2 1 INTRODUÇÃO A arte faz parte intrínseca do ... · cultural na sociedade contemporânea na ......
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1 INTRODUÇÃO
A arte faz parte intrínseca do desenvolvimento sócio-político e
cultural na sociedade contemporânea na qual três formas podem ser
produzidas: a arte erudita, ensinada em cursos de graduação; a arte
popular, produzida e vivenciada pela classe trabalhadora, por grupos sociais
e étnicos e a indústria cultural. Esta última denominada pelos filósofos da
Escola de Frankfurt, fundada em 1.924 por iniciativa de Félix Weil (filho de
um argentino), formado por filósofos e cientistas sociais (Benjamin -1986,
Hokhenmer, Adorno e Habemas – 1.975 e Marcuse – 1.968) de tendências
marxistas que se encontram no final da década de 1.920. Está ligada
diretamente ao poder econômico do capital industrial e financeiro. É através
dela que a Arte é transformada em mercadoria para o consumo e de pouca
importância na qualidade dos produtos, tendo como objetivo principal, a
obtenção de lucros.
Como a arte não faz discriminação de camadas sociais e com a
nova onda midiática, cabe ao professor uma reflexão sobre essa
transformação social. Daí a importância da preparação escolar para
trabalhar com os alunos, visando à construção do senso crítico.
Assim, é de emergencial que os (as) professores (as) explicitem
e instiguem os alunos a perceber como a arte, bens da cultura humana,
podem ser utilizadas pela indústria cultural como mecanismos de
padronização de comportamentos e modos de pensar. (SEED – Diretrizes
Curriculares, 2008).
A arte faz parte intrínseca do desenvolvimento sócio-político e
cultural na sociedade contemporânea na qual três formas podem ser
produzidas: a arte erudita, ensinada em cursos de graduação; a arte
popular, produzida e vivenciada pela classe trabalhadora, por grupos sociais
e étnicos e a indústria cultural. Esta última ligada diretamente ao poder
econômico do capital industrial e financeiro.
É através dela que a Arte é transformada em mercadoria para o
consumo e de pouca importância na qualidade dos produtos, tendo como
objetivo principal, a obtenção de lucros.
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Como a arte não faz discriminação de camadas sociais e com a
nova onda midiática, cabe ao professor uma reflexão sobre essa
transformação social. Daí a importância da preparação escolar para
trabalhar com os alunos, visando à construção do senso crítico.
E, por estar relacionado à vida das pessoas e por retratar a
mesma nos seus múltiplos aspectos, é que o cinema se tornou fonte de
inesgotáveis pesquisas e indicação para todos os campos do conhecimento,
inclusive o educacional.
Entendemos que a construção do processo ensino-aprendizagem baseada na projeção de filmes se realizou eficazmente, pois este recurso promoveu compreensão, levando à reflexão e, por conseguinte, na apreensão de conhecimentos. (NEVES, 1997, 224).
Sendo a escola, o local onde também se realiza, por
excelência, a formação cultural e social do aluno, é desde a tenra idade que
levamos ao conhecimento do mesmo, a relevância de determinados
comportamentos.
Para Duarte (2002, p.15), “Ninguém nasce ético, é o meio
social em que está inserido que interfere na formação do sujeito”. As
crianças se comportam de acordo com seus pares sociais, para melhor
compreensão desta pequena, mas contundente afirmação, basta observar
atentamente, por alguns momentos que seja o relacionamento dela com os
colegas de sala e será possível notar o quanto o seu comportamento é
alterado em vista da necessidade de interação e de aceitação pelos demais.
Nesse sentido, o ensino de arte pode contribuir para o
desenvolvimento do senso crítico do educando tendo em vista que:
A arte desempenha, também, uma função ideológica e pode se tornar elemento de imposição de modos de ser, pensar e agir hegemônicos, pois pela mídia em geral (TVs, jornais, rádios, grandes editoras, empresas de marketing e produtoras e distribuidoras de filmes, vídeos, etc.) alcança quase toda população do País. (SEED, 2008, p.16)
Ainda dentro do campo da ideologia, é necessária séria
reflexão quanto ao uso das TIC’s (Tecnologia de Informação e
Comunicação), pois a condição de estimular comportamentos em
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consonância com determinados padrões já pré-estabelecidos é imensa.
Portanto,
[...] é de grande urgência que os professores explicitem e instiguem seus alunos a perceber como as artes, bens da cultura humana, podem ser utilizadas pela indústria cultural como mecanismos de padronização de comportamentos e modos de pensar, presentes, por exemplo em telenovelas e na publicidade. (SEED, 2008, P.17)
Os filmes de animação podem exercer o papel de máquinas de
ensinar, combinando encantamento com aura de inocência, amplamente
amparadas pelos mais potentes recursos tecnológicos da pós-modernidade.
(GIROUX,2001).
É visível, portanto, o bombardeio da indústria cultural utilizando
a fragilidade infantil e sua ingenuidade para a manipulação e estimulação
do consumismo.
Portanto a problematização do tema foi: o desenvolvimento
acelerado na área tecnológica, a linguagem midiática se prolifera de forma
avassaladora, perdendo-se o controle sobre as coisas.
As informações que chegam diariamente até os alunos não
estão sendo filtradas, principalmente em desenhos animados.
Mediante o exposto questiona-se:
Será que não está na hora de pararmos e pensarmos no nosso
papel e darmos um basta?
Como devemos filtrar a quantidade absurda de informações
que chegam a todo instante?
O que é necessário conhecer para repassarmos aos alunos o
direcionamento implícito dos desenhos animados?
As grandes ideologias procuram uniformidade e cria
reprodutores de um determinado sistema. É isto que queremos para nossos
alunos?
Sendo assim o objetivo geral da pesquisa tem como objetivo a
melhoria da qualidade de ensino diversificando o manejo das atividades
com o estudo do desenho de animação e os produtos vendidos através do
mesmo, evitando o consumismo desnecessário.
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Em decorrência deste sucita-nos os objetivos específicos que
são:
•Elaborar Projeto de intervenção pedagógica na escola em
consonância com as políticas pré-estabelecidas para o
Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) do
Estado do Paraná.
•Expor aos colegas da área de Arte/Artes da Rede Pública de
Ensino a presente proposta;
•Respeitar o cinema como forma de representação artística e
cultural da humanidade;
•Analisar clássicos e não clássicos do Desenho de Animação,
por meio da Decoupage dos filmes, A Bela Adormecida (Direção:
Clyde Geronimi, 1959) e A Viagem de Chihiro (Hayao Miyazaki ,
2001).
•Compreender as múltiplas faces que uma filmografia pode
apresentar tanto no âmbito artístico quanto no social, político,
emocional, religioso, ambiental e cultural dos homens;
•Conhecer os sistemas de significação do cinema na forma de
Desenhos de Animação, bem como o contexto das produções
cinematográficas;
•Identificar os instrumentos e os estilos musicais que fazem
parte dos filmes, bem como, os sons diegéticos e não
diegéticos.
Para tanto a metodologia utilizada no desenvolvimento do
trabalho foi:
•Elaboração da Proposta de Intervenção Pedagógica na escola
sob orientação da Professora Doutora Fátima Maria Neves (DFE)
da Universidade Estadual de Maringá - UEM;
•Exposição aos colegas da área de Arte/Artes da Rede Pública
de Ensino a presente proposta por meio do GTR - Grupo de
Trabalho em Rede e ao colegiado escolar do Colégio Estadual
Professor Paulo Alberto Tomazinho – EFM – Umuarama – PR;
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•Análise de clássicos e não clássicos do Desenho de Animação
por meio da Decoupage dos filmes: A Bela Adormecida (Clyde
Geronimi,1959), 1998) , A Viagem de Chihiro ( Hayao Miyazaki,
2001);
•Elaboração sob supervisão da orientadora profª drª Fátima
Maria Neves (DFE – Departamento de fundamentos da
Educação) da Universidade Estadual de Maringá – UEM , de
Caderno Pedagógico em parceria com outros colegas PDE da
área de arte com a criação de unidades didáticas sobre os
Desenhos de Animação: Procurando Nemo (Andrew Stanton,
2003), A Pequena Sereia (Ron Clements e John Musker, 1989), A
Bela e a Fera (Gary Trousdale e Kirk Wise, 2001), Cinderela
(Clyde Geronimi, Wilfred Jackson, Hamilton Luske,1950), A Bela
Adormecida (Clyde Geronimi,1959), Shrek (Andrew Adamson,
Vicky Jenson,2001), Kiriku e a Feiticeira (Michel Ocelot, 1998) ,
A Viagem de Chihiro ( Hayao Miyazaki , 2001), Branca de Neve
e os Sete Anões (David Hand,1937).
•Elaboração de Caderno Temático, no formato multimídia,
inclusive para ser usado na TV pen drive das escolas da rede.
•Divulgar aos colegas da rede, através do GTR (Grupo de
Trabalho em Rede) alternativas práticas no trabalho com os
Desenhos de Animação em sala de aula;
•Aplicar o projeto de intervenção junto aos alunos da 7ª e 8
séries do período diurno do Colégio Estadual Professor Paulo
Alberto Tomazinho – EFM – Umuarama – PR;
•Utilizar com os alunos os programas Power Point, Cyber link e
o manuseio do pen drive para a construção de slides e
complementando com textos viabilizando uma das formas
midiáticas mais difundidas, transformando em conhecimento.
•Registro sistemático dos debates realizados pelos alunos e
colegas professores dos filmes trabalhados;
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•Realização de Simpósio à comunidade escolar a ser realizado
pelos alunos para o repasse dos saberes apreendidos com os
desenhos assistidos bem como sobre o desenho de animação.
•Escrever artigo científico com a exposição de pontos positivos
e/ou negativos da intervenção pedagógica realizada na escola.
2 DESENVOLVIMENTO DO PROJETO
2.1 HISTÓRICO
Em novembro de 2007 foi lançado pela SEED (Secretaria da
Educação do Estado do Paraná) o PDE (Programa de desenvolvimento
Educacional) - iniciativa inédita da gestão 2007-2010 do governador
Roberto Requião, juntamente com o Secretário da Educação, Maurício
Requião e a Secretária da Educação: Yvelise Freitas de Souza Arco - Verde.
Em 2008 inicia a segunda turma de PDE – oportunizando aos
professores, pedagogos e diretores o afastamento integral da sala de aula
no primeiro ano e afastamento com 25% de dispensa do total das aulas no
segundo ano, para a implementação do projeto na escola.
Após um concurso classificatório por área e apresentando um
projeto de trabalho a ser desenvolvido na escola de sua procedência inicia-
se a ação.
Cada cidade está vinculada a uma IES – Instituição de Ensino
Superior. A cidade de Umuarama vincula-se à UEM – Universidade Estadual
de Maringá. No início do ano de 2008 os professores da segunda turma
foram convocados para uma reunião na qual a coordenadora PDE/UEM,
Profª Drª Marta Sueli de Faria Sforni*, acolheu, de uma forma que nunca
antes o profissional da escola pública fora tratado, apresentando a todos as
linhas de pesquisas dos professores da UEM.
O tema do projeto foi relacionado a Artes Visuais – Mosaico, mas
como a área de Arte é muito diversificada (compõe-se em Música, Artes
Visuais, Artes Cênicas, Teatro, Dança, Design Gráfico e outros) e a UEM
favorece o campo de Música, houve dificuldade de desenvolver o projeto
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idealizado.
Foi me dada à oportunidade de escolher outra Instituição como
a UFPR - Universidade Federal do Paraná – e UEL – Universidade Estadual de
Londrina.
Após algumas reuniões, resolvi mudar o projeto e permanecer
em Maringá. Tentei pertencer a um projeto a ser desenvolvido na área de
música, pois minha formação é essa, mas gostaria de caminhar por
caminhos nunca explorados. Sem muito sucesso, repensei e fui convidada
por uma colega a pertencer a um grupo formado por alunos de diversas
disciplinas, Professores (as) PDE, mestrandas (os), alunas de pedagogia,
coordenados pela Profª Drª Fátima Maria Neves.
Além de estudos sobre teóricos do cinema e da educação
objetivando a criação de espaço de reflexão teórico-metodológico sobre o
cinema, a animação infantil e sua inserção a na escola, os estudos dirigidos
foram direcionados conforme descrito abaixo:
Cinema, Desenho Animado e Educação. Monitora da leitura:
Profª Drª Fátima Neves (Coordenadora do Grupo de Estudos), profissional
dinâmica, entusiasta do cinema.
Leituras orientadas – Noções básicas sobre os contos de fada e
sua apropriação pelo cinema. Monitoria, Apontamentos e Notas de leituras
produzidas por Franciele Bento. (Mestranda em Educação/UEM).
Leituras orientadas- Noções elementares sobre a Animação.
Monitores
da leitura: Gheisa Martinez (Escola de Ensino Fundamental Magnus Domini)
e José
* Marta Sueli de Faria Sforni- Graduação em Pedagogia UEM (1986), mestrado Educação
UEM (1996), doutorado em Educação pela USP (2003). Atualmente é professora adjunta da
UEM.
Nogueira (Prof. PDE/SEED/PR).
Leituras orientadas: A animação dos Estúdios da Disney.
Monitoras da Leitura: Fabiane Bento e Marina Campos. (Acadêmicas do
Curso de Pedagogia da UEM, desenvolvendo Projeto de Iniciação Científica-
PIC).
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Leituras orientadas: Como a história é construída na narrativa
fílmica? Monitor da Leitura: Ivonir Rodrigues Ayres (Mestrando em
Educação/UEM)
Leituras orientadas: A escolarização dos filmes da Disney.
Monitora da Leitura: Josianne AlvesTrevisan (Profª PDE/SEED/PR).
Leituras orientadas: A Educação e o mundo animado da Disney.
Monitora da Leitura: Jarislene Delallo (Profª PDE/SEED/PR)
Leituras orientadas – O debate teórico sobre noções de Cultura,
Educação e de Escola. Monitora da Leitura: Liliana Men (Mestranda em
Educação/UEM).
Leituras orientadas: – O Cinema de Animação e a concepção de
infância. Monitoria, Apontamentos e Notas de Leituras produzidos por
DaniellaTizziani Baladeli (Mestranda em Educação/UEM).
Leituras orientadas: A concepção de infância da Disney.
Monitoras da Leitura: Profª Fátima Neves (Coordenadora do Grupo de
Estudos) e Inês Junco Oshima (Profª PDE/SEED/PR).
Após ser acolhida pelo grupo iniciamos a montagem do projeto.
Fiquei muito animada com a escolha, o desenho animado é visto pelos
alunos (as) e professores (as) como lazer justamente por não obterem o
conhecimento necessário para a sua aplicação.
A visão didática é pouco explorada e usando esta ferramenta
como um processo de ensino-aprendizagem é possível desenvolver um
trabalho insterdisciplinar substancial.
A esse respeito Napolitano esclarece que:
[...] o trabalho sistemático e articulado com filmes em sala de aula
(e projetos relacionados) ajuda a desenvolver competências e
habilidades diversas, tais como leitura, elaboração de texto;
aprimora a capacidade narrativa e descritiva; decodificam signos e
códigos não-verbais; aperfeiçoam a criatividade artística e
intelectual; desenvolve a capacidade de crítica sociocultural e
político-ideológica, sobretudo em torno dos tópicos mídia e
indústria cultural. Mas especificamente, o aluno pode exercitar a
habilidade de aprimorar seu olhar sobre uma das atividades
culturais mais importantes do mundo contemporâneo, o cinema, e,
consequentemente, torna-se um consumidor de cultura mais crítico
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e exigente. (NAPOLITANO, 2003, P.18.19)
O filme é um meio de comunicação que leva o expectador a um
mundo cheio de ilusão, cor e som. Os temas são apresentados de acordo
com a intenção do produtor, explorando vários ângulos: emocionais,
culturais, geográficos, musicais, passando algumas informações
segmentadas e até mesmo com mensagens subliminares.
Sendo assim, a Arte desempenha, também, uma função
ideológica e pode tornar-se elemento de imposição de modo de ser, pensar
e agir hegemônicos, pois, pela mídia em geral, (TVs, jornais, rádio, grandes
editoras, empresas de marketing e produtores e distribuidores de filmes,
vídeos, etc.), alcança quase toda a população do país. (SEED – Diretrizes
Curriculares 2008)
No espaço reservado para cursos, um dos ofertados foi o Projeto
Cinema - Estudos Orientados sobre Cinema, desenvolvido pela UEM - Centro
de Ciências Humanas, Letras e Artes - Departamento de Fundamentos da
Educação – CINUEM - Cinema na UEM - (Evento de Extensão), com a direção
e supervisão da Profª Drª Fátima Maria Neves.
Após a exibição do filme um cinéfilo convidado comentava
sobre o mesmo e interagia com a platéia. Foi muito proveitoso e
enriquecedor.
Outro curso ofertado foi à análise do filme Kirikú e a Feiticeira
do diretor Michel Ocelot tendo como apresentadora a Profª Drª Fátima Maria
Neves. Estudo realizado pela mesma em A Educação, A Escola e o Desenho
Animado (2008).
Para todos os slides eram realizados comentários sobre a
cultura, a posição geográfica, os costumes, folclore, riqueza da natural,
indumentária, valores morais, não deixando de lado a intenção do produtor.
Havendo assim uma interação da apresentação dos slides entre
os espectadores e a mestra, o que facilitou o processo da montagem da
implementação pedagógica na escola, com o tema Cinema – Desenho
Animado.
O desenho animado é a mais antiga, mais acessível e a mais
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barata forma de animação, pois consiste em construí-las por meio do
desenho à mão, em papel, em transparências, em película cinematográfica,
utilizando lápis, canetas finas, pontas secas, pincéis, esponjas com tinta e
outros recursos.
O cinema de animação, não só surgiu antes do cinema
fotográfico (cinema que conhecemos normalmente) como também se
diferencia deste pelo uso de técnicas específicas. O que caracteriza o
cinema fotográfico é a captação da imagem viva enquanto que a imagem
do cinema de animação é desenhada ou montada, depois fotografada
individualmente, uma a uma, criando uma sequencia de movimento.
Para as primeiras animações, do início do século XX, eram
necessárias dezesseis imagens por segundo, para produzir um movimento,
e após o advento da cor e do som, vinte e quatro imagens se tornaram
imprescindíveis.
“É importante lembrar que se atribue ao francês Émile Reynaud
(1844 a 1918), a criação do cinema de animação, porque ele criou o
praxinoscópio, um sistema de animação composto por doze imagens por
segundo”. (Neves, p 3, 4 e 5).
A partir disso, pudemos delimitar o tema Cinema ao Desenho
animado que conforme Nazário, (1996, p.51): “não é como o cinema, feito
com a matéria da realidade, mas com a matéria dos sonhos. Assim, a
produção dos desenhos animados sempre foi nebulosa e as autorias reais
nem sempre puderam ser definitivamente estabelecidas”.
Sendo esse assunto instigante e motivador pretende-se
desenvolver um trabalho interdisciplinar utilizando como ferramenta o
Power Point. Cujo programa permite a criação e exibição de apresentações,
objetivando informações sobre um determinado tema, podendo usar
imagens, sons, textos e vídeos, que podem ser animados de diferentes
maneiras.
Preparando, assim os alunos para trabalhos vindouros e
estimulam cada vez mais a autocrítica sem deixar de lado a capacidade de
sonhar.
A interdisciplinaridade é uma questão epistemológica e está na
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abordagem teórica e conceitual dada ao conteúdo em estudo,
concretizando-se na articulação das disciplinas cujos conceitos, teorias e
práticas enriquecem a compreensão do mesmo. (Diretrizes Curriculares da
Educação Básica – Secretaria de Estado da Educação do Paraná - 2008).
Para Nogueira (2008) “O cinema funciona como elemento
aglutinador e como fonte inequívoca de conhecimento, de formação e de
informação, configurando-se, assim, como uma prática eminentemente
pedagógica”. No entanto poucos profissionais da educação percebem que
não há fronteiras que divide a diversão a educação e a comercialização da
influência dos desenhos Disney da vida diária, oferecendo sonhos e
produtos nas quais as crianças insistem em investir material e
emocionalmente.
Para Steinberg, (2001, p. 92, 93)
O público tende a rejeitar qualquer elo entre ideologia e o prolífico
mundo do entretenimento da Disney. Mesmo que a pretensa
inocência da Disney pareça a alguns críticos um pouco mais do que
uma máscara promocional que envolve suas técnicas agressivas de
marketing e sua influência no ensino das crianças para as virtudes
de se tornarem consumidores ativos.
A idéia dos desenhos foi orientada pela Profª Drª Fátima Maria
Neves. A princípio era uma análise sobre as mensagens subliminares que,
conforme ressalta Giroux (2001), “tiram a inocência da criança”. Mas com a
riqueza dos desenhos, ocorreu uma inserção também para a
interdisciplinaridade, cultura e animação.
Segundo Giroux (2001, p.154)
Criar novas formas de conhecimento também sugere criar práticas
de sala de aula que forneçam aos /as estudantes a oportunidade de
trabalhar coletivamente e desenvolver necessidades e hábitos nos
quais o social seja sentido e vivido como uma experiência
emancipatória e não como uma experiência alienante.
Usando do instrumento do desenho animado, a função é
exatamente desenvolver hábitos com trabalhos em grupos, valorizando o
trabalho do aluno, sintetizando os filmes, criando textos e ordenando-os.
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Como afirma Napolitano (2003, p. 18 e 19):
[...] o trabalho sistemático e articulado com filmes em sala de aula
(e projetos relacionados) ajuda a desenvolver competências e
habilidades diversas, tais como leitura, elaboração de texto;
aprimora a capacidade narrativa e descritiva; decodificam signos e
códigos não-verbais; aperfeiçoam a criatividade artística e
intelectual; desenvolve a capacidade de crítica sociocultural e
político-ideológica, sobretudo em torno dos tópicos mídia e
indústria cultural. Mas especificamente, o aluno pode exercitar a
habilidade de aprimorar seu olhar sobre uma das atividades
culturais mais importantes do mundo contemporâneo, o cinema, e,
consequentemente, torna-se um consumidor de cultura mais crítico
e exigente.
A escolha foi de dois filmes com nacionalidades expressivas na
indústria de entretenimento. Japão com o filme “A Viagem de Chihiro” de
Hayao Miyazaki, da Produtora Ghibli, e Estados Unidos com o filme “A Bela
Adormecida” da Walt Disney Company. Este filme foi escolhido por estar no
mesmo nível de produção que o da Disney Corporation, a mega indústria de
entretenimento.
2.2 A BELA ADORMECIDA
INFORMAÇÕES TÉCNICAS:
Título no Brasil: A Bela Adormecida
Título Original: Sleeping Beauty
País de Origem: EUA
Gênero: Animação
Classificação etária: Livre
Tempo de Duração: 75 minutos
Ano de Lançamento: 1959
Site Oficial:
Estúdio/Distrib.: Buena Vista
Direção: Clyde Geronimi
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Personagens
Princesa Aurora .... Mary Costa Príncipe Filipe .... Bill Shirley Malévola .... Eleanor Audley Flora .... Verna Felton Fauna .... Barbara Jo Allen Primavera .... Barbara Luddy Rei Estevão .... Taylor Holmes Rei Humberto .... Bill Thompson Coruja .... Dal McKennon
Versão brasileira
Estúdios: Atlântida Cinematográfica Direção de dublagem: Luís Delfino Tradução: Orlando Figueiredo Versões musicais: Aloysio de Oliveira
Vozes:
Maria Alice Barreto .... Princesa Aurora / Rosa (diálogos) Norma Maria.... Princesa Aurora / Rosa (canções) Maurício Sherman .... Príncipe Filipe (diálogos) Osny Silva .... Príncipe Filipe (canções) Heloísa Helena .... Malévola Nancy Wanderley .... Flora Joyce de Oliveira .... Primavera Nádia Maria .... Fauna Hamilton Ferreira .... Rei Humberto Roberto de Cleto .... Rei Estêvão Selma Lopes .... Rainha
PREMIAÇÕES:
O filme A Bela Adormecida recebeu uma indicação ao Oscar, na
categoria melhor trilha sonora de filme musical. Recebeu também uma
indicação ao Grammy, na categoria melhor álbum de trilha sonora original -
cinema/televisão. 1959 Grammy 1960 Academy Awards USA Oscar 1980
Young Artist Awards musical.
Os Estúdios da Disney produziram: “Branca de Neve e os Sete
Anões”, dirigido por David Hand (1937); “Cinderela”, dirigido por Clyde
Geronimi, Wilfred Jackson e Hamilton Lushi (1950); “A Bela Adormecida”,
dirigido por Clyde Geronimi (1959); “A Pequena Sereia”, dirigido por Ron
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Clements e John Musker (1989); “A Bela e A Fera”, dirigido por Gary
Trousdale e Kirk Wise (1991); “Aladim”, dirigida por Ron Clements e John
Musker (1992); “Pocahontas”, dirigido por Mike Gabriel e Eric Goldberg
(1995); “Atlantis: The Lost Empire”, dirigido por Gary Trousdale e Kirk Wise
(2001); “Lilo & Stitch”, dirigido por Dean DeBlois e Chris Sanders (2002).
Produção Disney: “A Bela Adormecida” (Sleeping Beauth) é um
filme de animação de longa metragem, considerado um clássico, produzido
pela Disney em 1959. É uma adaptação da versão do século XVII de Charles
Perrault para um famoso conto de fadas.
O desenvolvimento preliminar deste filme teve início em 1950
com a produção atingindo seu auge em 1953, a produção do filme,
entretanto sofreu atrasos enquanto Walt Disney se dedicava a construção
da Disneylândia e vários projetos dos estúdios para a televisão. Finalmente
após mais de seis anos de produção, o filme foi concluído, a um custo de
US$5 milhões de dólares, o que fez dele, o longa de animação mais caro
produzida até então.
2.2.1 FILME OCIDENTAL
“A Bela Adormecida”, já conhecida por todos, é uma verdadeira
história de amor e final feliz. A luta entre o bem e o mal. Trata-se da história
da mocinha, a princesa Aurora, que foi prometida, desde o seu nascimento,
para se casar com o príncipe Felipe. No dia do seu nascimento, como não foi
convidada para a festa, a bruxa Malévola roga-lhe uma praga que aos 16
anos ela iria espetar o seu dedo numa roca e faleceria. A fim de evitar essa
sina, as fadas Primavera, Flora e Fauna a levam para viver na floresta. E, no
dia de seu 16º aniversário, ela conhece um rapaz na floresta, mas nem
mesmo o seu nome teve tempo de saber.
Retornando ao castelo acaba espetando seu dedo na roca e cai
em sono profundo.
As fadas fazem com que todo o reino adormeça. O príncipe luta
com a bruxa e acaba por chegar ao castelo, dando um beijo na princesa,
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fazendo-a retornar à sua vida normal e vivendo felizes para sempre. O filme
retrata a arquitetura medieval, a luta do bem e do mal, magia e sistema de
casamento entre os príncipes e princesas, indumentária, maneira de se
alimentar (com as mãos).
2..3 A Viagem de Chihiro.
Um Filme de Hayao Miyazaki
Produtora: Studio Ghibli
Produzido por: Toshio Suzuki
Produção: Donald W. Ernst; Toshio Suzuki
Produção Executiva: John Lasseter; Yasuyoshi Tokuma
Direção: Hayao Miyazaki
Diretor de Arte: Youji Takeshige
Supervisor de Animação: Masashi Andou
Roteiro: Hayao Miyazaki
Música: Joe Hisaishi; Youmi Kimura
Edição: Takeshi Seyama
Fotografia: Atsushi Okui
Desenhos de Produção: Norobu Yoshida
Efeitos Visuais: Thomas Baker
Música Tema: 'Itsumo Nando Demo' (Sempre Comigo)
Lyrics: Wakako Kaku
Arranjos musicais, composição e performace: Yumi Kimura
História original, roteiro e direção: Hayao Miyazaki
Premiações
Ano: 2001
País: Japão
Gênero: Animação, Aventura, Família, Fantasia
Duração: 125 min.
Título Original: Sen to Chihiro no Kamikakushi
Título em inglês: Spirited Away
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Título Original: Sen to Chihiro no Kamikakushi
Título em inglês: Spirited Away
PREMIAÇÕES:
75th Annual Academy Awards
- Melhor Filme Animado
The Annie Awards 2002
Melhor Produção para os Cinemas
Melhor Direção em Animação em Longa - metragem
Melhor Trilha sonora em Longa – metragem Animado
Melhor roteiro de Longa - metragem Animado
Los Angeles Film Critics Awards 2002
- Melhor Filme Animado
Festival de Berlim
Primeiro filme animado a ganhar o prêmio Urso de Ouro
Os Estúdios Ghibli produziram desenhos maravilhosos como
“Meu amigo Totoro” (1988), “Porco Rosso” (1992), “Princesa Mononoke”
(1997), “A Viagem de Chihiro” (2001), “O Castelo Andante” (2004), Laputa,
O Castelo no Céu (1986), Kiki´s Delivery service(1989), Ponyo on the clif by
sea(2008), Nausicaä do Vale dos Ventos(1984), Lupin III O Castelo de
cagliostro(1979), todos dirigidos por Hayao Miyazaki (1941), diretor japonês.
2. 3.1 OS PERSONAGENS
Chihiro, garota que tem 10 anos, é a heroína do filme. É uma
menina mimada, com uma enorme tendência para entrar em pânico quando
as coisas correm mal, mas quando se propõe a fazer alguma coisa, nunca
desiste. No início aparece sempre amuada, mas acaba por mudar e passa a
manter a calma quando os outros não o conseguem fazer.
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Akio Ogiro: O pai de Chihiro é uma pessoa muito alegre, olha
sempre o lado bom das coisas e é muito curioso, além de ser um grande
comilão. É ele quem empurra a família para esta aventura.
Yuko Ogiro: A mãe de Chihiro é uma pessoa mais realista.
Apesar de parecer que educa a filha de um modo severo, acaba por ter as
mesmas características do marido, entrando também de bom grado na
aventura.
Haku: garoto de 12 anos que trabalha na cidade sob as
ordens de Yu-baba, a bruxa. Transforma-se num dragão branco. É o
misterioso amigo e aliado de Chihiro, que a ajuda a sobreviver naquele
estranho local. Ele sente que já conheceu Chihiro antes, mas não se lembra
de onde. Na verdade, não se lembra nem do seu verdadeiro nome. Durante
o desenrolar da história, Chihiro vai ajudá-lo a recuperar o nome.
Yu-baba: A bruxa, uma criatura gananciosa e com muito
mau feitio. É a dona da cidade, que, na verdade, é uma estação termal onde
os monstros, deuses e outros seres vão descansar de vez em quando. É
uma espécie de bruxa, com uma cabeça muito grande e um corpo muito
pequenino. A sua aparência invulgar e a sua capacidade para mudar para a
forma de pássaro e espiar os outros, permitem-lhe controlar todos aqueles
que se atravessam no seu caminho. É ela que explica a Chihiro que agora
manda nela e que tem que mudar de nome para Sen.
Zeniba: A irmã gêmea de Yu-baba, também é feiticeira, mas
tem uma personalidade completamente diferente da irmã. É bondosa e não
se preocupa com as coisas que não são espirituais. No fim, vai ter um papel
muito importante em toda a aventura de Chihiro e dos seus novos amigos.
Lin: Empregada humana da estação termal, valente e forte,
que ensina a Chihiro as regras da sobrevivência no novo mundo. Tem 14
anos e acaba por se tornar a melhor amiga de Chihiro. Ela é quem lhe
ensina o seu novo trabalho. O seu sonho é conseguir dinheiro suficiente
para fugir daquele mundo atravessando o oceano.
Kamaji: Velho sábio, meio humano meio aranha. Toma conta
da fornalha das termas e dos homens-rã que lá trabalham. Dedica-se às
medicinas tradicionais e protege Chihiro sempre que pode.
18
Kawa No Kami: O "Deus Malcheiroso", uma criatura sem
forma que sai de dentro de uma lama fétida revelando-se um antigo e
poderoso deus do rio. Este espírito oferece a Chihiro um medicamento
mágico chamado Nigadango como forma de agradecer um serviço feito por
ela. Voa como um louco pelos ares cada vez que está excepcionalmente
contente.
Kaonashi: Significa "sem rosto” (sem-face, sem-cara), uma
misteriosa figura meio transparente que parece representar um perigo para
todos aqueles que se aproximam dele. Nunca fala e a sua única missão
parece ser a de prender a atenção das pessoas para depois as poder comer.
Torna-se um grande amigo de Chihiro.
Bou: Filho de Yu-baba, um bebê gigante, muito maior do
que a mãe ou até mesmo de que Chihiro. É gordo, comilão e só pensa em
divertir-se.
Bolas de fuligem: Um exército de bolas de fuligem que transportam grandes
pedaços de carvão para alimentar a fornalha e as caldeiras de aquecimento
das águas termais da cidade.
2.3.2 FILME ORIENTAL
O ponto de partida do filme oriental é mostrar que deuses e
espíritos vêm para uma casa de banho, ou yuya, para relaxar. É explorado
com muitos mistérios e colocado deuses no centro da trama. Divindades do
folclore japonês. No Japão acreditam que o Kami (deuses) e o Rei (espíritos)
estão em todos os lugares: em rios, em todas as árvores, em todas as
casas, em todas as cozinhas. O personagem Kaonashi representa o Japão
contemporâneo. Muitas pessoas sentem que o dinheiro pode fazê-los
felizes. A religião em seu país é mais do que uma coisa cultural é algo que
necessariamente puxa os seus seguidores. O Budismo e o Xintoísmo são
onipresentes, mas não estão acima do poder. Os símbolos religiosos estão
em todos os lugares como tradição. A conexão com a natureza ainda é uma
característica essencial da alma japonesa. Chihiro: renuncia a preguiça,
suas recordações, sua humanidade, sua razão e até mesmo o seu nome.
19
O autor dedica o filme a um grupo de meninas amigas suas.
Chihiro: quer dizer pato grande. Ghibli: nome de um pequeno avião italiano.
Aparecem no filme curiosidades como: origami (dobradura), símbolo
nacional (bandeira), religião (várias esculturas de deuses e representação
através de pequenas casinhas), iluminação (chouchin- luminárias feitas de
armação de bambu coberta com papel seda), escrita (ideograma: kanji,
hiragana, katakana), geografia do local, termas (onsen), cumprimentos,
danças (odori), esculturas (muitas sob patrocínio do governo),
indumentárias, teatro, culinária, utensílios domésticos (ochiawan- cumbuca
e ohashi – palitinhos), alimentos (peixe, sopa), artesanato, kirigamai
(variação do origami – arte de recorte e colagens de papéis), cerâmica,
instrumentos musicais, músicas, acolchoados (futon), jardim japonês
(ressalta a beleza do ambiente natural), folclore (deuses e espíritos),
máscaras, pinturas, arquitetura.
O filme “A Viagem de Chihiro” passa-se num parque temático
abandonado. A família de Chihiro está de mudança e se perde no trajeto
parando em frente a um portal tendo um longo túnel como entrada. Seus
pais curiosos adentram e Chihiro reluta. É uma menina como toda
adolescente aborrecida. O parque é atrativo no sentido de alimentação,
várias barracas com alimentos, para as quais seus pais se dirigem. Como
mesmo chamando, ninguém aparece, eles iniciam a comilança dizendo
pagar depois da refeição. A menina pede para que eles não comam.
Comendo desesperadamente seus pais se transformam em porcos e Chihiro
se desespera correndo para algum lugar chegando a um rio onde
desembarcam vários “espíritos” trajando vestimentas e máscaras (folclore
japonês).
O ponto de partida do filme é mostrar que deuses e espíritos
vêm para uma casa de banho, ou yuya, para relaxar.
Logo conhece um enigmático menino com o nome Haku (que
passa a ser o seu aliado) e ele lhe pede para comer algo para não ficar
transparente. A partir daí Chihiro inicia a luta desesperada para tentar
salvar seus pais. Foi parar num local onde um senhor trabalhador braçal
lutava bravamente contra os pedidos para aquecer as águas de banho para
20
os clientes espíritos colocando lenha desesperadamente na caldeira.
Abandonando os medos e enfrentando todas as dificuldades de trabalho
num mundo completamente cheio de magia. Para sobreviver neste mundo,
novo, estranho e perigoso, a personagem tem que se tornar útil e trabalhar
na casa de banhos fazendo limpeza da maior e mais suja banheira da casa.
Ela renuncia à preguiça, sua humanidade, sua razão, suas
recordações e até mesmo seu nome, passando a ser chamada apenas de
Sem, nome escolhido pela bruxa.
Logo, veio um cliente muito grande e sujo e Chihiro teve que
dar conta do banho deste espírito. Ele estava com um espinho em seu
corpo, o qual foi retirado por Chihiro. O espírito agradecido salvou-a
retirando de dentro da banheira.
Mais tarde aparece outro espírito (kaonashi- sem rosto), que
comprava todos com pepitas de ouro fazendo com que o tratassem com
muita comida. Não conseguindo comprar Chihiro ele fica o tempo todo ao
lado dela.
A administradora da casa de banho, Yubaba (feiticeira
endiabrada), fazia todos de escravos, e Haku, que esqueceu o seu nome
verdadeiro, se transformava em dragão voador.
Chihiro se viu obrigada a fazer tudo o que era preciso para
ultrapassar todas as barreiras de um mundo surreal alcançando o seu
objetivo: salvar seus pais e conseguindo seu intento, retornar ao mundo real
para isso obedecia a todos. Quando foi obrigada a realizar uma viagem até
a casa de Zeniba passa por lugares onde só os espíritos se movimentavam.
Como havia ganhado uma passagem só de ida, o retorno foi com a carona
do dragão (Haku) que, no meio da viagem relembrou o seu nome verdadeiro
desfazendo a magia e voltando a ser um humano. Assim, Chihiro consegue
voltar ao local onde seus pais estavam e conseguiu salvá-los.
Com isso podemos dizer que: o filme pode ser analisado como
uma metáfora da passagem da infância para a idade adulta. Lembra a
passagem do mundo real para o mundo “maravilhoso” ou “encantado” de
fadas, bruxas, desafios, etc. cujos esforços para superar obstáculos
contribuem para desenvolver o psiquismo dos personagens. Chihiro lembra
21
Alice no País das Maravilhas (esta entra no túnel e Alice entra num buraco)
e Narizinho de Monteiro Lobato. O filme é influenciado por mitos e situações
com fundo ético da cultura japonesa. A cena dos pais gulosos que viram
porcos e do ser poderoso chegando sujo e cheirando mal para se lavar na
banheira gigante, parecem ser uma crítica ao estilo do modo de vida do
capitalismo ocidental e do seu consumismo desenfreado. Critica também a
falta de propósito da juventude de nossa época.
O título original do filme é Sen to Chihiro no Kamikakushi. A
expressão “Kamikakushi” sinaliza que quando uma criança desaparecida é
encontrada com extrema dificuldade ou reaparece sem memória, diz-se que
isto acontece porque algum ser sobrenatural foi responsável por seu
desaparecimento.
Como a bruxa pode roubar o nome da garota? Como isto pode
acontecer? Na escrita japonesa existem três tipos de letras. As mais difíceis
são os kanjis ideogramas que funcionam da seguinte maneira: uma simples
letra pode significar uma palavra. Mas, quando combinada com outro kanji,
diz uma coisa diferente. E além de mudar o significado, a combinação dos
kanjis também faz com que eles representem sons diferentes.
Chihiro descobre sua força e sua capacidade de lutar por um
objetivo, assumir responsabilidades, aprender a ter urbanidade (aprender a
agradecer, a pedir), a tolerância com os outros, a conviver com os
diferentes, aprender a confiar e estabelecer relações de amizade e de amor
(pelos pais e por Haku). No início, Chihiro aparece amuada, depois ela
precisa se virar para sobreviver e descobre que é mais forte e corajosa do
que imaginava.
”A Viagem de Chihiro” trata da dificuldade que é crescer, do
processo de formação da identidade e de autonomia na ação e na tomada
de decisões sem a ajuda dos pais. Durante o seu percurso, faz novos
amigos aprende a enfrentar os seus próprios medos e como se tornar uma
pessoa incorporando código moral de integridade(não se deixa subornar
pelo ouro de Kaonashi, se arrisca para ajudar os amigos), de fidelidade e
gratidão pelas pessoas que a ajudaram retribuindo sem pedir nada em
troca, o dever de ter bons modos e de respeitar os outros.Chihiro aprende,
22
cresce e amadurece ao superar os medos, erros, a ignorância.Como ocorre
na vida real, o filme não tem narrativa linear, não tem preocupações em
apresentar “maus”e “bons”claramente definidos.Não há uso de violência no
filme só magia. Chihiro descobre virtudes como amizade,
determinação,disciplina e confiança, enquanto aprende o quanto é essencial
forjar um nome.
2.3.3 Entrevista de Hayao Miyazaki:
“Crianças consomem produtos superficiais incessantemente, o
que os corta de suas raízes. Cada país tem suas próprias tradições que são
importantes de serem passadas e apreciadas. [...]. Paradoxalmente,
pessoas que não pertencem a qualquer lugar são descartadas. Eu acredito
que as pessoas que perderem contato com sua herança desaparecerão. Isso
é o que eu quero dizer a criança de 10 anos. Eu quero encorajá-las e lhes
falar que, como Chihiro, podem ter sucesso. [...] No final do filme, Chihiro
aprende a ser confiante”.
Hayao Miyazaki sempre foi apaixonado por filmes de animação,
por isso, aos 22 anos começou a trabalhar como animador no Stúdio Toei
Doga. Ao longo de sua vida passou por vários estúdios de animação
japoneses. Foi num desses estúdios que conheceu Isao Takahara, seu
grande amigo. Em 1984 decidiram criar o Stúdio Ghibli que hoje em dia é
um dos mais conhecidos do mundo.
Hayao Miyazaki nasceu no bairro Akebono, subdistrito Bunkyo,
na cidade de Tóquio, em 5 de janeiro de 1941. Segundo dos três filhos de
Katsuyiki Miyazaki e sua esposa. Em plena Segunda Guerra Mundial, o pai
de Hayao trabalhava em uma fábrica, a Miyazaki Planes, de propriedade do
tio do animador e irmão de Katsuyiki, que construía lemes para aviões.
A mãe de Miyazaki era uma mulher muito reservada e
inteligente, passou por uma doença – tuberculose espinhal – que a deixou
de cama por nove anos.
No último ano do colegial assiste o primeiro longa-metragem
animado colorido no Japão, Hakuja Den,dirigido por Yamabushita Taiji.
23
Sua experiência com desenhos se resumiam a diversas artes de
aviões e aeronaves (influenciado pelo trabalho do pai) mas nunca havia se
preocupado em desenhar pessoas, o que o deixou meio preocupado.
Após se formar na Toyotama High, Hayao ingressou na
Universidade Gakushuin no curso de economia, em 1959. Lá, participou de
um clube de pesquisa de literatura infantil, algo bem parecido com um
grupo de fãs de quadrinhos.
Miyazaki se forma com habilidades em Ciência Políticas e
Economia em 1962, e logo após consegue um emprego na Toei Animation.
Hayao procura inserir nos seus filmes rios e árvores do que concreto,
mesmo dizendo que o seu papel não é educar sobre ecologia.
2. 4 DINÂMICA DO TRABALHO
Foi opção da professora pesquisadora, trabalhar com três
turmas de sétima série e duas turmas de oitava série. Antes da
apresentação dos slides lhes foi explicitado o percurso do trabalho a ser
desenvolvido havendo grande receptividade de todas as séries.
A sétima série reagiu de forma espantosa durante o filme
oriental, interagindo a cada slide apresentado. Colocações como:
alimentação, talheres, indumentárias, máscaras, fundo musical. O mais
impressionante foi quando Chihiro lembra o nome de “Haku”, personagem
de um menino que se transforma em dragão devido o esquecimento de seu
verdadeiro nome - magia feita pela bruxa. Ela deixa escorrer uma lágrima e
encosta sua testa na dele. Neste momento, as crianças esperavam “um
beijo na boca”. Então, congelei a imagem e expliquei a diferença da cultura
oriental e ocidental entre outras cenas que se passaram.
Os alunos ficaram impressionados pela película ser elaborada por
desenhos feitos à mão. Motivados, assistiram com seus irmãozinhos, e
trouxeram análises positivas como: “Professora minha irmã chorou ao
assistir e gostou muito”, isto foi com várias crianças de variadas idades.
Acredito que foi de grande valia, pois pude explorar a
24
localização geográfica, a cultura, a alimentação, hábitos, música,
indumentária, dança, teatro, símbolos nacionais, escultura, pintura, valores
morais, folclore, escrita, religião, artesanato, dobradura, instrumentos
musicais, cerâmica, entre outros.
No momento dos slides ocidental, nas sétimas séries, o
comportamento dos meninos foi de total desprezo, enquanto as meninas
assistiam sem nenhuma reação. Nas oitavas séries, todos assistiram
normalmente, sem nenhuma interferência.
Acredito que o desenho oriental, como nenhum aluno ainda
havia assistido, foi mais interessante, mais proveitosa enquanto novidade
visual e cultural. Devido a inúmeras perguntas a respeito do filme em si.
Expliquei através do PowerPoint, toda a sequência dos filmes
pontuando todos os momentos em que se diferencia dos comportamentos
ocidentais, sua localização geográfica, alimentação, valores, morais,
indumentárias, teatro, dança, escultura, religião, ideograma, folclore,
origami, kirigami, artesanato, utensílios domésticos, pintura, música,
instrumentos musicais, culinária, águas termais, ofurô, religião, iluminação
e outras curiosidades.
A pedido, os alunos aprenderam a manusear o “hashi
”(palitinhos) talher japonês e também houve manifestação um apreciar um
prato japonês - yakissoba.
Expliquei através do PowerPoint, toda a sequência dos filmes
pontuando todos os momentos em que se diferencia dos comportamentos
ocidentais, sua localização geográfica, alimentação, valores, morais,
indumentárias, teatro, dança, escultura, religião, ideograma, folclore,
origami, kirigami, artesanato, utensílios domésticos, pintura, música,
instrumentos musicais, culinária, águas termais, ofurô, religião, iluminação
e outras curiosidades.
Os alunos elaboraram em grupos, o seu próprio PowerPoint com
filmes da Produção Disney e outros. Foi muito interessante porque, além de
ser uma atividade nova, adquiriram conhecimento de mais uma ferramenta
para a elaboração de trabalhos em qualquer disciplina.
25
2.4.1 RELATO DOS ALUNOS SOBRE OS SLIDES:
A BELA ADORMECIDA
-“Percebemos várias cenas de época. Nas roupas já percebemos que o filme
é de época. As mulheres usam vestidos compridos com espartilho,
realçando os seios; os homens usam roupas de cavalheiro e capuz”. 8ª série
-“Na forma de comer percebemos que hoje temos tantas regras de etiqueta,
enquanto naquela época se comia com as mãos”. 8ª série.
-“O filme que mais gostamos foi “A Bela Adormecida” porque gostamos de
romance”. 8ª série.
-“Gostamos dos recursos gráficos”. 8ª série.
-“O filme se passa na idade média, percebe-se as diferenças entre as
classes. A classe baixa, que são os servos do rei e a classe média que são
os comerciantes que moram na cidade, e a classe alta que é o rei e que
mora num grande e bonito castelo”. 7ª série.
-“A cena que mais impressionou foi o beijo que tira o encanto da Aurora e
quando Felipe mata o dragão”. 8ª série.
-“Um filme muito curto”. 7ª série.
A VIAGEM DE CHIHIRO
-“Uma diferença – as roupas: no Ocidente não cobrimos todo o corpo como
no Oriente” - 8ª série.
-“O que mais nos impressionou foi a grande vontade da Chihiro salvar seus
pais e irem embora daquele mundo”. 8ª série.
-“Fala sobre a solidariedade, a ajuda ao próximo”. 7ª série.
-“O filme desperta compaixão, solidariedade”. 7ª série.
-“Gostaríamos que Haku fosse embora junto com a Chihiro”. 7ª série.
-“A cena que mais impressionou foi quando Chihiro lembra o nome de
Haku”. 8ª série.
-“Cenas de superação”. 8ª série.
-“O filme que mais gostei foi “A Viagem de Chihiro” que conta uma história
diferente que estamos acostumados a ouvir”. 8ª série.
26
“O que mais chama a atenção é saber que ele foi feito inteiro à mão,
pintado e desenhado, cada detalhe! Pense quantas horas foram necessárias
para ser feito esse filme! 7ª série.
-“A cena que impressionou: os pássaros de papel voando”. 8ª série.
O parecer dos alunos sobre os as duas estórias foi unânime que
“mudariam o final do filme oriental, deixariam Haku e Chihiro ficarem
juntos. enquanto no ocidental, não mudariam nada”.
3 GRUPO DE TRABALHO EM REDE - GTR
O grupo de trabalho em rede (GTR) é um programa de
atendimento on-line para os professores da Rede Pública que faz parte do
Ambiente Virtual, este está inserido no site www.diaadiaeducacao.pr.gov.br,
do governo do Estado do Paraná, vinculada a Secretaria de Educação do
mesmo Estado.
O professor PDE utiliza neste ambiente o programa Sacir –
Sistema de Acompanhamento e Integração em Rede, no qual é inserido
todo o desenvolvimento das atividades PDE e GTR, como: o projeto, o
resumo, a inserção da universidade a que pertence à proposta pedagógica,
a produção didática, a unidade didática, as ações de implementações do
projeto na escola interagindo com os (as) alunos (as) (professores) (as)
inscritos (as) para o curso.
Oportunidade oferecida pelo governo através da Secretaria de
Educação aos professores (as), atualizações permanentes no ambiente
Moodle favorecendo pontuações para futuras elevações de nível.
Propiciando assim, uma nova modalidade virtual e midiática para a inserção
do (a) profissional no desenvolvimento global de comunicação. Para os (as)
inscritos (as), não há a necessidade que seja da mesma disciplina da
proposta pelo (a) professor (a) PDE.
Este programa teve duração de sete meses, tempo hábil para o
tutor interagir e obter um retorno satisfatório sobre o desenvolvimento de
27
seu trabalho.
Durante o atendimento GTR através do sistema Moodle, pude
observar algumas colocações sobre o projeto e o desenvolvimento de
implementação, como a importância da interdisciplinaridade e troca de
conhecimento na língua portuguesa e outras disciplinas.
Foram observadas as seguintes colocações durante o
atendimento GTR: no filme A Bela Adormecida o papel da rainha não se
manifestar, talvez devido à sociedade da época; como o clássico conto de
fadas, há um confronto entre o bem e o mal, associando o bem com a
beleza e o mal com à feiúra; tendo como solução dos problemas a magia.
Aurora permanece descalça durante o tempo que permanece
na floresta, e reaparece durante o baile com um lindo calçado.
No filme ocidental observei algumas colocações como: o filme
traz uma nova linguagem e narrativa para as animações, fugindo da
linguagem clássica dos desenhos animados.
Valorização da natureza como forma de continuidade para as
seguintes gerações, conservando e admirando-as. Observa-se também a
conotação no momento em que o deus do rio foi banhar-se no ofurô,
quando, após o banho ficou na banheira muitas sujeiras, referenciando a
necessidade de manter os rios livres da poluição.
Entre os dois filmes percebi que a maior diferença é o registro
sobre a educação e o respeito entre as pessoas. “Devemos analisar o
exemplo do pé de arroz: quanto mais maduro mais ele se curva, em sinal de
humildade” - Ditado popular.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O resultado de um estudo escolhido como tema: “Desenho
Animado”, faz parte do projeto PDE – Programa de Desenvolvimento
Educacional – proposto pela Secretaria de Educação do Estado do Paraná,
em parceria com a Universidade Estadual de Maringá – UEM. Desenvolvido
no Colégio Estadual Professor Paulo Alberto Tomazinho da cidade de
28
Umuarama – Pr., no ano de 2009.
A oportunidade que foi dada para um estudo aprofundado sobre
o tema, fez com que a escola, a comunidade e colegas respeitem um pouco
mais a função desta arte, até então, didaticamente, ignorada por
desconhecimento de como fazer a leitura fílmica.
Após essa experiência verificou-se a valorização dessa
ferramenta como recurso didático. Percebo que em seis meses a visão do
trabalho com o Pen Drive se tornou uma rotina, pois, de certa forma,
amedrontava tanto os (as) docentes (as) quanto os (as) discentes.
Embora desgastante, pois toda a escola foi mobilizada durante
seis meses foi útil o aprendizado.
No laboratório de informática, as pessoas da assistência,
coordenadores, direção e até mesmo os funcionários da secretaria
colaboravam na elaboração dos trabalhos discentes.
Peixoto enfatiza a esse respeito que (2003, p.39).
[...] criar é fazer existir algo inédito, um objeto novo e singular que
expressa o sujeito criador e, simultaneamente, o transcende,
enquanto objeto portador de um conteúdo de cunho social e
histórico e enquanto objeto concreto, como uma nova realidade
social.
Percebo que muitos profissionais estão aderindo a esta
proposta, principalmente porque no ano de 2008 foi instalada em todas as
salas de aula, a Tv pen drive, o que facilita imensamente o uso desta
ferramenta.
Observou-se que, após a conclusão deste trabalho, houve, de
forma significativa, a facilitação de apresentação dos alunos nas atividades
de outras disciplinas.
Fico muito feliz em poder contribuir com mais uma parcela no
conhecimento didático à sociedade. Faço minhas a fala de Duarte (2002,
p.89) ao se pronunciar a respeito da sétima arte.
Não tenho dúvidas de que muito do que eu aprendi em toda a
minha vida de estudante, inclusive de pós-graduação, aprendi com
o cinema. Meu conhecimento de arte, línguas, de culturas e, em
alguma medida, de história e geografia esteve (está)
29
permanentemente mediado pelos filmes que vi (vejo). Para mim,
assim como para a maioria das pessoas. Os filmes “funcionam”
como porta de acesso a conhecimento e informações que não se
esgotam neles. Mesmo aqueles considerados ruins (e esse
julgamento é sempre subjetivo) podem despertar o interesse e
estimular a curiosidade em torno de temas e problemas que,
muitas vezes, sequer seriam levados em conta. (DUARTE ,
2002,p.89)
A experiência vivida com este projeto é de uma grandiosidade inigualável, gostaria de continuar a produzir e a inserir novas metodologias com conhecimento em meus projetos.
AgradecimentosAgradeço aos meus pais que sempre incentivaram o meu estudo. Minha orientadora, Fátima Maria Neves, e minha amiga irmã Vera Lúcia Oliva.
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CHIAPPINI, Ligia. (coords). Coleção Aprender e ensinar com textos.
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(coord.) Coletânea lições com cinema: animação. S.P. FDE, 1996, p.143-
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GIROUX, Henry. Disney e a política da inocência e Códigos raciais no
texto Hollywoodiano. In:____. Atos Impuros: a prática política dos estudos
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Artigo aprovado e no prelo para publicação no livro: Estudos e Pesquisas em
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33