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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSO DE ENFERMAGEM DISCIPLINA: FITOTERAPIA PROF.ª DANIELLA KOCH DE CARVALHO NOÇÕES BÁSICAS DE TOXICOLOGIA DE PLANTAS

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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA

CURSO DE ENFERMAGEM

DISCIPLINA: FITOTERAPIA

PROF.ª DANIELLA KOCH DE CARVALHO

NOÇÕES BÁSICAS DE

TOXICOLOGIA DE PLANTAS

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Em princípio, todas as plantas medicinais são tóxicas, o que

vai determinar se terão efeito de remédio ou veneno é a

quantidade ingerida.

O perigo está na facilidade de manipulação, já que estas

plantas são encontradas em jardins e quintais, vasos

ornamentais e terrenos baldios.

Existe também muitas plantas extremamente tóxicas e que

se parecem com plantas que possuem propriedades

medicinais, portanto, é muito importante saber distinguir

umas das outras.

- Fitoterapia -

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O fato da planta ser utilizada há muito tempo popularmente

não descarta a possibilidade de ações tóxicas.

Os princípios ativos devem ser considerados. Se uma planta

possui componentes capazes de produzir efeitos

terapêuticos, podem conter, também, componentes tóxicos.

Os princípios ativos que provocam reações tóxicas no

organismo são alcalóides que estão presentes em 10 a 15%

das plantas conhecidas e atuam no sistema nervoso central

e os glicosídeos cardiotônicos onde sua absorção ocorre de

forma cumulativa, utilizados em problemas cardíacas.

- Fitoterapia -

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PREVENÇÃO DE ACIDENTES POR PLANTAS TÓXICAS:

• Procurar conhecer plantas tóxicas da região.

• Não ingerir plantas selvagens, se não temos a certeza de que não são

prejudiciais.

• Não tomar remédios caseiros com plantas de identidade e propriedades

desconhecidas.

• Ter cuidado especial na escolha de plantas ornamentais, para ambiente

doméstico, principalmente quando houver crianças.

• Lembrar que nem sempre o aquecimento ou cozimento destroem a

substância tóxica.

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CUIDADOS NO CASO DE ACIDENTES COM PLANTAS

•Eliminar o material nocivo do corpo o quanto antes. Proceder ao

esvaziamento gástrico. Fazer a pessoa vomitar;

• Ingerir bastante água;

• Colocar o paciente em posição adequada, para evitar a aspiração do

material vomitado.(DL)

• Se aconteceu contato com látex, lavar com bastante água;

• Em caso de irritação dos olhos, lavar estes órgãos com água corrente;

• Providenciar socorro médico o mais breve possível, tendo-se o cuidado

de levar junto com o paciente o material responsável pela intoxicação.

- Fitoterapia -

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COMIGO-NINGUÉM–PODE

Dieffenbachia picta (Lodd.) Schott. (Araceae)

Originária da América Tropical. Apresenta

cristais de oxalato de cálcio, na forma de

agulhas, denominados ráfides.

O contato de forma direta ou indireta pode

provocar severa irritação da pele ou

inflamação, acompanhada de edema e fortes

dores, que podem durar algumas semanas.

Os sintomas se desenvolvem rapidamente,

ocorrendo irritação com sensação de

queimadura, salivação intensa, edema dos

lábios, língua e garganta, podendo dificultar ou

impedir a fala e causar distúrbios respiratórios.

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COROA-DE-CRISTO

Euphorbia millii Desmoul. ex Boiss.(Euphorbiaceae).

Originária da ilha de Madagascar. Apresenta diterpenos

denominados miliaminas, responsáveis pela ação irritante.

O contato com do látex com a pele e mucosas, pode

causar sérias irritações. As lesões caracterizam-se

inicialmente por edema e eritema, evoluindo para a

formação de vesículas e pústulas, normalmente

pruriginosas e doloridas.

O contato do látex ou dos dedos contaminados com os

olhos pode provocar conjuntivite e, em casos mais graves,

cegueira temporária.

A ingestão provoca gastrenterite severa com forte diarréia e

vômitos, há dilatação da pupila, tontura, delírio com

convulsão e colapso circulatório.

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FLOR-DE-PAPAGAIO

Euphorbia pulcherrima Willd. ex Klotzsch.

(Euphorbiaceae).

Originária do México.

Apresenta ésteres diterpênicos de ação

irritante. O contato do látex com a pele pode

provocar reação semelhante a coroa-de-

cristo, e a ingestão de partes do vegetal

pode causar lesões graves.

Em alguns locais, porém a ingestão do

vegetal não desenvolveu sintomas graves

de intoxicação, apenas sintomas leves como

vômito e diarréia.

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MAMONA

Ricinus communis L. (Euphorbiaceae).

Originária da África.

As sementes apresentam uma substância

altamente tóxica, denominada ricina, de estrutura

glicoprotéica.

Outro componente tóxico, presente nas folhas é a

ricinina, de natureza alcaloídica. Também

apresenta glicoproteínas de ação alergizante.

O óleo de mamona tem emprego industrial. É

usado em alguns medicamentos como purgante,

eventualmente antes de procedimentos

radiológicos. O óleo não contém ricina.

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A intoxicação por ingestão das sementes caracteriza-se por vômito e

diarréia, evoluindo para gastrenterite sanguinolentas, cólicas violentas,

lesões renais, distúrbios neurológicos, letargia, apnéia e coma. A ingestão

de uma a seis sementes pode ser fatal para uma criança.

As manifestações alérgicas por inalação de resíduos de indústrias de

beneficiamento de mamona, caracterizam-se por distúrbios respiratórios,

coriza, asma brônquica, ou ainda, conjuntivite, dermatites e eczemas.

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ESPIRRADEIRA

Nerium oleander L. (Apocynaceae).

Oriunda da Região do

Mediterrâneo.

Toda planta é tóxica. Provoca

náusea, vômitos, cólicas, diarréia e

alterações cardíacas.

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AVELOZ:

Euphorbia entheurodoxa L.

Este vegetal oferece perigo pois

produz um suco leitoso e cáustico,

qualquer ramo partido gera uma

efusão rápida que por atuação de

contato provoca queimaduras e pode

causar cegueira.

Devido a um pó branco de que é

revestido o aveloz faz caírem pelos

dos animais que nele se encostam,

exigindo portanto precauções das

pessoas ao lidarem com a planta.

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CICUTA:

Conium maculatum L.

Tornou-se famosa, pois antigamente era

com esta planta que os governos

ordenavam o envenenamento e morte dos

condenados pela ingestão da cicuta.

Contém um princípio ativo cicutina ou cicuta,

narcótico, que produz várias perturbações

orgânicas, causando paralisia progressiva

começando pelos membros inferiores e

atingindo os músculos respiratórios, para

finalmente ocasionar a morte por asfixia.

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NOZ-VÔMICA:

Strychnos nux-vomica L.,

Contêm substâncias alcalóides tóxicas a

estricnina e a brucina.

Seus sintomas são: sensação de

ansiedade e angústia com dificuldade

respiratória, grande aversão a luz, aos

ruídos e aos contatos, acompanhados de

leves tremores musculares, acesso

convulsivo, o tronco se imobiliza e

enfraquece, os membros se contraem com

violência os punhos se fecham e as

mandíbulas se apertam.

Os músculos respiratórios tornam-se

imóveis pela contração e começa a asfixia,

tornando-se cianótico, o pulso se torna

rápido e as pupilas se dilatam, entretanto

em coma, esse quadro se repete em

acessos de crises.

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CELIDÔNIA:

Chelidonium majus M.

Esta planta dá um suco pegajoso e cáustico,

amarelo.

É narcótica e deve ser usada com a máxima

prudência pois possui alcalóides cuja ação

similar aquela do ópio, causando

degeneração das células nervosas, é

receitado para emagrecer determinando

graves problemas neurológicos com

acentuada perda de visão.

Referência: Apostila do Curso de Especialização em Plantas Medicinais. Faculdade

Bagozzi. 2008. material não publicado.