1 Prof. Hubert Chamone Gesser, Dr. Graduação em Administração - ESAG/UDESC Graduação em...

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1 Prof. Hubert Chamone Gesser, Dr. Graduação em Administração - ESAG/UDESC Graduação em Odontologia - UFSC Pós-graduação em Periodontia - ABO/SC Especialização em Saúde Coletiva - ABO/SC Doutorado e Mestrado em Engenharia de Produção/Bioestatística - UFSC

Transcript of 1 Prof. Hubert Chamone Gesser, Dr. Graduação em Administração - ESAG/UDESC Graduação em...

1

Prof. Hubert Chamone Gesser, Dr.Graduação em Administração - ESAG/UDESC

Graduação em Odontologia - UFSCPós-graduação em Periodontia - ABO/SC

Especialização em Saúde Coletiva - ABO/SCDoutorado e Mestrado em Engenharia de Produção/Bioestatística - UFSC

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- SUMÁRIO -

Noções de Epidemiologia

Estudos Epidemiológicos

Historicidade do Conceito de Causa das Doenças

Causalidade em Epidemiologia

Princípios de Administração

Correlação

Testes de Hipóteses

Disciplina de Epidemiologia

Prof. Hubert Chamone Gesser, Dr.Retornar

Noções de EpidemiologiaNoções de Epidemiologia

O que é uma Ilha?

É mesmo um pedaço de terra cercado de água por todos os lados?

Construção de um ConceitoConstrução de um Conceito

Momento 1 Momento 2

2 ilhas

Momento 3

1 ilha

Momento 4

Nenhuma ilha

Noções de EpidemiologiaNoções de Epidemiologia

“Estudo da distribuição e dos determinantes de estados ou eventos relacionados à saúde em populações específicas, e sua aplicação no controle de problemas de saúde” (LAST, 1988)

- Distribuição desigual dos agravos à saúde;

- Conhecimento dos determinantes dos agravos à saúde.

EPIDEMIOLOGIAEPIDEMIOLOGIA

Premissas Básicas

Livros

EPIDEMIOLOGIAEPIDEMIOLOGIA

BEAGLEHOLE, R.; BONITA, R.; KJELLSTROM, T. EPIDEMIOLOGIA BÁSICA. 2.ed. São Paulo: Santos, 2001. 176p.

World Health Organization (WHO)

Organização Mundial de Saúde (OMS)

BASES HISTÓRICAS DA EPIDEMIOLOGIABASES HISTÓRICAS DA EPIDEMIOLOGIA

Sociedade Epidemiológica de Londres (1850)Sociedade Epidemiológica de Londres (1850)

Primeira associação epidemiológica conhecidaPrimeira associação epidemiológica conhecida

Noções de EpidemiologiaNoções de Epidemiologia

Noções de EpidemiologiaNoções de Epidemiologia

John Snow, 1857John Snow, 1857John Snow, 1847John Snow, 1847

Estudo do Cólera em Londres (1849/1854)

BASES HISTÓRICAS DA EPIDEMIOLOGIABASES HISTÓRICAS DA EPIDEMIOLOGIA

Noções de EpidemiologiaNoções de Epidemiologia

John Snow (1813-1858)

Southwark and Vauxhall Water Company

Lambeth Waterworks Company

População1851

MAP OF LONDON WATERWORKS, 1856MAP OF LONDON WATERWORKS, 1856

Noções de EpidemiologiaNoções de Epidemiologia

Noções de EpidemiologiaNoções de Epidemiologia

O Mapa de John SnowO Mapa de John Snow

Retirada da Manivela da Bomba de Água na Broad Street

BASES HISTÓRICAS DA EPIDEMIOLOGIABASES HISTÓRICAS DA EPIDEMIOLOGIA

Noções de EpidemiologiaNoções de Epidemiologia

Estudo do Cólera em Londres

BASES HISTÓRICAS DA EPIDEMIOLOGIABASES HISTÓRICAS DA EPIDEMIOLOGIA

John Snow

Evidencia a força da estatística Evidencia a força da estatística (bombas de água x teoria dos miasmas)(bombas de água x teoria dos miasmas)

Noções de EpidemiologiaNoções de Epidemiologia

Noções de EpidemiologiaNoções de Epidemiologia

A Bomba de Água na Broad StreetA Bomba de Água na Broad Street

Noções de EpidemiologiaNoções de Epidemiologia

Broad Street (Google Earth)Broad Street (Google Earth)

Broad Street (era vitoriana)Broad Street (era vitoriana)

BASES HISTÓRICAS DA EPIDEMIOLOGIABASES HISTÓRICAS DA EPIDEMIOLOGIA

Noções de EpidemiologiaNoções de Epidemiologia

John Snow

BASES HISTÓRICAS DA EPIDEMIOLOGIABASES HISTÓRICAS DA EPIDEMIOLOGIA

Noções de EpidemiologiaNoções de Epidemiologia

O Mapa FantasmaSteve JohnsonEditora Zahar, 2008

Tradução de Sérgio Lopes276 páginas

ISBN: 978-85-378-0055-3

John Snow; Reverendo Henry Whitehead; uma Bactéria e uma Grande Cidade

BASES HISTÓRICAS DA EPIDEMIOLOGIA - BRASILBASES HISTÓRICAS DA EPIDEMIOLOGIA - BRASIL

Noções de EpidemiologiaNoções de Epidemiologia

Carlos Chagas

Nascido em 1878, em Oliveira, Minas Gerais, CARLOS RIBEIRO JUSTINIANO DAS CHAGAS constitui-se numa das

maiores expressões da ciência brasileira e mundial. Contemporâneo de OSWALDO CRUZ, em 1903 já se

destacava em fundamentais trabalhos sobre a epidemiologia e o controle da malária, vindo a descobrir

praticamente sozinho, em 1909, uma nova e terrível doença, a tripanossomíase americana, que ficou internacionalmente conhecida como "Doença de Chagas" (Chagas Filho 1968,

Coura 1997, Stepan 1976).

BASES HISTÓRICAS DA EPIDEMIOLOGIA - BRASILBASES HISTÓRICAS DA EPIDEMIOLOGIA - BRASIL

Noções de EpidemiologiaNoções de Epidemiologia

Oswaldo Cruz

Em 1904, com o recrudescimento dos surtos de varíola no Rio de Janeiro, o sanitarista tentou promover a vacinação

em massa da população. Os jornais lançaram uma campanha contra a medida. O congresso protestou e foi organizada a Liga contra a vacinação obrigatória. No dia

13 de novembro estourou a rebelião popular (A Revolta da Vacina) e, no dia 14, a Escola Militar da Praia Vermelha se levantou. O Governo derrotou a rebelião, mas suspendeu

a obrigatoriedade da vacina.

Medalha de Ouro no XIV Congresso Internacional de Higiene e Demografia de Berlim (1907)

Noções de EpidemiologiaNoções de Epidemiologia

Epidemiologia Social Epidemiologia Social Sistemas de Informações

Epidemiologia ClínicaEpidemiologia Clínica Medicina Baseada em Evidências

Bases da Epidemiologia Atual:

Ciências Biológicas, Ciências Sociais e a EstatísticaCiências Biológicas, Ciências Sociais e a Estatística

Objetivos:Determinar as condições de saúde das populaçõesDeterminar as condições de saúde das populaçõesRealizar investigações etiológicasRealizar investigações etiológicasAvaliar a utilidade e a segurança das intervenções propostasAvaliar a utilidade e a segurança das intervenções propostas

EPIDEMIOLOGIA MODERNAEPIDEMIOLOGIA MODERNA

Noções de EpidemiologiaNoções de Epidemiologia

Epidemiologia Clínica Epidemiologia Clínica Epidemiologia Epidemiologia Social Social

EPIDEMIOLOGIA MODERNAEPIDEMIOLOGIA MODERNA

Noções de EpidemiologiaNoções de Epidemiologia

Noções de EpidemiologiaNoções de Epidemiologia

Termos Clássicos em EpidemiologiaTermos Clássicos em Epidemiologia

ENDEMIA: Doença que existe constantemente (habitualmente) em um lugar e que ataca determinado número de indivíduos.

EPIDEMIA: Surgimento rápido de uma doença num lugar e que acomete simultaneamente grande número de pessoas.

PANDEMIA: É uma epidemia generalizada

PREVALÊNCIA: Número de casos (novos e antigos) de uma doença num momento e local determinado.

INCIDÊNCIA: Número de casos novos de uma doença num momento e local determinado.

Noções de EpidemiologiaNoções de Epidemiologia

PATOGENICIDADE: Capacidade do agente etiológico de produzir doença.

Alta = Sarampo, Raiva, VarícelaMédia = Caxumba, RubéolaBaixa = Poliomielite, DifteriaBaixíssima = Hanseníase

INFECTIVIDADE: Capacidade do agente em alojar-se e multiplicar-se no hospedeiro.

VIRULÊNCIA: Capacidade do agente etiológico de produzir casos graves ou fatais.

RISCO: Probabilidade de membros de uma determinada população desenvolverem uma doença.

Noções de EpidemiologiaNoções de Epidemiologia

1) CAUSALIDADE

2) HISTÓRIA NATURAL

USOS DA EPIDEMIOLOGIAUSOS DA EPIDEMIOLOGIA

Indivíduo Sadio Indivíduo Doente

Fatores Genéticos

Fatores Ambientais (incluindo estilo de vida)

Indivíduo Sadio Alterações Subclínicas

Doença Clínica

Morte

Cura

Noções de EpidemiologiaNoções de Epidemiologia

3) DESCRIÇÃO DO ESTADO DE SAÚDE DAS POPULAÇÕES

4) AVALIAÇÃO DE INTERVENÇÕES

USOS DA EPIDEMIOLOGIAUSOS DA EPIDEMIOLOGIA

Proporção de pessoas doentes, mudancas com a idade, etc.

Indivíduo Sadio

sadios doentes

f

tempo

Indivíduo Doente

Promoção de SaúdeMedidas Preventivas

Serviços Públicos de Saúde

Tratamentos e cuidados Médicos

Noções de EpidemiologiaNoções de Epidemiologia

FREQÜÊNCIAS DE AGRAVOS E/OU DOENÇASFREQÜÊNCIAS DE AGRAVOS E/OU DOENÇAS

INCIDÊNCIA mede os casos novos da doença durante um período de tempo. Expressa por números absolutos ou taxas, para comparar a freqüência de uma doença entre os grupos de risco.

TI= Casos novos ocorridos em um período de tempo específico x Fator População total em risco

PREVALÊNCIA mede o número total de casos, episódios ou eventos em um determinado ponto do tempo. Casos já existentes e novos.

TP= Casos existentes em um determinado ponto no tempo x Fator População total em risco

Noções de EpidemiologiaNoções de Epidemiologia

Curas

Óbitos

Casos Novos(Incidência)

Fatores que influenciam a prevalência de um agravo à saúde (excluída a migração)

Casos Existentes(Prevalência)

Noções de EpidemiologiaNoções de Epidemiologia

Noções de EpidemiologiaNoções de Epidemiologia

FREQUÊNCIAS DE AGRAVOS E/OU DOENÇASFREQUÊNCIAS DE AGRAVOS E/OU DOENÇAS

FATORES QUE INFLUENCIAM A PREVALÊNCIA

• Maior duração da doença

• Aumento da sobrevida

• Aumento da incidência

• Imigração de casos

• Emigração de sadios

• Imigração de suscetíveis

• Melhora dos recursos diagnósticos e sistemas de informações

• Menor duração da doença

• Maior letalidade

• Diminuição da incidência

• Imigração de sadios

• Emigração de casos

• Aumento da taxa de cura da doença

Noções de EpidemiologiaNoções de Epidemiologia

Prevalência e Incidência

Noções de EpidemiologiaNoções de Epidemiologia

COEFICIENTESCOEFICIENTES

Coeficiente de Mortalidade MaternaNúmero de óbitos por causas relacionadas à gravidez, parto e puerpério x 1000

Número de nascidos vivos no período

Coeficiente de Mortalidade InfantilNúmero de óbitos de crianças < 1 ano no período x 1000

Número de nascidos vivos no período

Coeficiente de NatimortalidadeNúmero de natimortos no período x 1000

Número de nascidos vivos e natimortos no período

Noções de EpidemiologiaNoções de Epidemiologia

COEFICIENTESCOEFICIENTES

Coeficiente de Mortalidade Proporcional, por causasNúmero de óbitos por determinada causa no período x 100

Todos os óbitos no período

Coeficiente de Mortalidade Proporcional de 50 anos ou MaisNúmero de óbitos de >50 anos no período x 100

Todos os óbitos no período

Coeficiente de Letalidade (ou Fatalidade)Número de óbitos por determinada doença no período x 1000 (ou 100)

Número de casos da mesma doença no período

Noções de EpidemiologiaNoções de Epidemiologia

Noções de EpidemiologiaNoções de Epidemiologia

Noções de EpidemiologiaNoções de Epidemiologia

EXERCÍCIOSEXERCÍCIOS

1) Como você acha que estes coeficientes (mortalidade infantil, 1) Como você acha que estes coeficientes (mortalidade infantil, mortalidade materna, letalidade) se comportam em um país onde mortalidade materna, letalidade) se comportam em um país onde os investimentos em saúde não são prioritários e a condição os investimentos em saúde não são prioritários e a condição socioeconômica é desfavorável?socioeconômica é desfavorável?

Resposta:Resposta:

Os coeficientes tendem a apresentar valores mais altos quando Os coeficientes tendem a apresentar valores mais altos quando comparados a países socialmente mais justos.comparados a países socialmente mais justos.

Noções de EpidemiologiaNoções de Epidemiologia

2) Qual é o coeficiente de mortalidade infantil de uma cidade que 2) Qual é o coeficiente de mortalidade infantil de uma cidade que no ano de 2007 apresentou 1800 nascimentos e 137 mortes de no ano de 2007 apresentou 1800 nascimentos e 137 mortes de crianças com menos de 1 ano?crianças com menos de 1 ano?

Resposta:Resposta:

O coeficiente de mortalidade infantil é de 76,11 mortes por mil O coeficiente de mortalidade infantil é de 76,11 mortes por mil nascimentos (137000/1800).nascimentos (137000/1800).

Disciplina de Epidemiologia

Prof. Hubert Chamone Gesser, Dr.Retornar

Estudos EpidemiológicosEstudos Epidemiológicos

ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS OBSERVACIONAISESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS OBSERVACIONAIS

1) ESTUDO DE CASO CONTROLE (O que aconteceu?)

2) ESTUDO TRANSVERSAL (O que está acontecendo?)

3) ESTUDO DE COORTE (O que irá acontecer?)

CasosCasosExpostosExpostos

Não expostosNão expostos

ExpostosExpostos

Não expostosNão expostosControlesControles

DoentesDoentes

SadiosSadios

ExpostosExpostos

Não Expostos Não Expostos ou controlesou controles

DoentesDoentes

DoentesDoentesSadiosSadios

SadiosSadios

ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS EXPERIMENTAISESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS EXPERIMENTAIS

1) ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO

SeleçãoSeleção Não Não ParticipantesParticipantes

Participantes Participantes PotenciaisPotenciais

Convidados a Convidados a participarparticipar

Não Não ParticipantesParticipantes

SorteadosSorteados

ParticipantesParticipantes

ControleControle

TratamentoTratamento

População de Estudo (Casos)População de Estudo (Casos)

Estudos EpidemiológicosEstudos Epidemiológicos

ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS EXPERIMENTAISESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS EXPERIMENTAIS

2) ENSAIO DE CAMPO

ExcluídosExcluídos

ParticipantesParticipantes

ControleControleTratamentoTratamento

SorteioSorteio

População de Estudo (Risco)População de Estudo (Risco)

Estudos EpidemiológicosEstudos Epidemiológicos

Erros mais Comuns em Erros mais Comuns em Estudos EpidemiológicosEstudos Epidemiológicos

- Erro no tamanho da amostra;Erro no tamanho da amostra;

- Viés de seleção Viés de seleção (auto-seleção);(auto-seleção);

- Viés de mensuração Viés de mensuração (imprecisão das medidas fisiológicas e bioquímicas);(imprecisão das medidas fisiológicas e bioquímicas);

- Fator de confusão Fator de confusão (fumo x câncer de pulmão x idade);(fumo x câncer de pulmão x idade);

ExposiçãoExposição DoençaDoença

Fator de ConfusãoFator de Confusão

Ingestão de café Doença cardíaca

Hábito de fumar

Estudos EpidemiológicosEstudos Epidemiológicos

Estudos EpidemiológicosEstudos Epidemiológicos

www.bireme.brwww.bireme.br

BASE DE DADOS EM SAÚDE

www.scielo.brwww.scielo.br

Estudos EpidemiológicosEstudos Epidemiológicos

www.pubmed.govwww.pubmed.gov

BASE DE DADOS: MEDLINE

MEDLINE é uma base de dados da literatura internacional da

área médica e biomédica, produzida pela NLM

(National Library of Medicine, USA)

Idioma preponderante: Inglês

Estudos EpidemiológicosEstudos Epidemiológicos

www.pubmed.gov

Passo 1 - Palavra Chave Passo 2 - Iniciar a busca

BASE DE DADOS: MEDLINE

Estudos EpidemiológicosEstudos Epidemiológicos

Disciplina de Epidemiologia

Prof. Hubert Chamone Gesser, Dr.Retornar

Egípcios, Caldeus, Hebreus: Religiosidade Causa externa

Hindus e Chineses: Naturalismo (clima, astros) Causa externa

ANTIGUIDADEANTIGUIDADE

GRÉCIAGRÉCIA

Seguem correntes chineses:

Terra, Ar, Fogo e Água (devem estar em harmonia)

Hipócrates: dos ares, das águas e dos lugares

Desenvolveram as primeiras hipóteses sobre o contágio

Historicidade do Conceito de Causa das DoençasHistoricidade do Conceito de Causa das Doenças

Historicidade do Conceito de Causa das DoençasHistoricidade do Conceito de Causa das Doenças

Retorno ao caráter religioso: Cristianismo

Período de grandes epidemias

Ao final do período há um retorno à causalidade:

conjugação de planetas

envenenamento de poços por leprosos,

judeus ou bruxas (noção de contágio)

IDADE MÉDIAIDADE MÉDIA

Historicidade do Conceito de Causa das DoençasHistoricidade do Conceito de Causa das Doenças

RENASCIMENTORENASCIMENTO

Movimento cultural (século XVII), com enriquecimento do pensamento, aliado a uma transformação profunda da atitude espiritual do homem.

Experimentos clínicos e observações anatômicas

Elaboração da teoria do contágio

Descoberta da circulação do sangue, da química da respiração e, através do aperfeiçoamento do microscópio simples, os agentes microbianos causadores de algumas doenças.

Historicidade do Conceito de Causa das DoençasHistoricidade do Conceito de Causa das Doenças

Preocupação: funcionamento do organismo com a causalidade

Hegemonia da Teoria Miasmática (partículas da atmosfera)

Origem dos miasmas:

“misteriosas e inexplicáveis alterações nas entranhas da terra”

Após a Revolução Industrial: Surge a concepção de causa social

“A ciência médica é intrínseca e essencialmente uma ciência social” (NEUMANN) “Se a doença é uma expressão da vida individual sob condições desfavoráveis, a epidemia deve ser indicativa de distúrbios, em maior escala, da vida das massas.”

(VIRCHOW)

SÉCULO XVIIISÉCULO XVIII

Historicidade do Conceito de Causa das DoençasHistoricidade do Conceito de Causa das Doenças

SÉCULO XVIIISÉCULO XVIII

TEORIA DOS MIASMAS

Gravura de A. Colombina (1656) mostrando a roupagem destinada a

proteção contra a peste, utilizada por alguns médicos da época.

O "bico" contém substâncias aromáticas, para proteger contra os

miasmas transportados pelo ar.

A vara serve para tocar objetos a distância, evitando o contágio.

Historicidade do Conceito de Causa das DoençasHistoricidade do Conceito de Causa das Doenças

Teoria dos Miasmas x Teoria dos Germes x Teoria Social

Bacteriologia (causa externa) = UNICAUSALIDADE

SÉCULO XIXSÉCULO XIX

SÉCULO XXSÉCULO XX

MULTICAUSALIDADE

Determinação social no processo saúde-doença

Estrutura social como determinante: Países subdesenvolvidos

Responsabilidade do indivíduo: Países do 1o mundo

Historicidade do Conceito de Causa das DoençasHistoricidade do Conceito de Causa das Doenças

• Inglaterra: Revolução Industrial

– Movimento hospitalário e o assistencialismo geraram a Medicina da “Força de Trabalho”

• Alemanha: Polícia Médica

– Medidas compulsórias de controle e vigilância das doenças: Medicina de Estado (Policial)

• França: Revolução Sanitarista

– Necessidade de sanear as cidades, ventilar ruas e construções isolando os miasmas: Medicina Sanitarista (Urbana)

Início da Medicina SocialInício da Medicina Social

Historicidade do Conceito de Causa das DoençasHistoricidade do Conceito de Causa das Doenças

“Por processo saúde doença da coletividade entendemos o modo específico pelo qual ocorre no grupo o processo biológico de desgaste e reprodução ...

... o processo saúde é determinado pelo modo como o homem se apropria da natureza em dado momento, apropriação que se realiza por meio de processo de trabalho baseado em determinado desenvolvimento das forças produtivas e relações sociais de produção.”

(LAURELL, 1983)

Processo Saúde DoençaProcesso Saúde Doença

Historicidade do Conceito de Causa das DoençasHistoricidade do Conceito de Causa das Doenças

“A doença é o produto direto ou indireto das condições gerais em que se desenvolve a sociedade e das condições particulares em que se desenvolve determinada classe social...

... a síntese do conjunto de determinações que operam numa sociedade concreta, produzindo nos diferentes grupos sociais o aparecimento de riscos ou potencialidades características, por sua vez manifestos na forma de perfis ou padrões de doença ou saúde.”

(BREILH, 1986)

Determinação SocialDeterminação Social

Historicidade do Conceito de Causa das DoençasHistoricidade do Conceito de Causa das Doenças

(THISTED, 2003)(THISTED, 2003)

Determinação Social no Processo Saúde-DoençaDeterminação Social no Processo Saúde-Doença

““The Inverse Care Law”The Inverse Care Law”(HART, 1971)(HART, 1971)

““The Inverse Equity Hipothesis”The Inverse Equity Hipothesis”(VICTORIA et al., 2000)(VICTORIA et al., 2000)

Equidade = Igualdade de recursos para igual necessidade(MOONEY, 1983)

Historicidade do Conceito de Causa das DoençasHistoricidade do Conceito de Causa das Doenças

A DENGUEA DENGUE

Exemplificando a Causa Social Exemplificando a Causa Social

em Epidemiologiaem Epidemiologia

Historicidade do Conceito de Causa das DoençasHistoricidade do Conceito de Causa das Doenças

DENGUEDENGUECausa Biológica x Causa SocialCausa Biológica x Causa Social

Aedes aegyptiAedes aegypti

Historicidade do Conceito de Causa das DoençasHistoricidade do Conceito de Causa das Doenças

2,5 bilhões de pessoas vivem nas áreas de risco (OMS)

Historicidade do Conceito de Causa das DoençasHistoricidade do Conceito de Causa das Doenças

Historicidade do Conceito de Causa das DoençasHistoricidade do Conceito de Causa das Doenças

Historicidade do Conceito de Causa das DoençasHistoricidade do Conceito de Causa das Doenças

Historicidade do Conceito de Causa das DoençasHistoricidade do Conceito de Causa das Doenças

Flaviviridae

Historicidade do Conceito de Causa das DoençasHistoricidade do Conceito de Causa das Doenças

Ainda não há vacinas disponíveis para a Dengue.

Larvas e pupa do mosquito Aedes aegypti

Historicidade do Conceito de Causa das DoençasHistoricidade do Conceito de Causa das Doenças

Mosquito

Aglomeração Urbana

Abastecimento de Água

Coleta de LixoConhecimentos sobre Doenças e PrevençãoConhecimentos sobre Doenças e Prevenção

Historicidade do Conceito de Causa das DoençasHistoricidade do Conceito de Causa das Doenças

Historicidade do Conceito de Causa das DoençasHistoricidade do Conceito de Causa das Doenças

• Fatores Físicos, Biológicos e Psicossociais– Tornou-se claro que os agentes microbiológicos e

físicos não explicavam totalmente as questões de etiologia e prognóstico.

• Necessidade de incorporar conceitos e técnicas de outras áreas, como sociologia e psicologia.

Multicausalidade em EpidemiologiaMulticausalidade em Epidemiologia

Historicidade do Conceito de Causa das DoençasHistoricidade do Conceito de Causa das Doenças

• Descrever a distribuição e a magnitude dos problemas de saúde nas populações humanas

• Identificar fatores etiológicos das enfermidades

• Proporcionar dados essenciais para o planejamento, execução e avaliação das ações de prevenção, controle e tratamento das doenças, bem como para estabelecer prioridades

Utilidade da EpidemiologiaUtilidade da Epidemiologia

Historicidade do Conceito de Causa das DoençasHistoricidade do Conceito de Causa das Doenças

• Epidemiologia Clínica

Medicina Baseada em Evidências: aplicação da epidemiologia no diagnóstico clínico e no cuidado direto do paciente, com maior rigor científico na prática médica.

• Epidemiologia Social

Renascer do estudo da determinação social da doença, busca melhorar o atendimento à saúde da população, especialmente as mais subdesenvolvidas, de maneira multidisciplinar, procurando trabalhar na diminuição das desigualdades sociais e prevenção de doenças evitáveis.

Tendências em EpidemiologiaTendências em Epidemiologia

Historicidade do Conceito de Causa das DoençasHistoricidade do Conceito de Causa das Doenças

Determinação Social - Quadro ComparativoDeterminação Social - Quadro Comparativo

Países Expectativa de Vida Renda/capita Mortalidade Infantil

Bolívia 59 – 64 U$ 630 82

Brasil 62 – 69 U$ 2350 67

Cuba 74 – 79 U$ 1580 9

Canadá 74 – 81 U$ 19400 7

EUA 72 – 79 U$ 22740 8

Historicidade do Conceito de Causa das DoençasHistoricidade do Conceito de Causa das Doenças

Termos Clássicos em EpidemiologiaTermos Clássicos em Epidemiologia

ENDEMIA: Doença que existe constantemente (habitualmente) em um lugar e que ataca determinado número de indivíduos.

EPIDEMIA: Surgimento rápido de uma doença num lugar e que acomete simultaneamente grande número de pessoas.

PANDEMIA: É uma epidemia generalizada

PREVALÊNCIA: Número de casos (novos e antigos) de uma doença num momento e local determinado.

INCIDÊNCIA: Número de casos novos de uma doença num momento e local determinado.

Historicidade do Conceito de Causa das DoençasHistoricidade do Conceito de Causa das Doenças

PATOGENICIDADE: Capacidade do agente etiológico de produzir doença.

Alta = Sarampo, Raiva, VarícelaMédia = Caxumba, RubéolaBaixa = Poliomielite, DifteriaBaixíssima = Hanseníase

INFECTIVIDADE: Capacidade do agente em alojar-se e multiplicar-se no hospedeiro.

VIRULÊNCIA: Capacidade do agente etiológico de produzir casos graves ou fatais.

RISCO: Probabilidade de membros de uma determinada população desenvolverem uma doença.

Historicidade do Conceito de Causa das DoençasHistoricidade do Conceito de Causa das Doenças

Câncer de Mama no Brasil

(sub-notificação)

Historicidade do Conceito de Causa das DoençasHistoricidade do Conceito de Causa das Doenças

Evolução % das Pesquisas Epidemiológicas

Disciplina de Epidemiologia

Prof. Hubert Chamone Gesser, Dr.Retornar

Causalidade em EpidemiologiaCausalidade em Epidemiologia

Etimologia: EPI = sobre; DEMOS = povo; LOGOS = estudo

Estudo de todas as ocorrências que podem afetar a população como um todo.

EPIDEMIOLOGIAEPIDEMIOLOGIA

“O estudo dos fatores que determinam a frequência e a distribuição das doenças nas coletividades humanas.”

(IEA, 1973)

Exemplo: estudo da leucemia em crianças c/ raio x na gestação

D i s t r i b u i ç ã o C a u s a s

Causalidade em EpidemiologiaCausalidade em Epidemiologia

É um evento, uma condição, uma característica ou uma combinação destes fatores que desempenham um papel importante na sua determinação.

CAUSA DE UMA DOENÇACAUSA DE UMA DOENÇA

Hospedeiro Suscetível

Fatores genéticos

Desnutrição

Aglomeramento domiciliar

Pobreza

Infecção Tuberculose

Exposição a bactérias

Invasão do tecido

Causalidade em EpidemiologiaCausalidade em Epidemiologia

Determina se um microorganismo vivo específico causa uma doença em particular.

POSTULADOS

POSTULADOS DE KOCHPOSTULADOS DE KOCH

O organismo deve estar presente em todos os casos da doença;

O organismo deve ser capaz de ser isolado e crescer em cultura pura;

O organismo deve, quando inoculado em animal suscetível, causar a doença específica;

O organismo deve então ser recuperado do animal e identificado.

Causalidade em EpidemiologiaCausalidade em Epidemiologia

Fatores predisponentes: idade, gênero e doenças prévias;

Fatores facilitadores: baixa renda, nutrição insuficiente, más condições de moradia, cuidados médicos inadequados;

Fatores precipitantes: exposição a um agente específico ou a um agente nocivo podem estar associados ao início de uma doença;

Fatores reforçadores: exposição repetida e atividades inadequadas podem agravar uma doença ou estado já estabelecido.

FATORES NA CAUSALIDADEFATORES NA CAUSALIDADE

Causalidade em EpidemiologiaCausalidade em Epidemiologia

O efeito da ação de duas ou mais causas juntas é frequentemente maior do que seria esperado com base na soma de seus efeitos individuais.

Exemplo: Fumante e Exposto à poeira do asbesto

INTERAÇÃOINTERAÇÃO

Exposição ao asbesto Hábito de fumar Mortes por câncer de pulmão/100000

Não Não 11

Sim Não 58

Não Sim 123

Sim Sim 602

Causalidade em EpidemiologiaCausalidade em Epidemiologia

EPIDEMIA OCULTAEPIDEMIA OCULTA

500000 casos de AIDS registrados em adultos

Estima-se que haja 1,2 milhão de casos de AIDS

não registrados

Cerca de 8 a 10 milhões de adultos contaminados que não

desenvolveram a doença

Causalidade em EpidemiologiaCausalidade em Epidemiologia

Causalidade em EpidemiologiaCausalidade em Epidemiologia

Segue as etapas do método científico:

- Observação;

- Formulação de hipóteses e Predição de fatos novos;

- Verificação das hipóteses e suas conseqüências.

MÉTODO EPIDEMIOLÓGICOMÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

Epidemiologia

Descritiva

Epidemiologia

Analítica

Causalidade em EpidemiologiaCausalidade em Epidemiologia

(Observação e Formulação de hipóteses)

O quê? Definição precisa do fenômeno sob investigação

Quem? Pessoas envolvidas na ocorrência do fenômeno.

Quando? Período de tempo da ocorrência do fenômeno.

Onde? Local de ocorrência do fenômeno.

Epidemiologia DescritivaEpidemiologia Descritiva

Causalidade em EpidemiologiaCausalidade em Epidemiologia

Causalidade em EpidemiologiaCausalidade em Epidemiologia

Causalidade em EpidemiologiaCausalidade em Epidemiologia

Análise Comparativa da Expectativa de Vida no Mundo

ano 2000 e projeção para 2025

Causalidade em EpidemiologiaCausalidade em Epidemiologia

(Formulação e Comprovação de hipóteses)

Busca explicar um fenômeno novo.

Aprofunda e/ou especifica um fenômeno estudado:

- permite predições mais precisas;

- explica maior número de observações prévias;

- explica com detalhes observações anteriores;

- sugere novas observações;

- relaciona fenômenos que antes não estavam conectados.

Epidemiologia AnalíticaEpidemiologia Analítica

Causalidade em EpidemiologiaCausalidade em Epidemiologia

Faz a análise gráfica da mortalidade proporcional por grupos etários:

- menores de 1 ano

- de 1 a 4 anos completos;

- de 5 a 19 anos completos;

- de 20 a 49 anos completos;

- 50 ou mais anos de idade.

Permite uma visualização rápida do nível de saúde da população:

Forma de U menor desenvolvimento

Forma de J maior desenvolvimento

Curva Nelson de MoraesCurva Nelson de Moraes

Causalidade em EpidemiologiaCausalidade em Epidemiologia

Causalidade em EpidemiologiaCausalidade em Epidemiologia

Disciplina de Epidemiologia

Prof. Hubert Chamone Gesser, Dr.Retornar

ADMINISTRAÇÃOADMINISTRAÇÃO

“AD” Prefixo latino = Junto de

“MINISTRATIO” Radical = Prestação de serviço

É a ciência social que estuda todas as atividades de um empreendimento, objetivando que seus propósitos sejam alcançados da maneira desejada.

Princípios de AdministraçãoPrincípios de Administração

Conceito de AdministraçãoConceito de Administração

“A administração é o processo de planejar, organizar, liderar e controlar os esforços realizados pelos membros da organização e o uso de todos os recursos organizacionais (humanos, materiais e financeiros) para alcançar os objetivos estabelecidos.”

Princípios de AdministraçãoPrincípios de Administração

Planejar

Significa que os administradores pensam antecipadamente nos seus objetivos e ações, e que seus atos são baseados em algum método, plano, ou lógica, e não em palpites.

São os planos que dão à organização seus objetivos e que definem o melhor procedimento para alcançá-los.

Princípios de AdministraçãoPrincípios de Administração

Planejar as Ações em Saúde

Princípios de AdministraçãoPrincípios de Administração

Estabelecer possíveis estratégias para redução da prevalência e da incidência das doenças

Organizar

É o processo de arrumar e alocar o trabalho, a autoridade e os recursos entre os membros da organização de modo que eles possam alcançar eficientemente os objetivos da mesma.

Princípios de AdministraçãoPrincípios de Administração

Organizar as Ações em Saúde

Princípios de AdministraçãoPrincípios de Administração

Alocar recursos financeiros, materiais e humanos, conforme as necessidades em saúde.

Liderar

Significa dirigir, influenciar e “motivar” os empregados a realizar tarefas essenciais.

Enquanto planejar e organizar lidam com os aspectos mais abstratos do processo administrativo, a atividade de liderar é muito concreta: ela envolve o trabalho com pessoas.

Princípios de AdministraçãoPrincípios de Administração

Exercer Liderança nas Ações em Saúde

Princípios de AdministraçãoPrincípios de Administração

Significa dirigir as ações das equipes de saúde, focando nos resultados a serem alcançados.

ControlarCertificar-se de que os atos dos membros da

organização rumam aos objetivos estabelecidos. Envolve três elementos principais:

(1) estabelecer padrões de desempenho; (2) medir o desempenho atual; (3) comparar esse desempenho com os padrões estabelecidos.

Caso sejam detectados desvios, executar ações corretivas.

Princípios de AdministraçãoPrincípios de Administração

Controlar as Ações em Saúde

Princípios de AdministraçãoPrincípios de Administração

Verificar se os resultados estão sendo atingidos. Análise de gráficos, índices e relatórios de saúde.

Sequência Ideal das AtividadesSequência Ideal das Atividades

PLANEJAR

ORGANIZAR

LIDERAR

CONTROLAR

Lógica e Métodos

Distribuir Autoridade e Recursos

Motivação

Rumo

Princípios de AdministraçãoPrincípios de Administração

Habilidades dos AdministradoresHabilidades dos Administradores

Técnica, Humana e Conceitual

Habilidade técnica é a capacidade de usar os procedimentos, técnicas e conhecimento em um campo de especialização.

Habilidade humana é a capacidade de trabalhar com outras pessoas, de entendê-las e motivá-las como indivíduos ou membros de grupos.

Princípios de AdministraçãoPrincípios de Administração

Habilidades dos AdministradoresHabilidades dos Administradores

Técnica, Humana e Conceitual

Habilidade conceitual é a capacidade de coordenar e integrar todos os interesses e atividades de uma organização.

Implica em ver a organização como um todo, compreendendo como suas partes dependem uma das outras e prevendo como uma mudança em qualquer uma das partes afetará o todo.

Princípios de AdministraçãoPrincípios de Administração

Habilidades dos AdministradoresHabilidades dos Administradores

Técnica, Humana e Conceitual

Habilidade Técnica é mais importante nos níveis mais baixos.

Habilidade Humana, ao contrário é importante em todos os níveis.

Habilidade Conceitual aumenta à medida que os indivíduos galgam os níveis do sistema administrativo, com base em princípios hierárquicos de autoridade e responsabilidade.

Princípios de AdministraçãoPrincípios de Administração

Habilidades dos AdministradoresHabilidades dos Administradores

Técnica conhecimentos, métodos para as tarefas

Humana pessoas compreender e motivar liderar

Conceitual compreender a organização globalmente

e orientar comportamentos

Princípios de AdministraçãoPrincípios de Administração

Habilidades Necessárias

ConceituaisConceituais

Humanas Humanas

TécnicasTécnicas

Níveis Administrativos

Alta direção

Nível médio

Nível de supervisão

Princípios de AdministraçãoPrincípios de Administração

Autocrática – o líder fixa as diretrizes, as formas de execução das tarefas e as atribuições de cada um no grupo.

Subordinados

Líder

Princípios de AdministraçãoPrincípios de Administração

Estilos de Liderança

Democrática – as diretrizes, as formas de execução e as tarefas de cada um são debatidas e decididas pelo grupo, com o apoio e estímulo do líder.

Subordinados

Líder

Princípios de AdministraçãoPrincípios de Administração

Estilos de Liderança

Liberal – as formas de execução e as tarefas de cada um são decididas exclusivamente pelo grupo, sem a participação do líder, que não interfere no curso dos acontecimentos.

Subordinados

Líder

Estilos de Liderança

Princípios de AdministraçãoPrincípios de Administração

A insatisfação, a desmotivação ou necessidades não atendidas dão origem aos

CONFLITOS ORGANIZACIONAIS

Entre pessoas (líder e liderado)

Entre Setores (gerência de saúde x setor financeiro)

Iniquidades em SaúdeIniquidades em Saúde

Princípios de AdministraçãoPrincípios de Administração

Princípios de AdministraçãoPrincípios de Administração

Um processo de tomada de decisões é tomado com base em informações.

Dado

Informação

Conhecimento

Princípios de AdministraçãoPrincípios de Administração

Dado

Informação

Conhecimento

Os Estudos Epidemiológicos

transformam os dados em conhecimento.

O conhecimento orienta as políticas de saúde.

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Disciplina de Epidemiologia

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ESTATÍSTICAESTATÍSTICA

DIAGRAMA DE DISPERSÃODIAGRAMA DE DISPERSÃO

Mostra o comportamento de duas variáveis quantitativas Mostra o comportamento de duas variáveis quantitativas (com dados numéricos).(com dados numéricos).

aa aaaa

bb bbbb

ESTATÍSTICAESTATÍSTICA

CORRELAÇÃO LINEAR POSITIVACORRELAÇÃO LINEAR POSITIVA

Quando valores pequenos da variável Quando valores pequenos da variável aa tendem a estar relacionados tendem a estar relacionados com valores pequenos de com valores pequenos de bb, enquanto que valores grandes de , enquanto que valores grandes de aa tendem a estar relacionados com valores grandes de tendem a estar relacionados com valores grandes de bb..

aa

bb

Exemplos:Exemplos:

Peso x AlturaPeso x AlturaConsumo de Álcool x Preval. Cirrose HepáticaConsumo de Álcool x Preval. Cirrose Hepática

ESTATÍSTICAESTATÍSTICA

CORRELAÇÃO LINEAR NEGATIVACORRELAÇÃO LINEAR NEGATIVA

Quando valores pequenos da variável Quando valores pequenos da variável aa tendem a estar relacionados tendem a estar relacionados com valores grandes de com valores grandes de bb, enquanto que valores grandes de , enquanto que valores grandes de aa tendem a estar relacionados com valores pequenos de tendem a estar relacionados com valores pequenos de bb..

aa

bb

Exemplos:Exemplos:

Renda Familiar x Número de FilhosRenda Familiar x Número de FilhosEscolaridade x AbsenteísmoEscolaridade x AbsenteísmoConsumo de Fibras x Prevalência do Câncer de IntestinoConsumo de Fibras x Prevalência do Câncer de Intestino

ESTATÍSTICAESTATÍSTICA

CORRELAÇÃO NÃO LINEARCORRELAÇÃO NÃO LINEAR

O diagrama de dispersão mostra um conjunto de pontos O diagrama de dispersão mostra um conjunto de pontos aproximando-se mais de uma parábola do que de uma reta.aproximando-se mais de uma parábola do que de uma reta.

aa

Exemplo:Exemplo:

Coef. de Letalidade (a) x Dose do Medicamento (b)Coef. de Letalidade (a) x Dose do Medicamento (b)

bb

ESTATÍSTICAESTATÍSTICA

COEFICIENTE DE CORRELAÇÃO DE PEARSONCOEFICIENTE DE CORRELAÇÃO DE PEARSON

r = n . r = n . (X.Y) - (X.Y) - X . X . Y Y

n . n . X X22 - ( - ( X) X)22 . n . . n . Y Y22 - ( - ( Y) Y)22

(X.Y) = Fazem-se os produtos X.Y p/ cada par e depois se efetua a soma(X.Y) = Fazem-se os produtos X.Y p/ cada par e depois se efetua a somaX = Somatório dos valores da variável XX = Somatório dos valores da variável XY = Somatório dos valores da variável YY = Somatório dos valores da variável YXX22 = Elevam-se ao quadrado cada valor de X e depois se efetua a soma = Elevam-se ao quadrado cada valor de X e depois se efetua a somaYY22 = Elevam-se ao quadrado cada valor de Y e depois se efetua a soma = Elevam-se ao quadrado cada valor de Y e depois se efetua a soma

ESTATÍSTICAESTATÍSTICA

Cálculo do coeficiente de correlação para os dados das variáveisCálculo do coeficiente de correlação para os dados das variáveis X = população residente e Y = taxa de cresc. populacional, em 12 vilarejos.X = população residente e Y = taxa de cresc. populacional, em 12 vilarejos.

XX Y Y X X22 YY22 X . YX . Y

101101 3,23,2 10201 10201 10,2410,24 323,2323,2193193 4,64,6 3724937249 21,1621,16 887,8887,8 .. . . . . . . . . . . . . . . . . . .

.. . . . . . . . .

4242 2,82,8 1764 1764 7,84 7,84 117,6117,6

1452 39,3 251538 153,55 5706,2 1452 39,3 251538 153,55 5706,2

EXEMPLOEXEMPLO

ESTATÍSTICAESTATÍSTICA

r = n . r = n . (X.Y) - (X.Y) - X . X . Y Y

n . n . X X22 - ( - ( X) X)22 . n . . n . Y Y22 - ( - ( Y) Y)22

r = 12 . 5706,2 - 1452 . 39,3r = 12 . 5706,2 - 1452 . 39,3

12 . 251538 - (1452)12 . 251538 - (1452)22 . 12 . 153,55 - (39,3) . 12 . 153,55 - (39,3)22

r = 0,69 r = 0,69 (Correlação Linear Positiva r > 0)(Correlação Linear Positiva r > 0)

ESTATÍSTICAESTATÍSTICA

INTERPRETAÇÃOINTERPRETAÇÃO

• O Valor de r (Correlação Linear de Pearson) varia de -1 a +1.O Valor de r (Correlação Linear de Pearson) varia de -1 a +1.• O sinal indica o sentido (correlação positiva ou negativa).O sinal indica o sentido (correlação positiva ou negativa).• O valor indica a força da correlação (Fraca, Moderada ou Forte)O valor indica a força da correlação (Fraca, Moderada ou Forte)

valor de rvalor de r

00- 1- 1 + 1+ 1

AusênciaAusênciaFracaFraca FracaFracaModeradaModeradaForteForte ForteForteModeradaModerada

- 0,7- 0,7 - 0,3- 0,3 + 0,3+ 0,3 + 0,7+ 0,7

ESTATÍSTICAESTATÍSTICA

1)1) Coloque V (Verdadeiro) ou F (Falso):Coloque V (Verdadeiro) ou F (Falso):

( ( ) Quando o valor de r for maior que 0,7 ou menor do que -0,7 a ) Quando o valor de r for maior que 0,7 ou menor do que -0,7 a correlação entre as duas variáveis em estudo é fortecorrelação entre as duas variáveis em estudo é forte

( ( ) O sinal negativo de r indica que as variáveis em estudo são ) O sinal negativo de r indica que as variáveis em estudo são inversamente proporcionaisinversamente proporcionais

( ( ) Ao se encontrar um valor de r = 0,6 não se pode afirmar que as ) Ao se encontrar um valor de r = 0,6 não se pode afirmar que as variáveis sejam diretamente proporcionais.variáveis sejam diretamente proporcionais.

( ( ) O coeficiente de correlação de Pearson pode ser aplicado em dados ) O coeficiente de correlação de Pearson pode ser aplicado em dados nominaisnominais

EXERCÍCIOEXERCÍCIO

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Prof. Hubert Chamone Gesser, Dr.

ESTATÍSTICAESTATÍSTICA

TESTES DE ASSOCIAÇÃOTESTES DE ASSOCIAÇÃO

São São Testes de HipótesesTestes de Hipóteses para dados nominaispara dados nominais

HH00 (Hipótese Nula): (Hipótese Nula): Não existe associação entre as variáveis estudadasNão existe associação entre as variáveis estudadas

HH11 (Hipótese Alternativa): (Hipótese Alternativa): existe associação entre as variáveis estudadasexiste associação entre as variáveis estudadas

Respondem um problema:Respondem um problema:

(1) Um hábito está associado a uma doença?(1) Um hábito está associado a uma doença? (2) Um método de treinamento está associado a produtividade?(2) Um método de treinamento está associado a produtividade? (3) O número de horas de trabalho está associado ao estresse?(3) O número de horas de trabalho está associado ao estresse?

ESTATÍSTICAESTATÍSTICA

TESTE DE ASSOCIAÇÃO QUI-QUADRADOTESTE DE ASSOCIAÇÃO QUI-QUADRADO

É um teste não paramétrico. Símbolo: É um teste não paramétrico. Símbolo: 22 É muito empregado em pesquisas sociais e de saúde.É muito empregado em pesquisas sociais e de saúde.A interpretação dos resultados é mais favorável quando são baseados A interpretação dos resultados é mais favorável quando são baseados em tabelas de contingência 2 x 2 (1 grau de liberdade).em tabelas de contingência 2 x 2 (1 grau de liberdade).

Exemplo de uma tabela de contingência 2 x 2:Exemplo de uma tabela de contingência 2 x 2:

Com Bronquite Sem BronquiteCom Bronquite Sem Bronquite

Fumantes Fumantes 70 ( a ) 70 ( a ) 21 ( b ) 21 ( b ) Não Fumantes Não Fumantes 35 ( c ) 35 ( c ) 24 ( d ) 24 ( d )

ESTATÍSTICAESTATÍSTICA

TESTE DE ASSOCIAÇÃO QUI-QUADRADOTESTE DE ASSOCIAÇÃO QUI-QUADRADO

Cálculo do Cálculo do 22 em tabelas 2 x 2 com Correção de Continuidade. em tabelas 2 x 2 com Correção de Continuidade.

22 = n . ( a . d - b . c - ( n / 2 ) ) = n . ( a . d - b . c - ( n / 2 ) )22

( a + b ) . ( c + d ) . ( a + c ) . ( b + d )( a + b ) . ( c + d ) . ( a + c ) . ( b + d ) O valor de O valor de 22 encontrado é transferido para uma tabela que encontrado é transferido para uma tabela que fornecerá o valor de p (probabilidade de significância).fornecerá o valor de p (probabilidade de significância).

ESTATÍSTICAESTATÍSTICA

Cálculo do exemplo: Hábito de Fumar x BronquiteCálculo do exemplo: Hábito de Fumar x Bronquite

22 = n . ( a . d - b . c - ( n / 2 ) ) = n . ( a . d - b . c - ( n / 2 ) )22

( a + b ) . ( c + d ) . ( a + c ) . ( b + d )( a + b ) . ( c + d ) . ( a + c ) . ( b + d )

22 = 150 . ( 70 . 24 - 21 . 35 - ( 150 / 2 ) ) = 150 . ( 70 . 24 - 21 . 35 - ( 150 / 2 ) )22

( 70 + 21 ) . ( 35 + 24 ) . ( 70 + 35 ) . ( 21 + 24 )( 70 + 21 ) . ( 35 + 24 ) . ( 70 + 35 ) . ( 21 + 24 )

22 = 4,475 = 4,475 p < 0,05 Há associação entre as variáveisp < 0,05 Há associação entre as variáveis

ESTATÍSTICAESTATÍSTICA

TESTE DE ASSOCIAÇÃO QUI-QUADRADOTESTE DE ASSOCIAÇÃO QUI-QUADRADO

Valores de p com 1 grau de liberdade (tabelas 2 x 2)Valores de p com 1 grau de liberdade (tabelas 2 x 2)

p p 0,2500,250 0,1000,100 0,0500,050 0,0250,025 0,0100,010 0,0050,005 0,0010,001 22 1,321,32 2,712,71 3,843,84 5,025,02 6,636,63 7,887,88 10,810,8

Exemplos:Exemplos: Se for encontrado um valor de Se for encontrado um valor de 22 = 6,63 o valor de p será 0,01 = 6,63 o valor de p será 0,01 Se for encontrado um valor de Se for encontrado um valor de 2 = 2 = 2,54 então 0,10 > p > 0,052,54 então 0,10 > p > 0,05

ESTATÍSTICAESTATÍSTICA

INTERPRETAÇÃOINTERPRETAÇÃO

QuandoQuando p > 0,05 p > 0,05 Aceita-se HAceita-se H00 (Hipótese Nula) (Hipótese Nula) Não há associaçãoNão há associação

Quando Quando p < 0,05 p < 0,05 Aceita-se HAceita-se H11 (Hipótese Alternativa) (Hipótese Alternativa) Há associaçãoHá associação

Observações:Observações: Comumente se adota 0,05 como nível de significânciaComumente se adota 0,05 como nível de significância O Teste Exato de Fisher substitui o O Teste Exato de Fisher substitui o 22 em amostras muito pequenas em amostras muito pequenas A associação não deve ser confundida com relação causalA associação não deve ser confundida com relação causal

ESTATÍSTICAESTATÍSTICA

EXERCÍCIOSEXERCÍCIOS

1) Uma pesquisa que tinha como objetivo verificar a existência 1) Uma pesquisa que tinha como objetivo verificar a existência de associação de algumas variáveis com a prevalência de uma de associação de algumas variáveis com a prevalência de uma determinada doença encontrou os seguintes valores de determinada doença encontrou os seguintes valores de 22 ::22 = 9,88 para o índice de escolaridade = 9,88 para o índice de escolaridade22 = 6,22 para o renda familiar = 6,22 para o renda familiar22 = 1,42 para o hábito de fumar = 1,42 para o hábito de fumar

Qual destas 3 variáveis mostrou-se mais fortemente associada Qual destas 3 variáveis mostrou-se mais fortemente associada com a prevalência da doença e qual é o valor do seu p com a prevalência da doença e qual é o valor do seu p (probabilidade de significância)?(probabilidade de significância)?

ESTATÍSTICAESTATÍSTICA

2) Está se tentando descobrir se um novo tipo de tratamento 2) Está se tentando descobrir se um novo tipo de tratamento está associado a cura de uma determinada doença. Observe a está associado a cura de uma determinada doença. Observe a seguinte tabela de contingência e tente responder essa dúvida.seguinte tabela de contingência e tente responder essa dúvida.

Cura Não CuraCura Não Cura

Tratamento NovoTratamento Novo 41 41 37 37Tratamento ClássicoTratamento Clássico 103 103 106 106