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    ENTREVISTAS COM HLIO COUTO VOLUME 3

    RELIGIES

    Mabel - Ol. Vamos prosseguir, hoje, com a srie Entrevistascom o professor Hlio Couto . O tema de hoje Religies . ProfessorHlio Couto, por que existem as religies?

    Prof. Hlio - As religies existem porque h uma necessidadefundamental no ser humano de ter contato com o Criador, com aDivindade. Ento, isso inerente ao ser humano. Da a se

    institucionalizar essa necessidade emocional, espiritual, psicolgica,existe uma distncia enorme. E, em decorrncia disso, que surgemtodas as distores. preciso repensar tudo isso; ao longo dosprximos milnios, isso ser totalmente revisto. Porque, na situaoque ns temos atualmente, realmente uma coisa lastimvel nstermos religies pelo planeta que atacam os seus semelhantes;assassinam, estupram, etc., em nome de Deus. Ento, isso no podecontinuar, de forma alguma.

    Mabel - E por que to fcil criar uma religio?

    Prof. Hlio - Veja bem. Ns temos dois casos recentes l noPacfico, nas ilhas ali do Pacfico Sul. Na Segunda Guerra Mundial, osamericanos usaram vrias ilhas como base militar. Esses indgenasnunca tinham visto, praticamente, um branco. Quando os americanosdesembarcaram, eles entenderam, pela tecnologia que eles tinham,n?, os americanos, que eram deuses. At hoje eles cultuam um deuscujo nome de um daqueles militares americanos que desembarcounaquelas ilhas pra montar uma base. Bastou chegar algum comtecnologia avanada, desconhecida daquela populao, pra que elesacreditassem que eram deuses e, imediatamente, criassem um culto,que existe at hoje, cultuando, e com o nome do militar americano quedesembarcou na ilha. Esse um caso. Temos um outro caso de umantroplogo que tambm foi em outra ilha l no Pacfico Sul fazer uma

    pesquisa de como que os habitantes locais reagiriam s informaesou s coisas do Ocidente, no ? televiso, cinema, essas coisas.

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    Ento, ele passou alguns filmes do Rambo, da srie Rambo, doSylvester Stallone. Qual foi o resultad o? Agora Rambo um deuscultuado nessa ilha l no Pacfico Sul. Ento, isso bate muito com aquesto dos filmes Star Wars , quando George Lucas criou o conceito

    da fora da religio Jedi . Num censo recente na Austrlia, setenta milpessoas declararam, no censo, que tm a religio Jedi . Inclusive, halgum tempo atrs, quando a Segunda Trilogia foi lanada no Brasil,dois atores vestiram-se de Mestre Jedi e foram at a Praa da Spregar; pregaram a religio Jedi e, claro, estavam arrecadando fundospara a nova religio, e muita gente doou dinheiro naquela ocasio lna Praa da S, pra religio Jedi . Ento, existe uma necessidadeintrnseca de acreditar em algo, de, voc sabe, n?, de pedir ajuda, jque eu no consigo resolver, j que eu no entendo como funciona o

    Universo; ento, eu preciso ou aplacar os deuses, fazendo ofertas, n?,pra que o deus fique calmo e eu pea coisas benevolentes, como achuva, afastar a seca e etc., etc., e deixa-se de lado completamente ocontato direto com a Divindade. Porque, como que, em vista de tudoisso que a gente j est relatando so fatos como que as pessoaspodem separar uma coisa da outra? evidente que uma pessoa doOcidente dar risada j deve ter dado risada - Nossa, que coisaabsurda! Tem um p ovo l no Pacfico que adora o deus Rambo; depoistem um outro povo que adora um deus que um militar americanoque desembarcou l em mil, novecentos e.... Quer dizer, como quevoc separa isso das centenas de religies que tem no planeta Terra?Centenas, porque, s uma denominao, tem subdivises que, atonde eu pesquisei, tinha mais de trezentas e quatro subdivisesdaquela religio. Como que voc separa, como se fala, o joio do trigo?O que que o que disso a? O que que vlido? Por que que a sua vlida e esse l, do Rambo, no vlido? Qual a diferena? Eleacredita piamente, da mesma maneira que o outro acredita, l noAlasca, na religio dele. E da? Como que ns vamos saber? - Ah, areligio do Rambo falsa; essa no existe. Ento, esquece isso. Falaisso l pro habitante dessas ilhas e v como que ele reage. Chega lna ilha e fala - Gente, essa histria aqui do Rambo a maiorbobagem possvel. Isso a no deus; isso um personagem decinema. Dependendo do humor deles no dia, voc pode ser,literalmente, morto; antigamente, era queimado, mas l, l eu achoque vo fazer de outro jeito, no ? Ento, em todo o planeta, aproblemtica sempre a mesma. Vem algum, ou s vezes no precisanem vir algum, desembarca um americano numa ilha, e um povo queno entende, nunca viu, por exemplo, um helicptero, acha que os

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    Sith , l, do Star Wars , no verdade? Ento. Isso de umradicalismo absurdo. Como que voc pode falar que voc t certo eo outro est errado? No existe isso. Isso a coisa mais barbrica quese pode ter. Portanto, muito fcil resolver isso. Porque, seno, ns

    camos na seguinte situao: se eu acredito que a minha religio aque est certa; ento eu vou seguir aquilo, porque algum veio e falou - Voc tem que fazer assim, assim, assim e assado; ento eu sigo ecometo as maiores barbaridades em funo disso, porque a minha que est certa. E ele, no tem o mesmo direito de fazer isso? Eletambm no tem contato com a Centelha Divina dele, vai achar amesma coisa e, preventivamente, ele deveria nos atacar primeiro, ouns devemos atac-lo primeiro, no verdade? Porque, se ele vaicometer o mesmo erro que ns estamos cometendo, porque ele no

    v a Centelha, ele no sente isso, e ns tambm no, ento virou oque? Poder, territrio e poder e materialismo, como sempre. Ento, anica maneira entrar em contato direto com a Divindade atravs deolhar pra dentro de si mesmo; l est a verdade, com certeza absoluta.

    Mabel - dessa forma que ns podemos saber se uma revelao Divina ou no, fazendo a experincia, tendo contato pessoal? Comodintinguir alguma coisa que falsa de uma verdadeira?

    Prof. Hlio - Pelo bem-estar que ela produz. A rvore, vocconhece pelos frutos. Se uma orientao, uma tcnica, uma filosofia,uma religio, prope algo e esse algo construtivo, promove alegria,bem-estar, felicidade, crescimento, todo tipo de coisas boas, verdade; lgico que aquilo verdadeiro, s acrescenta. Se qualquerensinamento seguido criar sofrimento e dor e destruio e morte e

    misria e pobreza e tristeza e doena, bvio que est errado. Ento, muito fcil voc saber o que funciona, o que est certo, do que esterrado. No h como fugir dessa concluso. Porque, seno, se nsinvertermos essa equao, como que fica? Ento, tudo que gera, quecria o mal, t certo? Bom, ento qual, quem esse Deus? Porque, pordefinio, supe-se que Deus uma entidade boa, o Bem, aMisericrdia, n?, Bondade, Sabedoria, etc. Ento, tudo que Elepromove, que Ele prega, que Ele mandou fazer e etc., deve promovero bem geral. No o bem de meia dzia. Ento, ns temos a tribo l do

    Rambo, n?, que cultua o deus Rambo. claro que os habitantesl acharo que o deus deles muito bom se fizer coisas boas pra esta

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    ilha, pra esta tribo. Se prejudicar o planeta inteiro, no tem problemanenhum. O deus deles bom, pra eles. Ento, ns temos a vriosdeuses, porque vai ter o deus da outra ilha, da outra ilha, e assim pordiante. E cada deus puxando a brasa na sua sardinha, quer dizer, no

    seu povo, que o cultua. Bom, isso j fazem quantos milnios e milniose milnios? E voc sabe a batalha que foi isso atravs dos milnios eainda continua, pra se entender o monotesmo, que tem um, um nicoCriador no Universo inteiro, um nico. Mas esse tipo de raciocnio quecria o deus Rambo, o deus americano, o deus disso, o deus daquilo, totalmente absurdo. E ns, ns ocidentais, orientais, etc., no camosna mesma situao? E como que ns vamos falar - O nosso t certoe o deles est errado? Com que medida ns vamos poder avaliar odeles ou o nosso? pelo fruto que se conhece a rvore. Por definio,

    Deus bom. Ento, Ele tem que fazer o bem pra todos, porque, seno,ns vamos ter os deuses particulares. Um deus que faz mal prosoutros, ento no um deus geral, global, universal; no pode ser onico, porque, se for o nico, ele vai fazer o bem pra todos. Ele novai poder falar pra voc - Vai l e mata o outro, porque ele no mecultua. Esse um deus particular, personalizado, de tribo. Ento, ouse cultua a Divindade real, ou ento, a, pode-se criar deuses ao bel-prazer, no ?, at um personagem de um filme pode virar um deus.Qual a diferena entre um livro e um filme, digamos assim? Hmilhares de a nos no tinha filme; ento, a revelao era traduzidaatravs de papel. Ento , leva o papel, - T aqui, no ? Os indgenasl do Pacfico, eles aceitaram a revelao atravs de um filme; vai l epassa um DVD. Qual a diferena? Por que que o DVD invlido e opapel real? Ou tem que ser um papiro de cinco mil anos atrs, bemvelhinho, no ?, a tem mais validade do que se aparecer com umarevelao em DVD, em blu-ray ? Qual a diferena? Quanto maismoderno, e da? Ento, vocs veem que, se for por esse raciocnio, absurdo atrs de absurdo atrs de absurdo. E a o seu deus contra odeus deles, e o deles contra o seu. Portanto, preciso muito cuidadocom esse tipo de raciocnio. Isso s leva ao que tem levado, morte e destruio. No h outra concluso a chegar disso. Um deus quepromove a destruio dos demais, ele no p ode ser O, O Deus,porque, seno, ns estaramos em que situao? Vai chegar concluso que Deus mau? Ento, que tipo de Deus esse? Ento,Deus promove morticnio? Ento, se Deus imagine aonde vai chegaressa lgica, n? porque, se Deus mau, se Ele no tem bem e mal,como que ns ficamos? A ns estamos numa situao um tantoquanto complicada, no?, porque, como que ns vamos nos

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    relacionar com um Deus instvel, que pode amanhecer de mau humor,e a que que Ele faz com a gente? Ns vamos pedir ajuda pra Ele?Impossvel. A, fica muito complicado. S d, como se fala, n?, nstemos que fazer negcio com Ele; ver que troca que ns podemos fazer

    pra ver se chove, no ? Isso era assim; h trs mil anos atrs eradesse jeito. Tinha at aquele famoso l, o Baal, que tinha um fornoenorme, do tamanho assim de uma parede, e, pra que Ele ficasse debom humor e nos tratasse, a nossa tribo, bem, a gente pegava umascriancinhas, uns bebezinhos recm-nascidos, trs, quatro, cincomeses, no ?, e pegava o bebezinho vivinho da silva e jogava l nafornalha, vivo, t?, pra o deus ficar calma e ser bonzinho conosco. Quala diferena entre o Rambo l deles, esse deus? s o tipo de coisaque ele t pedindo? Esse l dos, l do Oceano Pacfico, no tem notcia

    nenhuma que ele pea bebezinho jogado na fornalha, no ?; ento,deve ser outra coisa. Mas, agora, voc imaginem, no ? Deve ser umdeus que tem arco e flecha, que tem submetralhadora, n?, o deusanda com fita na testa. Pois , daqui a pouco vo ter um monte deesttuas desse tipo l e vendendo as esttuas e tudo mais, na ilha l,do deus Rambo.

    Mabel - Nos fale sobre revelao. O que uma revelao? Epor que alguns indivduos conseguem acessar esses contedos Divinose outros no?

    Prof. Hlio - Todas as pessoas, se quiserem, elas podem acessara Centelha. A Centelha o canal direto de ligao com o Criador. Porqu? Porque a Centelha o prprio Criador, o prprio Ser Divino. Sea pessoa gastar um pouquinho do tempo dirio dela e tiver realmente

    interesse, disposio, boa inteno, de saber como o Criador e, emltima instncia, de se fundir com Ele, fora de qualquer anlise deconsequncia, de medo e etc. porque isso, em ltima instncia,que impede as pessoas de se fundirem com a Divindade, porque, nahora que voc se fundir, voc, como ego, voc deixa de existir; vocpassa a ser o prprio Criador, a Centelha assume o controle. E aCentelha, o que que ela faz? A Centelha ama incondicionalmente, vintee quatro horas por dia, sete dias por semana, trezentos e sessenta ecinco por ano, ad infinitum , e a Centelha est unicamente interessada

    em promover o bem. Ento, ela no leva em considerao poltica,economia, finanas, interesses particulares, nada disto importa pra

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    Centelha. A Centelha quer fazer o bem, indistintamente. Ento, ela vaiagir atravs do que? Atravs da verdade. Que que a verdade? isso. isso e acabou. Ento, ela vai agir, falar, escrever, etc. Dentro darealidade terrestre, voc sabe, toda vez que desce, que vem um avatar

    e incorpora 100% da prpria Centelha Divina, ele combatido, ele perseguido, etc., etc., porque, evidentemente, a atitude dele, os atosdele, so contrrios aos interesses materialistas instalados no planeta.Ento, que que acontece? Os humanos, vendo uma situao dessa, emque vem algum e fez o bem e foi morto, vem outro algum, fez obem, tomou trs tiros, vem outro algum, fez o bem, tomou um tiro,e assim por diante, n?, isso quando no queimado, cortado,esquartejado e etc. Por osmose, o que que a pessoa pensa? - Se eufizer o bem, isso que acontece comigo, alguma dessas coisas. Ento,

    por medo, eu no vou entrar numa dessa, eu no vou fazer isso. Ento,se eu entrar em contato com a Centelha e se eu aprofundar essecontato, daqui a pouco eu fao um fuso com a Centelha, a Centelha eu passo a fazer o bem indistintamente e a acontece isso comigo;eu no quero isso. Ento, a pessoa evita, de todas as maneiras, evitarcontato com a Divindade diretamente. Porque ela sabe, se ela sefundir, no vai agradar a todo mundo que no quer a fuso, que temseus prprios interesses. por essa, basicamente, esta nica razo,que as pessoas evitam essa fuso. O que a pessoa no entende oseguinte: que, depois que houve a fuso, no importa mais nadadisto. Ento, aquele medo que a pessoa tem do que ser que vaiacontecer, isso o ego da pessoa que tem medo, a pessoa que estfora do contato com o Divino, um mero humano, com a Centelha bementerrada l dentro dele, coberta de concreto sem parar. Ento, claro, ele tem seus medos humanos. Quando ele se funde, isso noexiste mais. Ento, ele outra, outra pessoa. E quando se outrapessoa, todas aquelas questes anteriores, elas deixaram de existir.Vocs acham que o Gandhi estava preocupado se ia tomar um tiro oudois ou trs ou cinco ou cinquenta tiros? Ele era feliz fazendo o quefazia, o que veio fazer, continuou feliz, morreu feliz e t mais feliz aindadepois disso. No parou um segundo de ser feliz, de estar realizado et trabalhando mais ainda agora. Ento, qual o problema pro Gandhi,qual o problema pessoal dele por ter feito a fuso com o Criador, como Divino? Nenhum, nenhum. Agora, a pessoa que no quer isto, essatem reservas, tem crticas, o ctico, o que tem medo, o que fogee o que combate aquele que traz a Divindade at os humanos.

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    Mabel - Quem recebe uma revelao pode misturar o contedodessa revelao com as suas prprias ideias?

    Prof. Hlio - Com certeza. Esse um grande problema. Pro canaltransmitir limpidamente o que o Criador est passando pra ele, e queele deve passar pros irmos, este canal tem que estar o mais limpopossvel, isto , com a frequncia mais elevada possvel. Ele tem quesair completamente do ego; ento no h mais ego ali, s o canal. Sevoc pegar um tubo, um cano, sujo, com mofo, sujeira e barro, e puseruma gua pra passar por ele, o que que sai do outro lado? gua lmpidamais sujeira de todos os jeitos. Ento, um canal, um tubo; saiu ummonte de bobagem do outro lado, mais a gua. Se voc tiver um canoassepticamente limpo, o que que vai sair do outro lado? A gua puraque entrou, ela sai do outro lado. Ento, isso depende da frequncia,do grau de elevao espiritual que o canal tem. Ao longo da Histria,ns vemos essas duas coisas acontecerem, no ? Ns temos o canalmais limpo possvel; ento a mensagem perfeita, no existenenhuma interferncia, no tem esttica, perfeito. E como que vocsabe? Pelos frutos a rvore d bons frutos. Ento, pelas obras, vocconhece a rvore, voc conhece o canal. Ento, fcil ver isso; s podeproduzir o bem. Agora, se, ao longo da Histria, ns temos canais quereceberam, uma parte a mensagem lmpida, e a, por ego, porinteresse prprio, juntou seus prprios conceitos e interesses. A, o queque ele fez, o que que a pessoa faz? Ela mantm dois textos, um aquie o outro aqui, separado? Fica muito fcil de separar o joio do trigoassim, no verdade? Ento, que que se faz, que que se fez ao longoda Histria? Faz isso aqui voc mistura os dois textos. Ento, vocno sabe ali o que que uma canalizao do que que no umacanalizao. Bom, lgico, depois de alguns anos vm os estudiosose pegam aqueles textos e faz-se uma exegese do texto. Ento,consegue-se por, em decorrncia da vida daquela pessoa e tudo mais,que a coisa evoluiu, separar: essas frases foram ditas realmente porEle e isso aqui foi inserido pelos seguidores. D pra fazer isso, e jfizeram isso, e chega-se a concluses horripilantes, porque tem muitacoisa que colocado que no tem nada a ver com a pessoa original,com a mensagem original, e muita coisa que era da mensagem originalque foi distorcido, que foi ignorado, que foi subtrado, que foi mudado,N, N coisas. Por qu? Porque no interessava aos poderes vigentes napoca, religio instalada na poca, porque, lgico, se voc vemcom uma nova revelao, voc j encontra a religio instalada no

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    planeta inteiro; ento, se ns chegarmos agora e vamos l nessa ilhano Pacfico Sul e fazer uma nova explicao, ns vamos nos debatercontra quem? Evidentemente, contra os sacerdotes do deus Rambol da ilha tal. E eles no gostaro nada, nada, da nossa ideia de ir l

    explicar - Olha, no bem assim. Tem um outro jeito de enxergar arealidade. J sabem, no ?, qual que o resultado disso. Ento, uma situao muito complicada quando se toca nesse assunto

    Religio. Porque como, basicamente, psicologicamente, como umtime de futebol. A pessoa escolhe um time, seja l por que razo for,e depois ela no muda aquilo, mas por nada. Bom, voc sabe, astorcidas matam gente da torcida do outro time. Ento, na verdade, uma coisa religiosa; s no tem o nome de religio, no ? Mas, sevoc vir o comportamento das torcidas organizadas, quando eles

    passam, uma coisa que d medo, porque no tem mais racionalidadenenhuma.

    Mabel - fanatismo.

    Prof. Hlio - puro fanatismo religioso. E qual a diferena, setirar aquela camisa daquele time e colocar uma outra coisa no lugar,qual a diferena entre o comportamento daqueles torcedores com ocomportamento da religio X? igual. puro fanatismo. Acabou arazo; no h mais anlise, no h mais nada. E quanto mais se fogeda razo, mais se chega na barbrie, n?, mais se chega no nvelanimal. Porque, o que que nos separa do chimpanz? O DNA 99,quase 99% igual, quase 99. Ento, algumas centenas de genes, s.Qual a diferena entre ele e ns? O raciocnio, a autoanlise, acapacidade de saber - Eu existo. Penso, logo existo. E a raciocinar,

    e a desenvolver essa civilizao. Se ns tirarmos o raciocnio, nsvamos voltar pra onde? Ao nvel do chimpanz. E voc sabe como que os chimpanzs fazem, no ? Eles so seres muito crueis. Temduas espcies de chimpanzs, n? Tem os bonobos, que so pacficos;eles tm altura maior, andam praticamente em p, pernas longas, etc.;so pacficos e poucos. E o dos chimpanzs normais, tem N; por qu?Quem que mata, quem que espanca, quem que tortura um outrochimpanz; e mata e come? Que tipo de ego tem o chimpanz que fazisso? E eles so assim. Ento, preciso repensar muito bem essas

    questes todas. Mas, lgico, n?, quando se fala de religio, as coisasficam muito complicadas, porque no se pode questionar esse assunto.

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    Mabel - Os seguidores de uma religio, eles passam a interpretaras revelaes conforme seus prprios interesses? E quais so asconsequncias disso?

    Prof. Hlio - Ento, voc imagine. Se quem veio trazer arevelao, o original, se ele j capaz de misturar as prprias ideiascom o original e criar j uma coisa muito deturpada, e a olhe que eleainda t recebendo a mensagem, os seguidores, ento, que no estorecebendo nada, que no so canal de nada, que esto totalmentealheios Centelha, esses, com certeza, lgico, eles conseguiro

    pegar, de um texto desse tamanho, eles conseguiro separar aquelaparte que o ego de quem escreveu a revelao colocou, a parte do egodele, dos interesses particulares dele. Voc acha que vem um seguidorque no tem contato nenhum com a Centelha, ele l o texto e eleconsegue entender a Metafsica avanada que foi passada pra aqueleser, pra ele passar pros outros? Uma Metafsica muito abstrata? evidente que no. Ele no consegue nem entender o que que t escritoali. Ele v as palavras, mas ele no entende o significado, o stimosignificado oculto, como se fala, que tem num texto. Ento, ele vai pelo

    arroz com feijo, a coisa mais prtica, n?, a mais concreta, que nonecessita, quer dizer, e na verdade, no tem comunicao Divinanenhuma, no ? Por exemplo, - Devemos, todo sbado, s trs horasda tarde, pegar esse vaso com os lrios e levar at o lugar X e colocarl e fa zer uma orao. T. Se essa instruo estiver dentro de umaMetafsica que explica toda a abstrao, todo o conceito simblico dolrio, voc acha que essa pessoa vai conseguir entender. Entrem nainternet e procurem o significado do lrio. vastssimo, profundo.Aqui, nas prximas palestras, explicaremos isso. Voc acha que essa

    pessoa consegue entender isso? Ela s olha e fala - Nossa, tem umaflor. Por que ser que um lrio? Ah, devem gostar do lrio, no ?Ento, aqui fala que pra pegar o vaso daqui e colocar aqui, todosbado s trs da tarde; vamos fazer isso. E eles fazem isso.

    Mabel - S repete o ritual?

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    Prof. Hlio - Exato. Vira, vira, estritamente, ritual, sem nenhumaconcepo de entendimento da Divindade. Porque, todo ritual, ele simblico. No aquilo que est falado pra fazer concretamente. Aquilo simblico. Tudo que existe no Universo simblico; so arqutipos.

    Ento, o que a Divindade passa o simbolismo, o contedoinconsciente que Ele quer passar. Lembram?, tem um versculo quefala Olhai os lrios do campo. Nem Salomo, em toda sua glria, sevestiu como um deles. Ponto. O que ser quer dizer isso? s isso? s uma metfora, assim, simples? s pra comparar a flor com omanto que Salomo vestia? Se ns olharmos to simplistamenteassim, o que que um estudo aprofundado desta questo faria? -Vamos dissecar esse lrio, colocar num microscpio, analisar todas ascaractersticas dessa flor e a faremos uma comparao com todas as

    pedrarias e diamantes e ouro e tudo do manto de Salomo, pracomparar, porque foi dito que o lrio se veste melhor do que o mantode Salomo. Percebem? Esse tipo de raciocnio que feito. O queest embaixo, o que est alm, nesse versculo? O que que Ele quisdizer com isso? muito mais profundo do que comparar as clulas dolrio com o vestido do Salomo. muito mais que isso. Mas, se a pessoano desenvolve essa capacidade intuitiva, se no deixa a Centelha falarpra ele - porque a Centelha que vai passar esse tipo deconhecimento, esse tipo de anlise; no uma coisa racional. Umacoisa racional, um cientista faria isso. Ele pega um texto desse e fala

    - Vamos descobrir qual o segredo que tem nessa histria. Vamosdissecar o lrio e pegar l o tecido e fazer uma comparao. isso quefaz uma Cincia cega, digamos assim, que s olha o que perceptvel. O verdadeiro significado muito mais profundo que isso.Agora, vejamos, voc tem um avatar que tem um conhecimento lgico, porque seno ele no seria um avatar extremamenteavanado em relao s pessoas com quem ele vai falar, pra quem elevai transmitir a mensagem. Como que ele vai transmitir conceitosavanadssimos pra pessoas que raciocinam num nvel de compararclulas com o tecido? Ento, ele s pode usar metforas. Ento, elesabe que, vamos dizer, neste caso especfico, dois mil anos depois,algum far uma anlise dest a e falar isso - No bem isso quevocs esto olhando. No s o lrio. Tem um significado oculto nisto.Quanto que precisou de tempo pra isto vir tona? Dois mil anos.Ningum enxergou ou ousou falar o que que significa o lrio, e dentrodesse contexto, como foi falado. Agora, o que que ele ia fazer? Fazer,explicar o que vai ser explicado, h dois mil anos atrs? As pessoastm condies de entender aquilo? Elas, com o pouco que falado, j

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    h uma distoro, j h um jeitinho, j arrumam tudo, j torcem tudo, j tira, apaga isso aqui, deixa s isso aqui que interessa. Ento, temuma pergunta que voc far, sobre todo conhecimento passadoquando um avatar vem no planeta?, no ? claro que no. J t

    respondido. claro que no. Ele pode passar, ele pode dizer a verdadetotal? No pode. Quanto de verdade as pessoas aguentam ouvir sobrea realidade ltima do Universo? Quanto? Chega pra um se fossepossvel, nessa dimenso chegar pro lder, o macho alfa, l, de umbando de trinta chimpanzs, que tem uns dois quilmetros de territriol na selva, e falar pra ele assim: - Olha, daqui a dois quilmetros temum outro bando, com mais uns trinta indivduos. So seus irmos. Vocno pode atacar aqueles chimpanzs do outro bando. So irmos.Vocs so da mesma espcie. Lembra? O que que voc acha que o

    lder desse bando aqui achar de uma orientao Divina dessa, Oh,chimpanz irmo de chimpanz? isso que acontece. Na prtica, literalmente isso. Ento, toda problemtica continua, no? Depois dedois mil anos, o problema persiste. Ainda no caiu a ficha, como sefala, que os humanos so irmos. No cai a ficha. E a ficha no caiporque no se aceita o monotesmo, no se aceita que s tem um Deusque criou Tudo, portanto um Pai pra todos e todos so filhos, todosso irmos, etc., etc., etc., portanto voc no pode fazer isso proirmo. No. E tambm, voc v, a batalha da Mecnica Quntica deexplicar que existe um campo eletromagntico que faz o seguinte: tudoque voc manda, volta para voc. Ento, esquece a Metafsica, esquecea orientao Divina. Vamos pela Fsica: tudo que mandar, volta;pensou mal, volta aquilo que foi pensado pra voc; sentiu, volta aquilopra voc num campo eletromagntico. A mensagem a mesma, no?O que que acontece, voc sabe, como que as pessoas reagem quandose fala Mecnica Quntica? Eles s faltam ter urticria, s faltam tercrise epilptica , quando voc fala Mecnica Quntica; o sujeitodesaparece; ele fala - Eu no q uero saber; no me fale disto. Eutenho, n?, a gente ouve N depoimentos dos clientes que comentamde Mecnica Quntica, como que as pessoas reagem. Alm do quese fala, na mdia, dos fsicos qunticos, no? E qual o problema quetem com relao Mecnica Quntica, pra ter essa reao? umexperimento de laboratrio que gera, o produto daquilo, GPS , celular,rdio, televiso, etc. etc. Qual o problema do eltron se comportar deum jeito ou de outro? que as pessoas, elas tm um feeling , umaintuio aguada pra essa questo. Elas sabem que se elasentenderem por que que o eltron passa por duas fendas, isso vai levara entender outra coisa, que leva a outra, outra, outra, outra, outra, e

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    l no fundo tem aquela bendita histria de que todos somos irmos, e eu no quero saber isso, n? Ento, no posso aceitar, ento volta,volta, volta, volta, ento no aceito que o eltron passa pela duplafenda . Mas, tenho quatro celulares, etc. e etc. Mas eu no aceito que

    o celular funciona de acordo com todas as leis da Mecnica Quntica .Se tem uma postura mais medieval que essa, mais atrasada que essa, brincadeira. S o povo l do Pacfico, l, com o deus Rambo, porque s por isso, em ltima instncia, porque seno tinha que fazer uma,levar no psiquiatra, fazer uma anlise psiquitrica, um estudoantropolgico, por que que no se pode aceitar que um eltron passapela dupla fenda, quando se usa toda parafernlia eletrnica que essefato gerou. Por que que no? por causa disso. Porque, l no final, apessoa ter que aceitar esta verdade fundamental: que a Centelha est

    presente em todos e que, portanto, todos so irmos. E a que t o pombo da discrdia .

    Mabel - E isso fica mais complicado ainda quando os prprioscientistas, os fsicos, a maioria deles, no admite o significado dosexperimentos. Ento, eles usam s pra tecnologia, mas eles, de algumaforma, se apoderam do conhecimento, e se chegou a zombar dosindivduos que no so fsicos, quando eles fazem essa unio, achamesse significado, n? Ento, as pessoas acabam tendo esse apoio daCincia tirando esses outros que so visionrios, que so, que estomais envolvidos com essa questo do significado da Mecnica Quntica ento, eles tm o apoio da prpria Cincia. J no querem, deantemo, entender o significado de tudo isso, e ainda so apoiados porum grupo de cientistas.

    Prof. Hlio - Que o que aconteceu numa das ltimas palestrasque eu fiz, que o Amit Goswami veio fazer no Brasil, em que umapessoa pediu provas daquilo que ele estava falando, e ele falou - Jest provado. O que que a pessoa quer mais de provas do que todosesses experimentos? O que que uma coisa que leva a outra, que levaa outra, que leva a outra? E a sinergia que existe entre osexperimentos? No tem, t hiperprovado; esses fsicos qunticos noso loucos, no so dementes; eles falam porque eles tm certezaabsoluta do que eles esto fazendo. E isso foi testado N vezes; a

    teoria mais testada da histria da Fsica. Por qu? Porque justamentequeria-se derrubar a Mecnica Quntica porque j sabiam onde isso ia

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    chegar; ento, ns no podemos deixar chegar nesse ponto; nsvamos fazer todo tipo de questionamento e de experimento atconseguir derrubar. E a voc sabe, quanto mais testava, mais provadoficava, at que, a, passam a ignorar. Mas aquela meia dzia que

    sempre tem uma meia dzia eles continuam e a, medida que atecnologia, os aparelhos, foram se sofisticando, permitiu se fazerexperimentos mais sofisticados ainda, que comprovaram tudo o que ateoria j dizia, cinquenta, sessenta, oitenta anos atrs. Ento, quantomais se pesquisa, mais provado fica. Agora, o significado, a no sepode falar, no ? A filosofia, qual o stimo nvel de significado quetem esse experimento. Vamos s citar um. Voc sabe, l no livro doErvin Lszl, A Cincia e o Campo Akshico, ele relata umexperimento que diz o seguinte: duas pessoas que tm contato so

    separadas. Eu manipulo uns objetos, copo, qualquer coisa, e, porexemplo, um bonequinho que representa o Hlio. Manipulo isso, pegona mesa. A deixo aqui e vou pra uma sala, uma gaiola de Faraday. Ela imune a ondas eletromagnticas. Ento, portanto, pela Cincia, nadachegaria, de sinal, at l. Ela ( aponta para Mabel ) pega essebonequinho que simboliza o Hlio, porque o Hlio teve contato com ele ento, criou uma ligao quntica pega uma pluma e passa noombro do Hlio, no bonequinho, aqui, pra fazer ccegas. Eu estou naoutra sala, ligado a vrios aparelhos que mediro qualquer reaofisiolgica em mim. O que que o experimento mostrou? Que a pessoal na sala sentiu ccegas no ombro. Isso prova que existe umaconexo? Claro que prova. Prova que existe um sinal sendo transmitidode um lado pro outro, no nessa dimenso portanto, um sinal no-local? Prova. Prova que existe o emaranhamento quntico? Prova. Equal a consequncia disso? Por que que as pessoas no gostam desseexperimento? Porque isso a tal histria do vodu l do Haiti ? E se ovodu for real, qual o problema? a que a coisa pega. Porque oexperimento mostrou que se mexe no ombro e o sujeito que est naoutra sala sentiu a reao instantaneamente. Ento, um fato que ainformao, ela transferida distncia, independentemente dequalquer barreira que se possa fazer. Um campo eletromagntico noconseguiu impedir. Portanto, essa informao no trafegou nestadimenso, que aquilo que as pessoas vm saber onde que est atorre de repetio da onda que o CD do Hlio est emitindo, no ?Eles querem saber essas coisas, n? E ns j explicamos, duzentasvezes, que no tem nenhuma transmisso de sinal sendo feita nestadimenso, que no som, que s dar play , zero, play e vai embora.A me toca o CD em So Paulo e o filho est na Califrnia, e ele sente

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    o resultado l, imediatamente. o mesmo princpio, o mesmo, no verdade? O experimento mostra isso e o que o nosso trabalho faztambm mostra isso. Ento...

    Mabel - E quando haver a unificao da Cincia com aespiritualidade?

    Prof. Hlio - Olha. Um grande fsico disse o seguinte: A Cinciaavana funeral aps funeral. Ponto. E isso uma grande verdade.Quem j est estabelecido tem uma extrema dificuldade, por vriosmotivos, de aceitar a inovao, de aceitar a mudana, de mudar deparadigma, etc. Faz-se de tudo pra evitar que uma nova viso domundo, no uma nova tecnologia. Se vocs imaginarem que at 56existia vlvula eletrnica por todo o planeta e que existia uma empresaamericana que era a maior produtora de vlvulas do mundo, era umsujeito, imagina, milionrio, e ele no teria interesse nenhum em quevlvula ficasse obsoleto to logo, no ? Acontece que em 57 surgiu otransistor. Ento as pessoas j de uma certa idade que esto assistindosabem que virou uma febre naquela poca voc ter um radiozinho depilha, no ?, pequenininho assim, quadradinho, um retngulo, aquiloera a coisa mais cobiada, alm da televiso, porque tinha umtransistor. Neste mesmo ano, faliu a empresa de vlvulas; acabou.Ento, era, digamos, um imprio das vlvulas e, em questo de meses,simplesmente desapareceu, por um avano tecnolgico. Isso aceitvel, no ? Isso no tem problema nenhum, num mundoeconmico, financeiro, etc., etc., no tem problema nenhum. Porque,teoricamente, no implicou em nenhuma mudana de viso de mundousar o radinho de pilha. Recentemente, computadores, n?, pessoais,

    e a os celulares e o GPS , tambm so aceitos, porque, teoricamente,eles no implicam em nenhuma mudana de viso de mundo, no ?Quer dizer, isso j foi testado em 58; pe o transistor e v como queo povo reage. O povo engoliu o transistor numa boa, no questionounada. Viram televiso, tambm no questionaram nada, n? Acharamque tubos de raios catdicos banal, no ? Imagine o que que eraalguns anos antes, carruagens a cavalo; poucos anos depois voc terteleviso, e televiso a cores, e transmisso de rdio pelo mundointeiro. E tudo isso aceito sem nenhum questionamento. como se

    fosse a coisa mais banal do mundo todos esses avanos. E issoacontece por qu? Porque, evidentemente, transmitida a informao

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    de que isso no significa nada, s tecnologia. No tem nada, vocno precisa se preocupar com o que t por trs disso. Isso s... quemvai se preocupar com uma coisa dessa? E at hoje essa histriapersiste. Avanos e mais avanos e no se tem nenhum

    questionamento sobre isso. Bom, acontece que a coisa no bemassim. Os avanos, eles so cada vez to profundos, que fica, vaificando muito difcil dizer que aquilo no tem significado. Enquanto nose tinha o experimento l do Alain Aspect, de ligar, de conectar os doiseltrons e dispar-los e medir o spin de um com o spin , o momentoangular de um com o do outro, e provou-se que mais veloz que a luz,enquanto no havia esse experimento era s uma conjectura. Ento,voc pode deixar, joga tudo pra debaixo do tapete. Mas, a partir deque vem um fsico e prova, a eles fazem de novo o experimento e

    prova e prova e prova, isso comea a levantar uma srie de questes.E as novas geraes, inevitavelmente essas crianas de cinco, seis,sete, dez anos, no ? j crescem achando que as coisas da MecnicaQuntica no so to esquisitas assim, no ? Uma criana de dezanos de idade acha que perfeitamente normal, no tem problemanenhum, o eltron passar pela dupla fenda. Ento, essa criana,quando ficar adulto, no se ope s consequncias da MecnicaQuntica. Ento, isso j est acontecendo. Tem uma gerao emandamento que est tendo contato com toda essa parafernlia, no ?,Eletrnica e Spintrnica e computador quntico e toda essaterminologia, que eles vo aceitando isso sem problema nenhum.Muitos deles tornar-se-o fsicos, que j no tero nenhuma reservaquanto a isso. Esses tero filhos. Ento, daqui a uma ou duas geraes,quarenta, sessenta anos, ns teremos fsicos que julgaroabsolutament e normal todas as esquisitices da Mecnica Quntica. Edaro risada de toda resistncia que existia no fim do sculo XX e inciodo sculo XXI, com relao aos experimentos da Mecnica Quntica.Da mesma forma que a gente, hoje, acha ridculo o que eles faziam em1500, daqui a pouqussimos anos no levar quinhentos anos, hein? pouqussimos anos, eles daro risada das prevenes, tabus epreconceitos que se tem hoje contra a Mecnica Quntica. Ento, umprazo, em termos histricos, um prazo curtssimo pra haver umamudana dessa magnitude, porque isso provocar uma mudana emtodas as reas no planeta Terra.

    Mabel - Uma mudana de paradigma, no ?

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    Agora, voltando s religies, por que as religies so contra osmsticos?

    Prof. Hlio - , essa uma outra boa questo. O mstico aqueleque tem contato direto com o lado espiritual, por N meios. Ento eletem, ele tem acesso informao direta; ele no depende de ningumvir falar assim ou assado, nada disso. Ele no precisa deintrprete; ele um canal aberto. Ele vai l uma forma de falar,OK ? porque quem vai do lado espiritual, se j se est do ladoespiritual, no ? O Weinberg , ele falava - No seu quarto existeminfinitas realidades dimensionais, porque ele j tinh a entendido quecada frequncia, de tanto a tanto, uma dimenso. Ento voc tem,no mesmo local, aqui, aqui nesta sala, todas as dimenses estopresentes. s questo de sintonizar o rdio na frequncia que nsqueremos. Ento, quando voc pe o seu foco de ateno na terceiradimenso, voc olha essa realidade que t aqui, mas se voc abstrairo foco e elevar a frequncia pra prxima dimenso, o vu sedescortina, rasga-se o vu; voc enxerga uma outra dimenso e,acima, outra, outra e assim por diante. Ento, o mstico aquele que,por nascena ou por desenvolvimento pessoal, ele, ao longo dosmilnios, chegou a ter esta capacidade. Ento, ele transita forma defalar por todas as dimenses, do jeito que ele quer. Ento, ele vai le acessa a infor mao e traz. E fala - Bom, no bem do jeito que tescrito aqui. assim. Evidentemente que quem quer que seja do jeitoque t escrito, porque tem muito interesse em cima daquilo, no vaiaceitar que venha um outro, com uma nova revelao, e fala - Olha,no assim, assado. Ento, todo mstico um problema, digamosassim, n? Em toda religio, os msticos so problemticos. Sorenegados, so proscritos, so aqueles que a elite daquela religio nod a mnima pra eles, tiram as condies de trabalho, tiram os meios,entendeu?, eles so tratados de qualquer jeito, sabe? Porque, sabe?, como, quase como, se o sujeito fosse um doente mental, sabe?, umesquizofrnico. Ento, - Ah, deixa; sabe?, esse cara meio, meio, meio doente, n? Ento, mas melhor deix-lo aqui, no ? Isso,no ? Porque ele, solto, mais perigoso, porque vai que ele sai daquida nossa religio e sai pelo mundo falando eu vi isso, eu vi aquilo, pior. Ento, eles no so expulsos, normalmente; eles ficam l, dentrol daquela religio, jogados l num cantinho, l nas catacumbas, elevam a vida deles. Como eles esto trafegando pelas dimenses, emxtase, lgico, n?, porque a capacidade deles altssima, de acessar

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    dimenses benevolentes, eles esto felizes da vida, eles tentampassar. Eu tive contato com pessoas assim. Eles tentam passar, elestentam fazer com que o que eles viram chegue at o pblico, mas aresistncia muito forte; eles no tm meios. Porque, voc sabe, neste

    planeta, tudo dinheiro, tudo matria, tudo recurso. Ento, omstico que tem acesso dentro de uma religio X e ele quer divulgar oconhecimento dele, como que ele faz? Ele publica livro onde? Qualeditora que publicar o livro dele? Vai ter que passar pela censura; nopassa. Ento, ele tem que ir onde? Numa outra editora? A ele nopode, porque ele faz parte da religio, no ? Ele t cerceado de todasas maneiras. E por isso que essas informaes dificilmente chegamat o grande pblico. Por exemplo, um deles que eu tive contato, praconseguir o material dele, do que ele tinha visto e ele escreveu muita

    coisa, eu tive que pedir que fossem na Alemanha, procurar uma pessoaX na Alemanha, pra l comprar esse material e me trazer. E essemstico mora aqui em So Paulo. Mas s consegui isso, a muito custo,l na Alemanha. E aqui? Jamais; no tem a menor chance disso serdivulgado e publicado. Ento, ... Os msticos, eles provocariam umamudana acelerada, se eles pudessem ter acesso a rdio, televiso,imprensa, etc., etc. Mas, se ns temos no mundo seis empresas decomunicao que controlam mais de 51% de toda mdia mundial, rdio,televiso, jornal, revista, cinema, tudo, tudo, tudo que for comunicaosocial porque so empresas que tm tentculos, eles se espalhampor toda, verticalmente, por toda a cadeia de comunicao; eles tmtudo, est verticalizado, como se fala ento, se voc tem seis dessasque controlam tudo, praticamente, como que voc divulga? Se essasseis pessoas sentarem numa mesa e falarem - Isso passa, isso nopassa; isso aqui pode divulgar, isso aqui no pode. J era assim naIdade Mdia, n? - Isso pode, isso no pode. Isso aqui pode ser lido,isso no pode. O mstico no tem a menor possibilidade de fazer isso.Ento, ele vai depender de doaes, seguidores, pessoas que farotodo tipo, digamos, de sacrifcio, por amor causa, que ajudaro nadivulgao disso. Mas, voc sabe, isso, por mais boa vontade que setenha, a muito pequeno. preciso fazer a mensagem chegar emmilhes e milhes e milhes e milhes. Lembra?, ns temos setebilhes de pessoas. Ento, essa mensagem tem que chegar nessepatamar. Como diz, claro, aquela propaganda, l, do filme, n?Quando voc cria, por exemplo, facebook , o que que diz a propaganda,n?, no filme? - Quando voc faz quinhentos milhes de amigos, vocfaz alguns inimigos, no ? Como que voc faz quinhentos milhesde amigos? Como que se consegue isso? Voc percebeu? Que tipo de

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    mensagem consegue passar pra chegar em quinhentos milhes deamigos, que, digamos, seja o potencial que o potencial de uma rede,porque, se todo mundo t interligado, em alguns passos, dois, quatro,oito, dezesseis, em alguns passos, chegar-se-ia a trinta milhes de

    pessoas assim ( num estalar de dedos ). Ento, seria faclimo chegarnesse nmero, de quinhentos milhes. Mas como? Existe uma censura.Voc vai, vai, vai, vai, e daqui no passa. Por qu? Porque voc podefalar que o eltron passa pela dupla fenda e provar isso? Pra vamosfalar um nmero quinhentas mil pessoas, que o nmero de livrosd O Tao da Fsica vendido no mundo; no deve ser muito mais queisso esse nmero real. Quinhentas mil pessoas compraram O Taoda Fsica, Fritjof Capra. Ento, quinhentas mil pessoas, teoricamente,voc consegue chegar, fazer com que eles saibam que o eltron passa.

    T. Mas e um milho? E cinquenta milhes? E... No acontece, porqueno aconteceu; no aconteceu. O Tao da Fsica s foi visto, lido,comprado, por quinhentas mil pessoas. O Quem Somos Ns?, porexemplo, ele foi visto no Mxico por quanto? Por duzentas mil pessoas,o nmero do cinema, isso. Duzentas mil. Duzentas mil um campo, ocampo do Maracan. E qual o tamanho do Mxico. Ento, voc v, noacontece nada, no Mxico, porque s duzentas mil pessoas tiveramacesso informao, e sabe-se l quantos conseguiram entender o quet explicado no Quem Somos Ns?, porque, voc sabe, aqui o filmeficou cinco meses em cartaz e quando ns fizemos uma palestra sobreo Quem Somos Ns?, a maioria no tinha entendido o que estavaacontecendo no filme. Ento, assistiram, mas no entenderam. Ento,voc imagina o tamanho do problema. Voc tem duzentos milmexicanos que assistiram. Desses, quantos entenderam? Vinte mil,dez mil, numa populao? Ento, no significa nada. Agora, se todosos mexicanos tivessem assistido e houvesse tido debate e mais debatee mais discusso e mais conferncia e mais debate, essa informaopassaria a milhes e milhes e milhes de mexicanos. A provocariauma mudana. Mas no chega l, no chega. Porque, por um meio ououtro, impede-se que o filme seja divulgado da maneira correta, comoum blockbuster , no ?, e possa chegar na populao toda. Ento, ficana mo, fica de conhecimento, de meia dzia de pessoas. Ento, essa a razo do por que ainda no houve uma mudana de paradigmasignificativa. Por que que lento isso? Porque essa informao, ela nochega num nmero, como se fala, numa massa crtica, no ? Voctem um nmero X, percentualmente falando, que dali ele se multiplicapor si s. preciso fazer uma reao em cadeia, preciso fazer comque essa informao chegue nesse patamar, nesse nmero. Se ns

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    dependermos de que quem est no poder vai divulgar o novoparadigma, pode esperar sentado. Mas que vai levar milhares emilhares e milhares de anos. Nunca, talvez. Isso vai depender de queum nmero pequeno, mas suficientemente engajado, de pessoas,

    tomem a responsabilidade pessoal de divulgar. No h como fugir doexemplo de dois mil anos atrs. Precisou-se de, digamos, oficialmente,de doze pessoas que se engajaram, pra transmitir uma mensagem.Dois mil anos depois a mensagem est espalhada pelo mundo inteiro.Mas precisou de doze pessoas que deixaram seus interessesparticulares de lado, seus negcios...

    Mabel - Comprometidas, n? Comprometidas?

    Prof. Hlio - Exatamente. Suas empresas e etc., e secomprometeram a divulgar um novo paradigma, uma nova era, umaboa-nova, uma informao ultrarrevolucionria, contrria a tudo,correndo riscos graves de vida, como aconteceu com todos, mas cadaum tinha a responsabilidade de pegar o basto daqui e levar at aqui.Se cada um fizer isto, a mensagem chega l; a mudana muitorpida. No precisaria de dois mil anos pra se estar no ponto que seest agora. preciso que essa informao ande. Todos so irmos essa informao no chega at a populao em geral, no chega. ACentelha existe no chega; a pessoa no sabe nem o que que Centelha. No tem a menor ideia de como o Criador, o que que Elefaz, o que que Ele pensa, como que Ele age. Sabe aquelasconcepes, que t na outra pergunta, a tal histria l do Paraso e doInferno? A que leva esse tipo de concepo? - Se voc no secomportar direitinho, o bicho-papo vem te pegar , no ? As mes,

    antigamente, talvez at hoje cont inuam falando isso, n? - Quandoseu pai chegar voc vai ver. No, ou ento - Se voc no fizerdireitinho, o bicho-papo vem te pegar de noite. Pronto, incutiu-se nacriana o terror, o medo que vem algo monstruoso que vai devor-lo.Esse tipo de trauma muito eficiente, claro. Voc condiciona apessoa a agir de determinada forma, porque seno ela vai sofrer, eno um sofrimento temporrio, eterno. Voc vai sofrerindizivelmente, quer dizer, uma coisa..., porque tem, voc sabe, essaparte do Inferno, ela descrita largamente, n?, com toda a riqueza

    de detalhes, torturas e mais torturas inimaginveis, no ? Ento, oInferno um negcio muito pictrico, n?, voc tem grandes

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    descries emocionais, pra que a pessoa fique terrivelmenteapavorada, em pnico, j perca totalmente a capacidade de raciocinar;ento, ela passa a ser condicionada somente atravs do medo - Ouvoc faz isso ou voc vai ser condenado, no ? Ento, para-se o

    raciocnio completamente e fica s o lado emocional da pessoa no ar,e com essa doutrinao de que haver um sofrimento eterno. Isso to forte que suspende a capacidade da pessoa de fazer qualqueravaliao da Divindade, no ? Se Deus bom, como que Ele vai me

    jogar no Inferno pro resto da eternidade? Isso no bate, isso ilgico;isso a qualquer criancinha conseguiria fazer assim ( estalar o dedo ), -Pode parar, isso no existe. Se bom, ento no pode fazer isso.Agora, se faz isso, ento no bom. Ento tem algo errado com esseDeus; ento tem que ter um outro. Porque tudo no Universo caminha

    pro lado do bem, do amor, da felicidade, da alegria, da prosperidade,etc. Ento, basta voc olhar, analisar a natureza, a matemtica doUniverso e etc., que voc sabe que existe uma mente Divina queconduz tudo isso pro lado do bem, da alegria e da felicidade. Portanto,uma divindade que te joga no Inferno, tem algo errado nesseconceito. Mas, se voc pega uma criana de um ano, dois, trs, quatro,cinco, seis, h?, e comea a martelar isso na cabea da criana e acriana no tem capacidade de raciocnio nenhuma, ela j sofre umalavagem cerebral; ela passa a acreditar naquilo ali, piamente, como sefala. A partir dessa crena, como que se desfaz isso a? A vida inteirade psicanlise, mas claro que essa criana no vai na psicanlise,n?, nem terapia nenhuma, porque ela t absolutamente certa daquilo;ento, jamais ela questionar isto, porque se questionar ela vai proInferno. Porque o sistema perfeito, no verdade? Do outro lado, naprxima, na prxima dimenso, voc tem bilhes de seres paralisadose que no tm..., no momento ainda no se achou uma forma de tir-los daquela situao, no ?, porque, se voc chega pra eles e fala -Escuta, gente. No bem do jeito que vocs pensavam. T vendo aqui? diferente. D pra conversar? O que que eles falam? - No, no,no. Espera, para, para, que j nos avisaram que quando a gentechegasse aqui viria algum falar que no do jeito que a gente pensa.Ento, ns no queremos saber, porque voc do mal, que veio aquidistorcer a coisa. Isso na outra dimenso; isso no s o os humanosvivos, terrestres; os que esto na prxima dimenso. Eles questionam

    j porque eles j foram programados pra quando - Depois que vocmorrer, fica, toma cuidado, hein?, que eles vo falar pra voc que no bem do jeito que ns falamos aqui. E a pessoa acredita. Ento, vocimagina bilhes a serem tratados, no ?, pra tir-los dessa hipnose

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    absoluta que foi feita, porque eles no conseguem sequer sair do fundodo poo mental, emocional que eles esto. As tcnicas de tortura soextremamente eficientes pra fazer uma lavagem cerebral por causadisso. Toda vez que se provoca dor numa pessoa e se fala algo em

    seguida, ela grava isso num _____(01:19:17), ela faz umaneuroassociao. A voc bate de novo e fala, bate e fala, bate e fala,bate e fala. Daqui a pouco a pessoa cessa o julgamento e ela acreditaexatamente naquilo que foi gravado, por causa da dor que est sendoinfringida. Ento essa uma tcnica, muito conhecida pelosinteressados em mente humana, de lavagem cerebral, atravs da dor.A outra a do questionamento, n? Voc faz perguntas, perguntas,perguntas, no causa dor nenhuma e s pergunta. Vai perguntando.Dois meses depois, os coreanos, os norte-coreanos, conseguiam que

    os pilotos americanos desdissessem tudo o que eles tinham dito, elesrenunciavam Amrica, eles acusavam a Amrica, eles voltavamatrs, eles mudavam tudo, com dois meses de conversa; dois mesesde dilogo, papel, caneta, e a, claro, voc tem cigarro a mais, voctem um pouco mais de comida, voc vai ganhando, n?, uns brindes,no ? Isto, mera semelhana com qualquer tcnica de vendas quevoc veja pelo mundo afora. Ento, os coreanos, os norte-coreanos,eles perceberam que era muito mais eficiente conversar com oprisioneiro e lev-lo a mudar completamente de opinio, do queespanc-los. Demoraria muito mais. perfeito quando se faz dessaforma como os norte-coreanos fizeram. Quando os pilotos voltarampros Estados Unidos no final da Guerra, eles foram exaustivamenteinterrogados pelos psiclogos da Marinha, Aeronutica, Exrcito, praentender o que tinha acontecido por que que ele escreveu aquilo, porque que ele renegou as crenas e etc. e etc. Ento, foi feito um longoestudo pra se identificar a tecnologia que os norte-coreanos tinhamfeito, pra se entender, no ? E por que que foi feito isso? No era spra entender como que os coreanos conseguiam esse milagre emsessenta dias; porque isso uma extraordinria tcnica de vendas.

    Mabel - Pra reproduzir isso.

    Prof. Hlio - Exatamente. Ento, assim que eles entenderam ametodologia dos norte-coreanos, isso j comeou a ser divulgado nos

    manuais de Psicologia, de vendas e etc. e t nas livrarias, se podecomprar. Tem tudo isso a venda, em Portugus, t l. imbatvel.

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    Vende-se qualquer coisa com essa tecnologia que os norte-coreanosfizeram. Ento, se voc consegue isso num militar treinado a nocontrariar o treinamento que ele recebeu - No vai trair a Ptria imagine numa criancinha de dois, trs anos, que ainda nem sabe por

    que que est aqui, e voc repete, repete, repete, repete, repete aquilo?Ela no tem capacidade de julgar, nenhuma. E outra coisa, ela estinserida num contexto em que, se ela questionar, ela serviolentamente punida de todas as formas. Ento, quantas pessoas socapazes, quantas crianas vo crescendo, e so capazes de questionaraquilo que elas receberam como instruo com dois, trs, quatro anos?Pouqussimas; voc vai contar na mo, na Histria da humanidade,voc vai contar nos dedos de uma mo. Porque o controle social feroz; ningum ousa sair fora daquilo porque a sano absoluta.

    Aquelas comunidades quakers , que iam pra Amrica em mil seisceintose pouco, eles eram um cl, n? Eles se estabeleciam l numa fazendae ali tinha vrias famlias que moravam numa comunidade. Quando ummembro ousava questionar o paradigma vigente naquela comunidade,naquele cl deles, qual era a punio? Ningum mais falava com aquelapessoa; ele era banido socialmente. Ele continuava l, tava lmorando, certo?, ele tinha comida, tinha gua, mas ningum maisdirigia a palavra a ele. Ele se tornava um pria social, como se fala.Ento, isso extremamente eficiente, n? Voc sabe, instinto gregrio,busca e aprovao, a pessoa precisa agradar a torcida, n?, ele precisada validao do grupo; ele, sozinho, ele no tem autoestima suficiente,no tem autoconfiana suficiente; ento, vulnervel. Ele precisa queos outros digam - No, voc t certo. T tudo OK ., no ? Se o gruporetirar esse apoio, ele no tem fora, fora psicolgica pra enfrentar.Ento, o que que a pessoa faz? A pessoa jamais enfrenta, no ? Elaempurra, como se fala, essa situao pra frente. Ento, por isso que,quantas pessoas so capazes de questionar um paradigma passado?Os que ousam, um pouquinho, pensar, falam - Bom, mas se eu abrira boca, eu vou ter tudo isso aqui contra mim? Ento, melhor eu ficarcalado. Isso aqueles pouqussimos que teriam coragem de se expor ede se afirmar, porque todos aqueles que tm problemas psicolgicosde autoestima e autoconfiana jamais levantaro uma questo dessa.

    Mabel - Vamos voltar s revelaes. Quando uma revelao, ela autntica, ela trazida aqui pro planeta, ela pode ser aprimoradacom o passar do tempo ou ela t fechada nela mesma?

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    Prof. Hlio - Ela aprimorada com o passar do tempo. Nenhumconhecimento desse tipo passado integralmente na primeira vez, porfalta de capacidade de entendimento das pessoas que esto recebendoa revelao. Ningum vai ficar esperando milhes de anos de evoluo

    de um planeta pra depois ir l e explicar pra eles - Olha, o caminho esse aqui, OK ? Sabe por qu? Porque jamais chegariam nisto. Sedeixados, ss, eles no chegam; mas nem bilhes de anos, nochegam. Todo conhecimento cientfico, filosfico, teolgico, etc., etc.,que existe num planeta, trazido de fora, um pouco por vez. Umapessoa aqui, outra ali, outra ali, entendeu? um conhecimentototalmente externo que injetado naquele planeta pra provocarmudanas. Isso pode, dependendo dos habitantes do planeta, pode sermuito rpido ou pode ser muito lento. H planetas em que a aceitao

    imediata ento eles do saltos qunticos de paradigma, semnenhum problema. H planetas, como o terrestre, em que a resistncia feroz a qualquer mudana de paradigma ento isto demora edemora, como vocs veem, pra se dar um pequenssimo salto o quantoleva neste planeta. Devido a esta resistncia, a mensagem passadaa conta-gotas, n? Passa um pouquinho, depois mais um degrauzinhoacima, outro, outro, outro, e assim vai. Gro a gro, pra ver; passa-seum pouco e v-se se assimilaram; como que eles aceitaram, noaceitaram, no ?, em que nvel que mudaram. E, veja bem,civilizaes avanadas como essas que a gente est falando, tm umacapacidade cientfica, tecnolgica, de analisar essas questes, que soliteralmente inimaginveis pro ser humano hoje, terrestre. Do outrolado, pode-se escanear um crebro humano em tempo real, ao vivo, acores, andando, funcionando. Ento, uma pessoa normal, assim,vivendo aqui como ns, pode-se analisar todo o crebro dessa pessoa e a fsico e emocional e mental e pensamentos e sentimentos,tudo, tudo; no tem o que no possa ser visto, analisado, etc.; notem. Ns estamos falando de milhes de anos acima, de tecnologia.Ento, eles conseguem avaliar exatamente qual o grau de evoluoque teve - Mandamos uma mensagem X e como que as pessoasresponsveis reagiram a esta mensagem? D pra saber exatamenteo grau de evoluo que provocou a mensagem tal e o grau deresistncia que t tendo. Bom, ento, se no foi por aqui, vamos mudara estratgia; ento, transfere-se, transmite-se outra mensagem, deuma forma diferente, num outro lugar, num outro contexto, e assimpor diante. A, mede-se exatamente, passou? o quanto? E,evidentemente, tudo isso um aprendizado, no ? Quando se pegaum planeta iniciante cada planeta diferente, cada humanidade

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    diferente ento, transmite-se uma informao e v como queaquele pblico ali reage.

    Mabel - Tentativa e erro, n?

    Prof. Hlio - , mais ou menos isso. E, com base na experinciapassada, dos outros planetas, muda-se a estratgia e faz-se de outraforma e v e vai-se ajustando isso, passo a passo, at que se consigaas grandes mudanas. No momento, no momento, 2012, ns estamosbem no meio de uma mudana enorme. Evidentemente que existe umcronograma csmico galctico cada galxia tem um todos osplanetas de uma determinada galxia e sistema esto num estgio deevoluo, evoluindo pra um passo X; h um programa, h umplanejamento disso local, sistema, sistema grande, o Sistema Solar,depois sistemas muito maiores, de vinte e cinco mil anos de giro, atsistemas galcticos. Ento, tem um planejamento pra cada nveldesses. uma experincia, como se fala, entendeu? Umaexperienciao, no ? Um dia galctico, por exemplo, na Via Lctea,dura duzentos e cinquenta milhes de anos. Ento, o que que se

    planeja? Vamos experimentar, experienciar, o conceito de coragemnesse dia galcteo. Ento, durante duzentos e cinquenta milhes deanos, esse o programa principal, o planejamento, o que deve serexecutado em toda a galxia. Ento, esse o plano macro aqui decima. A, vai se descendo. E em cada, a voc tem uma hierarquia, isso implementado, e cada sistema tem suas caractersticas, cadaplaneta, at descer no nvel pessoal, do que que voc vai fazerpessoalmente, de trabalho, de realizao, de dvida, de pagamento, deinvestimento, no ano de 2012, no ? As tais resolues de Ano Novo,

    de cada pessoa fsica. Esse mesmo tipo de pensamento, raciocnio eimplementao, existe at o nvel galcteo e csmico. Se voc temuma videolocadora, voc planeja o desenvolvimento da suavideolocadora, passo a passo, porque o poder que voc tem. Qual asua capacidade financeira, intelectual, gerencial e etc.? Voc temdinheiro pra ter uma montadora de automveis? No, no ? Voc emdinheiro pra ter uma videolocadora; ento, a sua capacidade praaquilo. Ento, voc faz o melhor possvel naquele seu negcio, com asua capacidade financeira, econmica e p -p- p. OK. Um ser de

    maior expanso de conscincia, vamos usar esse termo, ele tem umplaneta inteiro pra ele trabalhar; um outro ser tem um sistema inteiro;

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    um outro ser..., e assim vai subindo, at que ele esteja no nvel de umser que capaz de administrar uma galxia inteira. Isso tudo s umaquesto de expanso de conscincia, de capacidade de conscincia, deentender que pode. O que que conscincia? s entender que pode,

    pensar e sentir. Voc tem certeza, voc sente que ? Ento voc . isso; simples . Se voc perguntar pra um auxiliar de pedreiro - Vocconsegue dirigir uma automobilstica, com dez mil funcionrios? claro, em s conscincia, ele vai falar que no, porque no tem. Eletem dificuldade pra calcular quanto vai de tijolo, cal, areia e cimento eferro pra levantar uma parede. Voc imagina. Ento ele no pode serdiretor de uma empresa desse tamanho. Mas pedreiro ele pode ser. -Voc consegue? Ele fala - Consigo. - Eu sou pedreiro, - Eu soumecnico, - Eu sou..., entendeu? Ento , aquilo, voc pode ter

    certeza que ele vai tentar fazer o melhor dele, porque ele pedreiro. a mesma coisa, s uma questo de nvel. Voc vai expandindo,expandindo, expandindo, expandindo, at que chega a um ponto,digamos, que voc tem - Eu sou a galxia., o Logos Galctico, que um ser que sabe e portanto capaz de gerir uma galxia inteiracom duzentos bilhes de estrelas e planetas girando em volta de cadaestrela dessa e etc., etc. conscincia, s isso e mais nada. No temnenhuma mgica especial nessa situao. Como que voc vocpoderia falar assim - Como que eu posso ser promovida pra dirigiruma galxia? Com o tempo chega l. Voc precisa s expandir suaconscincia pra ser capaz de gerir uma coisa maior, maior, maior, vai,vai indo, voc vai crescendo, vai acumulando informao, vaiacumulando experincia, ento voc consegue gerir com eficincia,vamos falar, vamos esclarecer isso, n?, porque gerir qualquer coisa,qualquer um gere, n? Pe l esse pedreiro como diretor financeiro lda automobilstica, ele leva a empresa falncia. - T gerindo aempresa; no; gerir com eficincia. Voc consegue gerir a galxiapromovendo o bem-estar geral da galxia e d tudo certo? Ento vocpode. Ento, esse - Eu sou aquele que capaz de gerir comeficincia. Portanto, quem capaz veja o nome, - Eu sou quem capaz de gerir uma galxia? O Criador. Como que voc, um meroX, pode ter a capacidade de gerir a galxia? No pode. Ento, quandoum ser chega nesse estgio, e muito antes disso, ele j deixou o egode lado e o - Eu sou assumiu a conscincia dele, a vida dele. Ento, esse - Eu sou que dirige o planeta, o sistema e a galxia, com totale absoluta segurana, pro bem de todos. Se o - Eu sou capaz dedirigir um negcio desse tamanho, por que que os humanos nodeixam o - Eu sou dirigir a videolocadora, a montadora de

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    automveis, o banco? muito mais fcil dirigir uma videolocadora doque dirigir uma galxia, e o - Eu sou faz isso com o p nas costas,como se fala. Ento, voc v, Mabel, s pode dar risada, porque deto, de to ridculo que um negcio desse. Agora, voc se pe aqui

    em cima aqui ( mais abaixo ) esto os terrestres voc se pe aquiem cima, voc conhecendo isso; a voc vai no planeta e fala assim -Filhinhos, amai-vos uns aos outros, que vai dar tudo certo. Todo mundovai ficar bem. No, no. Ento, como se fala, precisa ter uma

    pacincia de J e at J cansou pra suportar um negcio desse.Porque o conhecimento de um avatar inimaginvel. O avatar, ele falae cria, ele pensa e cria. Ento, aquelas histrias que se falam, no? a gua virou vinho. isso. Qual o problema da gua virar vinho?tomos, molculas, quarks , prtons, etc., etc. A gua feita do que?

    Qual o problema de mudar a composio molecular daquelasubstncia? Aquela substncia feita de conscincia, em ltimainstncia. O ser avatar, que pura conscincia, sabe disto e sabe quea conscincia dele tem poder absoluto sobre a conscincia de qualquercoisa. Ento, que que ele faz? Ele pensa, deseja, criou. Basta umdesejo dele, t criado; instantneo. s isso. Porque no existediferena nenhuma entre a conscincia desse ser vamos falar deoutro jeito o crebro dele e a gua que est nesse copo; no existe; uma coisa s. Isso aqui pura conscincia, ele pura conscincia.No tem e outra coisa no tem distncia entre esta conscincia eesta; um continuum s, uma nica onda. Esta gua como se fosseum pedao dele; um prolongar dele, como o dedo, este dedo, umprolongamento do meu peito. uma coisa s. Ento, quando eu penso

    - Quero que o dedo se mexa, ele se mexe. Ento, o avatar sabe quea gua continuao d ele. Ento, ele fala, ele pensa - Vinho, vinho;

    - Chumbo, chumbo; - Passarinho, vira passarinho; vira qualquercoisa. S no se faz isso, virar passarinho, porque vo falar mgica, mgica; ento, preciso fazer o milagre at um certo ponto q ueele seja assimilvel pelos humanos daquela poca, porque, se vocsubir um pouco a mais, a, em vez de ouvirem, eles sentiro medo; avoc j ser cultuado como um deus que eles tm que aplacar pra vocno ficar bravo. Se o avatar demonstrar poder um pouco alm dacapacidade de entendimento, o povo morre de medo. Eles param de...,porque, qual que o objetivo? Pra que eles possam aprender, elesprecisam ter amor. Ento, teoricamente, eles tm que ter um bomsentimento em relao a voc; eles no podem ter medo de voc; elestm que am-lo. Ento, o avatar, ele faz o mximo de bem possvelpra que possa existir essa conscincia de amor, que as pessoas no se

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    que no tem a menor ideia de como que o mundo Ocidental nemnada. O que que eles acham daquilo? S pode virar deus, n? a,guardadas as propores, a Estrela da Morte do Star Wars . Vocdestri o planeta inteiro assim ( num estalar de dedos ). Ento, o avatar,

    ele no pode fazer muitas coisas, ele s pode ir at um certo ponto porcausa disso, porque seno vai gerar medo nas pessoas.

    Mabel - Essas, essas so as provas que pedem pro Amit quandoele vem aqui, - Me prova. No fundo eles esto pedindo pelos

    milagres.

    Prof. Hlio - Exato.

    Mabel - O experimento muito filosfico, eu quero ver naprtica, uma materializao, alguma transformao, assim, muitogrande, que faa com que eu acredite. Voc t falando de pessoassimples, de pouco entendimento, que acabam tendo medo. Agora, naclasse mdia do planeta, nas pessoas intelectualizadas, como elas se

    elas recebessem esses milagres, se elas presenciassem esses milagres como elas se comportariam? Elas acreditariam, teriam medo? Qual...? Elas tanto pedem por isso, mas por que isso no dado?

    Prof. Hlio - Olha, isto dado. O pior de tudo que isso dado.Se a pessoa quiser assistir, ver, tocar, esse tipo de experimento comouma materializao, tem muitos locais no planeta em que issoacontece. Locais, claro, locais fechados isso no tratado como um

    circo onde tem alguma religio, digamos, mais cientfica e asanimistas, tambm, que tratam desse, usam, n?, tem esse acessodimensional aberto. Ento, isso acontece, nos Centros em que se querfazer isso, n? Todo Centro pode fazer isso, que queira manipular arealidade dos dois lados, abrir um canal de comunicao, e conversarlivremente dos dois lados. Isso no tem problema nenhum; bastaquerer. Tem Centros que no querem fazer esse tipo de experimento.No sculo XIX, no final do sculo XIX, houve muito desse tipo deexperincia, no ? Mesas que se levantavam no ar, mesas que faziam,davam pancada no cho, aquela tbua Ouija, n?

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    Mabel - Ouija.

    Prof. Hlio - Muitas... Cordas que se entrelaavam, que eraimpossvel de fazer isso nessa dimenso, ento elas s poderiam tersido entranadas na outra; ento a corda era desmaterializada desselado, ia pra outra dimenso, l dava-se um n e voltava com o n feitodo lado de c. Ento, fsicos analisaram isso e chegaram concluso,e chegaram a essa concluso, e os livros esto venda. Chegavam aesta concluso, que no existia forma de fazer aquilo nessa dimenso,nessa terceira; que tinha que ter sido feito do outro lado e passado pra

    c. Conchas de mar que se materializam em cima da mesa, com opeixinho ainda nadando na concha, gua do mar, na hora, instantneo,tirado um pouquinho l e materializa aqui. E N outras coisas, N. Qual o problema, que no aceitam isso? Entende? No h falta de provas,nenhuma. H uma quantidade gigantesca. E isto acontecendo todosanto dia pelo planeta inteiro, porque voc tem esses Centrosespirituais, digamos assim, pelo planeta todo. Todos os pases tmculturas e tm pessoas que so canais que tm esta habilidade e quefazem esse tipo de manifestao. E o que que a gente ouve, e o que

    que a gente v? E nota-se alguma mudana em virtude disso? Nada,nada. As pessoas sabem disso, as pessoas veem isso e continuam no - No aceito. Elas continuam presas no prprio ego, nos seusinteresses particulares, econmicos, financeiros, materialistas, e...

    Mabel - Porque, no fundo, elas tm que mudar, se elas aceitaremque esses milagres so reais.

    Prof. Hlio - Exatamente.

    Mabel - E, por falar nisso, no fcil disfarar os nossosinteresses materialistas debaixo de uma religio?

    Prof. Hlio - Isso mais fcil ainda. Voc imagine, se com todasessas tecnologias de lavagem cerebral que a gente j comentou aqui,

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    que os norte-coreanos fizeram e todos os trabalhos que existempublicados de psicologia de vendas, faclimo vender-se qualquer tipode ideia; faclimo. Vocs viram, dois atores vestidos de Jedai na Praada S conseguiram arrecadar dinheiro pra religio Jedai , em minutos.

    Qualquer coisa pode ser vendida. Como se fala, n?, tudo umproduto, no ? Dada, posta a roupagem adequada, a dialtica, no?, a retrica, a filosofia e a revelao X, o ser humano tem umacapacidade, tem um fenmeno que chama- se credividade. bom, etambm um problema. Porque, por essa credividade, ele acredita emtudo que ele ouve, e no faz julgamento. Ento, primeiro ele acreditae depois..., entendeu? Isso bom, mas se no colocar a razo por cimadisso, voc t sujeito a todo tipo de manipulao. Um casofamosssimo, no ?, de, sai l, uns vinte e poucos anos atrs, foi o

    do Jim Jones, nas Guianas, no ? O sujeito prope um suicdio coletivoe mata novecentas pessoas. Por qu? Porque aquilo o que tem queser feito; aquilo o correto; aquilo o que vai agradar a Divindade,seja l o que for. Hoje em dia, hoje em dia, 2012, pelo planeta todo,acontecem as mais terrveis barbaridades, em funo de uma crenaassim: Os deuses querem. Pronto, basta falar os deuses queremque todo mundo se sujeita s piores aberraes possveis. Basta usarisso a. - Mas por que que tem que ser assim? - Porque os deusesquerem no plural - Porque os deuses querem. Fim. No precisaexplicar, no precisa raciocinar, no precisa, no precisa nada. Bastoufalar isso, acabou. Ento, isso uma tremenda tcnica de vendas. uma coisa simplesmente inacreditvel, o poder que tem essaexplicao. Se voc trocar a expresso - Porque os deuses querem epuser outra coisa aqui em cima, voc vende qualquer produto. Se voclevar um liquidificador e falar pra pessoa - Voc precisa comprar esseliquidificador; a pessoa fala - Mas por qu? - Porque o melhoraparelho que voc ter na sua vida. Ponto. A pessoa compra. Tem, osmanuais de psicologia de vendas que esto nas livrarias, eles relatam,isso so experincias, experimentos de psicologia prtica. Eles relatamcasos e casos e casos desse tipo que eu estou relatando aqui. Pode serqualquer coisa. Basta voc usar a tcnica correta, voc vende. Soarqutipos, falando de outra maneira, so arqutipos. Voc aperta oboto, pula, aperta o boto, pula, aperta o boto, pula. Voc podeapertar o boto um milho de vezes, pula um milho de vezes. Nuncahaver um questionamento, nunca. automtico, apertar boto. assustador quando voc comea a estudar como funciona essa parteda psicologia de vendas. No h margem de erro. Portanto, essa umaoutra questo, no ? Quando o cliente fala assim - Eu no estou

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    de todas as raas, tribos, cls, tudo; ele dissecou o assunto, extraordinrio; um dos maiores mitlogos da Histria dahumanidade, uma mente brilhante e que falava a verdade. Essa ,talvez, a melhor qualidade do Joseph Campbell. Ele falava a vida como

    ela , est bem no incio do livro dele - Eu vou contar como a vida, no a viso romntica, no, sabe?, to do esse viajar na maionese,no; como que . Ento, eu recomendo que todas as pessoas doplaneta Terra deveriam ler os quatro volumes As Mscaras de Deusdo Joseph Campbell.

    Mabel - isso, professor.

    Prof. Hlio - isso.

    Mabel - Eu acho que passamos alguns conceitos importantessobre as religies, e que isso traga muita reflexo, pra que noembarquemos nas crenas, pura e simples, e sim a vivncia do esprito.Deus, a Divindade, sempre uma vivncia pessoal, um experimento

    prprio, e nunca algo que trazido de fora e aceito sem nenhumquestionamento, no isso?

    Prof. Hlio - isso. Exatamente.

    Mabel - Ento, podemos encerrar aqui hoje. At a prximaentrevista.

    Prof. Hlio - Um grande abrao a todos.