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CENTRO EDUCACIONAL SIGMA :: CESSÃO DE BOLSA | 1ª SÉRIE :: ENSINO MÉDIO | 21_Bolsa_2018.docx pág. 1 de 16 LÍNGUA PORTUGUESA Orgulho e vaidade A vaidade me faz marcar uma corrida de cem metros, que eu já sei de antemão que posso correr; corro, venço, e a vaidade se satisfaz, pequenina. O orgulho não: é audacioso e me faz marcar uma corrida de quilômetro, que eu ainda não sei se poderei correr; mas corro, e só consigo alcançar 600 metros. Torno a correr e faço 620. Corro outra vez e espantosamente faço 720! Faço uma corrida que é desafiadora. E continuarei correndo. Se conseguir quilômetro, imediatamente meu orgulho ficará descontente e dirá que foi pouco, e transporá a meta para 2 quilômetros. E hei de morrer um dia tendo (apenas!) conseguido um quilômetro e meio. (Disponível em: https://www.pensador.com/frase/MTc5ODY1/- autor desconhecido - adaptado) QUESTÃO 1 De acordo com o texto, o homem movido pela vaidade: A age impulsivamente e traça novos objetivos. B torna-se pequeno diante dos desafios. C sente-se insatisfeito com suas metas. D atua de modo desafiador para evitar a frustração. E estabelece objetivos que sabe estarem ao seu alcance. QUESTÃO 2 Assinale a opção em que a oração destacada está classificada de forma correta. A “que eu ainda não sei SE PODEREI CORRER” (subordinada substantiva completiva nominal) B “e dirá QUE FOI POUCO” (subordinada substantiva objetiva direta) C “QUE EU JÁ SEI DE ANTEMÃO que posso correr” (subordinada adjetiva restritiva) D “O orgulho não: É AUDACIOSO” (subordinada substantiva apositiva) E “Faço uma corrida QUE É DESAFIADORA.” (subordinada adjetiva explicativa) QUESTÃO 3 As conjunções são elementos de coesão que têm como função ligar termos de mesma função sintática ou orações. Em “SE conseguir quilômetro” e “MAS corro”, as conjunções em destaque apresentam, respectivamente, o sentido de A concessão e oposição. B conformidade e causalidade. C condição e adversidade. D condição e concessão. E proporção e conformidade. Leia o conto a seguir para responder às questões de 4 a 11. O retrato oval O castelo surgira à nossa frente como uma tábua de salvação. Eu estava ferido e ameaçado de passar a noite ao relento. Por isso, meu criado não hesitara em forçar a entrada. A construção sólida, imponente, misturava o grandioso ao sinistro. Parecia abandonado, pois não aparecera ninguém à nossa chegada. Mas, se abandonado, o fora há pouco ou talvez, por pouco tempo. Tudo estava arrumado, limpo, suntuosamente mobiliado. Escolhemos um dos aposentos menores e decorado com mais modéstia. Situava-se numa torre larga e mais baixa, afastada dos demais aposentos. Esta peça, embora mais simples, ainda assim era ricamente decorada. Objetos antigos, preciosos, paredes recobertas de luxuosa tapeçaria. Tudo porém desbotado, usado pelo tempo. Escudos, troféus e um número extraordinariamente grande de pinturas modernas, muito vivas, metidas em molduras douradas. Esses quadros, não sei se por sua originalidade ou pelo contraste que faziam com o ambiente, despertaram, em mim, um profundo interesse. Eu estava fascinado. Apesar de ferido, meu entusiasmo me excitara de tal maneira, que eu já me dispusera a me manter acordado, estudando, pesquisando. E assim foi. Ordenei a Pedro, meu criado, que fechasse os pesados postigos. Já era noite fechada. Pedro acendeu as velas de um enorme candelabro que estava à cabeceira do meu leito. Foram abertas as cortinas que velavam a cama. Eu me dispus, então, à contemplação das telas e ao exame de um pequeno volume que encontrara sobre o travesseiro. Ali estava a descrição e a crítica daqueles quadros. [...] Li muito. Afinal, meia-noite, a profunda meia-noite chegou sem que eu visse. A posição do candelabro incomodava-me. Eu já estava cansado. Meu criado adormecera e eu não queria perturbar-lhe o sono. Estendi a mão e troquei a posição da luz, de modo que se lançasse, em cheio, sobre o livro. Meu gesto produziu, porém efeito inteiramente imprevisto. Os raios luminosos das inúmeras velas caíram sobre um nicho existente no quarto, que estivera, até então, oculto pela sombra de uma das colunas do leito. Vi, assim, à plena luz, uma tela que ainda não havia notado. Era o retrato de uma jovem. Mais parecia uma adolescente. Olhei o quadro e fechei os olhos, em seguida. Procurei, dentro de mim, o motivo por que estava agindo assim. Vi, então, que aquele fora um movimento impulsivo para ganhar tempo de pensar. Queria certificar-me de que a vista não me havia enganado. Tranquilizar e dominar minha imaginação. Pouco depois, com serenidade e mais certeza, contemplei fixamente o quadro. Bem, não podia duvidar. Eu estava acordado, meus olhos já se haviam habituado à luz das velas que incidiam sobre a tela. O retrato, como já disse, era de uma jovem. Cabeça e ombros. Para baixo, o resto do busto tornava-se imperceptível, jogado no vago sombreado que constituía o fundo. Ali desapareciam também as pontas louras do cabelo. A moldura era oval, em filigrana dourada.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Orgulho e vaidade A vaidade me faz marcar uma corrida de cem metros, que eu já sei de antemão que posso correr; corro, venço, e a vaidade se

satisfaz, pequenina. O orgulho não: é audacioso e me faz marcar uma corrida de quilômetro, que eu ainda não sei se poderei correr; mas

corro, e só consigo alcançar 600 metros. Torno a correr e faço 620. Corro outra vez e espantosamente faço 720! Faço uma corrida que é

desafiadora. E continuarei correndo. Se conseguir quilômetro, imediatamente meu orgulho ficará descontente e dirá que foi pouco, e

transporá a meta para 2 quilômetros. E hei de morrer um dia tendo (apenas!) conseguido um quilômetro e meio. (Disponível em: https://www.pensador.com/frase/MTc5ODY1/- autor desconhecido - adaptado)

QUESTÃO 1 De acordo com o texto, o homem movido pela vaidade:

A age impulsivamente e traça novos objetivos.

B torna-se pequeno diante dos desafios.

C sente-se insatisfeito com suas metas.

D atua de modo desafiador para evitar a frustração.

E estabelece objetivos que sabe estarem ao seu alcance.

QUESTÃO 2 Assinale a opção em que a oração destacada está classificada de forma correta.

A “que eu ainda não sei SE PODEREI CORRER” (subordinada substantiva completiva nominal)

B “e dirá QUE FOI POUCO” (subordinada substantiva objetiva direta)

C “QUE EU JÁ SEI DE ANTEMÃO que posso correr” (subordinada adjetiva restritiva)

D “O orgulho não: É AUDACIOSO” (subordinada substantiva apositiva)

E “Faço uma corrida QUE É DESAFIADORA.” (subordinada adjetiva explicativa)

QUESTÃO 3 As conjunções são elementos de coesão que têm como função ligar termos de mesma função sintática ou orações. Em “SE conseguir quilômetro” e “MAS corro”, as conjunções em destaque apresentam, respectivamente, o sentido de

A concessão e oposição.

B conformidade e causalidade.

C condição e adversidade.

D condição e concessão.

E proporção e conformidade.

Leia o conto a seguir para responder às questões de 4 a 11.

O retrato oval O castelo surgira à nossa frente como uma tábua de salvação. Eu estava ferido e ameaçado de passar a noite ao relento. Por isso,

meu criado não hesitara em forçar a entrada. A construção sólida, imponente, misturava o grandioso ao sinistro. Parecia abandonado, pois não aparecera ninguém à nossa chegada. Mas, se abandonado, o fora há pouco ou talvez, por pouco

tempo. Tudo estava arrumado, limpo, suntuosamente mobiliado. Escolhemos um dos aposentos menores e decorado com mais modéstia. Situava-se numa torre larga e mais baixa, afastada dos demais aposentos. Esta peça, embora mais simples, ainda assim era ricamente decorada. Objetos antigos, preciosos, paredes recobertas de luxuosa tapeçaria. Tudo porém desbotado, usado pelo tempo. Escudos, troféus e um número extraordinariamente grande de pinturas modernas, muito vivas, metidas em molduras douradas. Esses quadros, não sei se por sua originalidade ou pelo contraste que faziam com o ambiente, despertaram, em mim, um profundo interesse. Eu estava fascinado. Apesar de ferido, meu entusiasmo me excitara de tal maneira, que eu já me dispusera a me manter acordado, estudando, pesquisando. E assim foi.

Ordenei a Pedro, meu criado, que fechasse os pesados postigos. Já era noite fechada. Pedro acendeu as velas de um enorme candelabro que estava à cabeceira do meu leito. Foram abertas as cortinas que velavam a

cama. Eu me dispus, então, à contemplação das telas e ao exame de um pequeno volume que encontrara sobre o travesseiro. Ali estava a descrição e a crítica daqueles quadros. [...] Li muito. Afinal, meia-noite, a profunda meia-noite chegou sem que eu visse.

A posição do candelabro incomodava-me. Eu já estava cansado. Meu criado adormecera e eu não queria perturbar-lhe o sono. Estendi a mão e troquei a posição da luz, de modo que se lançasse, em cheio, sobre o livro.

Meu gesto produziu, porém efeito inteiramente imprevisto. Os raios luminosos das inúmeras velas caíram sobre um nicho existente no quarto, que estivera, até então, oculto pela sombra de uma das colunas do leito.

Vi, assim, à plena luz, uma tela que ainda não havia notado. Era o retrato de uma jovem. Mais parecia uma adolescente. Olhei o quadro e fechei os olhos, em seguida. Procurei, dentro de mim, o motivo por que estava agindo assim. Vi, então, que aquele

fora um movimento impulsivo para ganhar tempo de pensar. Queria certificar-me de que a vista não me havia enganado. Tranquilizar e dominar minha imaginação. Pouco depois, com serenidade e mais certeza, contemplei fixamente o quadro. Bem, não podia duvidar. Eu estava acordado, meus olhos já se haviam habituado à luz das velas que incidiam sobre a tela.

O retrato, como já disse, era de uma jovem. Cabeça e ombros. Para baixo, o resto do busto tornava-se imperceptível, jogado no vago sombreado que constituía o fundo. Ali desapareciam também as pontas louras do cabelo. A moldura era oval, em filigrana dourada.

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Como arte, nada podia ser mais admirável que aquela pintura. Mas não fora isso que me tocara, estou certo. Não fora a execução da obra, nem a imortal beleza do rosto. Nem o trabalho de minha imaginação, despertada de seu quase adormecimento, pela semelhança daquela cabeça com a de uma pessoa viva.

Meio sentado, meio deitado, fiquei, talvez, uma hora com os olhos presos ao retrato. [...] Apanhei o volume que contava a história das pinturas. Busquei com ansiedade o número do retrato oval, aquele que, com sua

absoluta aparência de vida, me causara tamanho impacto. E lá estava a história. Sim, era muito jovem o modelo do retrato. Jovem, alegre, feliz. Um dia viu, amou e casou-se com o pintor. O artista daquela obra

maravilhosa. Ele, porém, já possuía outra noiva que o absorvia inteiramente: sua arte. Ela amava a vida. Animava tudo com seu entusiasmo jovem e feliz. Amava tudo menos aquela rival: a Arte. E odiava e temia os

pincéis, a paleta que a privavam do amado. Assim, foi terrível, para ela, ouvir o desejo dele de fazer seu retrato. Mas era humilde e obediente. Durante semanas e semanas, sentou-se no mal iluminado quarto da torre larga e isolada. Ali a luz vinha apenas de cima. Ele, o

pintor, apaixonou-se pelo trabalho. E prosseguia hora após hora. Dia após dia. O seu amor à arte, a obsessão pelo trabalho, seu delírio de artista, o impediam de notar que a esposa empalidecia e sua saúde murchava aos poucos. Todos notavam, menos ele. E ela sorria. Não se queixava, não mudava a expressão. Pelo contrário, também se animava, vendo-o trabalhar dia e noite, inteiramente tomado pela obra. Ela o amava muito. Mas, cada dia, tornava-se mais fraca e sem vida.

Os que viam o retrato, maravilhavam-se. Ele estava fazendo sua obra prima. Quando a obra se aproximava do fim, ele não quis mais permitir a entrada de outras pessoas na torre. Só ele e o modelo. Tornara-se

um selvagem. E raramente desviava o olhar da tela. Nem mesmo para contemplar o rosto da esposa. Se o fizesse veria que as cores que espalhava sobre a tela eram tiradas das faces daquela que estava à sua frente.

Muitas semanas se passaram. Pouca coisa restava a fazer. Faltava um toque na boca e um colorido nos olhos. Foi feito o toque e foi dado o colorido.

O espírito da jovem, como uma chama de vela, parecia tremular, despedindo-se. O pintor parou deslumbrado, diante da obra que acabara de executar. Enquanto a contemplava, pálido, emocionado, tremia. E, alto,

gritava: – Isto é a própria VIDA! É a VIDA mesmo! Voltou-se, então, para ver o modelo, sua esposa. Estava morta.

Edgar Allan Poe (adaptação de Clarice Lispector)

QUESTÃO 4 A partir da leitura e da compreensão do texto, avalie as seguintes afirmativas.

I. Observa-se que o conto em análise apresenta duas narrativas, ambas certamente com desfecho trágico.

II. Pode-se inferir que a curiosidade e a capacidade de observação são características do narrador-personagem.

III. Evidencia-se, em todo o texto, um relato desprovido de juízo de valor sobre os fatos.

É correto apenas o que se afirma em

A I.

B II.

C III.

D I e II.

E II e III.

QUESTÃO 5 Assinale a opção que não apresenta figura de linguagem.

A “O castelo surgira à nossa frente como uma tábua de salvação.”

B “Tudo porém desbotado, usado pelo tempo.”

C “O espírito da jovem, como uma chama de vela, parecia tremular...”

D “Ele porém, já possuía outra noiva que o absorvia completamente: sua arte.”

E “Vi, assim, à plena luz, uma tela que ainda não havia notado.”

QUESTÃO 6 A compreensão de um texto passa, necessariamente, pelo reconhecimento dos sentidos que as palavras podem nele possuir. Com base nessa afirmação e no texto lido, marque a opção correta.

A As palavras “obsessão” e “delírio” (18º parágrafo) sugerem ações humanas exageradas.

B A palavra “incidiam” em “à luz das velas que incidiam sobre a tela”, apresenta, no trecho, o sentido de incendiar.

C O vocábulo em destaque em “Mas não fora isso que me TOCARA” (11º parágrafo) sugere ponto de contato.

D Os termos “imperceptível” e “desapareciam” (10º parágrafo) dão a ideia de que a obra estava se desfazendo.

E A expressão em destaque em “APESAR DE ferido” (3º parágrafo) pode ser substituída por “Posto que ferido” sem prejuízo semântico.

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QUESTÃO 7 No trecho “Ordenei a Pedro, meu criado, QUE FECHASSE OS PESADOS POSTIGOS.”, a oração destacada classifica-se como subordinada substantiva

A subjetiva desenvolvida.

B predicativa desenvolvida.

C completiva nominal desenvolvida.

D objetiva direta desenvolvida.

E objetiva indireta desenvolvida.

QUESTÃO 8 Em “Isto é a própria vida! É a vida mesmo!”, ocorre a figura de linguagem denominada

A catacrese.

B metáfora.

C comparação.

D paradoxo.

E eufemismo.

QUESTÃO 9 Observe os termos destacados e assinale a opção que apresenta a classificação sintática correta entre parênteses.

A “Animava tudo com seu entusiasmo JOVEM e FELIZ” (predicativo do sujeito)

B “Pedro acendeu AS VELAS de um enorme candelabro” (objeto indireto)

C “Busquei COM ANSIEDADE o número do retrato oval” (adjunto adverbial)

D “Ali desapareciam também as pontas LOURAS DO CABELO.” (complemento nominal)

E “Mas era HUMILDE e OBEDIENTE.” (predicativo do objeto)

QUESTÃO 10 A seguir estão relacionadas algumas orações retiradas do texto O retrato oval. Assinale a que apresenta predicado verbo-nominal.

A “A moldura era oval, em filigrana dourada.”

B “Era o retrato de uma jovem.”

C “Eu estava ferido e ameaçado.”

D “Ele, porém, já possuía outra noiva.”

E “Enquanto a contemplava, pálido, emocionado.”

QUESTÃO 11 As conjunções e locuções conjuntivas estabelecem entre orações e períodos relações lógicas. A expressão em destaque no fragmento “O castelo surgira à nossa frente como uma tábua de salvação. Eu estava ferido e ameaçado de passar a noite ao relento. POR ISSO, meu criado não hesitara em forçar a entrada.” apresenta relação de

A acréscimo quanto ao que já foi dito.

B contraste em relação à oração anterior.

C escolha quanto a uma ação já mencionada.

D conclusão a partir do que se afirma anteriormente.

E explicação para o que foi expresso no período antecedente.

QUESTÃO 12 Considerando a função sintática desempenhada pelos termos “de energia”, “de velas” e “de valsa”, no anúncio publicitário a seguir, assinale a opção que apresenta, respectivamente, a correta classificação.

A Complemento nominal, adjunto adnominal, adjunto adnominal.

B Complemento nominal, adjunto adnominal, agente da passiva.

C Adjunto adnominal, complemento nominal, agente da passiva.

D Adjunto adnominal, adjunto adnominal, complemento nominal.

E Agente da passiva, adjunto adnominal, complemento nominal.

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Leia o poema a seguir para responder às questões 13 e 14.

Tal como a chuva caída

Fecunda a terra no estio

Para fecundar a vida,

O trabalho se inventou.

Feliz quem pode orgulhoso

Dizer: ─ Nunca fui vadio

E se hoje sou venturoso,

Devo ao trabalho o que sou. Olavo Bilac

QUESTÃO 13 Com relação ao que afirma o eu lírico, assinale a opção correta.

A O trabalho assim como a felicidade são próprios do ser humano.

B O trabalhador rural tem mais valor do que o urbano.

C A vadiagem e o orgulho são prejudiciais ao homem.

D O homem é orgulhoso quando trabalha sem reclamar.

E O trabalho dignifica a vida do homem.

QUESTÃO 14 Nos versos iniciais do poema há a ocorrência de

A metáfora.

B aliteração.

C comparação.

D sinestesia.

E hipérbole.

QUESTÃO 15 Leia os quadrinhos a seguir para responder à questão 15.

Considerando a análise dos elementos constituintes das sentenças, é correto afirmar que

A “Pai” (4º quadrinho) é classificado como vocativo.

B “machismo” (no 5º quadrinho) exerce função de objeto direto.

C “Fê” (no 6º quadrinho) é classificado como aposto.

D o verbo “ser”, no 6º quadrinho, é núcleo do predicado verbal.

E “de homem” (6º quadrinho) tem função de complemento nominal.

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MATEMÁTICA QUESTÃO 1

Considere a função f tal que ( ) ( )1 1,f x f x+ − = para todo x real.

Por exemplo:

� ( ) ( )10 9 1f f+ − =

� ( ) ( )0 1 1f f+ =

1 61

7 7f f + =

5 51

10 10f f + =

Calcule 9

1

,10i

if

=

∑ ou seja, 1 2 3 9

.10 10 10 10

...f f f f + + +

+

A 5

B 4,5

C 4

D 3,5

E 3

QUESTÃO 2 Considere os números racionais positivos a, b e c, tais que 2 .c a b= −

Demonstra-se que, satisfeitas as condições de existência, vale a relação

.2 2

a c a ca b

+ −+ = +

A informação acima pode ser utilizada para resolver o problema a seguir.

� A expressão 2 6 11 11⋅ + − é igual a

A 1.

B 2. C 2.

D 11. E 4.

QUESTÃO 3 A figura seguinte mostra um pentágono ABCDE formado por três quadrados e dois triângulos retângulos.

A

B C

DE

Dado que o quadrado menor tem área 16 cm2 e o maior tem área 81 cm2, calcule a área do quadrado intermediário.

A 25 cm2

B 30,25 cm2

C 36 cm2

D 48,5 cm2

E 49 cm2

RASCUNHO

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QUESTÃO 4 Um reservatório em forma de um cilindro circular reto, que se encontra inicialmente vazio, é utilizado para captar água de uma determinada fonte e, em seguida, fazer o abastecimento de algumas caixas d’água. Às 17h, inicia-se a captação dessa água com intensidade constante. Às 17h50, o nível da água no interior desse reservatório alcança 25 dm de altura. Nesse instante, é aberto um registro que libera o abastecimento para as caixas d’água por meio de um ralo, localizado no fundo desse reservatório cilíndrico, cuja vazão é constante. Às 18h30, cessa a captação e, nesse exato instante, o nível da água desse reservatório atinge 15 dm de altura. O abastecimento das caixas d’agua continua normalmente até o esvaziamento do reservatório. O instante em que esse reservatório se esvazia completamente é às

A 18h47.

B 18h48.

C 18h49.

D 18h50.

E 18h51.

QUESTÃO 5 A figura seguinte mostra, no plano cartesiano, um quadrilátero com vértices

situados nos pontos de coordenadas ( )5, 0 ,A = − ( )5, 0 ,B = ( )4, 3C = e

( )3, 4D = − .

A B

C

D

x

y

0

Nessas condições, a área do quadrilátero ABCD é igual a

A 29,5.

B 30.

C 30,5.

D 31.

E 31,5.

QUESTÃO 6 Teorema da bissetriz interna

Considere o triângulo ABC a seguir, em que ���AI , com ∈I BC , é a bissetriz do

ângulo interno ɵ .BAC

A

B

C

I

α

α

Demonstra-se que

=AB AC

BI CI.

RASCUNHO RASCUNHO

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Você pode utilizar o conhecimento acima para resolver a questão a seguir,

trançando a bissetriz do ângulo interno �MNP do triângulo MNP.

� No triângulo MNP a seguir, tem-se que 2 ,NP MN= ⋅ Q é a projeção

ortogonal de N sobre ,MP a medida do ângulo �PNQ é o triplo da

medida do ângulo �MNQ e 2MQ = .

M

N

PQ

θ3θ

Calcule PQ.

A 8

B 9

C 10

D 11

E 12

QUESTÃO 7 Na figura seguinte, AB é um lado de um decágono regular inscrito em uma circunferência de centro O e raio igual a 1.

A B

O

72° 72°

36°

Sabendo que 5 1

2AB

−= , determine cos 36 .°

A

5

4

B

5 1

4

C

5 1

8

+

D

5 1

5

+

E

5 1

4

+

QUESTÃO 8 Considere a equação

1 1 1 1,

a b x a b x+ + =

+ + na incógnita x, de parâmetros

reais a e b, com 0a b+ ≠ e 0ab ≠ .

A soma das raízes dessa equação é igual a

A ab.

B 2a – b.

C –a + b.

D a + b.

E –a – b.

RASCUNHO

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QUESTÃO 9 Na figura a seguir, tem-se uma circunferência de centro O e raio R em que AB

é um diâmetro e as cordas AF e BE , que se intersectam em C, verificam a

relação 144.AC AF BC BE⋅ + ⋅ = Observe as linhas auxiliares ,AE CH e BF .

AB

C

E

F

O H

Calcular R.

A 6

B 4 2

C 5

D 3 2

E 4

QUESTÃO 10 Uma bandeirinha triangular ABC foi fixada a uma haste de altura b conforme figura a seguir.

A

B

C

bx

α

α

solo

Os ângulos �ABC e BÂC têm medidas iguais a α. Calcule a distância x do ponto C ao solo, dado que BC a.=

A α− ⋅cos2

ab

B − ⋅2 cosb a a

C α− ⋅2 senb a

D α− ⋅cosb a

E α− ⋅senb a

CIÊNCIAS SOCIAIS QUESTÃO 1

O peixe-rêmora vive associado ao grande

tubarão, preso em seu ventre através de uma

ventosa (semelhante a um disco adesivo).

Enquanto o tubarão encontra uma presa,

estraçalhando-a e devorando-a, a rêmora aguarda

pacientemente, limitando-se a comer apenas o que

o grande tubarão não quis. Após a refeição, o

peixe-rêmora busca associar-se novamente a outro

tubarão faminto. Internet: <http://noahsar kbrasil.blogspot.com.br/2012/04/comensalismo.html>.

Acesso em: 22 nov. 2012.

RASCUNHO

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A relação entre o tubarão e o peixe-rêmora pode ser definida como

A harmônica intraespecífica do tipo sociedade.

B desarmônica interespecífica do tipo mutualismo.

C harmônica interespecífica do tipo competição.

D desarmônica intraespecífica do tipo predatismo.

E harmônica interespecífica do tipo comensalismo.

QUESTÃO 2 Os cordados são animais que apresentam, entre outras características, presença de notocorda em alguma etapa da vida e cordão nervoso em posição dorsal. Constituem um grande filo do reino animal que abrange diversas classes. Em relação aos grupos de animais pertencentes ao filo Chordata, correlacione as colunas a seguir.

( 1 ) Amphibios.

( 2 ) Reptilia.

( 3 ) Aves.

( 4 ) Mammalia.

( 5 ) Osteichthyes.

São endotérmicos, possuem coração com 4 cavidades (2 átrios e 2 ventrículos), respiração pulmonar e pele, na maioria, com presença de glândulas uropigianas.

São ectotérmicos, pele úmida e muito vascularizada.

São endotérmicos, coração com 4 cavidades (2 átrios e 2 ventrículos), respiração pulmonar e a maioria vivípara.

São ectotérmicos, respiração branquial com algumas espécies dipnoicas.

Pele seca, sem glândulas mucosas, revestida por escamas de origem epidérmica ou por placas ósseas de origem dérmica, pecilotérmicos e pulmonados.

A sequência correta é

A 3 – 1 – 4 – 5 – 2.

B 4 – 2 – 3 – 1 – 5.

C 2 – 4 – 1 – 5 – 3.

D 5 – 3 – 1 – 2 – 4.

E 1 – 2 – 3 – 4 – 5.

QUESTÃO 3 Considere os seguintes processos.

I. Emulsificação de lipídeos pelos ácidos biliares.

II. Produção do hormônio antidiurético (ADH).

III. Síntese de proteínas.

IV. Hematose.

No corpo humano, esses processos ocorrem, respectivamente,

A no duodeno, na hipófise, no núcleo e nos brônquios.

B no fígado, no hipotálamo, no núcleo e nos alvéolos.

C no estômago, na hipófise, no núcleo e nos bronquíolos.

D no duodeno, no hipotálamo, no citoplasma e nos alvéolos.

E no estômago, no hipotálamo, no citoplasma e nos bronquíolos.

QUESTÃO 4 O processo respiratório é essencial para a absorção da energia química dos alimentos ingeridos, que será utilizada em diversas atividades metabólicas. No sistema circulatório humano, a troca gasosa relativa ao oxigênio ocorre

A nas artérias.

B nas vênulas.

C nos capilares.

D nas veias.

E no coração.

QUESTÃO 5 Juliana pratica corridas e consegue correr 5,0 km em meia hora. Seu próximo desafio é participar da corrida de São Silvestre, cujo percurso é de 15 km. Como é uma distância maior do que a acostumada a correr, o instrutor dela orientou que diminuísse a velocidade média habitual em 40% durante a nova prova. Se seguir essa orientação de, Juliana completará a corrida de São Silvestre em

A 2h40min.

B 3h00min.

C 2h15min.

D 2h30min.

E 1h52min.

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QUESTÃO 6 Um Drone Phanton 4, de massa igual a 1300 g, desloca-se horizontalmente, ou seja, sem variação de altitude, com velocidade constante de 36,0 km/h, com o objetivo de fotografar o terraço da cobertura de um edifício de 50,0 m de altura. Para obter os resultados esperados, o sobrevoo ocorre a 10,0 m acima do terraço da cobertura. A razão entre a energia potencial gravitacional do Drone, considerado como um ponto material, ao solo e em relação ao terraço da cobertura é de

A 2.

B 3.

C 4.

D 5.

E 6.

QUESTÃO 7 Pernambuco registrou, em 2015, um recorde na temperatura após dezessete anos. O estado atingiu a média máxima de 31 °C, segundo a Agência Pernambucana de Águas e Clima (APAC). A falta de chuvas desse ano só foi pior em 1998 – quando foi registrada a pior seca dos últimos 50 anos, provocada pelo fenômeno “El Niño”, que reduziu a níveis críticos os reservatórios e impôs o racionamento de água. Novembro foi o mês mais quente de 2015, aponta a APAC. Dos municípios que atingiram as temperaturas mais altas nesse ano, Águas Belas, no Agreste, aparece em primeiro lugar, com média máxima de 42 °C (Fonte: g1.com.br). Utilizando o quadro abaixo, que relaciona as temperaturas em °C (graus Celsius), °F (Fahrenheit) e K (Kelvin), podemos mostrar que as temperaturas médias máximas, expressas em K, para Pernambuco e para Águas Belas, ambas em 2015, foram, respectivamente:

A 300 e 317.

B 273 e 373.

C 304 e 315.

D 242 e 232.

E 245 e 302.

QUESTÃO 8 Em um experimento, os blocos I e II, de massas iguais a 10 kg e a 6 kg, respectivamente, estão interligados por um fio ideal. Em um primeiro momento, uma força de intensidade F, igual a 64 N, é aplicada no bloco I, gerando no fio uma tração TA. Em seguida, uma força de mesma intensidade F é aplicada no bloco II, produzindo a tração TB. Observe os esquemas:

RASCUNHO

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Desconsiderando os atritos entre os blocos e a superfície S, a razão entre as

trações A

B

T

T corresponde a

A 9

10

B 4

7

C 3

5

D 8

13

E 1

QUESTÃO 9 O Procon e a Agência Nacional do Petróleo (ANP) fazem fiscalizações para detectar abusos e irregularidades nos postos. Considere a seguinte situação:

A fiscalização passa em um posto de combustível e, ao examinar uma amostra de gasolina retirada de determinada bomba, encontrou o seguinte resultado para densidade desta amostra: 0,76344 g/cm3. Sabendo que a densidade da gasolina pura é de 0,742 g/cm3 e do álcool anidro é de 0,809 g/cm3, e que esta amostra continha em sua mistura apenas estes dois combustíveis, marque a opção que representa as porcentagens de gasolina pura e de álcool anidro encontradas na referida amostra, respectivamente:

A 75% e 25%.

B 32% e 68%.

C 77% e 23%.

D 68% e 32%.

E 23% e 77%.

QUESTÃO 10 Observe os dados da charge.

Internet: <http://programacao-brasil.blogspot.com/2010/07/softwares.html>.

A charge faz uma crítica às exigências de controle de qualidade para a certificação em produtos. Para averiguar a composição desse projétil, faz-se necessário um estudo analítico de suas propriedades físicas e químicas. As propriedades (físicas e químicas) que deverão ser analisadas para determinar exatamente cada metal (chumbo, antimônio, prata, níquel e cobalto) envolvido são

A massa, volume, temperatura de fusão, peso e suas propriedades organolépticas.

B somente a densidade, após a separação magnética pelo uso de um imã.

C indestrutibilidade, impenetrabilidade e densidade, consideradas propriedades específicas da matéria.

D sendo uma mistura azeotrópica, utiliza-se a fusão fracionada para a análise da densidade.

E dureza, tenacidade, temperatura de fusão e densidade, consideradas propriedades específicas da matéria.

RASCUNHO

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QUESTÃO 11 Com Geiger e Marsden, Rutherford realizou um dos experimentos mais famosos da história, conhecido como Experimento do Espalhamento de Partículas Alfa. Nele, uma fina lâmina de ouro foi bombardeada com partículas alfa que saíam de uma fonte radioativa. Um anteparo de sulfeto de zinco indicava a trajetória das partículas alfa.

Com base nos resultados desse experimento, Rutherford aprimorou os modelos existentes para o átomo, concluindo que

A a maior parte das partículas alfa atravessava a lâmina, algumas eram repelidas e outras eram desviadas. A conclusão a que ele chegou foi que átomo possui um grande vazio e também seria formado por outras partículas: prótons, elétrons e nêutrons.

B o átomo seria constituído por um núcleo carregado positivamente e uma nuvem eletrônica carregada negativamente. Essa nuvem eletrônica era composta por elétrons que giravam em órbitas elípticas ao redor do núcleo, como o sistema solar, sendo o primeiro a provar a existência dos elétrons.

C as poucas partículas que foram rebatidas pela lâmina de ouro indicavam que o átomo possui uma região pequena e maciça que impedia essa passagem, com carga igual, isto é, positiva. As partículas refletidas bateriam de frente com essa região.

D o fato de poucas partículas que atravessaram a lâmina de ouro terem sofrido um desvio na sua trajetória indica que elas se aproximavam de alguma região do átomo que tivesse a carga oposta a elas, isto é, carga negativa, sendo, assim, repelidas.

E como grande parte da radiação alfa atravessou a lâmina de ouro sem nenhum empecilho, isso quer dizer que os átomos apresentavam grandes espaços vazios (eletrosfera), ou seja, regiões com nêutrons que não possuíam nada capaz de influenciar a radiação alfa.

QUESTÃO 12 Uma substância sólida foi colocada em um tubo de vidro e, durante seu aquecimento, observou-se a formação de um líquido. A seguir, o tubo foi colocado em um recipiente com água gelada e levado ao aquecimento até o tubo ficar vazio. A temperatura da substância no tubo foi medida em intervalos de tempos iguais, e os dados obtidos foram usados na construção do gráfico a seguir.

8070605040302010

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24

t (min)

T (°C)

(UFTM-MG)

RASCUNHO

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A partir das informações apresentadas no texto e do gráfico representado, julgue os itens.

I. Durante os 4 primeiros minutos, a amostra está no estado sólido.

II. A temperatura de solidificação da amostra está em torno de 40 °C.

III. Esse gráfico representa uma mistura azeotrópica.

IV. O sólido usado no experimento representa uma mistura.

V. A mudança de estado de agregação observada entre os minutos 16 e 20 é a fusão.

Marque a opção que apresenta todos os itens corretos.

A I, II e IV. B II, IV e V. C I, III e V. D I, II e V. E III, IV e V.

CIÊNCIAS SOCIAIS QUESTÃO 1

Existe uma distinção entre escala geográfica e escala cartográfica. A primeira define a escala da análise geográfica, o recorte espacial. Uma análise do espaço geográfico pode ser feita em escala local, estadual, regional, nacional, continental ou mundial. A segunda define a escala de representação no mapa, proporcionalidade entre o objeto real e o representado. A escala cartográfica expressa a relação entre o tamanho dos objetos representados na planta, carta ou mapa e o tamanho deles na realidade.

Relacionando às escalas cartográficas e suas relações matemáticas, é correto afirmar que

A quanto maior a escala, menor a área representada e maior é a quantidade de detalhes.

B quanto menor a escala, menor a área representada e maior é a quantidade de detalhes.

C quanto menor a escala, menor a área representada e menor é a quantidade de detalhes.

D as escalas cartográficas podem ser classificadas como numéricas e gráficas, sendo que as primeiras são representadas em uma linha reta dividida por partes iguais.

E as escalas cartográficas podem ser classificadas como gráficas e numéricas, sendo que as primeiras são representadas na forma de fração ou razão.

QUESTÃO 2 Analise o mapa do Brasil.

Após a leitura do mapa e sobre os tipos de clima do Brasil, assinale a opção correta.

A O número 2 representa a área do clima equatorial que é caracterizado pelos elevados índices pluviométricos se comparados aos demais climas brasileiros.

B O número 4 representa a área do clima tropical litorâneo, que é caracterizado pelas elevadas médias de temperatura e pelos baixíssimos índices de pluviosidade, os menores de todos os climas brasileiros.

C O número 3 representa a área do clima semiárido, que é caracterizado pelas elevadas médias de temperatura, pelos baixos índices de pluviosidade e longos períodos de seca.

D O número 1 representa a área do clima tropical continental, que é caracterizado por apresentar duas estações bem definidas: verões quentes e chuvosos e invernos frios e secos.

E O número 6 representa a área do clima subtropical, que é caracterizado por apresentar duas estações bem definidas: verões amenos e invernos mais frios, se comparado ao clima tropical continental.

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QUESTÃO 3 Leia o texto abaixo e analise a figura a seguir:

Espectro da barbárie ronda o planeta

Amanhã não haverá aulas em Gaza; não sobrou nenhuma criança”,

celebravam israelenses em Tel Aviv. “Morte ao judeus”, gritavam palestinos nas ruas de Gaza. Poucas cenas poderiam sintetizar de forma mais tragicamente perfeita o espectro da barbárie. O ódio irrefletido ocupa o lugar da razão, apenas para confirmar, uma vez mais, a famosa sentença proferida por Theodor Adorno: “Depois de Auschwitz, tornou-se impossível fazer poesia.

Internet: <http://www.clubemundo.com.br/web/pdf/2014/mundo0514.pdf>.

O ciclo da guerra continua sua marcha. A invasão israelense da Faixa de Gaza, em julho e agosto de 2014, não foi o primeiro e nem será o último dos conflitos que marcam a história da Terra Santa nos últimos 70 anos. Nas últimas décadas, foi possível acompanhar o interminável conflito que ronda as perspectivas de judeus e palestinos. As guerras árabes-israelenses parecem não ter data e nem prognóstico do seu cessar, ao contrário, as animosidades são constantes e ininterruptas. A imagem acima retrata um importante episódio na guerra entre Israel e Palestina. Tal acontecimento refere-se à(s)

A Guerra da Síria, que reflete a revolta dos árabes palestinos contra a ocupação da nascente do Rio Jordão, conhecida como Colinas de Golã, importante recurso natural, numa região que convive com escassez de chuva e os violentos ataques de grupos terroristas apoiados por Israel, como o Estado Islâmico.

B Guerra do Canal de Suez, em que árabes palestinos, que residem no Egito, confrontaram o exército israelense contra a ocupação do canal, que possui posição estratégica, permitindo que mercadorias sejam transportadas da Europa à Ásia – sem contornar a África –, o que gerou uma disputa internacional que envolveram grandes potências globais.

C Guerra de Yom Kippur, grande feriado judaico que também é conhecido como “dia do perdão” Egito e a Síria iniciaram um ataque militar surpresa, atingindo os postos israelenses responsáveis por proteger a região de Suez, tendo como consequência a deflagração da Crise do Petróleo, que se instalou logo depois que a OPEP se recusou a vender petróleo para qualquer país que apoiasse o governo israelense.

D Intifadas, incentivadas pelas guerrilhas palestinas que pregam o uso de métodos radicais contra o Estado de Israel, levantes liderados por grupos como Hezbolah, a Jihad e o Hamas, com o objetivo de recuperar a Palestina ocupada desde a independência por Israel.

E revolta dos islâmicos xiitas do Irã, liderados pelo aiatolá Rouhollah Khomeini, derrubaram o governo do Xá Reza Pahlevi, no poder desde a década de 1940 e aliado aos Estados Unidos, e proclamaram a Revolução Islâmica.

QUESTÃO 4 Leia a letra da música, de Raimundo Nonato e Nonato Costa.

O planeta movido à internet é escravo da tecnologia

Transatlânticos no mar fazem cruzeiros E pelos micros das multinacionais Hoje têm conferências virtuais com os executivos estrangeiros O e-mail é correio sem carteiros, tanto guarda mensagem como envia Os robôs usam chip e bateria e video game é brinquedo de pivete E o planeta movido à internet é escravo da tecnologia Cibernética na prática e no papel deixa os seres online e ganham IBOPE Com Word tem Palm e laptop e ainda mais PowerPoint e Excel É possível quem mora em Israel pelo Messenger teclar com a Bahia Se os autômatos ganharem rebeldia tenho medo que a máquina nos delete O planeta movido à internet é escravo da tecnologia Pra prever terremotos e tufões os sismógrafos têm números numa escala E o trem-bala é veloz como uma bala numa linha arrastando dez vagões No Japão e na China as construções já suportam tremor e ventania Torre, ponte, edifício, rodovia são perfeitos do jeito da maquete E o planeta movido à internet é escravo da tecnologia

Disponível em: <http://letras.mus.br/os-nonatos/985025/.> Acesso em: 28 Out. 2015.

É característica da revolução tecno-científica retratada na letra da música:

A a energia a vapor na indústria têxtil.

B o avanço da tecnologia e da robótica.

C o processo de escravidão na agricultura.

D o uso de energias renováveis e do aço.

E o uso de técnicas rudimentares de produção fabril.

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QUESTÃO 5 O aumento no custo de vida era agravado pela imigração, que ampliava a oferta de mão-de-obra e acirrava a luta pelos escassos

empregos disponíveis. Tal situação constituiu o combustível para o movimento jacobino, que principiou no governo Floriano e perdurou até o fim da presidência de Prudente de Morais (1898). [...] Em termos concretos, a prevenção republicana contra pobres e negros manifestou-se na perseguição movida por Sampaio Ferraz contra os capoeiras, na luta contra os bicheiros, na destruição, pelo prefeito florianista Barata Ribeiro, do mais famoso cortiço do Rio, o Cabeça de Porco, em 1892. [...] Não seria, a meu ver, exagerado supor que a reação popular a certas medidas da administração republicana, mesmo que teoricamente benéficas, como a vacina obrigatória, tenha sido em parte alicerçada na antipatia pelo novo regime.

(José Murilo de Carvalho. Os Bestializados.)

Sobe as temáticas abordadas no texto, assinale a opção correta.

A A capital brasileira crescia desordenadamente, instalando a grande diversidade étnica no Brasil, com a vinda de imigrantes europeus e o convívio com uma população negra livre e dotada de direito.

B As doenças se proliferavam e, por isso, foi preocupação da recém proclamada República cuidar dos pobres, promovendo campanhas de vacinação, que não foram compreendidas pelas camadas menos escolarizadas da população.

C À medida que chegavam indivíduos dos países europeus para trabalho no campo e nas cidades, a população negra padecia com a falta de trabalho e com o alto grau de marginalização ocasionado pela falta de oportunidades.

D Os jacobinos eram militantes e ex-voluntários dos batalhões patrióticos do período Floriano, reconhecidos como legalistas, e foram pacificadores desse cenário político.

E As reações populares às medidas da administração republicana foram exageradas, pois eram medidas benéficas à população em geral.

QUESTÃO 6 A Grande Depressão iniciada nos Estados Unidos, em 1929, teve consequências de caráter mundial e modificou economias, adaptando-as às novas condições de exceção. Seus reflexos, no Brasil, foram diversos, englobando as esferas econômicas, sociais e políticas, e manifestou-se, entre outros aspectos,

A pelo equilíbrio com o qual a oligarquia cafeeira nacional enfrentou a Quebra da Bolsa de Nova York, pois controlavam o governo da República e tinham mecanismos suficientes para defender o café perante a crise internacional.

B pelo rompimento do acordo “café-com leite”, entre o PRP e o PRM, pois Minas Gerais enxergava a possibilidade de, perante a crise econômica, superar São Paulo na liderança das exportações nacionais.

C pela queda na exportação de café para os Estados Unidos, nosso maior consumidor, o que acarretou prejuízos exclusivamente para os grandes cafeicultores nacionais.

D pelo enfraquecimento econômico da oligarquia cafeeira, o que contribuiu para desestruturar as bases políticas que sustentavam a Primeira República, permitindo a vitória do movimento de 1930.

E pela vitória do movimento tenentista, que agregando todas as aspirações da sociedade brasileira, apresentou-se como o único setor social capaz de superar a crise econômica e reerguer o país.

QUESTÃO 7 Deve ter sido importante para Drummond o poema do escritor chileno Pablo Neruda, lido na cidade do México em 1942 e logo

depois afixado em cartazes nas ruas da cidade: “Canto a Stalingrado”. O poema de Neruda não fala de vitória, e sim de resistência, além de clamar de modo indignado pela abertura da Segunda Frente que viria aliviar a União Soviética da pressão nazista. Já na “Carta a Stalingrado”, de Drummond, o núcleo propriamente do poema se espraia tanto para o lado épico, que relaciona a vitória de Stalingrado aos destinos da humanidade, como para o lado lírico, em que a batalha é vista a partir das suas ressonâncias no “eu”.

(Murilo Marcondes Moura. O mundo sitiado.)

A batalha de Stalingrado foi um evento significativo da participação da União Soviética (URSS) na II Guerra. A respeito da posição e das alianças desse país nesse conflito mundial, é correto afirmar que

A a Alemanha e a URSS firmaram, inicialmente, um pacto de não agressão, não cumprido por Hitler, resultando em uma grande mobilização russa para conter o avanço nazista, que repercutiu, em outros países, na adesão de grupos de resistência formado por comunistas.

B os Estados Unidos e a URSS agiram conjuntamente em diversos episódios ao longo da II Guerra, rompendo sua aliança somente ao fim do conflito, momento em que a URSS se recusa participar da Organização das Nações Unidas, iniciando a Guerra Fria.

C a Inglaterra e a URSS empenharam grandes esforços bélicos para impedir as ocupações nazistas, dentre as quais Stalingrado é exemplo, mas foram sucessivamente derrotadas até a entrada dos Estados Unidos na II Guerra, cujas tropas conquistaram Berlim, provocando a reviravolta no conflito.

D a URSS possuía relações estreitas com o Império Japonês e o apoiou até o episódio do ataque à base de Pearl Harbor, em 1941, momento em que adere aos Aliados, influenciando a China comunista a fazer o mesmo.

E a Itália e a Espanha se uniram ao Eixo e se empenharam em atacar a URSS, uma vez que Mussolini e Franco já haviam derrotado politicamente e eliminado os focos de resistência comunista em seus territórios ao assumirem o poder, antes do início da guerra.

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QUESTÃO 8 Precisam sufocar a minha voz e impedir a minha ação, para que eu não continue a defender como sempre defendi, o povo e

principalmente os humildes. Depois de decênios de domínio e espoliação dos grupos econômicos e financeiros internacionais, fiz-me chefe de uma revolução e venci. Iniciei o trabalho de libertação e instaurei o regime de liberdade social. Tive que renunciar. Voltei ao governo nos braços do povo.

Carta Testamento de Getúlio Vargas (Agosto/1954).

De acordo com o trecho da carta testamento de Getúlio Vargas, assinale a opção que mostra os fatos (na ordem indicada no texto) relacionados aos trechos sublinhados.

A Legislação trabalhista, voto feminino e Plano Cohen.

B Constituição de 1934, Constituição de 1937 e DIP.

C Estado Novo, Governo Constitucional e Governo Provisório.

D Populismo, Revolução de 1930 e Eleições de 1950.

E Queremismo, Golpe de 1937 e Eleições de 1950.