12 como selecionar e quando indicar neoadjuvância nos tumores gástricos

54
COMO SELECIONAR E QUANDO INDICAR NEOADJUVÂNCIA NOS TUMORES GÁSTRICOS Wilson Luiz da Costa Junior Alessandro Landskron Diniz André Luís de Godoy Héber Salvador de Castro Ribeiro Felipe José Fernández Coimbra

Transcript of 12 como selecionar e quando indicar neoadjuvância nos tumores gástricos

Page 1: 12   como selecionar e quando indicar neoadjuvância nos tumores gástricos

COMO SELECIONAR E QUANDO INDICAR

NEOADJUVÂNCIA NOS TUMORES GÁSTRICOS

Wilson Luiz da Costa JuniorAlessandro Landskron Diniz

André Luís de GodoyHéber Salvador de Castro RibeiroFelipe José Fernández Coimbra

Departamento de Cirurgia Abdominal

Page 2: 12   como selecionar e quando indicar neoadjuvância nos tumores gástricos

Não possuo conflito de interesse

Page 3: 12   como selecionar e quando indicar neoadjuvância nos tumores gástricos

Linfadenectomia no Câncer GástricoOcidente vs. Oriente

Fonte: Songun I et al. Lancet Oncol 2010

D2

LINFADENECTOMIA D2

Page 4: 12   como selecionar e quando indicar neoadjuvância nos tumores gástricos

Recidiva pós-linfadenectomia D2

2328 pacientesRecidiva 28%

Page 5: 12   como selecionar e quando indicar neoadjuvância nos tumores gástricos
Page 6: 12   como selecionar e quando indicar neoadjuvância nos tumores gástricos

Tratamento multimodal do câncer gástrico

Quimioterapia peri-operatória (Neoadjuvante + Adjuvante)

Quimioterapia adjuvante Quimioterapia / Radioterapia adjuvantes

Page 7: 12   como selecionar e quando indicar neoadjuvância nos tumores gástricos

Tratamento multimodal do câncer gástrico

Quimioterapia peri-operatória (Neoadjuvante + Adjuvante)

Quimioterapia adjuvante Quimioterapia / Radioterapia adjuvantes

Page 8: 12   como selecionar e quando indicar neoadjuvância nos tumores gástricos

MAGIC Trial *

EORTC 40594 Trial

FFCD Trial *

Tratamento neoadjuvante do câncer gástrico

* QT peri-operatória

Page 9: 12   como selecionar e quando indicar neoadjuvância nos tumores gástricos

MAGIC Trial

503 pacientes Estádio II a IV M0

USG e TC de abdome, Laparoscopia

ECF x 3 Cirurgia ECF x 3

Page 10: 12   como selecionar e quando indicar neoadjuvância nos tumores gástricos

MAGIC Trial 25% Tumores de TEG 41% Linfadenectomia D2

N Engl J Med 2006; 355: 11-20.

Page 11: 12   como selecionar e quando indicar neoadjuvância nos tumores gástricos

MAGIC Trial

N Engl J Med 2006; 355: 11-20.

Recidiva

Locorregional 14,4% QT vs. 20.6% cirurgia

Sistêmica 24,4% QT vs. 36,8% cirurgia

5a – 36% vs. 23%HR – 0,75

Page 12: 12   como selecionar e quando indicar neoadjuvância nos tumores gástricos

FFCD Trial

224 pacientes II a IV M0

USG e TC de abdome; laparoscopia e Eco-EDA opcionais CF x 2-3 Cirurgia CF x 3-4

Page 13: 12   como selecionar e quando indicar neoadjuvância nos tumores gástricos

FFCD Trial

75% Tumores de TEG 91 gastrectomias (41%) Mediana de linfonodos

dissecados: 19

J Clin Oncol 2011; 29: 1715-21.

Page 14: 12   como selecionar e quando indicar neoadjuvância nos tumores gástricos

FFCD Trial

J Clin Oncol 2011; 29: 1715-21.

5a – 38% vs. 24%Recidiva

Locorregional 12% QT vs. 8% cirurgia

Sistêmica 30% QT vs. 38% cirurgia

Page 15: 12   como selecionar e quando indicar neoadjuvância nos tumores gástricos

EORTC Trial

144 pacientes III e IV M0

TC, Eco-EDA e laparoscopia CF x 2 Cirurgia

Page 16: 12   como selecionar e quando indicar neoadjuvância nos tumores gástricos

EORTC Trial

53% Tumores de TEG (Siewert II e III)

100% gastrectomias 94% linfadenectomia

D2 Mediana de linfonodos

dissecados: 33

J Clin Oncol 2010; 28: 5210-8.

HR – 0,842a – 72,7% vs. 69,6%

Page 17: 12   como selecionar e quando indicar neoadjuvância nos tumores gástricos

Tratamento neoadjuvanteBenefícios

Tolerância ao tratamento Ressecção R0 “Downstaging” Tratamento precoce das micrometástases Teste de sensibilidade “in vivo” Fator prognóstico

Page 18: 12   como selecionar e quando indicar neoadjuvância nos tumores gástricos

Tratamento neoadjuvanteTolerância ao tratamento

224 pacientes

CF x 2-3 CIR CF x 3-4

87% 50%

503 pacientes

ECF x 3 CIR ECF x 3

91% 49%

MAGIC Trial FFCD Trial

N Engl J Med 2006; 355: 11-20.J Clin Oncol 2011; 29: 1715-21.

Page 19: 12   como selecionar e quando indicar neoadjuvância nos tumores gástricos

Tratamento neoadjuvanteTolerância ao tratamento

Tratamento sistêmico No. pacientes (%)n=72

Tratamento completo 45 (62,5%)

Interrupção por toxicidade 8 (11,6%)

J Clin Oncol 2010; 28: 5210-8.

EORTC Trial

Page 20: 12   como selecionar e quando indicar neoadjuvância nos tumores gástricos

Tratamento neoadjuvanteRessecção R0

* Z testN Engl J Med 2006; 355: 11-20.J Clin Oncol 2011; 29: 1715-21.J Clin Oncol 2010; 28: 5210-8

Estudo QT + Cirurgia Cirurgia P

MAGIC Trial 79,3% 70,3% 0,03

FFCD Trial 87% 74% 0,004

EORTC Trial 81,9% 66,7% 0,036*

Page 21: 12   como selecionar e quando indicar neoadjuvância nos tumores gástricos

Tratamento neoadjuvanteDownstaging

Fator No. (%) QT + cirurgia

No. (%) Cirurgia

P

Estádio T

ypT0-1-2 42% 32% *

Estádio N

ypN0 33% 20% 0,054

Fator No. (%) QT + cirurgia

No. (%) Cirurgia

P

Estádio T

ypT1-2 51,7% 36,8% 0,002

Estádio N

ypN0-1 84,4% 70,5% 0,01

N Engl J Med 2006; 355: 11-20.J Clin Oncol 2011; 29: 1715-21.

MAGIC Trial FFCD Trial

Page 22: 12   como selecionar e quando indicar neoadjuvância nos tumores gástricos

Tratamento neoadjuvanteResposta patológica

Page 23: 12   como selecionar e quando indicar neoadjuvância nos tumores gástricos

Tratamento neoadjuvantePrejuízos(??)

Risco de progressão

Morbimortalidade pós-operatória

Page 24: 12   como selecionar e quando indicar neoadjuvância nos tumores gástricos

Tratamento neoadjuvanteRisco de progressão

QT neoadjuvante – 72

Progressão – 4 (5,8%)

QT neoadjuvante – 113

Progressão – 3 (2,8%)

EORTC Trial FFCD Trial

J Clin Oncol 2011; 29: 1715-21.J Clin Oncol 2010; 28: 5210-8

Page 25: 12   como selecionar e quando indicar neoadjuvância nos tumores gástricos

Tratamento neoadjuvanteMorbimortalidade pós-operatória

Estudo Morbidade Mortalidade

QT + Cirurgia Cirurgia P QT + Cirurgia Cirurgia P

MAGIC 45,7% 45,3% * 5,6% 5,9% *

FFCD 25,7% 19,1% 0,24 4,6% 4,5% 0,76

EORTC 27,1% 16,2% 0,09 4,3% 1,4% *

N Engl J Med 2006; 355: 11-20.J Clin Oncol 2011; 29: 1715-21.J Clin Oncol 2010; 28: 5210-8

Page 26: 12   como selecionar e quando indicar neoadjuvância nos tumores gástricos

Tratamento neoadjuvanteMorbimortalidade pós-operatória

Estudo Morbidade Mortalidade

QT + Cirurgia Cirurgia P QT + Cirurgia Cirurgia P

MAGIC 45,7% 45,3% * 5,6% 5,9% *

FFCD 25,7% 19,1% 0,24 4,6% 4,5% 0,76

EORTC 27,1% 16,2% 0,09 4,3% 1,4% *

N Engl J Med 2006; 355: 11-20.J Clin Oncol 2011; 29: 1715-21.J Clin Oncol 2010; 28: 5210-8

Page 27: 12   como selecionar e quando indicar neoadjuvância nos tumores gástricos

Tratamento neoadjuvanteMorbimortalidade pós-operatória

Estudo Morbidade Mortalidade

QT + Cirurgia Cirurgia P QT + Cirurgia Cirurgia P

MAGIC 45,7% 45,3% * 5,6% 5,9% *

FFCD 25,7% 19,1% 0,24 4,6% 4,5% 0,76

EORTC 27,1% 16,2% 0,09 4,3% 1,4% *

N Engl J Med 2006; 355: 11-20.J Clin Oncol 2011; 29: 1715-21.J Clin Oncol 2010; 28: 5210-8

Page 28: 12   como selecionar e quando indicar neoadjuvância nos tumores gástricos

Tratamento neoadjuvanteMorbimortalidade pós-operatória

Estudo Morbidade Mortalidade

QT + Cirurgia Cirurgia P QT + Cirurgia Cirurgia P

MAGIC 45,7% 45,3% * 5,6% 5,9% *

FFCD 25,7% 19,1% 0,24 4,6% 4,5% 0,76

EORTC 27,1% 16,2% 0,09 4,3% 1,4% *

N Engl J Med 2006; 355: 11-20.J Clin Oncol 2011; 29: 1715-21.J Clin Oncol 2010; 28: 5210-8

Page 29: 12   como selecionar e quando indicar neoadjuvância nos tumores gástricos

Tratamento neoadjuvanteMorbimortalidade pós-operatória

Complicação QT peri-operatórian=36

QT/RXT adjuvante n=51

P

Total

Sim 13 13 0,286

Não 23 38

Classificação de Clavien

Grau I 0 2 0,528

Grau II 11 9

Grau III 2 2

HACC

Page 30: 12   como selecionar e quando indicar neoadjuvância nos tumores gástricos

Tratamento neoadjuvante

Candidatos T3 / T4 OU N+ TNM 7a ed. EC II e III

Seleção Exames de estadiamento pré-operatório

Page 31: 12   como selecionar e quando indicar neoadjuvância nos tumores gástricos

Tratamento neoadjuvanteSeleção de pacientes

Cancer Detect Prev 1994; 18: 437. Surg Oncol Clin N Am 2012; 21: 1.

EDA Bormann III e IV – 70% > T2 e N+

Page 32: 12   como selecionar e quando indicar neoadjuvância nos tumores gástricos

Tratamento neoadjuvanteSeleção de pacientes

Tomografia

Page 33: 12   como selecionar e quando indicar neoadjuvância nos tumores gástricos

Tratamento neoadjuvanteSeleção de pacientes

Tomografia Cortes finos (MDCT) Máxima distensão

gástrica Ar ou líquido

Contraste venoso Aquisição arterial e

portal

Page 34: 12   como selecionar e quando indicar neoadjuvância nos tumores gástricos

Tratamento neoadjuvanteSeleção de pacientes

TomografiaT1-T2 T3-T4

Page 35: 12   como selecionar e quando indicar neoadjuvância nos tumores gástricos

Tratamento neoadjuvanteSeleção de pacientes

Ecoendoscopia (EUS)

• 22 estudos 1998 – 2009• Acurácia:

– T: 75%– N: 64%– Maior para T3/T4

TC?

Page 36: 12   como selecionar e quando indicar neoadjuvância nos tumores gástricos

Tratamento neoadjuvanteSeleção de pacientes

Gastrointest Endosc 1998;48:679-82

Ecoendoscopia (EUS)

Page 37: 12   como selecionar e quando indicar neoadjuvância nos tumores gástricos

Tratamento neoadjuvanteSeleção de pacientes

EUS MDCT

Estádio T

Acurácia 74,7% 76,9%

Invasão de serosa 89,9% 88,1%

Estádio N

Acurácia 66,0% 62,8%

N+ 70,4% 71,7%

Page 38: 12   como selecionar e quando indicar neoadjuvância nos tumores gástricos

Tratamento neoadjuvanteSeleção de pacientes

EUS MDCT

Estádio T

Acurácia 74,7% 76,9%

Invasão de serosa 89,9% 88,1%

Estádio N

Acurácia 66,0% 62,8%

N+ 70,4% 71,7%

Page 39: 12   como selecionar e quando indicar neoadjuvância nos tumores gástricos

Tratamento neoadjuvanteSeleção de pacientes

EUS MDCT

Estádio T

Acurácia 74,7% 76,9%

Invasão de serosa 89,9% 88,1%

Estádio N

Acurácia 66,0% 62,8%

N+ 70,4% 71,7%

Page 40: 12   como selecionar e quando indicar neoadjuvância nos tumores gástricos

Tratamento neoadjuvanteSeleção de pacientes

Page 41: 12   como selecionar e quando indicar neoadjuvância nos tumores gástricos

Tratamento neoadjuvanteSeleção de pacientes

Page 42: 12   como selecionar e quando indicar neoadjuvância nos tumores gástricos

Tratamento neoadjuvanteSeleção de pacientes

Page 43: 12   como selecionar e quando indicar neoadjuvância nos tumores gástricos

Tratamento neoadjuvanteSeleção de pacientes

Page 44: 12   como selecionar e quando indicar neoadjuvância nos tumores gástricos

Tratamento neoadjuvanteSeleção de pacientes

Page 45: 12   como selecionar e quando indicar neoadjuvância nos tumores gástricos

Abordagem no CA gástricoTC

cT1-2 N0

Eco-EDA

uT1-2 N0

Cirurgia

pT1-2 N0Seguimento

pT3-4 ou N+Tratamento Adjuvante

uT3-4 ou N+

QT perioperatória + Cirurgia

cT3-4 ou N+

QT peri-operatória + Cirurgia

EDA com biópsia +

Page 46: 12   como selecionar e quando indicar neoadjuvância nos tumores gástricos

PERSPECTIVAS

Identificação precoce de pacientes não-respondedores

Page 47: 12   como selecionar e quando indicar neoadjuvância nos tumores gástricos

Tratamento neoadjuvanteSeleção de pacientes – Critérios Clínico-patológicos

Localização 1 – corpo 2 – proximais 3 – distais

Histologia de Lauren 1 – intestinal 3 – difuso ou misto

Grau de diferenciação 1 – G1/G2 2 – G3/G4

Baixo risco ≥ 4 Risco intermediário 5-7 Alto risco 8

Page 48: 12   como selecionar e quando indicar neoadjuvância nos tumores gástricos

Tratamento neoadjuvanteSeleção de pacientes – Critérios Clínico-patológicos

Risco Resposta clínica

Resposta patológica

Baixo risco 34,2% 35,6%

Risco intermediário

24,8% 20,8%

Alto risco 11,2% 11,2%

Page 49: 12   como selecionar e quando indicar neoadjuvância nos tumores gástricos

Tratamento neoadjuvanteSeleção de pacientes – Biologia molecular

Page 50: 12   como selecionar e quando indicar neoadjuvância nos tumores gástricos

Tratamento neoadjuvanteSeleção de pacientes – Biologia molecular

Page 51: 12   como selecionar e quando indicar neoadjuvância nos tumores gástricos

CONCLUSÕES

CA gástrico T3-4 ou N+ Tratamento multimodal

Tratamento neoadjuvante Tolerância ao tratamento Downstaging Resseçcão R0 Resposta é fator prognóstico Baixo risco de progressão Morbimortalidade semelhante

Page 52: 12   como selecionar e quando indicar neoadjuvância nos tumores gástricos

CONCLUSÕES

Seleção de pacientes MDCT e Eco-EDA tem acurácia semelhante para

T e N MDCT exame inicial avaliação de M Eco-EDA (operador-dependente) se MDCT

normal

Page 53: 12   como selecionar e quando indicar neoadjuvância nos tumores gástricos

PORTO ALEGRE, 6 A 8 DE SETEMBRO DE 2012