2012 - Aprofundamento - História - Jenner - Aula 7 História Política Do Brasil - 24-08

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Profº Jenner 1500 a 1889

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  • Prof Jenner

    1500 a 1889

  • A rotina e no a razo abstrata foi o princpio que norteou os portugueses, nesta como em tantas outras expresses de sua atividade colonizadora.

    Preferiam agir por experincias sucessivas, nem sempre coordenadas

    umas s outras, a traar de antemo um plano para segui-lo at o fim.

    Sergio Buarque de Holanda

  • 1500 1600 1700 1800 1900

    Perodo colonial brasileiro

    1822

    Brasil Imprio(1822-1889)

    Brasil Colnia: 1 parte

    Capitanias Hereditrias;Governo Geral;Cmaras Municipais;

  • Brasil Colnia: 1 parte

    Resolveu-se os problemas com a criao das capitanias hereditrias,

    repetindo-se em larga escala o

    processo adotado anos antes na

    colonizao dos Aores e da Madeira.

    A economia agrria colonial sempre tece por tipo a grande explorao

    rural. Esto a as lavouras de cana e

    os engenhos de acar nossa principal riqueza de ento os extensos latifndios dedicados

    pecuria; ()A pequena propriedade no encontrou

    terreno favorvel para se desenvolver

    na economia da colnia. (PRADO JR., 1994: 18)

  • Respondendo ao fracasso do sistema das capitanias hereditrias, o governo portugus

    realizou a centralizao da administrao colonial com a criao do governo-geral, em 1548.

    Entre as justificativas mais comuns para que esse primeiro sistema viesse a entrar em colapso,

    podemos destacar o isolamento entre as capitanias, a falta de interesse ou experincia

    administrativa e a prpria resistncia contra a ocupao territorial oferecida pelos ndios.

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  • No processo de organizao das aes poltico-administrativas do espao

    colonial brasileiro, havia grandes dificuldades para regulamentar e resolver as

    questes ocorridas nos vrios centros urbanos da poca. Com isso, a Coroa

    Portuguesa permitia a organizao de rgos que viessem a responder os

    problemas locais que estariam fora de seu alcance. Entre estas instituies de

    natureza administrativa, havia especial destaque para as cmaras municipais.

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    Cmaras Municipais (os Homens Bons)

    Tais circunstncias condicionam a estrutura poltica da colnia. So elas que explicam a importncia das cmaras municipais,

    que constituem a verdadeira e quase nica administrao da

    colnia. () Dominam portanto nela os proprietrios rurais. Nas eleies para os cargos de administrao municipal votam

    apenas os homens bons, a nobreza, como se chamavam os

    proprietrios. (PRADO JR., 1994: 30)

  • 1500 1600 1700 1800 1900

    Perodo colonial brasileiro

    1822

    Brasil Imprio(1822-1889)

    Brasil Colnia: 2 parte

    Produo Aurfera;Rebelies coloniais;

  • A explorao do ouro, esta atividade tornou-se a mais lucrativa no perodo

    colonial, e a capital da colnia, que at ento se localizava em Salvador, mudou-

    se para o Rio de Janeiro, sob ordens do governo portugus, como meio de

    estratgia de aproximar a capital s regies aurferas.

    A Coroa Portuguesa cobrava altos impostos sobre o minrio extrado, sendo tais

    impostos recolhidos pelas Casas de Fundio rgo responsvel pelo arrecadamento das taxas, e onde tambm o ouro era transformado em barras.

    Os principais impostos eram:

    Quinto 20% de toda a produo do ouro pertenceriam ao rei portugus;

    Derrama a colnia deveria arrecadar uma quota de aproximadamente 1.500 kg de ouro por ano, e caso, essa quota no fosse atingida, penhoravam-se os bens

    de mineradores;

    Capitao imposto pago por cabea, ou seja, para cada escravo que trabalhava nas minas era cobrado imposto sobre eles.

  • Essas cobranas de impostos, taxas, punies e o abuso de poder poltico

    portugus sobre o povo nativo, gerou enormes conflitos contra os colonos,

    culminando, desta forma, em diversas revoltas sociais.

  • 1822 1831 1840 1889 1900

    Perodo Imperial brasileiro

    Primeiro Reinado

    Dom Pedro I

    Regncias

    Segundo Reinado

    Dom Pedro II

    Independncia:Transferncia do poder

    de D. Joo VI a D. Pedro I (Portugus para

    portugus) parlamentarismo

    1847

  • Os meses que medeiam da partida de D. Joo proclamao daIndependncia, perodo finam em que os acontecimentos se

    precipitaram, resultou num ambiente de manobras de bastidores, em

    que a luta se desenrolava exclusivamente em torno do prncipe

    regente, num trabalho intenso de o afastar da influncia das cortes

    portuguesas (...). Resulta da que a Independncia se fez por uma

    simples transferncia poltica de poderes da metrpole para o novo

    governo brasileiro. E na falta de movimentos populares, na falta de

    participao direta das massas neste processo, o poder todo

    absorvido pelas classes superiores da ex-colnia, naturalmente as

    nicas em contato direto com o regente e sua poltica. Fez-se a

    Independncia praticamente revelia do povo; e se isto lhe poupou

    sacrifcios, tambm afastou por completo sua participao na nova

    ordem poltica. A Independncia brasileira fruto mais de uma classe

    que da nao tomada em conjunto.

    (PRADO JR, Caio. Evoluo poltica do Brasil: Colnia e Imprio. So Paulo: Brasiliense.

    pp. 52-53.)

  • Primeiro Reinado

    (1822-1831)

    Desde as primeiras noticias do movimento constitucional, as opinies que manifestou, ou que deixou escritas, revelam-no (D. Pedro I) indignado com a usurpao da

    soberania a seu pai que as cortes haviam promovido. Posteriormente, embora hesitante,

    por breve intervalo, entre obedecer o Congresso [Parlamento Portugus] ou permanecer

    no Brasil, logo aprendeu a jogar com os interesses de coimbros e brasilienses, vendo

    no Imprio americano no s a possibilidade imediata de livrar-se do jugo da

    Assembleia, como a perspectiva futura de um Imprio dual, sobre qual reinaria, aps a

    morte de D. Joo VI, com redobrada autoridade e autonomia, de acordo com as

    concepes derivadas ainda na maior parte do universo do Antigo Regime.

    (Lcia Maria B. Pereira das Neves. Corcundas e Constitucionais. A cultura poltica da Independncia (1820-1822). Rio

    de Janeiro: Revan/Faperj, 2033, p 418.)

  • O Imprio no subsistia graas ao apoio do fazendeiro, como se pretende na

    historiografia tradicional. A chamada

    traio` do agricultor no ser mudana

    de atitude, mas o desenvolvimento

    coerente dos interesses, ideologicamente

    fixados. O Segundo Reinado, cuja

    centralizao ser sua nota essencial, ruiu

    quando os suportes dessa realidade

    poltica e administrativa entraram em

    colapso.

    Raymundo Faoro (Os Donos do Poder)

    Segundo Reinado

    (1840-1889)

  • Foi-se vendo pouco a pouco e at hoje o vemos ainda comsurpresa, por vezes que o Brasil se formara s avessas,comeara pelo fim. Tivera Coroa antes de ter Povo. Tivera

    parlamentarismo antes de ter eleies. Tivera escolas superiores

    antes de ter alfabetismo. Tivera bancos antes de ter economias.

    Tivera sales antes de ter educao popular. Tivera artistas antes

    de ter arte. Tivera conceito exterior antes de ter conscincia

    interna. Fizera emprstimos antes de ter riqueza consolidada.

    Aspirara a potncia mundial antes de ter a paz e a fora interior.

    Comeara em quase tudo pelo fim. Fora uma obra de inverso.

    Alceu Amoroso Lima (1893-1983 / Tristo de Atade)

  • Discursivas APROFUNDAMENTO JUNIOR

    HISTRIA POLTICA DO BRASIL: Do perodo colonial ao republicano.

    1) (Ufrj 2006) "Eu, o rei, fao saber a vs, Tom de Sousa, fidalgo de minha Casa, que vendo

    quanto servio de Deus e meu conservar e enobrecer as capitanias e povoaes das

    Terras do Brasil (...), ordenei ora de mandar nas ditas terras fazer uma fortaleza e povoao

    grande e forte, em um lugar conveniente, para da se dar favor e ajuda s outras povoaes

    (...); e por ser informado que a Bahia de Todos os Santos o lugar mais conveniente da

    costa do Brasil (...), que na dita Bahia se faa a dita povoao e assento, e para isso v uma

    armada com gente (...) e tudo o mais que for necessrio. E pela muita confiana que tenho

    em vs (...) vos enviar por governador s ditas terras do Brasil (...)."

    (Regimento de Tom de Sousa, 17 de dezembro de 1548)

    A poltica administrativa do Estado portugus no incio da colonizao estruturou-se a partir

    da adoo do sistema de Capitanias Hereditrias e, posteriormente, da criao do Governo-

    Geral. No entanto, o verdadeiro poder poltico na Colnia encontrava-se nas Cmaras

    Municipais, dominadas pelos "homens bons".

    a) Explique uma razo para a adoo do sistema de capitanias hereditrias na colonizao

    do Brasil.

    b) Apresente dois objetivos da criao do Governo Geral pelo Estado portugus.

    c) Cite uma razo da concentrao do poder poltico colonial nas Cmaras Municipais.

  • Resposta 1

    a) A Coroa Portuguesa precisava defender a regio costeira de ataques

    alheios, porm detinha parcos recursos financeiros e humanos para tal

    empreendimento. A soluo encontrada foi transferir essa empreitada

    para as mos da iniciativa privada.

    b) Em vias gerais, o governador-geral deveria viabilizar a criao de novos

    engenhos, a integrao dos indgenas com os centros de colonizao, o

    combate do comrcio ilegal, construir embarcaes, defender os colonos e

    realizar a busca por metais preciosos.

    c) A Coroa Portuguesa permitia a organizao de rgos que viessem a

    responder os problemas locais que estariam fora de seu alcance.

  • 2) (Ufc) Na manh de 12 de agosto de 1798, um panfleto revolucionrio

    afixado em vrios lugares da cidade de Salvador dizia: "Povo, o tempo

    chegado para vs defendreis a vossa Liberdade; o dia da nossa revoluo,

    da nossa Liberdade e de nossa felicidade est para chegar, animai-vos que

    sereis felizes."

    (PRIORE, Mary Del et al (Org.). "Documentos de Histria do Brasil - de Cabral aos anos 90". So Paulo: Scipione,

    1997, p. 38.)

    A partir desse texto e de seus conhecimentos, responda s questes

    propostas.

    a) Que movimento produziu o panfleto citado?

    b) Cite trs acontecimentos ocorridos no perodo, na esfera internacional,

    que podem ser relacionados a esse movimento.

    c) Cite dois objetivos do movimento ao qual o texto acima se refere.

    d) Apresente a relao entre a dureza das penas impostas aos principais

    acusados e a condio social da maioria dos participantes desse

    movimento.

  • Resposta 2

    a) Conjurao Baiana de 1798.

    b) Movimento Iluminista; Independncia do EUA (1776) e Revoluo Francesa

    (1789).

    c) Fim do domnio portugus na Bahia; Proclamao da Repblica; Liberdade

    de comrcio na regio; Fim da escravido e Fim das diferenas raciais.

    d) Revoltosos mais pobres, como Faustino e Nascimento, foram condenados

    imediatamente morte por enforcamento, enquanto que os intelectuais e mais

    abastados Barata e o professor Francisco Moniz foram absolvidos pela Coroa.

  • 3) (Ufu 2004) "O final do sculo XVIII foi um momento de grande turbulncia

    poltica internacional, com ressonncias no sistema colonial montado pelas

    naes europeias. As ideias liberais agitavam as mentes, acenavam com a

    possibilidade de mudanas. Para as colnias traziam a esperana de

    independncia poltica."

    (REZENDE, Antnio Paulo e DIDIER, Maria Thereza. "Rumos da Histria: a construo da modernidade - O Brasil

    Colnia e o mundo moderno". So Paulo: Atual, 1996, p. 238. )

    Tomando como referncia a citao acima e seus conhecimentos sobre as

    revoltas coloniais no Brasil, identifique as semelhanas e diferenas entre a

    Inconfidncia Mineira e a Inconfidncia Baiana.

  • Resposta 3

    Estes dois movimentos tiveram por principal objetivo a separao destes atuais

    estados do domnio portugus, ou seja, buscavam a independncia. Acreditavam

    tambm que poderiam estender a independncia para todo o Brasil. Ambas

    foram influenciadas pelo movimento iluminista europeu que chegava ao Brasil

    atravs das obras trazidas pelos estudantes brasileiros recm chegados das

    universidades europeias. Outro fator encorajador foram os movimentos

    internacionais mais importantes da poca, a Independncia dos Estados Unidos

    (influenciou a Inconfidncia Mineira) e a Revoluo Francesa (influenciou a

    Conjurao Baiana). Estes movimentos se caracterizaram, em seus planos, pela

    ao armada contra as autoridades portuguesas no Brasil. Apesar de algumas

    semelhanas, havia algumas diferenas ideolgicas entre estes movimentos.

    Enquanto a baiana era liderada pelas populaes mais pobres e almejavam a

    abolio da escravido, o movimento mineiro era dirigido pelas elites que, por

    isso, defendiam a permanncia da escravido aps a conquista da

    independncia. Estes movimentos foram denunciados antes de colocarem em

    prtica seus planos explicando o fracasso de seus objetivos. Joaquim da Silva

    Xavier, o Tiradentes, se transformou em Heri Nacional por perder a vida em

    defesa dos ideais da Inconfidncia Mineira.

  • 4) Leia Atentamente.

    CONSTITUIO DE 1824:

    Outorgada por D. Pedro I no incio de 1824, a Constituio Imperial ficou em vigor durante todo o perodo imperial, at ser substituda em 1891, pela

    primeira constituio republicana. Combinando ideias das constituies

    francesa (1791) e espanhola (1812) estabeleceu as bases da estrutura

    poltica e do funcionamento do imprio brasileiro. No entanto a forma como

    a constituio foi colocada em vigor, desencadeou grande oposio ao

    reinado de D. Pedro I.

    Com base nos conhecimentos que voc acumulou em seus estudos e em

    nossas aulas e discusses acerca do Primeiro Reinado elabore um texto que justifique historicamente falando a afirmao grifada no texto acima.

  • Resposta 4

    Na prtica, tais dispositivos reservavam um acmulo considervel de

    poder nas mos do imperador, afetando inclusive a liberdade individual

    dos cidados e o funcionamento das instituies. No bastasse isso, o

    artigo 99 da primeira carta magna brasileira previa que o imperador estava

    isento de qualquer tipo de responsabilidade acerca das consequncias de

    suas decises. Outro destaque negativo o inciso V do artigo 101, que

    traz a previso da dissoluo da Cmara dos Deputados por meio de uma

    interpretao flagrantemente pessoal do monarca (salvao do Estado).

  • 5) Leia com ateno o texto abaixo antes de passar questo.

    O parlamentarismo foi implantado no Imprio do Brasil em 1847, com a criao do cargo de presidente do Conselho de Ministros. O

    regime parlamentarista brasileiro inspirou-se no modelo ingls, em

    que o Poder Executivo era exercido por um primeiro-ministro

    indicado pelo partido que havia conseguido a maioria das cadeiras

    no Parlamento.

    Podemos afirmar que o parlamentarismo que se consolidou no

    Brasil a partir do ano supracitado exibia diferenas fundamentais

    em relao ao parlamentarismo clssico ingls? Justifique.

  • Resposta 5

    Parlamentarismo clssico ingls:O rei reina mas no governa. Quem governa o parlamento.

    Parlamentarismo brasileiro

    O rei reina, governa e administra. O parlamento figura secundria.