2013-Aula 01- Analise de Alimentos Introducao2010

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ANÁLISE DE ALIMENTOS ANÁLISE DE ALIMENTOS UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus Campo Mourão BROMATOLOGIA, deriva do grego: Broma, Bromatos: “alimentos, dos alimentos” Logos: “ciência” Ciência que estuda os alimentos.

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ANÁLISE DE ALIMENTOS ANÁLISE DE ALIMENTOS UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus Campo Mourão

BROMATOLOGIA, deriva do grego:

Broma, Bromatos: “alimentos, dos alimentos”

Logos: “ciência”

Ciência que estuda os alimentos.

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BROMATOLOGIA: estuda os alimentos, sua composição química, sua ação no organismo, seu valor alimentício e calórico, suas propriedades físicas, químicas, toxicológicas e também adulterantes, contaminantes, fraudes, etc.

tem a ver com o alimento desde a produção, coleta, transporte da matéria-prima, até a venda como alimento natural ou industrializado, verifica se o alimento se enquadra nas especificações legais, detecta a presença de adulterantes, aditivos que são prejudiciais à saúde, se a esterilização é adequada, se existiu contaminação, com tipo e tamanho de embalagens, rótulos, desenhos e tipos de letras e tintas utilizadas.

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Química Bromatológica, Análise de Alimentos, Química de Alimentos

Estuda a composição química dos alimentos, bem como suas características de aptidão para seu uso.

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ANÁLISE DE ALIMENTOS

Controle de qualidade (fabricação e estocagem do alimento processado).

Caracterização de alimentos in natura: alimentos novos e desconhecidos

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Pesquisa de novas metodologias analíticas.

Pesquisa de novos produtos.

Controle de qualidade dos produtos existentes.

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IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE DE ALIMENTOS

Indústrias: controle de qualidade, controle de processos em águas, alimentos, matérias-primas, produto acabado, embalagens, vida-de-prateleira, etc.

Universidades e Institutos de pesquisa: desenvolvimento de metodologia, controle de processos em pesquisa, prestação de serviços, etc.

Órgãos Governamentais: registro de alimentos, fiscalização na venda e distribuição, etc.

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CLASSIFICAÇÃO DA ANÁLISE DE ALIMENTOS

CONTROLE DE QUALIDADE DE ROTINA

Verificar a matéria-prima que chega como o produto acabado que sai de uma indústria, além

de controlar os diversos estágios do processamento.

Utilização de métodos instrumentais.

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FISCALIZAÇÃO

É utilizada para verificar o cumprimento da

legislação, através de métodos analíticos

que sejam precisos e exatos e, de

preferência, oficiais.

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PESQUISA

É utilizada para desenvolver ou adaptar

métodos analíticos exatos, precisos,

sensíveis, rápidos, eficientes, simples e de

baixo custo na determinação de um dado

componente do alimento.

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MÉTODOS DE ANÁLISE

Determinar um componente específico do

alimento, ou vários componentes, como

no caso da composição centesimal do

alimento.

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ANÁLISE DE ALIMENTOS

Métodos Convencionais

Nenhum equipamentosofisticado

Vidraria e reagentes

Não necessitam de

Utilizam

Pode ser realizada por

Métodos Instrumentais

Equipamentos sofisticados

Equipamentos eletrônicos

Necessitam de

Utilizam

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Atualmente são utilizados, sempre que possível, métodos instrumentais.

Os métodos convencionais são utilizados quando:

Alto custo dos equipamentos eletrônicos;

Não existe equipamento disponível para determinada análise;

Requer-se um método convencional, sob o aspecto da lei, por se tratar de um método oficial;

Em casos raros, os métodos convencionais podem apresentar resultados melhores do que os instrumentais.

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ESCOLHA DO MÉTODO ANALÍTICO

Alimentos: amostra muito complexa, em que os vários componentes da matriz podem estar

interferindo entre si.

Determinado método pode ser apropriado para um tipo de alimento e não fornecer bons resultados para outro.

ESCOLHA DO MÉTODO: depende do produto a ser analisado

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FATORES QUE DEVEM SER CONSIDERADOS NA ESCOLHA DO MÉTODO DE ANÁLISE

1. Quantidade Relativa do Componente a ser determinado

Classificação dos Componentes

Maiores: mais de 1%

Menores: 0,01%-1%

Micros: menos de 0,01%

Traços: ppm e ppb

Em relação ao peso total da amostra

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COMPONENTES MAIORES

Métodos Analíticos Clássicos ou Convencionais:

Gravimétricos e Volumétricos

COMPONENTES MENORES E MICROS

Técnicas mais sofisticadas e altamente sensíveis:

Métodos Instrumentais

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2. Exatidão Requerida

Métodos Clássicos: Exatidão de até 99,9%

Quando o composto se encontra em mais de 10% da amostra.

Quantidades menores que 10%

Métodos mais sofisticados e exatos.

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3. Composição Química da Amostra

Escolha do método: vai depender da composição química do alimento, isto é, dos possíveis interferentes.

Determinação de um componente predominante: não oferece grandes dificuldades.

Material de composição complexa: necessidade de efetuar a separação dos interferentes potenciais antes da

medida final.

Extração ou separação prévia do componente a ser analisado.

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4. Recursos Disponíveis

Nem sempre é possível utilizar o melhor método de análise.

Alto custo

Tipo de reagente

Pessoal especializado

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ESQUEMA GERAL PARA ANÁLISE QUANTITATIVA

Análise quantitativa

Deve estar relacionada à massa do componente de interesse presente na amostra tomada para análise.

Essa medida é a última de uma série de etapas operacionais que compreende toda a análise.

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Amostragem

Sistema de processamento da amostra

Reações Químicas

Separações

Medidas

Processamento de dados

Avaliação estatística

Mudanças Físicas

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A) AMOSTRAGEM

É o conjunto de operações com as quais se obtém, do material em estudo, uma porção relativamente

pequena, de tamanho apropriado, mas que ao mesmo tempo represente corretamente todo o

conjunto da amostra.

Homogeneidade da amostra:

Amostra heterogênea: caminhão de laranjas.

Amostra homogênea: lote de suco de laranja processado.

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Medida de uma Quantidade de Amostra

Resultados da Análise Quantitativa: expressos em termos relativos

Quantidades dos componentes por unidades de peso ou volume da amostra.

Necessidade de conhecer a quantidade de amostra (peso ou volume).

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B) SISTEMA DE PROCESSAMENTO DA

AMOSTRA

A preparação da amostra está relacionada com o tratamento que ela necessita antes de ser

analisada.

Moagem dos sólidos;

Filtração de partículas sólidas em líquidos;

Eliminação de gases.

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C) REAÇÕES QUÍMICAS OU MUDANÇAS FÍSICAS

Preparação do extrato para análise

Obtenção de uma solução apropriada para a realização da análise.

Tipo de tratamento: depende da natureza do material e do método analítico escolhido.

Extração com água ou solvente orgânico, ataque com ácido.

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D) SEPARAÇÕES

Eliminação de substâncias interferentes.

Transformação em uma espécie inócua: por oxidação, redução ou complexação.

Isolamento físico: como uma fase separada

(extração com solventes e cromatografia).

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E) MEDIDAS

Processo Analítico

Desenvolvido para resultar na medida de uma certa quantidade, a partir da qual se avalia a

quantidade relativa do componente da amostra.

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F) PROCESSAMENTO DE DADOS E AVALIAÇÃO ESTATÍSTICA

Resultado da Análise

Expresso em forma apropriada e, na medida do possível, com alguma indicação referente ao seu grau de incerteza (médias, desvios,

coeficiente de variação).

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AMOSTRAGEM E PREPARACÃO DA AMOSTRA

Os resultados de uma análise quantitativa

O processo analítico deve representar, com suficiente exatidão, a composição média do

material em estudo.

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FATORES PARA FAZER UMA AMOSTRAGEM

FINALIDADE DA INSPEÇÃO

Aceitação ou rejeição, avaliação da qualidade média e determinação da uniformidade.

NATUREZA DO LOTE

Tamanho, divisão em sub-lotes, a granel ou embalado.

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NATUREZA DO MATERIAL EM TESTE

Homogeneidade, tamanho unitário, história prévia e custo.

NATUREZA DOS PROCEDIMENTOS DE TESTE

Significância, procedimentos destrutivos ou não destrutivos, tempo e custo das

análises.

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AMOSTRA

Uma porção limitada do material tomada do

conjunto – o universo, na terminologia

estatística -, selecionada de maneira a possuir

as características essenciais do conjunto.

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PODEMOS CLASSIFICAR AS AMOSTRAS DA SEGUINTE FORMA

• amostra média: permite reduzir a qualidade média da totalidade. Deve representar uma composição similar, apesar do seu reduzido volume, àquele que resultaria o todo;

• amostra arbitrária: é a tomada apenas aleatória de uma parte do produto, não permitindo deduzir a composição média da totalidade;

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• amostra legal: tem caráter de prova jurídica, destinando-se a verificar se o produto está de acordo com a regulamentação vigente;

• contra-amostra: é deixada em poder do proprietário ou responsável: deve ser tomada pelas mesmas condições das outras amostras destinadas ao laboratório.

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• As muitas especificações do estado físico, tamanho, a forma e presença de embalagem dos produtos alimentícios → resultam em variadas operações de amostragem.

• Na tomada da amostra devemos ter em mente alguns aspectos importantes:

- prejuízo econômico significativo;

- representatividade da contra amostra.

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• A amostra para análise bromatológica tem que ser representativa da totalidade do alimento;

• a amostra para análise bromatológica não deve produzir prejuízo econômico sensível;

• a amostra para análise de contra verificação (contra amostra) tem que ser representativa da totalidade da amostra.

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PROCESSO DE AMOSTRAGEM

A) Coleta da amostra bruta;

B) Preparação da amostra de laboratório;

C) Preparação da amostra para análise;

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COLETA DA AMOSTRA BRUTA

A amostra bruta deve ser uma réplica, em

ponto reduzido, do universo considerado, no

que diz respeito tanto à composição como à

distribuição do tamanho da partícula.

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AMOSTRAS FLUÍDAS (líquidas ou pastosas) homogêneas

Coletadas em frascos com o mesmo volume (do alto, do meio e do fundo do

recipiente), após agitação e homogeneização.

AMOSTRAS SÓLIDAS

Cujos constituintes diferem em textura, densidade e tamanho de partículas, devem ser moídas e

misturadas.

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QUANTIDADESMaterial a ser analisado: granel ou embalado

em caixas, latas ou outros recipientes.Embalagens únicas ou pequenos lotes: todo

material pode ser tomado como amostra bruta.

Lotes maiores: a amostragem deve compreender de 10 a 20% do n° de embalagens contido no lote,

ou de 5 a 10% do peso total do alimento a ser analisado.

Lotes muito grandes: toma-se a raiz quadrada do n° de unidades do lote.

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Fórmula Geral para a Coleta da Amostra Bruta

N = c . n

n = população ( número de sacos, caixas, latas, etc.);

c = fator ligado ao grau de precisão e homogeneidade da amostra (c < 1 para população homogênea, e c> 1 para

população heterogênea);

N = número de unidades (sacos, caixas, latas, etc.) coletadas como amostra bruta.

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REDUÇÃO DA AMOSTRA BRUTA – AMOSTRA DE LABORATÓRIO

A amostra bruta é freqüentemente grande demais para ser

convenientemente trabalhada em laboratório e, portanto, deve ser

reduzida. A redução vai depender do tipo de produto a ser analisado e da análise.

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Alimentos secos ( em pó ou granulares): a redução pode ser manual ou através de equipamentos.

Alimentos líquidos: misturar bem o líquido no recipiente por agitação, por inversão e por repetida troca de recipientes.

Retirar porções de líquido de diferentes partes do recipiente, do fundo, do meio e de cima, misturando as porções no final.

Alimentos semi-sólidos (queijos duros e chocolate): as amostras devem ser raladas e depois pode ser utilizado o

quarteamento.

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Alimentos úmidos (carnes, peixes e vegetais): a amostra deve ser picada ou moída e misturada; e depois, se

necessário, passar pelo quarteamento. Em seguida toma-se a alíquota suficiente para análise. A estocagem deve ser sob

refrigeração.

Alimentos semiviscosos e pastosos (pudins, molhos, etc.) e alimentos líquidos contendo sólidos (compotas de frutas, vegetais em salmoura e produtos enlatados em geral): as amostras devem ser picadas em liquidificador,

misturadas e as alíquotas retiradas para análise.

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Alimentos com emulsão (manteiga e margarina): as amostras devem ser cuidadosamente aquecidas a 35 oC em

frasco com tampa, que depois é agitado para homogeneização. São retiradas alíquotas para análise.

Frutas: as frutas grandes devem ser cortadas ao meio no sentido longitudinal e transversal, de modo a repartir em quatro

partes. Duas partes opostas devem ser descartadas, e as outras duas devem ser juntadas e homogeneizadas em

liquidificador. As frutas pequenas podem ser simplesmente homogeneizadas inteiras no liquidificador.

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PREPARO DA AMOSTRA PARA ANÁLISE

Depende:

- natureza da mesma;

- do método analítico envolvido.

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TIPOS DE PREPARO DE AMOSTRA

Extração ou tratamento químico: para a extração de um componente, muitas vezes é necessária uma

preparação prévia, a fim de se conseguir uma extração eficiente do componente em estudo.

Desintegração mecânica: a moagem de alimentos secos é feita principalmente num moinho do tipo de Wiley (martelo) ou similar. Para amostras úmidas, a desintegração pode ser feita em moedores do tipo para carnes, em liquidificadores

ou processadores.

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Desintegração enzimática: é útil em amostras vegetais com o uso de celulases. Proteases e amilases

são úteis para solubilizar componentes de alto peso molecular (proteínas e polissacarídeos) em vários

alimentos.

Desintegração química: vários agentes químicos podem ser usados na dispersão ou

solubilização dos componentes dos alimentos.

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PRESERVAÇÃO DA AMOSTRA

Inativação enzimática: serve pra preservar o estado original dos componentes de um material vivo. Depende: tamanho,

composição e consistência dos alimentos, enzimas presentes e as determinações analíticas que se pretende.

Diminuição das mudanças lípidicas: os métodos tradicionais de preparo de amostras podem afetar a

composição dos extratos lipídicos. Resfriar a amostra rapidamente antes da extração ou congelar, se for

estocar.

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Controle do ataque oxidativo: recomenda-se a preservação a baixa temperatura (N líquido), para a

maioria dos alimentos.

Controle do ataque microbiológico: congelamento, secagem, uso de conservadores ou a combinação de qualquer um dos três. A escolha vai depender:

natureza do alimento, tipo de contaminação possível, período e condições de estocagem e tipo de análise.

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FATORES A SEREM CONSIDERADOS NA AMOSTRAGEM

Alimentos de origem vegetal:

Constituição genética: variedade;

Condições de crescimento;

Estado de maturação;

Estocagem: tempo e condições;

Parte do alimento: casca ou polpa

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Alimentos de origem animal:

Conteúdo de gordura;

Parte do animal;

Alimentação do animal;

Idade do animal;

Raça.

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Pós-colheita:

Perda ou adsorção de umidade;

Perda dos constituintes voláteis;

Decomposição química e enzimática;

Oxidação causada pela aeração durante a homogeneização;

Remoção de materiais estranhos;

Ataque por microrganismos com deterioração das amostras

Contaminação.

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Após a coleta da amostra (amostragem):

Identificação da amostra: não só as amostras bem como as embalagens onde são remetidas.

-Tipo de produto;

-Peso líquido;

-Datas de colheita, fabricação e/ou validade;

-Endereço da indústria ou fábrica ou estabelecimento;

-Nome dos responsáveis pela amostragem;

-Nome das testemunhas (amostra legal).

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Envio da amostra (transporte): para obter condições fidedignas quanto a qualidade do alimento.

-Inviolabilidade: evitar trocas, substituição ou acréscimo de substâncias próprias ou estranhas.

-Conservação: acondicionamento adequado para não haver alterações da amostra.

-Integridade: condições adequadas para que não haja ruptura ou qualquer dano da embalagem.

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Destino das amostras: as amostras são divididas em três partes que irão cumprir funções diferentes.

-Duas amostras irão para o laboratório: para análise e outra reservada para verificação ou retificação dos resultados.

-A terceira amostra ficará em poder do interessado para contraprova da análise (contra-amostra).

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GARANTIA DE QUALIDADE EM LABORATÓRIOS DE ANÁLISE DE

ALIMENTOS

Confiabilidade dos resultados: depende de vários fatores como especificidade; exatidão; precisão e sensibilidade.

Especificidade: capacidade do método analítico em medir o composto de interesse independente da presença de substâncias interferentes.

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Exatidão: pode ser medida de 2 maneiras; % de recuperação e comparação com outros métodos analíticos já definidos como exatos.

Precisão

Sensibilidade: menor quantidade do componente que se consegue medir sem erro.

Por ex.: em Análise Instrumental, a razão entre o sinal e o ruído deve ser de 2:1.

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PONTOS CRÍTICOS DE CONTROLE DE QUALIDADE EM UM LABORATÓRIO

DE ANÁLISE DE ALIMENTOS Coleção e preparação da amostra;

Método de análise da amostra;

Erros;

Instrumentação;

Analista.

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Coleção e preparação da amostra: esta área determina o tamanho e o método de coleta da amostra para que ela seja representativa. Devemos considerar os seguintes itens:

Amostragem;

Documentação;

Controle de contaminação;

Preservação e

Transporte para o laboratório.

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Métodos de análise: deve possuir atributos essenciais como: exatidão, precisão, especificidade e sensibilidade, além de ser prático, rápido e econômico.

Podem ser classificados em:

Métodos oficiais: devem ser seguidos por uma legislação ou agência de fiscalização;

Métodos padrões ou de referência: são desenvolvidos por grupos que utilizaram estudos colaborativos;

Métodos rápidos: são utilizados quando se deseja determinar se será necessário um teste adicional através de um método mais exato;

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Métodos de rotina: são os métodos oficiais ou padrões que podem ser modificados conforme a necessidade e conveniência;

Métodos automatizados: é qualquer um dos métodos citados anteriormente, porém que utilizam equipamentos automatizados;

Métodos modificados: são geralmente métodos oficiais ou padrões, que sofreram alguma modificação, para criar alguma simplificação, ou adaptação a diferentes matrizes, ou ainda, remover substâncias interferentes.

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Erros: determinados e indeterminados.

Determinados: método; operacionais; pessoais; instrumentos e reagentes.

Indeterminados

Instrumentos: deve-se fazer freqüentes padronizações e calibrações de modo a monitorar o desgaste.

Analistas: determinar com exatidão e precisão componentes presentes em concentrações muito baixas e em matrizes muito complexas.

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MEDIDAS DA EFICIÊNCIA DE UM MÉTODO ANALÍTICO

Utilizando material de referência:o o resultado do método novo é comparado com o obtido através de uma amostra de referência de concentração e pureza conhecidas.

Relações interlaboratoriais: a mesma amostra é analisada por vários laboratórios (estudo colaborativo).

Iniciação ao controle de qualidade: aplicar cálculos estatísticos sobre os resultados obtidos, de maneira a obter exatidão e precisão do método em estudo.

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