1 Manual de Estruturas de Concreto ABCP Introdução

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Manual de Estruturas Manual de Estruturas de Concreto

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1INTManual de Estruturas

Manual deEstruturas de

Concreto

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O Manual é uma das ferramentas do Projeto Estruturas Racionalizadasdisponibilizadas para a Comunidade da Construção. Por ser instrumento de umacomunidade técnica ativa, é nosso objetivo que o Manual seja continuamentecriticado, modificado e atualizado. Para facilitar tanto a expressão de idéias dosusuários do Manual quanto a obtenção de cópias atualizadas, foi criada uma seçãoespecífica dentro da área logada do site www.comunidadedaconstrucao.com.br.Questões mais polêmicas que eventualmente surjam, serão tratadas em fórunsespecíficos dentro do site.

Créditos

Concepção, gerenciamento e produçãoAssociação Brasileira de Cimento Portland (ABCP)

TextosAssociação Brasileira de Cimento Portland (ABCP)

Arq. Carlos ChavesEng. Bruno SzlakEnga. Érika MotaEng. Paulo FlaquerGMO Engenharia S/C Ltda

Contribuições técnicasAssociação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem (ABESC)Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural (ABECE)Instituto Brasileiro de Telas Soldadas (IBTS)Associação Brasileira de Empresas de Engenharia de Fundações e Geotecnia (ABEF)Associação Brasileira das Empresas de Projeto e Consultoria em EngenhariaGeotécnica (ABEG)Doka Formas para Concreto LtdaSH Formas Andaimes e Escoramentos LtdaULMA Andaimes, Formas e Escoramentos Ltda

IlustraçõesMalu Dias Marques � Drops Produções e Design

DiagramaçãoArq. Maria Alice Gonzales - Drops Produções e Design

Capa e DivisóriasAzul Publicidade & Propaganda S/C Ltda.

Fotos tema de capítulosTico Utiyama

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Introdução

A Associação Brasileira do Cimento Portland (ABCP), em um trabalho conjuntocom diversas empresas, entidades e profissionais da cadeia produtiva, apresenta oManual de Estruturas de Concreto.

O Manual de Estruturas, juntamente com uma série de outras ferramentas decapacitação, organização e implantação, faz parte do esforço da construção de umacomunidade de empresas e profissionais que lutam pela melhoria do desempenhodos sistemas construtivos à base de cimento.

Objetivos do manual

O Manual que você está recebendo tem algumas diferenças se comparado a outraspublicações existentes no mercado.Em primeiro lugar o Manual está inserido dentro de um Projeto, o que lhe garanteuma �vida� que extrapola o meio físico. Essa vida permite tanto a atualizaçãoconstante do conteúdo, quanto canais para solução de dúvidas e aprofundamentode certas questões.Em segundo lugar, é um Manual que procurou, já na sua primeira versão, reuniro conjunto de informações técnicas sobre as estruturas de concreto armadomoldadas in loco, de maneira sistêmica.Em terceiro lugar, o Manual privilegiou as necessidades do tomador de decisãoque atua em uma construtora e que enfrenta hoje o desafio de melhorar os resultadosoperacionais de sua obra e empresa.

Na prática estamos falando de:a) recuperar os conceitos químicos e físicos que são importantes para a execução

de obra, para as especificações e para o diálogo com a indústria de materiais;

b) estabelecer o conjunto de decisões que o profissional deve tomar em

cada subsistema, de forma que elas estejam organizadas no tempo e

coerentes com as soluções disponíveis no mercado;

c) discutir as interfaces com os projetistas para que o projeto estrutural incorpore

os conceitos do empreendimento e da tecnologia produtiva da construtora

d) estabelecer as bases para geração do Projeto para Produção, permitindo

que se detalhe os requisitos de projeto de um ponto de vista de facilitar a

execução

e) discutir as práticas recomendadas de produção de forma que qualidade

e produtividade sejam alcançados

Tudo isso, visando aumentar o desempenho do sistema construtivo.

Nota

O decisor é o profissional que

deve estar informado sobre as

opções existentes no mercado,

ter base técnica para entender

e avaliar as tecnologias e

capacidade gerencial para

organizar o processo de forma a

otimizar resultados.

Introdução

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Dimensões do desempenho

De forma direta ou indireta, o Manual aborda quatro dimensões de desempenho:

CustosTodos os recentes estudos econômicos apontam uma diminuição na margem delucro das construtoras. Responsável por algo entre 20 a 35% do custo das edificações,as estruturas definem também o espaço, plano e linhas geométricas nos quais seajustam os demais subsistemas.

ProdutividadeSegundo o Instituto McKinseya produtividade da mão-de-obrana construção brasileira seriaaproximadamente 1/3 da produtividadeamericana e ficaria em um patamarinferior a uma série de outros países.A explicação de que esses países utilizamprocessos produtivos de naturezadistinta do brasileiro não pareceexplicar corretamente a diferença. Seobservamos algumas pesquisas deprodutividade realizadas em nosso país,observaremos um quadro semelhante aoapresentado abaixo.O gráfico explicitanto diferenças diáriassignificativas de produtividade pareceindicar que mesmo os processostradicionais de produção sãopotencialmente capazes de atingiremresultados muito melhores. De certaforma, eles apontam na mesma direçãodo referido relatório da McKinsey queapontam que variáveis comosubempreiteiros especializados,planejamento e projeto respondem pelamaior parte da diferença deprodutividade observada.

Introdução

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5INTManual de Estruturas

Introdução

O único paradoxo é entender porque, apesar do seu enorme potencial de resultados,a produtividade tem sido esquecida mesmo pelas construtoras que investem emmodernização.

DurabilidadeA nova norma de Projeto de Estruturas para Concreto Estrutural - NBR-6118 - dáum destaque especial à durabilidade.As estruturas de concreto devem ser projetadas e construídas de modo que sob ascondições ambientais previstas na época do projeto e quando utilizadas conformepreconizado em projeto conservem sua segurança, estabilidade e aptidão em serviço duranteum período mínimo de 50 anos, sem exigir medidas extras de manutenção e reparo.A ênfase na durabilidade não implica, necessariamente, em aumentos dos custos.De fato, problemas de durabilidade materializam-se em problemas de patologiaexigindo custos enormes para o construtor e para o usuário da edificação.

Estruturação do manual

O Manual é organizado em 9 capítulos, incluso essa introdução (capítulo 1).O capítulo 2 trata o tema Projetos. São relacionados os métodos de cálculosexistentes e a importância do uso dos softwares. A partir de uma tipologia deformatos estruturais, de requisitos de compatibilização de projetos e da importânciada coordenação de projetos, o decisor da construtora pode posicionar a interfacecom os escritórios de cálculo.

No capítulo 3 são tratados os temas: Orçamento, Planejamento e Controle. Éapresentada a estrutura básica do orçamento, os planejamentos físico, financeiro ede logística além dos controles de prazo, custo, produtividade, perdas e qualidade.

No capítulo 4 são apresentados os diversos tipos de Fundação, os parâmetrosque devem orientar a escolha mais adequada e um comparativo com as característicasque permitem a comparação entre os diversos tipos.

O capítulo 5 aborda as Fôrmas. São abordados os fundamentos do trabalho comfôrmas como os materiais utilizados e os esforços atuantes. A seguir é apresentadauma análise das variáveis que devem definir a escolha do sistema. Relaciona-setambém os parâmetros para o Projeto para Produção e, finalmente, avaliam-se oscustos envolvidos.

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O capítulo 6 apresenta o Cimbramento. São apresentados os sistemas decimbramento e reescoramento existentes e uma análise das variáveis importantespara sua escolha. Finalmente, é analisado o Projeto para Produção de Cimbramento.

O capítulo 7 trata da Armação. São apresentados os critérios para escolha dofornecedor, bem como os procedimentos necessários para a aquisição de materiaise mão de obra, enfocando as variáveis envolvidas que afetam a produtividade doserviço e a qualidade do produto. Nesse capítulo são abordadas também as boaspráticas que devem ser seguidas para a obtenção de um processo racionalizado.

O capítulo 8 discute a Protensão. Apresenta o que é protensão e seus tipos e naseqüência são detalhados os sistemas de protensão leves.

No capítulo 9 apresenta a Concretagem. Inicialmente são recuperados os conceitosfundamentais do material concreto e suas propriedades no estado fresco eendurecido. Compara-se o processo em obra e o processo em central e os cuidadosnecessários para cada etapa. Por fim, são relacionadas as principais práticasrecomendadas. Um tópico destacado no capítulo são os concretos de altodesempenho, abordando desde a contratação da central até os cuidados em obra.

Cada um desses capítulos é estruturado atendendo a cinco requisitos:

1. As decisões estão organizadas. Ou seja, o gestor terá modelado as

variáveis que definem escolhas na obra. Riscos e ganhos são avaliados.

2. Os principais fenômenos físicos e químicos estão mencionados e,

principalmente, relacionados aos processos de execução de obra.

3. Os custos estão considerados de forma que o gestor pode avaliar o

impacto de suas decisões.

4. As principais tecnologias estão relacionadas

5. Os processos principais de execução estão relacionados em boas práticas.

Manual de estruturas: ferramenta de um processosistêmico

A opção pela elaboração de um Manual para os tomadores de decisão foi escolhidaa partir da percepção que é na gestão dos sistemas produtivos que se concentramos maiores ganhos e as maiores perdas das construtoras.

É claro que o Manual é apenas parte do processo. Somam a ele os cursos de capacitação,as palestras, e tantas outras iniciativas que têm como objetivo gerar potencial paraum salto de qualidade na cadeia produtiva ligada às estruturas de concreto.

Ao receber esse Manual sua empresa, de fato, ingressa em uma comunidade técnicacuja sede é o site (www.comunidadedaconstrucao.com.br). Através dessa sede virtual,sua empresa acessará as atualizações de conteúdo do Manual, colocará dúvidas queserão respondidas e passará a compartilhar dados, como por exemplo, alguns índicesde projeto e produtividade.

Introdução