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INTRODUÇÃO A equipe do Parque Zoobotânico, através do Projeto “Estudos ecológicos de manejo de florestas naturais e de recuperação de pastos e roçados degradados no Estado Acre”, se propôs durante um período de dois anos, a ampliar o seu campo de atuação às comunidades local e regional visando a geração de conhecimento, de modo que esta intervenção proporcionasse a implementação de técnicas adequadas para melhorar o gerenciamento dos recursos naturais. O projeto “Estudos ecológicos de manejo de florestas naturais e de recuperação de pastos e roçados degradados no Estado do Acre”, elaborado em 1995 e encaminhado a FINEP em maio do mesmo ano, só teve a liberação da sua primeira parcela em julho/97. Contudo, apesar deste intervalo para recebimento dos recursos (95-97), várias atividades já estavam sendo realizadas e subsidiadas com recursos e apoio da UFAC, Fundação Ford, New York Botanical Garden, Woods Hole Research Center e Bolsas dos Programas RHAE e PIBIC do CNPq. O plano de trabalho do referido projeto contemplou três linhas de ação: R – Recuperação de pastos e roçados degradados, M – Manejo de florestas naturais, EC – Extensão de conhecimentos gerados e capacitação de profissionais. As linhas de pesquisa R e M, seguem em paralelo três etapas seqüenciais: R1 – Quantificação e avaliação dos estágios de degradação dos ecossistemas submetidos à ação antrópica em áreas representativas na região leste do Estado do Acre e M1 – Identificação e priorização de espécies vegetais em florestas naturais com potencial de uso para comunidades locais e regionais; R2 – Identificação de espécies vegetais potenciais para recuperação e M2 – Estudos da autoecologia de espécies prioritárias em florestas naturais e desenvolvimento de técnicas de propagação; R3 – Geração de técnicas de recuperação de pastos e roçados degradados e M3 - Geração de técnicas de manejo e enriquecimento de florestas naturais. O fluxo destas etapas progrediu de diagnóstico para aplicação. A terceira linha extensão e capacitação – EC - interligada com as outras duas linhas de pesquisa (R e M ), contribuiu para a formação de profissionais com visão integrada de manejo de ecossistemas da Amazônia Ocidental; capacitação de comunidades locais na aplicação destas técnicas de manejo e subsidiando o planejamento e o desenvolvimento regional através da interação com o governo estadual, prefeituras e organizações não-governamentais. Estudos ecológicos de manejo de florestas naturais e de recuperação de pastos e roçados degradados no Estado Acre 21 21 21 21 21

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INTRODUÇÃO

A equipe do Parque Zoobotânico, através do Projeto “Estudos ecológicosde manejo de florestas naturais e de recuperação de pastos e roçados degradadosno Estado Acre”, se propôs durante um período de dois anos, a ampliar o seucampo de atuação às comunidades local e regional visando a geração deconhecimento, de modo que esta intervenção proporcionasse a implementaçãode técnicas adequadas para melhorar o gerenciamento dos recursos naturais.

O projeto “Estudos ecológicos de manejo de florestas naturais e derecuperação de pastos e roçados degradados no Estado do Acre”, elaborado em1995 e encaminhado a FINEP em maio do mesmo ano, só teve a liberação da suaprimeira parcela em julho/97. Contudo, apesar deste intervalo para recebimentodos recursos (95-97), várias atividades já estavam sendo realizadas e subsidiadascom recursos e apoio da UFAC, Fundação Ford, New York Botanical Garden,Woods Hole Research Center e Bolsas dos Programas RHAE e PIBIC do CNPq.

O plano de trabalho do referido projeto contemplou três linhasde ação: R – Recuperação de pastos e roçados degradados, M – Manejo de florestasnaturais, EC – Extensão de conhecimentos gerados e capacitação de profissionais.As linhas de pesquisa R e M, seguem em paralelo três etapas seqüenciais: R1 –Quantificação e avaliação dos estágios de degradação dos ecossistemassubmetidos à ação antrópica em áreas representativas na região leste do Estadodo Acre e M1 – Identificação e priorização de espécies vegetais em florestasnaturais com potencial de uso para comunidades locais e regionais; R2 –Identificação de espécies vegetais potenciais para recuperação e M2 – Estudosda autoecologia de espécies prioritárias em florestas naturais e desenvolvimentode técnicas de propagação; R3 – Geração de técnicas de recuperação de pastos eroçados degradados e M3 - Geração de técnicas de manejo e enriquecimento deflorestas naturais. O fluxo destas etapas progrediu de diagnóstico para aplicação.A terceira linha extensão e capacitação – EC - interligada com as outras duaslinhas de pesquisa (R e M ), contribuiu para a formação de profissionais comvisão integrada de manejo de ecossistemas da Amazônia Ocidental; capacitaçãode comunidades locais na aplicação destas técnicas de manejo e subsidiando oplanejamento e o desenvolvimento regional através da interação com o governoestadual, prefeituras e organizações não-governamentais.

Estudos ecológicos de manejo deflorestas naturais e derecuperação de pastos e roçadosdegradados no Estado Acre

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Alterações Biofísicas Associadas ao uso deAtividades Agrícolas na Amazônia Oriental

RESUMO

O Estado do Acre enfrenta crescentes desafios para manejo de suasflorestas naturais e recuperação de áreas degradadas. Este projeto foi realizadovisando a geração e disseminação de conhecimentos para estes fins, via asseguintes etapas: recuperação de pastos e roçados degradados; manejo deflorestas naturais (utilizando metodologias específicas); difusão deconhecimentos, capacitando profissionais com visão integrada de manejo deecossistemas da Amazônia Ocidental e capacitação de comunidades locais naaplicação de técnicas de manejo e subsídios para planejamento edesenvolvimento regional. A área de concentração destes estudos foi em um raiode 50 km da cidade de Rio Branco, cobrindo uma área de 800.000 ha com diversosusos da terra. Os produtos deste projeto encontram-se refletidos nas publicaçõesdos resultados. Durante o período do projeto (1997-1999), foram publicadas 4cartilhas, usadas como ferramenta na capacitação de comunidades tradicionais,1 capítulo de livro, 4 artigos em jornais locais e regionais, 1 artigo escrito nãosubmetido, 3 artigos submetidos e 6 artigos científicos no prelo até dezembrodeste ano. Com o objetivo de difundir as tecnologias e conhecimentos gerados,foram capacitadas 1136 pessoas de 8 municípios do Estado e fora do Estado,através de 53 cursos de curta duração, totalizando 1450 horas ministradas e32.695 pessoas-horas. Foram promovidas palestras e realizado o I Seminário deDifusão de Conhecimentos para Prefeituras e Governo Estadual, propiciandomaior interação, através da incorporação de 4 pesquisas deste projeto noPrograma do Governo. Prestou-se assessorias para definição de uma política decrédito agrícola para os extrativistas; para definição de uma política florestal;para elaboração da Agenda Positiva para o Acre; no Zoneamento Econômico eEcológico do Estado e na estruturação da Escola Técnica da Floresta. Ao finaldeste projeto ficou estabelecido parcerias com 19 instituições nacionais einternacionais, governamentais e não governamentais, promovendo umainteração através da utilização dos atuais resultados, facilitando assim, aexecução das novas propostas desta unidade.

I - BREVE HISTÓRICO

Abrangendo 100 ha da área do Campus da UFAC, o Parque Zoobotânico(PZ) constitui-se na maior área verde no perímetro urbano de Rio Branco. Pelavariação dos seus ambientes vegetacional e aquático, o PZ representa amaterialização de um recurso múltiplo para as atividades de educação ambientaldirigida e pesquisa. Com o intuito de agregar estudos multidisciplinares, a equipedo PZ vem desenvolvendo atividades de pesquisa, formação e extensão,envolvendo estudos dos recursos naturais renováveis, ações de recuperação emelhoria do ambiente.

Os recursos financeiros que subsidiaram as atividades desta unidade,foram oriundos da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia(SUDAM), Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq), Fundo Nacional de

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Desenvolvimento (FNDE), Secretaria Nacional do Ensino Superior/SESU, JardimBotânico de Nova Iorque e Fundação Ford. 0 convênio com o Jardim Botânico deNova lorque vem possibilitando a ampliação e aperfeiçoamento da coleçãobotânica do Herbário do PZ, que é referência regional para estudos debiodiversidade e permitirá ainda, produzir conhecimentos complementares. 0Projeto Arboreto vem sendo apoiado desde 1993 pela Fundação Ford paraexecução do projeto de estudo de espécies arbóreas tropicais: subsídios àimplantação de sistemas agroflorestais no Acre e capacitação de pessoal, alémde outro projeto, denominado Pesquisa e Extensão Agroflorestal paraRecuperação de Áreas Degradadas.

Considerando as peculiaridades locais e a necessidade do conhecimentodos recursos naturais do Estado e de resultados que otimizem a viabilidade esustentabilidade desses recursos, as ações dos pesquisadores do ParqueZoobotânico extrapolaram a área física da unidade, promovendo assim arealização de pesquisas e extensão em outras áreas do Estado.

0 quadro de pesquisadores efetivos do PZ está composto por três doutores,dez mestres, dos quais quatro estão em doutoramento. Compõem ainda a equipe,sete profissionais de nível superior cursando mestrado e cinco especialistas,sendo uma pedagoga com especialização em planejamento ambiental e umeconomista. No apoio operacional, participam diretamente dos trabalhos 19funcionários. Este quadro é complementado com 20 bolsistas de IniciaçãoCientífica (PIBIC/CNPq e UFAC).

Administrativamente, o PZ constitui-se em uma unidade ligada à Reitoriada UFAC. Dispõe de uma diretoria e cinco coordenações de áreas (Coleção Vegetal,Coleção Animal, Educação Ambiental, Produção de Mudas e AtividadesEconômicas e Manutenção).

II - OBJETIVOS DO PROJETO

Objetivo geral:

Gerar conhecimentos ecológicos para o manejo dos diversos ecossistemasnaturais e antrópicos, típicos da Amazônia Ocidental, numa área de 800.000hectares ao redor da cidade de Rio Branco e outras áreas do estado do Acre,repassando estes conhecimentos para a comunidade local, regional e nacional,e expandindo o número e a qualificação de profissionais atuando neste ramo.

Objetivos específicos:

- Quantificar e avaliar os estágios de degradação dos ecossistemas,submetidos à ação antrópica em áreas representativas na região leste doEstado do Acre;

- Identificar espécies vegetais para recuperação, iniciar estudos ecológicos

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e desenvolver técnicas de propagação;- Iniciar a geração e adaptação de técnicas integradas de recuperação de

pastos e roçados degradados para produtores locais;- Identificar e priorizar espécies vegetais em florestas naturais com potencial

de uso para comunidades locais e regionais;- Iniciar estudos de auto-ecologia de espécies prioritárias e desenvolver

técnicas de propagação;- Iniciar a geração e adaptação de técnicas integradas de manejo e

enriquecimento de florestas naturais, utilizando as espécies selecionadas;- Difundir conhecimentos junto a produtores, comunidades extrativistas e

indígenas na aplicação destas técnicas de manejo;- Subsidiar o planejamento e desenvolvimento regional através de interação

com governo estadual, prefeituras e organizações não-governamentais;- Formar profissionais com visão integrada de manejo de ecossistemas na

Amazônia Ocidental.

III - ÁREAS DE PESQUISA DE CAMPO

Os estudos de “Recuperação de pastos e roçados degradados”, “Manejode florestas naturais” e as ações de Extensão foram desenvolvidasprioritariamente no entorno de Rio Branco, dentro de um raio de 50 km. Estaárea, com aproximadamente 800.000 hectares , compreende parte dos Municípiosde Rio Branco, Senador Guiomard, Bujari, Xapuri, Capixaba, Porto Acre e Plácidode Castro.

Embora essa área represente pouco mais de 5% da superfície do Estadodo Acre, ela apresenta todas as classes de uso atual da terra do Estado. Sãoencontradas grandes propriedades rurais destinadas à pecuária extensiva eespeculação imobiliária, pequenas propriedades rurais, dois projetos decolonização oficiais (Projeto de Assentamento Dirigido Pedro Peixoto e Humaitá),parte de duas reservas extrativistas (Reserva Extrativista Chico Mendes e SãoLuis do Remanso), áreas de agricultura de ribeirinhos, fragmentos e extensasáreas contínuas de floresta natural e áreas urbanas.

Existem áreas específicas para o desenvolvimento das pesquisas que sãochamadas de áreas piloto, estas são:- Parque Zoobotânico, que possui uma área de 100 ha, apresentando uma

pequena porção de floresta pouco perturbada (10ha), e o resto ocupadopor florestas secundárias em diversos estágios de sucessão ecológica,além de algumas áreas de pastagens e roçados abandonados. Constitui-se numa área teste ideal, não somente pela diversidade de usos da terra,mas também pela sua localização.

- Fazenda Experimental Catuaba, uma área de 800 ha, distante 30 km docentro da cidade de Rio Branco, apresenta uma ampla diversidade deformas de uso da terra, incluindo antigos seringais, áreas de pastagem

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degradadas, florestas secundárias em diversos estágios de sucessão eflorestas pouco alteradas. Nas áreas diretamente adjacentes, ao longodas rodovias, predomina a pecuária extensiva, com grandes extensões depastagens não produtivas e abandonadas.

- Reserva Florestal do Humaitá, distante 32 km de Rio Branco, possui2.000 ha, onde predomina floresta primária praticamente não perturbada.É circundada pelo PAD Humaitá, área de assentamento agrícola doINCRA, originalmente destinada a pequenos produtores, que vem sofrendoum intenso processo de pecuarização.

- Reserva Extrativista Chico Mendes é a maior reserva Extrativista do Brasile cobre quase um milhão de hectares. Tem acesso pela BR-317 e pertenceaos municípios de Xapuri, Brasiléia, Assis Brasil e Sena Madureira.

IV - METODOLOGIA

1. RECUPERAÇÃO DE PASTOS E ROÇADOS DEGRADADOS

a. Diagnóstico dos ecossistemas naturais e antrópicos num raio de 50 kmda cidade de Rio Branco.

Com imagens de satélite “Landsat TM” na escala de 1:50.000, nas bandas1-6, de 13 e 7 de anos atrás e atuais, os ecossistemas naturais e antrópicos foramidentificados, mapeados e quantificados preliminarmente de acordo com aseguinte classificação de uso do solo: floresta natural, pastagens novas (0-5anos) e antigas (> 5 anos), capoeira nova (0-5 anos) e capoeira velha (>10 anos),solo nú, áreas urbanas e corpos d’água. Como produto para análise e referênciapara as demais atividades foram confeccionados mapas temáticos de vegetação,uso pretérito e atual do solo e da hidrografia, na escala de 1:50.000. As informaçõesgeradas nos mapas temáticos, através de uma mesa digitalizadora e decomputadores, foram utilizadas na geração de um “Sistema de InformaçõesGeográficas” (SIG) para a área de estudo. Esta abordagem, usando sensoriamentoremoto, SIG e GPS para georeferenciamento, já foi usada por membros da equipe,no Equador e no Acre (BROWN et al. 1992 a,b e SASSAGAWA et al.1995 a,b).

A evolução histórica das mais significantes classes de uso atual da terra,identificadas preliminarmente na área de estudo, foram verificadas em campoatravés de visitas e entrevistas com proprietários e moradores locais. Nessasentrevistas foram levantadas informações dos aspectos ambientais, sócio-econômico e de práticas agronômicas, para caracterização do atual uso da terrae os motivos de sua adoção. Por fim, cruzando as informações dos mapastemáticos, das visitas de campo e outras informações secundárias levantadasna bibliografia e junto a instituições governamentais e não-governamentais,identificou-se as tendências e pressões passadas e atuais sobre as florestasnaturais, elaborando cenários futuros e prognósticos das tendências das áreas aserem alvo de prováveis desmatamentos, o que permitiu ao poder público

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(Prefeituras e Governo Estadual) um planejamento de ocupação e gestão dosrecursos naturais através do Zoneamento Ecológico e Econômico do Estado doAcre (SEPLAN, 1993).

Para fornecer informações quantitativa e espacial sobre a situação dosrecursos madeireiros no Estado do Acre, foi usado o Sistema de InformaçõesGeográfica (Arc/View 3.0 e Idrisi for Windows 2.0), para combinar e analisar asseguintes informações: limites políticos do Estado do Acre, estradas, hidrografia,vegetação, terras indígenas, áreas militares, unidades de conservação e áreasprioritárias para conservação na Amazônia. Para o estudo de caso, foi utilizadaimagem de satélite LANDSAT TM, onde foram localizados pátios de estocagemde madeira.

As condições em que a floresta primária está mais suscetível ao fogo e osmecanismos que a floresta primária utiliza para sobreviver à secas prolongadas,foram avaliados através de uma metodologia determinada em Paragominas –PA, onde vem realizando-se pesquisas ao longo do Arco de Desmatamento. Estametodologia utiliza a medição dos seguintes parâmetros: Liteira e combustível(Altura de liteira com régua graduada. Quantidade de combustível segundoMétodo de Brower e Zar 1984); Umidade relativa e conteúdo de água decombustível (Pesagem de liteira em sacos de malha plástica, Secagem de liteira,Pesagem de fuel stick); Stress das árvores (Bomba de pressão, Furador de folhas);Abertura de copas e área de índice foliar –LAI (LAI - 2000/LICOR – 2000,Densiômetro); Temperatura e umidade dentro da floresta (Hobo -Data loggers,Psicrômetro); Conteúdo de água no solo (Monitoramento de poços [TDR - TimeDomain Reflectometry], Buracos - Medidas do lençol freático, Determinação daumidade do solo [método de pesagem]); Profundidade de raízes (Quantificaçãoe seleção de raízes grossas e finas); Expansão do fogo dentro da floresta(Provocando pequenos incêndios).

b. Avaliação das mudanças pedológicas e florísticas ocorridas em áreaspiloto.

Para a realização destes estudos, foram utilizados as seguintes áreas piloto:Parque Zoobotânico, Fazenda Experimental Catuaba, Reserva Florestal doHumaitá e Reserva Extrativista Chico Mendes.

No desenvolvimento dos estudos de degradação nas áreas piloto foramdefinidas amostras com as seguintes características de uso da terra:- 3 pastagens com 1 ano, 5 anos e 15 anos após implantação;- 4 roçados de áreas recém-desmatadas, primeiro ano de cultivo, segundo

ano de cultivo e terceiro ano de cultivo, e- 4 capoeiras com 5 anos, 10 anos 15 anos e 30 anos.

Todas localizadas na mesma classe taxonômica de solos, foramidentificadas e localizadas pelo georeferenciamento com GPS por métododesenvolvido pela equipe (SASSAGAWA et al., 1995 a) e plotadas em mapascontidos no SIG – IDRISI na escala 1:10.000.

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Em cada unidade amostral, foi realizada uma amostragem de solo,retirando-se 10 amostras simples, que formaram 3 amostras compostas, em duasprofundidades: 0-20 cm e 20 – 40 cm. As análises químicas foram realizadas noLaboratório de Fertilidade de Solo – UFAC, sendo determinados os parâmetros:pH, Cálcio, Magnésio, Potássio, Sódio, Alumínio e Hidrogênio, CarbonoOrgânico e Fósforo disponível. Além destes parâmetros foram avaliados teoresde micronutrientes, no CENA/USP (Centro de Energia Nuclear na Agricultura).De posse destes resultados foram calculados os estoques de nutrientes em kg/ha.

Para a avaliação da densidade aparente do solo das unidades amostrais,foram coletadas amostras de solo em 4 profundidades com 10 repetições, nasprofundidades: 0-5 cm, 5-10 cm, 10-15 cm, 15-20 cm. Para coleta de amostras desolo para determinação de densidade aparente foi utilizado um amostrador dedensidade, cujo método é o de anel volumétrico de 90 cm³ (Usando o teste decontrole da variabilidade amostral).

Foi feita a análise granulométrica dessas amostras, de cada profundidade,uma vez que a densidade é influenciada diretamente pela textura, considerando-se o tipo de uso da terra anterior, adquirido através do histórico de cadaecossistema. Para o cálculo de estoque de biomassa em pastagens, capoeiras eflorestas primárias foram usadas fórmulas específicas, conforme BROWN et al.(1992a) e RODRIGUES et al. Anais, 1995.

c. Estudo de 20 espécies arbóreas tropicais (madeireiras, frutíferas eleguminosas de usos múltiplos) objetivando recuperação de pastos eroçados degradados.

· Inicio dos levantamentos e estudos de leguminosas arbóreas,prioritariamente nativas da Amazônia, potenciais para a utilização narecuperação de solos degradados.- A seleção de espécies de leguminosas potenciais para adubação verde

e fornecimento de lenha foi feita ao longo de 2 anos, através deliteratura, levantamentos de campo e entrevistas. Os critérios paraseleção de espécies para levantamento e coleta de material botâniconas áreas de estudo foram: Rebrotação e quantidade de biomassaobservada no habitat natural; Procedente de habitats degradadoscomo: mata secundária, beira de estradas, aterros, barrancos etc eNodulação radicular (simbiose com bactérias fixadoras deNitrogênio). Gêneros potenciais: Inga, Calliandra, Erythrina, Senna,Cassia, Clitoria.

- Ensaio eliminatório - Arboreto de Leguminosas: Das espécies quepreencheram a maioria dos requisitos foi coletado material fértil paraidentificação e incorporação no Herbário do PZ. As matrizes foramcatalogadas para coleta de sementes e, posteriormente, para produçãode mudas. Depois foram implantadas em ensaio eliminatório, com25 indivíduos dispostos em linha com espaçamento de 1,5 metros

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entre plantas, na área de pesquisa do Projeto Arboreto no PZ,denominado Arboreto de Leguminosas - uma coleção de espécies/procedências desta família - a fim de ter disponível material vegetativopara reprodução das espécies potencialmente promissoras, em novosexperimentos e conhecimento da resposta sob manejoagrosilvicultural. Com o objetivo de se verificar a capacidade e ovigor de brotação, quantidade e qualidade de biomassa produzida,cinco indivíduos por espécie foram introduzidos no Arboreto, esubmetidos a podas a 40 cm acima do solo. A primeira poda ocorreuquando as espécies se apresentaram estabelecidas e com produçãode biomassa suficiente. De cada indivíduo submetido à poda foipesada sua biomassa (galhos e folhas), para constatação do pesofresco com dinamômetro. Os dois indivíduos situados no interior dalinha foram selecionados para secagem da biomassa em estufa erealização de análise química de macronutrientes.

- Experimentação em aléias: Oito espécies de leguminosas, sendo 6nativas e 2 exóticas e com bom desenvolvimento em experimentos dealley cropping em outras regiões, foram submetidas à experimentaçãomais aprofundada no primeiro ano do projeto. A metodologiaempregada foi a proposta por SIMONS & DUNDSON (1992). Asmudas das espécies selecionadas foram produzidas no viveiro doPZ. 0 experimento foi implantado em área do Projeto Arboreto do PZ(ao lado da UTAL – Unidade de Tecnologia de Alimentos), em blocoscompletamente ao acaso com 5 repetições com bordadura. Cadaespécie foi representada por 24 indivíduos plantados em linhas comespaçamento de 0,5 m entre plantas e 5,0 m entre linhas. Metade dosindivíduos (12) foram plantados em covas adicionadas de fósforo (P)na proporção de 20 kg/ha. A verificação do desempenho das espéciescom a presença deste nutriente é fundamental em função da sualimitada disponibilidade nos solos da região. A outra metade foiimplantada sem adição de qualquer fertilizante ou corretor de acidez.A primeira poda foi realizada aos 10 meses após o plantio e, assubsequentes, quando houve biomassa que permitiu a remoção domaterial e, então, depositadas sobre o solo a uma distância de até 2 mda linha das plantas. Foram eliminadas 4 plantas das bordaduras eselecionadas 10 plantas do interior de cada parcela para seremavaliados o peso fresco da biomassa, produzida por cada planta.Aleatoriamente, foram escolhidos dois indivíduos para separaçãoda biomassa em duas categorias: folhagem e galhos, e pesados comdinamômetro para verificação do peso fresco. Depois foi retirada umaamostra para determinação do peso seco e análise química demacronutrientes componentes da biomassa. Dois meses após cadapoda, foram realizadas análises de solo nas 5 repetições paraavaliação do comportamento do solo sob as adições da biomassa dasleguminosas. As amostras de 0-5, 5-10 e 10-15 cm de profundidade,

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compostas de 5 amostras simples, foram coletadas dentro e fora daárea de adição de biomassa e analisadas quanto aos nutrientes (N, P,K, Ca, Mg, AI), pH e teor de matéria orgânica. Após três anos de coletade dados (assumindo a continuidade do experimento), foram abertastrincheiras ao lado de cada linha para estudo do desenvolvimentodo sistema radicular destas espécies. 0 objetivo ao final do experimentoserá indicar espécies de leguminosas que contribuam com arecuperação de solos degradados nas condições do Vale do Rio Acre.

As atividades que foram desenvolvidas nas metas de Recuperação depastos e roçados degradados, foram avaliadas, uma vez por ano durante aduração do projeto, por um consultor da área (ano de 1999 não foi feita visita deconsultor).

2. MANEJO DE FLORESTAS NATURAIS

a. Avaliação das espécies úteis para comunidades locais eregionais.

Através de uma extensa revisão bibliográfica, comparação de listas deespécies amostradas em estudos etnobotânicos no Estado, e de visitas ao MuseuEmilio Goeldi (MPEG), Centro de Pesquisas do Trópico Úmido (CPATU-EMBRAPA) e Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônica (lNPA), foramverificadas quais as espécies vegetais amazônicas, com potencial reconhecidopara fins de utilização. Essas informações posteriormente foram processadasem um banco de dados.

Após esta verificação preliminar, foi realizada uma checagem sobre quaissão as espécies potenciais levantadas, que apresentam ocorrência no Acre. Aconsumação desta etapa foi possível, tomando-se como referência levantamentosflorísticos e etnobotânicos que vêm sendo desenvolvidos na região, através deum programa de cooperação internacional entre a Universidade Federal do Acre/Parque Zoobotânico e o Jardim Botânico de Nova lorque, de resultados de projetosde pesquisa desenvolvidos pela Fundação de Tecnologia do Estado do Acre e delevantamentos preliminares realizados na Reserva Extrativista do Alto Juruápor uma equipe da Universidade de Campinas (UNlCAMP) e Universidade deSão Paulo (USP).

Além destas verificações foi realizada uma investigação sobre quais sãoas espécies que estão sendo utilizadas potencialmente por extrativistas epequenos produtores, em ensaios de consorciamento ou em modelos de sistemasagroflorestais (SAF’s), desenvolvidos em colaboração com instituições regionaiscomo Fundação de Tecnologia do Acre - FUNTAC, Empresa Brasileira de PesquisasAgropecuárias (EMBRAPA) e Secretaria de Desenvolvimento Agrário do Estado(SDA) e organizações não governamentais como o Grupo de Pesquisa em SistemasAgroflorestais no Acre (PESACRE) e Centro de Trabalhadores da Amazônia (CTA).

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b. Estudos básicos da ecologia de populações e tecnologia desementes das espécies priorizadas.

· Início dos estudos auto-ecológicos das espécies priorizadas:- Sistemas de amostragem: Considerando os diferentes padrões

distribucionais apresentados pelas espécies de floresta tropical,primeiramente foi realizada uma investigação sobre a ocorrência dasespécies priorizadas e a quantificação aproximada da densidadedas mesmas. Dependendo do padrão distribucional apresentadopelas espécies, puderam ser adotados dois tipos de metodologias.Para espécies que apresentaram indivíduos adultos não agregados eregeneração próxima dos adultos, foram selecionados no mínimotrês indivíduos (plantas matriz), procurando-se definir a distânciaentre cada um deles. 0 sistema de amostragem consistiu de uma cruz,tendo como centro cada um dos indivíduos adultos. A partir do centro(planta matriz) foram estabelecidas quatro linhas no rumo dos quatropontos cardeais (norte, sul, leste e oeste), que tiveram comprimentodefinido a partir do cálculo da metade da distância média entre osindivíduos. As unidades amostrais (parcelas) foram instaladas sobretais linhas, de tal forma que a segunda amostra estivesse distantepelo menos o dobro da distância estabelecida entre a primeira e aplanta matriz. Definida a área da primeira parcela a segunda teve odobro do tamanho da primeira, a terceira o dobro da segunda e assimsucessivamente até completar-se o comprimento total de cada linha.Para as espécies que apresentaram distribuição espacial de adultos eplântulas com padrão agregado ou disperso, foi delimitada umaparcela de no mínimo 1.000 m² (preferencialmente 50x20m). Essaárea foi subdividida em subparcelas de 5x5m (25m²) delimitadascom piquetes de 30cm de altura e interligadas com barbante de nylon.Embora a área mínima possa ser substancialmente ampliada, a áreadas subparcelas foi tida como fixa.

- Radiação solar: A coleta de dados para avaliação da radiação solarincidente nas áreas de amostragem, foi realizada com auxílio de umluxímetro, posicionado e fixado a um metro de altura do solo.Preferencialmente as coletas foram feitas no mês que apresentaramdias típicos, com céu limpo e sem nuvem em período de maior radiaçãosolar (11:00 às 14:00). As medidas foram tomadas no centro de cadaparcela, sendo que, a cada 30 minutos foram realizadas leituras emárea aberta (clareiras grandes, varadouros e campo) visando umapadronização das medidas. Na análise dos dados foramconsiderados os valores de transmitância, que é a porcentagem deradiação fotossinteticamente ativa que atinge a floresta ao nível dosolo, sendo a mesma obtida através da fórmula:T = LIfLE, onde: T = Transmitância, LI = Leitura no interior daflorestas, LE = Leitura externa

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- Demografia: Em ambos os tipos de amostragem, todos os indivíduosaté 2,0m de altura receberam uma plaqueta de plástico numerada eaqueles que apresentaram altura superior a 2,0m receberam umaplaqueta de alumínio numerada. De todos os indivíduos foramcoletados dados de altura total e diâmetro da base com auxílio deuma régua e de um paquímetro (até 2,0m de altura) e de trena e fitamétrica (superior a 2,0m de altura). Empregando-se a segundametodologia supra-citada, todos os indivíduos amostrados foramreferenciados dentro da parcela através de informações decoordenadas cartesianas (x e y), para posterior análise do padrãodistribucional apresentado pela população da espécie em questão.Os resultados adquiridos através do uso deste método, foramconfirmados através do coeficiente de dispersão (variância/média) edo índice de dispersão de Morisita em função do tamanho da parcelae a distribuição em parcelas de 25m², comparativamente com o modeloprevisto por Poisson (BROWER & ZAR 1984). Foi utilizado o teste dequi-quadrado (X²) para a adesão à distribuição de Poisson e o teste“t” para se verificar a significância do coeficiente de dispersão(KERSHAW, 1980; KREBS, 1989). Visando analisar a taxa derecrutamento, dados referentes à altura e diâmetro dos indivíduosmenores que 2,0m de altura, foram realizados um ano após a primeiracoleta de dados.

· Estudos de aspectos ecológicos, agronômicos e silviculturais de 30espécies com fins madeireiro e frutífero.

Foram selecionadas 30 espécies arbóreas regionais segundo a somaponderada dos critérios de escassez, valor econômico, uso múltiplo epotencial de mercado definidos por NEWMAN e SOUZA (1994), alémdo desenvolvimento no experimento Arboreto. São elas: cincopalmeiras: Açaí (Euterpe precatoria Mart.), Bacaba (Oenocarpus maporaMart.), Buriti (Mauritia flexuosa L.), Ouricurí (Attalea phalerata Mart.),Patauá (Oenocarpus bataua Mart.); e 25 arbóreas: Amarelão(Aspidosperma vargasii A.D.C.), Andiroba (Carapa guianensis Aublet.),Breu (Tetragastris altissima (Aublet) Swart.), Burdão de velho (Samaneatubulosa Banedy e Grimes), Cajá (Spondias mombim L.), Capoeirão(Colubrina glandulosa Perk) Castanheira (Bertholletia excelsa H.), Cedro(Cedrela odorata L.), Copaíba (Copaifera multijuga Hayne), Cumarucetím ( Apuleia leiocarpa (Vog.) Macbr.), Cumarú fero (Dipterix ferreaDucke) Freijó branco (Cordia goeldiana Huber), Freijó preto (Cordiaalliadorra (R.F.) Chaw), Grão de galo (Tabernaemontana heterophylaVahl.), Guapuruvú (Schizolobium amazonicum Ducke), Ingá peluda(Inga calantha Ducke), Ipê amarelo (Tabebuia serratifolia (Vahl) Nichol),Ipê branco (Sparttosperma leuccanthum (Vell.) Schum.), Jatobá (Hymenaeacourbaril L.), Jutaí (Hymenaea parviflora Huber), Mulateiro(Calycophyllum spruceanum Benth.), Mulungú (Erythrina verna Velloso),Piquí (Caryocar villosum (Aubl.) Pers.), Samaúma vermelha (Chorsia

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speciosa St. Hill), Seringueira (Hevea brasiliensis M. Arg.) Para tanto, foram realizados estudos dos aspectos abaixo

relacionados: - Avaliação fenológica e dendométrica das espécies selecionadas: estes

estudos foram realizados nos campos experimentais do ProjetoArboreto e acompanhados de avaliações das espécies em condiçõesnaturais (in situ), na Reserva Florestal do Catuaba, Parque ChicoMendes e Rio Andirá. Foram selecionados aproximadamente 10indivíduos para as áreas de estudo. Os indivíduos selecionados foramplaqueteados para registro. As fenofases foram acompanhadasquinzenalmente obedecendo ao quadro de observações fenológicaselaborado por ARAÚJO (1970). 0 início das fenofases de floração efrutificação foi definido pela emissão dos primeiros botões florais oufrutos, o pico pela maior concentração de botões/flores ou frutos e otérmino pelo predomínio de flores não mais receptivas ou frutosmaduros. Os dados meteorológicos foram obtidos junto à Estaçãometeorológica localizada no Campus da UFAC e na Embrapa. Odetalhamento do microclima nas áreas de estudo foram obtidosatravés de informações geradas por termohidrógrafos instaladosnestes locais. Foram feitas avaliações dendrométricas das espéciesselecionadas, que se encontram no Arboreto. Nestas avaliações,realizadas duas vezes no ano, no início da estações chuvosa e seca,foram feitas medições e anotações referentes ao fuste (altura e o DAP)e à copa (diâmetro e sombreamento).

- Os estudos de Tecnologia de sementes foram desenvolvidos no viveirode produção de mudas e no laboratório de sementes do ParqueZoobotânico. As sementes utilizadas foram coletadas de árvoresselecionadas, denominadas matrizes ou porta-sementes, queapresentaram características fenotípicas superiores às demais dapopulação. Após a coleta, as sementes foram preparadas no viveiro eposteriormente enviadas para o laboratório. Ao final do segundo anode estudo, os conhecimentos adquiridos subsidiaram a produção edistribuição de sementes em larga escala, objetivando fornecersementes de qualidade e gerando renda para as atividades futurasdo Parque Zoobotânico. Foram feitos estudos da maturaçãofisiológica das sementes, no qual após o completo amadurecimentodos frutos das espécies estudadas, estes foram coletados para aobtenção de sementes, e em seguida pesados, medidos e descritosquanto a forma e a cor. Para cada espécie e período de coleta, foideterminado o teor de umidade das sementes e testes de emergência(germinação). Ao final da emergência, foram avaliados (média de 10plântulas, escolhidas ao acaso) o diâmetro do colo, a altura, o númerode folhas e o peso da matéria seca das plântulas produzidas. Para oestudo de viabilidade, as sementes foram lavadas e tratadas comhipoclorito de sódio a 1 %, escorridas e espalhadas em condição

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natural, à sombra, até que fossem utilizadas. A cada dia, até aos 30,desde o tempo zero, uma amostra de cada espécie foi utilizada paradeterminação de umidade e uma outra para teste de germinação. Agerminação e os índices de vigor das sementes foram avaliados daforma já citada. No estudo da temperatura na germinação dassementes, para cada espécie, foi retirada uma amostra paradeterminação de umidade e as demais sementes foram submetidas adiferentes temperaturas em câmaras de germinação. As temperaturastestadas foram as seguintes: temperatura constante de 25°C;temperatura constante de 30°C; temperatura constante de 35°C;temperatura variando entre 25 e 35°C e temperatura ambiente(testemunha). As avaliações de emergência e vigor das sementesforam realizadas de acordo com os ensaios anteriores. No estudo dosmétodos de germinação de sementes, foram observadas a emergênciae germinação das sementes sob condições ambientais, em viveiro eem laboratório, e em câmara na faixa de temperatura ótima,identificada nos ensaios de efeito de temperatura. Combinado a estesambientes foram utilizados os seguintes substratos: areia lavada,serragem parcialmente decomposta, terriço (parte superficial de umsolo cultivado), vermiculita, carvão moído e papel de filtro (ou mata-borrão). A emergência e os índices de vigor foram avaliados conformeensaios anteriores. Nos estudos de armazenamento das sementes,após o tratamento prévio das sementes das diferentes espécies, estasforam ajustadas para três níveis de umidade, próximos daquelesdeterminados como críticos nos ensaios de viabilidade. Em seguida,as sementes foram acondicionadas em sacos plásticos e armazenadas,combinando os diferentes teores de umidade com as temperaturasambiente, de 20°C, 15°C e 10°C. Posteriormente, a cada 30 dias, até osseis meses, uma amostra de cada tratamento foi utilizada paradeterminação de umidade e uma outra para teste de emergência. Aavaliação da emergência e dos índices de vigor das sementes foramrealizadas conforme ensaios anteriores. Para todos os experimentos,o delineamento foi de experimento inteiramente casualizado, comquatro repetições.

c. Ilhas de alta produtividade – IAP’s

Foram desenvolvidas quatro linhas básicas que integram a implantaçãoe manutenção das IAP’s:- Estudos fitopatológicos em áreas naturais (estradas de seringa) e nas

IAP’s (plantios), em que foram avaliados plantios de seringueira, em duasregiões com clima favorável à ocorrência do “mal das folhas”, quanto aodesenvolvimento das plantas e quanto à intensidade de sintomas dadoença causada pelo Microcyclus ulei (P. Henn.)v. Arx. Foram eleitos para

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serem avaliados, os plantios de seringueira já existentes no Município deAcrelândia (pequenos seringais) de 1 a 5 ha, contendo clones consorciadoscom café e com mata regenerada, respectivamente, além de plantios novosefetuados nas clareiras (roçados), em cinco seringais nativos, totalizando21 colocações, na RESEX (Reserva extrativista Chico Mendes) e nosSeringais Boa Vista e Caquetá. Para quantificação da incidência do “mal-das-folhas”, o método utilizado foi a escala desenvolvida por CHEE (1976).

- Estudos de aplicação da sucessão ecológica: Dentro dos princípios dasIAP’s a diversidade externa da floresta ao lado dos pequenos plantiosdispersos é fundamental. A manutenção do equilíbrio planta-patógeno(Microcyclus ulei – Hevea sp.) para a sanidade da seringueira e outrasespécies contidas nas IAP’s é fruto desta diversidade. No entanto, adiversidade interna do plantio também é importante para reforçar ediversificar a proposta. Estando então as IAP’s sedimentadas nosprincípios da sucessão, os arranjos das seringueiras com as culturastradicionais visam, após o uso para as culturas de subsistência, ocupar aárea com outras espécies, favorecendo o crescimento das seringueiras edas culturas de entrelinhas, permitindo assim aumentar a produção e aprodutividade das áreas e melhorar a qualidade de vida dos seringueiros.

- Para seleção e melhoramento genético da seringueira tem sido utilizadasduas tecnologias: uso de pés francos oriundos de sementes de árvoresselecionadas pelos seringueiros e o uso de clones selecionados econsiderados pela tecnologia formal como adequados para o Acre. Perantea necessidade de instalação de jardins clonais e de capacitação para usode clones, preferiu-se iniciar os trabalhos através do uso de sementes dasmelhores árvores, passando-se gradativamente ao uso de clones (20%das IAP’s foram implantadas com clones).

- Tecnologias alternativas para o uso nas IAP’s: Teste de Cramer (re-seleçãodas árvores produzidas a partir das sementes selecionadas), Viveiropadrão para produção de mudas (proteger as sementes e plântulas deanimais) e Uso da “taboca” para plantio da seringueira e outras espécies(plantio das seringueiras nos “canos de taboca” que faz parte doetnoconhecimento dos seringueiros).

- Avaliação econômica: compreende a determinação de custos e deresultados econômicos no ano civil, correspondendo a uma safra, do 8ºao 10º ano de implantação, bem como a determinação do valor presentelíquido e da relação benefício/custo.

- Capacitação e extensão agroflorestal através de agentes paraflorestais:para integrar o conhecimento tradicional dos seringueiros e osconhecimentos técnicos, foram feitos treinamentos junto aos paraflorestaise seringueiros com visitas técnicas às experiências de plantios de sistemasagroflorestais no Estado.

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3. EXTENSÃO E CAPACITAÇÃO

a. Difusão do conhecimento

Com as informações geradas, já à partir do primeiro ano, sobre o processode degradação e recuperação de pastos e roçados degradados e manejo deflorestas naturais, as ações de extensão e educação ambiental foram voltadaspara o repasse de conhecimentos técnicos e tecnologias do uso sustentável dosrecursos naturais, para seringueiros e produtores rurais. O repasse dasinformações técnico-científicas se deram mediante realização de:- Mini-cursos de 2O horas (incluindo práticas e visitas orientadas) para

pequenos e médios produtores rurais envolvendo os efeitos da degradaçãoflorestal, formas de evitá-la e maneiras de recuperá-la.

- Treinamentos junto às comunidades extrativistas, envolvendo aspectosde produção florestal não-madeireira e uso racional dos recursos naturais;

- Treinamentos junto aos produtores rurais, abordando, além dos aspectoscitados no ítem anterior, informações sobre Sistemas Agroflorestais comaproveitamento de áreas com vegetação secundária;

- Palestras para grandes produtores e para o público em geral, cominformações sobre recuperação de roçados e pastagens degradadas, bemcomo do manejo de florestas nativas.

Como material de apoio para os mini-cursos e treinamentos foramconfeccionados álbuns seriados e cartilhas, visando maior compreensão porparte do público. Para as palestras (público mais urbano), foram projetadosslides e vídeos educativos. Foram elaborados jogos e calendários contendomensagens educativas e informações gerais, para distribuição junto aosprodutores. Foram divulgadas as informações geradas junto aos programas derádio locais e/ou regionais.

Foram produzidos 5 vídeos educativos com as informações geradas,para posterior divulgação em eventos ligados à temática ambiental.

b. Capacitação multidisciplinar de profissionais

O Parque Zoobotânico tem como propósito desenvolver pesquisaintegrada, priorizando e responsabilizando-se pela capacitação de alunos eprofessores, com abordagens integradas para pesquisa ambiental no Acre(BROWN et al., 1995b). Todas as pesquisas contam com a participação de alunosde vários departamentos da UFAC, trabalhando juntos para abordar questõesinterdisciplinares. No início deste projeto, um total de onze alunos estavamenvolvidos nestes estudos, oriundos de três departamentos: Ciências Agrárias,Ciências da Natureza e Geografia. Estes alunos foram tratados como profissionaisem formação e com responsabilidade para produção científica. Destes, oito sãoco-autores em resumos submetidos para apresentação durante as reuniões da

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Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Sociedade Brasileirade Cartografa (SBG) e Sociedade Brasileira da Ciência do Solo (SBCS) no ano de1995. Sete destes alunos escreveram resumos específicos e são primeiros autoresnestes trabalhos. Este programa foi expandido, aumentando para 20 o númerode alunos de graduação dos diversos departamentos da UFAC, nos anos de1996 a 1999.

Atualmente, três graduadas ex-bolsistas PIBIC/CNPq estão regularmentematriculadas no Curso de Mestrado em Ecologia e Manejo de Recursos Naturais,da UFAC e, uma quarta encontra-se no Curso de Ecologia do INPA/AM. Outroex-bolsista, graduado, está trabalhando como pesquisador do projeto :Suscetibilidade da floresta ao fogo. Espera-se que estas atividades tenham geradoum amadurecimento profissional nestas pessoas e que tenham contribuído napreparação para a pós-graduação.

c. Difusão do conhecimento para a sociedade organizada

A produção de informações geográficas do uso da terra em um raio de 50km da capital Rio Branco teve implicações para sete municípios e paragerenciamento de uma área florestada em processo de conversão. Existem nesteraio reservas extrativistas, dois projetos de colonização, grandes fazendas emetade da população do Estado, além de duas estradas federais. Mapas temáticossobre o uso da terra e sua evolução com o tempo são ferramentas poderosas parailustrar os padrões atuais e extrapolações para o futuro. Foram desenvolvidosseminários curtos para capacitar servidores públicos municipais e estaduais nouso destes mapas e informações associadas para acompanhar a disseminação.

Outro seminário para prefeituras foi realizado, objetivando a divulgaçãode tecnologias e conhecimentos gerados e promovendo interação entre elas,culminando com a difusão dos resultados destas atividades a oito municípiosatravés de cursos de curta duração.

V – RESULTADOS

1. RECUPERAÇÃO DE PASTOS E ROÇADOS DEGRADADOS

a. Diagnóstico dos ecossistemas naturais e antrópicos num raio de 50 kmda cidade de Rio Branco.

* Cartilha: Mapa como ferramenta para gerenciar recursos naturais: umguia passo-a-passo para populações tradicionais fazerem mapas usandoimagens de satélite (elaboradores: Andréa Alexandre, I. Foster Brown,Hiromi Sassagawa e Eufran do Amaral).

* Cartilha: Como fazer medidas de campo: métodos práticos e de baixocusto para fazer medidas de distância de campo - usando mãos e passoscalibrados” (elaboradores: A. Alexandre, I. Foster Brown e V. Gomes).

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* 2 artigos científicos produzidos: “Secondary forests in western Amazônia:significant sinks for carbon released from deforestation? (autores: C.Salimon, I. F. Brown) submetido a Interciência e “Secondary ForestDetection with Landsat TM images in western Amazônia, Acre-Brazil”(autores: C. Salimon, I. F. Brown e T. Stone).

* Capítulo do livro: “Extractive Reserves and Participatory Research asFactors in the Biogeochemistry of the Amazon Basin”. No prelo in: TheBiogeochemistry of the Amazon Basin and its Role in a Changing World (autores:I. F. Brown, K. A. Kainck, A. S. Alechandre, and E. do Amaral).

* Resumo estendido aceito: Third International Symposium ofEnvironmental Geochemistry in Tropical Countries. 25-29 October 1999.Nova Friburgo, RJ, Brasil. Land-Use and Global Environmental Changein Southwestern Amazônia: Educational and Research Challenges forRegional Universities. (autores: I.F. Brown, C. A. Llerena, B. M. G. Esteves,M. F. A. Bigi, J. de S. Nogueira, and F. K. A. de Souza).

* Artigo “Large-scale impoverishment of Amazonian forests by loggingand fire”. Revista Nature, Vol.398. (autores: D. C. Nepstad, A. Veríssimo,A. Alencar, C. Nobre, E. Lima, P. Lefebvre, P. Schlesinger, C. Potter, P.Moutinho, E. Mendoza, M. Cochrane & V. Brooks).

* Resumo: 48th Annual Conference – March 23-26 1999. Patterns andProcesses of land use and Forest Change in the Amazon. “Capacitação depopulações tradicionais para manejo de recursos naturais: de imagensde satélite a inventários florestais na Reserva Extrativista Chico Mendes,Acre, Brasil”. (autores: A. Alechandre; I. F Brown).

* Cartilha: “Recomendações para extração de óleo de copaíba”.(elaboradores: A. Leite; A. Alechandre; C.A. Campos; A. Oliveira; K. Choy;R. Ruiz).

b. Avaliação das mudanças pedológicas e florísticas ocorridas em áreas piloto* 3 resumos no 27º Congresso Brasileiro de Ciência do Solo: “Dinâmica de

propriedades químicas e físicas dos solos e de estoque de nutrientes no atualsistema de uso da terra no Estado do Acre”; “ Distribuição do sistema radicularda pupunheira e do cupuaçuzeiro em Sistema Agroflorestal na AmazôniaOcidental”; ”Avaliação da Fertilidade do solo e recomendações de aduboscorretivos nas propriedades rurais do PED – Senador Guiomard”. (autores: E. F.do Amaral e A. W. F. de Mello).

* Resumo apresentado na Reunião Anual da SBPC/1999: “ Uso dolevantamento de solos no sistema de capacidade de uso em nível da pequenapropriedade rural em um imóvel rural do projeto PED-MNA, Município deSenador Guiomard, Acre, Brasil”. (autor: E. F. do Amaral).

c. Estudo de 30 espécies arbóreas tropicais (madeireiras, frutíferas eleguminosas de usos múltiplos) objetivando seu uso na recuperação depastos e roçados degradados.

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* 3 resumos apresentados no II Congresso Brasileiro de SistemasAgroflorestais, Belém-PA, 1998: “Estacas de Erythrina verna para uso emcercas vivas no Acre” (autores: T. Ludewigs, L.C. Menezes-Filho, A.C.Leite, E.N. Pinto, R.F. da Silva, N.A. Brilhante, e A.C. Oliveira,; “Estudoquantitativo da biomassa de 8 espécies de leguminosas arbóreas parafins de uso como componentes agroflorestais” (autores: L.C. Menezes-Filho, R.D. Recco, A. C. Leite, T. Ludewigs, N.A. Brilhante e A.C. Oliveira);e “Estabilidade e Risco em Sistemas Agroflorestais: cacau-freijó-banana-da-terra” (autores: T. Ludewigs, E. Somariba e O. Ramirez).

* 3 resumos apresentados no 4° Congresso de Ecologia do Brasil, Belém-PA, 1998: “Comportamento fenológico de Cedrela odorata L. e Tabebuiaserratifolia (Vahl) Nichol no Vale do Acre”, (autores: O.C. Rigamonte-Azevedo, N.M.C. de Paula e R. da R. Braga); “Fenologia de Aspidospermavargasii A.DC, Erythrina verna Velloso e Colubrina glandulosa Perk no Valedo Acre”, (autores: N.T. Boufleuer, A.M.A. Oliveira, N.M.C. de Paula e C.E.de Deus); “Produção de sementes de Mauritia flexuosa L.f. no Vale do Acre- Brasil em condições in situ e ex situ”, (autores: N.M.C. de Paula, O.C.Rigamonte–Azevedo, J.R. Oliveira e M.D.F. Santos).

* Publicação no jornal A Gazeta – Rio Branco : “Plantio de árvores madeireirasem contorno : uma prática agroflorestal promissora para o Acre” – 13 dejunho de 1999. Autor: T. Ludewigs.

2. MANEJO DE FLORESTAS NATURAIS

a. Avaliação das espécies úteis para comunidades locais e regionais.

* 2 resumos apresentados no Congreso Internacional de Botânica, EUA,1999: “Comparison of Known Palm Uses Among Indigenous and FolkCommunities in Western Amazonia”, (autores: M.T.V.A. Campos, C.Ehringhaus); “Palm Slats or Timber Planks: A Quantitative Analysis ofPlants Use Change in the House Construction of Amazonian RubberTapper”, (autores: C Ehringhaus, E. Barth, A. Torres).

* Artigo científico submetido: “Plant Virtues are in the Eyes of the Beholders:A Comparison of Known Palm Uses Among Indigenous and FolkCommunities in Western Amazonia”, (autores: M.T.V.A.Campos, C.Ehringhaus, N. Valeska e A. Guimarães).

Artigos científicos no prelo:* SILVEIRA, M. Ecological Aspects of bambu – Dominated forest in South

Western Amazônia: An Etnocience Perspective. Revista Ecotropica (noprelo, novembro)

* TOREZAN, J. M. D e SILVEIRA, M. Biomass of Guadua guegerbaueriPilger (Poaceae: Babusoideae) in bambu forest, South Western of Amazon.Revista Ecotropica (no prelo, novembro).

* SILVEIRA, M. e TOREZAN, J. M. D. Ambientes de Bacia do Alto Jurua. In:

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Enciclopédia de Floresta. Ed. Companhia das Letras/IBAMA (no prelo,dezembro).

* DALY, D.C. e SILVEIRA, M. Aspectos Florísticos da Bacia do Alto Juruá:História Botânica, Peculiaridades, Similaridades e Importância paraConservação. (no prelo, dezembro).

b. Estudos básicos da ecologia de populações e tecnologia de sementes dasespécies prioritárias.

* Cartilha: “ Sementes Florestais”. (elaboradores: M. C. Almeida, J. L. Firminoe L. C. de Oliveira.

* 1 resumo apresentado no 50º Congresso Nacional de Botânica, Blumenau– SC, 1999: “Maturação Fisiológica de Sementes de Amarelão”, (autores:J. L. Firmino e J. P. Silva)

* Artigo científico aceito: “Efeito da cobertura sobre a emergência edesenvolvimento de plântulas de Aspidosperma vargasii A. DC. -Apocynaceae”. Revista Brasileira de Sementes, (autores: J.L. Firmino e M.C. Almeida).

* 2 resumos apresentados no 50° Congresso Nacional de Botânica,Blumenau – SC, 1999: “Maturação e qualidade fisiológica de sementes deTabebuia serratifolia (Vahl) Nichol”, (autores: O.C. Rigamonte-Azevedo, J.L.Firmino e N.M.C. de Paula); “Classificação de espécies tropicaisamazônicas em grupos sucessionais para geração de modelos de sistemasagroflorestais com alta diversidade”, (autores: A.D. Souza, P.Y. Kageyama,N.M.C. de Paula, D. Apude, O.C. Rigamonte-Azevedo, N.T. Boufleuer, R.da Silva Oliveira e P.F. Albuquerque).

* 8 resumos apresentados no Seminário de Inicição Científica PIBIC/CNPq/UFAC, Rio Branco-AC, 1999: “Estudos fenólogicos de três espéciesarbóreas: Hevea brasiliensis M. Arg. (seringueira), Cordia goeldiana Huber(freijó) e Cordia alliodora R.F. Chaw (freijó preto)”, (autores: I.F. Bezerra,A.M.A. Oliveira e N.M.C. de Paula); “Estudo fenológico de espéciesflorestais da Amazônia: Bertholletia excelsa H. (Lecythidaceae), Chorisiaspeciosa Sp. Hill. (Bombacaceae)”, (autores: R.C. Souza e A.M.A. Oliveira);“Avaliaçes fenológicas de quatro espécies arbóreas: Inga calantha Ducke(Mimosaceae), Hymenaea parvifolia Huber, Hymenaea coubaril L. e Copaiferamultijuga Hayne (Caesalpiniaceae)”, (autores: S.C.B. Almeida e H.Küchmeister); “Acompanhamento fenológico e duas espécies arbóreas:Tetragastris altissima (Aublet) Swartz. (Burseraceae) e Carapa guianensisAublet (Melicaceae)”, (autores: A.C.C. Silva e H. Küchmeister); “Avaliaçesfenológicas de duas espécies arbóreas: Apuleia leiocarpa (Vog.) Macbr(Caesalpiniacae) e Dypterix ferrea Ducke (Fabaceae)”, (autores: D.L. AmaralJunior e H. Küchmeister); “Quantificação biológica de recursos vegetaisúteis em área de terra firme na Reserva extrativista Chico Mendes”,(autores: O. S. Torres e C. Ehringhaus); “ Quantificação biológica derecursos vegetais em área de baixio na Reserva Extrativista Chico Mendes”,(autores: E. Barth e C. Ehringhaus).

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* 1 resumo apresentado no Congresso Internacional de Botânica em St Louis,EUA, 1999: “The complementary role of euglossine bees in Geonoma-pollination”, H. Küchmeister.

* Publicações em andamento: 2 artigos, “Calendário fenológico de espéciesflorestais com interesse ecológico e econômico da Amazônia”, “Avaliaçãoda influência do clima sobre a biologia reprodutiva de Schizolobiumamazonicum Ducke e Tabernaemontana heterophyla Vahl” e 1 cartilha “Daflor à muda”.

c. técnicas de manejo e enriquecimento de florestas naturais.

* 3 informativos das IAPs - Ilhas de Alta Produtividade(jun, ago e set).* 2 trabalhos apresentados no Seminário/Workshop Seringueira na

Amazônia: “Situação Atual e Perspectivas: Ilhas de Alta Produtividade(IAPs) - uma alternativa para plantio de seringueira no Acre” (autores:Furtado, E.L., P. L. Kageyama, A. D. Souza, J.D. Costa) e “Ilhas de AltaProdutividade: uma proposta de manejo neoextrativista” (autores: Souza,A. D., P.Y.Kageyama, E.L. Furtado, F. Michellotti).

* 2 trabalhos apresentados em Seminário sobre Seringueira, Brasil, Belém-PA, 1998: “Ilhas de Alta produtividade: uma proposta de manejoneoextrativista”, (autores: A. D. Souza, P. Kageyama, E. Furtado, E.Michellotti) e “Ilhas de Alta produtividade (IAP’s – uma alternativa parao plantio de seringueira no Acre”, (autores: E. Furtado, P. Kageyama, A. D.Souza, J. D. Costa).

3. EXTENSÃO E CAPACITAÇÃO

a. Difusão de conhecimentos e capacitação de produtores e público emgeral.

* Foram realizados 53 cursos de curta duração, totalizando 1450 horas deaula e 32.695 pessoas-horas.

* 1.136 pessoas foram capacitadas em sistemas agroflorestais, ilhas de altaprodutividade, implantação de viveiros e produção de mudas, educaçãoambiental e arborização, uso de GPS, mapeamento de recursos naturais,uso de imagens de satélite e sensoriamento remoto, técnicas de coleta dematerial botânico, armazenamento de sementes e planejamentoagroflorestal em 8 Municípios do Estado.

* Difusão dos conhecimentos gerados na pesquisa sobre uso do fogo noEncontro de Universidades para Desenvolver um Programa de MudançasGlobais Relacionadas ao Uso da Terra na Amazônia Sul-Ocidental, quecontou com a participação de 17 instituições de fomento, acadêmicas e depesquisa da Bolívia, Brasil, Perú e os Estados Unidos; bem como naReunião do Conselho Diretor da UNAMAZ – Associação de UniversidadesAmazônicas atingindo 14 pessoas de 6 países(Bolívia, Colômbia,

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Suriname, Guyana, Venezuela e Brasil). I.F. Brown, E. Mendoza.* Apresentação do Trabalho sobre Capacitação de Populações Tradicionais

para Manejo de Recursos Naturais: de Imagens de Satélite e InventáriosFlorestais na Reserva Extrativista Chico Mendes, Acre, Brasil. A.Alechandre, e I.F. Brown, na Universidade de Florida, Gainesville, FloridaEUA. No Simpósio sobre o uso da floresta e da terra na Amazônia, 26 demarço.

* 2 palestras sobre Mudanças Globais e Desenvolvimento Sustentável emdois estados: São Paulo e Rio de Janeiro.

b. Capacitação multidisciplinar de profissionais.

* Treinamento em “Gerenciamento e manejo de florestas: extraçãomadeireira de impacto reduzido”/FFT/Santarém/PA. Participante: SilviaBrilhante.Uma pessoa treinada em “Metodologia para determinação dasusceptibilidade ao fogo em floresta primária” IPAM-WHRC/Paragominas/PA. Participante: Elsa Mendoza.

* Duas pessoas enviadas para a “Oficina sobre o plano de desenvolvimentodo Panaflora, Porto Velho,RO. Participantes: C. V. A. Gomes, A. S.Alechandre.

* Participação no Curso Internacional de Técnicas de Herbário em Manaus,Novembro de 1998. Participante: Daisy A. G. Pereira.

* Treinamento no Centro de Pesquisa de Wood Hole em Respiração do Solo(fluxo de CO2) e sensoriamento remoto. Participante: Cleber Salimon

* Treinamento em “Utilização de Imagem de Satélite NOOA”, de 9-16 demarço, Lima/Peru. Participantes: A. Alechandre e E. Mendoza.

* Participação no Programa LEAD (Lideranças para o DesenvolvimentoSustentado), Canadá (set/98) e China (out/98). Participante: Luís MenezesFilho.

* Treinamento no Curso COSE-LBA, Manaus (12-25/out/98): ThomasLudewigs.

* Treinamento no Curso “Fluxo de CO2” de 14-26/jun, em Brasília: ElsaMendoza, Cleber Salimon e William Melo.

c. Difusão de conhecimento para Prefeituras e Governo estadual.

* Mobilização da população de Rio Branco no evento organizado peloParque Zoobotânico, na praça Plácido de Castro, com participação de 8entidades públicas do Estado, referente ao tema de “Uso do fogo: suasconseqüências no Estado do Acre”, com participação de 3 escolas da redeestadual. (mês de julho/99) E. Mendoza, F.C. M. de Lima, D. Selhorst, J.P.Silva.

* 4 palestras sobre “Uso do fogo”, para professores da rede estadual.* Interação com o Instituto do Meio Ambiente do Acre - IMAC, em várias

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atividades como: previsão da fumaça durante a visita do presidenteFernando Henrique Cardoso ao Acre (20 de agosto de 1999), uso dosresultados da pesquisa sobre uso do fogo e assessoria no ZoneamentoEcológico e Econômico do Estado do Acre.

* Interação com a Secretaria de Produção e Secretaria Executiva de Florestae Extrativismo, na capacitação dos técnicos destas entidades em uso deGPS e mapeamento de recursos naturais, palestras sobre uso do fogo.

* I Seminário para as prefeituras com a finalidade de divulgar osconhecimentos gerados e como resultado obteve-se maior interação comas mesmas, conseguindo promover a difusão destes conhecimentos atravésde cursos de curta duração para 8 municípios do Estado.

VI – IMPACTOS

1. IMPACTOS JUNTO À POPULAÇÃO/INSTITUIÇÃO ALVO

* 4 palestras sobre uso do fogo atingindo 50 agricultores, 20 técnicos e 22professores da rede estadual.

* Apresentação dos resultados da pesquisa sobre uso do fogo, solicitadapor 3 instituições do Estado e ONG’s (IMAC, PESACRE e SEE), atingindo50 pessoas.

* Consientização da população da cidade de Rio Branco sobre o uso dofogo e suas consequências no meio ambiente no Estado do Acre,mobilizando parte da população.

* Inclusão de 4 pesquisas no Programa do Governo Estadual: 1.“Ilhas deAlta Produtividade”, 2.“Sistemas Agroflorestais”, 3.“Copaíba”,4.“Exploração Madeireira”.

* 53 cursos de curta duração* 1.136 participantes ( em 8 Municípios e dois Estados: PA e AM)* 1.450 horas ministradas* 32.695 pessoas-horas* Interação com 19 instituições nacionais, internacionais, governamentais

e ONG’s* Consultoria no “Proyecto Castañales” em Puerto Maldonado, Peru, sobre

Ecologia da polinização da castanheira ( Bertholletia escelsa HBK),ensinando a metodologia de estudos da polinização. 1 semana,capacitando 5 pessoas de outro país.

* Assessoria para o Governo Estadual: Definição de uma política de créditoagrícola para os extrativistas; Definição da Política Florestal do Estado;Elaboração da Agenda Positiva para o Acre; Zoneamento Econômico eEcológico do Estado; Grupo de trabalho para estruturação da EscolaTécnica da Floresta.

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2. IMPACTOS CIENTÍFICOS E TECNOLÓGICOS

* Artigo “Large-scale impoverishment of Amazonian forests by loggingand fire” da Revista Nature sobre uso do fogo publicado e solicitado por5 instituições (IMAC, IBAMA, SEE, UFAC e Corpo de Bombeiros) atingindo40 pessoas. A nível internacional UNALM (Perú) e UAP (Bolivia),atingindo 10 pessoas.

* Artigo sobre Efeito do Substrato e da Profundidade de Semeadura emsementes de amarelão, submetido e aceito pela Revista Brasileira deSementes.

* 3 reuniões com líderes dos seringueiros, comunidade acadêmica da UFACe comunidade do Seringal Paumari do Município de Xapuri, sobreTécnicas de sensoriamento remoto e sistema de informações geográficas(SIG) para o estudo da ocupação do espaço físico e dos tipos florestais daReserva Extrativista Chico Mendes, Estado do Acre.

* Qualificação de recursos humanos:

Doutorandos:1. Marcos Silveira – UnB2. Nivia M. P. Fernandes - INPA3. Cleber Salimon – CENA/USP4. Marilene Almeida – UNESP/Rio Claro - SP

Mestrandos:1. Hiromi Sassagawa - INPE (concluído em maio 99)2. Marilene Almeida - UFAC (concluído em março de 99)3. Silvia Brilhante - UFAC (em conclusão)4. Andréa Alechandre - UFAC (em conclusão)5. Elsa Mendoza - UFAC (iniciando)6. Onofra Cleusa Rigamonte – UFAC (iniciando)7. Neuza T. Boufleuer – UFAC ( iniciando)8. Daisy Gomes - UFAC ( iniciando)9. Atila Oliveira - INPA (para concluir em março de 2000)10. Elektra Rocha – USP/São Carlos (iniciando)

* Apresentação dos resultados sobre impacto do uso da terra na Reuniãodo Conselho Diretor da UNAMAZ – Associação de UniversidadesAmazônicas. Atingindo 14 pessoas de 6 países (Bolívia, Colômbia,Suriname, Guyana, Venezuela e Brasil).

* Trabalho sobre Capacitação de Populações Tradicionais para Manejo deRecursos Naturais: de Imagens de Satélite e Inventários Florestais naReserva Extrativista Chico Mendes, Acre, Brasil. A. Alechandre, e I.F.Brown. Solicitado para apresentação na Universidade de Florida,Gainesville, Florida EUA. No Simpósio sobre o uso da floresta e da terrana Amazônia, 26 de março de 1999.

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* 2 palestras ministradas sobre Mudanças Globais e DesenvolvimentoSustentável em dois estados: São Paulo e Rio de Janeiro – I. F. Brown.

* Publicações Científicas:- 4 cartilhas- 1 capítulo “Extractive Reserves and Participatory Research as Factors

in the Biogeochemestry of the Amazon Basin”- 3 informativos das IAPs – Ilhas de Alta Produtividade- 46 resumos apresentados em Congressos- 4 artigos em jornais locais- 1 artigo escrito não submetido- 3 artigos submetidos- 1 artigo aceito- 4 artigos no prelo até dezembro.- 5 artigos publicados

3. OUTROS IMPACTOS

* Maior envolvimento de órgãos governamentais no planejamento deocupação e gestão de recursos naturais: Incorporação recente de 5 membrosde nossa equipe no Governo Estadual:

* Incorporação de 5 pessoas da equipe no Governo Estadual:1. Silvia Helena Brilhante, Coordenadora do Projeto de Elaboração de

uma Política Florestal madeireira do Estado do Acre. SecretariaExecutiva de Floresta e Extrativismo (SEFE).

2. Arthur Leite,Coordenador do Programa de Desenvolvimento daCadeia Produtiva de produtos Florestais: Borracha e Castanha –SEFE.

3. Alexandre Sousa Dias, Chefe de Departamento de AssentamentosExtrativistas e Agroflorestais.

4. Carlos Edgard de Deus, Secretário Estadual de Ciência, Tecnologia eMeio Ambiente, Diretor do Instituto do Meio Ambiente do Acre.

5. Luis Carlos de L. Meneses. Assessor na Secretaria Estadual deProdução.

* Aumento da cooperação científica nacional e internacional: Encontro deUniversidades para Desenvolver um Programa de Mudanças Globaisrelacionadas ao uso da terra na Amazônia Ocidental, participação de 17instituições acadêmicas, de pesquisa e fomento de três países.

* Apresentação dos resultados das pesquisas sobre impacto do uso da terrano Encontro de Universidades (Brasil, Peru e Bolivia) sobre MudançasGlobais relacionadas ao uso da terra, surgindo como consequência aDeclaração de Rio Branco sobre Mudanças Globais, que faz recomendaçõespara o desenvolvimento das pesquisas nos três países, atingindo 33pessoas de 17 instituições acadêmicas, de pesquisa e fomento dos trêspaíses.

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* Assessoria para o Instituto de Meio Ambiente (IMAC) para determinar aorigem da fumaça e preparação do material usado na reportagem no JornalNacional 21/08/99.

VII - REFERÊNCIAS BILBLIOGRÁFICAS

ARAÚJO, V.C. Fenologia de Essências Florestais Amazônicas I.- Boletim do INPA.Manaus-AM, (Pesquisas Florestais no. 04) 1970.

BROWER, J.E.; ZAR, J.H. Field & Laboratory methods for general ecology. 2a ed.,W.C.B. Publishers. 266p. 1984.

BROWN, I.F.; NEPSTAD, D.C.; PIRES, I., LUZ, L.; ALECHANDRE, A. Carbonstorage and land-use in extractive reserves, Acre, Brazil. EnvironmentalConservation 19(4): 307-315. 1992a.

BROWN, I.F., IRVINE D., MacDONALD, T.; GONZALES N.; BASTIDAS I.Applications of geochemistry and training programs for indigenous land-use planning in the Ecuadorian Amazon. Interciência 17(5):284-292. 1992b.

BROWN, I.F., MARTINELLI, L.A., THOMAS, W.W. MOREIRA, M.Z., FERREIRA,;VICTORIA, R.A. Uncertainty in the biomass of Amazonian forests: an examplefrom Rondônia, Brazil. Forest Ecology and Management. 75: 175 – 189.1995a.

BROWN, I.F., TURCQ, B. ; ALECHANDRE A. Teaching concepts of accuracy,precision, and opportunity cost in environmental sciences: arms, legs, andsignificant figures. Ciência e Cultura. 47(1/2):41-44.1995b.

CHEE, K. H. South american laef blight of Hevea Brasiliensis: spore dispersal ofMicrocylus Ulei. Ann. Appl. of Bio., Cambridge, vol. 84: n2, p. 147 – 152. 1976.

KERSHAW, K.A. Quantitative and dynamic plant ecology. 2a ed. London, EdwardAmold. 308p. 1980.

KREBS, C.J. Ecological Methodology. New York, Haper Collins Publishers. 1989.RODRIGUES, S.A., OLIVEIRA, A.C. de, MORAES, N.M., FRANÇA, V.M.,

SILVEIRA, M.; BROWN, I.F. Acúmulo de biomassa em florestas secundáriasno estado do Acre. Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência. ReuniãoAnual 1995. São Luis. Anais. 1995.

SASSAGAWA, H.S.Y., OLIVEIRA, M. do S. S. de, GOMES, C.V. A., ALECHANDRE,A.S.; BROWN, I.F. O uso do GPS em atividades de mapeamento com acomunidade da Reserva Extrativista Chico Mendes, Acre. Congresso daSociedade Brasileira de Cartografia. 17. Anais. Salvador - BA. 1995a.

SASSAGAWA, H.S.Y., ALECHANDRE, A.S., BROWN, I.F., GOMES, C.V.A.,Oliveira, M. do S. S. de; AQUINO, M.A. de. Mapeamento do uso da terra porcomunidades da Reserva Extrativista Chico Mendes, Acre. SociedadeBrasileira para o Progresso da Ciência. Reunião Anual 1995. São Luis. Anais.1995b

SEPLAN. Secretária de Estado de Planejamento. Programa Estadual deZoneamento Ecológico-Econômico do Acre. Rio Branco: SEPLAN, 1993. 78 p.

SIMONS, A.J. & DUNSDON, A.J. Evaluation of the potencial for geneticimprovement of Gliricidia sepim. Oxford, Oxford Forestry Institute. 1992.176p.

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EQUIPE

COMPOSIÇÃO DA EQUIPE TÉCNICA ORIGINALIrving Foster Brown - PhD, U. Northwest, 1981José Antônio Scarcello – MSc, UFF, Brasil, 1994Luis Carlos de L. Meneses – Especialista, ESALQ, Brasil, 1993Marilene de Campos Almeida - MSc, UFAC, Brasil, 1998Juari Paulo da Silva – Tecnólogo, UFAC, Brasil, 1979Marcos Silveira – MSc, UFPR, Brasil, 1993Hiromi Suzana Y. Sassagawa – MSc, UFAC, Brasil, 1999Nívia Maria de Paula Fernandes – MSc, INPA/FUA, Brasil, 1990Lucimar de Araújo Ferreira – Especialista, UFAC, Brasil, 1994Eufran Ferreira do Amaral – Especialista, UFAC, Brasil, 1993Francisca Cristina M. de Lima – Especialista, UFMT, Brasil, 1993

EQUIPE TÉCNICA COMPLEMENTARAna Maria Alves de Oliveira - Profª. Drª. PZ/UFACAndréa S. Alechandre – Especialista PZ/ UFACSilvia Brilhante – Graduada PZ/UFACElsa Mendoza – Especialista IPAM/PZ/UFACPedro Albuquerque Ferraz – Especialista PZ/UFACAlexandre D. Souza – Especialista PZ/UFACJoão L. Firmino – MSc. INPA/UFACThomas Ludewigs – MSc. PZ/UFACArthur Leite – Especialista PZ/UFACPaulo H. da Costa Andrade – Especialista PZ/UFACNilson A. Brilhante – Técnico Agrícola PZ/UFACDébora Almeida – Graduada PZ/UFACHeike Küchmeiter – Dra. PZ/UFACVilma Maria Bessa Lopes –MSc. PZ/UFACChristiane Ehringhaus – MSc. PZ/UFACFabiana Peneireiro – MSc. PZ/UFACCleber I. Salimon – MSc. PZ/UFACElektra Rocha – Graduada PZ/UFACDaisy Gomes Pereira – Especialista PZ/UFAC William Flores de Mello – Graduado PZ/UFAC Carlos Edgar de Deus – MSc. PZ/UFAC

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