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    Introduo

    Transformao, mudana, autoconhecimento.Situaes, etapas ou fases que causam, de modo

    geral, receio, mas so, na mesma intensidade,desafiadoras.

    Transformar, dar nova forma. O novo e suasincertezas causam apreenso e ansiedade e porvezes nos faz recuar. A necessidade da mudana,por outro lado, motiva, impulsiona e encoraja. Oequilbrio entre as novas necessidades e osdiferentes desafios mantm a vida aquecida

    num fluxo contnuo de batalhas e conquistas.Uma das armas mais importantes nessa luta oconhecimento que por vezes nos deixa confuso

    nesse caminho de tantas incertezas. Mas soessas incertezas buscadas com segurana, quenos trazem o autocontrole, a auto-reflexo, osaber-se no mundo.

    J na antiguidade, no templo de Delfos, lia-seo aforismo conhece-te a ti mesmo. Essa fraseinspirou Scrates e a fonte dos avanos

    pessoais ao longo dos sculos. Cada indivduoencontra, ou no, seu prprio caminho para oautoconhecimento, seja a partir de si mesmo comuma auto-anlise a partir das relaesintrapessoais, e/ou a partir do outro nas relaesinterpessoais.

    As interaes com outros indivduos ampla,complexa e desafiadora, acompanhando-nos portoda nossa existncia, seja nas atividadeslaborais, familiares, de lazer, entre outras.

    Nesse complicado contexto que a vida,formam-se nossos valores que certamente soresultados de muito do que nosso meio ofereceenquanto experincias vividas. A influncia dofentipo, quando discutida as relaes entre

    Motriz, Rio Claro, v.18 n.1, p.200-207, jan./mar. 2012

    Artigo de Atualizao/Divulgao

    A influncia da dana de salo na percepo corporal

    Cristiane Costa Fonseca 1Rodrigo Luiz Vecchi 1, 2

    Eliane Florencio Gama 11

    Laboratrio de Percepo Corporal e Movimento, Faculdade de Cincias Biolgicas eda Sade, Universidade So Judas Tadeu, So Paulo, SP, Brasil

    2Curso de Educao Fsica e Esporte, Veris Faculdades, Campinas, SP, Brasil

    Resumo: A dana de salo uma forma de expresso dos sentimentos atravs dos movimentos. Oscasais devem perceber as suas possibilidades de ao motora e o espao disponvel para interagir com ooutro organizando seu corpo em um padro espacial. Esses fatores combinados com o resgate dasemoes despertadas pela dana tornam a prtica potencializadora de alteraes positivas na relaomente-corpo modificando a percepo corporal, tanto no seu aspecto proprioceptivo (esquema corporal),como emocional (imagem corporal). O objetivo desse estudo foi discutir a dana de salo e suacontribuio na percepo corporal dos seus praticantes. Para isso foi realizada de uma pesquisa

    bibliogrfica de carter descritivo e abordagem qualitativa. Sendo assim, conclumos que alm da tcnicana dana necessrio, tambm, saber utilizar os recursos como uma ferramenta e no como uma priso.A beleza da dana de salo resultado do equilbrio entre a tcnica e emoes do danarino.

    Palavras-chave: Dana. Percepo. Propriocepo. Imagem corporal.

    The ballroomdance influence in body perception

    Abstract: Ballroomdance is a feeling expression through the movements. Couples should realize theirpotential motor action and space available to interact appropriately one with the others leading to a correctorganization of their bodies in space. Dancing with a partner, exploring perceptual diversity together, bringingthe emotions aroused in a musical rhythm, makes this practice responsible for positive changes in therelationship between mind and body, modifying the body perception, both in proprioceptive (body schema),as in emotional (body image) aspects. The aim of this study was to discuss the dance and its contribution to

    the body perception of its practitioners. The study included a descriptive review of the literature with aqualitative approach consideration. However, more than learning the dance technique is necessary to knowhow to use these resources as a tool and not as a "prison." The beauty of ballroomdance achieves abalance between technique and the emotions.

    Key words: Dance. Perception. Proprioception. Body image.

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    indivduos, ressalta a importncia de viver emsociedade, principalmente no fato de respeitar ooutro, enquanto ser nico e com peculiarespotenciais. Considerando que o ser humano nico em sua essncia, cada pessoa tempotencialidades e capacidades distintas, as quaisse harmonizam de forma a atender um saber

    significativo que deve ser compreendido de formasingular.

    No entorno de tais discusses podemosverificar dentre as muitas vivncias que nosconduzem a respeitar o outro, o danar a dois,

    prtica que torna necessrio esse corpoindividualizado trocar sentimentos, a fim deconstruir uma nica linguagem corporal.

    A dana de salo

    Em essncia, o movimento um aspecto

    indispensvel para a vida. Embora o ato demovimentar-se seja parte integrante docrescimento e desenvolvimento humano,podemos aprender por meio de informaes erepeties a melhorar nosso movimentoestimulando o corpo humano a desempenhar eadquirir novas habilidades (MAIAet al., 2007).

    O aprendizado de novas e especficashabilidades na maior parte das vezes dependedas nossas experincias vividas e os estmulos

    decorrentes da relao do nosso corpo com omeio.

    Aprender a danar com um parceiro parece irmuito alm do aprendizado. Mover o corpo emcompanhia de outro, harmonizando movimentosem sintonia, num mesmo ritmo, resulta em umaunio do ser fsico numa quase mgica sincronia.Proporciona um encontro consigo mesmo, a partirdo encontro com o outro sendo um canal deexpresso dos sentimentos por meio dosmovimentos. Questes como a timidez e

    dificuldade de sociabilizao podem sersuperadas ao som da msica e no ritmo de cadaindivduo, pois a dana exige comunho erespeito com outro, seja ele o parceiro(a) comquem se dana ou sejam os outros casais. Issomostra como a dana conduz ao prazer por meioda cooperao e mostra tambm que os quedanam so antes de tudo cavalheiros e damasinteragindo no seu momento livre de lazer esatisfao. Os sujeitos tornam-se companheiroscom um objetivo comum: danar. O mandamentoda dana social dar as mos e seguir juntos.

    Deve existir um olhar sensvel para o outro, afinal

    o outro seu prprio espelho. Nesse momento acomunicao acontece por meio do corpo, doolhar e do toque. As dificuldades e facilidades somtuas e todos querem ser aceitos, todosdesejam aquele espao como uma forma dedesafios, vitrias, conquistas, prazer,aprendizado, mudanas. Um grande espao

    democrtico que cabe entre os braos e dotamanho de cada um. Nesse momento no existea percepo de fracasso, dando vis para umasensao de conquista a todo deslocamentoalcanado com o danar a dois.

    O homem, atravs da iniciativa da conduo,inicia sua inteno de movimento visando comque a mulher, deixando-se conduzir, responda aoestmulo oferecido. Para Ried (2004), sem ainterao do homem e da mulher, a Dana deSalo no funciona.

    Essa interao entre ambos pode serextremamente benfica no momento em queobservamos a quebra da timidez por parte dohomem e a perda da ansiedade no caso damulher. Confirma Abreu et al. (2008) ao apontarque principalmente os tmidos procuram a Danade Salo como alternativa para sarem da rotina eda correria devido as exigncias do dia-a-dia.

    Quando estabelecido um contato nico pelocasal, ambos devem se preocupar com o outro,

    na forma de expressar-se e comunicar-se.

    [...] A dana como forma de expresso ecomunicao, estimula as capacidadeshumanas e pode ser incorporada linguagemoral, por exemplo. Assim como as palavras soformadas por letras, os movimentos soformados por elementos, a expresso estimulae desenvolve as atividades psquicas de acordocom os seus contedos e na forma de servivida, tanto quanto a palavra (LABAN, 1990, p.33).

    Um elemento importante a ser discutido nesse

    contexto da dana a msica. Nesse sentido, oestudo de Deutsch (1997) demonstrouinterferncia positiva da msica nos estados denimo dos indivduos.

    Diversos podem ser os benefciosproporcionados pela prtica da Dana de Salo.Segundo Abreu et al (2008) essa prtica podemelhorar a coordenao motora, ritmo, percepoespacial possibilitando o convvio e o aumentodas relaes sociais.

    Outro ponto relevante o fator motivacionalassociado prtica. Pesquisas nas diferentesfaixas etrias demonstraram, como principal fator

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    que conduz os indivduos a buscarem a dana desalo, a possibilidade de sociabilizao. Estudosrealizados tanto em adolescentes (TRESCA; DEROSE, 2000) como em idosos (LIMA; VIEIRA,2007) demonstram que a oportunidade deinteragir com outras pessoas, fazer amizades econversar so fatores que despertam e mantm

    os estados motivacionais internos no praticante.Outros estudos como o de Volp (1995) e

    Fonseca(2008) confirmam a dana como prticamotivadora. Segundo os praticantes, essavivncia favorece a desinibio e melhora atimidez, pois para danar necessrioapresentar-se publicamente no salo e ter contatodireto com desconhecidos.

    Quando o assunto a socializao, a Danade Salo pode auxiliar nas mais variadas faixas-

    etrias. Para Zaniboni e Carvalho (2007) ascrianas a partir dessa prtica criam um espaosaudvel da convivncia em grupo, trocandoexperincias e compreendendo os limites dooutro. Completa Marcelino e Silva (2007) aoafirmar que na Educao Infantil, essa prticapode ser considerada uma possibilidade decontedo curricular nas aulas de Educao Fsicauma vez que trabalha com aspectos atitudinaisimportantes como o respeito entre os gneros, ainterao, alm de potencializar a expresso e a

    concentrao das crianas.Quanto ao pblico idoso, Zamoner (2007a)

    afirma que a Dana de Salo para essa faixa-etria favorece as relaes sociais reduzindo osedentarismo, fato esse que influenciadiretamente a prpria educao para sade dopraticante.

    Fica perceptvel o importante significado que aprtica da Dana de Salo pode ter aos idososnas palavras deMaiaet. al. (2007, p. 39) quando

    os autores afirmam que [...] a atividade fsicaisoladamente no suficiente para manter umaalta qualidade de vida e bem-estar, necessitandoassim incluir os idosos no meio social, intelectual,cultural, aspectos esses oferecidos nessavivncia corporal.

    No que diz respeito aos benefcios que prticada Dana de Salo pode proporcionar a umaestilo de vida mais ativo dos seus praticantes, ficaperceptvel nos diversos estudos aspectos queconduzem essa vivncia motora facilitarindivduos mais saudveis e com maior qualidadede vida. (ABREU et al., 2008; CILAG, 2008;

    ROCHA; ALMEIDA, 2007; ZAMONER, 2007a;ZAMONER, 2007b; ZAMONER, 2007c;ZANIBONI; CARVALHO, 2007; MAIAet al. 2007;ALMEIDA, 2005).

    Em relao ao pblico jovem, Marcelino eSilva (2007) discutem a utilizao da Dana deSalo enquanto contedo curricular das aulas de

    Educao Fsica no Ensino Mdio. Para osautores, essa prtica pode favorecer os contatosentre os adolescentes no ambiente escolar,levando-os a enfrentarem problemas derelacionamento com seus semelhantes,respeitarem-se trazendo harmonia com a outrapessoa atravs do contato com as sensaes ecomunicaes corporais.

    Os autores citam um aspecto extremamenteinteressante quando o objetivo a atribuio de

    significado ao contedo Dana de Salo por partedos alunos do Ensino Mdio:

    [...] Para facilitar a implantao dessa propostanas aulas de Educao Fsica no Ensino Mdio importante conectar o mundo do jovem ao dadana de salo, respeitando e explorando seuuniverso scio-polticocultural, dialogando comos alunos sobre pressupostos contedos evalores inseridos na mesma, criando umambiente multi-culturalista. Sendo ento oprofessor, o facilitador no ensino aprendizagemda Dana de Salo na escola (MARCELINO;SILVA, 2007, p. 30).

    CorroboraCilag(2008) ao afirmar que a Danade Salo um contedo possvel de serministrado para o Ensino Mdio, necessitandoapenas que o docente estimule esse ambiente deaprendizagem.

    Movimentar o corpo explorando diversaspossibilidades espaciais e articulares junto comum parceiro num ritmo musical combinada com afluidez mental e com o resgate das emoesdesencadeados pela dana desenvolve a relaodo sujeito com seu corpo, com o corpo do outro,com os objetos e pessoas a sua volta. Evoluir nadana pode significar desenvolver-se comopessoa.

    Sob o ponto de vista neural a dana de salo uma complexa atividade sensoriomotora queenvolve integrao de habilidades como ritmo,padro espacial, sincronia e coordenao.Explora as diversas possibilidades articulares, nosdiferentes nveis, planos, eixos, formas e direesacompanhando o ritmo musical e suas

    acentuaes fortes e fracas. Os danarinosdevem perceber o espao disponvel, os planosdo movimento e interagir adequadamente com os

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    casais que se deslocam no salo (BROWNet al,2006). A principal propriedade de danar organizar os movimentos do corpo em um padroespacial e isso se relaciona com a noo deespao externo, cinestesia e campo visual. Paradanar necessrio estar no ritmo da msica, terpostura adequada nas posies estticas e

    dinmicas tpicas de cada ritmo, interagiradequadamente com os prprios movimentos detronco, membros superiores e inferiores, com osdo parceiro e com as pessoas volta (RIED,2004).

    No estudo deFonseca(2008), que avaliou osbenefcios da dana de salo no esquemacorporal e imagem corporal de praticantesiniciantes, foi demonstrado que a prtica regulardurante trs meses capaz de melhorar apercepo corporal. Os alunos, aps a anlise

    especfica do ndice de percepo do corpo,demonstraram maior percepo tanto na largurados ombros, como em relao simetria corporal.A Dana de Salo nesse contexto foi responsvelpor desenvolver neles maior auto-aceitao esatisfao corporal.

    Vale ressaltar que a autora nessa pesquisaprocurou entender e delinear os aspectos doesquema corporal e da imagem corporaldiscutindo como a dana de salo poderia ter

    influncia nesses aspectos perceptivos.Entretanto devemos salientar que no houveinterferncia por parte da mesma nos aspectosrelacionados didtica, planejamento de ensino econtedo programtico, uma vez que as aulasapenas foram observadas e descritas. Percebe-seento, que a prtica da Dana de Salo por si s,j proporciona uma influncia positiva no aspectoproprioceptivo e afetivo dos praticantes.

    Com uma preocupao pedaggica presente,profissionais do setor poderiam planejar aulas queatravs de objetivos variados desenvolveriamaspectos como a percepo corporal toimportante no que diz respeito ao conhecimentodo prprio corpo pelo indivduo.

    A percepo corporal

    Podemos considerar dois aspectos comoformadores da percepo corporal de umindivduo: o esquema corporal que diz respeito aconcepo neurolgica e a imagem corporalrelacionada ao psicolgico.

    O esquema corporal formado pelas relaesespaciais entre segmentos corporais que

    permitem o indivduo estar consciente do seucorpo no tempo, sendo o resultado da interaodas aferncias somatossenssoriais, cinestsicase proprioceptivas (LE BOULCH, 1988;HOLMES;SPENCE, 2004; FREITAS, 2004; BARROS,2005). Um esquema corporal bem estruturadofavorece um bom desempenho motor e

    conseqentemente uma melhor relao com ocorpo e deste com o espao (HILDERet al, 2002;WETTERHAHN et al, 2002; STEWART et al,2003; citados por SEGHETO et al, 2010). Almdisso, o esquema corporal capaz de semodificar e se adaptar: qualquer situao queparticipe do movimento consciente do corpo somada ao modelo corporal tornando-se partedesse esquema (BARROSet al, 2005).

    J a imagem corporal corresponde a todas asformas que o indivduo experimenta e conceitua

    seu prprio corpo, a partir da representaomental da figura do corpo humano (ALMEIDA,2005). a construo mental do prprio corpo apartir de impresses subjetivas e juzo de valoressendo moldada pelas experincias individuais,relaes sociais e cultura (HILDER et al, 2002;THOMPSON, 2004; citados porSEGHETOet al,2010). um fenmeno singular estruturado naexperincia existencial do ser humano consigomesmo, com as outras pessoas e com o universo,resultante da interao dinmica entre a

    percepo e a concepo (TAVARES, 2003).Como a cada instante ocorre uma novapercepo e por ser influenciada a todo omomento pelos estados emocionais, conflitospsquicos, interao com outros seres, a imagemcorporal tem caracterstica de ser lbil e mutante(FREITAS, 2004).

    Sendo assim, a dana de salo tornou-se,ento, uma maneira de produzir alteraespositivas na relao mente-corpo modificando a

    percepo corporal, tanto no seu aspectoproprioceptivo (esquema corporal) como noaspecto emocional (imagem corporal)(FONSECA, 2008).

    Outros estudos tambm corroboram com amesmo presuposto, Lewis e Scannel (1995)avaliando mulheres praticantes de dana,sugerem que a prtica desta atividade por longoperodo pode ter influncia positiva na imagemcorporal, pois as danarinas apresentavam maiorgrau de satisfao corporal que as mulheres queno praticavam a dana.Turtelli(2003) afirma noseu estudo sobre movimento e imagem corporal

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    que danar traz benefcios para auto-imagem,descrevendo que atravs do movimento eexperimentao do corpo os indivduosestruturam a experincia de si mesmos no mundoe promovem resgate de sentimentossubconscientes oprimidos que interferem deforma positiva na imagem corporal. Zaniboni e

    Carvalho (2007) afirmam que a dana de salofavorece o desenvolvimento da imagem de simesmo a partir da experincia com o outro.Descrevendo que o estreitamento do vnculo entreos sujeitos e a interlocuo entre os corposproporciona (re)construo da imagem corporal.

    Consequentemente para Zaniboni e Carvalho(2007, p. 89), podemos nessa dana a dois:

    [...] visualizar a construo conjunta doimaginrio humano, que resulta da relaoentre um eu e um tu, tal como nos processos

    de comunicao verbal oral/escrito, porm emoutro espao de discursividade.

    CorroboraTurtelli(2003) quando destaca que,a arquitetura do corpo no mais reduzida engenharia gentica, mas resultado de umprocesso do imaginrio humano

    ParaZanibonie Carvalho, (2007, p.89)

    [...] os elementos (os sujeitos) A e B designamalgo diferente da presena fsica de organismoshumanos individuais. Se o que dissemos antesfaz sentido, resulta, pois dele que A e Bdesignam lugares determinados na estrutura deuma formao social, lugares dos quais asociologia pode descrever o feixe de traosobjetivos caractersticos [...] Nossa hiptese ade que esses lugares esto representados nosprocessos discursivos em que so colocadosem jogo. Entretanto, seria ingnuo supor que olugar como feixe de traos objetivos funcionacomo tal no interior do processo discursivo: elese encontra a representado, isto , presente,mas transformado; em outros termos, o quefunciona nos processos discursivos uma sriede formaes imaginrias que designam o lugarque A e B se atribuem cada uma a si e ao outro,a imagem que eles se fazem de seu prprio

    lugar e do lugar do outro.

    Com isso, podemos considerar a Dana deSalo um espao de interlocuo entre os corpose uma prtica facilitadora na construo daimagem corporal dos indivduos.

    Afirma Rosa Neto (2009) que por meio docorpo que concretiza a existncia do ser humano,tanto nos percebemos e somos percebidos, comointeragimos com o mundo exterior.

    Um dos aspectos extremamente interessantesnessa discusso a relao da imagem corporalcom o movimento. Para Schiller, 1999 (apudRosa

    Neto, 2009, p. 45): qualquer movimentoexecutado pelo indivduo pode modificar a suaimagem corporal; ao mesmo tempo a imagemcorporal ir imprimir caractersticas individuais ecircunstanciais realizao de qualquermovimento executado pelo indivduo.

    Essa percepo corporal durante o movimento

    conduz o indivduo a um maior controle do prpriocorpo em aspectos como a postura, o equilbrio,noo de lateralidade, entre outros.

    Fica perceptvel que tais estmulos poderiamser oferecidos nas aulas de Dana de Salo, umavez que essa vivncia motora ocorre numambiente de ensino-aprendizagem em que oprofessor tem inmeras possibilidades dedesenvolver os potenciais dos alunos.

    Consideraes Finais

    Como visto em nossa reviso de literatura,apesar de vrios trabalhos defenderem osinmeros benefcios da prtica da dana de salo,muitas variveis ainda podem ser analisadas eestudadas. importante olhar a dana como umaexpresso dos sentimentos por meio do corpo aoembalo da msica. O danarino deve sentir-selivre para expressar a fluidez na sua dana semse enclausurar em passos e seqncias pr-determinadas.

    Uma vez que o corpo percebido no processodo movimento, a partir da criatividade do casal,tudo pode se interligar, sem seqncias lgicaspr-estabelecidas e coreografadas. A expressodos sentimentos por meio do corpo namusicalidade ser muito mais natural, uma vezque tudo poder acontecer nessa nicalinguagem, construda atravs do contato criadoentre um cavaleiro e uma dama no salo.

    Quando estudamos com profundidade essa

    prtica, percebemos que danar a dois muitomais que realizar passos coreografados.

    Por termos a necessidade de danar com ooutro, no podemos pensar em um corpoindividualizado, mas sim o resultado da relaoentre um eu e um tu. De acordo comZanibonie Carvalho (2007) essa convivncia entre eu e

    tu favorece ao aluno o processo de

    (re)construo da imagem de si.

    Como resultado da pesquisa dos mesmos

    autores, aps ministrarem aulas de Dana deSalo para crianas num perodo de trs meses,foi observado que a amostra passou a lidar de

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    modo diferente com a auto-imagem e, tambm,estabeleceram uma nova forma de convivnciaentre os membros participantes das aulas.

    Aprender a tcnica da dana necessrio, noentanto, o mais importante saber utilizar essesrecursos como uma ferramenta e no como umapriso que estabelece um padro a ser seguido

    e em nenhum momento explorado de formadiferente.

    A Dana de Salo como possibilidade deexpresso leva o corpo dos praticantes ademonstrarem-se ativos na msica. Essaautonomia aprendida a partir da percepo doprprio corpo de quem a executa faz com que ossujeitos flutuem no salo.

    A leveza e beleza da dana de salo soresultado do equilbrio entre a tcnica e a medida

    dos passos com as emoes e naturalidade dodanarino.

    Referncias

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    Recebido em: 26 de setembro de 2010.Aceito em: 14 de dezembro de 2011.

    Motriz. Revista de Educao Fsica. UNESP, Rio Claro,SP, Brasil - eISSN: 1980-6574 - est licenciada sob

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