1ª Feira de Emprego de Santarém

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emprego 1 ª feira de 18 e 19 de Junho Santarém - Cnema WORKSHOPS CONFERÊNCIAS OFERTAS DE EMPREGOS CONTACTOS PROFISSIONAIS Quando o “Canudo” deixa de ser uma garantia… Florinda Matos (*) As mudanças nos sistemas económicos tra- duziram-se, na última década, em alterações significativas no mercado de trabalho. Enquanto no passado ter um diploma era sinónimo de ter um emprego, hoje, Portugal tem mais de quarenta mil licenciados desem- pregados, que perguntam para que serve o “canudo”, se ninguém o valoriza? Na verdade, muitas têm sido as tentativas de estabelecer uma relação entre o ensino, a empregabilidade e o impacto nas actividades económicas. São vários os estudos que reve- lam que a obtenção de um grau de ensino su- perior é factor determinante na entrada no mercado de trabalho. Por outro lado, sendo o principal empregador, o sector privado, veri- fica-se que, cada vez mais, este sector exerce influência sobre o perfil dos diplomados. São ainda bastante evidentes indicadores que re- lacionam as áreas de formação dos diploma- dos com as oportunidades de emprego. Existe uma convicção que cada vez mais os diplomados têm que ter atitudes flexíveis e conhecimentos em várias áreas de estudo, por isso se fala num ensino multidisciplinar, todavia também é certo que as empresas con- sideram que os diplomados, regra geral, não estão preparados para a resolução de proble- mas no contexto de trabalho. Diz-se que estes diplomados são demasiado formatados pela teoria, tendo pouca prática na resolução dos problemas organizacionais. Verifica-se assim que, muitas vezes, o foco nas competências cruzadas e na flexibilidade do diplomado, subvalorizam as competências profissionais, nomeadamente em áreas onde a especialização é menos determinante. Este panorama reflecte-se nas instituições de ensino superior. Embora oficialmente isso não seja reconhecido, é geralmente aceite que existem organizações com estatuto e prestí- gio mais acentuado que outras e o próprio mercado do emprego estimula as diferen- ças de qualidade e de reputação de algumas instituições ao preferir umas em detrimento das outras. As diferenças entre Politécnicos e Univer- sidades, que têm gerado algumas quezílias no ensino superior nacional, não são bem evidentes em alguns países, por exemplo, os empresários ingleses têm preferência pelos diplomados do ensino Politécnico, mas já na Alemanha verifica-se uma maior preferência pelos diplomados das Universidades. Várias pesquisas apontam para o facto de os empre- gadores valorizarem os seguintes aspectos: reputação das Instituições de ensino supe- rior; experiência profissional, ainda que no decorrer do percurso académico; treino na capacidade de resolução de problemas; ca- pacidade empreendedora; capacidade de co- municação; capacidade de cooperação e de trabalho em equipa, capacidade de trabalho em contextos de pressão. Neste ambiente, surgiu, o Processo de Bo- lonha que permitiu a abertura do sistema de ensino superior a novos públicos e ao desen- volvimento do ensino da educação pós se- cundária. Esta situação permitiu um aumen- to de cerca de 40% de novas inscrições no ensino superior, nos últimos cinco anos e o crescimento e a consolidação do sistema de ensino Politécnico. É neste cenário, altamente competitivo e cheio de incertezas que muitos dos nossos diplomados têm que procurar trabalho, será por isso importante que as instituições de en- sino superior, para além de lhe darem com- petências profissionais os ensinem a compe- tir neste novo paradigma, onde os negócios empresariais são completamente distintos dos de outrora. Hoje o mercado de trabalho é inserido num contexto de maior autonomia, onde as habili- dades dos indivíduos, geridas como talentos, permitem a antecipação à mudança e portan- to, a competitividade empresarial num mer- cado cada vez mais global. (*) Docente /Investigadora Consultora PMEConsult [email protected] Vá à Feira do Emprego de transportes públicos A Rodoviária do Tejo disponibilizou seis carreiras de autocarro para esta 1ª Feira do Emprego em Santarém, com circulação entre a Gare da Rodoviária do Tejo e o CNEMA. Com os seguintes horários: Dia 18, Manhã – partidas da Gare da Rodoviária para o CNEMA às 10h30 e às 11h00. Tarde – partidas da Gare da Rodoviária para o CNE- MA às 14h00 e às 15h00. Dia 19, Manhã – partidas da Gare da Rodoviária para o CNEMA às 10h30 e às 11h00. Nota importante: A carreira regular entre a cidade e o Retail Park, jun- to ao Cnema, serve também de apoio de transporte para a Feira, com carreiras de hora a hora, entre as 8h00 e as 23h00. O Jornal O Ribatejo e a PME Consult são os organizadores desta 1ª Feira de Emprego em Santarém, que tem lugar nos dias 18 e 19 de Junho, no Centro Nacional de Exposições (CNEMA). Um even- to inédito na região, com a presença de mais de duas dezenas de expositores, entre instituições e empresas que nos trazem ofer- tas variadas, quase uma dezena de workshops, duas conferências, tudo a pensar na criação de emprego e na qualificação dos nossos jovens e desempregados à procura de novas oportunidades. As entradas na Feira e as inscrições para participação nos workshops são gratuitas. Façam o favor de entrar.

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O Jornal O Ribatejo e a PMEConsult organizam, nos dias 18 e 19 de Junho, a 1ª Feira de Emprego, no Centro Nacional de Exposições (CNEMA) em Santarém. As entradas na Feira e inscrições nos workshops e conferências são gratuitas.

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emprego1ªfeirade 18 e 19 de Junho

Santarém - CnemaWORKSHOPSCONFERÊNCIASOFERTAS DE EMPREGOSCONTACTOS PROFISSIONAIS

Quando o “Canudo” deixa de ser uma garantia…

Florinda Matos (*)

As mudanças nos sistemas económicos tra-duziram-se, na última década, em alterações significativas no mercado de trabalho.

Enquanto no passado ter um diploma era sinónimo de ter um emprego, hoje, Portugal tem mais de quarenta mil licenciados desem-pregados, que perguntam para que serve o “canudo”, se ninguém o valoriza?

Na verdade, muitas têm sido as tentativas de estabelecer uma relação entre o ensino, a empregabilidade e o impacto nas actividades económicas. São vários os estudos que reve-lam que a obtenção de um grau de ensino su-perior é factor determinante na entrada no mercado de trabalho. Por outro lado, sendo o principal empregador, o sector privado, veri-fica-se que, cada vez mais, este sector exerce influência sobre o perfil dos diplomados. São ainda bastante evidentes indicadores que re-lacionam as áreas de formação dos diploma-dos com as oportunidades de emprego.

Existe uma convicção que cada vez mais os diplomados têm que ter atitudes flexíveis e conhecimentos em várias áreas de estudo, por isso se fala num ensino multidisciplinar, todavia também é certo que as empresas con-sideram que os diplomados, regra geral, não estão preparados para a resolução de proble-mas no contexto de trabalho. Diz-se que estes diplomados são demasiado formatados pela teoria, tendo pouca prática na resolução dos problemas organizacionais.

Verifica-se assim que, muitas vezes, o foco nas competências cruzadas e na flexibilidade do diplomado, subvalorizam as competências profissionais, nomeadamente em áreas onde a especialização é menos determinante.

Este panorama reflecte-se nas instituições de ensino superior. Embora oficialmente isso não seja reconhecido, é geralmente aceite que existem organizações com estatuto e prestí-gio mais acentuado que outras e o próprio mercado do emprego estimula as diferen-ças de qualidade e de reputação de algumas instituições ao preferir umas em detrimento das outras.

As diferenças entre Politécnicos e Univer-sidades, que têm gerado algumas quezílias no ensino superior nacional, não são bem evidentes em alguns países, por exemplo, os empresários ingleses têm preferência pelos diplomados do ensino Politécnico, mas já na Alemanha verifica-se uma maior preferência pelos diplomados das Universidades. Várias pesquisas apontam para o facto de os empre-

gadores valorizarem os seguintes aspectos: reputação das Instituições de ensino supe-rior; experiência profissional, ainda que no decorrer do percurso académico; treino na capacidade de resolução de problemas; ca-pacidade empreendedora; capacidade de co-municação; capacidade de cooperação e de trabalho em equipa, capacidade de trabalho em contextos de pressão.

Neste ambiente, surgiu, o Processo de Bo-lonha que permitiu a abertura do sistema de ensino superior a novos públicos e ao desen-volvimento do ensino da educação pós se-cundária. Esta situação permitiu um aumen-to de cerca de 40% de novas inscrições no ensino superior, nos últimos cinco anos e o crescimento e a consolidação do sistema de ensino Politécnico.

É neste cenário, altamente competitivo e cheio de incertezas que muitos dos nossos diplomados têm que procurar trabalho, será por isso importante que as instituições de en-sino superior, para além de lhe darem com-petências profissionais os ensinem a compe-tir neste novo paradigma, onde os negócios empresariais são completamente distintos dos de outrora.

Hoje o mercado de trabalho é inserido num contexto de maior autonomia, onde as habili-dades dos indivíduos, geridas como talentos, permitem a antecipação à mudança e portan-to, a competitividade empresarial num mer-cado cada vez mais global.

(*) Docente /InvestigadoraConsultora PMEConsult

[email protected]

Vá à Feira do Emprego de transportes públicosA Rodoviária do Tejo disponibilizou seis carreiras de autocarro para esta 1ª Feira do Emprego em Santarém, com circulação entre a Gare da Rodoviária do Tejo e o CNEMA. Com os seguintes horários: Dia 18, Manhã – partidas da Gare da Rodoviária para o CNEMA às 10h30 e às 11h00. Tarde – partidas da Gare da Rodoviária para o CNE-MA às 14h00 e às 15h00.Dia 19, Manhã – partidas da Gare da Rodoviária para o CNEMA às 10h30 e às 11h00. Nota importante: A carreira regular entre a cidade e o Retail Park, jun-to ao Cnema, serve também de apoio de transporte para a Feira, com carreiras de hora a hora, entre as 8h00 e as 23h00.

O Jornal O Ribatejo e a PME Consult são os organizadores desta 1ª Feira de Emprego em Santarém, que tem lugar nos dias 18 e 19 de Junho, no Centro Nacional de Exposições (CNEMA). Um even-to inédito na região, com a presença de mais de duas dezenas de expositores, entre instituições e empresas que nos trazem ofer-tas variadas, quase uma dezena de workshops, duas conferências, tudo a pensar na criação de emprego e na qualificação dos nossos jovens e desempregados à procura de novas oportunidades. As entradas na Feira e as inscrições para participação nos workshops são gratuitas. Façam o favor de entrar.

Ensino Superior:• Ins tuto Politécnico de Santarém• Ins tuto Politécnico de Tomar• Ins tuto Politécnico de Leiria• ISLA Santarém

Ins tu ções:• EFP• Nersant• Município de Santarém• Município do Cartaxo• Exército Português • Força Aérea Portuguesa• PSP• Fajudis

Escolas Profi ssionais:• Escola Prof. Rural de Abrantes• Escola Prof. de Hotelaria e Turismo de Santarém• Escola Profi ssional Vale Tejo • Escola Profi ssional de Salvaterra de Magos• Escola Profi ssional de Coruche• CENFIM

Empresas:• E-Leclerc• Império Bonança • Fidelidade Mundial• Bonduelle• Temperiribatejo

Empresas Trabalho Temporário• Go Work • Talenter• EGOR

Dia 18 de Junho11h00 – “Ensino, Emprego e Empreendedorismo”

Oradores:Dr. José Eduardo Carvalho – Presidente da NersantDr.ª Maria Salomé Rafael – Presidente Administração Esc. Prof. Vale do Tejo Prof. Hélder Pereira – Escola Sup. de Gestão do Ins tuto Politécnico de SantarémProf. Valter Vairinhos – Director do ISLA de SantarémDr. Miguel Pinto dos Santos – Director da Escola Sup. de Tecnologia de Abrantes

Moderadora: Dr.ª Florinda Matos - Doc. Universitária, Inves gadora e Consultora PMEConsult.

Dia 18 de Junho15h30 – “Gestão de Talentos e Compe vidade Empresarial”

Oradores: Dr. Alexandre Rosa – Vice-Presidente do IEFP Prof. Albino Lopes – Professor UniversitárioDr. Joaquim Paulo Conceição – CEO do Grupo Lena Dr. António Bob dos Santos – em representação do Secr. Est. da Energia e Inovação

Moderadora: Dr.ª Florinda Matos - Doc. Universitária, Inves gadora e Consultora PMEConsult

WORKSHOPS

CONFERÊNCIAS

EXPOSITORESWORKSHOP I

Dia 18: 11h00 - 17h00Dia 19: 12h00

O CV perfeito para o anúncio certoRosa Silva – EGORDuração: 45 minutos

WORKSHOP IIDia 18: 12h00 - 16h00Dia 19: 13h00

Como preparar uma entrevista de EmpregoHelena Ribeiro – Go WorkDuração: 45 minutos

WORKSHOP IIIDia 18:11h00

Como criar o seu próprio emprego – as opções disponíveis Pedro Félix - NERSANTDuração: 45 minutos

WORKSHOP IVDia 18:15h00

Voluntariado Nacional e Europeu - OportunidadesAna Cris na Garcia – Direcção Regional de Lisboa e Vale do Tejo do IPJ, I.P.Duração: 30 minutos

WORKSHOP VDia 18:12h0014h00

Como planear a carreira para garan r empregoGeorge e Devillet Lima – Escola Superior de Saúde de SantarémDuração: 45 minutos

WORKSHOP VIDia 18:15h00

Aprendizagem ao longo da VidaFilipa Mar nho – ISLADuração: 45 minutos

WORKSHOP VIIDia 19:11h00

Divulgação Exército PortuguêsExército Português Duração: 30 minutos

WORKSHOP VIIIDia 18: 17h00Dia 19: 11h00

Os Centros Novas Oportunidades – Portas de Entrada para a Qualifi caçãoMaria Manuel Asseiro Durão – CNOISLADuração: 45 minutos

WORKSHOP IXDia 18:16h00

Genes do empreendedor para a inovação! Atreva-se!Apresentando e debatendo a Inovação na óp ca empresarial e do seu criador – o empresário!Tiago Nascimento – C4G _Consultores de Gestão, Lda.Duração: 45 minutos

O Ribatejo18 | Junho | 2010

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“A variável desemprego é justificada sobretudo pela falta de crescimento económico”, diz-nos Francisco Madelino, presi-dente do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP). E adianta: “É importante que o país e a Europa se concentrem nisso. Desde o início da crise há mais de 15 milhões de desempregados na OCDE, 4 milhões na Europa. O que justifica os 560 mil desempre-gados em Portugal é a redução do crescimento económico.”

Sobre como estão a reagir hoje as empresas à crise, Francisco Ma-delino faz-nos a seguinte análise: “Os vários segmentos de mercado reagiram de forma diferente. Hou-ve empresas de trabalho intensivo que fecharam. Houve empresas que, face à incerteza, absorveram menos jovens e despediram mais pessoas acima dos 45 anos e com baixas qualificações, contratos a

prazo. São essas as duas variáveis principais de reacção do merca-do: entrarem menos jovens e des-pedirem os mais velhos e menos qualificados.

Mas a grande novidade desta crise foi no conjunto de empre-sas com boa produtividade e que vendiam a sectores competitivos, sobretudo no sector automóvel. Essas sofreram um impacto sig-nificativo.

Despediram mas recorreram também ao layoff com qualifica-ção profissional.”

O presidente do Instituto do Emprego e Formação Profissio-nal é peremptório: “A Europa não consegue reduzir o desemprego com um crescimento abaixo dos 2%. Portugal, como é mais de tra-balho intensivo, estava a conse-guir fazê-lo com 1% e tinha boas hipóteses de evoluir. Os estudos recentes – ainda de antes desta

crise da dívida – apontavam para que o regresso dos níveis de em-prego só aconteça em 2015 para os mais optimistas ou 2020, para os mais pessimistas. A recuperação

do emprego vai ser lenta, e se esta situação não se resolver será ain-da mais lenta. As políticas públi-cas não conseguirão aguentar isto indefinidamente.”

No ano passado, o IEFP garan-tiu 120 mil empregos a jovens. Francisco Madelino garante em 2010 o número de estágios não será inferior, até porque o princi-pal apoio é o Fundo Social Euro-peu. “O objectivo é chegar ao final do ano – e estou apenas a falar de políticas activas de emprego, não do subsídio de desempregado – abaixo das 150 mil pessoas, qual-quer coisa como 250 milhões de euros. Não é de esperar um cor-te nestas medidas, até porque há um efeito de alavancagem extre-mamente forte. Todos os anos en-tram 100 mil jovens no mercado de trabalho e estamos com nú-meros de estágios acima dos 40 mil. E isso é extremamente im-portante.”

Destes jovens, diz-nos o presi-dente do IEFP que cerca de 75% acabam por ficar onde estão a fa-zer estágio.

Recuperação vai ser lentaFrancisco Madelino ∑ Desemprego só tem solução com o crescimento económico

A Francisco Madelino, presidente do Instituto do Emprego e For-mação Profissional (IEFP)

O Ribatejo18 | Junho | 2010

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O Ribatejo18 | Junho | 2010

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O que procura num candidato a emprego?

JOSÉ EDUARDO CARVALHO, Presidente da Nersant O processo de recrutamento e selecção de colaboradores é um

dos aspectos de gestão a que a Nersant dá maior atenção. Um pro-cesso rigoroso de selecção é um factor determinante para a eficá-cia e eficiência de uma organização. A Nersant, há já muito tempo, definiu um perfil de personalidade e de competências para os seus colaboradores. São esses atributos e características que determi-nam o processo de selecção. A sua tramitação é a seguinte: análise curricular; avaliação psicotécnica (testes e prova de situação); en-trevista de selecção com psicólogas; e entrevista final de selecção, efectuada pela Direcção, com os três melhores candidatos.

Na Nersant não há “cunhas” nem tráfico de influências, nem se questiona a filiação partidária ou religiosa do colaborador.

Este processo rigoroso de selecção tem estado na base dos bons resultados do trabalho da Associação.

LUÍS SARAMAGO, Director de marketing da Renova

Para além da formação específica na área de trabalho à qual se candidata, procuramos pessoas com formação abran-gente. Queremos pessoas com mundo, com conhecimentos que não estejam confinados ao território português.

Procuramos também pessoas com sentido de responsa-bilidade, com capacidade de trabalho em grupo, com dispo-nibilidade, com ambição para superar objectivos e com de-dicação à empresa. Temos estado a admitir pessoas na área da engenharia e de chefias intermédias.

JOÃO FONSECA, director fabril da Unicer em Santarém

Iniciativa; Trabalho de equipa e Cooperação; Orien-tação para gerar e produzir resultados; Flexibilidade; e um grande focus no cliente são 5 competências que con-sideramos essenciais para um novo quadro que integra a equipa Unicer. Os processos de recrutamento na Unicer são compostos por diversas fases, que vão desde a identi-ficação das exigências da função e do perfil do candidato até à análise da equipa onde o futuro colaborador irá ser

inserido, passando pela definição do tipo de metodolo-gia a aplicar. Os processos podem ser desenvolvidos atra-vés de recrutamento interno ou externo. De referir que procuramos sempre privilegiar o recrutamento interno pois consideramos que na Empresa temos colaborado-res com elevado conhecimento técnico e da organização, assim como expectativas em termos de desenvolvimen-to de carreira.

Relativamente à metodologia, podemos recorrer a uma avaliação mais tradicional dos candidatos, através da utilização de testes de avaliação de perfil, opção esta utilizada na grande maioria dos casos, ou recorrer a em-presas de executive search, no caso de recrutamento de colaboradores com um nível de senioridade elevada ou que poderão vir a desempenhar funções de responsabi-lidade ao nível da gestão da empresa. Neste caso, os can-didatos são sujeitos a um teste de personalidade e a uma entrevista, havendo em simultâneo todo um trabalho de verificação do percurso profissional do candidato e de referências. Em ambos os casos os processos são condu-zidos pela Direcção de Pessoas e Comunicação, existin-do simultaneamente um envolvimento por parte da Di-recção que irá acolher o futuro colaborador.

ORLANDO FERREIRA, Rodoviária do Tejo Quando procuramos pessoas para fazer parte da nos-

sa empresa, valorizamos em primeiro lugar pessoas mo-tivadas e empenhadas, com facilidade no relacionamento interpessoal, com bom carácter, íntegras e com valores de respeito pelo próximo e pela sociedade. Estas caracterís-ticas são fulcrais para qualquer função, e é com elas que mais facilmente se podem desenvolver competências e alcançar o espírito de qualidade no serviço ao cliente que desejamos.

Satisfeitos estes requisitos estratégicos, procuramos então pessoas com competências técnicas específicas para cada função. Por exemplo, para a função Motoris-ta, para a qual efectuamos anualmente o maior número de admissões (40 a 50 homens e mulheres) procuramos pessoas habilitadas e com todas as competências técni-cas e comportamentais para conduzir veículos pesados de passageiros onde se inclui a formação específica para o Transporte Colectivo de Crianças. Sendo esta uma fun-ção muito específica, a maioria das competências técnicas são proporcionadas pela empresa, através da formação que leva a cabo na admissão e ao longo da sua permanên-cia na empresa.

No que se refere aos Quadros e Técnicos, a empresa tem vindo a proceder a um forte rejuvenescimento do seu efec-tivo com a admissão de vários jovens para as diversas áreas da empresa, independentemente da crise. Destas admis-sões, destacamos os jovens provenientes do Curso Técni-co de Gestão de Transportes, da Escola Profissional de Rio Maior, ministrado em parceria com a Rodoviária do Tejo.

Podemos ainda adiantar que na nossa empresa, tem vin-do a desenvolver o seu processo de admissões, enquadra-do num plano estratégico de gestão de Recursos Humanos com o objectivo de, a este nível, dotar-se das capacidades e competências necessárias à criação de valor e aos desa-fios e profundas mudanças que irão ocorrer no sector a médio prazo.

“ Mudança é a lei da vida. Aqueles que apenas olham para o passado ou para o presente, seguramente que irão passar ao lado do futuro.”

Colocámos a mesma questão a alguns dos maiores empregadores da região

O Ribatejo18 | Junho | 2010

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ALEXANDRE ALVES, RPP Solar No processo de selecção de futuros colaboradores,

a RPP Solar vai dar preferência a candidatos com as seguintes características pessoais e profissionais: elevado sentido de responsabilidade; aptidão para o trabalho em equipa; interesse na aprendizagem ao logo da vida; espírito de colaboração e entreajuda; percepção que, além de ter direitos, o colaborador irá ter deveres e regras a cumprir; foco na qualidade e na produtividade; sensibilidade para as questões da melhoria contínua; utilização dos equipamentos de segurança exigidos; disponibilidade para trabalhar em turnos rotativos diurnos ou nocturnos (funções industriais).

Vamos criar cerca de 1900 postos de trabalho e já em Julho, irão ser recrutados 670 colaboradores, sen-do que os restantes serão contratados ao longo das restantes fases, duas em 2010, outras duas em 2011 e em 2012. Estamos com alguma dificuldade em re-

crutar engenheiros e vamos articular estratégias de formação com instituições de ensino superior. Assi-námos também um protocolo de colaboração com o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) para o recrutamento e formação dos potenciais tra-balhadores a serem contratados.

MIGUEL KREISELER, Administrador W Shopping Santarém

A par das competências técnicas e profissionais, procu-ramos pessoas que tenham uma atitude profissional, que queiram dar o máximo e procurem fazer o melhor possível pela organização, numa lógica de trabalho voltada para os clientes. Queremos também pessoas que tenham prazer naquilo que fazem e que não se preocupem apenas com a carreira. O W Shopping tem uma bolsa de emprego com algumas centenas de inscritos e que pode ser usada pelos nossos lojistas para recrutar funcionários. Esta bolsa foi aliás, no inicio da nossa actividade, muito importante para o arranque na contratação de pessoas.

O Ribatejo18 | Junho | 2010

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A Inovação na óptica em-presarial e do seu criador: o empresário!

O empreendedorismo e a ino-vação tem sido uma temática que a C4G – Consultores de Gestão tem desenvolvido, quer em termos de consultoria quer em termos de formação nos úl-timos anos nas organizações.

Muitas das vezes sou ques-tionado se existem genes espe-cíficos do empreendedor para a Inovação?

A capacidade de empreen-der e inovar é uma caracterís-tica dos seres humanos que ao longo dos séculos tem sido um factor fundamental do desen-volvimento das sociedades. Nas organizações esta carac-terística tem sempre um rosto e a maioria das vezes encontra-se associada a um conjunto de pessoas.

Essas organizações são fun-damentalmente reconhecidas

como empresas inovadoras e compostas por pessoas cria-tivas. Muitas das vezes essas pessoas não possuem qualquer tipo de qualificação, não sendo mestres nem doutores.

Possuem características mui-to específicas, sendo de salien-tar a capacidade de olhar para as necessidades e oportunida-des de mercado, estabelecer a visão, assumir a decisão e o risco.

É graças a estas que a socie-dade evolui, desde os tempos mais remotos da invenção da roda, passando pelas invenções e a arte de Leonardo Da Vin-ci no séc. XV e, muito recente-mente, a inovação presente nos produtos tecnológicos de Steve Jobs da empresa Apple.

Independente de ser ou não uma questão genética, as vivências e práticas dos gran-des empreendedores que co-nhecemos permitem desenvol-ver aspectos que melhoram a

sua apetência para a inovação, através de atitudes críticas, pro-activas e visionárias para ques-tionar a forma e o conteúdo das coisas, situações e eventos ao seu redor. Assim, olham para o mundo e conseguem perceber necessidades, perspectivar so-luções e atrevem-se a empre-ender!

Se tiver algum destes genes não hesite em contactar-me. Atreva-se!

[email protected] - www.c4g.pt

Ao longo dos últimos anos a abordagem dos problemas da formação, do emprego e do de-semprego, tem ocupado um lu-gar de destaque na agenda inter-nacional, em particular na União Europeia.

A promoção e o alargamen-to do acesso às oportunidades educativas - tanto ao nível da for-mação inicial como da educação e formação ao longo da vida - é um factor essencial (na perspectiva do desenvolvimento económico e como garantia da coesão social).

Neste contexto, a aprendiza-gem ao longo da vida deverá ser tida com o objectivo de melhorar os conhecimentos, as aptidões e competências, no quadro de uma perspectiva pessoal, cívica, social e/ou relacionada com o emprego.

Nesta lógica de potenciar a aprendizagem ao longo da vida, e aumentar a qualificação da popu-lação portuguesa, foi criado o Sis-tema Nacional de Qualificações.

O Sistema Nacional de Qualifi-

cações visa estruturar uma ofer-ta relevante de formação inicial e contínua, ajustada às necessida-des das empresas e do mercado de trabalho, tendo por base as neces-sidades actuais e emergentes das empresas e a integração sociopro-fissional de grupos com particula-res dificuldades de inserção.

Deste modo, destaca-se a apos-ta na qualificação de dupla certifi-cação, quer através do aumento e generalização da oferta de cursos de educação e formação profissio-nal (jovens e adultos), quer através do reconhecimento, certificação

Genes do empreendedor para a inovação! Atreva-se!

Aprendizagem a0 longo da vida

Tiago Nascimento Filipa Martinho (*)

O Ribatejo18 | Junho | 2010

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Todos nós já estivemos na si-tuação de entrevistado e, em al-guns casos, mais do que uma vez. Várias são as experiências que podemos partilhar e que nos são reportadas, podendo umas ser mais positivas e outras nem tanto.

Apesar das inúmeros técni-cas que possam ser usadas num processo de escolha e de selec-ção para um posto de trabalho, as quais, têm evoluído bastan-te com o decorrer dos tempos, a entrevista presencial continua a ser, na minha opinião, o mo-mento de excelência para con-seguir cativar o entrevistador e para demonstrar todas as nos-sas competências e Know-how à função.

Face a isto, preparar conve-nientemente a situação de en-trevista deverá ser um momen-to importante a ter em conta por parte de cada candidato, pois dessa forma conseguirá reduzir os níveis de ansiedade, aumen-tar os seus níveis de confiança

e, consequentemente, aumentar a probabilidade de êxito.

Conseguir obter o máximo de informação sobre a Organiza-ção, planear a atitude a adoptar, as perguntas a realizar, as res-postas a dar perante potenciais situações mais constrangedo-ras são, entre outros, aspectos fundamentais a prevenir e a an-tecipar.

Demonstrar sempre confian-ça e credibilidade nas respos-tas sendo objectivo e sincero nas mesmas, são na minha opi-nião, factores de sucesso, pois apesar de querermos o posto de trabalho em causa, devemos es-tar conscientes que queremos o posto de trabalho mais ade-quado às nossas característi-cas Profissionais e Pessoais em cada momento da nossa vida. So-mente dessa forma conseguire-mos obter o sucesso desejado e, consequentemente, contribuir com os resultados pretendidos junto da Organização.

Com uma postura positiva e

optimista, conseguiremos au-mentar os níveis de credibilidade junto do entrevistador, transmi-tindo a este último, uma maior confiança face aos pontos for-tes realçados e, por outro lado, atenuando os pontos menos po-sitivos.

Resumindo, deverá Planear para Controlar, Enfatizar o PO-SITIVO e Desvalorizar o nega-tivo, Perguntar para Conhecer e efectuar FOLLOW-UP após a concretização da entrevista.

(*) Responsável de Search da Go [email protected]

Como preparar uma entrevista de emprego

Helena Ribeiro(*)

(jovens e adultos), quer através do reconhecimento, certifica-ção e validação de competên-cias de aprendizagens formais, informais e não formais.

Nesta perspectiva de aprendi-zagem ao longo da vida, o ISLA apresenta uma vasta oferta formativa destinada a diferen-tes públicos: o RVCC Escolar e Profissional, Formações Mo-dulares, Cursos de Educação e Formação de Adultos, Cursos de Especialização Tecnológica, Licenciaturas, Pós Graduações, Mestrados e Doutoramentos.

Assim, o ISLA com esta oferta diversificada de novas oportu-nidades de educação/formação ao longo da vida revela-se aten-to a esta nova realidade, moti-vando a população para uma nova etapa que lhes faculte o que hoje é fundamental para o desenvolvimento da sociedade e do país, ou seja, a aprendiza-gem ao longo da vida.

(*) ISLA

O Ribatejo18 | Junho | 2010

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A Câmara de Santarém criou uma base de dados com informação sobre oportunidades de emprego e forma-ção. Este canal resulta de várias par-cerias com entidades empregadores, instituições de ensino e órgãos de comunicação social, entre os quais o Jornal O Ribatejo. O portal, dispo-nível em http://www.bolsaempre-gosantarem.pt, tem acesso gratuito

com registo prévio, e disponibiliza ofertas e procuras de emprego, as-sim como outras informações rele-vantes relacionadas com estágios, planos de formação, apoios e incen-tivos, benefícios fiscais, ou até como criar um Curriculum Vitae.

A par da Bolsa de Emprego, a Câ-mara de Santarém e a PMEConsult vão continuar com a iniciativa “Tar-

des do Emprego”.

Tardes do Emprego regressam em Setembro

No dia 29 de Setembro, última quarta-feira do mês, a Sala de Lei-tura Bernardo Santareno volta a estar de portas abertas, das 14h00 às 17h30, para servir de espaço de diálogo e de relação directa entre

candidatos a um emprego e entida-des empregadoras. Esta sessão vai ter a presença de responsáveis da Go Work, TempriRibatejo, Adecco, Centro de Emprego de Santarém, Centro de Formação Profissional de Santarém, CNO – Centro de No-vas Oportunidades do ISLA, GIP – Gabinete de Inserção Profissional, entre outras.

Câmara de Santarém tem Bolsa de Emprego

Empresa especializada em “HOTELARIA E EVENTOS”, pretende admi r para os seus quadros:

GESTOR HOTELEIRO(M/F)

REQUISITOS:– Idade: 25/45 anos; – Experiência profissional mínima de 5 anos, em unidades

hoteleiras; – Conhecimentos informáticos na óptica de utilizador, (New

Hotel);– Conhecimentos de inglês falado e escrito; – Espírito empreendedor, de liderança, organizado e gosto por

trabalho em equipa;– Capacidade de ensino; – Grande sen do de responsabilidade; – Candidatos devem apresentar CV, cópia do cer fi cado de curso e

documentação relevante comprovando experiência profi ssional; – Dá-se preferência aos candidatos com vasta experiência profi ssional

nas áreas de Turismo Rural, Resorts e Pousadas.

OFERECE-SE:– Alojamento e alimentação;– Remuneração muito atrac va e ajustada à experiencia e perfi l dos

candidatos;– Oportunidade de carreira numa empresa sólida, conceituada e

em expansão;

RESPOSTA POR ESCRITO PARA A SEGUINTE MORADA:Sglux – Comércio Internacional, Lda.Rua Poeta Ruy Belo, n.º 26 A r/c Esq.º2040-323 Rio Maior

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Os Centros de Novas Opor-tunidades são “Porta de entra-da” para todos os cidadãos maio-res de 18 anos que não tenham o 12ºano concluído. É desígnio dos Centros identificar, a nível nacio-nal, todos esses cidadãos e acom-panhá-los para que possam ser encaminhados para percursos de qualificação ao longo da sua vida.

Os Centros Novas Oportuni-dades têm como missão encami-nhar os candidatos e assegurar que esses são integrados em per-cursos de formação ou reconhe-cimento que lhes conceda a certi-ficação escolar e profissional, de nível básico e/ou secundário.

Neste sentido, no ponto de vis-ta do ISLA, a estratégia dos Cen-tros tem de passar por quatro pontos:

1) Assegurarmos um trabalho contínuo com os candidatos/ adultos. Através: a) do acompa-nhamento do percurso de quali-ficação definidos e seguidos por

cada candidato, assente no prin-cípio da capitalização das forma-ções realizadas; b) da gestão des-te projecto através do Sistema de Informação e Gestão da Oferta Educativa e Formativa (SIGO); c) da disponibilização de um horá-rio de atendimento prolongado, com atendimento pessoal, tele-fónico e virtual; e d) do desen-volvimento de um processo de Auto-avaliação e de Avaliação Externa.

2) Aumentarmos a relação com entidades externas. Atra-vés: a) da promoção de parce-

rias inter-CNO, com entidades formadoras e com empresas; b) do trabalho com diversos nichos populacionais.

3) Constituirmos uma tea-mwork altamente eficaz. Através: a) da maturidade organizacional; b) sinergias no trabalho; c) de flu-xos de comunicação interna; d) da participação em formação in-terna e externa

4) Encontrar caminhos inova-dores e visionários no percurso da Aprendizagem ao Longo da Vida. E é com base neste último desafio que se perspectiva o fu-turo da fase Pós-Novas Oportu-nidades, ou seja, o futuro da Qua-lificação. Dever-se-á canalizar os esforços para um trabalho de acompanhamento/ orientação e encaminhamento para os percur-sos de aprendizagem ao longo da vida, nomeadamente percursos de nível básico, secundário, pós-secundário e profissional.

(*) Coordenadora do CNO [email protected]

Centros de Novas Oportunidades

Maria Manuel Durão(*)

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