11º ano Ficha de trabalho sobre o método científico

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1 FICHA DE TRABALHO 1. Analise o quadro comparativo apresentado na página seguinte, identifique os conceitos filosóficos fundamentais que caracterizam as perspectivas indutivista e falsificacionista. 2. Indique quais são as teses defendidas, pelo indutivismo e pelo falsificacionismo, em relação do método científico. 3. Compare as perspectivas indutivista e falsificacionista quanto: - ao modo como é concebido o ponto de partida do método científico; - à concepção das hipóteses ou teorias; - ao critério de cientificidade; - à importância da indução; - à atitude do cientista em relação às suas teorias. 4. Apresente duas objecções ao indutivismo. 5. Apresente duas objecções ao falsificacionismo. Nota : O quadro comparativo, da página seguinte, foi elaborado com base na seguinte bibliografia : -Aires Almeida e outros, “A Arte de Pensar – 11º Ano”, 2ª edição, Didáctica Editora, Lisboa, 2008. -Pedro Galvão, “Filosofia – Preparação para o exame nacional”, Porto Editora. -Artigos do DEF online (Dicionário escolar de Filosofia) relacionados com o indutivismo e o falsificacionismo. DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS Escola Secundária de Pinheiro e Rosa CURSOS: Científico-humanísticos Ano lectivo: 2010/2011 Filosofia Subdepartamento Curricular de Filosofia, Psicologia e Sociologia Tema: O método científico. 11º Ano

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FICHA DE TRABALHO

1. Analise o quadro comparativo apresentado na página seguinte, identifique os conceitos filosóficos fundamentais que caracterizam as perspectivas indutivista e falsificacionista.

2. Indique quais são as teses defendidas, pelo indutivismo e pelo falsificacionismo, em relação do método científico.

3. Compare as perspectivas indutivista e falsificacionista quanto:

- ao modo como é concebido o ponto de partida do método científico;

- à concepção das hipóteses ou teorias;

- ao critério de cientificidade;

- à importância da indução;

- à atitude do cientista em relação às suas teorias.

4. Apresente duas objecções ao indutivismo.

5. Apresente duas objecções ao falsificacionismo.

Nota: O quadro comparativo, da página seguinte, foi elaborado com base na seguinte bibliografia:

-Aires Almeida e outros, “A Arte de Pensar – 11º Ano”, 2ª edição, Didáctica Editora, Lisboa, 2008.

-Pedro Galvão, “Filosofia – Preparação para o exame nacional”, Porto Editora.

-Artigos do DEF online (Dicionário escolar de Filosofia) relacionados com o indutivismo e o

falsificacionismo.

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS

SOCIAIS E HUMANAS

Escola Secundária de Pinheiro e Rosa

CURSOS: Científico-humanísticos Ano lectivo: 2010/2011

Filosofia

Subdepartamento Curricular de

Filosofia, Psicologia e Sociologia Tema: O método científico. 11º Ano

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Bom trabalho! A professora: Sara Raposo.

Como se caracteriza o método científico?

Indutivismo Falsificacionismo

O ponto de partida da ciência é a observação

impessoal e isenta dos factos, sem quaisquer

pressupostos teóricos. O cientista deve limitar-se a

registar, de forma objectiva e rigorosa, os dados

observados.

A elaboração das hipóteses e das teorias

científicas resulta de um raciocínio indutivo (uma

generalização): as leis científicas, expressas através

de proposições universais, são obtidas a partir da

análise das regularidades registadas nos casos

observados.

Os dados observacionais (a experiência)

permitem comprovar ou verificar a verdade das

hipóteses ou das teorias (critério de

verificabilidade).

A tarefa dos cientistas poderá consistir em

procurar dados para apoiar as suas teorias, utilizar

essas mesmas teorias na explicação e previsão de

novos fenómenos ou ainda procurar, a partir das

explicações propostas, leis científicas mais

abrangentes.

A indução tem um papel fundamental na

ciência: as leis científicas são enunciados

universais obtidos indutivamente a partir de

premissas que descrevem factos observados.

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Os cientistas, à partida, não colocam em causa

as suas próprias hipóteses ou teorias, antes pelo

contrário procuram prová-las e garantir a sua

certeza.

O ponto de partida da actividade científica é a

colocação de problemas. Ao formular o problema o

cientista é sempre influenciado por expectativas,

suposições e interesses teóricos, não existe uma

observação imparcial dos factos.

As teorias são tentativas de solucionar problemas, não

partem da observação, mas resultam do espírito

inventivo dos cientistas (são conjecturas criativas que

devem ter elevado conteúdo empírico) que, se não

forem refutadas, permitirão resolver certos problemas.

A avaliação da cientificidade de uma teoria implica a

realização de testes empíricos que permitam confrontar

o conteúdo desta com os factos. Deduzem-se

consequências empíricas da teoria, prevendo a

ocorrência de determinados fenómenos. Estas previsões

são submetidas a testes experimentais: se se revelarem

incorrectas, a teoria será refutada, se forem correctas, a

teoria será corroborada. Recorre-se à experiência para

procurar factos que desmintam ou estabeleçam a

falsidade das teorias (critério de falsificabilidade), estas

são sempre conjecturais, têm valor científico (são

corroboradas) apenas enquanto resistirem às tentativas

de refutação.

Popper, tal como Hume, considera que a conclusão –

um enunciado universal – de uma indução não é

racionalmente justificável a partir dos casos particulares

enunciados nas premissas. Todavia, isso não põe em

causa a credibilidade ou a racionalidade da ciência, pois o

raciocínio indutivo não é necessário para conceber as

teorias científicas (fruto da criatividade) nem para as

falsificar.

Os cientistas deverão ter uma atitude de autocrítica e

de debate, procurando descobrir erros nas suas próprias

teorias, realizando testes empíricos que permitam

mostrar se estas são ou não falsas.