2004 RELATÓRIO PLANETA VIVO -...

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RELATÓRIO PLANETA VIVO 2004

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RELATÓRIO PLANETA VIVO 2004

4. NORWEGIAN SCHOOL OFMANAGEMENTElias Smiths vei 15, Box 580N-1302 Sandvika, Norwaywww.bi.no

5. SAGEUniversity of Wisconsin1710 University AvenueMadison WI 53726, USAwww.sage.wisc.edu

6. WWF-UKPanda HouseGodalmingSurrey GU7 1XR, UKwww.wwf-uk.org

Publicado em Outubro de 2004 pelaWWF-World Wide Fund For Nature(antiga World Wildlife Fund), Gland,Suiça.Qualquer reprodução na totalidadeou em parte desta publicaçãodeverá referir o título e creditar aeditora acima mencionada comodetentora dos direitos de autor.© texto e gráficos 2004 WWF Todosos direitos reservadosISBN: 2-88085-265-X

Uma produção BANSON27 Devonshire RoadCambridge CB1 2BH, UK

Mapas e diagramas: Tchad Monfreda,Simon Blyth, David Burles, Helen de Mattos

Paginação: Helen de MattosEditora de Produção: Jane Lyons

Apresentação 1

O Índice Planeta Vivo 2

Espécies Terrestres 4

Espécies de Água Doce 6

Espécies Marinhas 8

Pegada Ecológica 10

Pegada de Alimentos, Fibras e Madeira 12

Pegada da Energia 14

Extracção de Água 16

Eliminação do défice ecológico 18

One Planet Living 20

Pegada Ecológica: Perguntas Frequentes 22

Tabelas 24

O material e as designações geográficas deste relatório não implicam a expressão de qualqueropinião por parte da WWF em relação ao estatuto legal de qualquer país, território ou área, ou emrelação às suas fronteiras ou limites.

REVISORESJonathan Loh1

Mathis Wackernagel2

ÍNDICE PLANETA VIVO:Jonathan Loh1

Martin Jenkins3

Val Kapos3

Jorgen Randers4

Julio Bernal3

Kevin Smith3

Carmen Lacambra3

Eloise Phipps3

PEGADA ECOLÓGICA:Mathis Wackernagel2

Daniel Moran2

Steven Goldfinger2

Chad Monfreda5

Sarah Drexler2

Susan Burns2

ELIMINAÇÃO DO DÉFICE ECOLÓGICO EONE PLANET LIVING :Mathis Wackernagel2

Steven Goldfinger2

Daniel Moran2

Jules Peck6

Paul King6

Jonathan Loh1

1. WWF INTERNATIONALAvenue du Mont-BlancCH-1196 GlandSwitzerlandwww.panda.org

2. GLOBAL FOOTPRINT NETWORK1050 Warfield AvenueOakland CA 94610, USAwww.footprintnetwork.org

3. UNEP-WCMC219 Huntingdon RoadCambridge CB3 0DL, UKwww.unep-wcmc.org

WWF(Também conhecido como World WildlifeFund nos EUA e Canadá) é uma das maiorese mais experientes organizações deconservação do mundo, com quase 5milhões de associados e uma rede globalactiva em 90 países. A missão da WWF éde deter a degradação do ambiente doplaneta e construir um futuro no qual ahumanidade poderá viver em harmonia coma natureza.

O CENTRO MUNDIAL DEMONITORIZAÇÃO DA CONSERVAÇÃODO PAONU

é a unidade de avaliação da biodiversidade eimplementação de política do Programa doAmbiente da Organização das NaçõesUnidas (PAONU). O PAONU-CMCM forneceprodutos e serviços objectivos ecientificamente rigorosos que incluem aavaliação de ecossistemas, apoio para aimplementação de acordos sobre oambiente, informação sobre abiodiversidade local e global, pesquisassobre as ameaças ambientais, e odesenvolvimento de situações futuras.

A REDE GLOBAL DA PEGADApromove a economia sustentável ao dar aconhecer a Pegada Ecológica, umaferramenta que permite medir asustentabilidade. Juntamente com os seusparceiros, a Rede coordena a pesquisa,desenvolve normas metodológicas efornece quem toma as decisões com basesrobustas de recursos para ajudar aeconomia humana a operar dentro doslimites ecológicos da Terra.

Í N D I C E

Nos últimos anos a comunidade global estabelece objectivos claros paraa sustentabilidade e a conservação. Na Cimeira de DesenvolvimentoSustentável de 2002 os governos adoptaram um plano para reduzirsignificativamente a perda da biodiversidade até 2010. Na reunião de 2004da Convenção das Nações Unidas sobre a Diversidade Biológica em KualaLumpur, os governos acordaram em estabelecer objectivos nacionais eregionais para a criação de redes de zonas protegidas, incluindo novosparques que ajudarão a salvaguardar a biodiversidade. Para além disso, atotalidade dos 191 estados membros das Nações Unidas deram o seu apoioaos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, que não só lidam com ascausas da degradação ambiental - como é o caso dos crescentes níveis depobreza - mas também incluem um objectivo especifico sobre asustentabilidade ambiental. Foram também desenvolvidos indicadores queajudarão a monitorização do progresso dos governos no alcance destesobjectivos até 2015.

Algumas pessoas poderão argumentar que os governos estão a perdertempo a falar sobre metas e objectivos e deveriam de pôr mãos à obra. Masestes compromissos públicos para tratar destes assuntos críticos fornecemuma grande oportunidade. Pela primeira vez as populações podemresponsabilizar os seus líderes pelo seu êxito ou fracasso no alcance deobjectivos mensuráveis e quantificáveis no que se refere a estes assuntoscriticamente importantes. A WWF e outras organizações não governamentais

vão monitorizar cuidadosamente o seu progresso e, onde possível, contribuirpara alcançar esses objectivos e metas.

Da mesma forma não deixaremos de revelar onde as nações estão afalhar nestes objectivos e continuaremos a exigir a tão necessária acção.

O Relatório Planeta Vivo 2004 é o quinto de uma série de publicaçõesPlaneta Vivo que exploram o impacto do homem sobre este planeta finito. Aanálise focada neste relatório é parte do nosso contributo para medir oprogresso mundial em termos do desenvolvimento sustentável e aconservação da biodiversidade. Baseia-se em dois indicadores chave.

O primeiro, o Índice Planeta Vivo (LPI), mede tendências gerais empopulações de espécies selvagens espalhadas pelo mundo. Examina ariqueza natural de espécies de vertebrados através do tempo e, desta forma,é um indicador do estado do ambiente natural do mundo. O segundo, aPegada Ecológica, é uma forma de medir a sustentabilidade ambiental emede as exigências passadas e actuais da humanidade sobre os recursosrenováveis do planeta Terra. Nós acreditamos que este dois indicadoresfornecem informação vital sobre o estado dos ecossistemas mundiais e aspressões que o homem impõe sobre os mesmos. Infelizmente, as notíciasnão são boas. O LPI perdeu terreno entre 1970 e 2000, o que representa umgolpe crítico sobre a vitalidade e resistência dos sistemas naturais do mundo.Durante o mesmo período a Pegada Ecológica da humanidade cresceu aoponto de exceder em 20% a capacidade ecológica do mundo. Apesar da

Pegada Ecológica não ser um indicador acordado dos Objectivos deDesenvolvimento do Milénio, é no entanto uma referência crucial, porquemede a pressão total imposta pela humanidade sobre o ambiente global.Quando se compara a Pegada Ecológica actual com a capacidade dosecossistemas, temos que concluir que já não vivemos dentro dos limitessustentáveis do nosso planeta. Os ecossistemas estão a sofrer , o climaglobal está a mudar e se continuarmos por este caminho de consumoinsustentável e exploração, quanto mais difícil será proteger e restaurar abiodiversidade que permanece. Apoiamos os governos das Nações Unidas noseus esforços para acordar e medir objectivos e metas mas, uma vez que jáestão acordados, temos agora que redobrar esforços para trabalhar juntospara os atingir. Os números apresentados neste relatório são uma lembrançasurpreendente que agora é a altura de agir.

Dr Claude MartinDirector Geral, WWF International

A P R E S E N T A Ç Ã O

Figura 1: Populações de espécies decrescem. O Índice Planeta Vivo mostratendências médias nas populações de espécies terrestres, de água doce e espéciesmarinhas no mundo inteiro. Perdeu cerca de 40% entre 1970 e 2000.

Figura 2: Exigências Humanas sobre a biosfera estão a subir. A PegadaEcológica mede o uso que a pessoas fazem de recursos naturais renováveis. Apegada ecológica da humanidade é aqui demonstrada em termos de números deplanetas, em que um planeta representa a totalidade de produtividade biológica daTerra no espaço de um ano. Em 2001, a Pegada Ecológica da humanidade era 2,5vezes maior que em 1961, e excedia a capacidade biológica do planeta em cerca de20%. Este excedente esgota o capital natural da Terra e é, portanto, sustentávelapenas durante um período limitado.

1RELATÓRIO PLANETA VIVO 2004

Í N D I C E P L A N E T A V I V OO Índice Planeta Vivo (LPI) é um

indicador do estado da biodiversidade domundo: mede as tendências em populaçõesde vertebrados que vivem em ecossistemasterrestres, de água doce, e marinhos pelomundo fora. A Figura 1 (veja páginaanterior) demonstra que o Índice perdeucerca de 40 porcento entre 1970 e 2000.

Desde a última edição do RelatórioPlaneta Vivo em 2002, o número de sériescronológicas de populações incluídas noÍndice aumentou, e actualmente incluiespécies terrestres de outros ecossistemasque não os florestais: prado, savana,deserto e tundra.

O Índice actualmente inclui dados sobreaproximadamente 3.000 tendênciaspopulacionais para mais de 1.100 espécies.A metodologia de cálculo do Índicetambém foi alterada e agora segue uma

base anual em vez de um ciclo de cincoanos. No entanto, como existemrelativamente poucos dados de anosrecentes, o Índice não se estende para alémdo ano 2000.

O Índice está mais robusto que na suasversões anteriores mas os resultadosdemonstrados mantêm-se consistentes. OÍndice Planeta Vivo é a média de trêsíndices distintos que medem as alteraçõesna abundância de 555 espécies terrestres,323 espécies de água doce e 267 espéciesmarinhas pelo mundo fora.

Enquanto o Índice Planeta Vivo perdeucerca de 40 porcento entre 1970 e 2000, oÍndice terrestre perdeu cerca de 30porcento, o Índice de água doce cerca de 50porcento e o Índice marinho cerca de 30porcento no mesmo período.

Estas quedas podem-se comparar com a

Pegada Ecológica Global, a qual aumentouem 70 porcento, e com o aumento dapopulação em 65 porcento entre 1970 e2000.

O mapa mostra o que resta das paisagensem estado selvagem usando como critério asua distância de estabelecimentos humanos,estradas ou outras infra-estruturas.

O Índice toma como um dado adquiridoque o nível de perturbação ou transformaçãode paisagens naturais pelos humanosaumenta com a acessibilidade a partir doslugares que os humanos habitam.

Quanto maior a densidade de centrospopulacionais ou redes rodoviárias, menor éo valor de área em estado selvagem.

Figura 3: O Índice de espécies terrestres registou umdecréscimo de cerca de 30 porcento entre 1970 e 2000 em555 espécies de mamífero, ave e réptil que vivem emecossistemas terrestres.

Figura 4: O Índice de espécies de água doce registouum decréscimo de cerca de 50 porcento entre 1970 e 2000em 323 espécies de vertebrado encontradas em rios, lagos eecossistemas pantanosos.

Figura 5: O Índice de espécies marinhas registou umdecréscimo de cerca de 30 porcento entre 1970 e 2000 em267 espécies de mamífero, ave, réptil e peixe que seencontram nos oceanos mundiais e ecossistemas costeiros.

RELATÓRIO PLANETA VIVO 20042

3RELATÓRIO PLANETA VIVO 2004

Mapa 1: ZONAS EM ESTADO SELVAGEM REMANESCENTES

O valor de zonas em estado selvagem de qualquer ponto do planeta e à medida da sua

distância dos estabelecimentos humanos, estradas ou outras infra-estruturas.

Nível alto de zona em estado selvagem Nível baixo de zona em estado selvagem

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O Índice de espécies terrestres indica queas populações de espécies terrestresdiminuíram em cerca de 30 porcento entre1970 e 2000.

Este declínio médio oculta as diferençasentre as alterações em ecossistemastemperados e tropicais. A Figura 6 mostra astendências médias nas populações de 431espécies terrestres de climas temperados e124 espécies tropicais. As espécies de climastemperados diminuíram em mais de 10porcento enquanto que as espécies tropicaisdiminuíram em cerca de 65 porcento.

As diferenças entre o declínio de zonastemperadas e os trópicos revelam asdiferenças entre o ritmo de perda de habitats.

De acordo com dados da FAO -Organização para Alimentos e Agricultura-(Figura 7), a cobertura de florestas tropicaldiminuiu cerca de 7 porcento entre 1970 e

2000, enquanto que a cobertura de florestatemperado aumentou 1 porcento. A Figura 8mostra que os índices de espécies de prado,savana, deserto e tundra diminuíram mais de60 porcento entre 1970 e 2000.

As populações de espécies que habitamecossistemas de pasto tropicais diminuíramcerca de 80 porcento, enquanto que aspopulações de espécies em ecossistemas deprado temperados diminuíram mais de 10porcento no mesmo período. O declínio maisrápido das espécies tropicais não implica queas mesmas são menos abundantes que asespécies de zonas temperadas; simplesmentereflecte as alterações relativas nas suaspopulações entre 1970 e 2000. A maior partedas florestas e prados naturais em zonastemperadas desapareceram antes de 1970,enquanto que nos trópicos a perda dehabitats naturais é relativamente recente e é

um fenómeno que ainda perdura.O declínio agudo das espécies de zonas

de prado é espelhado pelo aumento do factorzona de prado na Pegada Ecológica. Apegada de zona de prado mais que duplicouentre 1970 e 2000 enquanto que a pegada defloresta aumentou em 30 porcento (verpágina 12).

O mapa mostra exemplos de tendênciasem espécies terrestres determinadas e as suaslocalizações aproximadas pelo mundo fora.

Os gráficos não indicam forçosamente astendências para a população global de cadaespécie, mas em alguns casos representamtendências de uma população local ouregional.

Figura 6: As populações de espécies terrestres dezonas temperadas diminuíram mais de 10 porcento entre1970 e 2000 enquanto que as espécies tropicais terrestresdiminuíram em 65 porcento.

Figura 7: A cobertura de floresta temperadaaumentou cerca de 1 porcento entre 1990 e 2000,enquanto que a floresta tropical diminuiu cerca de 7porcento (FAO 2001).

Figura 8: O Índice de espécies de prado, savana,deserto e tundra diminuiu mais de 60 porcento entre 1970 e2000. As populações de espécies de prado em zonastemperadas registaram um declínio de mais de 10 porcentoenquanto que as populações de espécies de prado tropicaisdiminuíram cerca de 80 porcento no mesmo período.

E S P É C I E S T E R R E S T R E S

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Mapa 2: TENDÊNCIAS EM POPULAÇÕES DE ESPÉCIES TERRESTRES DETERMINADAS1970-2000

5RELATÓRIO PLANETA VIVO 2004

1970 2000Anser albifrons

Saimiri oerstedii1970 2000

1970 2000Rangifer tarandus G

Vicugna vicugna1970 2000

1970 2000Diceros bicornis

Geronticus eremita1970 2000

Cuculus canorus1970 2000

Trichosurus vulpecula

1970 2000

Necrosyrtes monachus

1970 2000

Panthera tigris1970 2000

Junco hyemalis1970 2000

Capra cylindricornis

1970 2000

Branta bernicla1970 2000

Gyps bengalensis1970 2000

Espécies Nome comum Localização da população do levantamentoRangifer tarandus Rena Parque Nacional Denali, AlascaJunco hyemalis Junco-ardoseiro América do NorteAnser albifrons Ganso grande de testa branca MéxicoSaimiri oerstedii Macaco-esquilo-panamiano Costa Rica, PanamáVicugna vicugna Vicunha América do SulCuculus canorus Cuco SuéciaGeronticus eremita Ibís calvo TurquiaDiceros bicornis Rinoceronte preto África

Espécies Nome comum Localização da população do levantamentoNecrosyrtes monachus Abutre de capuz Parques Nacionais Queen Elizabeth e Murchison Falls,

UgandaCapra cylindricornis Tur do Cáucaso Cáucaso OrientalBranta bernicla Ganso de faces negras SibériaGyps bengalensis Abutre de rabadilha branca Parque Nacional Keoladeo, ÍndiaPanthera tigris Tigre Índia, todos os estadosTrichosurus vulpecula Opossum Tasmânia

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O Índice de espécies de água docediminuiu em cerca de 50 porcento entre 1970e 2000, o declínio mais repentino dos trêsíndices de espécies. A Figura 9 mostra astendências médias das populações de 269espécies de água doce em zonas temperadas e54 espécies de água doce de zonas tropicais.

Dez mil das 25,000 espécies de peixeidentificadas, ou seja 40 porcento do totalmundial, vivem em água doce. No entanto, aágua doce representa apenas 2,5 porcento daágua mundial, e 99 por cento desta encontra-senas calotas de gelo ou subterrânea. Em termosdo seu tamanho em relação à superfície daterra, os ecossistemas de água doce -pântanos, rios e lagos - correspondem a umatranche desproporcionalmente grande dabiodiversidade global.

A degradação dos sistemas de água doce éuma consequência directa da crescente

procura, da parte dos humanos, de alimentos,fibras, energia e água. O aumento da procurada água para a irrigação na Ásia Central desdeos anos 60, na sua maior parte para a culturado algodão e do arroz, reduziu e por fimestancou os caudais dos rios Amu Darya e SyrDarya que fluíam para o Mar Aral. A área domar diminuiu para menos de metade entre1960 e 2000 enquanto a salinidade aumentouem quase cinco vezes (Figura 10). O pescadodo Mar Aral entrou em colapso. Apenas 160das 319 espécies de ave e 32 das mais de 70espécies de mamífero que habitavam os deltasdos rios antes de 1960 ainda lá estavam em2000. O ritmo das extinções de espécies depeixe de água doce no mundo inteiro excedeem muito o ritmo de extinções de fundo. AFigura 11 mostra que 91 espécies seextinguiram no último século, entre as quase50 espécies de ciclídeos do Lago Vitória.

Muitas das espécies endémicas do Vale do Rifttornaram-se muita raras ou mesmo extintas emdécadas recentes após a introdução da Perca doNilo Lates niloticus no Lago Vitória em 1970para utilização como alimento. O Lago Vitóriasustentava cerca de 300 espécies de ciclídeosantes da introdução da perca, que acabou porser um predador voraz dos ciclídeosendémicos.

O mapa mostra exemplares de tendênciasem populações de algumas espécies de águadoce, bem como a sua localização aproximadapelo mundo inteiro. Os gráficos nãorepresentam forçosamente tendências daspopulações globais de cada espécie, mas emalguns casos representa tendências de umapopulação local ou regional.

Figura 9: As espécies de água doce de zonastemperadas diminuíram em cerca de 50 porcento entre1970 e 2000 enquanto que as espécies de água docetropicais diminuíram em cerca de 50 por cento entre 1970 e1995 (não existem dados suficientes para determinar oritmo entre 1995 e 2000).

Figura 10: A área do Mar Aral diminuiu em 60porcento entre 1960 e 2000 enquanto a sua salinidadeaumentou em 360 porcento (UNEPGRID Arendal 2004).

Figura 11: Noventa e uma espécies de peixe de águadoce constam da lista de espécies extintas na lista vermelhade 2000 da UICN. Entre estas, dez espécies não podiam seratribuídas a um ano específico, portanto o gráfico inclui-asao ritmo de uma extinção por cada década do século 20.(WCMC 1998, UICN 2000).

E S P É C I E S D E Á G U A D O C E

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7RELATÓRIO PLANETA VIVO 2004

Lipotes vexillifer1970 2000

Oncorhynchus keta

1970 2000

1970 2000Crocodylus

novaeguineae

Himantopus novaezelandiae

1970 2000

Pandion haliaetus1970 2000

Lutra lutra1970 2000

Anas americana1970 2000

Crocodylus mindorensis

1970 2000

Tachybaptus rufolavatus

1970 2000

Crocodylus acutus

1970 20001970 2000Aythya affinis

1970 2000Hippopotamus

amphibiusPodilymbus gigas1970 2000

1970 2000Grus americana

Actitis hypoleucos1970 2000

Platanista gangetica

1970 2000

Mapa 3: TENDÊNCIAS EM POPULAÇÕES DE ESPÉCIES DE ÁGUA DOCE1970-2000

Espécies Nome comum Localização da população do levantamentoOncorhynchus keta Salmão-cão Rio Columbia, EUAAnas americana Piadeira americana EUA e CanadáGrus americana Grou branco da América Texas, EUAAythya affinis Zarro bastardo MéxicoPodilymbus gigas Mergulhão do lago Atitlan GuatemalaCrocodylus acutus Crocodilo americano Lago Enriquillo, República Dominicana Pandion haliaetus Águia-pesqueira Reino UnidoActitis hypoleucos Maçarico das rochas Suécia

Espécies Nome comum Localização da população do levantamentoHippopotamus amphibius Hipopótamo UgandaTachybaptus rufolavatus Mergulhão pequeno MadagáscarPlatanista gangetica Golfinho do rio Ganges Rio Ganga, ÍndiaLipotes vexillifer Delfim chinês de água doce Rio Yangtze, ChinaLutra lutra Lontra CoreiaCrocodylus mindorensis Crocodilo do mindoro Sudoeste AsiáticoCrocodylus novaeguineae Crocodilo da Nova Guiné Papua Nova GuinéHimantopus novaezelandiae Pernilongo da Nova Zelândia Nova Zelândia

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O Índice de espécies marinhas indica que267 populações de espécies de mamífero, ave,réptil, e peixe diminuíram em cerca de 30%entre 1970 e 2000.

A Figura 12 mostra as tendências médiasdas populações de 117 espécies dos OceanosAtlântico e Árctico, 105 espécies do Pacífico,15 espécies do Oceano Índico e 30 espécies doMar Austral. As tendências relativamenteestáveis da abundância de espécies no Pacíficoe nos Oceanos Atlântico e Árctico escondemum paradoxo. As espécies de peixe comerciaisque são referidas para consumo humano, comoo bacalhau e o atum, encontram-se em geralnos níveis mais altos da cadeia alimentar. Seas plantas como o fito plâncton e outrosprodutores primários fazem parte do 1º níveltrófico, e o zooplâncton e outros animais quese alimentam deles fazem parte do 2º níveltrófico, então as espécies como o bacalhau e o

atum encontram-se, mais ou menos, no 4º níveltrófico.

Estima-se que a bio massa destes peixes dealto nível trófico se tenha diminuído em cercade dois terços no Atlântico Norte entre 1950 e2000. À medida que os predadores principaisforam sistematicamente reduzidos as espéciesem volta do 3º nível tornaram-se maisabundantes. Para compensar a pesca reduzidade peixes de alto nível trófico tais como obacalhau (Figura 13), as espécies que ocupamníveis tróficos mais baixos foram focados. Apesca do bacalhau não só diminuiu comotambém diminuiu o tamanho médio dobacalhau pescado. Devido ao facto dosbacalhaus menores e mais jovens tenderem aalimentar-se de níveis mais baixos da cadeiaalimentar do que os peixes adultos, istoaumenta o efeito paradoxal de redução dacadeia alimentar através da pesca.

A Figura 14 mostra que o nível tróficomédio das capturas de peixe no AtlânticoCentral Oeste e Noroeste caiu de 3,3 em 1970para 2,9 em 1994, uma queda de cerca de 12porcento. No Atlântico Nordeste o nível tróficomédio das capturas caiu de 3,5 a 3,4 no mesmoperíodo. O declínio dos bancos de pesca deespécies de alto nível trófico é umaconsequência directa da sobrepesca, apoiadapor subsídios que, no Atlântico Norte totalizamcerca de 2,5 mil milhões de dólares por ano. Omapa indica a localização de corais de águaquente e corais de água fria, e dá exemplos detendências em populações de espéciesmarinhas determinadas e a sua localizaçãoaproximada em todo o mundo. Os gráficos nãorepresentam forçosamente tendências daspopulações globais de cada espécies, maspodem indicar tendências numa populaçãolocal ou regional.

Figura 12: O Índice de espécies marinhas perdeucerca de 30 porcento entre 1970 e 2000. As espécies doOceano Índico e do Mar Austral registaram um queda geral,enquanto que as tendências médias das espécies doAtlântico e Árctico e espécies do Pacífico mantiveram-seestáveis.

Figura 13: As capturas de Bacalhau Atlântico (Gadusmorhua) diminuíram em 70 porcento entre 1970 e 2000(FAO 2004b).

Figura 14: O nível trófico médio da capturas de peixeno Atlântico Central Oeste e Noroeste diminuiu cerca de 12porcento e no Atlântico Nordeste diminuiu 3 porcento entre1970 e 1994 (Pauly et al. 1998).

E S P É C I E S M A R I N H A S

RELATÓRIO PLANETA VIVO 2004

9RELATÓRIO PLANETA VIVO 2004

A representação gráfica nesta escala exagera as verdadeiras áreas de recife.Corais de água quente Corais de água friaMapa 4: DISTRIBUIÇÃO DE CORAIS E TENDÊNCIAS DE POPULAÇÕES MARINHAS DETERMINADAS

1970-2000

Espécies Nome comum Localização da população do levantamentoGadus macrocephalus Bacalhau Pacífico Ilhas Aleutas, Mar de BeringMonachus schauinslandi Foca monge do Havai HavaiChelonia mydas Tartaruga verde East Island, HavaiEnhydra lutris Lontra marinha Costa da Califórnia, EUAPelecanus occidentalis Pelicano castanho América do NorteMacronectes giganteus Ossígrafo Bird Island, Geórgia do SulMirounga leonina Elefante marinho meridional Geórgia do Sul Gadus morhua Bacalhau Atlântico Mar do Norte

Espécies Nome comum Localização da população do levantamentoClupea harengus Arenque Mar da NoruegaMonachus monachus Foca monge Mar MediterrânicoDugong dugon Dugongue Emirados Árabes UnidosSousa chinensis Golfinho de bossa do Indo-Pacífico Emirados Árabes UnidosDiomedea exulans Albatroz viageiro Possession Island, Ilhas Crozet Chelonia mydas Tartaruga verde Turtle Islands, SabahEudyptes pachyrhynchus Pinguim da Nova Zelândia Sul da Nova Zelândia

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A Pegada Ecológica mede o consumo dosrecursos naturais pelas pessoas. A pegadapode ser comparada com a capacidade danatureza para renovar estes recursos. Apegada de cada país é a área total necessáriapara produzir os alimentos e as fibras queconsome, absorver os resíduos que produzcom o consumo de energia, e fornecer espaçopara as suas infra-estruturas.

As pessoas consomem recursos e serviçosecológicos de todo o mundo, portanto a suapegada e um soma de todas estas áreas, sejamonde forem no planeta. A Pegada Ecológicaglobal era de 13,5 mil milhões de hectares

globais em 2001, ou 2.2 hectares globais porpessoa (um hectare global é um hectare cujaprodutividade biológica é igual à médiaglobal). Estas exigências sobre a naturezapodem-se comparar com a capacidadebiológica da Terra, baseada na sua áreabiologicamente produtiva - aproximadamente11,3 mil milhões de hectares globais, o querepresenta um quarto da superfície da Terra.

A área produtiva da biosfera traduz-senuma média de 1,8 hectares globais porpessoa em 2001. A Pegada Ecológica globalaltera-se com o tamanho da população,consumo médio por pessoa, e eficiência dos

recursos. A capacidade biológica da Terraaltera-se consoante o tamanho da área deprodutividade biológica e a sua produtividademédia. Em 2001 a Pegada Ecológica dahumanidade excedia a capacidade biológicaglobal em 0,4 hectares por cada pessoa, ouseja em 21 porcento. Este excedente iniciou--se nos anos 80 e tem crescido desde então(ver Figura 2). Para todos os efeitos oexcedente representa o desgaste do capitalnatural a um ritmo mais rápido do que a suacapacidade regenerativa. Este excedentepoderá vir a reduzir a capacidade biológicapermanentemente

Figura 15: A Pegada Ecológica por pessoa para paísescom uma população de mais de 1 milhão.

Figura 16: A Pegada Ecológica da humanidadeaumentou 160 porcento entre 1961 e 2001, um tanto maisrápido que a população que se duplicou no mesmo período.

Figura 17: Pegada Ecológica por região em 2001.A altura de cada barra é proporcional à pegada média de

cada região por pessoa, a largura da barra é proporcional àPegada Ecológica total da região.

P E G A D A E C O L Ó G I C A

RELATÓRIO PLANETA VIVO 2004

11RELATÓRIO PLANETA VIVO 2004

Mapa 5: DISTRIBUIÇÃO GLOBAL DA INTENSIDADE DAPEGADA ECOLÓGICA

O mapa de intensidade da Pegada Ecológica mostra como édistribuído o consumo de recursos no mundo. A intensidadeaumenta com a densidade populacional, maior consumo percapita, ou menor eficiência de recursos.

Hectares globais utilizados por quilómetro quadradoda superfície da Terra, 2001

mais de 1 000

500 – 1 000

100 – 500

10 – 100

1 – 10

menos de 1

dados insuficientes

12 RELATÓRIO PLANETA VIVO 2004

A pegada de alimentos, fibras e madeirade um determinado país inclui a área precisapara manter o consumo da populaçãohumana de: a) zona de cultivo, que forneceplantas para alimento, rações de animais,fibras e óleos; b) prados e pastos, quealimentam o gado para carne, peles, lã eleite; c) zona de pesca, para a produção depeixe e produtos do marisco; e d) áreas defloresta, que fornecem madeira, fibras demadeira, e pasta. (As florestas para biomassa (lenha e carvão vegetal) e absorção dedióxido carbónico (CO2) constam da pegadaenergética.). A alteração de produtos e

serviços dos ecossistemas pode alterar otamanho destas áreas. Por exemplo, as florestastropicais estão-se a converter em zona decultivo e zonas de prado. No Sudeste Asiático,América Latina e em África as plantações estãoa substituir as florestas naturais parafornecimento da crescente procura pelo óleo depalma para a margarina, doces, sabonetes eloções. Em outras partes, as zonas de cultivoirrigadas estão-se a tornar pouco produtivasdevido às faltas de água ou salinidade. Apegada de alimentos, fibras e madeira de umNorte Americano médio em 2001 era de 3,0hectares globais, mais do que o triplo da média

global, enquanto que a pegada de alimentos,fibras e madeira de um Africano ou Asiáticoera de menos que 0,7 hectares globais. Aprocura de produtos de origem animal está acrescer de uma forma particularmente rápida,como se verifica pelo aumento de zonas deprado. Uma percentagem significativa deplantas de cultivo também é usada para fazerrações para gado, o que leva a uma perda decalorias dos alimentos - um quilo de carne deporco de porcos alimentados à base de raçõesvegetais tem no mínimo quatro vezes a pegadade um quilo do grão em si.

Figura 18. A pegada de alimentos, fibras e madeira(indicando zona de cultivo, área de floresta, zona de prado, ezona de pesca) por pessoa, por país, 2001. Repare que alinha da média global mostra a média do que é consumido enão um nível sustentável.

Figura 19. A pegada de alimentos, fibras e madeirada humanidade cresceu 42 porcento entre 1961 e 200, comas maiores taxas de crescimento registadas em zonas depesca (98 porcento) e zonas de prado (186 porcento).

Figura 20. Cada barra regional mostra a pegadaregional e por pessoa, e a sua área representa a pegada dealimento, fibras e madeira total para aquela região.

P E G A D A D E A L I M E N T O S , F I B R A S E M A D E I R A

RELATÓRIO PLANETA VIVO 2004 13

Mapa 6: DISTRIBUIÇÃO GLOBAL DA INTENSIDADE DAPEGADA DE ALIMENTOS, FIBRAS E MADEIRA

O mapa de intensidade da pegada de alimentos, fibras e madeiramostra como é distribuído o consumo de recursos pelo mundo. Aintensidade aumenta com maiores densidades populacionais, maiorconsumo per capita ou menor eficiência de recursos.

Hectares globais utilizados por quilómetro quadradoda superfície da Terra, 2001

mais de 1 000

500 – 1 000

100 – 500

10 – 100

1 – 10

menos de 1

dados insuficientes

14 RELATÓRIO PLANETA VIVO 2004

A pegada energética de um determinadopaís é calculada aqui como sendo a áreaprecisa para fornecer, ou absorver resíduos decombustíveis fosseis (carvão, petróleo e gásnatural), bio massa (lenha e carvão vegetal),energia nuclear, e hidráulica.

A pegada de combustíveis fósseis é aquicalculada como sendo a área precisa paraabsorver o CO2 eliminado ao se queimarcombustíveis como o carvão, petróleo e gásnatural, menos a quantia absorvida pelosoceanos. Outros métodos de cálculo sãodiscutidos na página 22. A pegada de biomassa (lenha e carvão vegetal) é a área de

floresta precisa para a produzir. A energianuclear, a qual representa cerca de 4 porcentoda utilização global de energia, não gera CO2.A sua pegada é calculada como sendo a áreanecessária para absorver o CO2 emitido aoutilizar uma quantia equivalente decombustíveis fósseis.

A pegada de energia hidráulica é a áreaocupada pelas barragens e as suas lagunas.Nem a energia solar nem a energia eólicaforam incluídas; a sua pegada actual é mínima,e a maior parte dos colectores solares estãolocalizados em zonas urbanizadas, pelo que jáestão contabilizados. As pegadas energéticas

nacionais são ajustadas para incluir a energiaque os bens importados e exportados contêem.

A energia utilizada na transformação de umproduto num dado país que é posteriormenteconsumido noutro é subtraída da pegada doprodutor e adicionada à pegada do consumidor.A pegada energética mostra a maiordisparidade por pessoa entre países derendimento alto/médio e países de baixorendimento. Isto explica-se parcialmente pelofacto das pessoas conseguirem consumir apenasum nível finito de alimentos, enquanto que oconsumo de energia está limitado apenas àcapacidade de pagar pelo seu uso.

Figura 21: Pegada energética nacional por pessoa,

indicando as componentes de combustíveis fósseis, bio massa

(lenha e carvão vegetal), nuclear, e hidráulica em 2001. Repare

que a linha da média global mostra a média do que é consumido e

não um nível sustentável.

Figura 22: A pegada energética, que é dominada pelos

combustíveis fósseis, foi a componente da Pegada ecológica que

mais cresceu entre 1961 e 2001, aumentando quase 700

porcento ao longo deste período. Embora a quantia de energia

hidráulica seja agora equivalente à energia nuclear, a sua pegada

é demasiado pequena para ser representada neste gráfico.

Figura 23: A pegada energética por pessoa em 2001

mostram uma diferença de 14 vezes entre países de alto e países

de baixo rendimento.

P E G A D A E N E R G É T I C A

RELATÓRIO PLANETA VIVO 2004 15

Mapa 7: DISTRIBUIÇÃO GLOBAL DE INTENSIDADEDA PEGADA ENERGÉTICA

O mapa de intensidade da pegada energética mostra como estádistribuído o consumo de recursos pelo mundo. A intensidadeaumenta com a densidade populacional, maior consumo percapita, ou menor eficiência de recursos.

Hectares globais utilizados por quilómetroquadrado da superfície da Terra, 2001

mais de 1 000

500 – 1 000

100 – 500

10 – 100

1 – 10

menos de 1

dados insuficientes

16 RELATÓRIO PLANETA VIVO 2004

Menos de 1 porcento da água doce domundo encontra-se disponível em forma derecurso renovável.

O resto está congelado nas calotas degelo, a grande profundidade na forma dereservas subterrâneas fósseis, ou não se temacesso a ela por razões geográficas. Estima-seque mais de metade do que está disponível éusado pelos humanos.

A Figura 24 mostra as captações de águapor pessoa, a quantidade de água anualmenteremovida de recursos como lagos, rios,albufeiras ou de reservas subterrâneas.Normalmente a água não é usada da mesma

forma que os alimentos ou a energia, porquepode ser devolvida depois de utilizadaembora com a sua qualidade reduzida.

Desta forma as captações de água sãomedidas em substituição da quantidade totalutilizada. O mapa mostra as captações deágua na forma da percentagem dos recursosaquáticos renováveis anuais em 2001. Se ascaptações excederem um determinado limite,que varia consoante a situação ecológicamas a qual os peritos fixam entre 20 e 40porcento, os ecossistemas naturais ficampressionados. Muitos países já excedem estenível, e alguns captam mais de 100 porcento

dos seus recursos anuais renováveis. Isto sóé possível ao captar reservas de água fósseisde aquíferos subterrâneos, um recurso quepode ser usado apenas uma vez.

As consequências da sobre-utilizaçãoevidenciam-se em rios como o Nilo,Amarelo e Colorado, que são tantas vezesreduzidos pelas captações para irrigação queem períodos de seca não desaguam para omar. Os pântanos e massa de água interioresestão-se a secar e os aquíferos estão-se aesgotar mais rapidamente do que sãorenovados.

Figura 24: Captações de água doce por pessoa em 2001,

indicando a utilização na agricultura, na indústria, e uso

doméstico (Gleick 2004).

Figura 25: Utilização global de água entre 1961e 2001, um

crescimento médio anual de 1,7 porcento. A utilização para a

agricultura aumentou 75%, mais do que duplicou na indústria, e

o uso doméstico aumento em mais de quatro vezes.

Figura 26: A média global da utilização de água foi de 650

metros cúbicos por pessoa em 2001, variando entre cerca de

1.900 metros cúbicos anuais por pessoa na América do Norte e

cerca de 250 metros cúbicos por pessoa em África. Os países

com rendimento alto usam cerca de 1.000 metros cúbicos por

pessoa, o dobro da quantidade usada em média pelos países de

rendimento médio e baixo.

C A P T A Ç Õ E S D E Á G U A

RELATÓRIO PLANETA VIVO 2004 17

Mapa 8: CAPTAÇÕES DE ÁGUA POR PAÍSEm termos de percentagem de recursos disponíveis, 2001

mais de 100%

40 – 100%

20 – 40%

10 – 20%

1 – 10%

menos de 1%

dados insuficientes

A Pegada Ecológica documenta asexigências passadas e presentes da humanidadesobre a natureza. Pode também ajudar naidentificação de consequências futuras dasopções actuais das sociedades no caso dasprojecções actuais sobre as tecnologias futuras,a população, níveis de consumo e aprodutividade biológica são comunicadas deforma clara. Esta secção explora quatro dospossíveis caminhos para o futuro.

O cenário de referência baseia-se numcaminho de crescimento lento da procura dosrecursos naturais, fundado nas estimativasconservadoras de algumas agênciasinternacionais. Este caminho baseia-se tambémnum crescimento demográfico moderado queleva a uma população de 9 mil milhões até2050 (Figura 27) (UNDESA 2003), aumentosrelativamente lentos de emissões de CO2(Figura 28) (IPCC 2000b), e a manutenção dastendências actuais no consumo de alimentos efibras (Figura 29) (Bruinsma/FAO 2003).Baseia-se na hipótese que as melhorias no que

se refere à tecnologia irão aumentar lentamentea bio produtividade global a um ritmo parecidoao que se registou na última década. Nestecenário, a humanidade estará a utilizar umacapacidade biológica equivalente a trêsplanetas Terra em 2050.

Este cenário de "crescimento lento"contrasta-se com três possíveis caminhos quevoltariam a ver a humanidade a viver dentrodos limites da bio capacidade do planeta(Figura 30). Todos estes caminhos atribuemuma parte da bio capacidade às espéciesselvagens, de forma a preservar abiodiversidade. Isto não implica que qualquerdestes caminhos se torne politicamente viável;os caminhos são meras possibilidades.

O primeiro caminho indica uma redução daPegada Ecológica da humanidade até 2030 para50 porcento da bio capacidade do planeta, onível sugerido pelo biólogo E O Wilson (2002).Um segundo caminho indica um redução par67 porcento da bio capacidade em meados doséculo. O terceiro caminho mostra a

humanidade a reduzir as suas exigências sobreos serviços ecológicas para 88 porcento dacapacidade biológica do planeta no final doséculo. Isto reflecte a sugestão da ComissãoBrundtland (WCED 1987) que os restantes 12porcento fiquem preservados para as espéciesselvagens.

Passivo ecológicoOs caminhos diferem quanto ao excedente

das exigências humanas sobre a bio capacidadedo planeta, e o número de anos durante osquais esse excedente continuará. Para cada um,a soma dos défices globais anuais dá-nos umaforma de medir o passivo ecológicoacumulado. Na Figura 30 este passivocompreende a área acima da linha de "umúnico planeta" e abaixo da curva da PegadaEcológica para cada caminho hipotético.

O défice ecológico em planetas-ano, onde1 planeta-ano equivale à capacidade biológicada Terra durante 1 ano.

Entre 1983 e 2001, a humanidade

acumulou 1,5 planetas-ano de déficeecológico. No cenário de "crescimento lento"este défice aumenta para mais de 40 planetas-ano até 2050 e depois continua a acumular. Ocaminho dos 50 porcento resulta num déficetotal de 3,5 planetas-ano, o caminho de 67porcento em 6 planetas-ano, e o caminho dos88 porcento em 20 planetas-ano (Figura 31).

Activos ecológicosUm tipo de capital financeiro pode muito

facilmente ser trocado por outro desde que sechegue a um valor monetário correspondente.Os activos ecológicos são menosintercambiáveis. A sobre-utilização de umdeterminado tipo de activo ecológico, como osbancos de pesca por exemplo, nem semprepode ser compensado por uma utilizaçãomenos intensa de outro, como as florestas. Noentanto, estes tipos de activo não existemindependentemente um do outro: se as zonasde cultivo expandem à custa das florestas,haverá menos árvores para fornecimento de

A E L I M I N A Ç Ã O D O P A S S I V O E C O L Ó G I C O

18 RELATÓRIO PLANETA VIVO 2004

RELATÓRIO PLANETA VIVO 2004

madeira, papel, e combustível, ou paraabsorver CO2. Se os bancos de pesca entramem colapso as zonas de cultivo poderiam ficarsobre maior pressão para alimentar o gado e osseres humanos. Desta forma os activosecológicos, embora não sejam homogéneos,podem ser considerados como um todo quandose está calcular a tolerância da biosfera emrelação ao excedente.

Avaliação de riscoAs florestas são ecossistemas produtivos

com um stock de bio massa grande. Todos osanos as florestas produtivas jovens acumulamcerca de 2 porcento da bio massa das florestasmaduras, tornado os activos ecológicos deuma floresta madura equivalentes a 50 anos deprodução. Se a capacidade biológica total doplaneta fosse floresta, o esgotamento máximode uma só vez seria equivalente a 50 planetas-ano. No entanto, a maior parte dos tipos deeco-sistema têem menos stock disponível queas florestas e são esgotados mais rapidamente

se forem sobre-utilizados. Para além disso, aideia dos activos ecológicos seremcompletamente intercambiáveis subestima aseveridade do excedente, devido ao facto dasobre-utilização de um tipo potencialmentelevar ao esgotamento e degradação dessedeterminado activo, mesmo se a procura totalnão indica um excedente global. Podem aindaser causados danos irreversíveis aosecossistemas e serviços de ecossistemasdevido à perda de ecossistemas.

Um passivo de 50 planetas-ano podemdesta forma ser uma estimativa muito altadaquilo que a biosfera poderá tolerar. Estacomparação ajuda-nos a interpretar o riscoassociado com cada um dos quatro caminhoshipotéticos. O caminho dos 50 porcento, porexemplo, é economicamente arriscado devidoao facto de necessitar grandes investimentosagora, mas ecologicamente é o menosarriscado, porque minimiza o passivoecológico. Por outro lado o caminho dos 88porcento requer um investimento inicial

menor, mas corre o risco de comprometerseriamente a capacidade de biosfera empreencher as exigências da humanidade.

Reduzir e partilharPara se eliminar o excedente ecológico e

manter a biodiversidade, a procura de recursospor parte dos seres humanos terá que serreduzida ao ponto de não exceder a oferta. AFigura 32 mostra a Pegada Ecológica de cadaregião em 1961,2001 e, de acordo com aprojecção dos 67 porcento, em 2050. Sãodadas duas alternativas para 2050, uma naqual cada região utiliza dois terços dacapacidade biológica disponível no seuterritório, e outra em que o acesso àcapacidade biológica global é distribuída pelasregiões em proporção à população de cadaregião. Nenhuma das duas é necessariamente aestratégia correcta, mas ambas representamopções para partilhar a bio capacidade de umaforma sustentável.

Figura 27: De acordo com a projecção média da ONU a

população mundial atingirá os 9 mil milhões até 2050, um aumento

de 47 porcento entre 2000 e 2050.

Figura 28: Dentro de um cenário de baixas emissões do IPCC

as emissões de carbono irão aumentar até aos 11,7 milhões de

toneladas até 2050, um aumento de 70 porcento em relação a 2000.

Figura 29: As projecções da FAO indicam um crescimento de

104 porcento no consumo de carne, peixe e marisco entre 2000 e

2050, enquanto que se prevê que o consumo de cereais cresça 71

porcento e o consumo global de produtos florestais registe um

aumento de 87 porcento.

Figura 30: Quatro possíveis caminho para o futuro: um

cenário de "crescimento lento" baseado nas projecções

conservadoras de agências internacionais, e três caminhos para viver

dentro das capacidades biológicas do planeta.

Figura 31: O passivo ecológico é o resultado de défices

globais acumulados. Continuará a aumentar a menos que a pegada

ecológica seja menor que a bio capacidade mundial.

Figura 32: Pegadas para cada região em 1961, 2001, e 2050

baseado no caminho dos 67%, aceitando um futuro em que a pegada

de cada região é proporcional a) à sua bio capacidade ou b) à sua

população.

19

RELATÓRIO PLANETA VIVO 200420

O passivo global ecológico continuará aaumentar desde que a Pegada Ecológica excedaa bio capacidade. O risco para a humanidade, ea biodiversidade que daí resulta, só poderá sereliminado ao reduzir e eventualmente eliminaro passivo - vivendo dentro da capacidade deum único planeta. Para ter êxito, este tipo devivência de planeta único tem que sereconómico e atraente para pessoas devariadíssimas origens culturais, que vivem emdiferentes zonas do mundo.

O passivo ecológico é constituído por quatrofactores; portanto a redução do passivo requerpolíticas e actividades que levam:

1. Ao aumento de bio capacidade ao proteger, conservar e

restaurar os ecossistemas e a biodiversidade, para manter aprodutividade biológica e serviços ecológicos.

2. À redução da população mundial.

3. À redução do consumo per capita de bens e serviços.

4. Melhoria da eficiência de uso dos recursos a partir dosquais são produzidos os bens e serviços.

O aumento da bio capacidade impulsiona arobustez do sistema de suporte vital doplaneta. Em termos práticos, isto requer oestabelecimento e manutenção de redes dezonas protegidas que cobrem todos osecossistemas terrestres, de água doce, e

marinhos, a requalificação de ecossistemasdegradados de forma a se poderem adaptar àsalterações climatéricas. Requer a protecçãodos solos da erosão e degradação, e apreservação de zonas de cultivo existentes emvez do desenvolvimento urbano e industrial.Inclui a protecção das bacias fluviais,pântanos e ecossistemas de bacias vertentespara manter o fornecimento de água doce. Eimplica a eliminação do uso de químicostóxicos que degradam os ecossistemas. Ocrescimento da população pode ser reduzido eaté invertido ao dar apoio equitativo erespeitoso às pessoas que optam por termenos filhos. Três abordagens provadas sãoas de dar mais oportunidades de educação,

económicas e de saúde às mulheres.O potencial para a redução de consumo

per capita depende em muito do nível derendimento. As pessoas que consomem a umnível de subsistência têm pouca margem demanobra para reduzirem o seu uso derecursos, enquanto que aqueles que vivemem cidades e países ricos podem facilmentereduzir a sua pegada sem comprometer a suaqualidade de vida. No passado, a forma maispoliticamente aceitável de minimizar aPegada Ecológica foi a de tornar maiseficientes os sistemas de produção queconvertem a energia e recursos em bens eserviços. Nos últimos 40 anos, odesenvolvimento tecnológico ajudou em

O N E P L A N E T L I V I N G

O QUE É O ONE PLANET LIVING?

A parceria entre o BioRegional Development Group e a WWF, One Planet Living (Vivência Planeta Único) é umainiciativa baseada na experiência do projecto Beddington Zero fossil Energy Development (BedZED). O BedZED é umespaço de habitação e trabalho sustentável em Londres. As suas habitações e escritórios são altamente eficientesem consumos energéticos: o complexo consome 90 porcento menos energia para aquecimento que uma habitaçãomédia no Reino Unido e menos de metade da água, e foi concebido de forma a que toda a energia consumida sejagerada de forma renovável. Os materiais de construção provêm de fontes locais, recicladas, ou de fontes bemgeridas. E, embora seja um projecto compacto, os residentes têm jardins privativos e jardins de Inverno. Osresidentes vêm o BedZed como um lugar agradável para viver, o que contradiz a presunção de que uma menorpegada ecológica forçosamente se traduzirá numa menor qualidade de vida.

O conceito One Planet Living tem o objectivo de demonstrar como é possível tornar o desafio de viver dentro dascapacidades do nosso planeta viável, económico e atractivo. Isto é relevante para todas as actividades humanas,desde a gestão de recursos naturais à agricultura sustentável, floresta ou pesca sustentável, produção industrial sememissão de carbono, áreas protegidas e desenvolvimento urbano. Um dos objectivos é de estabelecer comunidadesOne Planet Living em todos os continentes até 2009, com projectos planeados ou já iniciados em Portugal, o ReinoUnido, África do Sul, América do Norte e China (ver www.bioregional.com).

Armazenamentodas águas da chuva

Ventilação eólica comrecuperação de calor

Painéis fotovoltaicospara carregar carroseléctricos

Iluminação eelectrodomésticos debaixos consumos

electricidade

água quente Fonte: ARUP

depósito deágua dachuva

sanita que poupa água

Sistema deinformática

Fossa

Tratamento deáguas residuais

Sistema de biomassacombinado deaquecimento eenergia

Como funciona o BedZED

21RELATÓRIO PLANETA VIVO 2004

muito a compensar o aumento do consumoper capita, mantendo a Pegada Ecológica porpessoa relativamente constante.

1. Melhorar a informação para a tomada dedecisões ao:

• Fornecer melhor qualidade e mais quantidade deinformação aos meios de comunicação. Os Governos eas empresas não irão receber as indicaçõesapropriadas dos cidadãos e consumidores sem que opúblico esteja bem informado.

• Apresentar informação responsável e correcta sobreos produtos de forma a que os consumidores nãosejam enganados pela publicidade.

• Estimular o uso alargado de relatórios empresariaissobre o ambiente para mostrar quais as empresas quese estão a esforçar para se tornarem sustentáveis, e aforma como o estão a fazer.

• Apoiar campanhas de informação pública e educaçãosobre os desafios e oportunidades da sustentabilidadetratando de temas como as alterações climatéricas, asflorestas e os bancos de pesca.

• Pedir aos governos para medirem e relataremindicadores mais abrangentes sobre o desempenhosocial, económico, e ecológico para complementar osindicadores económicos existentes como o PIB,défice da balança corrente, e taxa de inflação.

• Estimular o custeamento total de todos os bens eserviços desde a energia à água.

2. Avançar o design dos produtos e infra-estruturas urbanas ao:

• Fazer com que o custo dos transportes reflicta todosos custos sociais e ambientais de transportesrodoviários e aéreos, e estimular o uso de transportespúblicos.

• Implementar sistemas abrangentes de redução deresíduos que incluem a reutilização de recursosmunicipais e a reciclagem, e dão prioridade àprevenção da libertação de substâncias perigosas.

• Introduzir requisitos de design de prédios que levam aredução da produção de resíduos e utilização deenergia.

3. Utilizar os mercados e a regulamentação ao:• Incentivar os mercados financeiros a preferirem a

sustentabilidade de longo prazo aos ganhos de curtoprazo. Os fundos de pensões e as seguradoras têmnomeadamente oportunidades para investir de formaecologicamente responsável e abandonar os seusinteresses em actividades insustentáveis.

• Permitir que os governos ajustem o regime dosmercados e criem incentivos fiscais para que aspessoas se tornem menos dependentes nos recursose minimizem a produção de resíduos.

• Criar incentivos para a promoção de energiasrenováveis e tecnologias de eficiência energética.

4. Aumentar a cooperação internacional ao:• Pressionar os governos a alterar a sua perspectiva de

interesses nacionais de curto prazo para umaperspectiva global de interesses comuns. Numaeconomia global os governos raramente agem deforma unilateral sobre assuntos como as alteraçõesclimatéricas, a bio diversidade, ou a gestão dosoceanos. As convenções internacionais e os tratadosestimulam o desenvolver de soluções equitativas paraos desafios da sustentabilidade.

Embora os ganhos de eficiência sejamimportantes e representam uma grandeoportunidade (Pacala e Socolow 2004), nãoserão o suficiente para inverter ocrescimento actual da Pegada Ecológica.

As seguintes acções ajudaram a criaruma sociedade onde todas as pessoas vivembem, dentro das capacidades de um únicoplaneta.

Globalmente, o One Planet Living épossível, e compatível com uma vida com

significado e recompensadora para todos.Os altos níveis de consumo de materiais

e energias não são necessários para sustentaruma qualidade de vida decente. Conformesugerem Meadows et al. (2004) em Limitsto Growth: The 30-Year Update: "Nós nãoachamos que uma sociedade sustentáveltenha que estar estagnada, chata, uniformeou rígida. Não tem que ser, e provavelmentenão poderia ser, controlada centralmente ouautoritária. Poderia ser um mundo que tem

tempo, recursos, e vontade de corrigir osseus erros, inovar, preservar a fertilidade dosecossistemas do planeta. Poderia focar namelhoria de qualidade de vida de formacomedida em vez do aumento descomedidodo consumo…".

ACÇÃO INOVADORA

Existem muitas formas em que grupos de líderes de negócios, membros de governos, e da sociedade civil podemdesenvolver modelos inovadores para enfrentar o desafio de viver dentro das capacidades de um único planeta. Estaspessoas têm o poder de trazer o desenvolvimento sustentável ao centro das atenções. Um exemplo o do sector da energia.Podiam-se reduzir significativamente as emissões de CO2 ao mudar os sistemas para energia renovável ou a redução daprocura através de medidas básicas de eficiência energética. Estas alternativas poderiam tornar-se rapidamente atraentesse o preço da energia gerado através dos combustíveis fósseis reflectisse os seus custos totais.

Individual …se os consumidores comprassem energia renovável onde ela existisse, isto estimularia asprodutoras a produzir mais energia limpa.

Empresarial …se as produtoras pagassem o custo verdadeiro do carvão isto incentivava-as amudar para fontes energéticas menos carbono-intensivas

Governamental …os governos deveriam incentivar a construção de centrais maislimpas ao impor restrições rígidas nos sistemas de compra e venda de direitos deemissões de carbono

Internacional …para ter a certeza que estes sistemas de negociaçãoperversos não aparecem em países diferentes, os acordos internacionais,como o Protocolo de Quioto, devem ser implementados e os acordos após2012 devem incluir um sistema equitativo de restrições e negociações.

22 RELATÓRIO PLANETA VIVO 2004

O que é incluído na Pegada Ecológica?O que é excluído?Para prevenir que as exigências humanas

sobre a natureza, sejam exageradas, a PegadaEcológica inclui apenas os aspectos de consumode recursos e produção de resíduos que sãopotencialmente sustentáveis, e para os quaisexistem dados que permitem que esta procuraseja traduzida em termos da área precisa.

Como a natureza não tem uma capacidadeabsorção de metais pesados, materiaisradioactivos como o plutónio ou compostossintéticos persistentes (e.g. clorodana, PCBs,CFCs, PVCs, dioxinas), a sustentabilidadenecessita que a emissão para a biosfera de taissubstâncias seja eliminada. Igualmente, osimpactos de muitos fluxos de resíduos estão malcontabilizados nas contas da Pegada Ecológica.Por exemplo, dados fiáveis sobre a redução decapacidade biológica devido à chuva ácida aindanão estão disponíveis, portanto não se incluemnas contas.

A água consta das contas da PegadaEcológica apenas de forma indirecta. A sobre--utilização da água doce afectam o crescimentopresente e futuro das plantas, o que se reflecteem alterações de bio capacidade. Para alémdisso, a Pegada Ecológica inclui a energianecessária para fornecer e tratar a água, e a áreaocupada pelas albufeiras e barragens.

As contas da Pegada Ecológica retratam aprocura de recursos passada e a suadisponibilidade, não prevêem o futuro. Portanto,a Pegada Ecológica não estima perdas futurascausadas pela actual degradação dosecossistemas, sejam elas a salinidade ou perdados solos, ou a destruição dos bancos de pesca.Estes impactos serão, no entanto, contabilizadosna Pegada Ecológica futura como uma perda debio capacidade.

As contas da pegada também não indicam aintensidade com que cada zona biologicamenteprodutiva estar a ser utilizada. A intensidade

pode levar à degradação, mas nem sempre. Porexemplo, na China o rendimento da cultura doarroz mantiveram-se estáveis durante milharesde anos.

Embora a Pegada Ecológica reflicta asexigências globais sobre a biosfera, nãoespecifica pressões específicas sobre abiodiversidade. É apenas um resumo do riscoque a biodiversidade enfrenta. Por último, aPegada Ecológica não avalia a dimensão social eeconómica da sustentabilidade.

Como é contabilizado o uso de combustíveisfósseis?

A Pegada Ecológica mede as exigênciasimpostas pela humanidade sobre a natureza.Embora os combustíveis fósseis como o carvão,o petróleo e o gás natural sejam extraídos dacrosta terrestre e não são regenerados dentro dasescalas temporais humanas, a sua utilizaçãonecessita de serviços ecológicos. A queima destecombustíveis exerce pressão sobre a biosferadevido à acumulação de CO2 na atmosfera, oque contribui para o aquecimento global.

A Pegada Ecológica inclui a bio capacidadenecessária para absorver este CO2, menos aquantia absorvida pelos oceanos. Um hectareglobal consegue absorver o CO2 emitido aoconsumir 1.450 litros de gasolina por ano. Apegada de combustíveis fósseis não sugere que aabsorção do carbono seja a solução para oproblema do aquecimento global. Na verdadeaponta para a falta de capacidade ecológica paralidar com um excesso de CO2, e sublinha aimportância de redução das emissões de CO2. Ataxa de absorção usada nos cálculos da PegadaEcológica baseia-se numa estimativa da quantiade emissões de carbono de origem humana queas florestas mundiais conseguem remover daatmosfera. Esta taxa aproxima-se do zero àmedida que as florestas amadurecem, portanto aabsorção é limitada pelo tempo.

Portanto os "créditos" carbónicos das

florestas podem ser ilusórios porque nãoremovem o carbono da atmosferapermanentemente e apenas adiam a emissão docarbono contido nos combustíveis fósseis para aatmosfera.

A eficiência energética poderá ser a formamais economicamente viável para reduzir apegada energética. Do lado do fornecimento, astecnologias de energia renovável como a biomassa, energia solar térmica e fotovoltaica,eólica, hidráulica, oceânica térmica, geotérmicae energia das marés também têm o potencial dereduzir significativamente o tamanho da pegadaenergética. Exceptuando a lenha e ahidroelectricidade (que estão quase no ponto desaturação em países industrializados), asenergias renováveis fornecem menos de 1porcento da energia global (Aitken 2004, Hoffertet al. 2002). A bio massa pode produzircombustíveis neutros em termos de emissõescarbónicas para as centrais eléctricas outransportes, e têm um enorme potencial tanto empaíses industrializados com em países em viasde desenvolvimento. Mas a fotossíntese têmuma densidade energética baixa, e necessita deuma área grande. As células fotovoltaicas, oscolectores térmico-solares, e as turbinas eólicasocupam menos terreno, e não precisa de serterreno biologicamente produtivo. No entanto,os custos actuais e a natureza intermitente destesrecursos energéticos fazem com que eles sejammenos atractivos na maior parte dos mercadosactuais.

Os rendimentos biológicos actuais sãosustentáveis?

Ao calcular as pegadas nacionais, sãousados os rendimentos para as florestas e bancosde pesca registados pela Organização deAlimentação e Agricultura das Nações Unidas(FAO). Os mesmos são estimativas da quantiamáxima do stock de uma determinada espécieque pode ser utilizada sem reduzir a

produtividade do stock ao longo do tempo.Como os bancos de pesca estão em declínio,existem indicações claras que os rendimentosde pesca relatados são demasiado optimistas.Na realidade, existem estudos que sugerem queos bancos de pesca que são explorados a níveis75 porcento acima do risco de capacidadeestão-se a tornar instáveis (Roughgarden eSmith, 1996).

Se a sobre-utilização actual levar arendimentos mais baixos no futuro, istoreflectir-se-à nas avaliações futuras de biocapacidade. As colheitas ao nível, ou abaixo donível máximo de regeneração são umacondição necessária para a sustentabilidade.Não são, no entanto, suficientes. Retirar menosque o "rendimento máximo sustentável" podecausar danos ecológicos se as colheitascausarem danos aos ecossistemas, se existirsobre-utilização a nível local, ou se sãoprotegidas áreas insuficientes para proteger asespécies selvagens.

Como é contabilizado o comérciointernacional?

A Pegada Ecológica contabiliza o consumolíquido de cada país ao somar as suasimportações à sua produção, e subtraindo assuas exportações. Isto implica que os recursosconsumidos na produção de um carroconstruído na Alemanha, mas vendido eutilizado em França, contribuirá para a pegadafrancesa e não para a alemã. O "consumoaparente" que daí resulta pode ficar destorcidodevido ao facto de haver dados insuficientessobre os resíduos gerados na produção de benspara exportação. Isto leva a que a pegada fiqueexagerada para os países que produzem a maiorparte dos seus bens para exportação, esubestima a pegada de países importadores. Damesma forma, como não existem dadossuficientes, o consumo associado ao turismo éincluído na pegada do país de destino.

P E G A D A E C O L Ó G I C A : P E R G U N T A S F R E Q U E N T E S

23RELATÓRIO PLANETA VIVO 2004

Estes consumos deveriam ser atribuídos aopaís de residência do turista. Enquanto estesconsumos mal atribuídos distorcem as médiasnacionais, não afectam a Pegada Ecológicaglobal.

E as zonas urbanizadas?A área necessária para as infra-estruturas

residenciais, de transportes, produção industriale energia hidroeléctrica ocupa uma partesignificativa do terreno bio produtivo domundo. Em 2001, a pegada de zonasurbanizadas era de 0,44 mil milhões de hectaresglobais, mas a exactidão deste cálculo estálimitada pelas incertezas sobre os dados em quese baseia. Por exemplo, nas zonas urbanas osjardins estão diferenciados das zonaspavimentadas? Que quantidade da berma ecorredor das estradas é incluído? Mesmo asimagens de satélite de alta-resolução nãoconseguem distinguir de forma adequada entreestas superfícies. Como tradicionalmente ascidades têm-se localizado em zonas férteiscom climas moderados e acesso a água doce, as

1961, de 0,24 milhões de hectares para quase 14 milhões dehectares em 2001 (Casson 2003, FAO 2004b).

Figura 34: Variedade de pegadas de tecnologiasenergéticas renováveis em comparação com combustíveis fósseis.O tamanho da pegada energética dos combustíveis biológicos variamuito dependendo da quantia de energia necessária para convertero cultivo num combustível.

Figura 35: Em países de rendimento baixo e intermédio apegada média da cada pessoa alterou pouco nos últimos 40 anos,e reduziu-se em 8 porcento nos dez anos antes de 2001. A pegadamédia de cada pessoa em países de rendimento alto era quase trêsvezes maior em 1961 do que em países de rendimento baixo emédio, e aumentou consideravelmente desde então, incluindo umcrescimento de 8 porcento nos 10 anos antes de 2001.

contas da Pegada Ecológica presumem que ascidades ocupam áreas biologicamenteprodutivas médias. Isto poderá subestimar apegada de zonas urbanizadas porque as cidadessão muitas vezes localizadas em cima dasmelhores zonas de cultivo, com produtividadeacima da média. No entanto, isto poderá estarequilibrado por zonas urbanizadas localizadasem terreno marginal. Embora o tamanho físicodas infra-estruturas influência directamente apegada de zonas urbanizadas, também teminfluência sobre outras componentes da pegada.Por exemplo, casas maiores recursos e energiapara climatização e mobiliário, e estashabitações de baixa densidade muitas vezesaumentam o uso de transporte privado e tornaos transportes públicos menos eficientes.

Figura 33: Na América Latina florestas e savanas decaracterísticas únicas estão a ser convertidas em campos de soja.Alguma desta soja rica em proteínas é utilizada para produzirrações para gado europeu, e alguma é exportada para a China paraconsumo humano directo. O gráfico mostra as crescentes zonas decultivo de soja brasileiras, que se multiplicaram por 60 vezes desde

Tabela 1: POPULAÇÃO E PEGADA, POR FAIXA DERENDIMENTO, 1961-2001

População Pegada Pegadatotal da pop. por pessoa

(milhões) (mil milhões (hectaresde hectares globais) por pessoa)

Países com rendimento alto

1961 670 2.576 3.8

1971 744 3.828 5.1

1981 805 4.369 5.4

1991 860 5.097 5.9

2001 920 5.893 6.4

Países com rendimento baixo/intermédio

1961 2 319 3.303 1.4

1971 3 006 4.323 1.4

1981 3 685 5.762 1.6

1991 4 463 7.099 1.6

2001 5 197 7.602 1.5

TABELA 2: A P E G A D A E C O L Ó G I C A E A B I O C A PA C I D A D E

MUNDO 6 148.1 2.2 0.9 0.49 0.18 0.14 0.13 1.2 1.03 0.06 0.09 0.00

Países com rendimento alto 920.1 6.4 2.2 0.82 0.80 0.26 0.33 4.0 3.44 0.02 0.49 0.01Países com rend. intermédio 2 970.8 1.9 0.9 0.50 0.12 0.15 0.15 0.9 0.85 0.05 0.02 0.00Países com rendimento baixo 2 226.3 0.8 0.5 0.35 0.03 0.03 0.09 0.3 0.20 0.09 0.00 0.00

ÁFRICA 810.2 1.2 0.7 0.42 0.06 0.08 0.13 0.4 0.27 0.13 0.00 0.00Argélia 30.7 1.5 0.7 0.51 0.04 0.14 0.02 0.8 0.70 0.05 0.00 0.00Angola 12.8 0.8 0.6 0.30 0.06 0.11 0.11 0.2 0.13 0.05 0.00 0.00Benin 6.4 1.0 0.7 0.50 0.04 0.04 0.13 0.3 0.08 0.19 0.00 0.00Botsuana 1.8 1.3 0.5 0.27 0.06 0.15 0.03 0.7 0.64 0.07 0.00 0.00Burquina Faso 12.3 1.1 0.8 0.64 0.03 0.10 0.03 0.2 0.03 0.19 0.00 0.00Burundi 6.4 0.7 0.4 0.31 0.04 0.03 0.05 0.3 0.01 0.25 0.00 0.00Camarões 15.4 0.9 0.7 0.36 0.05 0.11 0.16 0.2 0.05 0.12 0.00 0.00Rep. Centro Africana 3.8 1.1 0.8 0.33 0.11 0.26 0.14 0.1 0.04 0.11 0.00 0.00Tchad 8.1 1.3 1.1 0.51 0.07 0.16 0.35 0.2 0.01 0.15 0.00 0.00Congo 3.5 0.9 0.6 0.21 0.07 0.04 0.30 0.2 0.11 0.07 0.00 0.00Rep. Dem. do Congo 49.8 0.7 0.4 0.18 0.04 0.01 0.15 0.3 0.01 0.27 0.00 0.00Costa do Marfim 16.1 0.9 0.6 0.39 0.11 0.06 0.07 0.2 0.10 0.11 0.00 0.00Egipto 69.1 1.5 0.8 0.52 0.05 0.00 0.22 0.6 0.58 0.05 0.00 0.00Eritreia 3.8 0.7 0.4 0.29 0.01 0.09 0.04 0.2 0.07 0.12 0.00 0.00Etiópia 67.3 0.7 0.4 0.29 0.03 0.08 0.01 0.3 0.02 0.27 0.00 0.00Gabão 1.3 1.7 1.1 0.45 0.03 0.07 0.56 0.5 0.42 0.08 0.00 0.00Gâmbia 1.4 1.1 0.9 0.65 0.06 0.04 0.14 0.2 0.09 0.09 0.00 0.00Gana 20.0 1.1 0.8 0.44 0.03 0.02 0.27 0.3 0.08 0.21 0.00 0.00Guiné Equatorial 8.2 1.0 0.6 0.36 0.05 0.07 0.08 0.3 0.05 0.29 0.00 0.00Guiné-Bissau 1.4 0.7 0.6 0.34 0.08 0.09 0.09 0.1 0.04 0.06 0.00 0.00Quénia 31.1 0.9 0.6 0.20 0.04 0.18 0.20 0.2 0.11 0.13 0.00 0.00Lesoto 1.8 0.6 0.4 0.28 0.00 0.09 0.00 0.3 0.02 0.23 0.00 0.00Libéria 3.1 0.7 0.3 0.21 0.00 0.02 0.09 0.4 0.03 0.32 0.00 0.00Líbia 5.3 3.1 1.0 0.72 0.04 0.13 0.08 2.1 2.04 0.02 0.00 0.00Madagáscar 16.4 0.8 0.6 0.27 0.00 0.16 0.12 0.2 0.06 0.12 0.00 0.00Malaui 11.6 0.7 0.5 0.34 0.03 0.00 0.13 0.1 0.05 0.09 0.00 0.00Mali 12.3 1.1 1.0 0.50 0.02 0.16 0.30 0.1 0.02 0.08 0.00 0.00Mauritânia 2.7 1.1 0.6 0.35 0.00 0.18 0.09 0.5 0.34 0.11 0.00 0.00Maurícias 1.2 2.4 0.9 0.50 0.12 0.01 0.28 1.3 1.32 0.00 0.00 0.00Marrocos 29.6 0.9 0.6 0.50 0.04 0.00 0.06 0.3 0.29 0.00 0.00 0.00Moçambique 18.2 0.7 0.4 0.27 0.03 0.03 0.06 0.2 0.03 0.19 0.00 0.00Namíbia 1.9 1.6 1.2 0.49 0.00 0.28 0.44 0.2 0.23 0.00 0.00 0.00Níger 11.1 1.1 1.0 0.82 0.03 0.09 0.04 0.1 0.04 0.05 0.00 0.00

RELATÓRIO PLANETA VIVO 200424

Dados de 2001 População Pegada Pegada total Incluído no total de alimentos, fibras e madeiras Pegada Incluído no total energéticoEcológica de alimentos, fibras Zona de Floresta Zona de Zona de energética CO2 de Biomassa Nuclear Hidraúlica

Total e madeira cultivo pasto pesca total combustíveis fósseisVer notas nas (Ha globais (Ha globais (Ha globais (Ha globais (Ha globais (Ha globais (Ha globais (Ha globais (Ha globais (Ha globais (Ha globaispáginas 33-37 (milhões) por pessoa) por pessoa) por pessoa) por pessoa) por pessoa) por pessoa) por pessoa) por pessoa) por pessoa) por pessoa) por pessoa)

25RELATÓRIO PLANETA VIVO 2004

0.07 1.8 0.53 0.27 0.81 0.13 0.4 -2 -12 0.65 8.87 MUNDO

0.23 3.3 1.12 0.33 1.57 0.31 3.1 8 -7 1.03 10.24 Países com rendimento alto0.07 2.0 0.51 0.30 1.07 0.13 -0.1 -5 -10 0.54 11.10 Países com rend. intermédio0.05 0.7 0.32 0.19 0.13 0.07 0.1 -11 -16 0.55 5.45 Países com rendimento baixo

0.06 1.3 0.38 0.51 0.28 0.12 -0.13 -5 -18 0.26 6.85 ÁFRICA0.04 0.7 0.25 0.35 0.01 0.01 0.8 1 -17 0.20 0.47 Argélia0.05 3.5 0.25 2.45 0.32 0.46 -2.7 9 -22 0.03 14.41 Angola0.04 0.7 0.47 0.06 0.09 0.08 0.3 -10 -12 0.04 3.88 Benin0.04 4.3 0.11 3.02 1.15 0.00 -3.1 -4 -22 0.08 8.23 Botsuana0.10 1.0 0.58 0.24 0.06 0.01 0.1 4 -3 0.06 1.02 Burquina Faso0.04 0.6 0.30 0.21 0.06 0.03 0.1 -22 -21 0.04 0.56 Burundi0.06 1.4 0.63 0.14 0.46 0.11 -0.5 -3 -19 0.05 18.50 Camarões0.07 3.7 0.59 0.71 2.37 0.00 -2.7 -9 -19 0.01 38.30 Rep. Centro Africana0.08 2.8 0.49 1.87 0.14 0.18 -1.4 -6 -24 0.03 5.31 Tchad0.06 8.1 0.10 3.97 3.77 0.25 -7.3 -40 -27 0.01 234.90 Congo0.05 1.6 0.17 0.37 0.98 0.07 -0.9 -19 -24 0.01 25.77 Rep. Dem. do Congo0.06 2.1 0.79 0.75 0.42 0.04 -1.2 -5 -9 0.06 5.03 Costa do Marfim0.12 0.5 0.30 0.00 0.00 0.08 1.0 4 -1 0.99 0.84 Egipto0.05 0.7 0.12 0.31 0.00 0.24 -0.1 -12 -25 0.08 1.64 Eritreia0.04 0.5 0.23 0.16 0.10 0.00 0.2 -2 -36 0.04 1.64 Etiópia0.06 20.1 0.49 4.85 12.85 1.83 -18.4 -2 -23 0.10 127.83 Gabão0.05 1.0 0.42 0.16 0.08 0.28 0.1 -2 -13 0.02 5.92 Gâmbia0.05 1.3 0.45 0.34 0.37 0.11 -0.2 11 -15 0.03 2.66 Gana0.06 2.8 0.27 1.11 1.01 0.36 -1.8 -3 -21 0.18 27.42 Guiné Equatorial0.04 3.0 0.39 0.45 0.61 1.55 -2.3 -16 -26 0.08 22.03 Guiné-Bissau0.04 0.7 0.19 0.35 0.04 0.12 0.2 -12 -24 0.05 0.97 Quénia0.02 1.1 0.14 0.89 0.00 0.00 -0.4 -1 -5 0.03 1.68 Lesoto0.06 3.4 0.23 0.88 1.94 0.30 -2.7 -20 -30 0.04 74.86 Libéria0.04 1.0 0.36 0.28 0.02 0.32 2.0 9 -18 0.90 0.11 Líbia0.06 3.1 0.26 1.20 1.33 0.24 -2.3 -14 -25 0.91 20.50 Madagáscar0.05 0.5 0.30 0.11 0.03 0.07 0.1 -21 -14 0.09 1.49 Malaui0.06 1.5 0.46 0.78 0.04 0.15 -0.4 -10 -21 0.57 8.16 Mali0.06 6.0 0.16 4.29 0.00 1.45 -4.8 -14 -24 0.62 4.19 Mauritânia0.18 1.2 0.22 0.00 0.01 0.82 1.2 27 -12 0.51 1.84 Maurícias0.00 0.7 0.29 0.00 0.12 0.27 0.2 -5 -28 0.43 0.98 Marrocos0.04 2.1 0.21 1.40 0.42 0.04 -1.5 2 -21 0.04 11.87 Moçambique0.12 4.5 0.61 1.99 0.00 1.77 -2.9 24 -22 0.14 9.30 Namíbia0.06 1.2 0.73 0.35 0.04 0.02 -0.1 -12 -15 0.20 3.02 Níger

Zonas Biocapacidade Incluído na Biocapacidade total Passivo Alteração da Alteração de Captações Recursos Dados de 2001 Urbanizadas† total Zona de Zona de Floresta Zona de Ecológico* pegada ecológica biocapacidade de água*** de água***

cultivo Pasto pesca per capita** per capita**(ha global (ha global (ha global (ha global (ha global (ha global (ha global (% 1991-2001) (% 1991-2001) (milhares de m3/ (milhares de m3/ Ver notas nas

por pessoa) por pessoa) por pessoa) por pessoa) por pessoa) por pessoa) por pessoa) pessoa/ano) pessoa/ano) páginas 33-37

Dados de 2001 População Pegada Pegada total Incluído no total de alimentos, fibras e madeiras Pegada Incluído no total energéticoEcológica de alimentos, fibras Zona de Floresta Zona de Zona de energética CO2 de Biomassa Nuclear Hidraúlica

Total e madeira cultivo pasto pesca total combustíveis fósseisVer notas nas (Ha globais (Ha globais (Ha globais (Ha globais (Ha globais (Ha globais (Ha globais (Ha globais (Ha globais (Ha globais (Ha globaispáginas 33-37 (milhões) por pessoa) por pessoa) por pessoa) por pessoa) por pessoa) por pessoa) por pessoa) por pessoa) por pessoa) por pessoa) por pessoa)

26 RELATÓRIO PLANETA VIVO 2004

Nigéria 117.8 1.2 0.9 0.65 0.06 0.05 0.09 0.3 0.19 0.10 0.00 0.00Ruanda 8.1 0.7 0.5 0.38 0.03 0.04 0.03 0.2 0.02 0.19 0.00 0.00Senegal 9.6 1.2 0.9 0.49 0.07 0.13 0.25 0.2 0.13 0.11 0.00 0.00Serra Leoa 4.6 0.9 0.6 0.28 0.02 0.03 0.23 0.3 0.04 0.24 0.00 0.00Somália 9.1 0.4 0.0 0.03 0.01 0.00 0.00 0.2 0.00 0.21 0.00 0.00Rep. Sul Africana 44.4 2.8 0.9 0.37 0.25 0.19 0.05 1.9 1.74 0.06 0.05 0.00Sudão 32.2 1.0 0.7 0.38 0.05 0.25 0.05 0.2 0.12 0.11 0.00 0.00Suazilândia 1.1 1.1 0.9 0.32 0.21 0.32 0.04 0.1 0.03 0.11 0.00 0.00Rep. Tanzânia 35.6 0.9 0.7 0.28 0.04 0.11 0.25 0.2 0.03 0.12 0.00 0.00Togo 4.7 0.9 0.6 0.41 0.03 0.04 0.08 0.3 0.08 0.24 0.00 0.00Tunísia 9.6 1.4 0.9 0.66 0.08 0.03 0.12 0.5 0.43 0.04 0.00 0.00Uganda 24.2 1.5 1.1 0.53 0.09 0.06 0.45 0.3 0.01 0.29 0.00 0.00Zâmbia 10.6 0.8 0.5 0.19 0.06 0.07 0.22 0.2 0.04 0.14 0.00 0.00Zimbabué 12.8 1.0 0.5 0.25 0.05 0.13 0.04 0.5 0.39 0.13 0.00 0.00

MÉDIO ORIENTE E 334.3 2.1 0.7 0.47 0.06 0.11 0.07 1.3 1.28 0.01 0.00 0.00ÁSIA CENTRALAfeganistão 22.1 0.3 0.1 0.09 0.05 0.00 0.00 0.0 0.01 0.01 0.00 0.00Arménia 3.1 1.0 0.6 0.38 0.02 0.22 0.01 0.3 0.30 0.00 0.00 0.00Azerbeijão 8.2 1.5 0.6 0.42 0.04 0.09 0.01 0.9 0.89 0.00 0.00 0.00Geórgia 5.2 0.8 0.5 0.28 0.00 0.22 0.00 0.2 0.21 0.00 0.00 0.00Irão 67.2 2.1 0.7 0.52 0.02 0.08 0.08 1.4 1.36 0.00 0.00 0.00Iraque 23.9 1.1 0.1 0.07 0.00 0.00 0.00 0.9 0.92 0.00 0.00 0.00Israel 6.2 5.3 1.5 0.80 0.27 0.10 0.35 3.7 3.70 0.00 0.00 0.00Jordânia 5.2 1.9 0.8 0.46 0.09 0.02 0.21 1.0 0.99 0.01 0.00 0.00Cazaquistão 15.5 2.8 0.8 0.51 0.03 0.26 0.03 1.9 1.91 0.00 0.00 0.01Kuvait 2.4 9.5 0.7 0.49 0.12 0.01 0.12 8.6 8.59 0.00 0.00 0.00Quirgizstão 5.0 1.1 0.7 0.42 0.02 0.31 0.00 0.2 0.23 0.00 0.00 0.00Líbano 3.5 2.3 0.9 0.65 0.19 0.00 0.06 1.3 1.29 0.00 0.00 0.00Arábia Saudita 22.8 4.4 0.8 0.49 0.11 0.11 0.13 3.3 3.33 0.00 0.00 0.00Síria 17.0 1.9 0.7 0.53 0.03 0.13 0.04 1.1 1.06 0.00 0.00 0.00Tajiquistão 6.1 0.6 0.3 0.23 0.01 0.06 0.00 0.2 0.23 0.00 0.00 0.00Turquia 69.3 2.0 1.1 0.75 0.12 0.11 0.07 0.9 0.85 0.02 0.00 0.00Turquemenistão 4.7 3.1 0.7 0.55 0.01 0.18 0.01 2.3 2.27 0.00 0.00 0.00Emirados Árabes Unidos 2.9 9.9 2.3 1.19 0.42 0.01 0.66 7.5 7.50 0.00 0.00 0.00Uzbequistão 25.3 1.9 0.5 0.28 0.01 0.24 0.01 1.3 1.28 0.00 0.00 0.00Iémen 18.7 0.7 0.5 0.28 0.01 0.07 0.09 0.2 0.20 0.00 0.00 0.00

ÁSIA-PACÍFICO 3 406.8 1.3 0.7 0.39 0.07 0.06 0.16 0.6 0.54 0.05 0.03 0.00Austrália 19.4 7.7 3.0 1.09 0.77 0.78 0.34 4.4 4.34 0.07 0.00 0.01Bangladesh 140.9 0.6 0.4 0.26 0.01 0.00 0.15 0.1 0.09 0.04 0.00 0.00Cambodja 13.5 1.1 0.9 0.22 0.01 0.11 0.58 0.2 0.01 0.15 0.00 0.00China 1 292.6 1.5 0.8 0.44 0.08 0.11 0.16 0.7 0.65 0.03 0.00 0.00Índia 1 033.4 0.8 0.4 0.34 0.01 0.00 0.05 0.3 0.27 0.05 0.00 0.00Indoésia 214.4 1.2 0.7 0.35 0.05 0.05 0.25 0.4 0.34 0.08 0.00 0.00

Zonas Biocapacidade Incluído na Biocapacidade total Passivo Alteração da Alteração de Captações Recursos Dados de 2001 Urbanizadas† total Zona de Zona de Floresta Zona de Ecológico* pegada ecológica biocapacidade de água*** de água***

cultivo Pasto pesca per capita** per capita**(ha global (ha global (ha global (ha global (ha global (ha global (ha global (% 1991-2001) (% 1991-2001) (milhares de m3/ (milhares de m3/ Ver notas nas

por pessoa) por pessoa) por pessoa) por pessoa) por pessoa) por pessoa) por pessoa) pessoa/ano) pessoa/ano) páginas 33-37

27RELATÓRIO PLANETA VIVO 2004

0.05 1.0 0.54 0.23 0.09 0.04 0.2 -6 -11 0.07 2.43 Nigéria0.05 0.5 0.30 0.10 0.05 0.01 0.2 6 -23 0.01 0.64 Rwanda0.05 0.9 0.35 0.27 0.10 0.17 0.3 -8 -23 0.17 4.10 Senegal0.05 1.2 0.16 0.49 0.11 0.36 -0.3 -8 -17 0.08 34.99 Serra leoa0.14 1.1 0.21 0.67 0.02 0.07 -0.7 3 -19 0.36 1.49 Somália0.05 2.0 0.55 0.72 0.47 0.21 0.8 2 -4 0.34 1.13 Rep. Sul Africana0.06 1.8 0.49 1.09 0.11 0.03 -0.8 1 -15 1.16 2.01 Sudão0.07 1.1 0.27 0.73 0.00 0.00 0.0 -9 -19 0.78 4.26 Swazilândia0.07 1.3 0.24 0.70 0.11 0.14 -0.3 -29 -26 0.06 2.56 Rep. Tanzânia0.04 0.8 0.54 0.18 0.06 0.02 0.1 -1 -17 0.04 3.14 Togo0.01 0.7 0.52 0.00 0.02 0.18 0.6 13 -25 0.28 0.47 Tunísia0.05 1.1 0.52 0.23 0.06 0.25 0.4 -11 -20 0.01 2.72 Uganda0.05 3.6 0.43 1.98 1.00 0.11 -2.8 -25 -22 0.16 9.95 Zâmbia0.05 0.9 0.28 0.51 0.03 0.02 0.2 -21 -18 0.20 1.57 Zimbabué

0.08 1.0 0.51 0.27 0.12 0.08 1.1 -27 -16 1.17 2.58 MEIO ORIENTE E ÁSIA CENTRAL

0.10 1.1 0.65 0.28 0.05 0.00 -0.8 -35 -33 1.05 2.94 Afeganistão0.05 0.6 0.27 0.18 0.09 0.02 0.4 -82 1 0.96 3.41 Arménia0.06 1.2 0.42 0.24 0.13 0.34 0.3 -73 1 2.10 3.68 Azerbeijão0.04 1.2 0.23 0.32 0.58 0.01 -0.4 -86 1 0.69 12.12 Geórgia0.07 0.7 0.39 0.13 0.02 0.09 1.4 23 -13 1.08 2.04 Irão0.08 0.6 0.45 0.03 0.00 0.00 0.5 16 -21 1.79 3.16 Iraque0.07 0.4 0.23 0.01 0.05 0.02 4.9 22 -22 0.33 0.27 Israel0.08 0.2 0.12 0.03 0.00 0.00 1.6 13 -12 0.20 0.17 Jordânia0.05 4.1 1.23 2.12 0.30 0.35 -1.2 -49 1 2.25 7.06 Cazaquistão0.15 0.3 0.03 0.01 0.00 0.10 9.2 181 15 0.19 0.01 Kuvait0.09 1.4 0.55 0.74 0.01 0.00 -0.3 -81 1 2.02 4.12 Quirgizstão0.06 0.3 0.23 0.00 0.00 0.01 2.0 29 -34 0.39 1.25 Líbano0.19 0.9 0.44 0.16 0.00 0.15 3.4 14 -30 0.76 0.11 Arábia Saudita0.07 0.9 0.64 0.14 0.00 0.01 1.0 12 24 1.18 1.55 Síria0.04 0.4 0.22 0.17 0.01 0.00 0.1 -90 1 1.95 2.60 Tajiquistão0.07 1.4 0.75 0.11 0.40 0.03 0.6 4 -22 0.57 3.31 Turquia0.09 3.5 0.62 2.19 0.02 0.55 -0.4 -44 1 5.22 5.24 Turquemenistão0.10 1.0 0.21 0.00 0.00 0.64 8.9 36 -16 0.80 0.05 Emirado Árabes Unidos0.06 0.7 0.39 0.24 0.00 0.04 1.1 -66 1 2.30 1.99 Uzbequistão0.05 0.4 0.12 0.12 0.00 0.13 0.3 -19 -26 0.36 0.22 Iémen

0.06 0.7 0.34 0.11 0.16 0.09 0.6 6 -11 0.56 4.67 ASIA-PACIFIC0.26 19.2 4.46 8.26 3.47 2.73 -11.5 16 -6 0.92 25.42 Austrália0.05 0.3 0.19 0.00 0.01 0.08 0.3 0 -11 0.54 8.59 Bangladesh0.03 1.0 0.31 0.12 0.19 0.37 0.1 9 -3 0.30 35.32 Cambodja0.07 0.8 0.35 0.12 0.17 0.05 0.8 14 -7 0.43 2.24 China0.04 0.4 0.29 0.00 0.02 0.03 0.4 1 -15 0.62 1.84 Índia0.05 1.0 0.34 0.07 0.27 0.28 0.2 4 -14 0.39 13.24 Indonésia

RELATÓRIO PLANETA VIVO 200428

Dados de 2001 População Pegada Pegada total Incluído no total de alimentos, fibras e madeiras Pegada Incluído no total energéticoEcológica de alimentos, fibras Zona de Floresta Zona de Zona de energética CO2 de Biomassa Nuclear Hidraúlica

Total e madeira cultivo pasto pesca total combustíveis fósseisVer notas nas (Ha globais (Ha globais (Ha globais (Ha globais (Ha globais (Ha globais (Ha globais (Ha globais (Ha globais (Ha globais (Ha globaispáginas 33-37 (milhões) por pessoa) por pessoa) por pessoa) por pessoa) por pessoa) por pessoa) por pessoa) por pessoa) por pessoa) por pessoa) por pessoa)

Japão 127.3 4.3 1.4 0.48 0.33 0.08 0.55 2.8 2.33 0.00 0.50 0.01Coreia do Norte 22.4 1.5 0.5 0.33 0.05 0.00 0.11 0.9 0.88 0.05 0.00 0.00Rep. Coreia 47.1 3.4 1.3 0.54 0.24 0.00 0.54 2.0 1.54 0.01 0.46 0.00Laos 5.4 1.0 0.6 0.31 0.05 0.13 0.15 0.2 0.02 0.22 0.00 0.00Malásia 23.5 3.0 1.3 0.50 0.19 0.04 0.55 1.6 1.60 0.03 0.00 0.00Mongólia 2.5 1.9 1.0 0.18 0.13 0.70 0.00 0.8 0.83 0.02 0.00 0.00Myanmar (Burma) 48.2 0.9 0.7 0.47 0.03 0.02 0.15 0.2 0.04 0.15 0.00 0.00Nepal 24.1 0.6 0.4 0.32 0.04 0.06 0.02 0.2 0.04 0.11 0.00 0.00Nova Zelândia 3.8 5.5 4.0 0.62 1.45 1.05 0.86 1.3 1.33 0.00 0.00 0.00Paquistão 146.3 0.7 0.4 0.31 0.02 0.00 0.06 0.3 0.22 0.04 0.00 0.00Papua Nova Guiné 5.5 1.3 0.9 0.26 0.14 0.11 0.35 0.3 0.09 0.21 0.00 0.00Filipinas 77.2 1.2 0.7 0.32 0.04 0.02 0.30 0.5 0.34 0.11 0.00 0.00Sri Lanka 18.8 1.1 0.7 0.30 0.05 0.03 0.34 0.3 0.25 0.06 0.00 0.00Tailândia 61.6 1.6 0.7 0.36 0.07 0.01 0.29 0.8 0.75 0.07 0.00 0.00Vietname 79.2 0.8 0.5 0.31 0.05 0.01 0.10 0.2 0.14 0.07 0.00 0.00

AMÉRICA LATINA 520.3 3.1 1.2 0.51 0.20 0.37 0.10 0.8 0.64 0.11 0.01 0.01 E CARAÍBASArgentina 37.5 2.6 1.5 0.68 0.13 0.55 0.11 1.0 0.94 0.02 0.04 0.01Belize 0.2 2.6 1.8 0.58 0.17 0.19 0.85 0.7 0.62 0.11 0.00 0.00Bolívia 8.5 1.2 0.7 0.34 0.05 0.33 0.02 0.4 0.37 0.05 0.00 0.00Brasil 174.0 2.2 1.5 0.58 0.35 0.53 0.09 0.5 0.35 0.16 0.02 0.02Chile 15.4 2.6 1.7 0.39 0.80 0.29 0.24 0.8 0.63 0.16 0.00 0.02Colômbia 42.8 1.3 0.7 0.33 0.04 0.30 0.04 0.5 0.44 0.05 0.00 0.01Costa Rica 4.0 2.1 1.1 0.41 0.37 0.33 0.03 0.9 0.69 0.18 0.00 0.00Cuba 11.2 1.4 0.6 0.39 0.06 0.07 0.07 0.8 0.80 0.02 0.00 0.00Rep. Dominicana 8.5 1.6 1.0 0.37 0.08 0.17 0.35 0.6 0.56 0.01 0.00 0.00Equador 12.6 1.8 1.1 0.38 0.30 0.31 0.10 0.6 0.54 0.08 0.00 0.01El Salvador 6.3 1.2 0.7 0.34 0.12 0.14 0.07 0.5 0.36 0.15 0.00 0.00Guatemala 11.7 1.2 0.5 0.30 0.05 0.12 0.03 0.7 0.42 0.26 0.00 0.00Haiti 8.1 0.5 0.4 0.31 0.02 0.02 0.02 0.1 0.08 0.05 0.00 0.00Honduras 6.6 1.4 0.6 0.28 0.08 0.18 0.07 0.7 0.43 0.27 0.00 0.00Jamaica 2.6 2.6 1.2 0.42 0.20 0.06 0.51 1.4 1.30 0.05 0.00 0.00México 100.5 2.5 1.1 0.66 0.09 0.28 0.09 1.3 1.22 0.08 0.02 0.00Nicarágua 5.2 1.1 0.5 0.35 0.01 0.10 0.06 0.6 0.33 0.23 0.00 0.00Panamá 3.0 1.8 0.8 0.31 0.04 0.36 0.06 0.9 0.82 0.09 0.00 0.00Paraguai 5.6 2.2 1.6 0.57 0.40 0.53 0.15 0.4 0.24 0.21 0.00 0.00Perú 26.4 0.9 0.7 0.37 0.04 0.13 0.14 0.2 0.12 0.06 0.00 0.01Trinidade e Tobago 1.3 2.3 0.9 0.40 0.15 0.04 0.35 1.4 1.39 0.01 0.00 0.00Uruguai 3.4 2.6 1.7 0.33 0.25 0.99 0.16 0.8 0.57 0.24 0.00 0.00Venezuela 24.8 2.4 0.9 0.35 0.04 0.33 0.24 1.3 1.28 0.03 0.00 0.03

AMÉRICA DO NORTE 319.1 9.2 3.0 0.98 1.35 0.44 0.22 5.8 5.20 0.04 0.56 0.02Canadá 31.0 6.4 3.0 1.09 1.45 0.39 0.11 3.3 2.70 0.02 0.51 0.12Estados Unidos da América 288.0 9.5 3.0 0.96 1.35 0.44 0.23 6.1 5.47 0.04 0.57 0.01

Zonas Biocapacidade Incluído na Biocapacidade total Passivo Alteração da Alteração de Captações Recursos Dados de 2001 Urbanizadas† total Zona de Zona de Floresta Zona de Ecológico* pegada ecológica biocapacidade de água*** de água***

cultivo Pasto pesca per capita** per capita**(ha global (ha global (ha global (ha global (ha global (ha global (ha global (% 1991-2001) (% 1991-2001) (milhares de m3/ (milhares de m3/ Ver notas nas

por pessoa) por pessoa) por pessoa) por pessoa) por pessoa) por pessoa) por pessoa) pessoa/ano) pessoa/ano) páginas 33-37

29RELATÓRIO PLANETA VIVO 2004

0.07 0.8 0.14 0.00 0.42 0.13 3.6 6 -6 0.69 3.38 Japão0.05 0.7 0.23 0.00 0.30 0.10 0.8 -37 -33 0.40 3.44 Coreia do Norte0.06 0.6 0.16 0.00 0.08 0.27 2.8 30 -12 0.39 1.48 Rep. Coreia0.10 1.4 0.33 0.21 0.68 0.07 -0.4 -4 -12 0.55 61.73 Laos0.07 1.9 0.79 0.02 0.63 0.42 1.1 10 -48 0.38 24.69 Malásia0.04 11.8 0.25 11.04 0.47 0.00 -9.9 -33 -11 0.17 13.77 Mongólia0.08 1.3 0.54 0.01 0.48 0.21 -0.4 10 1 0.69 21.69 Myanmar (Burma)0.05 0.5 0.27 0.06 0.08 0.01 0.2 -4 -12 0.42 8.74 Nepal0.13 14.5 2.76 4.36 6.82 0.45 -9.0 16 -13 0.55 85.71 Nova Zelândia0.04 0.4 0.26 0.01 0.02 0.04 0.3 2 -18 1.16 1.52 Paquistão0.12 2.6 0.33 0.05 1.15 0.90 -1.3 -8 -16 0.02 146.70 Papua Nova Guiné0.04 0.6 0.28 0.02 0.12 0.12 0.6 -6 -22 0.37 6.21 Filipinas0.05 0.4 0.20 0.02 0.05 0.06 0.7 20 -12 0.67 2.67 Sri Lanka0.06 1.0 0.59 0.01 0.19 0.14 0.6 20 -1 1.41 6.66 Tailândia0.08 0.8 0.36 0.01 0.14 0.17 0.0 14 6 0.90 11.25 Vietname

0.07 5.5 0.68 1.03 3.62 0.22 -2.4 6 -12 0.51 34.99 AMÉRICA LATINA E CARAÍBAS

0.08 6.7 2.31 2.71 1.07 0.54 -4.2 -6 -7 0.77 21.69 Argentina0.07 6.9 0.66 0.32 5.58 0.27 -4.3 70 -19 0.49 75.73 Belize0.07 15.6 0.48 2.92 12.16 0.01 -14.4 7 -18 0.16 73.40 Bolívia0.08 10.2 0.80 1.19 8.05 0.10 -8.0 9 -10 0.34 47.31 Brasil0.11 5.5 0.50 0.49 2.62 1.74 -2.8 30 -14 0.81 59.80 Chile0.07 3.7 0.24 1.42 1.93 0.01 -2.4 -3 -16 0.25 49.78 Colômbia0.11 1.6 0.46 0.70 0.25 0.03 0.6 14 -13 0.67 28.01 Costa Rica0.04 0.8 0.44 0.07 0.16 0.04 0.7 -7 -24 0.73 3.39 Cuba0.05 0.8 0.31 0.25 0.21 0.03 0.7 30 -19 0.40 2.47 Rep. Dominicana 0.06 2.1 0.39 0.40 0.97 0.30 -0.3 23 -24 1.35 34.24 Equador0.04 0.6 0.27 0.14 0.10 0.03 0.6 24 -5 0.20 4.00 El Salvador0.06 1.3 0.35 0.31 0.57 0.02 -0.1 25 -20 0.17 9.49 Guatemala0.02 0.3 0.15 0.04 0.03 0.03 0.3 -4 -26 0.12 1.73 Haiti0.07 1.9 0.38 0.29 1.08 0.06 -0.5 17 -26 0.13 14.49 Honduras0.05 0.5 0.20 0.04 0.11 0.08 2.1 38 8 0.16 3.61 Jamaica0.06 1.7 0.52 0.30 0.61 0.25 0.8 5 -15 0.78 4.55 México0.07 3.7 0.62 1.05 1.87 0.10 -2.6 1 -20 0.25 37.80 Nicarágua0.07 2.7 0.39 0.58 1.58 0.10 -1.0 1 -16 0.27 49.21 Panamá0.08 5.7 1.14 3.67 0.68 0.08 -3.5 -2 -17 0.09 59.96 Paraguai0.09 4.3 0.31 0.89 2.58 0.41 -3.3 5 -14 0.76 72.57 Perú0.00 0.4 0.15 0.01 0.04 0.24 1.9 18 -2 0.23 2.97 Trinidade e Tobago0.08 7.5 0.73 5.59 0.55 0.52 -4.9 2 -3 0.94 41.30 Uruguai0.07 2.5 0.27 0.73 1.35 0.06 -0.1 1 -18 0.34 49.82 Venezuela

0.42 5.4 1.86 0.30 2.8 0.43 3.9 7 -11 1.90 18.72 AMÉRICA DO NORTE0.06 14.4 2.77 0.49 10.04 1.08 -8.0 -2 -12 1.41 93.54 Canadá0.45 4.9 1.76 0.28 2.01 0.36 4.7 7 -11 1.95 10.66 Estados Unidos da América

NOTASMundo: A população total inclui países que não constam da tabelaPaíses com rendimento alto: Austrália , Áustria, Bélgica/Luxemburgo, Canadá, Dinamarca,Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Irlanda, Israel, Itália, Japão, Rep. Coreia, Kuvait, PaísesBaixos, Nova Zelândia, Noruega, Portugal, Eslovénia, Espanha, Suécia, Suíça, Emirados ÁrabesUnidos, Reino Unido, Estados Unidos da América

Países com rendimento intermédio: Argélia, Argentina, Bielorrússia, Belize, Bolívia, Bósnia eHerzegovina, Botsuana, Brasil, Bulgária, Chile, China, Colômbia, Costa Rica, Croácia, Cuba, Rep.Checa, Rep. Dominicana, Equador, Egipto, El Salvador, Estónia, Gabão, Geórgia, Guatemala,Hungria, Indonésia, Irão, Iraque, Jamaica, Jordânia, Cazaquistão, Letónia, Líbano, Líbia, Lituânia,Macedónia, Malásia, Maurícias, México, Marrocos, Namíbia, Panamá, Papua Nova Guiné, Paraguai,Perú, Filipinas, Polónia, Roménia, Federação Russa, Arábia Saudita, Sérvia e Montenegro,Eslováquia, Rep. África do Sul, Sri Lanka, Síria, Tailândia, Trinidade e Tobago, Tunísia, Turquia,

Ucrânia, Uruguai, Uzbequistão, Venezuela

Países com rendimento baixo: Afeganistão, Albânia, Angola, Arménia, Azerbeijão,Bangladesh, Benin, Burkina Faso, Burundi, Cambodja, Camarões, Rep. Centro Africana, Tchad,Congo, Rep. Dem. Congo, Costa do Marfim, Eritreia, Etiópia, Gâmbia, Gana, Guiné Equatorial,Guiné-Bissau, Haiti, Honduras, Índia, Quénia, Coreia do Norte, Quirgistão, Laos, Lesoto, Libéria,Madagáscar, Malawi, Mali, Mauritânia, Rep. Moldávia, Mongólia, Moçambique, Myanmar, Nepal,

30 RELATÓRIO PLANETA VIVO 2004

EUROPA OCIDENTAL 390.1 5.1 1.9 0.84 0.58 0.19 0.31 3.0 2.51 0.02 0.47 0.01Áustria 8.1 4.6 2.0 0.84 0.92 0.13 0.14 2.5 2.36 0.07 0.00 0.06Bélgica/Luxemburgo 10.7 4.9 1.9 0.90 0.67 0.08 0.24 2.6 1.68 0.01 0.94 0.00Dinamarca 5.3 6.4 3.2 1.14 1.77 0.06 0.26 2.9 2.92 0.01 0.00 0.00Finlândia 5.2 7.0 4.3 0.87 2.78 0.20 0.46 2.6 1.34 0.15 1.04 0.03França 59.6 5.8 2.1 0.89 0.58 0.30 0.33 3.6 2.18 0.01 1.35 0.01Alemanha 82.3 4.8 1.5 0.79 0.46 0.14 0.14 3.1 2.68 0.01 0.42 0.00Grécia 10.9 5.4 1.8 1.04 0.23 0.20 0.31 3.6 3.59 0.03 0.00 0.00Irlanda 3.9 6.2 1.9 0.78 0.63 0.23 0.21 4.2 4.21 0.00 0.00 0.00Itália 57.5 3.8 1.5 0.80 0.35 0.10 0.21 2.2 2.21 0.02 0.00 0.01Países Baixos 16.0 4.7 1.7 0.92 0.53 0.10 0.19 2.9 2.83 0.00 0.06 0.00Noruega 4.5 6.2 3.5 0.72 1.21 0.29 1.28 2.4 2.37 0.05 0.00 0.10Portugal 10.0 5.2 2.9 0.85 0.53 0.22 1.25 2.4 2.33 0.01 0.00 0.02Espanha 40.9 4.8 2.2 1.03 0.43 0.09 0.61 2.6 2.24 0.01 0.31 0.01Suécia 8.9 7.0 4.2 0.86 2.66 0.42 0.29 2.6 0.89 0.12 1.62 0.00Suíça 7.2 5.3 1.4 0.58 0.37 0.29 0.13 3.7 2.92 0.03 0.73 0.00Reino Unido 59.1 5.4 1.7 0.69 0.44 0.27 0.25 3.4 3.13 0.00 0.31 0.00

EUROPA DE LESTE 336.5 3.8 1.4 0.83 0.29 0.19 0.12 2.2 2.01 0.04 0.18 0.01 E CENTRALAlbânia 3.1 1.5 0.7 0.50 0.06 0.12 0.03 0.7 0.72 0.01 0.00 0.00Bielorrússia 10.0 3.2 1.5 0.93 0.23 0.30 0.07 1.6 1.58 0.02 0.00 0.00Bósnia e Herzegovina 4.1 2.3 1.0 0.46 0.33 0.12 0.05 1.2 1.21 0.04 0.00 0.00Bulgária 8.0 2.7 1.1 0.84 0.14 0.05 0.03 1.5 0.93 0.04 0.54 0.00Croácia 4.4 2.9 1.2 0.78 0.37 0.00 0.06 1.6 1.57 0.03 0.00 0.00Rep. Checa 10.3 5.0 1.9 0.91 0.67 0.14 0.14 3.0 2.71 0.02 0.24 0.00Estónia 1.4 6.9 3.5 1.12 1.51 0.57 0.30 3.3 3.07 0.25 0.00 0.00Húngria 10.0 3.5 1.3 0.81 0.31 0.10 0.10 2.0 1.67 0.04 0.30 0.00Letónia 2.4 4.4 3.3 0.90 1.30 0.98 0.14 1.0 0.88 0.13 0.00 0.00Lituânia 3.5 3.9 2.0 1.02 0.38 0.36 0.28 1.8 1.03 0.10 0.63 0.00Macedónia 2.0 2.3 0.9 0.52 0.13 0.16 0.07 1.3 1.27 0.06 0.00 0.00Rep. Moldávia 4.3 1.2 0.7 0.54 0.05 0.06 0.02 0.5 0.45 0.00 0.00 0.00Polónia 38.7 3.6 1.5 1.05 0.37 0.09 0.04 2.0 1.98 0.01 0.00 0.00Roménia 22.4 2.7 1.1 0.80 0.20 0.06 0.01 1.5 1.44 0.02 0.05 0.01Federação Russa 144.9 4.4 1.5 0.81 0.30 0.21 0.20 2.8 2.52 0.06 0.20 0.01Sérvia e Montenegro 10.5 3.0 1.8 0.84 0.59 0.27 0.11 1.1 0.99 0.06 0.00 0.00Eslováquia 5.4 3.6 1.4 0.74 0.50 0.11 0.07 2.0 1.31 0.01 0.67 0.01Eslovénia 2.0 3.8 1.3 0.74 0.46 0.12 0.03 2.4 2.36 0.04 0.00 0.00Ucrânia 49.3 3.3 1.2 0.80 0.08 0.25 0.05 2.1 1.71 0.02 0.32 0.00

Dados de 2001 População Pegada Pegada total Incluído no total de alimentos, fibras e madeiras Pegada Incluído no total energéticoEcológica de alimentos, fibras Zona de Floresta Zona de Zona de energética CO2 de Biomassa Nuclear Hidraúlica

Total e madeira cultivo pasto pesca total combustíveis fósseisVer notas nas (Ha globais (Ha globais (Ha globais (Ha globais (Ha globais (Ha globais (Ha globais (Ha globais (Ha globais (Ha globais (Ha globaispáginas 33-37 (milhões) por pessoa) por pessoa) por pessoa) por pessoa) por pessoa) por pessoa) por pessoa) por pessoa) por pessoa) por pessoa) por pessoa)

Zonas Biocapacidade Incluído na Biocapacidade total Passivo Alteração da Alteração de Captações Recursos Dados de 2001 Urbanizadas† total Zona de Zona de Floresta Zona de Ecológico* pegada ecológica biocapacidade de água*** de água***

cultivo Pasto pesca per capita** per capita**(ha global (ha global (ha global (ha global (ha global (ha global (ha global (% 1991-2001) (% 1991-2001) (milhares de m3/ (milhares de m3/ Ver notas nas

por pessoa) por pessoa) por pessoa) por pessoa) por pessoa) por pessoa) por pessoa) pessoa/ano) pessoa/ano) páginas 33-37

31RELATÓRIO PLANETA VIVO 2004

Nicarágua, Níger, Nigéria, Paquistão, Ruanda, Senegal, Serra Leoa, Somália, Sudão, Suazilândia,Tajiquistão, Tanzânia, Togo, Turquemenistão, Uganda, Vietname, Iémen, Zâmbia, Zimbabué

A tabela inclui todos os países com populações de mais de 1 milhão menos o Butão, Oman, eSingapura, para os quais não havia dados suficientes para calcular a pegada ecológica e dadossobre bio capacidade.Os totais poderão não estar correctos devido ao arredondamento.† Repare que as zonas urbanizadas fazem parte tanto da pegada ecológica como da biocapacidade.* Se o número para o passivo ecológico for negativo, o país tem uma balança ecológica positiva.** Para os países que faziam parte da antiga Etiópia, União Soviética, Jugoslávia, ou

Checoslováquia, as pegadas nacionais de 2001 per capita são comparadas com a pegada percapita do antigo país unificado.*** Captações de água e estimativas de recursos de Gleick 2004 e FAO 2004a.- Os dados sobre captações e recursos da Bósnia e Herzegovina, Macedónia, e Croácia estãoincluídas nas figuras da Sérvia e Montenegro.

0.17 2.1 0.81 0.08 1.03 0.16 3.0 5 -7 0.53 5.34 EUROPA OCIDENTAL0.07 3.5 0.71 0.10 2.64 0.00 1.1 4 -7 0.44 9.59 Áustria0.33 1.2 0.39 0.04 0.42 0.01 3.7 10 -4 0.70 2.00 Bélgica/Luxemburgo0.24 3.5 2.02 0.00 0.46 0.78 2.9 7 -14 0.13 1.12 Dinamarca0.13 12.4 1.08 0.00 10.93 0.24 -5.4 16 -6 0.45 21.20 Finlândia0.16 3.1 1.45 0.14 1.21 0.10 2.8 4 -8 0.52 3.42 França0.20 1.9 0.78 0.06 0.85 0.03 2.9 -3 1 0.46 1.87 Alemanha0.05 1.6 1.02 0.01 0.27 0.24 3.9 19 -15 0.79 6.78 Grécia0.12 4.7 1.33 0.96 0.70 1.60 1.5 25 -9 0.28 13.45 Irlanda0.07 1.1 0.58 0.01 0.38 0.05 2.7 5 -12 0.73 3.33 Itália0.12 0.8 0.31 0.05 0.11 0.16 4.0 7 -8 0.55 5.69 Países Baixos0.14 6.9 0.56 0.02 4.14 1.98 -0.8 11 -8 0.53 85.00 Noruega0.02 1.6 0.41 0.06 1.08 0.08 3.6 33 -7 0.73 6.85 Portugal0.03 1.6 0.92 0.04 0.57 0.04 3.2 21 -7 0.94 2.73 Espanha0.17 9.8 1.11 0.04 8.32 0.12 -2.7 6 -3 0.30 19.64 Suécia0.18 1.6 0.30 0.17 0.94 0.00 3.7 -6 -11 0.35 7.46 Suíça0.34 1.5 0.49 0.15 0.19 0.36 3.9 -1 -12 0.20 2.49 Reino Unido

0.07 4.2 1.09 0.21 2.71 0.19 -0.4 -23 0 0.48 16.25 EUROPA DE LESTE E CENTRAL

0.07 0.9 0.42 0.12 0.24 0.06 0.6 -13 19 0.54 13.36 Albânia0.06 3.1 0.87 0.29 1.93 0.00 0.0 -43 1 0.28 5.81 Bielorrússia0.06 1.8 0.26 0.30 1.15 0.01 0.5 -17 0 – – Bósnia e Herzegovina0.13 2.4 1.06 0.04 1.12 0.05 0.3 -16 -8 0.82 2.65 Bulgária0.09 2.8 0.83 0.33 1.28 0.27 0.1 6 0 – – Croácia0.15 2.8 1.06 0.02 1.56 0.01 2.2 1 0 0.19 1.28 Rep. Checa0.11 5.7 1.06 0.09 4.22 0.22 1.2 25 1 1.04 9.47 Estónia0.17 2.4 1.34 0.07 0.80 0.01 1.1 -10 -18 0.46 10.43 Hungria0.06 6.5 1.97 0.19 4.21 0.09 -2.1 -21 1 0.11 15.08 Letónia0.12 3.9 1.51 0.14 2.12 0.02 0.0 -29 1 0.90 7.15 Lituânia0.07 0.9 0.51 0.24 0.07 0.00 1.4 -16 0 – – Macedónia0.05 1.0 0.85 0.07 0.01 0.00 0.2 -79 1 0.54 2.72 Rep. Moldávia 0.07 2.0 0.97 0.08 0.86 0.01 1.6 -9 -10 0.30 1.59 Polónia0.11 2.4 0.84 0.01 1.43 0.03 0.3 -23 -2 0.32 9.45 Roménia0.05 6.9 1.18 0.35 4.95 0.39 -2.6 -21 1 0.53 31.11 Federação Russa0.08 1.7 0.83 0.25 0.50 0.03 1.3 8 0 0.26 10.64 Sérvia e Montenegro0.15 2.9 0.81 0.04 1.94 0.00 0.6 -28 0 0.20 9.29 Eslováquia0.07 2.9 0.29 0.06 2.45 0.01 0.9 40 0 0.15 16.03 Eslovénia0.06 2.0 1.25 0.12 0.47 0.04 1.4 -40 1 0.76 2.83 Ucrânia

32 RELATÓRIO PLANETA VIVO 2004

TABELA 3: O P L A N E T A V I V O A T R A V É S D O T E M P O

População Pegada Pegada de Alimentos, Pegada Zona Pegada Captações Índice Índice Índice Índiceglobal Ecológica fibras e madeira Energética Urbanizada Ecológica de água planeta espécies espécies espécies

total total Mundial vivo terrestres água doce marinhasVer notas nas (mil milhões (mil milhões (mil milhões (mil milhões (número (milhares depáginas 33-37 (mil milhões) ha global) ha global) ha global) ha global) de planetas) km3/ano)

1961 3.08 5.21 4.04 0.94 0.23 0.49 2.041962 3.14 5.37 4.07 1.06 0.23 0.51 2.101963 3.20 5.67 4.19 1.24 0.24 0.54 2.161964 3.27 5.92 4.23 1.45 0.24 0.56 2.221965 3.33 6.24 4.38 1.62 0.25 0.59 2.281966 3.40 6.41 4.34 1.82 0.25 0.60 2.341967 3.47 6.60 4.39 1.96 0.26 0.62 2.401968 3.55 6.93 4.50 2.18 0.26 0.65 2.461969 3.62 7.35 4.64 2.44 0.27 0.69 2.521970 3.69 7.81 4.75 2.78 0.27 0.73 2.57 1.00 1.00 1.00 1.001971 3.77 7.94 4.66 3.00 0.28 0.74 2.64 1.00 1.01 0.99 1.011972 3.84 8.38 4.83 3.26 0.28 0.78 2.70 1.01 1.02 0.98 1.011973 3.92 8.67 4.79 3.60 0.29 0.81 2.76 1.01 1.03 0.98 1.021974 3.99 8.80 4.91 3.60 0.29 0.82 2.82 1.01 1.04 0.97 1.031975 4.07 8.81 4.85 3.65 0.30 0.82 2.89 1.01 1.05 0.96 1.031976 4.14 9.16 4.87 3.98 0.30 0.85 2.95 1.00 1.04 0.97 1.001977 4.21 9.49 4.96 4.22 0.31 0.88 3.01 0.99 1.03 0.97 0.981978 4.29 9.66 4.92 4.42 0.32 0.89 3.07 0.99 1.04 0.98 0.961979 4.36 10.03 5.07 4.64 0.32 0.93 3.14 0.98 1.01 0.98 0.941980 4.43 10.02 5.09 4.61 0.33 0.92 3.20 0.97 1.00 0.98 0.921981 4.51 9.93 5.04 4.55 0.33 0.91 3.24 0.96 1.01 0.97 0.911982 4.59 9.84 5.00 4.50 0.34 0.91 3.28 0.96 1.00 0.98 0.901983 4.67 10.13 5.22 4.57 0.34 0.93 3.31 0.95 0.99 0.98 0.891984 4.75 10.39 5.21 4.83 0.35 0.95 3.35 0.94 0.97 0.97 0.891985 4.83 10.57 5.21 5.00 0.35 0.97 3.39 0.93 0.96 0.96 0.891986 4.92 10.90 5.39 5.15 0.36 0.99 3.43 0.91 0.95 0.92 0.881987 5.00 11.33 5.53 5.43 0.37 1.03 3.47 0.91 0.96 0.89 0.881988 5.09 11.72 5.62 5.73 0.37 1.06 3.50 0.89 0.95 0.84 0.881989 5.18 11.84 5.58 5.89 0.38 1.07 3.54 0.88 0.95 0.84 0.871990 5.26 11.80 5.54 5.88 0.39 1.07 3.58 0.87 0.93 0.82 0.871991 5.35 11.89 5.49 6.00 0.39 1.07 3.62 0.85 0.94 0.77 0.851992 5.43 11.84 5.33 6.11 0.39 1.07 3.65 0.82 0.91 0.74 0.821993 5.51 11.97 5.40 6.16 0.40 1.08 3.69 0.79 0.88 0.69 0.811994 5.59 12.11 5.49 6.22 0.40 1.09 3.72 0.75 0.86 0.64 0.771995 5.67 12.46 5.64 6.41 0.41 1.12 3.76 0.72 0.85 0.59 0.741996 5.75 12.69 5.57 6.70 0.41 1.14 3.80 0.69 0.82 0.55 0.741997 5.83 12.81 5.64 6.75 0.42 1.15 3.83 0.65 0.78 0.50 0.701998 5.91 12.85 5.61 6.81 0.43 1.15 3.87 0.64 0.76 0.49 0.691999 5.99 12.97 5.67 6.87 0.43 1.16 3.90 0.62 0.70 0.50 0.692000 6.07 13.33 5.78 7.12 0.43 1.19 3.94 0.61 0.68 0.47 0.702001 6.15 13.47 5.75 7.28 0.44 1.21 3.98

T H E W W F N E T W O R KAUSTRALIAGPO Box 528, Sydney, NSW 2001Tel: +61 2 9281 5515

AUSTRIAPostfach 1, 1162 ViennaTel: +43 1 488 170

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GREECE26 Filellinon St105 58 AthensTel: +30 210 331 4893

HONG KONGGPO Box 12721, Hong KongTel: +852 2526 1011

HUNGARYNémetvölgyi út 78/b 1124 BudapestTel: +36 1 214 5554INDIA172-B Lodi Road

New Delhi 110 003Tel: +91 11 5150 4815

INDOCHINAInternational PO Box 151Hanoi, Viet NamTel: +84 4 733 8387

INDONESIAPO Box 5020JKTM 12700, JakartaTel: +62 21 576 1070

ITALYVia Po 25/c, 00198 RomeTel: +39 06 844 9 71

JAPANNihonseimei Akabanebashi Building3-1-14 Shiba, Minato-ku Tokyo 105-0014Tel: +81 3 3769 1711

MACROECONOMICS FOR SUSTAINABLE DEVELOPMENT1250 24th Street NWWashington, DC 20037-1193, USATel: +1 202 778 9752

MADAGASCAR AND WEST INDIANOCEANBP 738, Antananarivo 101Tel: +261 20 22 348 85

MALAYSIA49 Jalan SS23/1547400 Petaling JayaTel: +60 3 7803 3772

MEDITERRANEANVia Po 25/c00198 Rome, Italy Tel: +39 06 844 97227

MEXICOAve Mexico No 51Col. Hipodromo Condesa06170 Mexico, DFTel: +525 55 5286 5631MONGOLIAKhudaldaany Street 5Ulaanbataar 46

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NEPALPost Box 7660, KathmanduTel: +977 1 4410 942

NETHERLANDSPostbus 7, 3700 AA ZeistTel: +31 30 6937 333

NEW ZEALANDPO Box 62376001 WellingtonTel: +64 4 499 2930

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PAKISTANPO Box 5180Lahore 54600 Tel: +92 42 586 2360

PERUCasilla Postal 11-0205Lima 11Tel: +51 1 440 5550

PHILIPPINESLBI Building, No 57 Kalayaan AveDiliman, 1101 Quezon City Tel: +63 2 929 1258

POLANDul. Wisniowa 38 m. 1Magdalena Dul02-520 Warsaw Tel: +48 22 849 84 69

RUSSIAFrom Europe:Account No WWF 232FLIP-Post Suite 25176 Finchley RoadLondon NW3 6BTUnited KingdomFrom the USA:Account No WWF 232208 East 51st Street

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SOUTH AFRICAPrivate Bag X2Die Boord 7613, Stellenbosch Tel: +27 21 888 2800

SOUTHERN AFRICAPO Box CY 1409Causeway, Harare, ZimbabweTel: +263 4 703902

SOUTH PACIFICPrivate Mail Bag, GPO Suva, FijiTel: +679 331 5533

SPAINGran Via de San Francisco 8 28005 MadridTel: +34 91 354 05 78

SWEDENUlriksdals Slott, 170 81 SolnaTel: +46 8 624 74 00

SWITZERLANDPostfach8010 ZürichTel: +41 1 297 21 21

TANZANIAPO Box 63117, Dar es SalaamTel: +255 22 27 00077

THAILANDPO Box 4, Klong Luang 12120Tel: +66 2 524 6168

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UNITED KINGDOMPanda HouseWeyside ParkGodalming Surrey GU7 1XRTel: +44 1483 426 444UNITED STATES1250 24th Street NWWashington, DC 20037-1193

Tel: +1 202 293 4800

WESTERN AFRICA08 BP 1776Abidjan 08 Côte d’IvoireTel: +225 22 47 20 86

ASSOCIATES

ARGENTINAFUNDACION VIDA SILVESTREDefensa 251, 6° PisoC1065 Buenos AiresTel: +54 11 4343 4086

ECUADORFUNDACION NATURACasilla 17-01-253, QuitoTel: +593 22 503 385

NIGERIANIGERIAN CONSERVATION FOUNDATIONPO Box 74638Victoria Island, LagosTel: +234 1 26242 497

VENEZUELA FUDENAApartado Postal 70776Caracas 1071-ATel: +58 212 238 2930

WWF INTERNATIONALAvenue du Mont-Blanc1196 Gland, SwitzerlandTel: +41 22 364 9111Fax: +41 22 364 8836Website: www.panda.org

WWF(Também conhecido como World Wildlife Fund nos EUA e Canadá) é uma das maiores e mais experientes organizações de conservaçãodo mundo, com quase 5 milhões de associados e uma rede global activa em 90 países. A missão da WWF é de deter a degradação doambiente do planeta e construir um futuro no qual a humanidade poderá viver em harmonia com a natureza:

- conservando a diversidade biológica do mundo- assegurar que a utilização dos recursos naturais renováveis é sustentável- promover a redução da poluição e o consumo desperdiçador

WWF InternationalAvenue du Mont-Blanc 1196 GlandSwitzerland

Tel: +41 22 364 9111Fax: +41 22 364 8836

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