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 História Fase I

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Vanguarda Instituto

de Educação1ª FASE – ENSINO FUNDAMENTAL

História

COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA Alaides Alves Mendieta – Pedagoga Especialista

COORDENAÇÃO DIDÁTICA COM ADAPTAÇÃO PARA EAD Alaides Alves Mendieta – Pedagoga Especialista

Veneranda Alice Quezada – Especialista em EaD e Tutoria Online

 Joilson Ventura – Geógrafo Especialista

COORDENAÇÃO DE CONTEÚDO Joilson Ventura – Geógrafo Especialista

CAPA E DIAGRAMAÇÃO Bruno Luis Duarte Vieira Fernandes

 Emanuela Amaral 

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História - Fase I

Caro aluno,

O estudo da História é importante porque permite a

compreensão das estruturas econômicas, sociais, políticas,

religiosas, ideológicas e jurídicas da sociedade em que vivemos.

 A partir do estudo dos acontecimentos do passado podemosentender o processo de transformação da natureza, realizado

 pelo acúmulo de conhecimentos dos homens, e que possibilitou

mudanças substanciais no modo de vida do homem, além de

abrir horizontes de transformações em nossa sociedade.

O contato com civilizações e grupos sociais, que viveram

em espaços e tempos diferentes do nosso, nos auxilia no sentido

de apreendermos que as formas de produzir a sobrevivência

variam na História. Mas é justamente essa necessidade

constante de adaptar e adaptar-se à natureza que nos torna

animais diferentes dos demais. Ao transformar a natureza, a

 sociedade produz cultura, portanto, criando sociedades que se

estabelecem sobre critérios não meramente biológicos.

 Dessa forma, estudar história é importante porque ela nos

dá a certeza de que o futuro está em nossas mãos.

Bom Estudo!

UNIDADE I

Conceito de HistóriaHistória é uma ciência humana que estuda o desenvolvimento

do homem no tempo e espaço. A História analisa os processoshistóricos, personagens e fatos para poder compreender umdeterminado período histórico, cultura ou civilização.

Objetivos Um dos principais objetivos da História é resgatar os

aspectos culturais de um determinado povo ou região parao entendimento do processo de desenvolvimento. Entender o

 passado também é importante para a compreensão do presente.

FontesO estudo da História foi dividido em dois períodos: a Pré-

História (antes do surgimento da escrita) e a História (após osurgimento da escrita, por volta de 4.000 a.C).

Para analisar a Pré-História, os historiadores e arqueólogos

analisam fontes materiais (ossos, ferramentas, vasos decerâmica, objetos de pedra e fósseis) e artísticas (arte rupestre,esculturas, adornos).

Já o estudo da História conta com um conjunto maior defontes para serem analisadas pelo historiador. Estas podemser: livros, roupas, imagens, objetos materiais, registros orais,documentos, moedas, jornais, gravações, etc.

Ciências auxiliares da HistóriaA História conta com ciências que auxiliam seu estudo. Entre

estas ciências auxiliares, podemos citar: Antropologia (estuda ofator humano e suas relações), Paleontologia (estudo dos fósseis),Heráldica (estudo de brasões e emblemas), Numismática (estudo

das moedas e medalhas), Psicologia (estudo do comportamentohumano), Arqueologia (estudo da cultura material de povosantigos), Paleograa(estudo das escritas antigas) entre outras.

Periodização da HistóriaPara facilitar o estudo da História ela foi dividida em períodos:

- Pré-História: antes do surgimento da escrita, ou seja, até4.000 a.C.

- Idade Antiga (Antiguidade): de 4.000 a.C até 476 (invasãodo Império Romano)

- Idade Média (História Medieval): de 476 a 1453(conquista de Constantinopla pelos turcos otomanos).

- Idade Moderna: de 1453 a 1789 (Revolução Francesa).- Idade Contemporânea: de 1789 até os dias de hoje.

Outras informações:

- O grego Heródoto, que viveu no século V a.C éconsiderado o “pai da História” e primeiro historiador, pois foio pioneiro na investigação do passado para obter o conhecidohistórico.

- A historiograa é o estudo do registro da História.- O historiador é o prossional, com bacharelado em curso

de História, que atua no estudo desta ciência, analisando e produzindo conhecimentos históricos.

CalendárioO primeiro sistema de divisão do tempo, que mais tarde

recebeu o nome de calendário, foi elaborado há milhares deanos. A palavra “calendário” vem de calendare, um termo

latino que identicava o dia do mês romano em que se pagavamas contas.

O dia é o elemento mais antigo do calendário. Suanoção surgiu da observação da regularidade da ocorrência de

 períodos de claridade e de escuridão. A ideia de mês nasceuda observação do período de duração das quatro fases da Lua.Já a ideia de ano originou-se da repetição do ciclo das quatroestações, que hoje chamamos de primavera, verão, outono einverno.

Embora não sejam os únicos, os calendários lunar e solarsão os mais conhecidos.

O calendário lunar tem por base o movimento da Lua emtorno da Terra. O calendário solar foi elaborado de acordo com

o que seus criadores julgavam ser o “movimento” do Sol.As antigas sociedades do Oriente Médio adotaram o

calendário lunar, com exceção dos egípcios, os criadores docalendário solar. As quatro fases da Lua (Nova, Crescente,Cheia e Minguante) serviram de inspiração para os antigos

 babilônicos, que dividiram o mês lunar em 4 semanas de 7 dias.As constantes observações dos egípcios sobre os fenômenos

naturais levaram-nos a perceber que as cheias do rio Nilo, ogrande rio do Egito, atingiam o seu ponto mais alto a cada 365dias. A partir daí eles criaram o calendário solar, segundo o qualo ano de 365 dias era dividido em 12 meses de 30 dias. Como12 vezes 30 é igual a 360, os egípcios acrescentaram 5 dias nonal de cada ano para completar os 365 dias.

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O calendário mais usado atualmente pelas sociedadesocidentais, incluindo a brasileira, é o calendário gregoriano,assim chamado porque foi estabelecido pelo papa GregórioXIII, em 1582.

Esse calendário teve origem no primitivo calendárioromano, pelo qual o ano era dividido em 10 meses lunares: 6de 30 dias e 4 de 31 dias. No século Ia.C., Júlio César, líder dogoverno romano de então, deniu o novo calendário, xandoo ano em 365 dias, com um ano bissexto de 366 dias a cada4 anos. Mais tarde, dois dos meses romanos passaram a sechamar Julius (Julho) e Augustus (Agosto), em homenagem aJúlio César e a Otávio Augusto, o primeiro imperador romano.

Os romanos contavam o tempo a partir da fundação deRoma, em 753ª.C., enquanto os gregos iniciavam seu calendáriona primeira Olimpíadas, ocorrida em 776ª.C.

Os muçulmanos contam o tempo a partir de 622 da eracristã, ano da Hégira, ou seja, fuga do profeta Maomé, criadorda religião islâmica, da cidade de Meca para Medina. A fuga sedeu porque havia sido condenado à morte por aqueles que nãoadmitiam a nova religião que criara.

Os judeus possuem um calendário geral e um religioso. Nocalendário geral, a contagem do tempo inicia-se com a criaçãodo Universo, que teria ocorrido há cerca de 6 mil anos. Já ocalendário religiosos determina que o ano inicia no Nissan,mês de nascimento da nação hebraica, que é comemorado naPessach (Páscoa judaica).

 A Igreja católica tinha muito poder na época em que foi

criado o calendário gregoriano ou cristão, Por isso ele acabou

 predominando na Europa, de onde se espalhou para os outroscontinentes, sendo hoje uma referência internacional.

Origem do calendário cristãoOs povos cristãos têm como marco básico da contagem do

tempo o nascimento de Cristo.Segundo o calendário cristão, as datas anteriores ao

nascimento de Cristo recebem a abreviatura a.C. (antes deCristo); as datas posteriores ao seu nascimento podem viracompanhadas ou não da abreviatura d.C. (depois de Cristo).O ano 1 do calendário cristão é identicado como o ano donascimento de Cristo.

Assim como outros calendários, o cristão agrupa o tempoem dias, semanas, meses e anos. Os períodos maiores podemser agrupados de dez em dez anos (décadas), de cem em cemanos (séculos), de mil em mil anos (milênio).

O século é uma unidade de tempo utilizada nos estudosde história. Costuma-se indicar os séculos por algarismosromanos, pois essa é uma tradição que vem da Roma antiga.Exemplo: século XV, século XVII, século XXI.

Um modo fácil de saber a que século pertence determinadoano é somar 1 ao número da centena do ano. Por exemplo: anode 1997, o número da centena é 19, temos então:

1997 Þ 19 + 1 = 20 (século XX)

Assim, 1997 pertence ao século XX. No entanto, quando um ano termina em 00, como por

exemplo 2000, temos uma exceção à regra. Nesse caso, o número de centenas indica o século. Veja:

2000 Þ século XX 

Isso signica que o ano de 2000 ainda pertence ao séculoXX, enquanto o ano de 2001 pertence ao século XXI.

 Na tabela seguinte, você poderá ver a que séculocorresponde cada ano, até 2200.

Ano Século

1 a 100101 a 200201 a 300301 a 400401 a 500501 a 600601 a 700701 a 800801 a 900

901 a 1000 1001 a 11001101 a 12001201 a 13001301 a 14001401 a 1500

1501 a 16001601 a 17001701 a 18001801 a 19001901 a 20002001 a 21002101 a 2200

IIIIIIIVVVIVIIVIIIIXXXIXIIXIIIXIVXV

XVIXVIIXVIIIXIXXXXXIXXII

Como se faz para saber há quantos anos um fato aconteceu?Þ Se o fato aconteceu depois de Cristo, basta diminuir o

ano em que o fato aconteceu do ano em que estamos.Exemplo: Em 2007, quantos anos se completarão da

chegada dos portugueses ao Brasil?2007 – 1500 = 507Completarão 507 anos da chegada dos portugueses.

Þ Se o fato aconteceu antes de Cristo, somam-se as duasdatas.

Exemplo: Em 2007, quantos anos completou a cidade deRoma? Roma foi fundada em 753 a.C.. Então:

2007 + 753 = 2760

Em 2007, a cidade de Roma completará 2760 anos

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História - Fase I

UNIDADE II

As grandes civilizações e suas organizaçõesAs primeiras civilizações se formaram a partir de quando

o homem descobriu a agricultura e passou a ter uma vida maissedentária, por volta de 4.000 a.C. Essas primeiras civilizaçõesse formaram em torno ou em função de grandes rios: AMesopotâmia estava ligada aos Rios Tigre e Eufrates, o Egitoao Nilo, a Índia ao Indo, a China ao Amarelo.

Foi no Oriente Médio que tiveram início as civilizações.Tempos depois foram se desenvolvendo no Oriente outrascivilizações que, sem contar com o poder fertilizante dosgrandes rios, ganharam características diversas. As pastoris,como a dos hebreus, ou as mercantis, como a dos fenícios.Cada um desses povos teve, além de uma rica história interna,longas e muitas vezes conituosas relações com os demais.

Mesopotâmia: o berço da civilizaçãoA estreita faixa de terra localiza-se entre os rios Tigre eEufrates, no Oriente Médio, onde atualmente é o Iraque, foichamada na Antiguidade, de Mesopotâmia, que signica“entre rios” (do grego, meso = no meio; potamos = rio). Essaregião foi ocupada, entre 4.000 a.C. e 539 a.C, por uma sériede povos, que se encontraram e se misturaram, empreenderamguerras e dominaram uns aos outros, formando o quedenominamos povos mesopotâmicos. Sumérios, babilônios,hititas, assírios e caldeus são alguns desses povos.

Esta civilização é considerada uma das mais antigas dahistória.

Os sumérios (4000 a.C. – 1900 a.C.)Foi nos pântanos da antiga Suméria que surgiram as

 primeiras cidades conhecidas na região da Mesopotâmia, comoUr, Uruk e Nipur.

Os povos da Suméria enfrentaram muitos obstáculosnaturais. Um deles era as violentas e irregulares cheias dos riosTigre e Eufrates. Para conter a força das águas e aproveita-las,construíram diques, barragens, reservatórios e também canaisde irrigação, que conduziam as águas para as regiões secas.Atribui-se aos Sumérios o desenvolvimento de um tipo deescrita, chamada cuneiforme, que inicialmente, foi criada pararegistrar transações comerciais.

A escrita cuneiforme – usada também pelos sírios,hebreus e persas – era uma escrita ideográca, na qual oobjeto representado expressava uma idéia, dicultando arepresentação de sentimento, ações ou idéias abstratas, com otempo, os sinais pictóricos converteram-se em um sistema desílabas. Os registros eram feitos em uma placa de argila mole.Utilizava-se para isso um estilete, que tinha uma das pontas emforma de cunha, daí o nome de escrita cuneiforme.

Quem decifrou esta escrita foi Henry C. Rawlinson, atravésdas inscrições da Rocha de Behistun. Na mesma época, outrotipo de escrita, a hieroglíca desenvolvia-se no Egito.

Caracteres cuneiformes gravados na Suméria, por volta de

3200 a.C.

 Na sociedade suméria havia escravidão, porém o númerode escravos era pequeno. Grupos de nômades, vindos dodeserto da Síria, conhecidos como Acadianos, dominaram ascidades-estados da Suméria por volta de 2300 a.C.

Os povos da Suméria destacaram-se também nos trabalhosem metal, na lapidação de pedras preciosas e na escultura.A construção característica desse povo é a zigurate, depoiscopiada pelos povos que se sucederam na região. Era umatorre em forma de pirâmide, composta de sucessivos terraços eencimada por um pequeno templo.

Os Sumérios eram politeístas e faziam do culto aos deusesuma das principais atividades a desempenhar na vida. Quandointerrompiam as orações deixavam estatuetas de pedra diantedos altares para rezarem em seu nome.

Dentro dos templos havia ocinas para artesãos, cujos produtos contribuíram para a prosperidade da Suméria.

Os sumérios merecem destaque também por teremsido os primeiros a construir veículos com rodas.As cidades sumérias eram autônomas, ou seja, cada qual

 possuía um governo independente. Apenas por volta de 2330a.C., essas cidades foram unicadas.

O processo de unicação ocorreu sob comando do reiSargão I, da cidade de Acad. Surgia assim o primeiro impérioda região. O império construído pelos acades não durou muitotempo. Pouco mais de cem anos depois, foi destruído por povosinimigos.

Os babilônios (1900 a. C – 1600 a.C.)Os babilônios estabeleceram-se ao norte da região ocupada

 pelos sumérios e, aos poucos, foram conquistando diversascidades da região mesopotâmica. Nesse processo, destacou-seo rei Hamurabi, que, por volta de 1750 a.C., havia conquistadotoda a Mesopotâmia, formando um império com capital nacidade de Babilônia.

Hamurabi impôs a todos os povos dominados uma mesmaadministração. Ficou famosa a sua legislação, baseada no

 princípio de talião (olho por olho, dente por dente, braço por braço, etc.) O Código de Hamurabi, como cou conhecido,é um dos mais antigos conjuntos de leis escritas da história.Hamurabi desenvolveu esse conjunto de leis para poderorganizar e controlar a sociedade. De acordo com o Código,todo criminoso deveria ser punido de uma forma proporcional

ao delito cometido.Os babilônios também desenvolveram um rico e preciso

calendário, cujo objetivo principal era conhecer mais sobre ascheias do rio Eufrates e também obter melhores condições parao desenvolvimento da agricultura. Excelentes observadoresdos astros e com grande conhecimento de astronomia,desenvolveram um preciso relógio de sol.

Além de Hamurabi, um outro imperador que se tornouconhecido por sua administração foi Nabucodonosor,responsável pela construção dos Jardins suspensos da Babilônia,que fez para satisfazer sua esposa, e a Torre de Babel. Sob seucomando, os babilônios chegaram a conquistar o povo hebreu

e a cidade de Jerusalém.

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Após a morte de Hamurabi, o império Babilônico foiinvadido e ocupado por povos vindos do norte e do leste.

Os hititas (1600 a. C – 1200 a.C.)

Os Hititas foram um povo indo-europeu, que no 2º milênioa.C. fundaram um poderoso império na Anatólia Central(atual Turquia), região próxima da Mesopotâmia. A partir daí,estenderam seus domínios até a Síria e chegaram a conquistara Babilônia.

Provavelmente, a localização de sua capital, Hatusa, nocentro da Ásia Menor, contribuiu para o controle das fronteirasdo Império Hitita.

Essa sociedade legou-nos os mais antigos textos escritosem língua indo-européia. Essa língua deu origem à maior partedos idiomas falados na Europa. Os textos tratavam de história,

 política, legislação literatura e religião e foram gravados em

sinais cuneiformes sobre tábuas de argila.Os Hititas utilizavam o ferro e o cavalo, o que era uma

novidade na região. O cavalo deu maior velocidade aos carrosde guerra, construídos não mais com rodas cheias, como as dossumérios, mas rodas com raios, mais leves e de fácil manejo.

O exército era comandado por um rei, que também tinhaas funções de juiz supremo e sacerdote. Na sociedade hitita, asrainhas dispunham de relativo poder.

 No aspecto cultural podemos destacar a escrita hitita, baseada em representações pictográcas (desenhos). Alémdesta escrita hieroglíca, os hititas também possuíam um tipode escrita cuneiforme.

Pictograma mostrando um guerreiro hitita.Assim como vários povos da antiguidade, os hititas

seguiam o politeísmo (acreditavam em várias divindades). Osdeuses hititas estavam relacionados aos diversos aspectos danatureza (vento, água, chuva, terra, etc).

Em torno de 1200 a.C., os hititas foram dominados pelosassírios, que, contando com exércitos permanentes, tinhamgrande poderio militar.

A queda deste império dá-se por volta do século 12 a.C.

Os assírios (1200 a. C – 612 a.C.)Os assírios habitavam a região ao norte da babilônia e por

volta de 729 a.C. já haviam conquistado toda a Mesopotâmia.Sua capital, nos anos mais prósperos, foi Nínive, numa regiãoque hoje pertence ao Iraque.

Este povo destacou-se pela organização e desenvolvimentode uma cultura militar. Encaravam a guerra como umadas principais formas de conquistar poder e desenvolver asociedade. Eram extremamente cruéis com os povos inimigosque conquistavam, impunham aos vencidos, castigos ecrueldades como uma forma de manter respeito e espalhar omedo entre os outros povos. Com estas atitudes, tiveram queenfrentar uma série de revoltas populares nas regiões queconquistavam.

Empreenderam a conquista da Babilônia, e a partir daícomeçaram a alargar as fronteiras do seu Império até atingiremo Egito, no norte da África. O Império Assírio conheceu seu

 período de maior glória e prosperidade durante o reinado de

Assurbanipal.Assurbanipal foi o último grande rei dos assírios. Durante

o seu reinado (668 - 627 a.C.), a Assíria se tornou a primeira potência mundial. Seu império incluía a Babilônia, a Pérsia, aSíria e o Egito.

Ainda no reinado de Assurbanipal, os babilônios selibertaram (em 626 a.C.) e capturaram Ninive. Com a mortede Assurbanipal, a decadência do Império Assírio se acentuou,e o poderio da Assíria desmoronou. Uma década mais tarde oimpério caía em mãos de babilônios e persas.

O estranho paradoxo da cultura assíria foi o crescimentoda ciência e da matemática. Este fato pode em parte explicado

 pela obsessão assíria com a guerra e invasões. Entre as grandesinvenções matemáticas dos assírios está a divisão do círculoem 360 graus, tendo sido eles dentre os primeiros a inventarlatitude e longitude para navegação geográca. Eles tambémdesenvolveram uma sosticada ciência médica, que muitoinuenciou outras regiões, tão distantes como a Grécia.

Os caldeus (612 a. C – 539 a.C.)A Caldéia era uma região no sul da Mesopotâmia,

 principalmente na margem oriental do rio Eufrates, masmuitas vezes o termo é usado para se referir a toda a planíciemesopotâmica. A região da Caldéia é uma vasta planícieformada por depósitos do Eufrates e do Tigre, estendendo-se a

cerca de 250 quilômetros ao longo do curso de ambos os rios, ecerca de 60 quilômetros em largura.

Os Caldeus foram uma tribo (acredita-se que tenhamemigrado da Arábia) que viveu no litoral do Golfo Pérsicoe se tornou parte do Império da Babilônia. Esse impériocou conhecido como Neobabilônico ou Segundo ImpérioBabilôncio . Seu mais importante soberano foi Nabucodonosor.

Em 587 a.C., Nabucodonosor conquistou Jerusalém. Alémde estender seus domínios, foram feitos muitos escravos entreos habitantes de Jerusalém. Seguiu-se então um período de

 prosperidade material, quando foram construídos grandesedifícios com tijolos coloridos.

Em 539 a.C., Ciro, rei dos persas, apoderou-se de Babilôniae transformou-a em mais uma província de seu gigantescoimpério.

A organização social dos mesopotâmiosSumérios, babilônios, hititas, assírios, caldeus. Entre

os inúmeros povos que habitaram a Mesopotâmia existiamdiferenças profundas. Os assírios, por exemplo, eram guerreiros.Os sumérios dedicavam-se mais à agricultura.

Apesar dessas diferenças, é impossível estabelecer pontoscomuns entre eles. No que se refere à organização social, àreligião e à economia. Vamos agora conhecê-las:

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História - Fase I

A sociedadeAs classes sociais - A sociedade estava dividida em

classes: nobres, sacerdotes versados em ciências e respeitados,comerciantes, pequenos proprietários e escravos.

A organização social variou muito pelos séculos, mas demodo geral podemos falar:

Dominantes: governantes, sacerdotes, militares ecomerciantes.

Dominados: camponeses, pequenos artesãos e escravos(normalmente presos de guerra).

Dominantes detinham o poder de quatro formas básicasde manifestação desse poder: riqueza, política, militar e saber.Posição mais elevada era do rei que detinha poderes políticos,religiosos e militares. Ele não era considerado um deus, massim representante dos deuses.

Os dominados consumiam diretamente o que produziam eeram obrigados a entregar excedentes para os dominantes

A religiãoOs povos mesopotâmicos eram politeístas, isto é,

adoravam diversas divindades, e acreditavam que elas eramcapazes de fazer tanto o bem quanto o mal, não acreditavam emrecompensas após a morte, acreditavam em crença em gênios,demônios, heróis, adivinhações e magia. Seus deuses eramnumerosos com qualidades e defeitos, sentimentos e paixões,imortais, despóticos e sanguinários.

Cada divindade era uma força da natureza como o vento, aágua, a terra, o sol, etc, e do dono da sua cidade. Marduk, deus deBabilônia, o cabeça de todos, tornou-se deus do Império, durante

o reinado de Hamurabi. Foi substituído por Assur, durante odomínio dos assírios. Voltou ao posto com Nabucodonosor.Acreditavam também em gênios bons que ajudavam osdeuses a defender-se contra os demônios, contra as divindades

 perversas, contra as enfermidades, contra a morte. Os homens procuravam conhecer a vontade dos deuses manifestada emsonhos, eclipses, movimento dos astros. Essas observaçõesfeitas pelos sacerdotes deram origem à astrologia.

A vida cotidiana na mesopotâmiaEscravos e pessoas de condições mais humildes levavam o

mesmo tipo de vida. A alimentação era muito simples: pão de

cevada, um punhado de tâmaras e um pouco de cerveja leve.Isso era a base do cardápio diário. Às vezes comiam legumes,lentilha, feijão e pepino ou, ainda, algum peixe pescado nosrios ou canais. A carne era um alimento raro.

 Na habitação, a mesma simplicidade. Às vezes a casa eraum simples cubo de tijolos crus, revestidos de barro. O telhadoera plano e feito com troncos de palmeiras e argila comprimida.Esse tipo de telhado tinha a desvantagem de deixar passar aágua nas chuvas mais torrenciais, mas em tempos normais erausado como terraço.

As casas não tinham janelas e à noite eram iluminadas porlampiões de óleo de gergelim. Os insetos eram abundantes nasmoradias.

Os ricos se alimentavam melhor e moravam em casas maisconfortáveis que os pobres. Mesmo assim, quando as epidemiasse abatiam sobre as cidades, a mortalidade era a mesma emtodas as camadas sociais.

Política e economiaA organização política da Mesopotâmia tinha um soberano

divinizado, assessorado por burocratas- sacerdotes, queadministravam a distribuição de terras, o sistema de irrigaçãoe as obras hidráulicas. O sistema nanceiro cava a cargode um templo, que funcionava como um verdadeiro banco,emprestando sementes, distribuído um documento semelhanteao cheque bancário moderno e cobrando juros sobre assementes emprestadas.

Em linhas gerais pode-se dizer que a forma de produção predominante na Mesopotâmia baseou-se na propriedade

coletiva das terras administrada pelos templos e palácios. Osindivíduos só usufruíam da terra enquanto membros dessascomunidades. Acredita-se que quase todos os meios de

 produção estavam sobre o controle do déspota, personicaçõesdo Estado, e dos templos. O templo era o centro que recebiatoda a produção, distribuindo-a de acordo com as necessidades,além de proprietário de boa parte das terras: é o que se denominacidade-templo.

Administradas por uma corporação de sacerdotes, asterras, que teoricamente eram dos deuses, eram entregues aoscamponeses. Cada família recebia um lote de terra e deviaentregar ao templo uma parte da colheita como pagamento pelouso útil da terra. Já as propriedades particulares eram cultivadas

 por assalariados ou arrendatários.Entre os sumérios havia a escravidão, porém o número de

escravos era relativamente pequeno.

A agriculturaA agricultura era base da economia neste período. A

economia da Baixa Mesopotâmia, em meados do terceiromilênio a.C. baseava-se na agricultura de irrigação. Cultivavamtrigo, cevada, linho, gergelim (sésamo, de onde extraiam oazeite para alimentação e iluminação), arvores frutíferas, raízese legumes. Os instrumentos de trabalho eram rudimentares, emgeral de pedra, madeira e barro. O bronze foi introduzido na

segunda metade do terceiro milênio a.C., porem, a verdadeirarevolução ocorreu com a sua utilização, isto já no nal dosegundo milênio antes da Era Cristã. Usavam o arado semeador,a grade e carros de roda;

A criação de animaisA criação de carneiros, burros, bois, gansos e patos era

 bastante desenvolvida .

O comércioOs comerciantes eram funcionários a serviço dos templos

e do palácio. Apesar disso, podiam fazer negócios por conta própria. A situação geográca e a pobreza de matérias primas

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História - Fase I

favoreceram os empreendimentos mercantis. As caravanas demercadores iam vender seus produtos e buscar o marm daÍndia, a madeira do Líbano, o cobre de Chipre e o estanho deCáucaso. Exportavam tecidos de linho, lã e tapetes, além de

 pedras preciosas e perfumes.As transações comerciais eram feitas na base de troca,

criando um padrão de troca inicialmente representado pelacevada e depois pelos metais que circulavam sobre as maisdiversas formas, sem jamais atingir, no entanto, a forma demoeda. A existência de um comércio muito intenso deu origema uma organização economia sólida, que realizava operaçõescomo empréstimos a juros, corretagem e sociedades emnegócios. Usavam recibos, escrituras e cartas de crédito.

O comércio foi uma gura importante na sociedademesopotâmica, e o fortalecimento do grupo mercantil provocoumudanças signicativas, que acabaram por inuenciar na

desagregação da forma de produção templário-palacianadominante na Mesopotâmia.

As ciências a astronomiaEntre os babilônicos, foi a principal ciência. Notáveis eram

os conhecimentos dos sacerdotes no campo da astronomia,muito ligada e mesmo subordinada a astrologia. As torres dostemplos serviam de observatórios astronômicos. Conheciamas diferenças entre os planetas e as estrelas e sabiam prevereclipses lunares e solares. Dividiram o ano em meses, os mesesem semanas, as semanas em sete dias, os dias em doze horas, ashoras em sessenta minutos e os minutos em sessenta segundos.Os elementos da astronomia elaborada pelos mesopotâmicos

serviram de base à astronomia dos gregos, dos árabes e deramorigem à astronomia dos europeus.

A matemáticaEntre os caldeus, alcançou grande progresso. As

necessidades do dia-a dia levaram a um certo desenvolvimentoda matemática. Os mesopotâmicos usavam um sistemamatemático sexagesimal (baseado no número 60). Elesconheciam os resultados das |multiplicações e divisões, raízesquadradas e raiz cúbica e equações do segundo grau. Osmatemáticos indicavam os passos a serem seguidos nessasoperações, através da multiplicação dos exemplos. Jamais

divulgaram as formulas dessas operações, o que tornaria asrepetições dos exemplos desnecessárias. Também dividiramo círculo em 360 graus, elaboraram tábuas correspondentesàs tábuas dos logaritmos atuais e inventaram medidas decomprimento, superfície e capacidade de peso;

A medicinaOs progressos da medicina foram grandes (catalogação

das plantas medicinais, por exemplo). Assim como o direito e amatemática, a medicina estava ligada a adivinhação. Contudo, amedicina não era confundida com a simples magia. Os médicosda Mesopotâmia, cuja prossão era bastante considerada, nãoacreditavam que todos os males tinham origem sobrenatural,

 já que utilizavam medicamentos à base de plantas e faziamtratamentos cirúrgicos. Geralmente, o medico trabalhava juntocom um exorcista, para expulsar os demônios, e recorria aosadivinhos, para diagnosticar os males.

A escritaA escrita cuneiforme, grande realização sumeriana, usada

 pelos sírios, hebreus e persas, surgiu ligada às necessidades decontabilização dos templos. Era uma escrita ideográca, naqual o objeto representado expressava uma ideia. Os sumérios- e, mais tarde os babilônicos e os assírios, que falavamacadiano - zeram uso extensivo da escrita cuneiforme. Maistarde, os sacerdotes e escribas começaram a utilizar uma escritaconvencional, que não tinha nenhuma relação com o objetorepresentado.

As convenções eram conhecidas por eles, os encarregados

da linguagem culta, e procuravam representar os sons da falahumana, isto é, cada sinal representava um som. Surgia assima escrita fonética, que pelo menos no segundo milênio a.C., jáera utilizado nos registros de contabilidade, rituais mágicos etextos religiosos. Quem decifrou a escrita cuneiforme foi HenryC. Rawlinson. A chave dessa façanha ele obteve nas inscriçõesda Rocha de Behistun, na qual estava gravada uma gigantescamensagem de 20 metros de comprimento por 7 de Altura.

A mensagem fora talhada na pedra pelo rei Dario, eRawlinson identicou três tipos diferentes de escrita (antigo

 persa, elamita e acádio - também chamado de assírio ou babilônico). O alemão Georg Friederich Grotefend e o francêsJules Oppent também se destacaram nos estudos da escrita

sumeriana.

A Literatura era pobreDestacam-se apenas o Mito da Criação e a Epopéia de

Guilgamesh - aventura de amor e coragem desse herói semi-deus, cujo objetivo era conhecer o segredo da imortalidade

O Egito AntigoA civilização egípcia antiga desenvolveu-se no

nordeste africano (margens do rio Nilo) entre 3200 a.C(unicação do norte e sul) a 32 a.c (domínio romano).

A importância do rio NiloComo a região é formada por um deserto (Saara), o rio Nilo ganhou uma extrema importância para os egípcios. Orio era utilizado como via de transporte (através de barcos)de mercadorias e pessoas. As águas do rio Nilo também eramutilizadas para beber, pescar e fertilizar as margens, nas épocasde cheias, favorecendo a agricultura.

Sociedade EgípciaA sociedade egípcia estava dividida em várias camadas,

sendo que o faraó era a autoridade máxima, chegando aser considerado um deus na Terra. Sacerdotes, militarese escribas (responsáveis pela escrita) também ganharam

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História - Fase I

importância na sociedade. Esta era sustentada pelo trabalhoe impostos pagos por camponeses, artesãos e pequenoscomerciantes. Os escravos também compunham a sociedadeegípcia e, geralmente, eram pessoas capturadas em guerras.

Trabalhavam muito e nada recebiam por seu trabalho, apenaságua e comida.

Escrita no Egito AntigoA escrita egípcia  também foi algo importante para este

 povo, pois permitiu a divulgação de ideias, comunicação econtrole de impostos. Existiam duas formas principais deescrita: a escrita demótica (mais simplicada e usada paraassuntos do cotidiano) e a hieroglíca (mais complexa eformada por desenhos e símbolos). As paredes internas das

 pirâmides eram repletas de textos que falavam sobre a vida dofaraó, rezas e mensagens para espantar possíveis saqueadores.

Uma espécie de papel chamado papiro, que era produzido a partir de uma planta de mesmo nome, também era utilizado para registrar os textos.

Os hieróglifos egípcios foram decifrados na primeira metadedo século XIX pelo linguista e egiptólogo francês Champollion,através da Pedra de Roseta.

EconomiaA economia egípcia era baseada principalmente na

agricultura que era realizada, principalmente, nas margensférteis do rio Nilo. Os egípcios também praticavam o comérciode mercadorias e o artesanato. Os trabalhadores rurais eramconstantemente convocados pelo faraó para prestarem algum

tipo de trabalho em obras públicas (canais de irrigação, pirâmides, templos, diques).

Religião no Egito Antigo: a vida após a morteA religião egípcia era repleta de mitos e crenças

interessantes. Acreditavam na existência de vários deuses(muitos deles com corpo formado por parte de ser humano e

 parte de animal sagrado) que interferiam na vida das pessoas.As oferendas e festas em homenagem aos deuses eram muitorealizadas e tinham como objetivo agradar aos seres superiores,deixando-os felizes para que ajudassem nas guerras, colheitase momentos da vida. Cada cidade possuía deus protetor e

templos religiosos em sua homenagem.

Mumicação Como acreditavam na vida após a morte, mumicavam

os cadáveres dos faraós colocando-os em pirâmides, com oobjetivo de preservar o corpo. A vida após a morte seria denida,segundo crenças egípcias, pelo deus Osíris em seu tribunal de

 julgamento. O coração era pesado pelo deus da morte, quemandava para uma vida na escuridão aqueles cujo órgão estava

 pesado (que tiveram uma vida de atitudes ruins) e para umaoutra vida boa aqueles de coração leve. Muitos animais tambémeram considerados sagrados pelos egípcios, de acordo com ascaracterísticas que apresentavam : chacal (esperteza noturna),

gato (agilidade), carneiro (reprodução), jacaré (agilidade nosrios e pântanos), serpente (poder de ataque), águia (capacidadede voar), escaravelho (ligado a ressurreição).

CivilizaçãoA civilização egípcia destacou-se muito nas áreasde ciências. Desenvolveram conhecimentos importantes naárea da matemática, usados na construção de pirâmides etemplos. Na medicina, os procedimentos de mumicação,

 proporcionaram importantes conhecimentos sobre ofuncionamento do corpo humano.

Arquitetura egípcia No campo da arquitetura podemos destacar a construção

de templos, palácios e pirâmides. Estas construções eramnanciadas e administradas pelo governo dos faraós. Grande

 parte delas eram erguidas com grandes blocos de pedra,

utilizando mão-de-obra escrava. As pirâmides e a esnge  deGizé são as construções mais conhecidas do Egito Antigo.

A sociedade egípcia antiga possuía uma vida muitodiversicada, já que a sociedade era muito complexa. Emfunção do grande desenvolvimento cultural, econômico esocial, os egípcios possuíam uma vida cotidiana marcada porvárias atividades.

AlimentaçãoA alimentação dos mais pobres (camponeses, escravos)

era composta basicamente por pão e água. Raramente comiamcarne e frutas.

Já os mais ricos (faraós, sacerdotes, chefes militares, ricos

comerciantes) possuíam uma alimentação bem variada. Alémde pão, consumiam muita carne animal (boi, porco e peixe),queijos, frutas e legumes. O cardápio era composto também porvinho e uma espécie de cerveja.

HabitaçãoAs casas dos mais pobres eram simples e pequenas.

Geralmente eram feitas de barro ou pedras. Com apenas umcômodo, quase não possuíam móveis. Os camponeses dormiamem esteiras ou palhas jogadas no chão. Os utensílios domésticoseram pequenos copos, potes e vasos de cerâmica.

As casas dos mais ricos eram grandes e espaçosas,compostas por vários cômodos. Feitas de tijolos de barro,

 possuíam em seu interior vários utensílios e móveis (cadeiras,camas, mesas, bancos). Eram decoradas por dentro e recebiam

 pintura interna e externa. Os faraós habitavam em paláciosonde o luxo e o conforto eram as marcas principais.

DiversãoA natação, lutas e jogos de tabuleiros eram as formas de

lazer mais comuns no Egito Antigo. Os mais ricos divertiam-setambém com competições no rio Nilo, usando embarcações.

As crianças gostavam de brincar com bonecos feitos demadeira e bolas. Brincadeiras coletivas, baseadas em dançase jogos de equipe também eram comuns entre os pequenosegípcios.

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História - Fase I

RoupasComo o clima no Egito Antigo é quente e seco, as roupas

eram leves e nas. Homens camponeses e artesãos vestiamapenas pedaços de tecido amarrados na cintura. As mulheres

vestiam vestidos simples ou túnicas.Os mais ricos, principalmente nobres, usavam roupas commuitos enfeites. As mulheres abusavam das jóias e vestidoscom bordados com contas. Era comum entre os homens nobreso uso de uma espécie de saiote com pregas.

TransportesOs egípcios usavam muito o rio Nilo como via de transporte

de mercadorias e pessoas. Para tanto, embarcações de todos ostamanhos eram utilizadas. As embarcações grandes eram feitasde madeira, enquanto as pequenas eram de bras de papiro.Cavalos, camelos e bois também eram usados como meios detransportes.

Educação No Egito Antigo existiam as “Casas de Vida”. Eram

espécies de escolas avançadas, que serviam também como biblioteca, ocina, arquivo e local para copiar manuscritos.Somente os sacerdotes e escrivas tinham acesso a estasinstituições de ensino.

História do povo hebreuA Bíblia é a referência para entendermos a história deste

 povo. De acordo com as escrituras sagradas, por volta de1800 AC, Abraão recebeu uma sinal de Deus para abandonaro politeísmo e para viver em Canaã ( atual Palestina).Isaque, lho de Abraão, tem um lho chamado Jacó. Este luta

, num certo dia, com um anjo de Deus e tem seu nome mudado para Israel.

Os doze lhos de Jacó dão origem as doze tribos queformavam o povo hebreu. Por volta de 1700 AC, o povo hebreumigra para o Egito, porém são escravizados pelos faraós poraproximadamente 400 anos. A libertação do povo hebreuocorreu por volta de 1300 AC. A fuga do Egito foi comandada

 por Moisés, que recebeu as tábuas dos Dez Mandamentosno monte Sinai. Durante 40 anos caram peregrinando

 pelo deserto, até receberem um sinal de Deus para voltarem para a terra prometida, Canaã.

Jerusalém é transformada num centro religioso pelo rei Davi.Após o reinado de Salomão, lho de Davi, as tribos dividem-se

em dois reinos : Reino de Israel e Reino de Judá. Neste momentode separação, aparece a crença da vinda de um messias que iria

 juntar o povo de Israel e restaurar o poder de Deus sobre o mundo.Em 721 começa a diáspora judaica com a invasão babilônica. Oimperador da Babilônia, após invadir o reino de Israel, destróio templo de Jerusalém e deporta grande parte da população

 judaica. No século I, os romanos invadem a Palestina e destroem o

templo de Jerusalém. No século seguinte, destroem a cidade deJerusalém, provocando a segunda diáspora judaica. Após estesepisódios, os hebreus espalham-se pelo mundo, mantendo acultura e a religião. Em 1948, o povo hebreu retoma o caráterde unidade após a criação do estado de Israel.

História dos PersasOs persas, importante povo da antiguidade oriental,

ocuparam a região da Pérsia (atual Irã). Este povo dedicou-semuito ao comércio, fazendo desta atividade sua principal fonte

econômica. A política era toda dominada e feita pelo imperador,soberano absoluto que mandava em tudo e em todos. O rei eraconsiderado um deus, desta forma, o poder era de direito divino.

Ciro, o grande, foi o mais importante imperador dosmedos e persas. Durante seu governo ( 560 a.C - 529 a.C ),os persas conquistaram vários territórios, quase sempre atravésde guerras. Em 539 a.C, conquistou a Babilônia, levando oimpério de Helesponto até as fronteiras da Índia.

A religião persa era dualista e tinha o nome de Zoroastrismoou Masdeísmo, criada em homenagem a Zoroastro ouZaratrusta, o profeta e líder espiritual criador da religião.

História dos FeníciosA civilização fenícia desenvolveu-se na Fenícia, territóriodo atual Líbano. No aspecto econômico, este povo dedicou-se e obteve muito sucesso no comércio marítimo. Mantinhacontatos comerciais com vários povos da região do Oriente.As cidades fenícias que mais de desenvolveram na antiguidadeforam Biblos, Tiro e Sidon.

A religião fenícia era politeísta e antropomórca, sendoque cada cidade possuía seu deus (baal = senhor). Acreditavamque através do sacrifício de animais e de seres humanos podiamdiminuir a ira dos deuses. Por isso, praticavam esses rituaiscom certa freqüência, principalmente antes de momentos

importantes.

UNIDADE III

Grecia antigaPeríodos da História da Grécia Antiga

Pré-Homérico - entre 2000 e 1.100 a.C- época de ocupação do território da Grécia.

Desenvolvimento das civilizações Micênica e Cretense. Invasãodos Dórios no nal deste período, provocando a dispersão dos

 povos da região e ruralização.

Homérico - entre 1.100 e 700 a.C- conclusão do processo de ruralização das comunidades

gentílicas. Nos genos havia a coletivização da produção e dos bens. No nal deste período, com o crescimento populacional,ocorreu a desintegração dos genos.

Arcaico - entre 700 e 500 a.C- surgimento das pólis (cidades-estados) com a formação

de uma elite social, econômica e militar que passa a governaras cidades. Neste período ocorreu a divisão do trabalho e o

 processo de urbanização. Surge o alfabeto fonético grego esignicativo desenvolvimento literário e artístico.

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História - Fase I

Clássico - entre 500 e 338 a.C- época de grande desenvolvimento econômico,

cultural, social e político da Grécia Antiga. Época de grandefortalecimento das cidades-estados gregas como, por exemplo,

Esparta, Atenas, Tebas, Corinto e Siracusa. Foi também umaépoca marcada por conitos externos como, por exemplo, asGuerras Médicas (entre gregos e persas no século V). Ocorreutambém, neste período, a Guerra do Peloponeso (entre Atenase Esparta).

Helenístico - entre 338 e 146 a.C- fase marcada pelo enfraquecimento militar grego e a

conquista macedônica na região. A cultura grega espalha-se pela região, fundindo-se com outras (helenismo).

 A civilização grega surgiu entre os mares Egeu, Jônico

e Mediterrâneo, por volta de 2000 AC. Formou-se após amigração de tribos nômades de origem indo-européia, como,

 por exemplo, aqueus, jônios,eólios e dórios. As pólis (cidades-estado), forma que caracteriza a vida política dos gregos,surgiram por volta do século VIII a.C. As duas pólis maisimportantes da Grécia foram: Esparta e Atenas.

Expansão do povo grego (diáspora)Por volta dos séculos VII a.C e V a.C. acontecem

várias migrações de povos gregos a vários pontos do MarMediterrâneo, como consequência do grande crescimento

 populacional, dos conitos internos e da necessidade de novosterritórios para a prática da agricultura. Na região da Trácia,

os gregos fundam colônias, na parte sul da Península Itálicae na região da Ásia Menor (Turquia atual). Os conitos edesentendimentos entre as colônias da Ásia Menor e o ImpérioPersa ocasiona as famosas Guerras Médicas (492 a. C. a 448a.C.), onde os gregos saem vitoriosos.

Esparta e Atenas envolvem-se na Guerra do Peloponeso(431 a.C. a 404 a.C.), vencida por Esparta. No ano de 359 a .C.,as pólis gregas são dominadas e controladas pelos Macedônios.

Economia da Grécia AntigaA economia dos gregos baseava-se no cultivo de oliveiras,

trigo e vinhedos. O artesanato grego, com destaque para a

cerâmica, teve grande a aceitação no Mar Mediterrâneo. Asânforas gregas transportavam vinhos, azeites e perfumes paraos quatro cantos da península. Com o comércio marítimo osgregos alcançaram grande desenvolvimento, chegando atémesmo a cunhar moedas de metal. Os escravos, devedores ou

 prisioneiros de guerras foram utilizados como mão-de-obra naGrécia. Cada cidade-estado tinha sua própria forma político-administrativa, organização social e deuses protetores.

Cultura e religiãoFoi na Grécia Antiga, na cidade de Olímpia, que surgiram

os Jogos Olímpicos em homenagem aos deuses. Os gregostambém desenvolveram uma rica mitologia. Até os dias de

hoje a mitologia grega é referência para estudos e livros.A losoa também atingiu um desenvolvimento surpreendente,

 principalmente em Atenas, no século V ( Período Clássico daGrécia). Platão e Sócrates  são os lósofos mais conhecidos

deste período.A dramaturgia grega também pode ser destacada. Quase

todas as cidades gregas possuíam anteatros, onde os atoresapresentavam peças dramáticas ou comédias, usando máscaras.Poesia, a história,artes plásticas e a arquitetura foram muitoimportantes na cultura grega.

A religião politeísta grega era marcada por uma fortemarca humanista. Os deuses possuíam características humanase de deuses. Os heróis gregos (semideuses) eram os lhos dedeuses com mortais. Zeus, deus dos deuses, comandava todosos demais do topo do monte Olimpo. Podemos destacar outrosdeuses gregos : Atena (deusa das artes), Apolo (deus do Sol),

Ártemis (deusa da caça e protetora das cidades), Afrodite (deusado amor, do sexo e da beleza corporal), Deméter (deusa dascolheitas), Hermes (mensageiro dos deuses) entre outros.A mitologia grega também era muito importante na vidadestacivilização, pois através dos mitos e lendas os gregostransmitiam mensagens e ensinamentos importantes.

Os gregos costumavam também consultar os deusesno oráculo de Delfos. Acreditavam que neste local sagrado, osdeuses cavam orientando sobre questões importantes da vidacotidiana e desvendando os fatos que poderiam acontecer nofuturo.

 Na arquitetura, os gregos ergueram palácios, templose acrópoles de mármore no topo de montanhas. As decisões

 políticas, principalmente em Atenas, cidade onde surgiua democracia grega, eram tomadas na Ágora (espaço públicode debate político).

Relações de trabalho em AtenasA partir do século VIII a.C., com a crise da sociedade

gentílica e a consolidação da apropriação da propriedade privada das terras pelos eupátridas ou Bem-nascidos (eu= Bom, pátrida = parido), o cultivo da terra assumiu grandeimportância em Atenas. A aristocracia ateniense formada

 pelos eupátridas, que eram os cidadãos, nutria grande aversãoa qualquer espécie de trabalhos manuais, voltando-se para as

atividades exclusivamente políticas, intelectuais e artisticas.Para exercerem a política necessitavam do ócio (schóle), ouseja, de tempo livre, para isso necessitavam de outros elementossociais que para eles trabalhassem.

Os georgóis eram pequenos proprietários rurais, quetrabalhavam com seus familiares e produziam para asubsistência. Eles não possuíam direitos civis, não sendo,

 portanto, considerados cidadãos. Os Demiurgos, que eramartesãos ou comerciantes, em geral, georgóis empobrecidosou thetas. Eles eram principalmente carpinteiros, ferreiros eceramistas. Com o desenvolvimento do comércio, um grandenúmero de estrangeiros xou-se em Atenas. Estes eramos metecos (em grego, metoïkos), que eram comerciantes e

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História - Fase I

artesãos, mas havia também metecos banqueiros, médicos,trabalhadores de obras públicas. Os metecos não possuiamqualquer direito político.

O crescimento da cidade de Atenas e o seu desenvolvimento

econômico levou ao crescimento do uso do trabalhode escravos, obtidos através da guerra, do comércio ou pordividas. A escravidão (denominada também escravismo ouescravatura) é a prática social em que um ser humano temdireitos de propriedade sobre outro designado por escravo, oqual é imposta tal condição por meio da força.

Antes das reformas de Sólon, um ateniense, principalmentegeórgoi ou theta, podia ser obrigado a pagar suas dívidas com aliberdade, tornando-se escravo de outro ateniense.

A guerra, a pirataria e o comércio eram as principais fontesde trabalhadores escravos. Os mais importantes mercados decativos encontravam-se na costa da Ásia menor, Macedônia,

Síria, Trácia e Egito.Os escravos eram legalmente considerados como umamercadoria. Podiam ser vendidos, comprados, penhorados,emprestados, etc. Sua condição de escravo era vitalícia ehereditária. A totalidade da produção de seu trabalho pertenciaao seu senhor.

Os escravos eram explorados no trabalho do campo nasterras dos eupátridas e na indústria artesanal. Havia tambémescravos que eram pedagogos, professores, conselheiros, etc.Fiação, tecelagem, confecção de roupas e trabalhos domésticoseram realizados por escravas que tinham suas atividadesdirigidas pela senhora da casa.

Alguns escravos trabalhavam para seus senhores fazendoserviços diversos para outras pessoas ou vendendo artigos soba obrigação de entregar uma renda ao nal do serviço ao seusenhor. Estes escravos não podiam possuir bens imóveis ou

 participar da vida política, mas podiam juntar um pecúlio, que poderia ser utilizado para a compra de sua liberdade, ou seja, amanumissão. O escravo liberto ascendia a categoria de meteco,ou seja, era um estrangeiro sem direitos públicos.

Muitos escravos eram explorados pelo estado como“funcionários públicos”, sendo empregados como varredores,agentes policiais, carrascos, remadores, operários, etc.

A educação em EspartaA educação espartana, que recebia o nome técnico de

agogê, estava concentrada nas mãos do Estado, sendo umaresponsabilidade obrigatória do governo. Estava orientada paraa intervenção na guerra e a manutenção da segurança da cidade,sendo particularmente valorizada a preparação física quevisava fazer dos jovens bons soldados e incutir um sentimento

 patriótico.Desde o nascimento até à morte, o espartano pertencia ao

estado. Os recém-nascidos eram examinados por um conselhode anciãos que ordenava eliminar os que fossem portadoresde deciência física ou mental ou não fossem sucientementerobustos, ou seja, praticavam a eugenia.

Rei Leônidas, tipico guerreiro Hoplita espartano com elmo.Estátua de mármore. Data: 475-450 a .C., Museu Arqueológicode Esparta.

A partir dos 7 anos de idade, os pais (cidadãos) não mais

comandavam a educação dos lhos. As crianças eram entreguesà orientação do Estado, que tinha professores especializados

 para esse m, o paidónomo. Os jovens viviam em pequenosgrupos coletivos, levando vidas muito austeras, realizavamexercícios de treino com armas e aprendiam a táctica deformação.

A fama do guerreiro espartano perpassa a história, sendouma das principais características conhecida desta sociedadegrega. Cena do Filme 300 de Esparta que descreve a Batalhadas Termópilas (480 a.C.), quando 300 guerreiros espartanoscomandados pelo Rei Leónidas lutaram até a morte para refrearo avanço do exército persa do Rei Xerxes no território grego.

300 de Esparta. História em quadrinho de Frank Miller.1999, Ed. Abril.Os homens espartanos (esparciatas) eram mandados ao

exército aos sete anos de idade, onde recebiam educação eaprendiam as artes da guerra e desporto. Aos doze anos, eramabandonados em penhascos sozinhos (só contavam uns com osoutros), nus (para criarem resistência ao frio) e sem comida(para caçarem e pescarem). Essa educação estava voltada

 para ensinar aos esparciatas valores guerreiros como força,resistência, seriedade, bravura, disciplina, solidariedade eastúcia. Com 18 anos, os esparciatas ingressavam no exército,tornando-se hoplitas. Os jovens lacedemônios, chamados deeiren, poderiam atacar a qualquer momento servos (hilotas),

a m de lutar e se preparar para a guerra, isto era chamadode Kriptéia.

Aos 30 anos de idade o esparciata tornava-se cidadão,adquiria plenos direitos políticos, podendo, então, participarda Assembleia do Povo ou dos Cidadãos (Ápela). Depois deconcluído o período de formação educativa, os cidadãos deEsparta, entre os vinte e os sessenta anos, continuavam a viverem grupos e estavam obrigados a participar na guerra.

Parênteses do Brasil

Você sabia que:

 Em todos os tempos as cidades foram e são construídascom determinado objetivo, por exemplo, os Hebreusconstruíram a cidade de Jerusalém por motivos religiosos, osgregos ao construírem as cidades queriam mostrar a beleza doser humano, isso é visível na arquitetura grega. Na idade média,as cidades (chamadas burgos) foram construídas com grandesmuros, verdadeiras fortalezas para defender os habitantes dasinvasões bárbaras. Para os renascentistas as cidades tinhamns comerciais. Não foram só os antigos que planejaramsuas cidades, muitas cidades brasileiras foram à partir de um

 planejamento que pudesse mostrar ao mundo que o país possuíauma identidade urbana, ou melhor que era um país próspero,onde o progresso estava em alta.

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História - Fase I

Para construir essa identidade de país desenvolvido o presidente do Brasil Juscelino Kubitschek tentou desenvolverum modelo de cidade onde se pretendia eliminar as classessociais, sendo que essa cidade seria a nova capital do Brasil.

O projeto de JK era mostrar o quanto a nação brasileira podia ser considerada moderna. Brasília foi construída (asobras começaram em novembro de 1956, depois de Juscelinosancionar a lei nº 2.874) a m de ser a nova capital do Brasil. Aideia era transferir a capital do Rio de Janeiro para o interior do

 país. Ao transladar a capital para o interior, o governo pretendia povoar aquela região. Pessoas de todo o país, especialmente donordeste (chamadas de candangos, que quer dizer ordinários),foi contratada para a construção da cidade, inaugurada no dia21 de abril de 1960 por Juscelino Kubitschek. Nesta época,o centro cívico da cidade já tinha sido totalmente construído(Palácio do Governo, Catedral, Edifícios dos Ministérios,

Parlamento, Palácio da Justiça, etc.).  Brasília custou cerca de um bilhão de dólares. Estecusto extremamente elevado deveu-se, em parte, a ausênciade estradas de ferro e de rodovias bem traçadas para levar omaterial de construção. A solução foi transportar o material deconstrução por via aérea, fato que encareceu muito o custo dasobras. A construção de Brasília demorou quase quatro anos,mas depois de três anos a maioria dos seus principais edifíciosestava pronta, dentre os quais o Palácio da Alvorada, primeiro

 prédio da capital construído em concreto armado, a primeiraconstrução de estrutura metálica (material trazido dos EstadosUnidos) foi o Brasília Palace Hotel. A partir de 1960, iniciou-sea transferência dos principais órgãos do Governo Federal para a

nova capital com a mudança das sedes dos poderes Legislativo,Executivo e Judiciário. Lúcio Costa foi o principal urbanistada cidade. Oscar Niemayer, amigo próximo de Lúcio, foi o

 principal arquiteto da maioria dos prédios públicos e RobertoBurle Marx foi o responsável pelo paisagismo.

Kubitschek, que foi um governante de orientaçãosocialista, reuniu um grupo de prossionais de uma mesmatendência política. Este grupo tentou desenvolver um modelode cidade utópica onde se pretendia eliminar as classes sociais.Por este motivo a cidade cou conhecida como capital daesperança ( dado pelo escritor francês André Malraux. É claroque tal objetivo não foi cumprido, mas, durante a construção

da cidade, foi uma realidade, visto que todos compartilhavama mesma comida e os mesmos acampamentos. Conheça um pouco sobre a breve história da construção de Brasília atravésdo vídeo abaixo

Império Romano A história de Roma Antiga é fascinante em função da

cultura desenvolvida e dos avanços conseguidos por estacivilização. De uma pequena cidade, tornou-se um dos maioresimpérios da antiguidade. Dos romanos, herdamos uma série decaracterísticas culturais. O direito romano, até os dias de hojeestá presente na cultura ocidental, assim como o latim, que deuorigem a língua portuguesa, francesa, italiana e espanhola. 2.1

Origens de Roma : explicação histórica e Monarquia Romana(753 a.C a 509 a.C) De acordo com os historiadores, a fundaçãode Roma resulta da mistura de três povos que foram habitara região da Península Itálica: gregos, etruscos e italiotas.

Desenvolveram na região uma economia baseada na agriculturae nas atividades pastoris. A sociedade, nesta época, era formada por patrícios ( nobres proprietários de terras ) e plebeus (comerciantes, artesãos e pequenos proprietários ). O sistema

 político era a monarquia, já que a cidade era governada por umrei de origem patrícia. A religião neste período era politeísta,adotando deuses semelhantes aos dos gregos, porém comnomes diferentes. Nas artes destacava-se a pintura de afrescos,murais decorativos e esculturas com inuências gregas. 2.1.1Formação e Expansão do Império Romano Após dominar todaa península itálica, os romanos partiram para as conquistas deoutros territórios. Com um exército bem preparado e muitosrecursos, venceram os cartagineses, liderados pelo general

Anibal, nas Guerras Púnicas (século III a.C).Esta vitória foi muito.importante, pois garantiu asupremacia romana no Mar Mediterrâneo. Após dominarCartago, Roma ampliou suas conquistas, dominando a Grécia,o Egito, a Macedônia, a Gália, a Germânia, a Trácia, a Síria ea Palestina. Com as conquistas, a vida e a estrutura de Roma

 passaram por signicativas mudanças. Povos conquistadosforam escravizados ou passaram a pagar impostos para oimpério. As províncias (regiões controladas por Roma)renderam grandes recursos para Roma. A capital do ImpérioRomano enriqueceu e a vida dos romanos mudou. Principaisimperadores romanos : Augusto (27 a.C. - 14 d.C), Tibério(14-37), Caligula (37-41), Nero (54-68), Marco Aurelio (161-

180), Comodus (180-192). 2.1.2 Crise e decadência do ImpérioRomano Por volta do século III, o império romano passava poruma enorme crise econômica e política. A corrupção dentrodo governo e os gastos com luxo retiraram recursos para oinvestimento no exército romano.

Com o m das conquistas territoriais, diminuiu o númerode escravos, provocando uma queda na produção agrícola. Namesma proporção, caia o pagamento de tributos originados das

 províncias. Em crise e com o exército enfraquecido, as fronteirascavam a cada dia mais desprotegidas. Muitos soldados, semreceber salário, deixavam suas obrigações militares. Os povosgermânicos, tratados como bárbaros pelos romanos, estavamforçando a penetração pelas fronteiras do norte do império. No

ano de 395, o imperador Teodósio resolve dividir o império em:Império Romano do Ocidente, com capital em Roma e ImpérioRomano do Oriente (Império Bizantino), com capital emConstantinopla. Em 476, chega ao m o Império Romano doOcidente, após a invasão de diversos povos bárbaros, entre eles,visigodos, vândalos, burgúndios, suevos, saxões, ostrogodos,hunos etc. Era o m da Antiguidade e início de uma nova épocachamada de Idade Média. 2.1.3

Legado Romano Muitos aspectos culturais, cientícos,artísticos e linguísticos romanos chegaram até os dias dehoje, enriquecendo a cultura ocidental. Podemos destacarcomo exemplos deste legado: o Direito Romano, técnicas dearquitetura, línguas latinas originária.

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História - Fase I

Um parêntese para a história do BrasilUm dos legados que temos dos romanos é o Direito

romano. Cada país possui uma constituição própria, que vaideterminar a forma de agir dos cidadãos. Uma Constituição é

a Lei mais fundamental de um Estado - no caso do Brasil, umEstado Democrático de Direito. É a consolidação normativade seus elementos essenciais: um sistema de normas jurídicas,escritas ou costumeiras, que regula a forma do Estado, a formade seu governo, o modo de aquisição e o exercício do poder,o estabelecimento de seus órgãos, os limites de sua ação, osdireitos fundamentais do homem e as respectivas garantias.Em síntese, a constituição é o conjunto de normas que organizaos elementos constitutivos do Estado, que são 4: território,

 população, governo e nalidade.A CF de 1988 é a “Constituição Cidadã”, na expressão

de Ulysses Guimarães, Presidente da Assembleia NacionalConstituinte que a produziu, porque teve ampla participação

 popular em sua elaboração e especialmente porque sevolta decididamente para a plena realização da cidadaniaCONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DOBRASIL DE 1988 (DE 05 DE OUTUBRO DE 1988) Em27 de novembro de 1985, através da emenda constitucionaln. 26, foi convocada a Assembleia Nacional Constituinte,com a nalidade de elaborar um novo texto constitucionalque expressasse a nova realidade social, a saber, o processode redemocratização e término do regime ditatorial. Assim,em 05 de outubro de 1988 foi promulgada a Constituição daRepublica Federativa do Brasil, a qual apresenta as seguintescaracterísticas principais: 1. Após um período ditatorial, o

Constituinte de 1988 tratou de assegurar princípios e objetivosfundamentais que tem a nalidade de possibilitar o integraldesenvolvimento do ser - humano, tendo como base o principioda dignidade da pessoa humana. (CF, art. 1º a 4º) 2. Criaçãodo Superior Tribunal de Justiça em substituição ao TribunalFederal de Recursos 3. Criou o mandado de injunção (CF, art.5º, LXXI); mandado de segurança coletivo (CF, art. 5º, LXX);habeas data (CF, art. 5º, LXXII) 4. Estabeleceu a faculdade doexercício do direito de voto ao analfabeto.

Para que serve a História? “A história é o registro da sociedade humana, ou civilização

mundial; das mudanças que acontecem na natureza dessasociedade [...]; de revoluções e insurreições de um conjuntode pessoas contra outro [...]; das diferentes atividades eocupações dos homens, seja para ganharem seu sustento ou nasvárias ciências e artes; e, em geral, de todas as transformaçõessofridas pela sociedade [...]” KHALDUN, Ibn, citado emHOBSBAWN, Eric. Sobre história. São Paulo. Companhiadas Letras, 1998. Ora, os escritos na história sempre ajudaramdeixando o legado para gerações futuras e assim chegamosaté aqui, a história acontece todos os dias e nos dá base paramudarmos nossas práticas do presente. Estudamos história porque a vivenciamos e nos 28 Vanguarda Instituto de Educação

 – História 1ª Fase confrontamos no nosso cotidiano e com ela

 percebemos que temos direito a cidadania, a nos enxergarmoscomo sujeitos históricos. Quando estudamos sobre civilizaçõesantigas como os persas, percebemos que devemos valorizar adiversidade cultural, quando estudamos sobre as construções

gregas percebemos que no Brasil também temos cidades planejadas assim como Brasília, quando estudamos o direitoromano percebemos que somente somos cidadãos quandoconhecermos nossa constituição e quando zermos valernossos direitos e deveres. Foi realmente maravilhoso estar comvocês nesta fase, esperamos que tenham aproveitado bem asunidades e tenham se divertido também. Esperamos vocês na

 próxima fase com todo “gás” e vontade de viajar pela História juntamente conosco. 29.

Referências Bibliográcas

Boulos Júnior, Alfredo. História: sociedade e cidadania, 8ª

ano / Alfredo Boulos Júnior. – São Paulo : FTD, 2009.Oliveira, Maria da Conceição Carneiro de História em prejetos / 2 ed. – São Paulo: Ática, 2009.

http://www.suapesquisa.com/historia/conceito_historia.htm

http://www.superdicas.com.br/milenio/calendar.asphttp://www.escolagabrielmiranda.com.br/hotpot/5serie/

rose/prehistoria/marcandootempo.htmhttp://hid0141.blogspot.com.br/2009/09/as-grandes-

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http://www.suapesquisa.com/grecia/http://www.suapesquisa.com/grecia/periodos_historia_ 

grecia.htmhttp://novahistorianet.blogspot.com.br/2009/01/grcia-

antiga.html

 ANOTAÇÕES

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