13 FamíLia 395 10 Set04

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13-O MISTÉRIO DA FAMÍLIA-10/Setembro/2004 Emocionado, assisti a mais uma vitória consagradora de um time representando nosso querido País: o selecionado de voleibal! E, novamente, veio à baila, o valor da união de um grupo. Disse “novamente, porque a última vez que fiz artigo semelhante, foi justamente após a vitória da “Família Scollari”, quando da Copa de Mundo de 2002. E eis que a “Família Bernardinho” repete o feito! Assim, o resultado do trabalho feito por qualquer grupo – de consangüíneos, ou não - de pessoas que se gostam, só pode ser positivo. Não há outro caminho! Por quê? Que mistério seria este que faz da instituição “Família”, a mais forte de todas que o ser humano já constituiu? Almas afins (mesmo em personalidades distintas) que agem juntas, redundam no sucesso certo. Em síntese: vencem em uníssono! Em outras palavras, a força que emana de uma família ainda continua sendo um mistério. Pudera todo mundo saber desvendar esse poder supremo! Infelizmente, não é assim que acontece (principalmente nos países do hemisfério norte, onde a desagregação familiar ocorre prematuramente)... Certamente, não vive bem, de acordo com os ditames da natureza humana, aquele que estiver à margem do seu seio familiar. Das duas, uma: ou está em conflito mental, ou a solidão lhe apraz. Mas, será que alguém gosta de viver sozinho? Será que uma pessoa, em sã consciência, dispensaria o apoio daqueles com que conviveu desde o nascimento? Pode ser, mas é certo, também, que tal omissão um dia vai ser sentida, porque ninguém consegue viver por si só. A família é necessária para a sobrevivência. Somente dessa forma é que os embates da vida tornar-se-ão mais amenos. É missão do indivíduo que se preza, estar bem- ajustado na sua longa cadeia de gerações, ora atrelado à sua família e ora em busca de uma família. Sabemos que a vida no universo é um evento interacional de elevada complexidade. Os laços familiares podem ser mais ou menos fortes, dependendo do grau de sinceridade de seus integrantes. Nesse meio, podemos falar abertamente sobre os nossos problemas, nossos anseios e nossos intermináveis desafios que surgem durante nossa existência terrena. Assim procedemos, porque obteremos

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13-O MISTÉRIO DA FAMÍLIA-10/Setembro/2004Emocionado, assisti a mais uma vitória consagradora de um time representando nosso querido País: o selecionado de voleibal! E, novamente, veio à baila, o valor da união de um grupo. Disse “novamente, porque a última vez que fiz artigo semelhante, foi justamente após a vitória da “Família Scollari”, quando da Copa de Mundo de 2002. E eis que a “Família Bernardinho” repete o feito! Assim, o resultado do trabalho feito por qualquer grupo – de consangüíneos, ou não - de pessoas que se gostam, só pode ser positivo. Não há outro caminho! Por quê? Que mistério seria este que faz da instituição “Família”, a mais forte de todas que o ser humano já constituiu? Almas afins (mesmo em personalidades distintas) que agem juntas, redundam no sucesso certo. Em síntese: vencem em uníssono! Em outras palavras, a força que emana de uma família ainda continua sendo um mistério. Pudera todo mundo saber desvendar esse poder supremo! Infelizmente, não é assim que acontece (principalmente nos países do hemisfério norte, onde a desagregação familiar ocorre prematuramente)... Certamente, não vive bem, de acordo com os ditames da natureza humana, aquele que estiver à margem do seu seio familiar. Das duas, uma: ou está em conflito mental, ou a solidão lhe apraz. Mas, será que alguém gosta de viver sozinho?Será que uma pessoa, em sã consciência, dispensaria o apoio daqueles com que conviveu desde o nascimento? Pode ser, mas é certo, também, que tal omissão um dia vai ser sentida, porque ninguém consegue viver por si só. A família é necessária para a sobrevivência. Somente dessa forma é que os embates da vida tornar-se-ão mais amenos. É missão do indivíduo que se preza, estar bem-ajustado na sua longa cadeia de gerações, ora atrelado à sua família e ora em busca de uma família. Sabemos que a vida no universo é um evento interacional de elevada complexidade. Os laços familiares podem ser mais ou menos fortes, dependendo do grau de sinceridade de seus integrantes. Nesse meio, podemos falar abertamente sobre os nossos problemas, nossos anseios e nossos intermináveis desafios que surgem durante nossa existência terrena. Assim procedemos, porque obteremos o apoio desejado e necessitado. O “barco da vida” carrega a família. A tormenta fortuita não afetará um só, mas a todos. É quando sobressai a força do grupo que advém da força de cada um.O timoneiro desse barco, quase sempre, será o pai ou a mãe. São eles que abrem as trilhas, os atalhos e traçam os caminhos para que vivamos com alegria e destemor. Uma posição natural e permanente. São justamente as atitudes dos pais que nortearão os filhos e seus descendentes. Por isso, na sua falta, há de sobreviver o exemplo. Do contrário, o elo será rompido, gerando a quebra da corrente familiar, difícil de ser reconstituída, não impossível.Esse desequilíbrio, gerado pela perda do pai, ou da mãe, tem que ser temporário, a fim de evitar o indesejado. Nesse momento infeliz, é que surgirão os filhos mais susceptíveis de assimilar os ensinamentos dos que se foram. São eles que devem assumir o controle. A manutenção do espírito de solidariedade entre os familiares é vital para a sobrevivência da família. Dessa forma, poderemos explicar o mistério que mantém uma família forte e coesa, incólume às decepções e impávida até nas vitórias. Eis a fórmula ideal!Em suma, a família bem estruturada e bem formada, ensina a todos os seus componentes a usar seus recursos internos, bem como suas energias, direcionando-as da melhor forma possível para encarar e contornar desde uma simples tarefa de dever de casa, até a entrevista para o primeiro emprego. São essas famílias constituídas por pais e avós acolhedores e sábios que preservam os velhos e tradicionais hábitos de férias familiares, encontros em festas, reuniões e até em momentos ruins, que permitirão uma participação ativa nas conquistas e nas dores que atingem a cada um e a todos. “Sentimento de família” é, pois, o mistério que todos temos de descobrir para viver de bem com a vida!