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DESTAQUES TOQUE DE SAÍDA Director Alfredo Lopes Chefe de Redacção Soledade Santos Externato Cooperativo da Benedita Rua do Externato Cooperativo Apartado 197 2476-901 Benedita [email protected] externatobenedita.net Trianual - Maio de 2008 Ano 3 - Número 8 - 1,00 € Talvez a maioria dos estudantes, hoje em dia, e, quem sabe, os jovens “deputados” aqui presen- tes, não consigam identificar facilmente o «ve- lho abutre» a que Sophia se refere e talvez não consigam conceber um discurso capaz de tornar a alma mais pequena. Mas os poetas encontram sempre maneira de expressar o que sentem e de iludir censuras. Se hoje vivemos num país onde existe liberdade de expressão, nem sempre foi assim. Para nós isso ocorreu num passado remo- to, mas historicamente foi ontem e, para muitos adultos aqui presentes, essa realidade ainda está próxima. Salvo algumas excepções, entre os jovens e adolescentes não há tema mais aborrecido que a política. É, pois, preciso fazer-lhes ver que o 25 de Abril não se resume a um belo dia sem aulas, mas que é muito mais do que isso. É o Dia da Li- berdade, não por uma qualquer arbitrariedade de calendário, mas porque comemora o aniversário da libertação do povo português de um regime au- toritário e repressivo. Quão diferentes seriam as nossas vidas, se tal não tivesse acontecido! Os jo- vens de hoje nasceram em plena democracia: não conhecem e não concebem outro regime. Mas a verdade é que, não há muito tempo, os adolescen- tes (como nós!) integravam com carácter de obri- gatoriedade a Mocidade Portuguesa, organização que visava formar os jovens nos ideais do Estado Novo. Os livros, revistas e jornais eram censura- dos, para que não fossem difundidas ideias sub- versivas. Muitos jovens foram presos, torturados e até mortos, por crime de oposição ao regime ou simplesmente por terem ideias diferentes. (Continua na página 18) Discurso escrito por Marta Santos do 11ºA, e proferido por Helder Correia, do 12ºE, na Assemblea Municipal de Alcobaça, nas comemorações do 25 de Abril. ESCOLA E DEMOCRACIA UMA VISITA DE SONHO Alunos do Ensino Recorrente Página 5 VISITA DE ESTUDO AO FUTUROSCOPE Poitiers - França Página 5 A ADOLESCÊNCIA, O APETITE E A FALTA DELE Página 7 ARTISTAS DA NOSSA TERRA Sofia Guerra Página 10 ENTREVISTA A SANDRA FONSECA Rádio Benedita FM Página 11 JOVENS ESCRITORES DO ECB Prémios concurso de escrita Página 13 A SEMANA DAS CIÊNCIAS Páginas 15 e 16 CYBERBULLYING Prevenir Página 17 25 DE ABRIL ONTEM E HOJE O velho abutre é sábio e alisa as suas penas A podridão lhe agrada e seus discursos Têm o dom de tornar as almas mais pequenas. Sophia de Mello Breyner Andresen O ECB, através do seu Grupo de Teatro Os Gambuzinos, can- didatou-se ao Projecto PANOS, palcos novos palavras novas, um projecto da Culturgest. To- dos os anos há peças novas es- critas de propósito para serem representadas por grupos esco- lares ou de teatro juvenil. Nes- ta terceira edição dos PANOS, os Gambuzinos apresentaram a peça Fim de Linha, de Letizia Russo. O espectáculo foi selec- cionado para estar presente na final, realizada nos dias 16 e 18 de Maio, no edifício da Cultur- gest, em Lisboa. GAMBUZINOS NA CULTURGEST

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DESTAQUES

TOQUE DE SAÍDA

DirectorAlfredo Lopes

Chefe de RedacçãoSoledade Santos

Externato Cooperativo da BeneditaRua do Externato CooperativoApartado 197 2476-901 [email protected]

externatobenedita.net

Trianual - Maio de 2008

Ano 3 - Número 8 - 1,00 €

Talvez a maioria dos estudantes, hoje em dia, e, quem sabe, os jovens “deputados” aqui presen-tes, não consigam identificar facilmente o «ve-lho abutre» a que Sophia se refere e talvez não consigam conceber um discurso capaz de tornar a alma mais pequena. Mas os poetas encontram sempre maneira de expressar o que sentem e de iludir censuras. Se hoje vivemos num país onde existe liberdade de expressão, nem sempre foi assim. Para nós isso ocorreu num passado remo-to, mas historicamente foi ontem e, para muitos adultos aqui presentes, essa realidade ainda está próxima.

Salvo algumas excepções, entre os jovens e adolescentes não há tema mais aborrecido que a política. É, pois, preciso fazer-lhes ver que o 25 de Abril não se resume a um belo dia sem aulas,

mas que é muito mais do que isso. É o Dia da Li-berdade, não por uma qualquer arbitrariedade de calendário, mas porque comemora o aniversário da libertação do povo português de um regime au-toritário e repressivo. Quão diferentes seriam as nossas vidas, se tal não tivesse acontecido! Os jo-vens de hoje nasceram em plena democracia: não conhecem e não concebem outro regime. Mas a verdade é que, não há muito tempo, os adolescen-tes (como nós!) integravam com carácter de obri-gatoriedade a Mocidade Portuguesa, organização que visava formar os jovens nos ideais do Estado Novo. Os livros, revistas e jornais eram censura-dos, para que não fossem difundidas ideias sub-versivas. Muitos jovens foram presos, torturados e até mortos, por crime de oposição ao regime ou simplesmente por terem ideias diferentes.

(Continua na página 18)

Discurso escrito por Marta Santos do 11ºA, e proferido por

Helder Correia, do 12ºE, na Assemblea Municipal de Alcobaça,

nas comemorações do 25 de Abril.

ESCOLA E DEMOCRACIA

UMA VISITA DE SONHOAlunos do Ensino RecorrentePágina 5

VISITA DE ESTUDO AO FUTUROSCOPEPoitiers - França Página 5

A ADOLESCÊNCIA, O APETITE E A FALTA DELEPágina 7

ARTISTAS DA NOSSA TERRASofia GuerraPágina 10

ENTREVISTA A SANDRA FONSECA Rádio Benedita FMPágina 11

JOVENS ESCRITORES DO ECBPrémios concurso de escritaPágina 13

A SEMANA DAS CIÊNCIAS Páginas 15 e 16

CYBERBULLYINGPrevenirPágina 17

25 DE ABRIL ONTEM E HOJE

O velho abutre é sábio e alisa as suas penas

A podridão lhe agrada e seus discursos

Têm o dom de tornar as almas mais pequenas.

Sophia de Mello Breyner Andresen

O ECB, através do seu Grupo

de Teatro Os Gambuzinos, can-

didatou-se ao Projecto PANOS,

palcos novos palavras novas,

um projecto da Culturgest. To-

dos os anos há peças novas es-

critas de propósito para serem

representadas por grupos esco-

lares ou de teatro juvenil. Nes-

ta terceira edição dos PANOS,

os Gambuzinos apresentaram

a peça Fim de Linha, de Letizia

Russo. O espectáculo foi selec-

cionado para estar presente na

final, realizada nos dias 16 e 18

de Maio, no edifício da Cultur-

gest, em Lisboa.

GAMBUZINOS NA CULTURGEST

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ANO 3 - Nº 8TOQUE DE SAÍDA

2 ESCOLA VIVA

Director do Jornal: Alfredo LopesRedacção: Deolinda CastelhanoLuísa CoutoSoledade Santos (Chefe de redacção)Teresa AgostinhoMarketing e vendas:Maria José JorgeComposição gráfica:Nuno RosaPaulo Valentim Samuel BrancoEquipa de Reportagem:Acácio CastelhanoClara PeraltaFátima FelicianoGraça SilvaJosé CavadasLaura BoavidaMaria de Lurdes GoulãoMiguel FonsecaSérgio TeixeiraValter BoitaVera Silva

Impressão: Relgráfica, Lda

Tiragem: 500 exemplares

Preço avulso: 1,00 €

EDITORIAL SUMÁRIOEscola viva

Gambuzinos na Culturgest 1

Top 10 2

Os Gambuzinos em duas peças 3

VI Feira do Livro 3

Uma visita de sonho 5

Visita ao Futuroscope 5

Dia do Francês no ECB 6

Jovens cientistas do ECB 6

Promoção e educação para a saúde 7

V Festtestro 8

Educar é acreditar na vida 8

Gestão da qualidade no ECB 12

Olhar Circundante

25 de Abril ontem e hoje 1

A adolescência, o apetite e a falta dele 7

Artistas da nossa terra 10

Festival Nacional do Secundário 10

Tripeiros por quatro dias 10

Entrevista a Sandra Fonseca 11

Parlamento dos jovens 11

O prémio é nosso 11

Arte e Cultura

Admirável Mundo Novo 3

Serralves e Rauschenberg 4

60 Anos Hot Club de Portugal 4

Philadelphia 14

Módulo Padrão 20

Museu Nacional de Arqueologia 20

Ciência, Tecnologia e Ambiente

Duas palestras 12

Biodiversidade, medicina e plantas 15

Unidos pela terra 15

Ciência divertida 15

Arthur C. Clarke 15

Viajar pelo mundo sem sair do lugar 16

Geografia interactiva 16

Poluição atmosférica e Big Bang 16

Água potável 16

Cyberbullying 17

O primeiro computador em Portugal 17

E-Portefólios 17

O oitavo da reciclagem 19

Microsoft e a Adobe 19

O Lugar da Memória 4

Recriar o Mundo

Jovens escritores do ECB 13

A escola é fixe 20

Mente Sã em Corpo São

Noite estapafúrdia VI 9

Notícias da Educação Física 9

XI Torneio de Xadrez - Rotary Clube 9

Algas - Vegetal de eleição 18

Passatempos e Curiosidades

Enigmas 19

Quiche Lorraine 6

TOP 101º- Felizmente Há Luar

Luís de Sttau Monteiro

2º - As Pupilas do Senhor Reitor

Júlio Dinis

3º - A Ponte Sobre a Vida

Mário Braga

4º Veronika Decide Morrer

Paulo Coelho

5º - Uma Promessa Para Toda a Vida

Nicholas Sparks

6º - Porque é Que os Homens Mentem e as

Mulheres Choram

Alan Pease e Barbara Pease

7º - Tudo o Que Ele Sempre Quis

Anita Shreve

8º - A Conspiração

Dan Brown

9º - As Intermitências da Morte

José Saramago

10º - Contos Exemplares

Sophia de Mello Breyner Andresen

Os livros mais requisitados na Biblioteca do

ECB nos meses de Março a Maio de 2008

Com este oitavo número, o Toque de

Saída cumpre três anos de existência, ao

longo dos quais, mantendo-se fiel ao pro-

jecto sob cujos desígnios nasceu, se foi

adaptando para responder aos desafios da

sua permanência no tempo. Algumas rubri-

cas que integraram os primeiros números

desapareceram ou alteraram-se, enquanto

outras surgiram. Muitas destas mudanças

decorreram da diversidade das matérias

que nos é proposta para publicação, bem

como do aumento do número de colabo-

radores do jornal, sobretudo alunos, facto

pelo qual nos congratulamos.

Duas mudanças de natureza diferente

ocorreram que tem sentido referir aqui:

desde o seu início, o Toque de Saída man-

tém uma versão digital na página web do

Externato. Com o número anterior, alterá-

mos o modo como essa versão digital é

disponibilizada aos nossos leitores: as três

edições anuais do jornal são agora inte-

gralmente publicadas online no ano lectivo

seguinte àquele em que foram produzidas.

Também se deu início a um sistema de as-

sinaturas e, neste momento, o Toque de

Saída conta com cerca de duzentos assi-

nantes.

No século XVII, o filósofo e matemático

francês Blaise Pascal escrevia: «Quando

se consegue estar sentado numa cadeira,

em silêncio, sozinho num quarto, teve-se

uma grande educação». São poucos os

que hoje têm a disciplina do silêncio e da

quietude. Os tempos são outros, dizemos.

De facto.

Na escola a tempo inteiro, como na so-

ciedade da rapidez e da flexibilidade, o

ruído e a agitação imperam. Somos cons-

tantemente flagelados por informação re-

dundante, por um excesso de estímulos

sonoros e visuais, pelos omnipresentes

ecrãs de televisão. Na escola e fora dela,

preencheram-se todos os espaços sociais

e invadiu-se grosseiramente o espaço pri-

vado com a palavra vazia, com o burbu-

rinho inconsequente, com a manipulação

violenta de objectos, com os gestos sacu-

didos e estrepitosos, com o uso intrusivo

do telemóvel. O ruído esconde-nos de nós-

próprios, impede-nos de pensar e camufla

a vacuidade da vida que tem o consumo

como meta. Por isso temos medo do silên-

cio e o despedaçamos vertiginosamente.

Mas tal modo de estar tem um preço —

adultos e crianças apresentam hoje mais

dificuldades de concentração. Por isso, e

se quiserem ser lugar de aprendizagem e

de educação para a civilidade, as escolas

terão de contrariar a tendência dominan-

te, alimentada por empresas de telecomu-

nicações e campanhas de publicidade e

de propaganda, e encontrar uma forma de

amortecer o ruído e de criar os hábitos da

serenidade que propiciam a concentração,

o pensamento e a aprendizagem.

Professora Soledade Santos

QUADRO DE MÉRITOFeita a análise das classificações e do compor-

tamento dos alunos durante o 2.º Período, passa-ram a figurar no Quadro de Mérito da nossa escola onze alunos do 7º Ano, treze do 8º, nove do 9º, dezoito do 10º, vinte e um do 11º, quarenta e oito do 12º e três do Ensino Nocturno. Por ser uma lista bastante longa, não a publicamos, mas pode ser consultada no website do ECB, em http://www.externatobenedita.net/, e no expositor do átrio de entrada do Externato.

Parabéns a todos os alunos que têm trabalhado para alcançar esta meta que a todos nós enche de orgulho!

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ANO 3 - Nº 8 TOQUE DE SAÍDA

ARTE E CULTURA 3

Petra Von Kant chora amargamente lágrimas de

desolação, de solidão, de sentimentos que nos inun-

dam ao longo da nossa vida. Sendo uma mulher fria

e segura de si própria e da sua carreira, jamais es-

peraria que o seu primeiro, brutal e verdadeiro amor

fosse por outra mulher, e por uma que a levasse ao

total desespero. Esta é, resumidamente, a história de

As Lágrimas Amargas de Petra Von Kant.

“Fim de Linha,” título algo incomum para uma peça

incomum, onde crianças lutam pelo poder e mostram

intenções e desejos que se pensaria serem próprios

apenas dos adultos. Mata-se. Morre-se. Facilmen-

te se percebe que nesta peça predomina um humor

negro de uma inocência não tão inocente quanto se

pensava.

As relações humanas são levadas ao limite nas

duas peças, e em ambas assistimos à procura, no

meio do desespero, de alguma felicidade.

Estas são mais duas espectaculares realizações

do grupo de teatro da nossa escola, Os Gambuzinos.

De novo, e a duplicar, se mostra o grande talento

deste grupo, não só ao nível das excelentes inter-

pretações dos actores, mas também da encenação,

cenários e adereços.

Para estes artistas só há algo a fazer: aplaudir!

Alexandre Coelho, 11ºB

Neste livro, publicado em 1932 com

o título original Brave New World, é

descrita uma hipotética sociedade futu-

ra de tipo totalitário – o Estado Mundial

– segundo os «ensinamentos» de Henry

Ford, o criador do Modelo T e um dos

primeiros industriais a utilizar a produ-

ção em série nas suas fábricas.

No romance, a produção em série é

aplicada aos seres humanos, que são

produzidos em laboratório, conforme as

necessidades da sociedade. É por isso

que «mãe» e «pai» são considerados

termos obscenos. Os seres humanos es-

tão organizados em castas: alfas, betas,

gamas, deltas e epsilões. Os alfas são

os mais inteligentes e desempenham

cargos de topo; os epsilões são os me-

nos inteligentes e o trabalho que têm

de realizar é o mais simples. Por vezes,

para obter operários para uma fábrica in-

teira, utiliza-se um único óvulo para criar

vários seres humanos, todos iguais – os

grupos Bokanovsky.

Conforme a casta a que pertencem,

os embriões são condicionados biolo-

gicamente, e as crianças psicologica-

mente. O livro inicia-se com a visita de

alguns estudantes ao Centro de Condi-

cionamento de Londres, e é descrita a

forma como as crianças Delta são con-

dicionadas para não gostarem de livros

nem de flores. Existe também condicio-

namento durante o sono – hipnopedia.

O condicionamento tem como objectivo

principal levar as pessoas a gostarem do

que são obrigadas a fazer.

Os cidadãos deste «mundo novo» to-

mam uma droga, a soma, que lhes per-

mite fugir da realidade sempre que o de-

sejem. Assim, as pessoas nunca sentem

angústia. O lema é: «Com um centicu-

bo, curados dez sentimentos». Bernard

Marx é a única personagem «civilizada»

que sente alguma coisa parecida com o

amor e que se interroga sobre a civiliza-

ção em que vive, porque é diferente dos

outros seres da sua casta (apesar de ser

um Alfa-Mais, Bernard é baixo e feio).

Por outro lado, sente-se atraído por uma

mulher, Lenina, de forma diferente da

dos outros homens que apenas desejam

ter relações sexuais com ela, enquanto

Bernard preferiria ter passeios e janta-

res na sua companhia. Consegue, por

fim, levá-la de férias a uma reserva de

selvagens (um local onde vivem pessoas

nos moldes do passado). Aí, conhecem

John, filho de uma mulher da civilização

que também tinha ido de férias à reserva

e que lá se havia perdido. Tinha engra-

vidado sem querer e vira-se obrigada a

ter a criança, bem como a viver na reser-

va, algo que nunca lhe agradara e a que

nunca se conseguira adaptar.

Bernard leva John para a civilização e

apresenta-o quase como uma aberração

ou um animal de circo: todos o querem

conhecer, e é à custa disso que Bernard

granjeia finalmente a fama que sem-

pre quis e consegue todas as mulheres

que deseja. Contudo, a civilização não

agrada a John. E Linda, sua mãe, que

também havia voltado, morre. A mor-

te era tida como algo vulgar: de facto,

as pessoas morriam em hospitais para

moribundos, vendo televisão e ouvindo

rádio, em divisões inundadas de perfu-

me. As crianças eram levadas a esses

hospitais para serem condicionadas em

relação à morte, a fim de que achassem

que era uma coisa normal. Mas quando

John vê Linda a morrer, fica desnortea-

do. Bernard e um amigo são chamados e

acaba por haver uma cena de pancada-

ria, apenas acalmada pela polícia. Ber-

nard e o amigo são enviados para uma

ilha, e o Selvagem, como era chamado,

escolhe o exílio. Contudo, não consegue

ver-se livre das multidões que perturbam

a sua vida austera. O desfecho comprova

aquilo que John sempre pensara acerca

da civilização: após ter sido incomodado

mais uma vez pelas multidões e pelos

jornalistas, acaba por se ver enredado

numa orgia. Ao acordar, pela manhã, re-

corda-se de tudo e percebe que não con-

segue viver assim. «Comi a civilização»,

terá dito em certa altura a Bernard. Sui-

cida-se, e assim termina a história.

Muitas questões têm sido levantadas

acerca deste livro, inclusive a de que po-

derá ser presságio de um futuro próxi-

mo. Quem sabe?

Marta Santos, 11ºA

www.improvisacoesemdomenor.blogspot.com/

ADMIRÁVEL MUNDO NOVOde Aldous Huxley

Muitas questões têm sido levantadas acerca deste livro, inclusive a de que poderá ser presságio de um futuro próximo. Quem sabe?

OS GAMBUZINOS DUAS PEÇAS ESPECTACULARES

De 8 a 11 de Maio decorreu a VI Feira do Livro do ECB, inaugurada pelo Presidente da Câmara, Dr. Gon-çalves Sapinho. Contámos ainda com a presença da representante do Sector Cultural da Embaixada da Re-pública de Angola, Dr.ª Aldina de Macedo, e do repre-sentante do Sector Comercial, Dr. Paulo Costa.

Para além das 44 editoras, estiveram patentes várias exposições, e o INSE lançou os Cadernos do ECB, de autores vários, com coordenação de Inês Silva. Jorge Pereira de Sampaio e Luís Peres Pereira lançaram o seu livro, 100 Anos de Louça de Alcobaça, apresentado pelo Presidente da Câmara. Tivemos o prazer de contar com a maioria dos empresários do concelho ligados à indús-tria da Louça.

Durante a Feira, foi constante a presença de auto-res para sessões de autógrafos. Assim, tivemos entre nós Amélia Pinto Pais, que apresentou o seu último li-vro, Fernando, Menino da Sua Mãe; Paulo Tavares que, numa tertúlia cheia de entusiasmo, falou sobre o seu livro de poemas, Pêndulo; Vanda Marques que contou às crianças a história da sua última obra, O Milagre de Isabel e Dinis; a jovem autora Catarina Norte que apre-sentou o seu livro, O Mundo Sem Solidão; Susana Gas-par de Almeida e António Silva e Sousa, ambos autores de livros editados pelo INSE; e também João Norte e Ana Zanatti.

As noites foram preenchidas com uma programação diversificada que abarcou teatro, Danças Barrocas, Con-versa com Carlos Paredes e Zeca Afonso, Os Três Te-nores Portugueses, acompanhados pela West European Orchestra, e o Coral e Orquestra Típica de Rio Maior.

O ECB e o INSE estão de parabéns, assim como toda a organização, Professores, Alunos e Funcionários, não esquecendo os Encarregados de Educação que, pela primeira vez, participaram nesta actividade da nossa Escola

Professora Maria José Jorge

VI FEIRA DO LIVRO

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ANO 3 - Nº 8TOQUE DE SAÍDA

ARTE E CULTURA4

No dia 22 de Fevereiro de 2008, as turmas D e E do 12º ano passa-ram a tarde na Fundação/Museu de Serralves, apreciando as obras de Robert Rauschenberg.

A Fundação de Serralves é uma instituição cultural de âmbito euro-peu ao serviço da comunidade na-cional. Os seus objectivos prendem-se com a sensibilização do público para a arte contemporânea e para o ambiente, através do Museu de Arte Contemporânea como centro pluri-disciplinar, do Parque como patrimó-nio natural vocacionado para a edu-cação e animação ambientais, e do Auditório como centro de reflexão e debate sobre a sociedade contempo-rânea.

A visita guiada à Fundação/Mu-seu de Serralves iniciou-se com a exposição de Robert Rauschenberg. O primeiro impacto foi altamente ne-gativo, à primeira vista as obras pa-reciam pouco interessantes, tendo alguns alunos utilizado literalmente a expressão “lixo” para definir o que

viam. No entanto, este impacto ini-cial foi ultrapassado, após as expli-cações dos guias. Assim, descobri-mos que a obra de Rauschenberg é uma contínua celebração da materia-lidade do mundo e da acção transfor-madora do artista. E, à medida que decorria a viagem pelas diferentes obras, agrupadas em 5 temas – Car-tões, Venezianos, Antigos Egípcios e Pirâmides, Geadas e Veleiros – os alunos não só despertavam para a genialidade do artista, como também compreendiam a importância das viagens (o título da exposição é “Em Viagem 70-76”) e a denúncia da so-ciedade consumista nos trabalhos de Rauschenberg. Para além disso, o artista pretendia com as suas obras chamar a atenção para problemas do mundo, atrocidades locais e, nal-guns casos raros, celebrar feitos da Humanidade, facto que entusiasmou ainda mais os alunos.

Após a visita à exposição de Raus-chenberg, iniciou-se a descoberta do Parque de Serralves. Aí o entu-siasmo foi crescente, desde o início até ao fim. O design paisagístico e a grande variedade de espécies encon-tradas no Parque provocaram grande admiração pelos jardins. Ainda para mais, a beleza exterior da Fundação era estupenda; desde alamedas com enorme magnificência, até ao espaço íntimo do lago, tudo estava pensado ao pormenor de modo a encontrar uma perfeita harmonia.

E assim terminou a visita a Ser-ralves, e tal foi o impacto positivo da mesma, que os alunos se dirigiram à loja de recordações da Fundação, onde compraram diversos artigos.

Marina Rosário, 12ºE

SERRALVES E RAUSCHENBERG

Embora Portugal não tivesse participa-

do na 2ª Guerra Mundial (1939-1945), as

difíceis condições de vida dos portugue-

ses, nos anos que se seguiram, eram idên-

ticas às dos povos europeus que partici-

param na guerra. A situação em Portugal

tornou-se de tal modo penosa, que o Es-

tado Novo resolveu disponibilizar verbas

para a assistência infantil. Assim, através

das Juntas de Província, foram criados

diversos centros de protecção à infância,

nomeadamente os “lactários”, locais onde

se fornecia, gratuitamente, leite às crian-

ças pobres.

A Benedita era nesse tempo uma zona

rural muito pobre, que vivia essencialmen-

te de uma agricultura pouco desenvolvida

e que sofria, como o resto do país, o ra-

cionamento dos bens essenciais. Na fo-

tografia, gentilmente cedida pela Sr.ª D.ª

Mariazinha de Almeida, que se encontra

na varanda de sua casa, podemos ver al-

gumas mães que, nos inícios dos anos 50,

regularmente se dirigiam a este lactário,

com os filhos ao colo, para receber o leite

que as ajudaria a alimentar as suas crian-

ças até ao mês seguinte.

Muitos beneditenses, certamente, ain-

da hoje recordarão esses tempos difíceis

de má memória.

Professora Maria José Jorge

BENEDITA – FINAIS DA 2ª GUERRA MUNDIAL

OS LACTÁRIOS

60 ANOS HOT CLUB DE PORTUGAL

Não podia deixar passar este nº 8 do “Toque de Saí-

da” sem fazer uma referência muito especial aos 60 anos

de Hot Clube de Portugal.

Sabiam que o Hot Clube é o mais antigo clube de jazz

de Portugal e que desenvolve a sua actividade ininter-

ruptamente desde 1948? Foi a 19 de Março desse ano

que Luís Vilas-Boas assinou a ficha de sócio nº1 do Hot

Clube de Portugal o qual, desde o início dos anos 80, tem

também a funcionar uma escola de música onde fez a sua

aprendizagem a maioria dos jovens músicos portugueses

de Jazz.

O clube, localizado no nº 39 da Praça da Alegria, em

Lisboa, é obrigatório para quem gosta de Jazz, tendo

sempre programação de qualidade. Pela pequena cave

da Praça da Alegria, ou pela sua Escola de Música, pas-

saram e continuam a passar nomes importantes do Jazz.

Com programação de concertos quase diária, o Hot

Clube é reconhecido tanto em Portugal como no estran-

geiro e, apesar de algumas dificuldades que ciclicamente

tem atravessado, continua a apostar na sua função de

divulgação cultural na cidade de Lisboa.

Professor José Cavadas

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ANO 3 - Nº 8 TOQUE DE SAÍDA

ESCOLA VIVA 5

Na sequência do interesse manifestado

pelos alunos do 9º ano durante o ano lectivo

anterior, e no âmbito de conteúdos programá-

ticos da disciplina, as professoras de Francês

propuseram-se organizar uma visita de estudo

ao Futuroscope, em Poitiers. E assim fizeram.

No dia 18 de Março, pelas 22h, cinquenta e

oito alunos dos 9º e 11º anos, acompanhados

por cinco professoras, partiam de autocarro

para terras gaulesas.

O grupo chegou ansiosamente a Poitiers no

dia seguinte, após “infindáveis” horas de via-

gem. Seguiu-se o jantar e a acomodação no

hotel. Para os alunos que nunca ha-

viam estado no estrangeiro tudo isto

era novo: o país, a necessidade de se

expressarem noutra língua, a comida,

etc. Todos manifestavam grande curio-

sidade pelo que se iria passar nos dois

dias seguintes, os da permanência no

parque do Futuroscope.

Primeiro dia no Futuroscope: fo-

mos acompanhados por um guia por-

tuguês, para felicidade dos alunos. O

guia permaneceu connosco durante

todo o dia, seleccionando os pavilhões e as

actividades de maior interesse e dando-nos

indicações acerca da programação do dia se-

guinte. Após um merecido jantar, e numa noite

bastante fria, o grupo assistiu ao espectáculo

nocturno “La Forêt des Rêves”, uma mistura

mágica de som, luz e cor num palco de água.

Imperdível!

No dia seguinte fomos brindados com chu-

va durante a manhã, mas nem por isso houve

desânimo. Repetimos algumas experiências,

vivenciámos outras e, como não podia deixar

de ser, seguiram-se as tão esperadas compras

– os souvenirs para os familiares dos alunos

que contribuíram para lhes proporcionar esta

viagem.

Retemperadas as energias, foi a nostalgia

do regresso, a constatação de que a aventu-

ra terminara; agora só as muitas recordações

guardadas nos sacos, na retina e na memó-

ria das máquinas fotográficas. O regresso, no

dia 21 à noite, foi “o repouso do guerreiro”, o

sono há muito adiado pela expectativa, e ago-

ra possível.

Foi uma experiência de muita coragem por

parte das professoras que se propuseram

acompanhar este grupo, permitindo a muitos

alunos realizar um sonho que parecia impos-

sível. O sentido de responsabilidade e o espí-

rito de cooperação que os alunos manifesta-

ram durante a viagem deixa uma porta aberta

para que no ECB se continue a sonhar…

As Professoras de Francês

Pela primeira vez na história do ECB, um

grupo de alunos do Ensino Recorrente efec-

tuou uma visita de estudo fora do país, a Huel-

va, Espanha, onde visitou a mina, o museu e o

bairro inglês de Rio Tinto.

A viagem iniciou-se por volta das 5.30h,

com a concentração dos alunos junto ao Ex-

ternato, de onde partimos em direcção a Es-

panha. Chegámos ao museu mineiro cerca

das 10.20 e aí fomos recebidos pelo guia, o

Sr. Júlio. Chegados à mina de Peña de Hier-

ro, a 10 km da povoação de Rio Tinto, o guia

levou-nos a visitar a mina a céu aberto que

fora explorada primeiramente pelos romanos,

há 2000 anos, e depois pelos ingleses. Esta

é uma das mais belas paisagens naturais de

toda a zona mineira de Rio Tinto. Deste lugar

pode desfrutar-se de uma inigualável vista,

entrar numa galeria da mina e saber onde a

Cab e a NASA realizam as suas investigações

para o projecto “Marte”. Ao visitar a perfura-

ção mineira, pudemos ver a cor da água, roxa

escura. Esta cor deve-se ao facto de o solo

ter muito minério e este, em contacto com a

água, oxidar, deixando-a roxa escura. Daí o

nome Rio Tinto.

Ficámos a apreciar a paisagem até cerca

das 12.30, sendo depois levados pelo guia até

ao ferro-carril turístico que parte de um antigo

apeadeiro situado nas imediações do núcleo

urbano de Rio Tinto em direcção a Nerva e re-

aliza vários trajectos, um de 10 km e outro de

23 km. Estes correm paralelos ao rio por uma

linha-férrea construída em finais do séc. XIX,

por uma companhia inglesa, “Rio Tinto Com-

pany Limited”, com o intuito de transportar o

mineral e de o exportar para a Inglaterra. Este

atractivo turístico é constituído por vagonas

antigas, proporcionando aos turistas grandes

surpresas, como a observação da bela cor

roxa escura do Rio Tinto serpenteando entre

cerrados bosques de pinheiros a cercar as pri-

meiras estações construídas na zona.

Por volta das 16h, dirigimo-nos de novo

ao museu, tendo sido recebidos por um ou-

tro guia, de nome Raul, que nos conduziu na

visita ao museu situado num antigo hospital

inglês. Aqui se pode admirar uma vasta colec-

ção de peças arqueológicas que permitem da-

tar o início das actividades mineiras da Idade

do Cobre. Entre as numerosas peças desta-

cam-se as locomotoras dos princípios do séc.

XX, sobretudo o popular vagão ”Del Mahara-

já”, autêntica obra de arte em madeira e couro

trabalhados, construída em Birmingham para

uma viagem à Índia da Rainha Vitoria.

De seguida, fomos visitar o bairro inglês

em Huelva, antigo bairro de finais do séc. XIX,

construído para acolher os numerosos técni-

cos e directores ingleses chegados a Rio Tin-

to para dirigirem as minas. Este bairro, onde

não era permitida a entrada de pessoas que

não fossem inglesas, surpreende os visitantes

pela arquitectura de estilo vitoriano. Possui

um presbitério, um clube social e um cemitério

onde as lápides estão em inglês. Visitámos a

casa nº 21 da Bela Vista que é uma secção

etnográfica do museu mineiro de Rio Tinto,

casa de estilo vitoriano totalmente restaurada

e equipada, onde é possível fazer uma viagem

no tempo ao observar quadros com memórias

de África e da Índia. Aqui acabámos a visita a

Espanha e seguimos em direcção a Faro onde

dormimos na pousada da juventude.

No sábado de manhã, aproveitámos ainda

para uma breve visita à ilha de Faro e em se-

guida partimos rumo à Benedita.

Foi um passeio bem planeado e bem orga-

nizado que agradou a todos os alunos, e du-

rante o qual pudemos perceber como era duro

o trabalho da mina, pois os trabalhadores, pri-

sioneiros vindos do Norte de África – cerca de

450, trabalhando em turnos e alimentados a

pão e água – tinham uma duração de vida de

dois meses a um ano, conforme o trabalho que

executavam. Existe ainda na zona uma planta

de cor rosada chamada Eriça, que foi trazida

propositadamente para ali, pois alimenta-se

de enxofre e a sua função era a absorção do

mesmo, de modo a prevenir a intoxicação dos

trabalhadores. Desta mina foram retirados cer-

ca de 450 milhões de toneladas de minério.

Fátima Santos e Samuel Pereira, 11º Ano do Ensino

Recorrente por Módulos

UMA VISITA DE SONHO

ALUNOS DO ECB EM FRANÇA

VISITA DE ESTUDO AO FUTUROSCOPE

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ANO 3 - Nº 8TOQUE DE SAÍDA

6 ESCOLA VIVA

Como já vem sendo costu-

me, as professoras de Fran-

cês do Externato organizaram

uma jornada em que a língua e

cultura francesas são o tema.

Esta iniciativa destina-se a fes-

tejar com todos os alunos desta

disciplina mais um ano de tra-

balho, pretendendo-se que se-

leccionem aspectos da língua,

cultura e civilização francesas,

os interpretem e apresentem à

escola através de um desfile.

Os concorrentes, individuais

ou em grupo, são avaliados por

um júri e os três melhores clas-

sificados recebem um prémio.

Esta actividade, que envol-

veu cerca de 150 alunos, de-

correu na cave do CCGS, na

manhã do dia 18 de Abril. Os

premiados deste ano foram os

alunos do 7º E com Tour de

France; os do 7º C, que inter-

pretaram Ratatouille; e o 7º A,

que apresentou os gulosos Les

Crêpes, classificados respecti-

vamente em primeiro, segundo

e terceiro lugar.

Aos alunos do Ensino Se-

cundário foi solicitada a ela-

boração de um texto para o

Concurso Literário, tendo sido

seleccionada a melhor produ-

ção de cada nível de ensino.

Os vencedores deste concurso

foram os alunos: Miguel Lopes

do 10º C, Juliana Belo do 10º

A e Diogo Feliciano do 11º C,

que receberam um prémio ofe-

recido pela Porto Editora.

E, como não podia deixar

de ser, a gastronomia francesa

também esteve presente com

a já habitual confecção e ven-

da de crêpes e de outras es-

pecialidades, a cargo da turma

do 9º H e da sua professora

de Francês. Todos os alunos

receberam um certificado de

participação e uma pequena

lembrança.

Aproveitou-se o momento

para projectar um vídeo sobre

a visita de estudo ao Futuros-

cope, e o Sr. Director do ECB

entregou diplomas aos alunos

participantes, os quais de-

monstraram um comportamen-

to exemplar na referida activi-

dade.

As professoras de Francês

DIA DO FRANCÊS NO EXTERNATO

O CCGS DE AZUL, BRANCO E VERMELHO QUICHE LORRAINE

A quiche lorraine é uma receita tra-

dicional da Lorena, região do nordes-

te da França, e foi um dos muitos pra-

tos confeccionados no Externato, no

Dia do Francês. É uma tarte salgada,

normalmente servida como prato prin-

cipal, mas, entre nós, o seu uso é co-

mum como entrada ou em “cockails”.

Ingredientes:

1 massa folhada de compra

200 g de bacon cortado

1 cebola média

4 ovos

1 pacote de natas

Pimenta q.b.

Noz-moscada q.b.

Preparação:

Retire a massa do frio cerca de 5

minutos antes de começar a fazer a

quiche. De seguida ligue o forno a

cerca de 180º. Estenda a massa numa

tarteira e espalhe os pedacinhos de

bacon por cima. Numa frigideira leve a

alourar num bocadinho de azeite a ce-

bola cortada em rodelas. Bata, numa

tigela, os ovos com as natas e tempe-

re com um pouco de noz moscada e

pimenta. Deite a cebola refogada por

cima do bacon e, por último, verta os

ovos com as natas. Leve ao forno cer-

ca de 25 minutos.

Professora Isabel NetoDois projectos de alunos do Ex-

ternato foram seleccionados para

o 16º Concurso “Jovens Cientistas

e Investigadores” e estão patentes

na Mostra de Ciência que decorre

entre 22 a 24 de Maio no Museu

da Electricidade, em Lisboa.

Segundo informações da pro-

fessora Paula Castelhano, o tra-

balho “O que p’rá aqui vai de

sex(o)… ualidade!” foi realizado

pelos quinze alunos de Biologia

do 12º B, mas, para efeitos de

concurso, foram eleitos três repre-

sentantes que tiveram um papel

crucial na produção final do tra-

balho: a Ana Maximiano, a Joa-

na Cavadas e o Luís Crisóstomo.

Quanto ao 10º A, concorreu com o

projecto “À procura do Invisível…

na Cantina!”, da responsabilidade

da Laura Gonçalves, da Mariana

Rodrigues e da Mónica Fialho. A

estes alunos e aos seus profes-

sores apresentamos felicitações

e desejamos sucesso na próxima

fase desta competição.

O Concurso “Jovens Cientistas

e Investigadores” é organizado

pela Fundação da Juventude e o

júri presidido pela Ciência Viva -

Agência Nacional para a Cultura

Científica e Tecnológica. De âmbi-

to nacional, o Concurso pretende

“promover os ideais da coopera-

ção e do intercâmbio entre jovens

cientistas e investigadores, e es-

timular o aparecimento de jovens

talentos nas áreas da Ciência, da

Tecnologia, da Investigação e da

Inovação”, como pode ler-se na

página da Fundação: http://www.

fjuventude.pt/jcientistas2008/

JOVENS CIENTISTAS DO ECB

NA MOSTRA DE CIÊNCIA EM LISBOA

INQUÉRITO DE SATISFAÇÃO A ALUNOS

Foram recolhidas 989 respostas ao Inquérito de Satisfação de

Alunos, perfazendo 75% dos alunos matriculados. Gostaríamos

de partilhar alguns resultados provisórios, pois o tratamento não

está concluído.

Apraz-nos registar que nos itens “Tenho confiança na escola” e

“Recomendo esta escola aos meus amigos” a classificação média

apurada foi, respectivamente, de 3,9 e 4,2, isto é, Bom ou Muito

Adequado. As percepções menos positivas obtêm uma classifi-

cação média de 3 (Adequado) e dizem respeito à segurança, ao

funcionamento da Associação de Estudantes e ao funcionamento

de alguns serviços de apoio (Reprografia, Papelaria, Cantina). As

percepções mais positivas, com classificação média de 4 (Muito

Adequado) dizem respeito ao horário, atendimento e qualidade

de serviços de apoio (Bar, Sala de Alunos, Biblioteca). Nota-se a

percepção de que a higiene e conservação das instalações é um

esforço de todos, em que os alunos se sentem comprometidos,

ainda que haja margem para melhorar.

Agradece-se a colaboração de alunos e directores de turma

neste esforço de recolha de opiniões, indispensável à melhoria da

qualidade do serviço prestado pela escola.

Ana Luísa Quitério, Equipa Melhoria 1

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ANO 3 - Nº 8 TOQUE DE SAÍDA

ESCOLA VIVA 7

A Educação para a Saúde

tem-se revelado uma estratégia

imprescindível na prevenção da

doença e do mal-estar, actuando

sobre os factores de risco. Neste

sentido, a Educação Sexual, en-

quanto contributo para a formação

pessoal e social dos indivíduos e

para a promoção da saúde sexual

e reprodutiva, vem ganhando pro-

tagonismo crescente nos sectores

da Educação e da Saúde.

De acordo com a nova legis-

lação relativa à Educação para

a Saúde, esta deve integrar os

projectos educativos das escolas,

numa clara aliança entre Educa-

ção e Saúde. De facto, a escola

tem um papel privilegiado no pro-

cesso educativo, possibilitando

às gerações mais jovens a apro-

priação de saberes, valores e

competências para a vida. Neste

sentido, o Externato Cooperativo

da Benedita tem assumido a sua

função educativa de olhos pos-

tos no progresso e na evolução

da sociedade, incluindo a forma-

ção da identidade global dos seus

alunos, promovida pelo Projecto

Crescer para a Vida.

Partindo da noção clara de que

a dimensão humana é eminente-

mente relacional e íntima, e de

que a sexualidade tem uma ver-

tente emocional e é um elemento

essencial na formação da identi-

dade, da auto-estima e do bem-

estar físico e emocional dos indi-

víduos, a escola criou, este ano,

um espaço de promoção e edu-

cação para a saúde, denominado

Espaço de Atendimento a Jovens

na Escola (Espaço AJE). Trata-se

de um espaço de apoio, aconse-

lhamento, informação e formação

destinado a todos os alunos da

escola e centrado em temas rela-

cionados com a Educação Sexu-

al, Educação para a Sexualidade

e Promoção da Saúde. Mantém

o blogue: www.blogdoespacoaje.

blogspot.com

O Espaço AJE dinamizou acti-

vidades como a Semana da Saú-

de (7 a 22 de Abril), em que se

realizaram sessões sobre Estilos

de Vida Saudáveis, para as tur-

mas do 7º ano, numa metodolo-

gia activa e centrada no lúdico,

aliando conhecimento e aprendi-

zagem. Ao longo do ano lectivo,

foram também comemoradas da-

tas especiais: o Dia Mundial de

Luta Contra a Sida – “Não te dei-

xes APANHAR pela SIDA” – assu-

mindo os alunos um papel activo

de educadores dos seus pares; o

Dia do Não Fumador – “Mais Vida

sem Tabaco”; o Dia dos Namo-

rados – “Emoções Alternativas…

Descobre os sabores” – tendo-se

procurado sensibilizar os alunos

para a importância dos afectos.

Algumas turmas puderam ain-

da contar com workshops: “Como

(sobre)viver em equipa”, no âm-

bito do projecto “Viver a Escola”;

“Salta Barreiras”, no Dia Interna-

cional da Tolerância; e “Espanta

Fumos”, em comemoração do Dia

do Não Fumador. O Espaço AJE

promoveu também a realização

de sessões sobre sexualidade

– “Sexualidade & Contracepção”

e “Será isto um bicho de 7 ca-

beças?” – e implementou o Pro-

jecto “Sexualidade Saudável. Tu

alinhas?”, destinado a uma tur-

ma do 9º ano, projecto esse que

envolveu os pais e encarregados

de educação, abrindo-se assim o

“Espaço p’ra Pais”.

De modo a envolver os alunos

nas actividades, foi criado um

grupo de voluntários na escola,

denominado “Agarra-te à Vida”,

grupo que participa na elaboração

de materiais e na dinamização de

algumas actividades. Este grupo

participou no Atelier “Educa-te a

par(es)” que abordou a importân-

cia da Educação pelos Pares, no

sentido de aprender para ensinar.

Estas e outras actividades de-

correram no âmbito do Estágio

Curricular do Mestrado em Ciên-

cias da Educação na área de Edu-

cação Social – Crianças, Jovens

e Famílias – da Faculdade de Psi-

cologia e de Ciências da Educa-

ção da Universidade de Coimbra,

da estagiária Cristiana Pereira de

Carvalho.

Segundo Machado Caetano, a

“Educação Sexual é um concei-

to global que inclui a identidade

sexual, o corpo, as expressões

da sexualidade, os afectos, a re-

produção e a promoção da saúde

sexual e reprodutiva”. Parafra-

seando este autor, a verdadeira

Educação Sexual é a Educação

da Capacidade de Amar.

Cristiana Carvalho

Educóloga-Estagiária

Uma grande preocupação que actualmente

paira sobre as mentes dos pais prende-se com

a possibilidade de os filhos virem a sofrer de

anorexia nervosa, doença grave de que tanto

se ouve falar.

Assim que notam uma perda de peso, é

compreensível que fiquem assustados; no en-

tanto, entrar em pânico e obrigar, por todos os

meios possíveis, a/o jovem a ingerir alimentos

não é solução e vai decerto complicar a rela-

ção entre os pais e o adolescente. Em caso

de dúvida, há que levá-lo a uma consulta de

aconselhamento e avaliação nutricional, an-

tes de entrar em pânico. Isto porque existem

várias situações ao longo do crescimento que

podem provocar perca de peso, voluntária ou

involuntária, e ser confundidas com anorexia.

Quando nos deparamos com um adoles-

cente que está a perder peso, é necessário

termos em conta que uma das características

que define a adolescência é uma outra forma

de olhar para o corpo, diferente daquela que

se utilizava na infância. Os adolescentes cen-

tram-se no seu corpo – um corpo que muda

quase de dia para dia e, como tal, origina in-

seguranças e desconforto, um sentimento de

não se sentir bem naquela pele! Daí ser fre-

quente tantos adolescentes iniciarem dietas

nesta fase da sua vida: querem ser bonitos,

ter o corpo definido, sentirem-se confortáveis

dentro das roupas que gostam de vestir e,

acima de tudo, atraírem o olhar do outro. Isto

é um comportamento positivo e necessário à

aceitação de si próprio e à integração no gru-

po de pares. Por outro lado, é usual que, em

situações de angústia, stress ou perda, os jo-

vens – tal como os adultos – percam o apetite

e, por consequência, percam peso!

Portanto, nem todos os casos de perca de

peso na adolescência significam uma anorexia

nervosa! É importante que os pais e os técni-

cos tenham a serenidade necessária para uma

correcta avaliação de cada situação e para in-

tervirem de modo adequado.

Nestas situações é fundamental que os

pais estejam atentos ao crescimento dos fi-

lhos e que percebam as suas tristezas. Deixá-

los expressar o que sentem é importantíssimo

para o sentimento de segurança e confiança

na família. Desta forma, poderão aperceber-

se mais facilmente se a perda de peso resulta

do desejo de se tornarem mais agradáveis ao

olhar – ao seu e ao dos outros – ou se o filho

ou filha passaram recentemente por uma im-

portante perda, como por exemplo uma zanga

com um grande amigo, namorado, a morte de

alguém próximo, etc. Em muitas situações, o

simples facto de o adolescente poder contar

aos pais o que se passa e ouvir a sua opinião

e conselhos é, por si só, o tratamento para o

problema.

Margarida Ferreira, Psicóloga do ECB

PROMOÇÃO E EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE

A ADOLESCÊNCIA, O APETITE E A FALTA DELE

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ANO 3 - Nº 8TOQUE DE SAÍDA

8 ESCOLA VIVA

Educar é acreditar na VIDA! Esta asser-

ção pertence ao quotidiano de todo o adul-

to – pai, professor ou educador. Compete a

esse adulto, com sapiência e sensibilidade,

actuar de modo equilibrado e indolor sobre a

criança ou jovem com dificuldades em apren-

der, crescer, viver.

A intervenção ou reeducação de um jovem

com Dificuldades Específicas de Aprendiza-

gem é um processo de muita responsabilida-

de, pois há que ensinar a superar os obstácu-

los. Neste sentido, considero a determinação

tão importante quanto a capacidade intelec-

tual.

Vejamos as características mais comuns

de um disléxico: dificuldade em processar in-

formação oral (identificar, articular, distinguir

e usar sons da língua); na leitura e na escri-

ta, tem por hábito trocar letras (perceber vs

preceber), omitir letras (bolsa vs bosa), di-

ficuldade em converter letras em sons/pala-

vras (lixu, eisterior, xaveiro) e em apreender

e usar palavras novas. Psicologicamente, o

disléxico regista atrasos do desenvolvimento

perceptivo-visual, da coordenação dinâmica

e do esquema corporal. Estas disfunções ou

perturbações fazem dele um aluno natural-

mente mais lento. Na origem do problema,

factores neurológicos e cognitivos. Neurolo-

gicamente, os disléxicos típicos têm proble-

mas de lateralidade. Cognitivamente, apre-

sentam défices perceptivos, de memória e de

processamento da linguagem.

As características principais do disléxi-

co são a capacidade intelectual normal, as

dificuldades específicas na leitura e escrita

e a ausência de deficiência. Quanto às ha-

bilidades básicas, revela intuição elevada,

predominância da imagem em detrimento

da palavra, imaginação, visão prática aliada

à curiosidade natural e consciência do meio

envolvente. A sua dinâmica pessoal eviden-

cia atenção instável devido ao esforço inte-

lectual que tem de despender para superar

as dificuldades; desinteresse pelo estudo

devido à marginalização familiar e escolar; e

inadaptação provocada pelo desajuste emo-

cional (insegurança, teimosia…). Na sua di-

nâmica escolar, o disléxico manifesta ansie-

dade, angústia e insucesso(s) frequente(s).

Assim, o perfil de aprendizagem do dislé-

xico exige à escola medidas que não passem

pelo facilitismo, mas pela compreensão e

implementação de ensino diferenciado, mo-

tivação e uma avaliação justa. O professor,

com o apoio da família, deve transformar a

informação em conhecimento e em experi-

ência, pois só se aprende a fazer, fazendo.

A intervenção tem de ser frequente, criativa,

sistemática, gradual e planificada de forma a

ensinar o indivíduo a pensar, a ser crítico e a

promover a auto-estima que será a alavanca

para construir confiança e acreditar na vida.

É com base nestas crenças e com o apoio

do corpo docente que o Gabinete Dificulda-

des Específicas de Aprendizagem – Leitura/

Escrita do ECB trabalha. Centra a sua actu-

ação na minimização das dificuldades des-

tes alunos e, uma a duas vezes por sema-

na, cada disléxico realiza exercícios que lhe

permitem desenvolver as áreas instrumentais

(psicomotricidade, linguagem, leitura, escri-

ta, percepções).

A máxima do Gabinete DEA-LE é: A disle-

xia é um distúrbio que sem apoio se agudiza

e que com auxílio adequado se minimiza.

Professora Paula Cristina Ferreira,

Coordenadora do Gabinete DEA-LE

À EQUIPA DO SORRISO AMIGO

HOMENAGEM CARINHOSA

Trabalhar em prol do Outro é aliciante e

gratificante. De facto, quando observo os

elementos que fazem parte da Associação

Sorriso Amigo, surgem-me algumas pala-

vras que acredito caracterizarem esta Equi-

pa. São elas: profissionalismo, dedicação,

partilha, dinamismo, paciência, tolerância,

solidariedade, espírito de grupo, entreajuda

e confiança num futuro mais justo.

Trabalhando em grupo ou até mesmo indi-

vidualmente, cada elemento apresenta gran-

de responsabilidade no trabalho que desen-

volve. Na Equipa partilham-se experiências,

sendo o dever de sigilo escrupulosamente

cumprido. Respeita-se o Outro enquanto ser

humano único e insubstituível, que deve ser

amado enquanto tal, não se fazendo discri-

minações de raça, sexo, idade ou nacionali-

dade.

Admiro cada elemento da Equipa pela sua

persistência e pelo seu bom-senso. É um

trabalho inesgotável, que dá muitas vezes a

sensação de “nada” ter sido feito. Mas sem

a sua ajuda e perseverança, a tristeza e o

sofrimento e a miséria de todos aqueles que

são apoiados seriam muito maiores, sobre-

tudo os de muitos dos nossos alunos que a

Equipa tem ajudado de forma empenhada.

Penso que são um exemplo a seguir em

outras escolas. Envolvem os alunos e toda

a restante comunidade em actividades que

devem ser de todos e não só de alguns. Va-

lores como a solidariedade, a tolerância, a

partilha e o respeito pelo Outro são transmi-

tidos e, sobretudo, sentidos...

Bem-hajam!

Professora Ana Paula Barosa,

Coordenadora do Projecto Sorriso Amigo

EDUCAR É ACREDITAR NA VIDA!

O auditório do Centro Cultural

Gonçalves Sapinho foi, mais uma

vez, palco do Festival de Teatro Es-

colar – Festteatro, que decorreu entre

os dias 18 e 20 de Abril. Este evento

conta com a presença de escolas de

várias regiões do país e com o grupo

de teatro da casa, Os Gambuzinos,

que já nos habituou a grandes peças

e exibiu o seu mais recente trabalho,

Fim de linha.

A manhã de sexta-feira foi reserva-

da aos alunos do Externato e, ao iní-

cio da tarde, o CEERIA de Alcobaça

levou à cena a sua peça. Foram, no

total, oito peças de teatro que propor-

cionaram à plateia bons momentos,

com destaque para a peça Apanha-

dos na rede, pelo Instituto Superior

Técnico de Lisboa que, perante uma

plateia quase repleta e completamen-

te rendida, arrebatou o riso e o aplau-

so dos presentes.

É de assinalar a crescente qua-

lidade das peças apresentadas e a

igualmente crescente adesão do pú-

blico, com especial destaque para os

jovens que não perdem a oportunida-

de de assistir a mais um momento de

cultura e boa disposição. É igualmen-

te de assinalar o entusiasmo das es-

colas que nos acompanham desde o

primeiro festival e que se habituaram

a marcar nas suas agendas uma pas-

sagem pela Benedita.

O grupo organizador do Festteatro

BENEDITA – UM GRANDE PALCO

V FESTTEATRO

Apanhados na rede, pelo IST

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ANO 3 - Nº 8 TOQUE DE SAÍDA

MENTE SÃ EM CORPO SÃO 9

VI NOITE ESTAPAFÚRDIA

No passado dia 15 de Março, realizou-se

no pavilhão gimnodesportivo do Externato Co-

operativo da Benedita um espectáculo intitula-

do “Noite Estapafúrdia VI”. Como o nome indi-

ca, foi a 6ª edição deste sarau organizado pelo

grupo de Educação Física, com o objectivo de

divulgar a toda a comunidade as actividades

desenvolvidas pelo Clube Estapafúrdio.

Houve apresentações de várias modali-

dades, como Ginástica de Solo e Aparelhos,

Acrobática, Trampolins, Aeróbica, Danças de

Salão e Rappel. Além disso, foram entregues

os Prémios Estapafúrdios (Óscares da esco-

la), atribuídos a várias categorias, como o alu-

no mais popular, o super-professor, o super-

funcionário (votados somente pelos alunos da

escola), entre outros, atribuídos pelo Grupo

de Educação Física.

Nesta “Noite Estapafúrdia VI”, houve novi-

dades, como a renovação do logótipo, criado

pela aluna Flávia Grilo e a actuação da Or-

questra Estapafúrdia, composta por alunos,

ex-alunos e Encarregados de Educação da

escola, tendo como maestrina a aluna Neuza

Rebelo.

Outra grande novidade e surpresa foi a

apresentação do espectáculo pelo aluno Paulo

Batista, que utilizou o seu humor para caracte-

rizar alguns apresentadores portugueses, bem

como personagens do nosso quotidiano, e que

está de parabéns pelo seu desempenho.

Compareceram cerca de 1800 pessoas e

participaram 170 alunos que trabalharam vá-

rios meses para que tudo corresse na perfei-

ção – ensaios duros e muito tempo dispendido,

para que fosse um espectáculo em grande, e

assim foi.

Penso que o esforço de todos aqueles que

contribuíram para esta noite (alunos, profes-

sores e funcionários) foi recompensado com

o sucesso que ela obteve, e para todos com

certeza passou depressa demais, depois de

tanto trabalho, mas o espectáculo é assim:

pequenos momentos gratificantes compensam

muitos momentos de trabalho. Foi, sem dúvi-

da, uma noite diferente, fortalecendo a ligação

da escola com toda a comunidade.

Bruna Cruz, 11º F

Benedita em Movimento

Realizou-se no dia 4 de Maio

mais uma edição da “Benedita

em Movimento”, uma iniciativa

da Junta de Freguesia da Be-

nedita no âmbito das comemo-

rações da elevação a vila. Esta

iniciativa teve a colaboração

do Externato Cooperativo da

Benedita, com o intuito de pro-

mover o convívio através do

Desporto e despertar a popula-

ção para as questões da saúde

e do bem-estar.

Pelo terceiro ano consecu-

tivo, os alunos do 12º ano do

Curso Tecnológico de Desporto

(12º I) foram responsáveis pela

organização deste evento com

o apoio das professoras de Or-

ganização e Desenvolvimento

Desportivo (Dr.ª Ângela Gens)

e de Práticas Desportivas Re-

creativas (Dr.ª Rita Pedrosa)

Durante o dia houve inúme-

ras actividades que se realiza-

ram na principal avenida da Be-

nedita, que esteve fechada ao

trânsito, possibilitando assim

à população usufruir daque-

le espaço para as mais varia-

das actividades: rappel, slide,

paintball, spinning, rastreios

preventivos (colesterol, tensão

arterial, índice de massa cor-

poral), actividades aquáticas,

equitação, entre outras. Estas

actividades decorreram entre

as 09:00h e as 17:00h, regis-

tando-se enorme adesão em

clima de amizade e de gran-

de desportivismo. Parabéns à

Junta da Freguesia da Benedi-

ta e aos alunos do 12º ano do

curso Tecnológico de Desporto

do Externato Cooperativo da

Benedita.

Compal Air 3X3

A competição de Basquete-

bol Compal Air continua a ter

grande adesão por parte dos

alunos da nossa escola. No dia

9 de Abril realizou-se a fase de

escolas no Externato Coopera-

tivo da Benedita. A competição

decorreu num clima de despor-

tivismo e entusiasmo, tanto por

parte dos alunos participantes

como também pelos que assis-

tiram e apoiaram de forma en-

tusiástica.

No dia 14 de Maio realizou-

se a fase regional e, no dia 7

de Junho, irá realizar-se a fase

nacional da competição.

Semana Cultural

O grupo de Educação Fí-

sica organiza um passeio de

bicicleta inserido nas activida-

des da semana cultural. Esta

actividade já se realizou o ano

transacto, tendo-se registado

uma boa participação por parte

dos alunos. O grupo de Educa-

ção Física considera a inicia-

tiva proveitosa pois os alunos

podem desfrutar da natureza e

de actividades que durante o

ano lectivo não é possível re-

alizar.

O grupo de Educação Física

XI TORNEIO XADREZROTARY CLUBE DA

BENEDITA

Realizou-se no dia 25 de Abril de

2008 o XI Torneio Rotary Clube da

Benedita, com a presença de 37 jo-

gadores representando 13 clubes.

Carlos Carneiro, da Academia Xadrez

Mem Martins, foi o vencedor. No final

do torneio, houve um beberete para

os jogadores, acompanhantes e rotá-

rios. Um excelente convívio!

Da Academia Xadrez da Benedita,

destacaram-se, por escalões: Sub 08,

Pedro Jacinto, em 3º lugar; Sub 10,

Francisco Cavadas, em 2º, e António

Lopes, em 3º; Sub 14, Rui Lopes, em

2º, e Bernardo Vinagre, em 3º; Sub

16, Mariana Silva, em 1º, Anatoliy La-

dyka, em 2º, e Tiago Ezequiel, em 3º;

Sub 18: Licínio Cruz, em 1º lugar.

Os melhores jogadores de Acade-

mia Xadrez da Benedita foram Maria-

na Silva, com 5 pontos, José Cava-

das, com 4 pontos e Rui Lopes, com

3 pontos.

Professor José Cavadas

NOTÍCIAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

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ANO 3 - Nº 8TOQUE DE SAÍDA

OLHAR CIRCUNDANTE10

Sofia Ferreira Guerra nasceu na Quinta de

Vale de Ventos, propriedade dos condes de

Rio Maior e, adolescente, veio viver para o

lugar da Pedra Redonda, onde ainda reside.

Muito precocemente, mostra sinais de talento

para a pintura e assim se foi descobrindo uma

artista nata. Ainda na Quinta de Vale de Ven-

tos, começa a pintar espontaneamente nas

paredes e inicia-se no desenho a carvão.

A criação estética é entendida pela pintora

como uma graça que Deus lhe deu e que ela

soube, à medida das condições de que foi dis-

pondo, aproveitar da melhor maneira, pois fez

sempre o que realmente lhe dava prazer. As

suas primeiras lições fo-

ram de desenho a carvão

e depois rapidamente

passou a outras técnicas,

nomeadamente pintura a

óleo. O Professor Lucia-

no dos Santos, então do-

cente na Escola Superior

de Belas Artes, ensinou-

lhe, em Alcobaça, muito

do que sabe, técnica e

academicamente. À me-

dida que ia produzindo,

ia vendendo, pois ha-

via, e continua a haver,

muitos interessados. Foi

divulgando os seus tra-

balhos em exposições,

dentro e fora da região.

A maior exposição das suas obras teve lugar

no salão do Hóquei Clube de Turquel.

Aprendeu também a arte da música, por-

que, como afirma: «Quem sabe pintar, sabe

tocar»; e ainda: «Os verdadeiros pintores são

todos músicos».

No seu entender, a Bíblia é uma fonte de

inspiração inesgotável, pelo que os seus pri-

meiros trabalhos representavam episódios de

inspiração sacra, tendo sido vendidos para In-

glaterra. A propósito da inspiração na Bíblia,

Sofia Guerra considera que os pintores têm

de «pintar a verdade». As naturezas mortas

são outra temática permanente na sua obra.

O seu trabalho mais conhecido talvez seja um

quadro pintado a óleo intitulado “A Última Ceia

de Cristo”, que tem percorrido o país de lés-

a-lés.

Sofia Guerra, detentora de um portentoso

dom natural, confessou à redacção do Toque

de Saída que «a pintura é uma doença e um

mistério», e que merece ser cultivada na tran-

quilidade e quietude que o isolamento do cam-

po proporciona.

Professores Clara Peralta e Valter Boita

ARTISTAS DA NOSSA TERRA

No passado dia 3 de Abril, deslocámo-nos à

cidade do Porto, juntamente com os professo-

res Deolinda Castelhano, Margarida Vinagre e

Alexandre Lourenço, para participar no 9º Fó-

rum do Ensino Particular e Cooperativo - Di-

nâmica Privada, Serviço Público de Qualidade

que decorreu entre os dias 4 e 6 desse mês.

Este fórum tem por objectivo promover o in-

tercâmbio pedagógico e mostrar o empenho e

o contributo do Ensino Particular e Cooperativo

no esforço nacional para a melhoria do Siste-

ma Educativo Português. A nossa participação

no fórum permitiu-nos tomar conhecimento dos

projectos desenvolvidos noutras instituições de

ensino, do mesmo modo que nos deu o privilé-

gio de divulgar a nossa escola.

Durante esses quatro dias, também pude-

mos conhecer um pouco melhor a cidade do

Porto, aproveitando o tempo livre para visitar

as Caves do Vinho do Porto Ferreira e a Igreja

da Ordem de São Francisco.

Para além de tudo isto, tivemos ainda a

oportunidade de presenciar a festa dos adep-

tos portistas que, no dia 5 de Abril, foram cam-

peões nacionais de futebol. Foi uma experiên-

cia nova, mais uma a juntar às outras que já

referimos!

David Susano. Laura Gonçalves e Mónica Fialho, 10ºA,

João Pestana, 10ºD

5ª EDIÇÃO EM GOUVEIA

FESTIVAL NACIONAL DO SECUNDÁRIO

Espírito de amizade, partilha, convivência e, sobretudo, muita diversão! Foi a base da 5ª

Edição do Festival Nacional do Secundário em Gouveia, durante o qual estudantes de todo

o país puderam conviver durante cinco dias, no parque da Senhora dos Verdes, dotado de

óptimas condições.

Um grupo de alunos da nossa escola participou nessa que foi a maior concentração de

jovens do Ensino Secundário no país.

Com o apoio de uma equipa excepcional, disposta a dar qualquer tipo de auxílio e,

sobretudo, garantindo que aqueles seriam cinco dias inesquecíveis, pudemos participar

em inúmeras actividades desportivas durante o dia e, à noite, a festa continuava: fomos

presenteados com a presença do dj Diego Miranda e do grupo Tara Perdida.

Um mês depois… irrompem as saudades, até das intermináveis filas sentimos falta. Foi

uma experiência excepcional e, visto que o festival acontecerá nos próximos anos, acon-

selhamos vivamente que participem!

Carla Serralheiro, 11º D

“TRIPEIROS”

POR QUATRO DIAS

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ANO 3 - Nº 8 TOQUE DE SAÍDA

OLHAR CIRCUNDANTE 11

O PRÉMIO É NOSSO!

Decorreu no dia 3 de Maio, em Alfeize-

rão, o Festival Vicarial da Canção Cristã.

Estiveram em concurso 10 músicas, algu-

mas da autoria de alunos do ECB. A nos-

sa escola esteve muito bem representa-

da. O grupo vencedor, com todo o mérito,

é constituído por elementos dos Jovens

Sem Fronteiras, com uma bela canção,

“Filantropia Original”.

Vanessa Fialho, 10º D

RÁDIO BENEDITA FM – Uma rádio cada vez mais local

“A NOSSA RÁDIO NÃO PASSA SÓ MÚSICA E É PRECISO OUVI-LA PARA A CONHECER.”

Sandra Narciso Fonseca, uma das vozes mais conhecidas da Rádio Benedita FM, filha de Afonso Fonseca, nasceu em Alcobaça a 16

de Abril de 1983 e vive na Benedita. Frequentou um estágio profissional de 2 anos em Jornalismo, nas instalações da Rádio onde

trabalha. Tem uma voz marcante que se ouve diariamente na frequência 88.1 FM.

Conte-nos um pouco da história da Rádio.

Em 1985 começou a funcionar com o nome de Rádio

Clube da Benedita. O meu pai esteve ligado à Rádio

desde o seu início. Começámos no escritório de uma

casa particular, e as condições não eram muitas… Ti-

vemos de ultrapassar sérias dificuldades. Passou a ser

Rádio Voz da Benedita em 1986 e, dez anos mais tar-

de, mudou para o nome actual. Começou como coope-

rativa e depois passou a ser uma sociedade por quotas.

A 1 de Janeiro de 2000, tivemos a primeira emissão

contínua e nunca mais parámos, foi o momento oportu-

no, uma vez que tínhamos já as condições necessárias

para o fazer. Actualmente somos doze sócios, sendo

os gerentes o Sr. Pedro Mateus Guerra e eu própria.

Temos cerca de dez cooperantes que também dão um

contributo muito importante.

Como é que descobriu o gosto pela rádio?

Tudo começou por brincadeira quando tinha catorze

anos e tive de substituir um cooperante. Como gostei

da experiência, convidaram-me para colaborar duran-

te as tardes livres da escola. Após a conclusão dos

estudos, fiz um estágio profissional em jornalismo nas

instalações da Rádio Benedita FM. Há já 11 anos que

contribuo na rádio e, honestamente, não me vejo a fa-

zer mais nada.

A vossa área de cobertura é muito exten-

sa?

Somos ouvidos em toda a região Centro-Oeste e gran-

de parte do Ribatejo. As rádios locais não têm verbas

para fazer estudos sobre o número exacto de ouvintes

assíduos, mas sabemos que, globalmente, as rádios

locais são mais ouvidas que as nacionais. Temos, em

média, cerca de 20.000 ligações mensais a nível mun-

dial. Estou a falar de ligações online. Sobrevivemos

com muito poucos apoios, um deles por parte do Go-

verno, que incentivou as emissões online, as quais

nos permitem divulgar a nossa Rádio. Lamentamos

que mais nenhum apoio nos tenha chegado por parte

do Governo ou de outras entidades estatais. Às vezes

sentimo-nos um pouco marginalizados.

Temos muitas participações dos Estados Unidos da

América. Há, só por curiosidade, um café num esta-

do de Massachussets que ouve diariamente a nossa

Rádio. Ligam-nos assiduamente, participando sobretu-

do nas músicas pedidas e nos concursos. Apresentam

sugestões, falam connosco, mostram o quanto somos

importantes além-fonteiras. Refiro-me em especial à

América do Norte, Brasil, Suíça e Luxemburgo. É muito

gratificante, de facto. E as emissões online serão se-

guramente o futuro.

Quais são os vossos projectos a curto pra-

zo?

Há um evento que estamos a preparar ainda para este

ano e que consiste numa grande gala, talvez para o

Verão. Não posso dar muitas informações porque ain-

da estamos numa fase muito inicial. Serão distribuídos

troféus a várias entidades da terra, que destacaremos.

Não há objectivos lucrativos, apenas unir a comunida-

de da Benedita à nossa Rádio. Esse é, efectivamente,

o nosso grande objectivo. É uma forma de promoção

através de um evento cultural. Queremos, no futuro,

ser mais participativos. Sentimos necessidade de nos

divulgarmos mais junto das pessoas e dizer-lhes que a

nossa Rádio não passa só música e que é preciso ouvi-

la para a conhecer. Na verdade, queremos tornar-nos

numa rádio menos nacional e cada vez mais local.

Outro projecto é aumentar o nível de abrangência e

expandirmo-nos para Norte. Estamos a pensar adquirir

um novo retransmissor, mas isso tem custos elevados

e ainda não sabemos exactamente quando acontecerá.

Como vivemos única e exclusivamente da publicidade,

temos de gerir bem as despesas. Às vezes sentimos

limitações nem sempre fáceis de resolver.

Quais são os programas mais ouvidos?

Tem alguma noção?

Depende da hora, mas temos uma boa participação de

pessoas a solicitar músicas para dedicarem, ou só pelo

prazer de as ouvir. As entrevistas, os passatempos,

bem como os noticiários, são talvez os mais ouvidos.

Sentimos bastante procura, mas, como já referi, temos

de investir mais junto da população. Gostaria de apro-

veitar o momento para pedir aos jovens que ouçam a

nossa Rádio. Há já algum tempo que sentimos a preo-

cupação de mudar a imagem da rádio. Por isso, temos

um programa semanal dedicado à juventude, que se

chama “Total Heavy Rock”, aos sábados, do meio-dia

às 14h. Nas madrugadas de sexta para sábado, temos

uma hora de música house muito apreciada pela ca-

mada mais jovem. Consultem o nosso sítio www.bene-

ditafm.pt e vejam quem somos e o que fazemos. E,

sempre que possível, sintonizem os vossos rádios na

frequência 88.1 FM.

O Toque de Saída agradece a simpatia com

que foi recebido pela Sandra, desejando à

Rádio Benedita FM muito sucesso e que

continue a prestar um serviço de qualidade

a toda a gente, especialmente à comunida-

de beneditense.

Entrevista por Clara Peralta e Valter Boita

No âmbito da actividade “Parlamento dos

Jovens”, participaram na sessão distrital em

Leiria, no dia 26 de Fevereiro deste ano, qua-

tro alunas eleitas na assembleia de escola. A

experiência foi fantástica. Participaram treze

escolas secundárias do distrito e debateram-

se questões subordinadas ao tema União

Europeia: participação, desafios e oportuni-

dades.

As alunas Susana Coito, Ana Silva, Vanes-

sa Fialho e Carolina Luís foram “deputadas”

por um dia. No período da manhã decorreram

as apresentações formais das medidas pro-

postas por cada escola. De tarde, depois de

um almoço num restaurante típico, foi o mo-

mento de debater os projectos apresentados

por cada escola. No fim do dia, as nossas

“deputadas” regressaram com um honroso

quinto lugar e vontade de repetir a experiên-

cia.

Mais uma vez, o ECB está de parabéns

pela sua prestação em actividades fora da

escola.

Susana Coito, 10º D

ALUNAS DO ECB NA FASE DISTRITAL DO PARLAMENTO DOS JOVENS

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ANO 3 - Nº 8TOQUE DE SAÍDA

12 ESCOLA VIVA

No início do ano lectivo de 2006/2007,

deu-se início ao processo de auto-avaliação,

baseada na CAF (Common Assessment Fra-

mework), um modelo de auto-avaliação de-

senvolvido no âmbito da União Europeia que

tem por base o modelo da EFQM. Para além

de permitir o desenvolvimento de uma cultura

de gestão estratégica e de serviço orientado

para o cliente (aluno), permite também o de-

senvolvimento de práticas de benchmarking,

proporcionando assim a tão importante com-

paração entre instituições.

A auto-avaliação tem carácter obrigatório,

definido na Lei nº 31/2002 de 20 de Dezembro,

designada por “Lei do Sistema de Avaliação

da Educação e do Ensino Não Superior”. A

lei não estabelece normas relativamente aos

procedimentos de avaliação, mas formula a

exigência de que estes se devem submeter “a

padrões de qualidade devidamente certifica-

dos” (artº7). Apesar de não ser um organismo

público, o ECB tem todo o interesse em apli-

car mecanismos de auto-avaliação idênticos

aos utilizados pelas restantes escolas que

apresentam a mesma oferta formativa (ensi-

no público entre os 7º e 12º anos). A auto-

avaliação é ainda um excelente instrumento

de “marketing” da escola, pois a divulgação

dos resultados junto da comunidade contribui

para o seu reconhecimento público.

Em 2007/2008, após a aplicação de ques-

tionários a todos aqueles que intervêm na Es-

cola (pessoal docente e não docente, alunos

e encarregados de educação) e respectivo

apuramento de resultados, da competência

exclusiva dos consultores externos que as-

seguraram e acompanharam todo o proces-

so, iniciou-se o processo de implementação

das acções de melhoria. Complementarmen-

te, foi decidida a candidatura à Certificação

da Qualidade “Commited to Excellence” da

EFQM, concretizada em Outubro de 2007.

Nesta candidatura apresentou-se a estratégia

sustentada em termos de melhoria contínua

da qualidade e assumiu-se o compromisso da

implementação das acções de melhoria defi-

nidas em consequência do processo de auto-

avaliação.

Com esta candidatura, para além da ob-

tenção da certificação, queremos transmitir a

toda a comunidade em que nos inserimos mais

um sinal do nosso empenho e investimento

constantes no sentido de tudo fazermos para

que os nossos alunos disponham de cada vez

melhores condições para a sua formação in-

tegral, de modo a que sejam capazes de se

integrar como cidadãos de corpo inteiro numa

sociedade cada vez mais exigente.

Foram assim definidas 10 acções de me-

lhoria que têm vindo a ser desenvolvidas con-

forme o calendário estabelecido e cuja conclu-

são está prevista para o final do mês de Maio

de 2008. No final deste percurso, espera-se

atingir a certificação que funcionará como re-

conhecimento público do trabalho realizado.

A implementação do projecto da auto-ava-

liação/certificação da qualidade no ECB con-

sistiu também numa oportunidade de maior

aproximação dos colaboradores à Direcção e

vice-versa, levando a uma partilha das dife-

rentes percepções e conhecimentos.

Independentemente da obtenção do reco-

nhecimento público, através da certificação

da qualidade, consideramos que já foram al-

cançados os objectivos definidos no início do

projecto, nomeadamente aqueles que se refe-

rem à identificação dos pontos fortes e fracos

da Escola. Foram, sem dúvida, momentos de

reflexão e de análise crítico-construtiva que

nos permitem afirmar que hoje estamos me-

lhor preparados para enfrentar os desafios e

o clima de mudança acelerada em que vive-

mos. A construção de uma Escola de Exce-

lência é a meta para a qual continuaremos a

trabalhar.

Aos nossos colaboradores (pessoal docen-

te e não docente) e alunos pretendemos, aci-

ma de tudo, “criar a paixão e o compromisso”

com a qualidade numa perspectiva de melho-

ria contínua e na convicção de que estamos a

contribuir para que se sintam cada vez mais

realizados numa comunidade em que os valo-

res da cidadania são vividos e partilhados por

todos de uma forma responsável, construtiva

e virada para o futuro.

Professor Domingos Martinho

Coordenador do Projecto CAF

A GESTÃO DA QUALIDADE NO ECB

Na sequência do estágio “Ciência Viva

nas Férias”, realizado por uma das alu-

nas do 12º C no Instituto de Higiene e

Medicina Tropical, em Lisboa, e no âm-

bito da “Semana das Ciências”, realizou-

se no dia 11 de Março, na nossa escola,

uma palestra acerca da Malária, doença

que afecta milhares de pessoas, nome-

adamente crianças, nos países de clima

tropical.

Esta palestra foi proferida pela Dra.

Dinora Lopes, do IHMT, e incidiu princi-

palmente sobre o ciclo do parasita e o

controlo da doença, temas relacionados

com o programa da disciplina de Biologia

e Geologia. A Dra. Dinora Lopes disponi-

bilizou-se ainda para futuras acções de

intercâmbio, de modo a divulgar a acti-

vidade do Instituto e oferecer aos alunos

da nossa escola a oportunidade de con-

tactarem com o trabalho de investigação

científica.

Também integrada na “Semana das

Ciências”, decorreu no dia 13 de Mar-

ço uma outra palestra sobre “Desenvol-

vimento Embrionário” a que assistiram

não só os alunos do curso de Ciências e

Tecnologias, como também os alunos de

Ciências Sociais e Humanas, por ser um

tema de interesse geral, abrindo assim a

“Semana das Ciências” a um público mais

vasto. Recorrendo a materiais fora do vul-

gar – como tampas de caixas tupperwa-

re – o Dr. João Paulo Malta desenvolveu

o tema, evitando a terminologia técnica,

pelo que foi facilmente compreendido por

todos os que assistiram. Para além da

estratégia inovadora, a facilidade de co-

municação do Dr. João Malta foi determi-

nante para o interesse e dinâmica desta

palestra.

Marta Pimenta e Inês Pereira, 12º C

MALÁRIA E

DESENVOLVIMENTO

EMBRIONÁRIO

DUAS PALESTRAS

....pretendemos, acima

de tudo, “criar a pai-

xão e o compromisso”

com a qualidade numa

perspectiva de melho-

ria contínua...

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ANO 3 - Nº 8 TOQUE DE SAÍDA

13RECRIAR O MUNDO

São 8 horas. Na calmia característica da

minha terra, os primeiros carros vaguean-

tes começam a quebrar o terno silêncio da

madrugada. Entre cereais e copos de leite,

entre armários e cabides, entre saltos e cor-

rerias, vou-me preparando para mais um in-

tenso dia de trabalho.

Apesar de não parecer, sou um dos mais

prestigiados advogados do país. Apesar de

não o demonstrar, sinto que da minha voz

dependem milhares de inocentes e sinto-me

vivo apesar de raramente dar provas disso.

Saio de casa. Do meu jardim já se po-

dem avistar os primeiros raios de sol por en-

tre as árvores da montanha ainda com as

suas pequenas folhas cobertas de orvalho.

O céu está limpo, as borboletas são visíveis

por todos aqueles que olham em seu redor.

Apesar de já me encontrar atrasado, dou por

mim parado poucos passos à frente da mi-

nha modesta porta a pensar o quão maravi-

lhosa é a vida de um campestre! Penso em

todos aqueles que nunca poderão desfrutar

de tal imagem, sinto pena… Apesar de nunca

ter dito uma palavra, os meus pensamentos

falam por mim e no agora inquieto silêncio

de uma cidade a despertar, grito bem alto a

todo o mundo que estou feliz.

Dirijo-me ao meu carro. Circulo pelo trân-

sito com uma calma não habitual; hoje é um

dia importante.

Chego ao tribunal. A senhora Maria já

não contém as lágrimas desde que viu o se-

nhor Martins. As gravações do crime não lhe

saem da cabeça, a forma como a sua filha

foi agarrada, despida e violada nunca mais

deixaria de estar presente nos pensamentos

desta mãe desolada. A polícia era muita, a

tensão era enorme e sobre mim caía a obri-

gação de ajudar a fazer justiça.

Passo as barreiras policiais. Como é ritu-

al dirijo-me a todos os juízes para me apre-

sentar como admirador das suas profissões.

Chego à sala onde todos eles se encontram

reunidos, a luz que imana dos focos do

candeeiro cega-me momentaneamente.

Tudo me desperta mais a atenção do que

a real causa da minha vinda. As garrafas

de água vazias sobre a mesa, as flores

murchas no canto mais distante, o olhar

desconfiado de todos os presentes, o sol

já bem alto no céu descoberto daquele

dia primaveril… Tudo me pareceu ser

mais importante do que os juízes; aper-

cebi-me então de que tinha aprendido a

valorizar a visão.

Tentei falar. Quando pela primeira vez na-

quele dia senti necessidade de dizer algo,

não fui capaz. Permaneci ali, imóvel! Um

silêncio profundo invadira todo o meu ser,

tornara-me fraco e vulnerável a todos os ou-

tros.

Corri. Saí daquele sítio tentando verba-

lizar todas as sensações vividas, tentando

dizer a todos o quão feliz eu me encontrava,

mas não! Não fui capaz de dizer uma única

frase. Todas aquelas sensações vividas an-

teriormente resumiram-se apenas a momen-

tos felizes. Qual a importância de sermos fe-

lizes se não o podemos demonstrar?

De que me serve ter consciência do

que me rodeia se estou incapacita-

do de comunicar?

Apercebi-me. Perdi o dom da pa-

lavra! Aquele dom que me deu a mi-

nha profissão, que ajudou a minha

família a crescer, havia desapareci-

do.

Desliguei-me do mundo. Voltei

para casa e refugiei-me de tudo no

conforto da minha cama.

Adormeci. Caí num sono profun-

do e quando voltei a acordar abri a

boca, enchi todo o peito de ar e sol-

tei um grito que me libertou de tal

forma que não conseguiria explicar,

mesmo se o quisesse.

Notei: Tudo o que tinha vivido

não havia passado de um sonho, um

profundo e longo sonho! Assim que

voltei a tocar com os meus pés no

frio chão do quarto, apercebi-me do

verdadeiro dom que andava a des-

perdiçar, o dom da palavra!

Telmo Coito, 12ºC

Os textos que aqui publicamos foram premiados no Concurso de Escri-

ta organizado no Dia do Português: aos alunos do Ensino Secundário que

quiseram participar nesta actividade, foi proposto que escrevessem sobre

um tema dado, respeitando limites de palavras e tipologias textuais. É com

satisfação que divulgamos os quatro textos premiados:

JOVENS ESCRITORES DO ECB

“Para seres grande, sê inteiro”

Vazio.

Um vazio que ocupa toda a minha mente.

Não sou a mais ou a menos, não estou doente,

Não fui demais porque era gente.

Sou eu, mas sou diferente.

Um vazio.

Agradável.

Como canto procriador de pensamentos emergen-

tes.

Sou escravo de mim, por mim mesmo controlado,

Sou o vermelho do céu por mim mesmo adorado,

Sou o meu próprio santo não santificado.

Amo-me, mas serei amado?

Um vazio.

O vazio que enche toda a minha mente.

Contento-me porque sou eu,

Porque me cobre o véu que comigo nasceu.

E assim fico contente.

No meu céu quase poisei.

Pois orbitava no mais alto espaço das vezes que

tentei.

Alexandre Coelho, 11º B (Prémio Qualidade Literária)

«Só sei que nada sei»

Caminho em busca da resposta

Que tanto me tem afrontado,

No entanto o que me conforta

É nunca a ter encontrado…

Na estrada da inteligência

Caminho como um soldado,

Mas com toda a negligência

Me sinto cada vez mais transtornado.

Em pleno universo profundo

Divago como um vagabundo,

Pois neste vazio infinito

Não se sente mais que o meu simples

grito.

Grito de desespero

Por nada saber

Por nada gostar

Por nada compreender.

Neste planeta interactivo

Não há tempo a perder

Pois todo o tempo do mundo

Não chega para tudo apreender.

Apesar de não o querer

A intrínseca resposta encontrei

E surpreendentemente me apercebi

Que só sei que nada sei.

Nuno Filipe Pena, 11º B (3º prémio)

O DOM DA PALAVRA - 1º PRÉMIO

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ANO 3 - Nº 8TOQUE DE SAÍDA

ARTE E CULTURA14

Todos os dias espero por aquele momento.

A altura em que deixo de ser eu para passar

a ser o reflexo daquilo que realmente sou. A

altura em que nos unimos, eu e tu, para eterni-

zarmos histórias, memórias, momentos.

Embora saiba que és muito importante,

tanto ou mais que o sol que ilumina os seres,

nunca me questionei sobre quem te inventou.

Sei que existes e isso faz-me viver apenas.

Admiro, cada vez mais, as pessoas que têm

o dom de te usar; umas que o desenvolvem a

cada dia, outras com as quais surgiste, inata.

Admiro também as pessoas que não podem

usar-te pelos sons ou fonemas, mas que te

idolatram em pensamento. Admiro ainda aque-

les que por te “amarem” tanto, te usam como

meio de comunicar com os outros que não te

ouvem. Admiro-os a todos porque, no fundo,

todos te sentem.

Diz o povo, tantas vezes sábio, que uma

palavra vale mais que multiplicares-te por mil.

Será verdade? Não poderá o ser humano, num

momento irreflectido, ter-se enganado? Claro

que sim, quando bem utilizada, sentida, fazen-

do parte de um corpo, tantas vezes amorfo,

consegues transmitir muito mais do que trans-

mitem os gestos ou até as imagens.

Quando questionada quanto ao teu signi-

ficado… não sei responder. Vejo apenas um

conjunto de letras que, juntas, transformam o

Mundo em algo tantas vezes poético, quase

sempre mais unido. Unido? Sim, alguém disse

um dia que tens a fantástica capacidade de

mover montanhas, de destruir barreiras. De

facto, basta usar-te em frases curtas para que

a empatia se solte ou até para que uma nova

amizade cresça.

Sei que te usam também para argumentar

a favor ou contra determinado assunto. Mas

será o ser humano tão egoísta ao ponto de te

usar apenas para o interesse pessoal? Talvez

não, porque sei também que existem outras

pessoas que te usam para reconfortar alguém,

para parabenizar, para desculpar, ou até mes-

mo para agradecer. É por tudo isto que tam-

bém sei que o teu valor é constantemente re-

conhecido. Quantas vezes tu não acompanhas

aquela gotinha que teima em cair pelo canto

do olho ou aquele sorriso que cobre toda a

cara. Tu és insubstituível!

No entanto, tu também és aquela que faz

despoletar em mim medos e anseios pela dú-

vida quanto à tua utilização. Apesar disto, to-

dos os dias espero por aquele momento. A al-

tura em que deixo de ser eu para passar a ser

o reflexo daquilo que realmente sou. A altura

em que eu e tu, palavra, nos unimos para eter-

nizar histórias, memórias, momentos.

Filipa Isabel Serrazina, 10º C

O DOM DA PALAVRA - 2º PRÉMIO

À primeira vista, parece apenas mais um

filme, datado de 1993, mas, na verdade, trata-

se de um grito à realidade, de uma denúncia

dos preconceitos e das mentiras em que vi-

vemos e das desculpas que utilizamos para

discriminar alguém.

Philadelphia conta a história de Andrew,

um jovem e promissor advogado que é des-

pedido da firma em que trabalha, a pretexto

de não ter competência para o lugar. Mas An-

drew sabe que o seu despedimento se deve

ao facto de ter contraído SIDA e, determinado

a defender a sua dignidade e a sua reputação

profissional, contrata Joe Miller, um advogado

especializado em casos de ofensas pessoais.

É sem dúvida um filme de eleição, com um

enredo bem construído, boa qualidade de ima-

gem, boa interpretação e, apesar de ter sido

realizado há já alguns anos, permanece actu-

al, pois a sua mensagem adequa-se aos nos-

sos dias e à nossa realidade.

São vários os problemas actuais que sur-

gem representados no filme, nomeadamente a

discriminação face à homossexualidade e aos

portadores do vírus da SIDA, mostrando como

a sociedade os encara e reage perante eles.

Discutindo se Andrew foi despedido devido à

sua incompetência profissional ou por discri-

minação pela sua homossexualidade e devido

ao facto de ser seropositivo, o filme apresenta

uma excelente argumentação, chegando-se à

conclusão de que Andrew Beckett fora, efecti-

vamente, despedido por preconceito.

Sabemos que este preconceito subsiste

e que as suas vítimas se sentem inferioriza-

das e marginalizadas. Assim, o filme confron-

ta-nos com os nossos preconceitos e com a

forma injusta como tratamos algumas pes-

soas para quem a vida não foi tão generosa,

fazendo-nos repensar os nossos valores e o

modo como encaramos certas situações. Um

exemplo disto é representado no filme pelo

advogado de Andrew Beckett, Joe Miller, que

foi forçado a encarar os seus medos e pre-

conceitos durante o caso, apercebendo-se de

que Andrew é uma pessoa normal, não menos

digna que ele próprio, e que como tal deve ser

valorizada. A amizade entre os dois vai cres-

cendo à medida que a sua causa triunfa, e a

coragem de ambos ultrapassa o preconceito e

a corrupção dos seus poderosos adversários.

Andrew era na realidade um homem com bom

coração, uma grande fibra moral e com uma

força de viver invejável. É a personagem mais

comovente e de maior destaque no filme, pois

a sua coragem e determinação são fonte de

inspiração para todos nós.

A morte de Andrew Beckett, logo após a

sua vitória no processo, deixa o espectador

a reflectir mais profundamente sobre o caso,

provocando-lhe um grande impacto emocio-

nal e tornando assim mais eficiente a sensi-

bilização efectuada pelo filme. Podemos dizer

que Philadelphia representa um apelo à nossa

consciência e aos nossos valores como ser

social e humano que somos, membros de uma

sociedade em que a injustiça e discriminação

se revelam problemas cada vez mais preocu-

pantes.

São 120 minutos cheios de coragem e de-

terminação, um excelente filme, com protago-

nistas fantásticos – Tom Hanks e Denzel Wa-

shington – e uma banda sonora excelente, da

responsabilidade de Bruce Springsteen, numa

das direcções de referência de Jonathan Dem-

me. A ver ou rever na próxima oportunidade.

Joana Martins, João Santos,

João Constantino, Lúcia Maçãs,

11º C

PHILADELPHIA

Tom Hanks e Denzel Washington numa cena do filme Philadephia

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ANO 3 - Nº 8 TOQUE DE SAÍDA

CIÊNCIA, TECNOLOGIA E AMBIENTE 15

BIODIVERSIDADE, MEDICINA E PLANTAS

No dia 10 de Março, os alunos

do 12º B organizaram duas pales-

tras integradas na Semana das

Ciências, uma sobre Biodiversi-

dade e outra sobre a Medicina e

as Plantas. Ambas as palestras

foram proferidas pelo Doutor Jor-

ge Paiva, licenciado em Ciências

Biológicas e doutorado em Biolo-

gia, que já publicou mais de cinco

centenas de trabalhos e proferiu

mais de um milhar de comunica-

ções e conferências.

O orador contemplou os pre-

sentes com duas palestras mui-

to dinâmicas e agradáveis. Na

palestra sobre Biodiversidade,

compareceram principalmente os

alunos e professores convidados.

O Doutor Jorge Paiva abordou

a diversidade da natureza viva,

desde a variedade genética den-

tro das populações e espécies, à

diversidade relativa entre organis-

mos de diferentes ecossistemas.

O Doutor Paiva apresentou ainda

imagens das suas viagens pelos

diferentes continentes, demons-

trando que a Biodiversidade deve

ser preservada pelo Homem, uma

vez que é realmente importante

para a sobrevivência de todos.

A outra palestra, sobre a Medi-

cina e as Plantas, foi aberta à co-

munidade local. O orador alertou-

nos para a infinidade de plantas

com valores medicinais proporcio-

nadas pela mãe-natureza. Expli-

cou-nos que as plantas que exer-

cem sobre o Homem uma acção

farmacológica são denominadas

plantas medicinais. Estas plantas

ajudam-nos a ultrapassar alguns

problemas de saúde mas, se fo-

rem consumidas em quantidades

excessivas, como têm proprieda-

des tóxicas, podem levar-nos à

morte. Ficámos ainda a saber que

as plantas aromáticas são assim

denominadas porque armazenam

óleos essenciais em células se-

cretoras. O Doutor Paiva alertou-

nos também para os efeitos que

as plantas podem ter sobre as

pessoas – abortivos, diuréticos ou

alucinogénios – sendo necessária

cautela quando tomamos infusões

de plantas.

As duas palestras agradaram

aos presentes e foi sugerida a re-

alização de novas palestras pelo

Doutor Jorge Paiva, pois o público

sentiu a importância de ter mais

conhecimentos sobre o mundo

que nos rodeia e que, em grande

parte, ainda nos é desconhecido.

Ana Luís, Élia do Carmo,

Elsa Belo, Regina Santos

12º B

ARTHUR C. CLARKEASTRÓNOMO E ESCRITOR

Nascido em So-

merset, Inglaterra, em

1917, tornou-se co-

nhecido pela colabora-

ção no argumento do

filme de Stanley Kubri-

ck, 2001 – Odisseia no

Espaço, e pela realiza-

ção da série televisiva

O Mundo Misterioso de

Arthur C. Clarke. Foi o

primeiro cientista a su-

gerir satélites de comunicações em órbitas

geostacionárias e a defender que a explo-

ração espacial poderá originar um novo Re-

nascimento.

A sua obra de ficção e de autor de ci-

nema e televisão fica marcada pela divul-

gação científica (devido ao rigor que a ca-

racteriza) e pela facilidade de comunicação

que lhe permitiu chegar aos mais diversos

públicos. Outro aspecto relevante da sua

obra é a defesa dos valores humanos.

Faleceu no Sri Lanka, onde residia, no

dia 18 de Março, sem ter visto satisfeitos os

três desejos que formulara em Dezembro

do ano passado, aquando do seu nonagé-

simo aniversário: que o mundo adoptasse

fontes de energia limpas; que a paz fosse

estabelecida no Sri Lanka e que fossem

apresentadas evidências da existência de

seres extraterrestres.

A mensagem de despedida de Sir Arthur

C. Clarke pode ser consultada em http://

br.youtube.com/watch?v=3qLdeEjdbWE.

Emocionante!

Professor Sérgio Teixeira

No dia 22 de Abril de 2008, os alunos do

12º B do Externato, em conjunto com os alu-

nos do 2º Ano da Escola do 1º Ciclo da Bene-

dita, realizaram uma saída de campo, organi-

zada pela Câmara Municipal de Alcobaça, à

Praia Paredes de Vitória para comemorar o

Dia Mundial da Terra.

Com o objectivo de conhecer a biodiver-

sidade regional, as ameaças à fauna e flora

locais e de promover a conservação da natu-

reza e da biodiversidade, os alunos e profes-

sores participaram numa actividade que con-

sistia na remoção dos Chorões – Carpobrotus

edulis sp – espécie invasora oriunda de Áfri-

ca do Sul, que põe em causa a sobrevivência

de espécies autóctones. Esta actividade foi

precedida por uma aula de campo sobre as

espécies exóticas. Por fim, realizou-se um

lanche em que tomaram parte os alunos, os

professores e as biólogas da CMA.

Estas actividades são extremamente im-

portantes, uma vez que promovem a interac-

ção entre os seres humanos e a natureza.

Cláudia Santos, Mara Barbosa, Rafaela Santos,

Mariana Pereira, Carolina Luís, 12ºB

UNIDOS PELA TERRA

No dia 11 de Março, o 10º

A realizou uma actividade in-

titulada “Laboratório Aberto”,

integrada na “Semana das Ci-

ências”, e coordenada pelas

professoras Paula Castelha-

no, de Biologia e Geologia, e

Margarida Alves, de Física e

Química.

O projecto consistiu na

apresentação de experiên-

cias divertidas e de fácil com-

preensão, com bases científi-

cas verdadeiras, a alunos do

Ensino Básico das escolas da

Benedita – Jardim-de-infân-

cia, 1º Ciclo e EB 2 Frei An-

tónio Brandão – e teve como

objectivos a motivação para

a aprendizagem das Ciências

e a promoção da educação

cívica para a cidadania.

Por parte dos alunos do

10ºA e das professoras que

coordenaram esta actividade,

a opinião é consensual: foi

um dia muito cansativo, mas

compensador. Os alunos que

participaram no “Laboratório

Aberto” mostraram-se inte-

ressados, principalmente os

mais novos, o que também

motivou a turma responsável.

Na opinião destes nossos

colegas mais novos, “foi bué

fixe!!!” e “bué interessante”,

comentários que a todos dei-

xaram felizes, professores e

alunos do 10ºA.

Mariana Rodrigues, 10º A

CIÊNCIA DIVERTIDALaboratório Aberto

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ANO 3 - Nº 8TOQUE DE SAÍDA

CIÊNCIA, TECNOLOGIA E AMBIENTE16

A GEOGRAFIA NA SEMANA DAS CIÊNCIAS

VIAJAR PELO MUNDO SEM SAIR DO LUGAR

GEOGRAFIA INTERACTIVA

No passado dia 13 de Mar-

ço, decorreu na nossa escola

uma actividade, integrada na

Semana das Ciências, intitu-

lada Geografia Interactiva. Os

alunos que nela participaram,

sobretudo os alunos do 3.º Ci-

clo, puderam lidar com a Geo-

grafia de uma forma diferente

e apelativa.

Utilizando o computador,

“viajámos” pelas capitais da

Europa, conhecemos e des-

cobrimos as características

dos países do Mundo. Apenas

com um clic, os nossos conhe-

cimentos geográficos foram

postos à prova. Além disso,

também nos foi dada oportu-

nidade de ver diferentes pers-

pectivas do nosso planeta

através de apresentações de

PowerPoint e da utilização do

Google Earth.

Podemos afirmar que esta

iniciativa foi positiva, pois

permitiu enriquecer a cultura

geográfica de todos os parti-

cipantes. Sendo assim, é nos-

sa opinião que se continuem a

realizar actividades deste tipo,

pois é do agrado dos alunos,

independentemente do ano

que frequentem. É também

uma forma de os professores

poderem complementar os co-

nhecimentos que nos transmi-

tem nas aulas.

Catarina Gomes e Cristina Tomás, 9ºH

POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA E TEORIA DO BIG BANG

No dia 12 de Março, os alu-

nos do 10º B assistiram, no

anfiteatro 19, a uma apresen-

tação de trabalhos elaborados

pela turma do 11º B, e integra-

dos na Semana das Ciências.

Os temas eram bem actuais.

Acerca da “Poluição Atmosfé-

rica”, fomos elucidados sobre

os agentes causadores, as

consequências a curto, médio

e longo-prazo, a intervenção

do homem e as medidas pre-

ventivas. Explicaram-nos tam-

bém, sinteticamente,

a Teoria do Big Bang,

aclarando as nossas

ideias acerca da for-

mação do Universo e

da Terra.

Assistimos assim

a três representações

teatrais. A primeira, muito

original, explicou de manei-

ra simples, com fantoches, o

problema da poluição atmos-

férica numa cidade industriali-

zada, abordando temas como

o smog. O segundo trabalho

era também sobre este assun-

to, porém num contexto mais

moderno, sob a forma de jor-

nal televisivo, apresentando

as principais cidades afecta-

das e responsáveis pela emis-

são de gases poluentes para

a atmosfera, como Londres,

México ou Los Angeles. Por

último, assistimos a um deba-

te sobre a Teoria do Big Bang,

que contrapunha a posição

científica, defendida pelo

cientista Stephen Hawking, à

posição religiosa, advogada

por Deus.

Em 90 minutos, os alunos

aprenderam, rindo, o que os

professores lhes tentam lec-

cionar em várias aulas. No

fim, saímos com a certeza de

que o objectivo da actividade

e as expectativas do público

tinham sido alcançados.

Arlete Sineiro e Flávio Santos , 10º B

EM FOCO NA SEMANA DAS CIÊNCIAS

ÁGUA POTÁVELUM BEM ESSENCIAL À VIDA!

No dia 14 de Abril, no âmbito da Se-

mana das Ciências, uma representante

da empresa Águas do Oeste proferiu

uma palestra para alguns alunos da nos-

sa escola, incidindo, entre outros aspec-

tos, sobre o funcionamento da empre-

sa e sobre a utilização da água de uma

forma sustentável. A empresa Águas do

Oeste é uma concessionária do Sistema

Municipal de abastecimento de água e

saneamento da região Oeste, que ser-

ve os municípios de Alcobaça, Alenquer,

Arruda dos Vinhos, Azambuja e Cadaval,

entre outros.

Um dos aspectos tratados durante a

palestra foi o ciclo urbano da água. De-

pois de ser captada na Natureza, a água

passa pela ETA, Estação de Tratamento

de Águas e, após ter sido tratada, está

pronta para se beber ou utilizar noutros

fins, sejam eles domésticos, industriais

ou agrícolas. Depois de utilizada, e antes

de ser devolvida à Natureza, a água pas-

sa pela ETAR, Estação de Tratamento de

Águas Residuais, de forma a ser sujeita

a um processo de tratamento adequado.

Também nos foi explicado que, com

pequenos gestos, se pode contribuir

para um mundo melhor. Por exemplo, fe-

chando a torneira enquanto escovamos

os dentes e reduzindo o tempo de banho,

podem ser poupadas quantidades consi-

deráveis de água. São pequenos gestos

do quotidiano que podem mudar o mun-

do!

Outro aspecto referido na palestra foi

a distribuição da água no planeta. Mais

de 50% da água da Terra é salina; da

restante, muita é utilizada na indústria e

na agricultura. O que resta de água doce

é a que utilizamos para uso doméstico,

mas infelizmente alguma dela já está po-

luída.

Em suma, esta palestra, não só nos

fez perceber o importante papel da em-

presa Águas do Oeste, como nos alertou

para o problema da escassez de água

potável no nosso planeta.

Beatriz Inácio, 8ºG

Durante a Semana das Ciên-

cias, que mais uma vez assina-

lámos no Externato, a Geografia

deu o seu contributo na dinamiza-

ção de diversas actividades.

Recorrendo às Tecnologias da

Informação e Comunicação, os

professores de Geografia envolve-

ram os alunos em diversos jogos

didácticos, de acordo com os con-

teúdos programáticos do 3º Ciclo.

Aprender brincando pode bem ser

a expressão que resume o impac-

to que os jogos tiveram. De facto,

os jogos são uma das actividades

de que os alunos mais gostam

porque mobilizam uma linguagem

que lhes é acessível, levando-os

para um meio onde se “sentem

em casa”. Esta Geografia Interac-

tiva, como decidimos chamar-lhe,

procura mostrar novas formas de

aprender e de ensinar e é um dos

caminhos que também devemos

percorrer na sala de aula.

Outra das actividades foi a ex-

ploração do Google Earth, progra-

ma informático que permite, atra-

vés de imagens de satélite, ver as

terras onde habitam os alunos, as

suas casas e a sua escola, ter os

olhos “do tamanho do mundo”. É

interessante registar o interesse

com que os alunos procuram os

espaços com os quais se identi-

ficam.

Mas também cantaram, tam-

bém viram e debateram documen-

tários e filmes sob temáticas abor-

dadas em aula. Foi também para

os alunos que simbolizámos as

zonas climáticas nos

degraus de acesso ao

piso superior do ECB,

e também para eles

criámos os materiais,

porque gostamos de

mostrar que a Geo-

grafia pode e deve ser

ensinada e aprendida

com prazer.

O repto está lançado e lá nos

encontraremos todos novamente,

dia 5 de Junho, na Marcha do Am-

biente.

Professor Ricardo Miguel

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ANO 3 - Nº 8 TOQUE DE SAÍDA

CIÊNCIA, TECNOLOGIA E AMBIENTE 17

CYBERBULLYING

Actualmente, as crianças e jo-

vens passam grande parte do seu

tempo em contacto com as novas

tecnologias, recorrem ao telemó-

vel para comunicar com os ami-

gos, usam a Internet para enviar

mensagens, colocam fotos, músi-

cas e vídeos nos mais variados sí-

tios da Rede. Muitos destes jovens

consideram como amigos pessoas

que nunca conheceram para além

da realidade virtual, e fenómenos

da vida real, como é o caso do

bullying, instauraram-se também

em redes de comunicação.

O bullying é um comportamento

violento, de intimidação e maus-

tratos, em que vítimas e agresso-

res são jovens. O bullying na Inter-

net, conhecido por cyberbullying,

ocorre quando os jovens usam

a Internet, os telemóveis ou ou-

tros dispositivos de comunicação

para enviar mensagens de texto,

de imagem, vídeo ou som, com o

intuito de magoar, embaraçar ou

denegrir outro jovem. Estima-se

que em Portugal este problema já

afecte uma percentagem conside-

rável de adolescentes.

A vítima de cyberbullying deve

participar o facto à operadora de

telecomunicações ou fornecedor

de serviços de Internet, e aler-

tar o responsável pelo site onde

a agressão foi publicada. Em úl-

tima instância, deve contactar as

autoridades policiais. Não sendo

aprazível, é também fundamen-

tal armazenar as mensagens de

cyberbullying, uma vez que estas

poderão servir como prova, em

casos de maior gravidade.

Mas, como na maioria das situ-

ações na nossa vida, a prevenção

é o melhor remédio. Para evitar os

efeitos nocivos do cyberbullying, é

indispensável haver comunicação

entre os jovens e os pais e pro-

fessores. Entender as alterações

nos seus comportamentos evi-

ta o isolamento e possibilita-lhes

a ajuda necessária. Em casa, os

pais devem ter em consideração

a importância de os computado-

res com acesso à Internet estarem

colocados num espaço comum da

habitação, o que lhes permitirá ob-

servar o comportamento dos filhos

e estar atentos a situações abu-

sivas. Devem também adoptar-se

alguns cuidados que previnem o

cyberbullying, por exemplo: os

programas de mensagens instan-

tâneas (MSN – Messenger, YCQ,

etc.) permitem o bloqueio de con-

tactos indesejáveis; certos sítios,

como o hi5, myspace e bebo per-

mitem que os jovens mantenham

os seus perfis privados e, desta

forma, apenas os seus amigos os

visualizem; as operadoras de te-

lemóveis também disponibilizam

serviços de bloqueio na recepção

de certas mensagens e imagens.

Uma importante forma de com-

bater este fenómeno nefasto será

contribuirmos todos para uma boa

educação, não só no dia-a-dia,

mas também online, sendo este o

método mais seguro contra o cy-

berbullying.

Professor Alexandre Lourenço

O portefólio electrónico, introduzido no

passado ano lectivo através da disciplina

de Área de Projecto do 8º Ano, será no fu-

turo alargado aos restantes anos do Ensi-

no Básico e, mais tarde, ao Ensino Secun-

dário.

Que vem a ser então um portefólio?

Segundo C. Silvério, consiste num con-

junto de trabalhos que o aluno recolheu,

seleccionou, organizou e sobre os quais

reflectiu, com o apoio dos professores,

procurando demonstrar os conhecimentos

que adquiriu e as competências que de-

senvolveu, evidenciando deste modo a sua

evolução ao longo do tempo. Um portefólio

pode conter trabalhos de pesquisa, avalia-

ções sumativas, auto-avaliações, fichas de

leitura, relatórios, comentários de colegas,

de professores e de encarregados de edu-

cação. O portefólio privilegia o processo

de aprendizagem, espelhando o percurso

do aluno, permitindo identificar as suas

dificuldades e os seus pontos fortes, bem

como os seus interesses pessoais, ajudan-

do assim os professores na definição de

estratégias diferenciadas.

As tecnologias disponibilizadas pela in-

ternet (e-portefólio) adicionaram vantagens

à construção de portefólios: maior capaci-

dade de relacionação e de organização dos

conteúdos; utilização de novos suportes de

informação (vídeo, áudio, imagem, anima-

ção); maior facilidade na colaboração dos

intervenientes, bem como na publicação

dos materiais e no seu acesso.

Neste âmbito, o Centro de Competên-

cias em TIC da Escola Superior Educação

de Santarém desenvolveu um módulo, a

integrar no Moodle, para a gestão dos e-

portefólios dos alunos do Ensino Básico

(RePe - Repositório de e-Portefólios Edu-

cativos). A escolha do Moodle resulta do

facto de quase todas as escolas utilizarem

esta plataforma, o que permite a exporta-

ção e a importação dos portefólios.

O centro dividiu o módulo em 7 itens:

I – Identificação institucional do aluno;

II – A minha página pessoal – identifica-

ção informal do aluno;

III – Este ano gostaria de… – reflexão

do aluno acerca de si-mesmo e da escola;

IV – O meu diário de aprendizagem –

reflexão sobre as aprendizagens;

V – Os meus trabalhos – gestão dos tra-

balhos desenvolvidos pelos alunos;

VI – Já consegui… – reflexão final do

aluno sobre o trabalho realizado durante o

ano lectivo;

VII – Agenda

Para mais informações, consultar o sí-

tio: http://moodle.crie.min-edu.pt/cour-

se/view.php?id=395

Professor Samuel Branco

E-PORTEFÓLIOS História de BitsSABE QUANDO SURGIU O

PRIMEIRO COMPUTADOR EM PORTUGAL?

Sendo da área e

pesquisando na web,

encontrei uma data

que, no mínimo, me

surpreendeu. Saben-

do que o primeiro

computador do mun-

do foi o ENIAC, que

surgiu no ano de 1946, não imaginava que os

computadores em Portugal existissem há tanto

tempo. Neste país, estas modernidades não apa-

recem de repente, e ainda para mais na altura do

Estado Novo.

Os informáticos só existem oficialmente em

Portugal a partir de 1974, apesar de um dos pri-

meiros, senão o primeiro, computador electróni-

co e digital ter sido instalado em 1958 no LNEC.

Dava pelo nome de IBM 604 e foi lançado em

Maio de 1955 pela Industrial Business Machines,

mais conhecida por IBM. Funcionava a transísto-

res e tinha 1350 válvulas electrónicas.

Outra máquina importante foi o NCR Elliott 803

e outras fontes referem que este foi de facto o

primeiro computador electrónico em Portugal – o

IBM 604 era mais do tipo calculadora. Em 1961,

o Banco Pinto de Magalhães, no Porto, instala

um computador Elliot 803 para executar a segun-

da posição das contas correntes e o controlo das

responsabilidades por letras de todos os seus

balcões

À pergunta, e antes da pesquisa, teria respon-

dido, com alguma convicção: 30 anos.

Professor Paulo Valentim

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ANO 3 - Nº 8TOQUE DE SAÍDA

OLHAR CIRCUNDANTE18

Os portugueses não se podiam organizar

em partidos políticos, a actividade sindical

era proibida e todas as associações cívicas

de inspiração democrática eram suspeitas de

conspirar contra o governo e a Pátria. Os ar-

tistas reprimiam a sua criatividade e o cidadão

comum pensava duas vezes antes de emitir a

sua opinião sobre o que quer que fosse. Até

que ponto seríamos capazes, nós, hoje, de vi-

ver assim? O país que temos está longe de

ser perfeito, mas um longo caminho já foi per-

corrido. Dos escombros de um Portugal colo-

nialista, antiliberal e autoritário, consolidámos

as bases de uma nação democrática e livre.

Os jovens de hoje estudam História de Por-

tugal na escola, mas isso não quer dizer que a

conheçam e a amem. O adolescente de quin-

ze anos chega enfastiado à aula e, qualquer

que seja o tema proposto, responde invaria-

velmente: “É uma seca”. As questões políticas

são assuntos entediantes que merecem des-

prezo ou apatia. A classe política é olhada com

desconfiança e, muitas vezes, com desdém.

Mas talvez não devêssemos ser tão precipi-

tados: afinal, conhecer o passado é a melhor

forma de aprender a construir o futuro. Estar

atento ao que acontece no país e no mundo é

a única forma de compreender os fenómenos

sociais e as decisões políticas. Só assim po-

demos intervir e tomar posição. Neste sentido,

os professores (e não só os de História) têm

um papel preponderante na formação dos alu-

nos. Mas é também necessário que desperte

e se desenvolva em cada um de nós a consci-

ência de que somos futuros

cidadãos e devemos, indivi-

dualmente, investir na nossa

formação. Mais de dois mil

anos nos separam de Aris-

tóteles e da democracia gre-

ga, mas continuamos a ser o

animal político, aquele para

quem viver em sociedade é

a única forma de assumir a

sua humanidade. Não nos

limitamos a viver; a nossa

vivência é uma convivência,

isto é, vivemos com os outros

numa polis que já não é só a

cidade, mas a nação e tam-

bém o mundo. Ora a política

diz respeito à intervenção cí-

vica no espaço humano, lugar de coabitação e

de vivência colectiva. Todos nós, jovens, de-

vemos estar conscientes disso. Num Estado

democrático, a actividade política não deve

ser apanágio de um grupo de iluminados, par-

ticipar é um imperativo que se impõe a todos.

Não nos podemos alhear da realidade e ficar

à espera que outros decidam por nós. Não de-

vemos restringir a nossa participação à mesa

do café ou às tertúlias com amigos. Devemos

estar atentos, informados, desenvolver um es-

pírito crítico, debater ideias e ser capazes de

apontar soluções. Em suma, é necessário que

os jovens de hoje – os homens de amanhã

– estejam convenientemente preparados para

o exercício da cidadania.

Por tudo isto, apelo aos jovens aqui presentes

e a todos os que demonstram gosto pela po-

lítica e pela intervenção cívica que lutem por

um país melhor, mais justo e solidário. Que

sejamos uma geração persistente, empenha-

da e capaz de mudanças. Que sejamos uma

geração de ideias e trabalho, que não se de-

mite e que luta pelo bem comum, capaz de

consolidar esta jovem democracia e que honre

o espírito da Revolução que hoje comemora-

mos. Em liberdade, e sem abutres, (mais uma

vez Sophia) ou «poderemos Abril ter perdido/

O dia inicial inteiro e limpo/ Que habitou nosso

tempo mais concreto».

Marta Santos, 11º A

http://www.improvisacoesemdomenor.blogspot.com/

ESCOLA E DEMOCRACIA

25 DE ABRIL ONTEM E HOJE

(Continuação da página 1)

AS ALGAS

No mundo ocidental não está

muito vulgarizada a utilização das

algas como alimento. No entan-

to, muitos cientistas consideram

que as algas podem ser a solução

para as carências alimentares de

que sofre uma grande parte da

humanidade. Não nos podemos

esquecer de que três quartos do

nosso planeta estão cobertos de

água; para além disso, algumas

algas desenvolvem-se muito bem

na cultura controlada.

As algas são os vegetais mais

autónomos que existem. Não pre-

cisam de rega, nem de adubos ou

pesticidas para crescer e reprodu-

zir-se. Constituem, pelo menos em

teoria, uma reserva quase ilimita-

da de alimentos para os peixes e

outras criaturas aquáticas, assim

como para os seres humanos que

se decidam a consumi-las.

Vantagens

Evitam o bócio quando se inge-

re pouco iodo com os alimentos,

como acontece em certas zonas

montanhosas do interior. Um pu-

nhado de algas secas acrescen-

tadas a qualquer guisado satisfaz

sobejamente as necessidades de

iodo de toda a família.

Constituem uma boa fonte de

cálcio, magnésio e ferro.

As gomas ou mucilagens das

algas retêm até dez vezes o seu

peso em água; assim, incham no

estômago e produzem sensação

de saciedade, o que as torna mui-

to úteis nas curas de emagreci-

mento. Além disso, retêm sucos

gástricos e actuam como um anti-

ácido natural no estômago.

São laxantes: as gomas mu-

cilaginosas das algas tornam as

fezes mais volumosas e moles,

facilitando uma evacuação suave

e fisiológica.

Pelo seu conteúdo em iodo, as

algas facilitam a produção de hor-

monas da glândula tiróide. Estas

hormonas aceleram a combustão

dos hidratos de carbono e das

gorduras. Por isso recomendam-

se as algas em todos os progra-

mas de emagrecimento.

Um dos efeitos das gomas ou

mucilagens das algas é o de im-

pedir a absorção do colesterol no

intestino. Portanto, o consumo

habitual de algas reduz o nível de

colesterol no sangue

Inconvenientes

O seu sabor lembra o do peixe,

e não é bem aceite por algumas

pessoas.

Têm elevado conteúdo em só-

dio, pelo que os hipertensos de-

vem comê-las com moderação.

São desaconselhadas em caso

de hipertiroidismo pela elevada

quantidade de iodo que contêm.

Professor Miguel Fonseca

UM VEGETAL DE ELEIÇÃO

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ANO 3 - Nº 8 TOQUE DE SAÍDA

PASSATEMPOS E CURIOSIDADES 19

1. Os cubos

Quantos cubos são necessários para for-

mar a torre que se encontra na figura?

2. O alvo

No seguinte alvo obtém-se uma certa pon-

tuação se ao disparar uma flecha esta cai na

zona B, e outra pontuação se cai na zona A.

O António lançou 3 flechas ao alvo; 1 caiu na

zona B, e 2 na zona A, e obteve 17 pontos. O

David também lançou 3 flechas; 2 caíram na

zona B, e 1 na zona A, e obteve 22 pontos.

Quantos pontos são atribuídos a uma flecha

que cai na zona A?

3. Calendário

Um determinado ano tem 53 domingos.

Será possível que nesse ano o dia 8 de Mar-

ço seja a uma 6ª feira?

4. A aposta

O Ricardo e a Paula estão sentados nas

suas motas, parados numa estação de ser-

viço da auto-estrada Porto-Lisboa, a descan-

sar um pouco antes de prosseguirem viagem.

Entretanto observam que os carros que cir-

culam na auto-estrada podem ser agrupados

em três categorias:

•Rápidos - que circulam a velocidade cons-

tante de 120 Km/h;

•Médios - que circulam a velocidade cons-

tante de 90 Km/h;

•Lentos - que circulam a velocidade cons-

tante de 60 Km/h;

Observam também que o tempo que de-

corre entre a passagem de dois carros da

mesma categoria é de 10 segundos. Então

o Ricardo diz à Paula que, uma vez que ela

viaja sempre a 90 Km/h, o número de car-

ros que ela ultrapassar será igual ao número

de carros que a ultrapassarem. A Paula res-

ponde “Estás enganado” e propõe a seguinte

aposta: “Dou-te 100 euros por cada carro que

me ultrapassar antes da próxima estação de

serviço e tu dás-me 100 euros por cada carro

que eu ultrapassar”.

A próxima estação de serviço dista 90 Km.

Algum deles terá lucro com a aposta? Se sim,

quanto?

5. O Concorde

A bordo de um Concorde vão 201 pessoas

de 5 nacionalidades diferentes. Sabe-se que

em cada grupo de 6 pessoas, pelo menos 2

têm a mesma idade.

Mostra que, no avião, há, pelo menos, 5

pessoas do mesmo país, da mesma idade e

do mesmo sexo.

As soluções do nº7 encontram-se na página web::

htt://www.externatobenedita.net

ENIGMAS

É um puzzle lógico, num quadrado

de nove linhas por nove colunas, orga-

nizado em regiões de 3x3.

Use algarismos de 1 a 9, de modo a

que cada algarismo apareça uma única

vez em cada linha, coluna, ou região de

3x3.

Não é necessária qualquer operação

aritmética.

Aqui ficam três exemplares, de graus

de dificuldade diversificados.

Divirta-se!

3 1 2 7 8

3 6

6 3 2 4 1

7 4 8 5

8 9

8 4 3 9

4 3 1 7 2

5 7

6 8 3 4 5

Fácil

7 4 6 18 9 2

5 3 8 95

3 8 41

6 4 1 51 8 2

8 3 2 6Difícil

5 2 11 7 9 2 6

8 7 47 2 9 8

6 24 1 9 36 9 17 1 8 5 98 5 2

Médio

SUDOKU

O OITAVO DA RECICLAGEM

Durante o mês de Abril, alguns alunos do

12º B realizaram palestras para seis turmas

do 8º ano, no âmbito do programa Eco-Es-

colas, com o intuito de promover hábitos de

separação de lixo e de tratamento de resídu-

os, assim como para dar informações sobre

a importância desta prática.

O projecto Eco-Escolas é um programa

internacional que pretende sensibilizar a

população e os alunos para as questões do

ambiente e para tentar travar a destruição

do nosso Planeta Azul.

Durante as palestras houve uma boa in-

teracção entre os intervenientes e grande

curiosidade por parte dos alunos, que ten-

taram perceber e desenvolver competências

que lhes permitam sensibilizar os pais e a

comunidade: reciclar é preciso, quase tanto

como respirar, e é destes pequenos gestos

que a consciencialização deve ser feita. O

respeito por todos e pelo mundo é cada vez

mais necessário.

Ana Ferreira, Bebiana Santos, Joana Cavadas e

Vânia Silva, 12ºB

Microsoft e Adobe

NOVOS LANÇAMENTOS

A Microsoft anunciou no dia 14 de Março que vai lançar

em 2010 o novo Sistema Operativo denominado “Windows

7”.

O “Vista” tinha sido lançado a 30 de Novembro de 2006

para fabricantes de computadores, e a 30 de Janeiro de

2007 para utilizadores finais. Mas o Vista ainda deixa mui-

to a desejar e, só passado um ano após o seu lançamento,

foi disponibilizado o Service Pack 1 que permite resolver

incompatibilidades com a maioria do software e hardware.

Outro destaque foi o facto de a Microsoft ter sido obrigada

a adiar o lançamento do SP 3 para o XP devido a um erro

encontrado à última hora.

Outra grande empresa mundial, a Adobe, lançou o

Adobe Media Player que permite visualizar vídeos online

e off-line. Este programa tem vários recursos, como um

Catálogo, que descobre novos programas de TV online;

o recurso Vídeos Pessoais, que permite transmitir e fa-

zer download dos vídeos favoritos para o computador; a

secção dos Favoritos, que permite fazer downloads auto-

máticos de episódios dos nossos programas favoritos; por

último, a secção de Novos Episódios permite gerir os epi-

sódios de séries televisivas. Este software ainda só está

disponível em Inglês dos Estados Unidos e é gratuito.

Nelson Pestana, 10ºG

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ANO 3 - Nº 8TOQUE DE SAÍDA

ARTE E CULTURA20

MÓDULO PADRÃO

A ESCOLA É FIXE

Beatriz Silva, 10ºF

Trabalhos sobre módulo padrão, realizados pelos alunos do 8º ano, turmas B, C e F, no âmbito das disciplina de Educação Vi-sual, usando a técnica da colagem de papel de lustro colorido em papel cavali-nho.

Pode visitar o site deste museu em

www.mnarqueologia-ipmuseus.pt

Vale a pena! Em 2002, foi considera-

do o melhor do mundo. Recebeu o prémio

“Web d´Art d´Or” num festival de audiovi-

sual e multimédia para profissionais que

trabalham em instituições culturais e mu-

seológicas. É excelente pela qualidade e

riqueza da informação que nos oferece,

em concreto a respeitante às visitas vir-

tuais. Podem visitar-se exposições que

estão a decorrer, algumas já passadas, e

outras inteiramente virtuais. No caso da

exposição virtual Mosaicos Romanos, po-

dem encontrar-se exemplos retirados de

locais arqueológicos de todo o país, com

destaque para os mosaicos de Póvoa de

Cós, Alcobaça; São Sebastião do Freixo,

Batalha; e Martim Gil, Leiria. Todas as

peças do acervo podem ser pesquisadas

atendendo às características específicas

de inventário.

No site há ainda lugar para a “peça do

mês”. Todos os meses uma peça é eleita

e, sobre a mesma, encontramos uma gran-

de variedade de informação.

Com certeza que depois desta visita

vai querer ver com os seus próprios olhos

tudo o que o museu tem para lhe oferecer,

apesar de a visita virtual ser deveras rica e

completa. Aqui fica portanto a informação:

o MNA fica sedeado no edifício do Mos-

teiro dos Jerónimos, na Praça do Império,

em Lisboa, e pode ser visitado de terça a

domingo, entre as 10h e as 18h. Pela In-

ternet, pode visitá-lo em qualquer dia e a

qualquer hora.

Professora Lurdes Goulão

JÁ FOI AO MUSEU NACIONAL DE ARQUEOLOGIA?Mosteiro dos Jerónimos

COLABORARAM NESTE NÚMERO Além dos membros permanentes da equipa do jornal: a

Associação de Estudantes; as turmas B, C e F do 8º Ano; os alunos Alexandre Coelho, Ana Ferreira, Ana Luís, Arlete Sineiro, Beatriz Inácio, Beatriz Silva, Bebiana Santos, Bruna Cruz, Carla Serralheiro, Carolina Luís, Catarina Gomes, Cláu-dia Santos, Cristina Tomás, David Susano, Élia do Carmo, Elisa Belo, Fátima Santos, Filipa Isabel Serrazina, Flávio San-tos, Inês Pereira, Joana Cavadas, Joana Martins, João Cons-tantino, João Pestana, João Santos, Laura Gonçalves, Lúcia Maçãs, Mara Barbosa, Mariana Pereira, Mariana Rodrigues, Marina Rosário, Marta Pimenta, Marta Santos, Mónica Fialho, Nelson Pestana, Nuno Filipe Pena, Rafaela Santos, Regina Santos, Samuel Pereira, Susana Coito, Telmo Coito, Vanessa Fialho e Vânia Silva; as professoras de Francês; o grupo or-ganizador do Festteatro; os professores Alexandre Lourenço, Ana Luísa Quitério, Ana Paula Barosa, Domingos Martinho, Isabel Neto, Paula Cristina Ferreira e Ricardo Miguel. E ainda a psicóloga Margarida Ferreira e a educóloga estagiária Cris-tiana Carvalho.