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As histórias são únicas e aqui estão o Monitor, o Cuidador, o Hippie, o Artesão e a Associação Comunitária de Recuperação Novo Caminho, a Acrenoc. Uma instituição voluntária que reabilita dependentes químicos para uma nova chance na vida em sociedade. Quatro pessoas que tiveram suas vidas transformadas transmitem uma visão pessoal da caminhada que é a reabilitação. A situação do dependente químico é um problema social, pessoal e político. Acreditamos que uma visão individual do problema traga uma nova forma de reflexão. Existem pessoas dispostas a ajudar, pessoas certas que, com muito amor e dedicação, conseguem mudar a vida de muitos que precisam.

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Capítulo um

Associação Comunitária de Recuperação Novo Caminho, o Monitor e os dozes passos.

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No meio de serras, árvores, atravessando estradas de terra, na tranquili-dade que só a natureza fornece, com pessoas buscando uma nova perspectiva e profissionais dispostos a dedicar sua vida à ajudar, fica a Acrenoc. Reabilitando dependentes químicos para uma nova chance na vida em sociedade, lá eles tra-balham e aprendem. “Nós pedimos apenas uma doação em alimentos, de forma solidária. Sabemos que as famílias, às vezes, não tem condições financeiras para tratar um membro que seja dependente químico. Por isso, tratamos deles com os mesmos cuidados e carinhos que uma clínica particular”, diz a fundadora e cola-boradora Racibe Faria.

O Monitor viveu os dozes passos, e enquanto anda pela instituição conta sua experiência. Suas palavras e gratidão com a Acrenoc mostram a força que o tratamento oferecido aos pacientes possui. O primeiro passo: “Admitimos que éramos impotentes perante nossa adicção, que nossas vidas tinham se torna-do incontroláveis.” “A adicção é mental, espiritual e física. Aqui conseguimos falar, entender e desabafar sobre nossas vidas. Nossos portões são abertos. Só mora aqui quem quer um tratamento, quem quer algo melhor” conta o monitor.

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O segundo passo: “Viemos a acreditar que um poder maior do que nós, poderia devolver-nos à sanidade.” Os pacientes, quando chegam lá, con-tam com o acompanhamento espiritual de diversas igrejas. Não há uma religião apenas, há uma fé, os portões são abertos a todos que queiram ajudar. Isso mudou a vida do Monitor: “A oração foi algo muito importante para minha vida. Fora daqui eu tinha o hábito de beber e ir para a biqueira, mas aqui eu tenho o hábito de ir a lugares bons e ajudar as pessoas. A fé me ensinou muito”.

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“Decidimos entregar nossa vontade e nossas vidas aos cuidados de Deus, da maneira como nós o compreendíamos.”, é o terceiro passo. Deus é algo muito presente na vida dos moradores da Acrenoc, o respeito que a fé cria na comunidade é algo único, não há discriminação para qualquer tipo de crença, orientação sexual e preconceito étnico, todos lá estão com o mesmo objetivo: Se tornar uma pessoa melhor. Nas palavras do Monitor: “Tudo o que aprendi e recebi na vida eu vou passar para outras pessoas, vou olhar os que estão sofrendo e vou oferecer ajuda como fizeram comigo, vou mostrar os que me ajudaram. Mas não posso forçar ninguém, pois aprendi que a vida é feita de escolhas e eu escolhi mudar a minha, escolhi ser uma pessoa melhor”.

“Fizemos um profundo e destemido inventário moral de nós mesmos.” Esse é o quarto passo. Na própria instituição é oferecido tratamento de qualidade em curto prazo. Acompanhamento psicológico, psicoterapêutico, assistência so-cial, médicos e psicólogos. Há também o direcionamento para grupos anônimos e no período em que estão internados já vão criando o hábito de frequentar as reuniões. O Monitor explicou sua relação com esses grupos: “Todos os dias, após desabafar na reunião, eu escrevo e converso com Deus. Escrevo no papel meus pensamentos e o queimo, neste papel só eu e meu padrinho podemos ler, o padri-nho é um porto seguro, para que possamos realizar nossos objetivos e conversar com Deus. O padrinho é alguém que passou por aqui e conseguimos confiar ne-les, eles já estiveram na mesma situação”.

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“Admitimos a Deus, a nós mesmos e a outro ser humano a natureza exata das nossas falhas.” O quinto passo, que diz por si mesmo o que representa. “Nunca vi problemas por aqui, – diz o Monitor – porque só fica aqui quem quer. Temos nossa rotina, acordamos, arrumamos a cama, fazemos a higiene, tomamos café, caminhamos, vamos para a laborterapia. Aqui nós criamos e consumimos tudo, temos porcos, galinheiro, temos nossa horta, com feijão, milho e fazemos nosso pão. Aqui vivem pedreiros, padeiros, cozinheiros e todos ajudam”.

Prontificamo-nos inteiramente a deixar que Deus removesse todos es-ses defeitos de caráter.” O sexto passo. “Racibe é uma pessoa muito especial” - diz o Monitor enquanto mostra os quartos, a horta e o trajeto da caminhada – “Se ela não tivesse essa persistência, esse amor ao próximo, não existiria tudo isso, pois nossa instituição é principalmente mantida por Deus, a maioria aqui tem vaga social. A Acrenoc existe faz quinze anos. É uma instituição voluntária, os monitores são internos e prestam trabalho voluntário, nós vivemos por doações e existem convênios que nos auxiliam. As pessoas que saem daqui voltam para trabalhar e ajudar como voluntários”.

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“Humildemente pedimos a Ele que removesse nossos defeitos.” Diz o sétimo passo. O Monitor mostra o refeitório, a dispensa e os moradores que tra-balham para a manutenção da instituição. “Tudo aqui dentro é pregado no quadro para gente ver. Muitas clínicas escondem tudo dos internos, pois são tratadas como empresas, mas aqui é um trabalho com amor. Quando fiquei limpo um ano e oito meses fiz um curso de protético, mas acabei voltando pra cá por uma recaída. Aqui pensamos um dia por vez. É um dia de cada vez. Eu acordo e falo: Hoje não preciso usar. Conseguir fazer isso é uma grande vitória”.

“Fizemos uma lista de todas as pessoas que tínhamos prejudicado e dispusemo-nos a fazer a recuperação a todas elas.” O oitavo passo. O Monitor conta um pouco sobre sua história: “Na primeira vez que saí daqui eu fiquei limpo um ano e oito meses, voltei para cá há um mês. Tenho família e filhos lá fora, e acabei me afastando deles por causa das drogas. A pessoa que usa droga se iso-la, ela se esconde e foge de vergonha. Quando voltei pra cá fui me reabilitando, voltando a ser quem eu era para poder viver em sociedade novamente. Sou muito grato a tudo aqui, mas a vida está passando lá fora, e eu quero ter minha própria clínica, quero estudar, ainda sou novo. Muitos dos que chegam aqui pensam que são monstros, mas percebemos que não somos maus, ainda podemos fazer o bem. Eu vim para ficar trinta dias, no vigésimo quinto entrei para coordenação e estou aqui faz três meses para ajudar. Eu vim para me reabilitar, foi uma escolha que eu fiz, estamos parados aqui, mas precisamos desse tempo para ter outra chance”.

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“Fizemos reparações diretas a tais pessoas, sempre que possível, ex-ceto quando fazê-lo pudesse prejudicá-las ou a outras.” O nono passo. Ainda apresentando a instituição o Monitor conta um pouco sobre a estrutura: “Também temos um escritório no Sion, lá ficam o assistente social, um tesoureiro, um con-tador e uma diretora. Eles administram as necessidades das pessoas aqui. A gente vive de doação, e Deus é tão bom que nos dá tempo de aprender para quando sairmos daqui possamos ter uma profissão. O mundo exige disciplina e quando estivermos lá fora vamos ter oportunidades graças ao que aprendemos aqui”.

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“Continuamos fazendo o inventário pessoal e, quando estávamos er-rados, nós o admitíamos prontamente.” Relata o décimo passo. Todas as ins-talações, plantações, animais são cuidados pelos moradores, tudo é muito orga-nizado e todos parecem concentrados em suas obrigações. Enquanto o Monitor conta mais sobre a estrutura o Cuidador cuida dos animais. “Muitos internos que saem daqui divulgam sua experiência e procuram passar o que viveram. Temos um facebook que é administrado pelos antigos internos, tem algumas placas pela cidade também que falam sobre nós. Hoje moram aqui quarenta e sete pessoas, temos por volta de cinquenta e uma vagas e a maioria é vaga social, são poucos convênios. Aqui todos ajudam e agradecemos muito quem vem doar, acho que a razão é Deus, não acham?”.

“Procuramos, através de prece e meditação, melhorar nosso conta-to consciente com Deus, da maneira como nós o compreendíamos, rogando apenas o conhecimento da sua vontade em relação a nós e o poder de realizar essa vontade.” O decimo primeiro passo. “Aqui nós chamamos quem usa droga de adicto - diz o Monitor - não é um drogado em palavras pejorativas, isso acaba prejudicando a autoestima das pessoas que chegam aqui. Sou um adicto e com-partilho minha vida, não tenho preconceito com religião, orientação sexual, nada disso.” Enquanto chegávamos mais perto do Cuidador o Monitor explica como funciona o aproveitamento de água. “Aproveitamos água da chuva também, e todo nosso ligamento é de água pluvial. Quando chove, coletamos a água, que fica estocada dentro de um reservatório que manda água lá pra cima. Não desperdiçamos água e temos aqui um biodigestor, a água sai, circula e passa por um tratamento”.

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“Tendo experimentado o despertar espiritual, como resultado destes passos, procuramos levar esta mensagem a outros adictos e praticar estes princípios em todas as nossas alternativas.” O décimo segundo e último passo. “Eu contei que os que saíram daqui procuram ajudar, pois eu também tento. Eu faço trabalhos com prótese e ajudo a devolver a autoestima às pessoas que vivem aqui comigo. O cara que usa droga tem a autoestima muito baixa, procurar aju-dar é fundamental. A sociedade tem um preconceito com dependentes químicos e o orgulho prejudica, mas a vergonha maior é continuar usando, roubando dinhei-ro de família para comprar drogas. Esse dinheiro é para o sustento deles e, quan-do eu sair, meu trabalho com prótese vai ser o meu sustento” relata o monitor.

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Capítulo dois

O Cuidador, a família e uma segunda chance.

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O Cuidador trabalhava alimentando os porcos, mas parou um pouco e con-tou sua história. Nasceu em São Lourenço, trabalhava na roça, mas se envolveu com tráfico de drogas. “Eu roubava e trabalhava, mas não tinha condição de mânter o tanto que usava”. O que aconteceu antes, as coisas que levaram o Cuida-dor a trocar sua antiga vida pelas drogas pertence somente a ele, mas se mostrava grato por poder trabalhar novamente com a terra após ter vivido tanta coisa. “Pas-sei a vender carga de droga e fazer o que o traficante queria para poder obter a quantidade de droga que eu usava, prejudiquei muita gente nesse momento da minha vida, e quero poder reparar os erros”.

Mostrou com orgulho as plantações que cuidava, o chiqueiro dos porcos, apontou para o galinheiro que ficava no topo de um pequeno morro. Não era muito de falar, estava prestes a voltar para a vida em sociedade e parecia feliz com sua recuperação. “Quando eu vim pra cá, já faz tempo, não queria vir, não aceitava que a droga me prejudicava. Minha família me dopou e eu vim contra minha von-tade. Só notei que estava internado três dia depois e quis ir embora, mas resolvi ficar graças ao aconselhamento daqui. Eu não acreditava que teria uma nova chance, queria fugir, mas as pessoas daqui resolveram me dar uma chance, o que me faltava era aceitar que todos podem ter outra chance”. Quando falava sobre sua família, sobre seus irmãos e filhos que decidiram ajudá-lo, desviava o olhar como se estivesse grato e ao mesmo tempo sentisse culpa. O Cuidador mostrava perseverança e, apesar das poucas palavras , era nítido que ele tinha consciência de ter tomado a decisão certa e não ter desistido, por ter tido uma oportunidade. “É uma luta diária. O tratamento foi difícil, eu só tenho a agradecer a instituição. Estou prestes a sair, tive a oportunidade de trabalhar com o que eu realmente gosto. Graças a Deus acredito que estou pronto para recomeçar, para reparar meus erros”.

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O Cuidador é um grande exemplo de como uma chance pode mudar a vida das pessoas. Ele se sente grato por sua família ter olhado para ele em um momento que precisava, mas sem uma instituição como a Acrenoc, levando em considera-ção toda a crise que a abstinência traz, nada disso seria possível. Os dozes passos foram presentes na vida do Cuidador e devolveram a ele a esperança para continu-ar trabalhando, para se entusiasmar com sua saída e o ensinou a não desistir dele mesmo, pois todos merecem uma segunda chance.”

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Capítulo três

A lavanderia, o Hippie e o Artesão.

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O Cuidador continuou com seu trabalho e o Monitor caminhou até chegar à nova lavanderia, construída pelos próprios moradores da Acrenoc. Apesar de serem pacientes, ainda podem exercer suas antigas profissões e podem aprender outras novas. Lá estavam o Hippie e o Artesão ouvindo música enquanto traba-lhavam. “Eu era dependente químico e cheguei a um ponto que não podia mais criar” - contou o Hippie, vulgo 22, mostrando seus trabalhos artesanais enquanto o Artesão continuava a fazer sua rede. “Eu conheço o Brasil inteiro, talvez até mais, eu viajava e usava droga para criar e um dia ela me impediu de criar. Isso foi um choque muito grande pra mim porque eu cresci nas viagens e minha vida era criar, eu me achava esperto, mas estava extremamente triste e dependente”.

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“Todo meu dinheiro ia para a droga, eu não trabalhava mais para mim, eu trabalhava para a droga. Minha vida é aprender e a droga não atinge só no cor-po, ele te fere no pensamento, ela machuca sua alma. Ela confunde seu espirito e o meu espirito é da estrada”. O Hippie estava prestes a terminar seu tratamento, estava ansioso para voltar para suas viagens. “Eu vim para cá fazer uma pausa, pois eu precisava, mas foi difícil me convencer a isso, logo vou sair e seguir mi-nha vida. Já falei para vocês que minha vida é aprender e repito: o dia em que eu não puder mais aprender minha vida perderá o sentido e aqui foi um dos lugares em que eu mais aprendi. Aqui é um lugar que sou grato e pretendo ajudar quando voltar pra cá depois da minha próxima viagem, mas não como paciente, vou vol-tar como amigo para ajudar”.

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O Hippie é cristão, mas não católico. A religião para ele é algo que vai além de qualquer instituição, ela está em tudo, e esse pensamento é a essência do seu espírito de viagem que está sempre buscando aprender. “Eu sigo o caminho de Cristo, sigo seus ensi-namentos e por isso sou cristão. Acredito que isso seja liberdade e a religião foi algo que me fez chegar aqui e procurar ajuda para meu problema. Já falei como sou grato as pessoas daqui? Se falei não tem problema, pois é a mais pura verdade. A verdadeira verdade é a gratidão, nada metafísico, e quando você está feliz por estar em um lugar independente das coisas que você passou e acredita, esse é o respeito e a felicidade juntos em um lugar só. E veja só, aqui eu posso criar. Estes são meus trabalhos”.

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Outros moradores lavavam suas roupas na lavanderia e do lado do Hippie o Artesão trabalhava em sua rede de pesca. Ele também contou um pouco sobre sua história e reflexões. “Eu fiquei vários anos preso, minha primeira prisão foi em 1998, sai em 2000, arrumei uma mulher e tive uma filha, mas acabei voltando para o crime. Depois que ela terminou comigo eu voltei a roubar e comecei a usar drogas, eu saia da cadeia e bebia, usava droga e não voltava. Eu regredia e sempre voltava para o fundo do poço. Perdi o direito a condicional, a cadeia superlotou e eu entrei em deses-pero, tinha começado a usar drogas dentro da cadeia e eu não via nenhuma saída”.

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“Aproveitei uma oportunidade, conversei com o agente e fui à secretária, arrumei uma papelada para me internar e estou aqui há dez meses, quero pedir para ficar mais. Quando entrei aqui eu abandonei tudo que me prejudicava”. A ida do Artesão a Acrenoc literalmente salvou sua vida. Talvez as palavras não expressem a gratidão que ele sentia por ter tido a oportunidade de viver na institui-ção. “Ser livre não é só ser livre da cadeia, é ser livre da maldade, do vício, é ser livre de tudo que te prejudica, esse é meu alvo agora. O que eu acredito e aprendi aqui quero levar pra minha nova vida, seguir bíblia e o exemplo de Jesus. Sou sujeito a falhar, mas vou continuar”.

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“A felicidade vem de dentro”, o Artesão contou. “Eu usei droga e bebi por curiosidade e acabei com minha vida, eu não queria aquilo, eu usava e me sentia péssimo. Já fui desonesto, pratiquei estelionato, furtei veículos e fiz o mal para o próximo, tenho vergonha e me arrependo, mas agora eu vivo o contrário da vida que levava. Tudo de mal que eu fiz agora quero fazer para o bem. O que fui no passado me arrependo e o arrependimento é o perdão que recebi de Deus. Todo o dano que eu causei já aconteceu, mas é minha obrigação reparar meus erros. E como eu repa-ro esses erros? Fazendo o bem. Ficar internado não é fácil, mas preciso renunciar minha vontade, pois foram minhas vontades que me levaram para onde eu estava. Na cadeia eu só sofria e sofria pela droga. Aqui na Acrenoc eu estou novo, tenho um pensamento novo e a felicidade está me encontrando mais uma vez”.

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Epílogo

Novos caminhos.

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A Acrenoc é um mundo de história. Há ensinamentos, segundas chances e muitas lições de vida. Os portões são abertos para todos e lá as coisas acontecem de modo organizado, tudo feito com muito cuidado e amor ao próximo. Nada falta, vimos que as pessoas estão felizes, mas isso não significa que eles não precisem de ajuda.

A Acrenoc é uma instituição voluntária e quando você a conhecer só restarão elogios. O trabalho deles não se resume ao Monitor, ao Cuidador, o Hippie e o Artesão, eles são pes-soas que viveram por lá, tiveram sua vida transformada e receberam novos sonhos e, assim como eles, outros entrarão em seus lugares, outros que terão a oportunidade de pegar na mão que a Acrenoc estende a todos. Muitos precisarão dessa ajuda e os quatro protagonis-tas dessa história não serão os únicos que levarão para a vida tudo o que viveram por lá.

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As histórias de lá são únicas e há dezenas lá dentro. Com a ajuda de todos, elas se tornarão centenas e quem sabe milhares. A situação do dependente químico é um problema social, pessoal e político. Acreditamos que uma visão individu-al do problema traga uma nova forma de reflexão. Felizmente existem pessoas dispostas a ajudar, pessoas certas que, com muito amor e dedicação, conseguem mudar a vida de muitos que precisam.

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Você pode contribuir para a instituição através do site: www.acrenoc.com.br. Há um escritório na cidade de Varginha na Avenida José Justiniano dos Reis, 1135, Bairro Sion. Os telefones para contato são (35) 3271 1689 e 8859 1050. Sabemos que palavras jamais serão capazes de descrever toda a energia e humilda-de que circunda a Acrenoc, porém conhecer um lugar tão brilhante, com pessoas tão unidas buscando por um mesmo propósito, é algo que somente a experiência poderá nos mostrar.

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As histórias são únicas e aqui estão o Monitor, o Cuidador, o Hippie, o Artesão e a Associação Comunitária de Recuperação Novo Caminho, a Acren-oc. Uma instituição voluntária que reabilita dependentes químicos para uma nova chance na vida em sociedade.

Quatro pessoas que tiveram suas vidas transformadas transmitem uma visão pessoal da caminhada que é a reabilitação. A situação do dependente quím-ico é um problema social, pessoal e político. Acreditamos que uma visão individ-ual do problema traga uma nova forma de reflexão. Existem pessoas dispostas a ajudar, pessoas certas que, com muito amor e dedicação, conseguem mudar a vida de muitos que precisam.

Sabemos que palavras jamais serão capazes de descrever toda a energia e humildade que circundam a Acrenoc e os portões da instituição são abertos a todos que queiram visitar, contribuir e conhecer outras histórias de superação.