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ROTEIRO DE RECUPERAÇÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA - 1º SEMESTRE Nome: ___________________________________ Nº_____ 7º ano ____ Data: / / 2018 Prof.: Danilo, Giuliana, Lucas, Natália, Valceli Nota: _______ (Valor: ___ ) 1º semestre Introdução Neste semestre, sua média foi inferior a 6,0, indicação de que você não assimilou os conteúdos mínimos necessários. Agora, você terá a oportunidade de recuperar esses conteúdos por meio de um roteiro de estudo. Faça atentamente este roteiro, pois ele resgata os conteúdos essenciais de todos os momentos de recuperação contínua do 1º semestre de 2018. Neste documento, você encontrará, além dos roteiros passados, aquele relativo à prova bimestral do 2 o bimestre. I - Conteúdos essenciais: Morfologia: - artigo indefinido e adjetivo; - pronomes pessoais do caso reto e do caso oblíquo; - pronomes possessivos e demonstrativos; - introdução ao estudo dos verbos. produção de texto e leitura: - narrativa de aventura; - narrativa de Herói; - notícia. leitura: - "A batalha dos moinhos de vento”, trecho de Dom Quixote (adaptação de Walcyr Carrasco). - O livro selvagem, de Juan Villoro. - Para gostar de ler: poesias (vários autores). - As aventuras de Robin Hood, Adaptação de Ana Maria Machado e Rodrigo Machado; - As aventuras de Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll.

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ROTEIRO DE RECUPERAÇÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA - 1º SEMESTRE 

Nome: ___________________________________ Nº_____ 7º ano ____

Data: / / 2018 Prof.: Danilo, Giuliana, Lucas, Natália, Valceli

Nota: _______ (Valor: ___ ) 1º semestre 

Introdução

Neste semestre, sua média foi inferior a 6,0, indicação de que você não assimilou os conteúdos mínimos

necessários. Agora, você terá a oportunidade de recuperar esses conteúdos por meio de um roteiro de estudo.

Faça atentamente este roteiro, pois ele resgata os conteúdos essenciais de todos os momentos de recuperação

contínua do 1º semestre de 2018. Neste documento, você encontrará, além dos roteiros passados, aquele        

relativo à prova bimestral do 2o bimestre.

I - Conteúdos essenciais: 

● Morfologia:

- artigo indefinido e adjetivo; 

- pronomes pessoais do caso reto e do caso oblíquo; 

- pronomes possessivos e demonstrativos; 

- introdução ao estudo dos verbos. 

● produção de texto e leitura:

- narrativa de aventura; 

- narrativa de Herói; 

- notícia. 

● leitura:

- "A batalha dos moinhos de vento”, trecho de Dom Quixote (adaptação de Walcyr Carrasco).

- O livro selvagem , de Juan Villoro.

- Para gostar de ler: poesias (vários autores).

- As aventuras de Robin Hood , Adaptação de Ana Maria Machado e Rodrigo Machado;

- As aventuras de Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll.  

 

   

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II - Objetivos de aprendizagem: 

 

Além dos conteúdos essenciais, durante o semestre, tivemos como objetivos de aprendizagem para o

aluno:

1. identificar os aspectos da narrativa de aventura: ação, cenário, tempo (localização e duração),

personagens, posição do narrador;

2. reconhecer a importância discursiva de alguns elementos da morfologia;

3. apropriar-se do gênero narrativa de aventura como ferramenta discursiva;

4. ser capaz de analisar e interpretar narrativas de aventura;

5. identificar os aspectos da narrativa mítica;

6. reconhecer a importância discursiva destes elementos da morfologia: pronome pessoal do caso reto e

do caso oblíquo, pronome possessivo e pronome demonstrativo;

7. apropriar-se do gênero narrativa de herói como ferramenta discursiva;

8. reconhecer a importância discursiva destes elementos da morfologia: introdução aos estudos sobre verbos;

9. apropriar-se do gênero notícia como ferramenta discursiva. 

 

 

III - Orientações de estudo: 

 

Neste momento, é necessário que você siga com muita responsabilidade as orientações abaixo, para

que seu desempenho melhore e, assim, ao longo do processo, você seja capaz de retomar os pontos

principais e, ao fim, recuperar a sua nota. Para isso:

● verifique suas anotações de aula no caderno e nas fichas do semestre;

● faça uma síntese do conteúdo;

● destaque aqueles exercícios que geraram dúvidas;

● consulte a monitoria;

● compartilhe as suas anotações com colegas e faça ajustes, se necessário;

● registre dúvidas no caderno.

Leia com bastante atenção as questões apresentadas a seguir, pois elas propõem uma retomada da

trajetória de seus estudos no 7º ano que lhe possibilitarão recuperar sua aprendizagem. É importante ressaltar

que você precisará de muito empenho e dedicação na elaboração destas atividades, mas não estará sozinho

nessa jornada, porque terá o constante apoio de seu professor e também do monitor da área.

   

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1º Momento  

A batalha dos moinhos de vento  

Onde se conta o encontro de Dom Quixote com seu escudeiro Sancho Pança e a batalha dos moinhos de vento

Dom Quixote passou a ter longas conversas com um lavrador seu vizinho. Era um homem muito pobre,

de cabeça fraca, mas com bom coração, chamado Sancho Pança. O fidalgo encheu seus olhos com grandes

promessas, para que se tornasse seu escudeiro. - Quando eu conquistar uma ilha, você será o governador! – garantiu.

- Governador? Eu, Sancho Pança, governador? – espantou-se Sancho Pança.

Decidiu largar mulher e filhos para seguir o fidalgo. Dom Quixote vendeu algumas coisas e juntou uma

quantia razoável. Reuniu as armas, pegou roupa limpa e botou em dois grandes alforjes. Sancho carregou um

burro velho, Dom Quixote montou seu cavalo Rocinante. Sem se despedir de ninguém, os dois partiram na

calada da noite. Ao amanhecer, já estavam tão longe que ninguém poderia encontrá-los.

- Ah, senhor, não se esqueça de que me prometeu uma ilha! – dizia Sancho.

- Pode ser que até ganhe um reino, e seja rei! – prometia Dom Quixote.

Estavam conversando quando, a certa altura do caminho, encontraram trinta ou quarenta moinhos de

vento. Assim que os viu, Dom Quixote parou o cavalo.

- Veja, amigo Sancho! Gigantes!

- Onde? – espantou-se Sancho.

- Aqueles, de braços compridos!

- Senhor, não são gigantes. São moinhos de vento. Não são braços, são pás que, com o vento, fazem

trabalhar os moinhos!

- Bem se vê que nada conhece de aventuras! – rebateu Dom Quixote. – Se tem medo, vá rezar

enquanto eu travo a minha batalha!

Esporeou Rocinante, sem dar importância aos gritos de Sancho, que repetia serem moinhos de vento e

não gigantes. Dom Quixote bradava: - Não fujam, covardes!

O vento aumentou. As pás dos moinhos começaram a girar mais depressa. O fidalgo trovejou: - Por mais braços que tenham, não vão me vencer!

Pensou em Dulcineia, a quem ofereceu a batalha. Ergueu o escudo. Arremeteu com a lança contra o

primeiro moinho. A força do vento moveu as pás ainda mais depressa. A lança quebrou-se em pedaços.

Cavalo e cavaleiro foram atirados campo afora. Sancho Pança acudiu correndo. Exclamou: - Valha-me Deus! Eu não disse que eram moinhos de vento?

- Silêncio, amigo Sancho! – rebateu Dom Quixote. – Foi o feiticeiro Frestão que transformou os

gigantes em moinhos, para me tirar a glória de vencê-los!

Sancho não entendeu muito bem o que o seu amo dizia. Mas ajudou o nosso herói a subir em

Rocinante. Dom Quixote lamentou a perda da lança. Sancho observou:

- O senhor está torto. Deve ser do tombo.

- É verdade. Não me queixo, porque os cavaleiros andantes sabem suportar os ferimentos.

- Pois, quando me dói alguma coisa, eu berro! – garantiu Sancho.

Dom Quixote riu da franqueza de seu escudeiro. [...]

“A batalha dos moinhos de vento”. In: Dom Quixote , Miguel de Cervantes, tradução e adaptação de Walcyr Carrasco. São

Paulo: FTD, 2002. 

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Vocabulário: 

 

escudeiro: ajudante que carregava o escudo do cavaleiro, acompanhando-o nas batalhas.

lavrador: aquele que cuida da terra.

fidalgo: alguém que pertence à nobreza.

alforges: bolsa grande dividida em dois compartimentos.

moinhos de vento: máquina que aproveita a energia do vento para moer grãos.

travo: lutar.

esporeou: usar a espora para comandar o cavalo; incentivar, estimular.  

bradava: dizer em voz alta ou aos gritos.

trovejou: soar como um trovão; falar em voz alta.

arremeteu: avançar ameaçadoramente; lançar-se em ataque.

acudiu: auxiliar; socorrer.

exclamou: expressar espanto.

amo: aquele que chefia; patrão; senhor.

franqueza: sinceridade. 

 

 

1. Releia o seguinte trecho do texto. 

- Veja, amigo Sancho! Gigantes!

- Onde? – espantou-se Sancho.

- Aqueles, de braços compridos!

- Senhor, não são gigantes. São moinhos de vento. Não são braços, são pás que, com

o vento, fazem trabalhar os moinhos!

- Bem se vê que nada conhece de aventuras! – rebateu Dom Quixote.

 

a) A partir desse diálogo, podemos perceber que Dom Quixote e Sancho Pança veem o mundo de duas 

maneiras diferentes. Explique essa diferença. (2,5)

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b) No texto, indique de que forma o espaço interfere na construção do clímax na narrativa de aventura. (2,5)

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2. Releia o trecho extraído do texto acima.

Dom Quixote passou a ter longas conversas com um lavrador seu vizinho. Era um homem

muito pobre, de cabeça fraca, mas com bom coração, chamado Sancho Pança. O fidalgo

encheu seus olhos com grandes promessas, para que se tornasse seu escudeiro.

a) Nesse trecho, Sancho Pança aparece pela primeira vez na narrativa. Considerando isso, justifique o uso   

do artigo indefinido destacado. (2,5)

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b) Identifique e transcreva três adjetivos empregados para descrever Sancho Pança, e explique o que o

uso desses adjetivos revela sobre a personalidade desse personagem. (2,5)

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2º Momento

Texto 1 (Parte 1) 

 

Teseu e Procusto 

 

Teseu era filho de Egeu, rei de Atenas, e de Etra, filha do rei de Trézen, por quem foi criado. Depois

de homem, foi mandado a Atenas e entregue a seu pai. Egeu separou-se de Etra, antes do nascimento do

filho. Colocou a espada e as sandálias sob uma grande pedra e determinou à esposa que lhe mandasse o

filho quando este fosse bastante forte para levantar a pedra. Chegada a ocasião, a mãe de Teseu executou a

incumbência e o jovem removeu a pedra com facilidade e se apoderou da espada e das sandálias. Como as

estradas estavam infestadas de bandidos, o avô de Teseu aconselhou-o a seguir o caminho mais seguro e

mais curto para o país de seu pai: o mar. O jovem, contudo, sentindo em si o espírito e a alma de um herói, e

desejoso de se destacar como Hércules, cuja fama corria, então, por toda a Grécia, pelo fato de destruir os

malfeitores e os monstros que flagelavam o país, resolveu fazer a viagem mais perigosa e aventurosa por

terra.

No primeiro dia de viagem, chegou a Epidauro, onde vivia um filho de Vulcano, Perifetes, selvagem

feroz, sempre armado com uma clava de ferro, que atemorizava os viajantes com seus atos de violência. Ao

ver aproximar-se Teseu, ele o atacou, mas foi logo vencido pelo jovem herói que se apoderou de sua clava e

trouxe-a sempre com ele, depois disso, como lembrança de sua primeira vitória.

Seguiram-se várias lutas semelhantes contra tiranetes e bandidos e em todas Teseu saiu vitorioso.

Um dos malfeitores chamava-se Procusto (...)

Texto 1 (Parte 2) 

 

Procusto 

 

  No alto das montanhas da Ática, na antiga Grécia, vivia um homem estranho de nome Procusto.

Procusto costumava ficar à espreita nos desfiladeiros, comuns naquela região montanhosa, para

atacar os viajantes desprevenidos que por ali passavam. Ele não só vivia à custa de roubar as pessoas, como

também arquitetou uma maneira de tornar seu trabalho divertido, além de lucrativo. Construiu uma cama de

ferro exatamente do seu tamanho e, sempre que despojava um passante, obrigava a desafortunada vítima a

deitar-se na sua cama. Se por acaso o “cliente” coubesse perfeitamente na cama, Procusto o adorava e

restituía-lhe tudo o que lhe roubara. Mas coitados daqueles pobres “clientes” que não cabiam direito na cama.

Se a pessoa era pequena demais, Procusto dava-lhe marteladas para esticá-la a ponto de preencher

toda a cama. Se era grande demais, amputava-lhe os membros até que seu corpo ficasse da medida exata

da cama.

Esse esporte fazia com que Procusto se sentisse muitíssimo importante e satisfeito consigo próprio.

Teseu castigou-o, fazendo com ele o que ele fazia com os outros.

Tendo vencido todos os perigos de viagem, Teseu finalmente chegou a Atenas, onde, graças à

espada e às sandálias que trazia, foi reconhecido pelo pai e declarado seu sucessor.

Thomas Bulfinch. Livro de ouro da Mitologia. Rio de Janeiro: Ediouro, 1999 / Peter Ribes. Mais parábolas e fábulas. São Paulo:

Paulus, 1999. p.102. 

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Texto 2 

 

Trecho do capítulo “O livro pirata”, de O livro selvagem  

 

- Não sou um leitor princeps, nunca fui. Posso detectar quem é, mas eu não tenho o seu poder.

Queria encontrar O livro selvagem e por isso recorri ao terrível tratado de capa azul. Em vez de deixar que

você fizesse tudo, quis me adiantar usando esse livro, que se revelou um inimigo.

Só então reparei que ele não tinha tocado em sua xícara de chá. Nunca o tinha visto falar tanto sem

beber algo ou ir ao banheiro.

- Antes de você chegar a esta casa, eu estava muito triste - prosseguiu. - Pensei que morreria sem

decifrar o mistério desta biblioteca. Meu pai me falou do Livro selvagem , mas o livro não me deixou lê-lo. É

como um cavalo que não aceita cavaleiros, pois espera um muito especial.

 

Juan Villoro. O livro selvagem . São Paulo: Companhia das Letras, 2008, p. 104.

 

Texto 3 

Trecho adaptado de Em busca do tempo perdido 

Num dia de inverno, chegando eu em casa, minha mãe, vendo-me com frio e triste, propôs que

tomasse, contra meus hábitos, um pouco de chá. A princípio, recusei e, nem sei bem por quê, acabei

aceitando. Ela então mandou buscar um desses biscoitos curtos e rechonchudos chamados madeleines. E

logo levei à boca uma colherada de chá onde deixara amolecer um pedaço da madeleine. Mas no mesmo

instante em que esse gole, misturado com os farelos do biscoito, tocou meu paladar, estremeci, atento ao que

se passava de extraordinário em mim. Invadira-me um prazer delicioso. De onde vinha a sensação? (...)

De repente, a lembrança me apareceu. Aquele gosto delicioso era o do pedacinho de madeleine que

minha tia Léonie me dava aos domingo pela manhã em Combray.

Marcel Proust. Em busca do tempo perdido . Rio de Janeiro: Nova Fronteira, p. 55-57 (adaptado).

 

FRENTE DE LÍNGUA E REDAÇÃO 

 

1. a) Explique por que o Texto 1, que você acabou de ler, é um mito. Em sua explicação, apresente duas ou       

mais características desse gênero e utilize elementos do texto que comprovem suas afirmações. (2,5)

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b) Ainda em relação ao Texto 1, observe os pronomes destacados no trecho abaixo: dois são classificados  

como pronomes pessoais do caso reto e os outros dois, como pronomes pessoais do caso oblíquo. Explique

seus usos. Para isso, considere, contextualmente, a personagem a quem eles se referem e os verbos que os

acompanham. (2,5)

“No primeiro dia de viagem, chegou a Epidauro, onde vivia um filho de Vulcano, Perifetes, selvagem

feroz, sempre armado com uma clava de ferro, que atemorizava os viajantes com seus atos de violência.

Ao ver aproximar-se Teseu, ele o atacou, mas foi logo vencido pelo jovem herói que se apoderou de sua

clava e trouxe-a sempre com ele, depois disso, como lembrança de sua primeira vitória.”

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FRENTE DE LITERATURA  

 

2. a) Transcreva, do Texto 2, uma comparação que possa representar a relação de leitura de Tio Tito com O     

Livro Selvagem . Em seguida, explique, por meio de passagens do romance que julgar adequadas, por que

Tio Tito possui essa relação de leitura com O Livro Selvagem. (2,5)

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b) No Texto 3, lê-se uma importante passagem do famoso romance francês Em busca do tempo perdido , de   

Marcel Proust, em que o personagem experimenta uma madeleine , tradicional biscoito da culinária francesa.

Levando em consideração esse trecho, estabeleça uma relação entre a experiência de provar a       

madeleine , descrita no Texto 3, e os efeitos dos biscoitos de cronópios , descritos no capítulo “O tempo e os  

biscoitos” de O livro selvagem . (2,5)

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3º Momento 

Texto 1 

 

Ladrão de gado 

 

O rei Euristeu estabeleceu uma tarefa impossível para Héracles. Ele esfregou as mãos alegremente

enquanto convocava o primo para a sala do trono.

“Quero as belas e gordas vacas que pertencem a Geríon”, guinchou ele. “E quero em um ano e um

dia!” Héracles suspirou. Ele teria de se apressar. A ilha de Geríon ficava na margem mais distante do oceano

Ocidental, e um ano e um dia não era nem de longe tempo suficiente para ir até lá e voltar. Ele correu para a

praia e mergulhou no mar. Logo, estava nadando vigorosamente para oeste. Porém, mesmo depois de ter

nadado uma longa distância, Héracles não conseguia avistar a ilha de Gérion e estava ficando cansado. Ele

virou de costas para descansar e olhou para o céu. Bem acima dele, passava Hélio, o deus do sol, em seu

barco de nuvem dourada. Héracles nadou até o rochedo mais próximo e içou-se para fora da água.

Colocando uma enorme flecha em seu arco, ele mirou e gritou:

“Ei, Hélio! Empreste-me um pouco seu barco ou eu o abaterei!" Hélio não teve escolha: conduziu o

barco até a rocha e partiu mal-humorado, puxando sua carruagem e seus cavalos.

“Quero que me devolva esse barco”, disse ele, irritado. “E tome cuidado para não bater em nada.”

Héracles arrancou duas grandes pedras escapadas do rochedo e as lançou ao oceano, para que pudesse

encontrar o caminho de volta. Ele então partiu para o mar e desapareceu a oeste.

Por fim, ele viu uma enorme ilha à sua frente. Estava coberta de planícies, onde vários rebanhos de

gado vermelho e gordo pastavam. Héracles atracou o barco em silêncio e esgueirou-se para terra firme.

Assim que pôs os pés em terra, um imenso cão de duas cabeças correu para ele, latindo. Héracles lutou com

ele até derrubá-lo e atirou-o em uma moita. Partiu em direção ao gado, mas antes que conseguisse chegar lá

foi atacado por um abominável gigante, que era o pastor de Geríon. Héracles deu-lhe um murro na cabeça e

o nocauteou. Então o arrastou até o poço e o jogou lá dentro. Héracles estava justamente tangendo a última

vaca quando ouviu um rugido. O próprio Geríon saía correndo do palácio.

“Como você se atreve a roubar o meu gado?” gritou ele. Héracles ajustou calmamente três flechas no

seu arco e atingiu Geríon. Pluft, pluft, pluft, fizeram as flechas e as pernas finas de Geríon balançaram antes

de ele mergulhar no chão, morto.

O gado entrou calmamente no barco, e Héracles zarpou de volta ao continente. Um tempo depois,

Heracles cruzou os portões de Tirinto e gritou na direção das janelas.

“Primo Euristeu! Aqui estão suas vacas. Completei minha tarefa!” Euristeu olhou para fora, sorrindo

de modo desagradável.

Lucy Coats. O menino que caiu do céu. 50 mitos gregos. São Paulo: Companhia das Letras, 2009, p. 122 -125 (adaptado).

Vocabulário:   

guinchou: falou com uma entonação de descontentamento, irritação. Chiou.

vigorosamente: com vigor físico.

içou-se: levantou com cordas.

abaterei: matarei, derrotarei.

conduziu: guiou alguém/ algo, mostrando o caminho.

esgueirou-se: saiu sorrateiramente, procurando não ser pressentido.

tangendo: podendo tocar.

zarpou: saiu de um lugar apressadamente. 

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Texto 2 

 

Hércules carregando os bois de Geríon , xilogravura de Gabriel Salmon.

Texto 3 

Teu nome 

Teu nome, Maria Lúcia

Tem qualquer coisa que afaga

Como uma lua macia

Brilhando à flor de uma vaga .

Parece um mar que marulha

De manso sobre uma praia

Tem o palor que irradia

A estrela quando desmaia.

É um doce nome de filha

É um belo nome de amada

Lembra um pedaço de ilha

Surgindo de madrugada.

Tem um cheirinho de murta

E é suave como a pelúcia

É acorde que nunca finda

É coisa por demais linda

Teu nome, Maria Lúcia…

Vinícius de Moraes. Para gostar de ler - poesias . São Paulo: Ática, p. 14.

 

Vocabulário:  

afagar: fazer carinho.

vaga: onda.

palor: palidez.

murta: pequeno arbusto de cujas flores se extrai perfume.

acorde: termo musical que indica duas ou mais notas soando simultaneamente.

 

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Texto 4 

Ela sorriu, e eu reparei que tinha um dente levemente torto. Esse defeito mínimo deixou-a ainda mais

bonita, pois a tornou diferente de qualquer outra menina.

Perguntou mais uma vez o que eu queria.

Até aquele momento, eu achava que sabia como era uma mulher bonita. O que eu não sabia, e que

Catalina me revelou, era que alguém podia ser bonito de uma maneira muito detalhada e particular. Ao vê-la,

fiquei encantado com coisas que não sabia que me interessavam: seus dedos magros, por exemplo, e a

maneira como ela segurava os objetos.

Tinha acabado de descobrir que era possível pegar um frasco de remédios de maneira bela.

Senti minha cabeça dando voltas.

Não consegui falar. Estava apaixonado.

Juan Villoro. O Livro Selvagem . Companhia das Letras: São Paulo. p. 46.

 

 

Texto 5 

 

 

Leitura (1892), Almeida Júnior. Óleo sobre tela. Pinacoteca do Estado de São Paulo.

 

   

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FRENTE DE LÍNGUA E REDAÇÃO  

1. O Texto 1 é uma narrativa mítica cuja história baseia-se no seguinte enredo: situação inicial, conflito,     

clímax e desfecho. Analise-o e, em seguida, atenda ao que for pedido:

 

a) Relacione o Texto 1 e o Texto 2 e aponte a qual parte estrutural da narrativa a imagem faz referência. Em        

seguida, justifique sua resposta, transcrevendo, para isso, um trecho do Texto 1. (2,5) 

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b) Com base no estudo sobre o gênero narrativa de herói, explique por que o Texto 1 pode ser considerado      

um mito. Em sua resposta, apresente dois ou mais elementos do texto que justifiquem seus argumentos.  

(2,5)

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2. No Texto 4, lê-se: 

“Ela sorriu, e eu reparei que tinha um dente levemente torto. Esse defeito mínimo deixou-a ainda

mais bonita, pois a tornou diferente de qualquer outra menina.”

a) O bom uso dos pronomes contribui para a fluidez do texto e evita repetições. Com base nessa afirmativa,  

classifique os três pronomes destacados, indique o(s) termo(s) ao(s) qual(is) eles se referem e justifique

seus usos. (2,5)

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b) No trecho: “Ela sorriu, e eu reparei que tinha um dente levemente torto”, explique o que o pronome       

destacado indica em relação ao narrador de O Livro Selvagem. (2,5)

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FRENTE DE LITERATURA  

1. a) A partir da leitura do Texto 3, poema de Vinícius de Moraes, e do Texto 4, trecho da obra O Livro       

Selvagem , explique de que modo a figura feminina é representada em ambos os textos. (2,5)

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b) Observe a seguinte passagem do Texto 3:

“Teu nome, Maria Lúcia, (…)

É acorde que nunca finda ”

 

Vocabulário:  

acorde: termo musical que indica duas ou mais notas soando simultaneamente.

finda: termina, acaba.  

Nesta passagem, podemos identificar uma figura de linguagem recorrente no poema “Teu nome”. Indique

qual é a figura de linguagem presente no trecho e explique de que modo esse recurso contribui para a

caracterização de Maria Lúcia. (2,5)

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2. a) Releia o seguinte trecho do Texto 1:  

“Como você se atreve a roubar o meu gado?” gritou ele. Héracles ajustou calmamente

três flechas no seu arco e atingiu Geríon. Pluft, pluft, pluft, fizeram as flechas e as pernas finas de

Geríon balançaram antes de ele mergulhar no chão, morto.”

A expressão destacada na passagem acima é exemplo de um recurso sonoro muito importante em alguns

textos literários. Cite o nome dessa figura de linguagem e indique sua importância no trecho acima. (2,5)

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b) No Texto 4, Juan relata seu fascínio diante de Catalina e a constatação de que está apaixonado. No     

entanto, além de despertar esse sentimento no narrador, ela teve participação fundamental no desfecho da

narrativa. A partir disso, explique de que modo Catalina contribuiu para que O Livro Selvagem fosse    

encontrado. (2,5)

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4º Momento

 

Texto 1 

 

Desabrigados de edifício que caiu passam segunda noite de frio na rua 

Famílias acampadas no Largo do Paissandu enfrentam temperatura de 9ºC

Dezenas de famílias acampadas em barracas no Largo do Paissandu estão enfrentando hoje (21) a

segunda noite de frio intenso no centro da capital paulista. Parte delas é de ex-moradores do edifício Wilton

Paes de Almeida, que desabou no último dia 1º em razão de um incêndio.

Na última madrugada, São Paulo registrou a menor temperatura do ano, com termômetros marcando,

em média, 8 graus Celsius (°C). Às 21 horas de hoje, a região central da cidade estava com 14ºC. Segundo o

Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE) da prefeitura, a cidade deverá registrar, em

média, na próxima madrugada, 9ºC.

“Está sendo muito difícil para nós. Choveu e molhou todas as nossas roupas. Está tudo em cima das

barracas. O meu colchão não presta mais, estou dormindo em cima de um lençol. Estamos aqui há 21 dias.

Hoje ganhei essa coberta aqui, já que a minha se foi, por causa da chuva, e não presta mais”, disse Leofábia

Rodrigues da Silva, de 35 anos, que está acampada no largo com seus dois filhos, uma menina de dez anos

e um menino de 16.

Leofábia, que trabalha como auxiliar de limpeza em um cinema próximo, afirma que era moradora do

edifício que desabou, e que não está recebendo o auxílio aluguel. “Se estivessem pagando auxílio, todo

mundo já teria saído daqui”. Ela ressalta que não pretende ir para os albergues da prefeitura porque não se

considera moradora de rua. “Albergue ficou para morador de rua. Nós somos trabalhadores, nós queremos

nossa moradia digna”. De acordo com ela, há 108 famílias acampadas na praça, com cerca de 60 crianças.

A Defensoria Pública de São Paulo e a Defensoria Pública da União ingressaram na tarde de hoje

com uma ação civil pública pedindo atendimento emergencial às famílias que viviam no prédio que desabou.

A ação, proposta na Justiça Federal de São Paulo, pede liminarmente, que União, estado e município

forneçam um imóvel adequado para abrigar todas as famílias.

No pedido, são sugeridos três edifícios – imóveis vazios, próximos ao incidente e próprios para uso

habitacional. É solicitado ainda o pagamento do auxílio aluguel por prazo indeterminado, que deverá ser

reajustado anualmente, até a entrega de atendimento habitacional definitivo.

Disponível em: https://goo.gl/XVWybd. Acesso em 18 mai.2018.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Texto 2

Disponível em: https://goo.gl/8AqK1D. Acesso em 03.abr.2018.

 

Texto 3 

 

Capítulo 2: A lagoa de lágrimas 

 

“CADA VEZ MAIS ESTRANHÍSSIMO!” exclamou Alice (a surpresa fora tanta que por um instante

realmente esqueceu como se fala direito). “Agora estou espichando como o maior telescópio que já existiu!

Adeus, pés!” (pois, quando olhou para eles, pareciam quase fora do alcance de sua vista, de tão distantes).

“Oh, meus pobres pezinhos, quem será que vai calçar meias e sapatos em vocês agora, queridos? Com

certeza, eu é que não vou conseguir! Vou estar longe demais para me incomodar com vocês: arranjem-se

como puderem... Mas preciso ser gentil com eles”, pensou Alice, “ou quem sabe não vão andar no rumo que

quero! Deixe-me ver. Vou dar um par de botinas novas para eles todo Natal.”

E continuou planejando com seus botões como faria isso. “Vão ter de ir pelo correio”, pensou; “e que

engraçado vai ser, mandar presentes para os próprios pés”. E como o endereço vai parecer estranho.”

Lewis Carroll. Alice no País das Maravilhas . Rio de Janeiro: Zahar, 2010, p. 23. 

 

Vocabulário:  

espichando: esticando, aumentando de comprimento.

botinas: bota de cano baixo.

 

Texto 4 

 

Robin Hood dedicava-se a construir abrigos em várias clareiras mais escondidas e ensinava aos

novatos os segredos da floresta. Passavam a maior parte do tempo investindo na arte do tiro com arco, na

qual todos se tornaram muito hábeis, ainda que nunca tenham superado a pontaria de Robin. Duelavam com

espadas e combatiam usando cajados. Caçavam veados e comiam também carne de javalis, lebres e aves

selvagens diversas. Para conseguir tudo de que precisavam - tecidos para roupas verde-musgo, flechas ou

mesmo dinheiro -, realizavam ataques surpresa na Grande Estrada do Norte, que, na época, passava através

da floresta.

As aventuras de Robin Hood . Adaptação de Ana Maria Machado e Rodrigo Machado. FTD, 2016, p.77.

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FRENTE DE LÍNGUA E REDAÇÃO 

1. Releia o título da notícia.

Desabrigados de edifício que caiu passam segunda noite de frio na rua 

a) Um dos recursos da notícia para chamar a atenção do leitor é o emprego de uma manchete atrativa.

Identifique qual expressão presente nessa manchete sugere um assunto interessante, de forma a atrair o 

leitor. (2,5)

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b) Releia o seguinte trecho, retirado do Texto 1:

“Dezenas de famílias acampadas em barracas no Largo do Paissandu estão enfrentando hoje (21) a

segunda noite de frio intenso no centro da capital paulista.”

Esse trecho indica o problema enfrentado por um número significativo de pessoas que sofrem por

falta de moradia. Por que essas informações aparecem na notícia? Justifique sua resposta com base no          

conceito da pirâmide invertida presente no Texto 2. (2,5)

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2. Em alguns trechos do Texto 1, aparecem as falas das pessoas envolvidas no fato noticiado.

a) Qual a importância desses depoimentos nesta notícia? (2,5)

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b) “Na última madrugada, São Paulo registrou a menor temperatura do ano, com termômetros marcando, em

média, 8 graus Celsius (°C). Às 21 horas de hoje, a região central da cidade estava com 14ºC. Segundo o

Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE) da prefeitura, a cidade deverá registrar, em

média, na próxima madrugada, 9ºC.”

Destaque os verbos conjugados na terceira pessoa do singular e classifique-os de acordo com o       

modo e o tempo verbal. Em seguida, justifique o uso de cada tempo verbal de acordo com o contexto. (2,5)

 

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FRENTE DE LITERATURA

 

3. a) A partir da leitura do Texto 3, trecho do romance As aventuras de Alice no País das Maravilhas ,         

explique por que os acontecimentos narrados nesse trecho podem ser considerados verossímeis dentro da   

narrativa. (2,5)

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b) Ao perceber que seu corpo está mudando, Alice começa a refletir sobre como viverá com sua nova forma 

física. Assim, indique se a solução encontrada pela protagonista poderia ser utilizada no País das Maravilhas   

e também em nosso mundo real. Justifique sua resposta. (2,5)

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4. a) No Texto 4, trecho do romance As aventuras de Robin Hood , temos a descrição da organização do     

grupo liderado pelo protagonista. A partir da leitura da narrativa e das discussões feitas em sala, indique    

quais eram os valores defendidos por Robin Hood e seu grupo. (2,5)

 

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b) Segundo o Texto 4, Robin Hood e seus seguidores realizavam ataques-surpresa na Grande Estrada do      

Norte para conseguirem “tecidos para roupas verde-musgo, flechas ou mesmo dinheiro”. Podemos afirmar  

que essas ações tinham uma finalidade positiva? Justifique sua resposta. (2,5)

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5º Momento  

Texto 1  

Após guerra nos anos 90, Bósnia-Herzegovina tenta se reerguer com turismo 

País, que equivale a um quinto da área do estado de SP, pode ser cruzado em poucas horas; há atrações

também fora da capital

Um pequeno país no sudeste europeu tenta representar a metáfora da Fênixe ressurgir: Após ficar

em ruínas, por conta de uma guerra entre 1992 e 1995, a Bósnia-Herzegovina busca se reerguer em tempos

de paz. Para isso, usa o turismo como uma das peças-chave para o renascimento.

As cicatrizes ainda estão por todos os cantos – casas destruídas, construções cujos muros parecem

de chapisco dada a quantidade de buracos de balas – e contribuem de forma surreala compreender o

episódio. O passado assusta, mas também colabora: os períodos turco-otomano, austro-húngaro e comunista

fazem parte da história e dão traços a um lugar multicultural, colorido por muçulmanos, croatas e sérvios.

O hypeem cima da vizinha Croácia alimenta passeios pela Bósnia, que, de tão compacta (território

equivalente a um quinto da área do estado de São Paulo) pode ser cruzada de ponta a ponta em poucas

horas e não se resume apenas à capital, Sarajevo.

Sarajevo 

Jerusalém do Oriente. O apelido de Sarajevo não é em vão: a capital concentra toda a miscelânea

étnica, cultural, histórica e religiosa que é a Bósnia. O resumo desse caldeirão está distribuído nos arredores

do centro antigo da cidade. As catedrais do Sagrado Coração (católica) e Nossa Senhora (ortodoxa) estão a

poucos metros de distância do Novi hram, o antigo templo judeu, e da mesquita Gazi Husrev Begova,

construída em 1530, um dos mais importantes centros islâmicos de toda a região dos Bálcãs.

http://operamundi.uol.com.br/conteudo/viagens/33133/apos+guerra+nos+anos+90+bosnia-herzegovina+tenta+se+reergue

r+com+turismo.shtml (Acesso em 12.jun.2018)

Vocabulário:  

Fênix: pássaro da mitologia grega que, quando morria, entrava em autocombustão e, passado algum tempo, renascia das próprias

cinzas.

surreal: algo que foge da realidade, incomum.

hype: exagero de algo, uma estratégia para enfatizar alguma coisa.

Texto 2 

 

Quando os nazis vieram buscar os comunistas,

eu fiquei em silêncio;

eu não era comunista.

Quando eles prenderam os sociais-democratas,

eu fiquei em silêncio;

eu não era um social-democrata.

Quando eles vieram buscar os sindicalistas,

eu não disse nada;

eu não era um sindicalista.

Quando eles vieram buscar os judeus

eu fiquei em silêncio;

eu não era um judeu.

Quando eles me vieram buscar,

já não havia ninguém que pudesse protestar.

Martin Niemöller. Disponível em:http://alermaisoholocausto.weebly.com/poemas.htm Acesso em 15.jun.2018. 

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Texto 3 

 

Trecho do capítulo 8 do romance As Aventuras de Alice no País das Maravilhas

“Como vai passando” disse o Gato, assim que teve boca suficiente para falar.

Depois de esperar até os olhos aparecerem, Alice fez um aceno de cabeça. (“Não adianta falar com

ele”, pensou, “antes que as orelhas apareçam, pelo menos uma delas.”) Mais um minuto, e a cabeça surgiu.

Alice pôs seu flamingo no chão e começou a descrever o jogo, muito contente por ter alguém para ouvi-la. O

Gato, ao que parecia, achou que já havia o bastante de si à vista e mais nada apareceu.

“Não acho que joguem nada limpo”, Alice começou, num tom bastante queixoso, “e todos brigam tão

horrivelmente que não se consegue ouvir a própria voz… e parecem não ter nenhuma regra em particular;

pelo menos, se têm, ninguém as segue… e depois todas as coisas são vivas, e você não faz ideia da

confusão que isso dá (...)”.

Lewis Carroll. As Aventuras de Alice no País das Maravilhas . São Paulo: Zahar, 2010, p.100. 

 

Texto 4 

 

O espelho mágico , obra de Maurits Cornelis Escher. O Espelho Mágico de M. C. Escher . São Paulo: Taschen, 2003, p.

12.

 

 

Texto 5 

O sonho da borboleta , de Chuang Tzu 

Chuang Tzu sonhou que era uma borboleta. Ao despertar, não sabia se era Tzu que havia sonhado

ser uma borboleta ou se era uma borboleta e estava sonhando que era Tzu.

Chuang Tzu, filósofo chinês da escola taoísta, viveu nos séculos III e IV a.C. 

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FRENTE DE LÍNGUA E REDAÇÃO 

 

1. Enquanto o Texto 2 deixa subentendida a destruição do país, o Texto 1 objetiva impulsionar o turismo na       

região.

a) Atente ao conteúdo e à estrutura da notícia para apontar as estratégias utilizadas pelo jornalista para

chamar a atenção de possíveis turistas. Cite um trecho do texto que justifique a sua resposta. (2,5)

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b) No Texto 2, é possível perceber, a cada estrofe, como o país foi ficando ao longo da guerra. Compare o  

conteúdo do Texto 2 ao primeiro parágrafo do Texto 1 para justificar o início da notícia: "Um pequeno país    

tenta representar a metáfora da Fênix". (2,5)

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2. Os tempos verbais são utilizados com claros objetivos semânticos. Variando de acordo com as condições e

os usos estabelecidos para cada texto. Considere os efeitos de sentido para responder às perguntas que  

seguem:

a) Todos os verbos do Texto 1 estão no presente do indicativo. Explique o uso desse tempo verbal, de  

acordo com o tema e o objetivo da notícia. (2,5)

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b) No Texto 2, os verbos dos 13 primeiros versos estão no pretérito perfeito do modo indicativo,  

diferentemente do último verso do poema em que a forma "havia" está no pretérito imperfeito do modo

indicativo e a forma "pudesse" está no pretérito imperfeito do modo subjuntivo. Explique, contextualmente,

por que foram utilizados esses três tempos verbais. (2,5)

 

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FRENTE DE LITERATURA  

3. a) Na clássica passagem de Chuang Tzu (Texto 5), o narrador descreve uma crise de identidade motivada     

por um sonho. É possível afirmar que, em As aventuras de Alice no país das maravilhas , a protagonista    

também passa por uma situação similar, em que duvida de sua própria identidade? Justifique sua resposta  

por meio da citação de alguma passagem desse romance. (2,5)

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b) É possível afirmar que o capítulo 8, em que se descrevem muitas ações da Rainha de Copas, apresenta    

uma crítica aos excessos do poder e da violência? Justifique brevemente sua resposta, levando em    

consideração os estudos que fizemos das aventuras de Alice ao longo do bimestre. (2,5)

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4. a) É possível relacionar o modo como a representação e a realidade se confundem na gravura O espelho       

mágico (Texto 4), do holandês Maurits Escher, com o sonho descrito por Chuang Tzu (Texto 5)? Justifique    

sua resposta. (2,5)

 

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b) Indique qual é o principal elemento nonsense presente na gravura de Escher (Texto 4). (2,5)

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