HISTRIA GERAL - PROF. DIOGO FARIAS

SIMULADO DE HISTRIA (PV) - PROF. DIOGO FARIAS

01. (UNIFICADO) ... o prncipe, que trabalha para o seu Estado, trabalha para os seus filhos, e o amor que tem pelo seu reino, confundido com o que tem pela sua famlia, tornar-se-lhe natural... O rei v de mais longe e de mais alto; deve acreditar-se que ele v melhor.... (Jacques Bossuet. Poltica Tirada da Sagrada Escritura. Livro II, 10. proposio e Livro VI, artigo 1..)

O trecho acima se refere ao Absolutismo monrquico, que se constituiu no prprio modelo dos regimes polticos dos Estados europeus do Antigo Regime. Apresentou variveis locais conforme se expandiu na Europa, entre os sculos XV e XVIII. Entretanto, podemos identificar no Absolutismo monrquico caractersticas comuns que o distinguiam, dentre as quais destacamos corretamente a:a) implementao de prticas econmicas liberais como forma de consolidar a aliana poltica e econmica dos reis absolutos com as burguesias nacionais.b) unificao de diversas atribuies de Estado e de governo na figura dos monarcas, tais como a prerrogativa de legislar e a administrao da justia real.c) substituio de um tipo de administrao baseada na distribuio de privilgios e concesses rgias por uma organizao burocrtica profissional que atuava em atividades desvinculadas do Estado.d) submisso poltica dos governos reais absolutistas hierarquia eclesistica, conforme definido pela doutrina do Direito Divino dos Reis.e) definio da autoridade dos monarcas absolutos e seus limites de poder, atravs da atuao dos parlamentos nacionais constitucionalistas, controlados por segmentos burgueses.

02. (UERJ)

Os meios de persuaso empregados por governantes do sculo XX como Hitler, Mussolini e Stalin e, em menor grau, pelos presidentes franceses e norte-americanos so anlogos, sob certos aspectos importantes, aos meios empregados por Lus XIV. (BURKE, Peter. A Fabricao do Rei. Rio de Janeiro, Zahar Ed., 1994.) Na poca de Lus XIV, esses meios de persuaso para se fabricar a imagem pblica do rei justificavam-se em funo da lgica inerente ao absolutismo.

Este regime poltico pode ser definido como um sistema em que:

a) o poder se restringia a um s homem, sem leisb) a centralizao do poder na figura do rei era legitimada atravs do povoc) os grupos e instituies no tinham o direito de opor-se s decises do reid) a tradicional diviso dos poderes executivo, legislativo e judicirio era o desejo do soberano

03. (UFPR) Deus estabeleceu os reis como seus ministros, e atravs deles reina sobre os povos... atravs deles que Deus exerce seu Imprio. O trono real no um trono de um homem, mas o trono do prprio Deus. A pessoa do rei sagrada e atentar contra ele um sacrilgio... Deve-se obedecer ao rei por um princpio de religio e conscincia... Obedecei a vossos mestres, no somente aqueles que so bons e moderados, mas tambm queles que so maus e injustos. (Extrado de Poltica baseada na Santa Escritura, de Jacques Bossuet.)

O texto anterior refere-se Doutrina do Direito Divino, de Jacques Bossuet, que demonstra um dos aspectos do perodo conhecido como Antigo Regime. Este modelo, que vigorou principalmente na Frana durante a era moderna, compreendia as seguintes caractersticas:

(a) Poltica: absolutista; economia: mercantilista; sociedade: estamental.(b) Poltica: monarquia constitucional; economia: mercantil; sociedade: de classes.(c) Poltica: republicana; economia: capitalista industrial; sociedade: sem classes.(d) Poltica: absolutista; economia: industrial; sociedade: dividida em burguesia e proletariado.(e) Poltica: despotismo esclarecido; economia: manufatureira; sociedade: estamental.

04. (PUC-RJ) Nos sculos XV e XVI, o Ocidente europeu foi cenrio de experincias que apontaram para o incio de tempos modernos, como: I. o alargamento do mundo conhecido pelos europeus, em parte devido descoberta das terras americanas. II. a extino das relaes feudais, associada ao uso predominante do trabalho livre e assalariado. III. os progressos tcnicos e cientficos, decorrentes da liberdade de pensamento possibilitada pela expanso das ideias humanistas. IV. a diviso da Cristandade ocidental, ocasionada pela Reforma Protestante. V. a consolidao de monarquias absolutistas, possibilitando o fim dos privilgios aristocrticos. Assinale a opo que apresenta todos os itens corretos: a) I e V.b) I e IV.c) II e IV.d) II e III.e) III e V.

05. (UFRJ) "O mercantilismo deve ser entendido como um conjunto de idias e prticas econmicas que caracterizam a histria econmica e, principalmente, a poltica econmica dos estados modernos europeus durante o perodo situado entre os sculos XV/XVI e XVIII". (FALCON, Francisco J. C. Mercantilismo e Transio. 9 ed. So Paulo: Brasiliense, 1988, p.11) Com relao s prticas mercantilistas aplicadas pelos europeus nas suas colnias americanas, podemos afirmar que:a) a metrpole procurava manter sua balana de comrcio equilibrada com as suas colnias atravs de uma troca balanceada de seus produtos.b) a metrpole exportava matrias-primas e importava manufaturas.o mercantilismo europeu dava muita liberdade para a existncia de variadas atividades comerciais e produtivas. c) atravs do "exclusivo metropolitano", as colnias s poderiam comprar manufaturas advindas da sua metrpole e vender seus produtos para a mesma.d) havia autonomia nas atividades econmicas das metrpoles e colnias.

06. (PUC-RJ/ADAPTADA) A Expanso Comercial e Martima, dos sculos XV e XVI, foi uma experincia de grande impacto no mundo europeu, pois:I. Possibilitou a explorao das novas terras descobertas, por intermdio de atividades econmicas propiciadoras do abastecimento de gneros agrcolas e metais preciosos em larga escala.II. Utilizou-se de novas tcnicas, possibilitadoras da ampliao dos conhecimentos nuticos e astronmicos.III. Estimulou a difuso de relatos de cunho etnocntrico sobre os povos e terras extra-europeus.IV. Propiciou a paz religiosa entre reformadores e catlicos, na medida em que viabilizou a distribuio dos primeiros grupos pelos novos espaos habitveis do mundo colonial. Indique a opo que apresenta as afirmativas corretas.a) I e II.b)III e IV.c) I, II e III.d) II, III e IV.e) todas.

07. (UNIRIO) A espada, a cruz e a fome iam dizimando a famlia selvagem.

(NERUDA, Pablo. Mecanismo da Conquista Colonial. In: ROMANO, Ruggiero. So Paulo: Perspectiva, 1973, p.13.)

O autor traduz os mecanismos da conquista colonial como:superioridade tecnolgica do homem branco, a eficcia do ideal missionrio e a desestruturao dascomunidades indgenas.a violncia do homem branco, o obstculo oferecido pelo projeto de catequizao e a degenerao das comunidades pr-colombianas.a superioridade numrica do europeu sobre os indgenas, a proximidade das crenas indgenas com a mensagem catlica e a fome que assolava as idias indgenas.o domnio da plvora e utilizao do cavalo, a ao do Frei Bartolomeu de Las Casas em prol da escravizao indgena e o impacto das doenas.o uso de armas de fogo pelos indgenas, a unio Igreja-Estado facilitando a converso e a decadncia da civilizao asteca no momento da conquista.08. (UERJ) Na expanso martimo-comercial moderna, o pioneirismo portugus pode ser explicado como resultado de diversos fatores. Entre eles pode-se destacar os seguintes:

(a) localizao geogrfica e estabelecimento de relaes comerciais via Mediterrneo com o Oriente.(b) descoberta das rotas mediterrneas para o Oriente e concorrncia com as cidades italianas.(c) centralizao poltica e interveno real em favor da navegao pelo Atlntico.(d) avano das artes cartogrficas e reivindicaes de reformas liberais.

09. (Diogo Farias) O Brasil ficou, por trs sculos, na condio de colnia portuguesa, embora nunca tivesse levado oficialmente esse nome. Posteriormente, manteve, em muitos aspectos tal situao, embora tivesse oficialmente conquistado a independncia e se tornado um Estado nacional. (LOPEZ, Luiz R. Histria do Brasil Colonial. 6. ed. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1991, p. 14) Tendo como referncia o contexto do Brasil Colonial (1500-1822), julgue as afirmativas a seguir:I. A descoberta oficial do Brasil acabou ocorrendo em 1500, quando uma expedio destinada s ndias, ancorada na frota de Pedro lvares Cabral, aportou no litoral baiano antes de seguir viagem at o Oriente. Atualmente, a casualidade da descoberta (achamento) a tese mais aceita na historiografia brasileira, por conta dos dados coletados poca, que comprovam o desconhecimento de novas terras a ocidente por parte dos pases ibricos. II. Compreendendo 15 lotes de faixas de terras, de tamanho desigual, as capitanias hereditrias consistiram no primeiro sistema administrativo empregado pela Coroa, em terras brasileiras (1534-48), visando o projeto de explorao das riquezas locais a partir da colonizao. Contudo, fracassaram em sua atuao, dados os diversos problemas, a maioria decorrente do isolamento, do tamanho do territrio, do perigo dos ataques nativos, da falta de apoio da Coroa e da carncia de recursos de muitos donatrios. Uma vez falidas - com exceo das capitanias de So Vicente e Pernambuco -, o governo-geral (1548) foi criado para dar apoio e coordenao s capitanias, representando uma poltica administrativa de teor centralizador. III. Aps as trs primeiras dcadas (1500-30), marcadas pelo esforo de garantir a posse das novas terras, a colonizao lusitana efetiva comeou a ser desenhada. Assim como aconteceu nas demais regies coloniais da Amrica Hispnica e da Amrica Anglo-Saxnica, o Brasil viria a ser uma colnia cujo sentido bsico seria o de fornecer ao comrcio europeu gneros alimentcios, matrias-primas ou minrios de grande importncia. A poltica da metrpole portuguesa consistiu, portanto, no incentivo empresa comercial com base em poucos produtos exportveis em grande escala, assentada no minifndio e no trabalho assalariado (plantation), sistema produtivo prprio da colonizao do tipo exploratria. IV. Tomando o caso luso-brasileiro como exemplo, podemos afirmar que o colonialismo existente envolvia um relacionamento bilateral, que beneficiava um lado (metrpole) em detrimento do outro (colnia). A metrpole era o componente ativo, dinmico: impunha e determinava, ou seja, era o fulcro da deciso. A colnia era o componente passivo, submisso: aceitava e imitava os valores da metrpole, sendo uma rea perifrica no contexto do sistema colonial, possuindo apenas uma refreada autonomia em relao produo manufatureira interna. V. Se o sentido da colonizao deveria ser justificado a partir da busca da acumulao primitiva de capital por parte da metrpole lusitana, ento, por diferentes motivos, a base da colonizao das terras brasileiras, no sc. XVI, no pde ser nem o pau-brasil (lucros nfimos) e a minerao (inexistncia de metais preciosos, em quantidades apreciveis). Diante disso, a instalao da agromanufatura aucareira foi a alternativa mais vivel aos interesses metropolitanos, a partir do sistema de plantation que inclua os seguintes elementos: clima tropical, latifndio, monocultura, mo de obra escrava e produo para a exportao. VI. Na histria do mundo ocidental, as relaes entre Estado e Igreja variaram muito de caso a caso, e no foram uniformes no mbito de cada pas ao longo do tempo. No caso portugus (semelhante ao espanhol), ocorreu uma subordinao do Estado Igreja atravs de um mecanismo chamado de padroado real. O padroado consistiu em uma ampla autonomia da Igreja Catlica nos territrios coloniais da Coroa portuguesa, em troca da garantia de que o Rei promoveria e asseguraria os direitos e a organizao da Santa S em todas as terras descobertas; em contrapartida, a Igreja tinha o dever de assegurar a expanso do catolicismo no Novo Mundo, alm do direito de cobrar o dzimo e de nomear procos e bispos dentro do Brasil - Colnia. VII. No mbito da estrutura social da Colnia, certos princpios como o conservadorismo, patriarcalismo e a discriminao racial eram peas representativas, herdadas da prpria estrutura metropolitana portuguesa. Acerca disso, devemos sublinhar ainda a escravido como a forma de trabalho compulsrio preferida pelos europeus nas regies coloniais exploratrias da Amrica. No caso brasileiro, esta foi se moldando como uma instituio nacional, penetrando toda a sociedade, condicionando seu modo de agir e pensar. Os negros no se mantiveram passivos diante desse cenrio desarmnico, e reagiram ao regime do branco colonizador de vrias formas possveis (guerras, assassinatos, fugas, suicdios, etc.). O preconceito contra o negro ultrapassou o fim da escravido e chegou modificado aos nossos dias, relacionando, preconceituosamente, por exemplo, a ideia de negro com os piores cargos de trabalho manual. VIII. No sculo XVII, as invases do nordeste brasileiro - alm de outras reas coloniais portuguesas extra-americanas - pelos holandeses estavam relacionadas s mudanas de equilbrio comercial entre os pases europeus. A agroindstria aucareira instalada no Brasil teve o financiamento e comercializao da Holanda, que tinha grandes interesses no comrcio do acar brasileiro, pactuado Coroa portuguesa. A crise desse negcio conjunto s emergiu durante a Unio Ibrica (1580-1640), com o Embargo Espanhol (bloqueio econmico) que prejudicou os negcios do acar brasileiro que, aps o processo de expulso dos holandeses, entrou em total declnio frente ao acar plantado pelos mesmos, na regio das Antilhas.

Esto corretas:(a) I, II, IV e VI.(b) III, IV, VII e VIII.(c) II, IV, VI e VII.(d) II, V, VII e VIII.(e) Todas.10. (UFPE) O mapa abaixo apresenta a economia brasileira em um determinado perodo:

(NIZZA da SILVA, Maria Beatriz. Nova Histria da Expanso Portuguesa. Lisboa, Ed. Estampa, 1986.) Nele esto representadas as atividades econmicas do sculo

(a) XVI, que apresenta explorao de pau-brasil, no litoral, e das drogas do serto, na regio amaznica, assim como a ocupao do interior brasileiro pelas atividades de minerao e pecuria.(b) XVIII, que j demonstra atividades de minerao, no Centro-Oeste brasileiro, e de pecuria, na zona nordeste do Rio Grande do Sul. No pode ser de sculo posterior, por no indicar atividade cafeicultora.(c) XVII, que apresenta importaes/exportaes, antes proibidas na colnia, devido ao monoplio comercial.(d) XIX, em que, no Brasil Imprio, a economia tinha por base a cafeicultura voltada para a exportao.(e) XX, no qual a exportao de pau-brasil preponderante na economia brasileira e se verifica a existncia de reas industriais, destacadas no mapa.

GABARITO1. B2. C3. A4. B5. D6. E7. A8. C9. D10. B

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