl. 10).

CICLOS

(P)

(I) (I)

(PI)

(I)

(I) (P) (PI)

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Condensador (CD): se tem i𝐶𝐷 = 𝑏3 ; p𝐶𝐷 = 𝑏4 ; e d𝐶𝐷 = pi + pe 𝐶𝐷

onde as pe𝐶𝐷 = 𝑏𝐶𝐷𝑞

não são dpz , logo , as pi𝐶𝐷 são dadas como

pi𝐶𝐷 = 𝑏3𝑓í𝑠.

− 𝑏4𝑓í𝑠.

+ 𝑞𝐶𝐷 1 −𝑇𝐶𝐷𝑇0

(19)

Onde: 𝑞𝐶𝐷 = ℎ3 − ℎ4 , [kJ/kg] (sl. 11).

Bomba (B2): aqui se tem que i𝐵2 = 𝑤𝐵2 ; p𝐵2 = 𝑏1 − 𝑏4 ; e d𝐵2 = pi + pe 𝐵2 ≅ pi𝐵2 (pe𝐵2 são dpz) , logo , as pi𝐵2 são

pi𝐵2 = 𝑤𝐵2 − 𝑏2𝑓í𝑠.

− 𝑏3𝑓í𝑠.

(20)

Onde: 𝑤𝐵2 = ℎ1 − ℎ4 , [kJ/kg] (sl. 11).

CICLOS

(I)

(P)

(PI)

(P) (P)

(I)

(PE)

(PI)

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o Uma peculiaridade que distingue o CRO do Rankine-água é a TV. No Rankine-água, é uma máquina de fluxo axial (cujas geometrias se verão no CAP. 4 – TV); enquanto no CRO, a experiência mostrou, a melhor expansão é conseguida numa máquina de deslocamento com rotor em parafuso (cuja análise se verá no CAP. 5 – CP), conforme a figura abaixo.

CICLOS

TV de deslocamento de duplo parafuso para 50 kW (Electro Therm, EUA). Fonte: Carlão, R. L. Lopes. Projecto de um CRO para Produção de 200 kWe. Rel. Final, MIEM, Portugal, 2010

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Centrais Solares Rankine

o São plantas Rankine-água, cuja fonte primária de calor é radiação solar. As máximas potências alcançáveis depende da área de coleta;

o A fonte primária, porém, transfere energia para o ciclo indiretamen-te, superaquecendo um fluido intermediário que funciona como o portador térmico do ciclo;

o Há duas tecnologias quanto ao fluido intermediário:

• Mistura de sais metálicos que fundem por volta de 600 C. Os coletores são do tipo heliostato (sl. 39-40). Neste caso, o fluido do ciclo é a água;

• Óleo térmico (e. g. Dowtherm A), aquecido até uns 320 C. Os coleto-res são curvos ou planos (sl.41-43). O fluido do ciclo é a água;

o Em centrais de pequena potência, a radiação solar atua no fluido de trabalho direto, que é uma substância orgânica. O ciclo é um CRO.

CICLOS

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o As figuras que seguem ilustram centrais solares a sal fundido com coletores do tipo heliostato.

CICLOS

CENTRAL GEMASOLAR – construída em Sevilha, Andaluzia, ES. Torre: 120 m. Mistura salina: 60% KNO3 (nitr. potássio) + 40% KNO3 (nitr. sódio). Potência: 20 MW. Operação nublada 15 h. Total de heliostatos: 2 652 (110 m² cada)

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CICLOS

CENTRAL GEMASOLAR (detalhes)

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o As figuras que seguem ilustram centrais solares a óleo térmico com coletores cilindroparabólicos.

CICLOS

Central termosolar com armazenagem de energia térmica.

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CICLOS

Campo de coletores (posição de descanso). Campo de coletores e área de locação

das máquinas da planta.

Campo de coletores paraboloidais de uma planta Stirling. Campo de coletores Fresnel (planos).

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CICLOS

Campo de coletores cilindroparabólicos.

Campo de coletores Fresnel (planos).

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CICLOS

CENTRAL CARMEN 3 – Planta geminada construída em Sevilha, Andaluzia, ES. Potência: 50 MW Operação nublada 7,5 h Coletores: cilindroparabólicos Área de coleta: 1 000 000 m²

LEGENDA: 1 – Coletores solares 5 – CD 2 – GV 6 – Torres de resfriamento 3 – TV 7 – TC (armazen. de excedente) 4 – Transformador elétrico BT-AT 8 – Armazenagem térmica (sais)

9 – Caldeira auxiliar (atua durante os longos períodos nublado)

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Centrais de Ciclo Combinado (CC) e Cogeração (CG)

o Ciclo combinado (CC): é a combinação de uma planta Rankine-água com uma planta a turbina a gás (ciclo Brayton);

• Regra geral, o ciclo Brayton vem primeiro, do ponto de vista do combustível queimado; e o Rankine, em segundo. Ou seja, o Rankine aproveita o rejeito de calor do Brayton – é nisso que reside a maior eficiência do ciclo combinado. O sl. 46 ilustra um arranjo típico;

o Cogeração (CG): consiste no aproveitamento de uma parte substan-cial das perdas externas de uma planta Rankine de qualquer configu-ração. Neste caso, o calor pode ser usado para várias finalidades – aquecimento, refrigeração por absorção, etc. Exemplos nos sl. 47/48;

• Centrais CG não se restringem ao uso do ciclo Rankine. Qualquer ciclo de potência pode embasar uma central CG.

CICLOS

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CICLOS

Central CC de 409 MW Eficiência: 58,7% (baseada no PCI). LEGENDA: 1 – Compressor (CP) 2 – Turbina a gás (TG) 3 – Superaquecedor de alta pressão 4 – Evaporador de alta pressão 5 – Economizador de alta pressão 6 – Superaquecedor de baixa pressão 7 – Economizador de alta/baixa pressão 8 – Tambor de alta pressão 9 – Tambor de baixa pressão 10 – Turbina a vapor (TV) 11 – Condensador 12 – Bomba de condensado 13 – Degaseficador 14 – Bomba de alimentação, alta pressão 15 – Bomba de alimentação, baixa pressão 16 – By-pass de vapor ao condensador 17 – Alimentação de vapor ao degaseficador 18 – Reposição de água

Fonte: adaptado de GARCIA, S.S., MOÑUX, F.G., Centrales Térmicas de Ciclo Combinado: Teoría y Proyecto. Ed. Díaz de Santos. ES. 2006.

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CICLOS

Fonte: Furco Engenharia. (http://mfurco.com.br; 17/9/13).

o A figura abaixo ilustra uma típica central de CG como é configurada no setor de produção de açúcar e álcool.

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CICLOS

o Na figura abaixo se tem o arranjo típico de uma central CG superior (topping). Neste caso, as TV são do tipo a contrapressão, ou seja, liberam o vapor numa pressão superior à que o fariam normalmente se o ciclo usasse condensadores.

Fonte: Marques, Cintya, et al. Sistemas de Cogeração. Trabalho Escolar. EST/UEA. Manaus, 2007.

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CICLOS

o Nesta figura é ilustrado outra configuração típica de central, o arranjo CG inferior (bottming). Neste caso, as TV são do tipo de condensação convencional.

Fonte: Marques, Cintya, et al. Sistemas de Cogeração. Trabalho Escolar. EST/UEA. Manaus, 2007.