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Página 1 de 16 Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) - 2016 Certificado de Área de Atuação em Neonatologia 1) O uso de surfactante exógeno na síndrome de membrana hialina NÃO está associado a: A) aumento do “shunt” esquerda-direita pelo canal arterial B) aumento dramático da oxigenação sanguínea C) diminuição da displasia broncopulmonar D) melhora lenta da paCO2 2) Prematuro de 28 semanas de idade gestacional, ainda com acesso venoso central, vem demonstrando boa transição da nutrição enteral para parenteral (80/20% do aporte, respectivamente) até que, com 12 dias de vida e 1.220g, exibe quadro de sepse tardia confirmada por crescimento de Staphylococcus epidermidis em duas amostras periféricas de hemocultura. Após três dias de boa resposta clínica com uso de oxacilina você decide: A) manter a oxacilina na dependência de boa evolução clínica e negativação das hemoculturas de controle B) suspender a antibioticoterapia por tratar-se de germe colonizador habitual de pele C) retirar imediatamente o cateter, independentemente do tipo de antimicrobiano D) substituir a oxacilina por vancomicina 3) Uma primigesta com história de bolsa rota de 24 horas, sem sinais de corioamnionite, recebeu cefazolina seis horas antes do parto. Deu à luz a um recém-nascido a termo, de 3.200g de peso, por via vaginal. Avaliada com duas horas de vida, a criança mostra-se em boas condições clínicas. Sua recomendação é: A) manter o bebê em alojamento conjunto e observação clínica ao menos por 48 horas B) iniciar antibioticoterapia pelo tempo de bolsa rota prolongada C) manter a criança na UTI para vigilância clínica e laboratorial D) coleta imediata de hemograma e hemocultura 4) São muito controversas as orientações para iniciar as manobras de reanimação neonatal no pós-parto imediato de um prematuro extremo. Além de se basearem em dados populacionais, as orientações atuais do Programa de Reanimação Neonatal da SBP sugerem que essas decisões podem ser tomadas se: A) há múltiplas malformações tidas como letais, independentemente da opinião dos familiares B) idade gestacional for inferior a 23 semanas, independentemente dos familiares C) individualizadas e compartilhadas, sempre que possível, com os familiares D) mesmo diante de evidências de natimortalidade 5) Entre os medicamentos abaixo citados, o que apresenta melhor relação eficácia/segurança como estratégia de neuroproteção de encefalopatia hipóxico-isquêmica pós asfixia perinatal é o: A) bloqueador de canais de cálcio B) B-varredores de radicais livres C) sulfato de magnésio D) fenobarbital 6) O método de escolha para o diagnóstico da hemorragia periintraventricular em recém-nascidos prematuros é a: A) pesquisa de hemácias no líquor obtido por punção lombar B) ultrassonografia transfontanelar C) tomografia computadorizada D) ressonância magnética

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1) O uso de surfactante exógeno na síndrome de membrana hialina NÃO está associado a:

A) aumento do “shunt” esquerda-direita pelo canal arterial B) aumento dramático da oxigenação sanguínea C) diminuição da displasia broncopulmonar D) melhora lenta da paCO2 2) Prematuro de 28 semanas de idade gestacional, ainda com acesso venoso central, vem demonstrando boa transição da nutrição enteral para parenteral (80/20% do aporte, respectivamente) até que, com 12 dias de vida e 1.220g, exibe quadro de sepse tardia confirmada por crescimento de Staphylococcus epidermidis em duas amostras periféricas de hemocultura. Após três dias de boa resposta clínica com uso de oxacilina você decide:

A) manter a oxacilina na dependência de boa evolução clínica e negativação das hemoculturas de controle B) suspender a antibioticoterapia por tratar-se de germe colonizador habitual de pele C) retirar imediatamente o cateter, independentemente do tipo de antimicrobiano D) substituir a oxacilina por vancomicina 3) Uma primigesta com história de bolsa rota de 24 horas, sem sinais de corioamnionite, recebeu cefazolina seis horas antes do parto. Deu à luz a um recém-nascido a termo, de 3.200g de peso, por via vaginal. Avaliada com duas horas de vida, a criança mostra-se em boas condições clínicas. Sua recomendação é:

A) manter o bebê em alojamento conjunto e observação clínica ao menos por 48 horas B) iniciar antibioticoterapia pelo tempo de bolsa rota prolongada C) manter a criança na UTI para vigilância clínica e laboratorial D) coleta imediata de hemograma e hemocultura 4) São muito controversas as orientações para iniciar as manobras de reanimação neonatal no pós-parto imediato de um prematuro extremo. Além de se basearem em dados populacionais, as orientações atuais do Programa de Reanimação Neonatal da SBP sugerem que essas decisões podem ser tomadas se:

A) há múltiplas malformações tidas como letais, independentemente da opinião dos familiares B) idade gestacional for inferior a 23 semanas, independentemente dos familiares C) individualizadas e compartilhadas, sempre que possível, com os familiares D) mesmo diante de evidências de natimortalidade 5) Entre os medicamentos abaixo citados, o que apresenta melhor relação eficácia/segurança como estratégia de neuroproteção de encefalopatia hipóxico-isquêmica pós asfixia perinatal é o:

A) bloqueador de canais de cálcio B) B-varredores de radicais livres C) sulfato de magnésio D) fenobarbital 6) O método de escolha para o diagnóstico da hemorragia periintraventricular em recém-nascidos prematuros é a:

A) pesquisa de hemácias no líquor obtido por punção lombar B) ultrassonografia transfontanelar C) tomografia computadorizada D) ressonância magnética

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7) Quanto à retinopatia da prematuridade (ROP) é INCORRETO afirmar que:

A) sua triagem é indicada com quatro a seis semanas de vida ou 31 a 33 semanas de idade gestacional corrigida B) a fundoscopia indireta determina o estágio e zona da ROP, além de sua gravidade e extensão C) a abordagem cirúrgica visa tratar o processo neovascular e corrigir o descolamento da retina D) o fator de crescimento insulina like (IGF1) está sempre aumentado na ROP grave 8) O diagnóstico mais provável em recém-nascido com Síndrome de Down que evoluiu precocemente com episódios repetidos de vômitos e dilatação de estômago ao exame radiológico é:

A) vólvulo gástrico B) pâncreas anular C) atresia duodenal D) estenose pilórica 9) Recém-nascido de 37 semanas, com restrição assimétrica do crescimento fetal, evoluiu bem em Alojamento Conjunto até 30 horas de vida, quando apresentou queda rápida do estado geral, distensão abdominal, palidez, taquicardia, hipotensão severa e fezes com sangue. Na história materna há registro de hipertensão arterial não tratada no último mês da gestação. Sua conduta imediata é:

A) reposição com solução cristaloide, concentrado de hemácias, radiografia de abdômen em ortostase e hemograma B) administração de sangue total, albumina, ultrassonografia de abdômen, metronidazol e aminoglicosídeo C) expansão volumétrica com soro glico-fisiológico, drogas vasoativas, e vigilância clínica D) hidratação com soro glicosado, uso de antibiótico para infecção, e consulta com a cirurgia 10) Pouco após um parto vaginal eutócico, um recém-nascido começa a apresentar salivação intensa. Você encontra dificuldades em “passar” uma sonda gástrica e pensa em atresia de esôfago. Os cuidados necessários para uma transferência segura dessa criança a um centro terciário incluem:

A) sedar e colocar em CPAP B) continuar a investigar se a criança não estiver bem C) realizar intubação traqueal para evitar aspiração e pneumonia química D) transportar a criança em decúbito elevado e com aspiração contínua do coto esofágico proximal 11) Um recém-nascido pré-termo em franca dificuldade respiratória, apesar do uso de CPAP nasal com FiO2 de 0,50 precisa ser transferido para uma unidade de maior complexidade, com recursos para ventilação mecânica. Para um transporte seguro a equipe deve:

A) intubar o bebê se a respiração for muito irregular, a FiO2> 0,60, a pCO2>50mmHg e o peso <1.000g B) administrar atropina e fazer ventilação com bolsa autoinflável diante de bradicardia no transporte C) evitar o uso de dispositivo de pressão contínua nas vias aéreas por risco de pneumotórax D) transferir com FiO2 de 0.60, independentemente dos sinais vitais 12) O obstetra de plantão ao receber gestante em trabalho de parto que realizou pré-natal de forma irregular, resolve fazer uma ultrassonografia que diagnostica um defeito de parede abdominal. Indica uma cesariana e retira um concepto com boa vitalidade. No preparo da criança para o transporte para outra unidade, deve-se ter cuidado em:

A) manter o paciente em decúbito ventral para não dificultar o retorno venoso B) manter sonda gástrica aberta para evitar a distensão das alças intestinais C) contraindicar o uso de compressa estéril para evitar perda hídrica D) radiografar o abdome e observar o aspecto das alças intestinais

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13) Após reanimação na sala de parto, um recém-nascido de 35 semanas continua com depressão respiratória, sendo indicada sua transferência para a UTI Neonatal. Enquanto aguarda o procedimento, é submetido a ventilação mecânica manual com cuidados que incluem:

A) superdistensão inicial mantida para assegurar adequada expansão pulmonar B) o abandono da oximetria de pulso como acompanhamento da ventilação manual C) ajuste da pressão independente da visualização do tórax e da ausculta da entrada de ar nos pulmões D) ventilador em T em fluxo de O2 de 5-15 litros/minuto, pressão inspiratória em 20-25 cmH2O, PEEP em 4-6 cmH2O 14) Pouco após seu nascimento, um prematuro de 2.500g de peso evidencia dificuldade respiratória progressiva, tendo o médico assistente indicado o uso de CPAP. Sobre esse método é correto afirmar que:

A) o CPAP não estabiliza a caixa torácica nem otimiza a atividade do diafragma, adequando a sua contratilidade B) as prongas binasais não costumam ser efetivas, preferindo-se a via traqueal para iniciar o suporte C) deve ser iniciado precocemente em todos os bebes com risco de Doença de Membrana Hialina D) aumenta a capacidade funcional residual e o shunt intrapulmonar 15) Um prematuro com dificuldade respiratória exibe apneia e dessaturação, após receber surfactante e é colocado em CPAP nasal. A radiografia de tórax mostra pulmões pouco arejados e aspecto reticulo-granular, além de broncogramas aéreos, compatíveis com Doença de Membrana Hialina. Sua decisão por instalar ventilação mecânica convencional é baseada no fato de que:

A) o uso de xantinas e CPAP pós-extubação estão contraindicados pelo risco de pneumotórax hipertensivo B) o uso de pressões e volumes correntes elevados diminuem o risco de displasia broncopulmonar C) a ventilação mandatória intermitente é ainda a estratégia mais utilizada nessa enfermidade D) não se deve instituir PEEP nessa entidade pelo maior risco de barotrauma 16) Prematuro de 26 semanas e peso de 750g nasce de uma mãe sem cuidados de pré-natal, após trabalho de parto de 4 horas e uma dose de corticoide antenatal. O escore de Apgar foi 4/8, havendo necessidade de ventilação com pressão positiva por peça em T e FiO2 de 0,6 e transporte para a UTI Neonatal. A melhor sequência de condutas iniciais a fim de prevenir a lesão pulmonar induzida por ventilação (LPIV) é:

A) instituir ventilação não invasiva ou CPAP nasal, intubar, administrar surfactante, extubar e manter em ventilação não invasiva ou CPAP nasal com FiO2 mínima B) instalar CPAP nasal e, conforme esforço, administrar surfactante, extubar e deixar em campânula (hood) com FiO2 mínima C) empregar ventilação de alta frequência, evitando-se grandes mudanças de pressão e volume responsáveis pela LPIV D) iniciar precocemente cafeína e diuréticos, com comprovado efeito sobre a apneia e também broncodisplasia 17) Paciente com 50 dias de vida nasceu com idade gestacional de 27 semanas, peso de 790g e líquido amniótico fétido. No período neonatal usou surfactante e apresentou falha na extubação, utilizando ventilação por 20 dias. No momento dependente de O2, em nutrição por sonda gástrica e em uso de cafeína. Analisando retrospectivamente o quadro clínico, resultado do biotrauma e da lesão pulmonar induzidos pela ventilação, é correto afirmar que:

A) no caso em questão, o controle do volume corrente é uma boa estratégia de ventilação gentil B) o uso de óxido nítrico, pelo efeito anti-inflamatório, tem grande impacto na proteção contra a DBP C) a prematuridade e a fase de desenvolvimento pulmonar ao nascimento estão inversamente relacionadas à possibilidade de lesão pulmonar D) a exposição a níveis baixos de oxigênio e a manutenção de saturação de O2 menor que 90% protegem contra o desfecho combinado DBP e óbito

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18) RN com 27 semanas de idade gestacional no terceiro dia de vida e em ventilação mecânica, apresenta má perfusão tecidual e persistência do canal arterial (PCA) com repercussão hemodinâmica. Está em uso de antibioticoterapia para tratamento de sepse neonatal e recebeu duas doses de surfactante no primeiro dia de vida. Em relação a esse paciente é correto afirmar que:

A) por apresentar sepse e PCA com repercussão hemodinâmica apresenta menos risco de desenvolver displasia broncopulmonar B) o uso de surfactante exógeno levou a um efeito direto no canal arterial aumentando a resistência vascular pulmonar com piora do quadro clínico C) a presença de infecção/inflamação levará à liberação de prostaglandinas circulantes o que vai auxiliar no fechamento espontâneo do canal arterial D) a presença do PCA pode resultar em edema pulmonar com consequente necessidade de aumento dos parâmetros ventilatórios podendo levar à hemorragia pulmonar 19) Um recém-nascido com 24 semanas de idade gestacional, sem perda sanguínea, apresenta hipotensão arterial refratária ao uso de drogas vasoativas. Nesse caso, a conduta mais indicada a ser tomada para tratamento da hipotensão é:

A) iniciar corticoide sistêmico

B) transfundir albumina humana 10 ml/kg

C) administrar soro glicosado venoso 10ml/kg

D) transfundir concentrado de hemácias e plasma fresco 20 ml/kg 20) Em relação aos medicamentos utilizados no tratamento da dor no período neonatal é correto afirmar que:

A) o paracetamol é um medicamento seguro para uso no RN B) o midazolam é indicado como analgésico de primeira escolha C) para RN hipotensos e hipovolêmicos a morfina é a melhor escolha D) os anti-inflamatórios são os analgésicos de escolha no tratamento da dor neonatal 21) RN com 36 semanas de IG, parto cesáreo, tem diagnóstico de gastrosquise desde o segundo semestre de gestação. Foi operado de imediato pela técnica de “Simil Exit” com redução total. No pós-operatório imediato, a melhor conduta em relação a hidratação desse paciente é:

A) restrição hídrica de 50% B) hidratação normovolêmica C) aumento da taxa hídrica em 50% D) aumento da taxa hídrica em 20% 22) Uma gestante apresentando títulos altos de IgM para toxoplasmose a partir do 3º trimestre de gestação e usando espiramicina de forma irregular, deu à luz a um RN com 38 semanas de IG, PIG, com hepatosplenomegalia. Os exames laboratoriais do recém-nascido revelaram PCR positivo para toxoplasmose e ELISA IGM reagente. Liquor normal. Fundoscopia normal. O tratamento indicado para os primeiros seis meses de vida desse paciente é:

A) sulfadiazina + prednisona B) pirimetamina + prednisona C) sulfadiazina + pirimetamina + ácido folínico D) espiramicina + pirimetamina + ácido folínico

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23) Um RN com 28 semanas de IG, cuja mãe não recebeu corticoterapia antenatal apresentou desconforto respiratório progressivo, piorando nas últimas 12 horas. Radiografia de tórax mostrou infiltrado reticulo granular difuso e bilateral (aspecto de vidro moído) e broncograma aéreo periférico, compatível com Doença da Membrana Hialina. Nesse caso, o diagnóstico diferencial deve ser feito principalmente com as pneumonias congênitas, em especial a causada por:

A) listeria B) clamídia C) klebsiella Pneumonie D) estreptococo do grupo B 24) RN com 39 semanas de IG, cuja mãe teve trabalho de parto prolongado (> 24 horas), apresenta quadro clinico-laboratorial compatível com Síndrome de Aspiração Meconial grave. Nesse caso, a importante estratégia de ventilação mecânica que deve ser considerada será a utilização de:

A) altas pressões expiratórias finais (PEEP) B) baixas pressões inspiratórias (Pinsp) C) tempos inspiratórios curtos D) FiO2 baixas 25) Gestante no terceiro semestre de gestação apresenta VDRL positivo desde o início do segundo trimestre com aumento progressivo da titulação. Não foi tratada até o momento por ser alérgica a penicilina. Nesse caso a conduta correta seria tratamento com:

A) ceftriaxona por 10 dias B) eritromicina por 14 dias C) claritromicina por 10 dias D) penicilina benzatina após dessensibilização da gestante 26) Recém-nascido com idade gestacional de 29 semanas, peso de nascimento de 950g encontra-se na segunda semana de vida, em ventilação mecânica com parâmetros baixos e FiO2 de 0,3, antibioticoterapia venosa, frequência cardíaca de 140 bpm, pressão arterial normal, dieta por sonda gástrica. Seus exames laboratoriais revelam hematócrito de 32% e hemoglobina 11 g/dL. De acordo com esses parâmetros, podemos afirmar que este recém-nascido apresenta anemia:

A) de moderada a grave e, portanto, requer transfusão de urgência B) porém encontra-se compensado e não necessita de transfusão de hemácias de urgência C) porém encontra-se compensado e necessita de transfusão de hemácias de urgência pois seu hematócrito é 32% D) porém encontra-se descompensado e necessita de transfusão de hemácias pois seu hematócrito encontra-se abaixo de 40% 27) No segundo dia de ventilação mecânica, um RN de 32 semanas com diagnóstico de Síndrome do Desconforto Respiratório apresenta queda súbita de saturação periférica durante abordagem da fisioterapia, com necessidade de aumento dos parâmetros ventilatórios, agitação e hipotensão arterial. A análise gasométrica apresenta hipoxemia grave. A expansibilidade torácica é ruim difusamente. De acordo com essas informações, a melhor conduta a ser adotada será:

A) administrar diurético venoso pois trata-se de persistência do canal arterial B) administrar diurético venoso pois trata-se de hipoxemia associada a edema pulmonar C) solicitar radiografia de tórax imediatamente e avaliar a necessidade de punção/drenagem torácica D) introduzir óxido nítrico inalatório pela grande possibilidade de ocorrência de hipertensão pulmonar

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28) Um recém-nascido pós-termo com diagnóstico de Síndrome de Aspiração Meconial, em ventilação mecânica, com radiografia apresentando infiltrado pulmonar necessita de tratamento de suporte e:

A) antibioticoterapia sistêmica, pois radiologicamente não é possível distinguir a Síndrome de Aspiração Meconial da Pneumonia Neonatal B) ser ventilado com a técnica de alta frequência oscilatória, mesmo que não haja falha ao tratamento convencional C) administração de surfactante exógeno, pois reduz a mortalidade nesta condição D) administração de corticoide inalatório, pois reduz a mortalidade nesta condição 29) A respeito do Alojamento Conjunto é correto afirmar que:

A) os recém-nascidos devem ser colocados para dormir em berço junto à mãe e em decúbito ventral B) o exame físico do recém-nascido deve ser realizado em sala contígua à enfermaria de alojamento conjunto C) recém-nascidos em alojamento conjunto choram menos e dormem mais do que quando colocados em berçário D) recém-nascidos com 35 semanas não devem permanecer junto de suas mães mesmo que tenham boa vitalidade, sucção e controle térmico 30) Ao passar visita no alojamento conjunto você encontra um recém-nascido a termo, chorando muito e sem conseguir mamar. A mãe está tensa, com mamas muito distendidas, algumas áreas avermelhadas e os mamilos estão planos. Seu diagnóstico é de ingurgitamento mamário e você orienta as medidas adequadas para que o desmame não aconteça. Uma medida de prevenção do ingurgitamento mamário é:

A) compressa quente nas mamas B) amamentação a cada três horas C) uso de água nos intervalo das mamadas D) emprego da técnica de amamentação adequada 31) Um RN a termo (parto vaginal), em boas condições de vitalidade, está no alojamento conjunto há 28 horas, em aleitamento materno exclusivo. O obstetra avisa ao neonatologista que a mãe está apresentando pequenas lesões vesiculares localizadas no lábio superior. Sua conduta em relação a essa situação seria:

A) prescrever aciclovir para o recém-nascido, mantendo a amamentação B) suspender a amamentação e oferecer fórmula infantil, de copinho, até a fase de crosta das lesões C) continuar a amamentação, com o uso de máscara, higiene rigorosa das mãos e aplicação de VZIG no RN D) manter a amamentação, orientar higiene rigorosa das mãos e proteção do recém-nascido do contato direto das lesões 32) Com relação ao uso da oximetria de pulso, como teste de triagem no diagnóstico precoce de cardiopatia congênita crítica, pode-se afirmar que uma saturação periférica em ambas as medidas (membro superior direito e membro inferior) e uma diferença entre as medidas do membro superior direito e membro inferior para ser considerada normal deverá ter respectivamente:

A) saturação menor ou igual a 95% e diferença menor que 3% B) saturação maior ou igual a 95% e diferença menor que 3% C) saturação maior ou igual a 90% e diferença menor que 5% D) saturação menor ou igual a 90% e diferença maior que 3% 33) Neonato de 40 semanas de IG apresenta sepse grave com insuficiência renal, anúria e distúrbio metabólico. No 10º dia de vida, a concentração do potássio sérico é de 7 mEq/l. A melhor conduta terapêutica nesse caso, para tratamento da hiperpotassemia é o uso de:

A) bicarbonato de sódio, para favorecer a saída do potássio do intracelular para o espaço extracelular B) insulina, pois estimula as bombas de sódio-potássio ATPase a excretar mais potássio das células C) gluconato de cálcio, para estabilização dos tecidos de condução exercendo proteção contra arritmias D) aalbutamol, pois promove a saída do potássio do intracelular por estímulo das bombas de Na-K ATPase

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34) Recém-nascido de 39 semanas de idade gestacional, parto cesariano por descolamento prematuro de placenta, necessita de ventilação com pressão positiva com tubo traqueal e massagem cardíaca, sem melhora. A melhor alternativa que poderia explicar o que ocorreu intraútero e pós nascimento é:

A) o fluxo sanguíneo cardíaco intraútero foi redistribuído para perfusão de rins, intestinos e músculos B) o neonato nasceu em apneia primária e por isso não apresentou boa resposta às manobras de reanimação C) o feto tentou preservar o fluxo sanguíneo para coração, cérebro e adrenal com redistribuição do débito cardíaco D) gasometria colhida do cordão imediatamente após o parto poderá apresentar hipoxemia, hipocapnia e acidose respiratória podendo diferenciar a agressão intraútero ou pós nascimento 35) A equipe mínima recomendada para reanimar o RN com idade gestacional <34 semanas ao nascer deve ser composta de:

A) um obstetra experiente e um auxiliar de enfermagem B) um obstetra e um anestesiologista, presentes em toda sala de parto C) dois profissionais de saúde capazes de realizar todos os procedimentos da reanimação D) um profissional de saúde que recepcione o RN e chame o anestesiologista se for indicada a reanimação 36) A alternativa correta em relação aos passos iniciais da reanimação do recém-nascido com peso menor que 1.500g é:

A) o sensor do oxímetro deverá ser colocado na palma da mão ou punho esquerdo B) o oxímetro deve estar conectado ao cabo e ao sensor no momento do nascimento C) deve-se vestir o saco plástico e colocar o sensor, secar a região da fontanela e colocar touca D) é importante secar o corpo antes de vestir o saco plástico com finalidade de manter a temperatura corporal 37) Entre 1 e 5 minutos de vida, a saturação de oxigênio esperada para um RN pré-termo é de:

A) 50-60% B) 60-70% C) 65-70% D) 70-80% 38) Recém-nascido a termo, masculino, apresenta icterícia em zona II de Krammer, com 48h de vida. Os resultados laboratoriais afastaram quadro de incompatibilidade sanguínea materno-fetal; bilirrubina total = 9 mg/dl e indireta = 8,3 mg/dl. Na revisão ambulatorial com 96 horas de vida, apresenta-se ictérico (zona IV de Krammer) em relação ao momento da alta, e estava recebendo leite materno exclusivamente. Chama atenção, ao exame, o odor de naftalina nas roupas da criança. O provável diagnóstico etiológico desta hiperbilirrubinemia é:

A) deficiência de glicose-6-fosfato-desidrogenase B) doença de Crigler Najjar C) anemia falciforme D) galactosemia

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39) Primípara grupo sanguíneo “O”, fator Rh positivo, fez o pré-natal com sete consultas e teve a gestação sem intercorrências até 36 semanas, quando apresentou infecção de trato urinário que resultou em amniorrex, desencadeando o parto por via transvaginal. Seu recém-nascido (RN) obteve Apgar de 6 no 1º minuto e de 9 no 5º minuto, necessitou de aspiração de vias aéreas superiores na sala de parto e pesou 2.210 g; obteve um escore de Ballard de 36 semanas e 4 dias e não evidenciou infecção aos exames de rastreamento de sepse neonatal. No momento da alta, com 72 h de vida, sugando exclusivamente o seio materno, observou-se icterícia ++ / 4+ até o tronco do RN que se apresentava ativo, pesando 2190 g, hidratado e sem esforço respiratório. Os exames do RN neste dia evidenciaram: grupo sanguíneo "A", fator Rh negativo; Coombs positivo; hematócrito 49%; reticulócitos 0,4%; hemograma normal; bilirrubina total 14,1 mg%, indireta 13,9 mg% e glicemia 70 mg/dl. Na avaliação de risco para hiperbilirrubinemia significativa e a conduta a ser tomada, considerando o nomograma hora-específico indicativo de fototerapia baseado na IG igual ou superior a 35 semanas e peso ao nascer > 2Kg, deve ser:

A) manter hospitalização para início imediato de fototerapia B) interromper transitoriamente o aleitamento materno e iniciar fórmula láctea C) manter hospitalização para início imediato de hidratação venosa com glicose; monitorização da glicemia e da bilirrubina total D) orientar para diminuição do intervalo das mamadas, estímulo à eliminação regular de mecônio e acompanhamento ambulatorial da icterícia 40) O uso de vancomicina no esquema empírico inicial de tratamento da sepse neonatal tardia é plenamente justificado em unidades de terapia intensiva neonatal que apresentem alta prevalência de infecções da corrente sanguínea (ICS) causada por:

A) Staphylococcus aureus resistente à meticilina/oxacilina B) Staphylococcus coagulase-negativo resistente à meticilina/oxacilina C) Enterococos ou qualquer bactéria gram-negativa multirresistente à oxacilina D) Escherichia coli ou qualquer bactéria gram-negativa multirresistente à oxacilina 41) A meningite neonatal é infecção potencialmente grave. A complicação mais encontrada em RN que apresentou este tipo de infecção é:

A) epilepsia B) ventriculite C) perda auditiva D) abscesso cerebral

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42) O uso de antibióticos deve ser criterioso nas unidades de neonatologia, e alguns conhecimentos são fundamentais. É correto afirmar que:

A) a associação de oxacilina com amicacina não é recomendada no tratamento empírico de sepse tardia B) as cefalosporinas de 3ª geração associam-se a elevado risco de surgimento de infecções fúngicas invasivas C) o uso de vancomicina é frequente em unidades neonatais por seu amplo espectro e baixo potencial de induzir resistência bacteriana D) o uso de carbapenêmicos para tratar infecções produzidas por germes anaeróbios requer associação com outro agente anaerobicida 43) De acordo com a ANVISA/ MINISTÉRIO DA SAÚDE, os critérios diagnósticos para Enterocolite necrosante são:

A) pelo menos dois dos seguintes sinais ou sintomas sem outra causa reconhecida: vômitos; – distensão abdominal; resíduos pré-alimentares ou sangue nas fezes e pelo menos uma das seguintes alterações radiológicas abdominais: pneumoperitônio; pneumatose intestinal; alças do intestino delgado imóveis B) piora clínica em RN prematuro com distensão abdominal, apneias, comprometimento de perfusão e marcadores hematológicos e inflamatórios de inflamação alterados C) eliminação de fezes com sangue sem a ocorrência de fissura anal ou coagulopatia, em RN de qualquer idade gestacional D) quadro agudo de distensão abdominal e Rx abdome mostrando pneumoperitôneo, com quadro sistêmico de sepse 44) Há indicação de suspensão de antibioticoterapia após 48 a 72 horas de início de tratamento em recém-nascido com fator de risco para infecção, quando o RN:

A) estiver clinicamente bem e a proteína C reativa estiver baixa B) estiver clinicamente bem e mãe foi tratada com antibiótico no pré-parto C) se apresentar clinicamente bem, independente do valor da proteína C-reativa D) apresentar o escore de Rodwell de 2 pontos independente de seu quadro clínico 45) Recém-nascido com idade gestacional de 26 semanas, pressão arterial média com 12 horas de vida de 25 mmHg, clinicamente estável, boa perfusão periférica e diurese de 2,5 ml/kg/hora. A melhor conduta nesse caso será:

A) dopamina 10 mcg/kg/min EV

B) dobutamina 10 mc/kg/min EV

C) observar a evolução do quadro clínico

D) expansão volumétrica com 10 ml/kg de solução fisiológica 46) Recém-nascido necessitou de manobras de reanimação no momento do nascimento: intubação, ventilação com pressão positiva, massagem cardíaca e uso de adrenalina. A gasometria de cordão umbilical apresentou pH=6,9 e BE=-18. Na primeira hora de vida apresentou convulsão clínica. A medida de neuroproteção baseada em evidências, para esse RN, é a hipotermia terapêutica, que deve ser iniciada em até:

A) 4h de vida, com temperatura entre 33-34 graus por 72 horas B) 6h de vida, com temperatura entre 33-34 graus por 48 horas C) 6h de vida, com temperatura entre 33-34 graus por 72 horas D) 4h de vida, com temperatura entre 33-34 graus por 48 horas

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47) Crescimento e desenvolvimento devem ser monitorizados no seguimento ambulatorial após a alta hospitalar pelo neonatologista. Sobre a monitorização do desenvolvimento do prematuro é verdadeiro afirmar que:

A) a escala Bayley III apresenta um caráter interventivo além de possibilitar diagnóstico de atraso precocemente, nos domínios motor, cognitivo e da linguagem B) a escala DENVER II permite uma avaliação diagnóstica de atraso do desenvolvimento, estabelecendo uma suspeita de espectro para autismo precocemente e de transtorno na percepção visioespacial do prematuro C) o atraso na linguagem é mais observado em prematuro tardio e somente diagnosticado pelo DENVER II, sem escala especifica. No entanto, o principal achado, independentemente da idade gestacional é o atraso motor amplo D) o teste Infantil do Desenvolvimento Motor (TIMP) permite a avaliação do desenvolvimento cognitivo nos dois primeiros anos de vida da criança a termo após insulto hipóxico-isquemico, com resultados menos sensíveis para o prematuro 48) O mecanismo de ação do CPAP nasal no neonato está evidenciado na seguinte alternativa:

A) reduz a pressão transalveolar e a capacidade residual funcional

B) melhora a contratilidade do diafragma e a complacência pulmonar

C) recruta os alvéolos colapsados na síndrome de aspiração meconial

D) sincroniza os movimentos respiratórios gerados pelo respirador à respiração nasal espontânea do neonato 49) A Lesão da Substância Branca componente difuso, especialmente no prematuro está associada a:

A) síndromes genéticas graves e múltiplas, como a sequência VACTER B) encefalopatia hipóxico isquêmica crônica, após prolapso de cordão e anemia grave C) diferenciação oligodendroglial prejudicada pela imaturidade e ativação da microglia D) infecção congênita, principalmente citomegalovírus na presença de hepatoesplenomegalia e calcificações na substância branca 50) Nenhuma intervenção apresentou maior impacto na sobrevida dos recém-nascidos prematuros nos últimos 25 anos que o uso de Surfactante Exógeno. Referente a essa modalidade terapêutica é verdadeiro dizer que:

A) todos os regimes de administração de surfactante exógeno melhoram a ventilação e perfusão, mas aumentam as taxas de pneumotórax e apneia da prematuridade B) o uso de surfactante profilático para todo prematuro ao nascer com desconforto respiratório, previne pneumotórax e reduz as taxas de Displasia Broncopulmonar C) o uso de surfactante profilático para todo prematuro ao nascer, previne pneumotórax e enfisema intersticial em pré-termos ventilados com Síndrome do Desconforto Respiratório D) administração seletiva de surfactante nas primeiras duas horas após nascimento em prematuros ventilados com Síndrome do Desconforto Respiratório reduz as taxas de pneumotórax e risco de mortalidade 51) O Seguimento do recém-nascido prematuro de muito baixo peso é uma extensão do cuidado perinatal. O planejamento das consultas ambulatoriais após a alta deverá incluir:

A) primeira consulta em 15-20 dias após a alta hospitalar para avaliar amamentação e o ganho de peso B) consultas obrigatoriamente mensais até completar 52 semanas de idade corrigida, período crítico para o catch up de crescimento C) consultas bimensais durante todo o primeiro ano de vida, com a finalidade de estimulação precoce na janela de oportunidade dos 1000 dias D) primeira consulta em 7-10 dias após a alta para avaliar como a criança e a família estão se adaptando de forma global ao ambiente domiciliar

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52) Chamado para opinar sobre conduta em recém-nascido com 36 horas de vida, séptico e instável do ponto de vista hemodinâmico e respiratório, os exames que você solicitaria para elucidar o diagnóstico são:

A) hemograma com proteína C reativa, hemocultura, gasometria arterial e radiografia de tórax B) hemocultura, gasometria arterial, avaliação da coagulação e análise do líquor cefalorraquidiano C) hemograma com proteína C reativa, avaliação da coagulação, hemocultura e radiografia de abdome D) hemograma com proteína C reativa, hemocultura, análise do líquor cefalorraquidiano e ecocardiograma 53) Com objetivo de evitar, avaliar e tratar distúrbios metabólicos no recém-nascido a melhor conduta é:

A) atentar para oferta de cloro pois seu déficit pode gerar acidose, necessidade de potássio em torno de 2 a 3 mEq/kg/dia e de magnésio em torno de 0,5mEq/kg/dia B) considerar normal densidade urinária entre 1.010 e 1.015, volume urinário de 2 a 4 ml/kg/hora e tempo de enchimento capilar normal menor que três segundos C) oferecer energia suficiente para suprir gastos energéticos basais(120kcal/kg/dia), iniciar oferta de proteína nas primeiras horas de vida e utilizar soluções de lipídeos a 20% preferencialmente D) desconsiderar o sódio plasmático como parâmetro pois pode sofrer influência de outras doenças, iniciar oferta proteica no primeiro dia de vida e prevenir deficiência de ácidos graxos com administração de lipídeos 54) Pode-se afirmar que a infusão de dobutamina e de dopamina no recém-nascido produz:

A) elevação dos níveis de catecolaminas no sangue, diminuição dos níveis de insulina e aumento da glicemia

B) elevação dos níveis de catecolaminas no sangue, elevação dos níveis de insulina e diminuição da glicemia

C) diminuição dos níveis de catecolaminas no sangue, elevação dos níveis de insulina e diminuição da glicemia

D) diminuição dos níveis de catecolaminas no sangue, diminuição dos níveis de insulina e diminuição da glicemia 55) O principal fator que deve ser levado em consideração na suspeita de hipotonia em um recém-nascido com 36 horas de vida é:

A) escore de Apgar

B) idade gestacional

C) peso de nascimento

D) presença de cianose 56) A síndrome de Zellweger é uma doença genética causada por deficiência das funções peroxissomais. Usualmente podemos encontrar entre suas características clínico-laboratoriais no período neonatal:

A) crânio-estenose B) hipertonia central C) hiperalbuminemia D) insuficiência adrenal 57) Uma criança nasce com quadro de ambiguidade genital. Entre os resultados dos exames solicitados pelo pediatra encontram-se o cariótipo 46,XY e uma deficiência de 5-alfa-redutase tipo 2. O sexo de criação preferencial para esses casos deverá ser:

A) feminino

B) masculino

C) masculino, se houver muita virilização

D) feminino, se não houver muita virilização

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58) O neonatologista atende na sala de parto a um RN a termo, sem qualquer antecedente perinatal anormal detectável, com Escore de Apgar no 1º minuto igual 9 e no 5º minuto igual a 10, assintomático. Na primeira hora de vida, entretanto, observa que a glicemia do RN é de cerca de 30 mg/dl. A melhor conduta a ser tomada será:

A) somente observação

B) administrar 0,03 mg de glucagon por quilo de peso, por via venosa

C) infundir octreotide, via venosa, na dose de 5 a 10 microgramas/kg/dia

D) infundir imediatamente glicose a 10%, na dose de 2 mg/kg ou 2 ml/kg, IV, em bolus 59) Recém-nascido é diagnosticado com quadro de hipoglicemia persistente devido hiperinsulinismo, sem resposta adequada à infusão de glicose. Nesses casos, a droga de escolha para continuação de tratamento é:

A) octriotide

B) diazóxido

C) corticoide

D) glucagon 60) Um recém-nascido de parto vaginal, pesando 4.800g, Escore de Apgar no 1º minuto = 7 e no 5º minuto = 10, apresenta ao exame físico realizado na sexta hora de vida ausência de reflexo de preensão palmar. Suspeita-se de um caso de paralisia:

A) de Klumpke

B) de Erb-Duchenne

C) por lesão do nervo frênico

D) por lesão baixa na medula espinhal 61) Uma dieta hipocalórica oferecida por longo tempo a um prematuro que evoluiu com displasia broncopulmonar predispõe a:

A) diminuição da multiplicação celular e do crescimento pulmonar B) melhora na aceitação dos triglicerídeos de cadeia média C) aumento da produção de gás carbônico D) diminuição da toxicidade por oxigênio 62) Recém-nascido pré-termo com IG de 27 semanas e peso de nascimento de 780g, está com 12 horas de vida e encontra-se em CPAP nasal (FiO2 = 0,35; CPAP = 5 cm de H2O), recebendo infusão de glicose, 80 ml/kg/dia, em taxa de 7 mg/Kg/min por cateter venoso umbilical. Ao avaliar esse RN, a conduta nutricional a ser adotada será:

A) manutenção da oferta atual B) instalação imediata de nutrição parenteral C) prescrição de alimentação após 24 horas de vida D) balanço hídrico e eletrolítico e monitorização da glicemia 63) O colostro produzido por mãe de RN pré-termo, em relação ao de mães de RN de termo, possui:

A) maior quantidade de lactose e gorduras B) menores quantidades de Ca e P, Zn, Mg e Na C) menor quantidade de lactose e maior de gorduras D) maior quantidade de proteínas, mas menor de fatores bioativos

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64) Recém-nascido pré-termo, com peso de nascimento de 680 g e IG de 26 semanas, foi intubado na sala de parto e recebeu surfactante na UTI. Hoje com 16 dias de vida, encontra-se estável, em CPAP ciclado (FiO2=0,25; CPAP= 6 cm de H2O), recebendo LM aditivado e nutrição parenteral, em retirada. Seu peso atual é de 660 g. Para avaliar se a oferta proteica está adequada ou se precisa de modificações deve-se utilizar o seguinte indicador nutricional:

A) uma velocidade de ganho de peso maior do que 10 g/Kg/dia nos últimos três dias B) a evolução do peso na curva de crescimento de referência C) a concentração de nitrogênio ureico ou de ureia D) ganho de peso diário de pelo menos 10 g 65) Quanto à vacinação do pré-termo, é correto afirmar que:

A) a vacina BCG indicada após a alta hospitalar, quando a criança atingir pelo menos 1.800g B) a vacina contra a Hepatite B, nos pré-termos com menos de 2.000 gramas, recomenda-se três doses (com 1, 2 e 6 meses) C) recém-nascidos internados na unidade neonatal podem receber vacinas com vírus vivo atenuado (BCG, poliomielite oral e rotavírus) D) a vacina injetável contra pólio, com vírus inativado, está indicada em pré-termos com peso ao nascer inferior a 1.000 g e em crianças ainda internadas por ocasião da idade da vacinação 66) RN a termo, AIG, em aleitamento materno exclusivo, está com 30 horas de vida, quando foi percebida icterícia. O grupo sanguíneo da mãe é A positivo e do RN B negativo. Os exames laboratoriais então coletados mostraram BT = 10mg/dl com BD = 0,9mg/dl e hematócrito = 55%. Para continuar a investigação laboratorial e solicitar exames de forma adequada, a hipótese diagnóstica mais provável é:

A) incompatibilidade ABO B) baixa ingestão por dificuldades no aleitamento C) deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase D) presença de antígenos eritrocitários irregulares 67) De acordo com o protocolo da portaria 522 do Ministério da Saúde de 13/05/2013 e nota técnica/MS nº 5 de 2015, considerando a sazonalidade do Vírus Sincicial Respiratório em uma determinada região do país definida de março a julho, visando à profilaxia de infecção grave e reinternação, é correto indicar o uso de:

A) Trastuzumabe de fevereiro a agosto, intervalo de 30 dias, até 5 doses, em crianças com idade gestacional (IG) ≤ 32 semanas até um ano B) Palivizumabe de fevereiro a julho, até 5 doses com intervalo de 30 dias, em crianças com IG ≤ 28 semanas e idade inferior um ano C) Palivizumabe de março a agosto, com intervalo de 30 dias em crianças com doença pulmonar crônica até dois anos de idade D) Trastuzumabe até 5 doses, a partir de fevereiro, para crianças com cardiopatia congênita e idade inferior dois anos 68) Visando a prevenção de infecções respiratórias virais em recém-nascidos na unidade neonatal, alojamento conjunto e pós-alta hospitalar está correta a seguinte alternativa:

A) pais e cuidadores devem higienizar as mãos, vacinar-se para Influenza e usar máscara PFF2 para cuidar do recém-nascido

B) na alta hospitalar administrar Palivizumabe e vacina para Influenza em todos recém-nascidos; orientar aos pais a higienizar as mãos

C) vacinar profissionais de saúde e gestantes para Influenza na época da sazonalidade, profissionais da saúde com gripe utilizar máscara PFF2

D) orientar os pais a evitar ambientes aglomerados com RN, higienizar as mãos e utilizar máscara cirúrgica se apresentar gripe ou resfriado

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69) RN a termo, de mãe com cultura vaginal positiva para Streptococcus agalactiae (Estreptococo do grupo B), nasceu de parto vaginal e cuja bolsa estava rota cinco horas antes do parto, tendo a mãe recebido durante o trabalho de parto duas doses de Penicilina Cristalina de 5 milhões de unidades, de quatro em quatro horas até o nascimento. RN nasceu em boas condições, com Apgar de 9 e 10, sem sintomas clínicos de infecção. A conduta correta com relação aos cuidados com a criança é:

A) colher hemograma e hemoculturas, iniciar uso de Cefalexina e Gentamicina, manter tratamento durante sete dias

B) não colher exames, manter observação clínica por 48 horas; realizar triagem infecciosa se apresentar sintomas de infecção

C) não colher triagem infecciosa, iniciar uso de Penicilina Cristalina e Amicacina, suspender tratamento com 48 horas, se assintomático

D) colher hemocultura, manter em clínica por tempo mínimo de 48 horas 70) A causa mais comum de trombocitopenia de início precoce, em um recém-nascido com aspecto saudável é:

A) sepse B) anemia de Fanconi C) insuficiência placentária D) síndrome de Kasabach-Meritt

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DIRETORIA EXECUTIVA DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA 2013 - 2015

Presidente

Eduardo da Silva Vaz

1º Vice-Presidente

Luciana Rodrigues Silva

2º Vice-Presidente

Paulo Tadeu Mattos P. Poggiali

Secretário Geral

Marilene Augusta Crispino Santos

Diretoria de Qualificação e Certificação Profissionais

Maria Marluce dos Santos Vilela

COMISSÃO EXECUTIVA DO CERTIFICADO DE ÁREA DE ATUAÇÃO EM NEONATOLOGIA

Coordenação

Adauto Dutra Moraes Barbosa

Diretoria Executiva

Antonio Carlos de Almeida Melo

Arnaldo Costa Bueno

Cristina Ortiz

José Roberto de Moraes Ramos

Luis Eduardo Vaz Miranda

Maria Marta Regal de Lima Tortori

Rita de Cassia Silveira

Ilson Enk

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REALIZAÇÃO