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Construindo oportunidades Programa Criança Esperança 25anos Fabíola Fernandes Chaves, de 19 anos, vive no Norte do Brasil, em Manaus, e sonha em montar um ateliê de luteria para fabricar instru- mentos de madeira certificada. Keliezy Conceição Severo, de 24 anos, mora no Sul, em Porto Alegre. Entrou para uma orquestra de cordas e diariamente realiza o sonho de ser professora de música. Roniclai da Silva, de 12 anos, morador do Centro-Oeste, em Cuiabá, descobriu-se nas aulas de dança e agora sonha em ser bailarino. Letícia de Souza Lima, de 12 anos, é do Nordeste. Revelou-se um talento na ginástica e, desde então, sonha em integrar a seleção brasileira. Marcos Vinicius Galdino da Silva, de 18 anos, é do Sudeste. Carioca, sobreviveu ao tráfico e hoje estuda audiovisual. Esses jovens, meninos e meninas não se conhecem – fazem parte de um Brasil tão grande quanto diverso. Vivem realidades distintas que se cruzam na exclusão, marca dos bolsões de pobreza onde se localizam os projetos apoiados pelo Programa Criança Esperança – uma ação que, ao longo de 25 anos de existência, apoiou mais de cinco mil organi- zações não governamentais em todas as regiões do país, beneficiando acima de quatro milhões de crianças e adolescentes. Meninas e meninos citados no texto são atendidos por ONGs apoiadas pelo pro- grama ou fazem parte dos Espaços Criança Esperança. Ao longo desses anos, o Programa Criança Esperança mobilizou pessoas – gerações de brasileiros há mais de duas décadas contribuem com o programa por meio de doações feitas via ligações telefônicas. Também transformou vidas – milhares de crianças e jovens beneficia- ram-se diretamente de projetos que receberam esses recursos, e tiveram suas vidas modificadas. O Criança Esperança é, desde a sua criação, um dos maiores apoiadores privados da Pastoral da Criança, organização que ajudou a reduzir em 50% a mortalidade infantil no país, além de atender 20% dos filhos de zero a seis anos de todas as famílias pobres, ensinando às mães conceitos básicos de saúde preventiva.

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Construindooportunidades

Programa Criança Esperança

25anos

Fabíola Fernandes Chaves, de 19 anos, vive no Norte do Brasil, emManaus, e sonha em montar um ateliê de luteria para fabricar instru-mentos de madeira certificada. Keliezy Conceição Severo, de 24 anos,mora no Sul, em Porto Alegre. Entrou para uma orquestra de cordas ediariamente realiza o sonho de ser professora de música. Roniclai daSilva, de 12 anos, morador do Centro-Oeste, em Cuiabá, descobriu-se nasaulas de dança e agora sonha em ser bailarino. Letícia de Souza Lima,de 12 anos, é do Nordeste. Revelou-se um talento na ginástica e, desdeentão, sonha em integrar a seleção brasileira. Marcos Vinicius Galdinoda Silva, de 18 anos, é do Sudeste. Carioca, sobreviveu ao tráfico e hojeestuda audiovisual.

Esses jovens, meninos e meninas não se conhecem – fazem parte deum Brasil tão grande quanto diverso. Vivem realidades distintas que secruzam na exclusão, marca dos bolsões de pobreza onde se localizamos projetos apoiados pelo Programa Criança Esperança – uma ação que,ao longo de 25 anos de existência, apoiou mais de cinco mil organi-zações não governamentais em todas as regiões do país, beneficiandoacima de quatro milhões de crianças e adolescentes. Meninas emeninos citados no texto são atendidos por ONGs apoiadas pelo pro-grama ou fazem parte dos Espaços Criança Esperança.

Ao longo desses anos, o Programa Criança Esperança mobilizoupessoas – gerações de brasileiros há mais de duas décadas contribuemcom o programa por meio de doações feitas via ligações telefônicas.Também transformou vidas – milhares de crianças e jovens beneficia-ram-se diretamente de projetos que receberam esses recursos, etiveram suas vidas modificadas.

O Criança Esperança é, desde a sua criação, um dos maioresapoiadores privados da Pastoral da Criança, organização que ajudou areduzir em 50% a mortalidade infantil no país, além de atender 20%dos filhos de zero a seis anos de todas as famílias pobres, ensinandoàs mães conceitos básicos de saúde preventiva.

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Sensibilização

É fato: em 1986, quando o Criança Esperança foi criado, doponto de vista da sobrevivência, a taxa de mortalidade infantilera o dobro da atual e a poliomielite não havia sido erradicada nopaís, para citar dois exemplos. Em relação aos direitos da infância,a lei vigente era o Código de Menores, um conjunto de normasdestinado a crianças e adolescentes “inadaptados”. Em outraspalavras, entravam nessa categoria praticamente todos os meninose as meninas em situação de risco social – especialmente setrabalhavam ou moravam nas ruas, mesmo que não tivessemcometido crime. Eram os chamados “trombadinhas” e “pivetes”. OEstatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que traz a doutrinada proteção integral e trata crianças e adolescentes como sujeitosde direitos, ainda não havia sido criado.

“Quando o Programa começou, era muito importante sensi-bilizar os brasileiros para que reconhecessem os direitos da infân-cia. Mas queríamos fazer isso com festa e com alegria, e não deforma pesada, triste. Ninguém teria feito isso melhor do que aTV Globo em parceria com Os Trapalhões”, recorda Jair Grava,então consultor do Fundo das Nações Unidas para a Infância(UNICEF), primeira organização internacional parceira do Progra-ma. “Fui ‘aprendiz de feiticeiro’ numa hora muito feliz de mobili-zação pelos direitos da infância no Brasil. O Programa fez campanhasde saúde e de mobilização no Congresso Nacional para incluir osdireitos da infância na Constituição de 1988”.

Nesse contexto, a ideia de mobilizar a sociedade para doarpequenas quantias foi, e continua a ser, uma forma de fazer comque os brasileiros confirmem seu compromisso com a causa dainfância e da juventude. “O Criança Esperança é hoje o maiorprograma de mobilização social do mundo”, afirma a coordenadorageral do Programa na UNESCO, Marlova Jovchelovitch Noleto,ao falar das contribuições financeiras feitas anualmente pelosbrasileiros durante a campanha de arrecadação.

O Criança Esperança foi coordenado pelo UNICEF de 1986 a2003. Desde 2004, quando o Programa ampliou seu foco para ajuventude, a coordenação passou a ser da UNESCO, agência daONU que trata mais especificamente de questões relativas a essafaixa etária, assim como de educação e de cultura.

Semente

As sementes plantadas em 1986, no início do Programa, deramfrutos – materializaram-se nas histórias de vida de meninos e me-ninas que, com o apoio do Criança Esperança, tiveram oportu-nidades, mudaram o rumo de suas vidas e estão realizando sonhos.

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Diego Pinheiro Lima, de 22 anos, nasceu em um dos endereços mais concorridos do Rio, de frente para o mar,na avenida Vieira Souto, em Ipanema – um dos metros quadrados mais caros da América Latina. O paraibano JoséVieira, pai de Diego, é o porteiro-chefe do prédio. Mora com a família, mulher e três filhos, em um quarto e salano térreo do edifício. À noite, a sala vira o quarto do casal.

Filho do paradoxo brasileiro, Diego cresceu em endereço de menino rico, sobrevivendo com o magro saláriode porteiro do pai. “Minha mãe sempre foi consciente e nos ensinou a tirar proveito de morar bem: conseguimosbolsas em cursos de inglês, computação, e estudamos nas melhores escolas públicas”. O prédio é vizinho da Casade Cultura Laura Alvim, um pólo de cinema e teatro, e Diego desde cedo se interessou por dramaturgia. Quandotinha 16 anos, a mãe soube do curso de teatro oferecido no Espaço Criança Esperança, no morro do Cantagalo.Um dos acessos para o morro fica a poucos metros do prédio de Diego.

Dos 16 aos 20 anos, Diego frequentou o Espaço Criança Esperança do Rio, onde fez teatro e foi monitor. Numadas muitas visitas que o projeto recebeu, veio o ator Ernesto Piccolo, da organização Palco Social. Interessou-sepelas habilidades de Diego e nasceu uma parceria. Em 2010, Diego integrou o elenco da peça Sorria, você estásendo roubado, em cartaz durante cinco meses em teatros da zona sul do Rio. Diego, que está terminando a

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faculdade de Sociologia na Universidade Estadual do Rio de Janeiro, sorri ao falar deste ano. Nele, também lançouo livro O julgamento de Lampião, um roteiro para teatro. “Esse texto nasceu de um trabalho que fizemos no EspaçoCriança Esperança”, diz.

“Lá [no Espaço Criança Esperança do Rio] fazemos parte de uma equipe e criamos vínculos de solidariedade,um sentido de coletividade”, resume Diego. O irmão menor, Igor, de 13 anos, quase todos os dias, sai da VieiraSouto, pega o elevador que separa o asfalto do morro – clássica dicotomia carioca – e sobe o Espaço CriançaEsperança para fazer natação e aulas de informática.

Referência

Até 2008, no Espaço Criança Esperança de São Paulo, na periferia da zona oeste da capital, não havia nenhumgrupo de juventude consolidado. O projeto havia se mudado em 2005 do Jardim Ângela, periferia da zona sul,para lá, onde a taxa de homicídio era desafiadora: a terceira mais alta da cidade – e a maioria dos episódiosenvolvia jovens. Hoje, dois anos depois, há trinta grupos de jovens que trabalham com mobilização, música, dança,literatura, grafite, teatro. Montaram um estúdio de gravação. Usam o espaço para se organizar e espalharcultura para as escolas públicas e associações da Brasilândia, um conjunto de bairros onde vivem 262,6 milpessoas. “É um sucesso”, constata Melina Risso, diretora do Instituto Sou da Paz, ONG que coordena localmenteo Espaço de São Paulo, em parceria com a UNESCO .

“Em todas as cidades em que temos Espaços Criança Esperança (Rio, São Paulo, Belo Horizonte e Olinda), opoder público fica atento para o que estamos fazendo no local. O resultado é que o policiamento melhora, as escolasmelhoram, toda a rede de assistência social fica mais integrada”, diz Marlova, da UNESCO. Segundo ela, os Espaçosrompem com a ideia, ainda vigente, de que “qualquer coisa” serve para atender à população pobre. “Não dá paraoferecer prédio cinza, sem equipamento e dizer: isso aqui é um estádio. É preciso ter qualidade e, nesse sentido,os Espaços, sim, influenciam políticas públicas”. Somados, os Espaços atendem seis mil crianças e adolescentes.

Símbolo

De todos os Espaços Criança Esperança, o do Rio é emblemático – está localizado entre Copacabana e Ipanema,com vista privilegiada da praia, da Lagoa Rodrigo de Freitas e do Cristo Redentor. Cartão-postal. Não fossem asfavelas vizinhas do Cantagalo e do Pavão/Pavãozinho, motivo da existência do projeto, que atende 70% dosmoradores da região, entre 4 e 24 anos. O fato é que até 2000, ano de inauguração do Espaço, as duas comu-nidades viviam em pé de guerra com a polícia e o Estado.

Hoje, no alto do Cantagalo, a polícia comunitária fica na entrada do Espaço Criança Esperança, e o lugar servede refúgio para a comunidade nos momentos mais tensos. O projeto virou sinônimo de esperança para ascrianças em situação de risco do Rio. Nessa condição, recebeu visitantes ilustres, como a primeira-dama daFrança, Carla Bruni, o rei da Noruega, Harald V, e a rainha Sonja, para citar alguns. “Cada vez que uma pessoa

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pública visita o Espaço e ele ganha visibilidade na mídia, esta-mos divulgando a causa da infância”, diz Albert Alcouloumbre,diretor de Planejamento e Projetos Sociais da TV Globo.

Os Espaços Criança Esperança de Olinda e Belo Horizonteigualmente se tornaram referência em suas cidades. Além dasoficinas de conteúdo, como português, cidadania, capoeira, balée natação, cada Espaço tem, digamos assim, charme e perso-nalidade próprios, fruto da integração com a comunidade.

De Olinda, até julho de 2010, saía um maracatu que percorriaas ruas próximas e as escolas da região – arrastava uma pequenamultidão. Além disso, havia ainda uma Orquestra de Berimbaue uma quadrilha famosa por lá, a Flor do Mandacaru. Um Espaçomarcado pelo lúdico onde, durante anos, as aulas de karatê foramministradas embaixo de árvores frondosas.

O Espaço de Belo Horizonte vive duas realidades – de dia temforte vocação para o esporte de alto rendimento. No campus daPontifícia Universidade Católica, organização que faz a gestãolocal do Espaço, um grupo de meninos e meninas treina pelomenos nove horas por semana. À noite, o Espaço transforma-seem um centro cultural único, onde os jovens moradores doAglomerado da Serra, a maior concentração de favelas da regiãometropolitana de Belo Horizonte, se reúnem para montarprojetos, ensaiar coreografias, discutir a realidade local. É um poloque irradia cultura para toda a região.

Oportunidades

Tatiane Caroline, de 16 anos, mora em Del Rei, uma das comu-nidades do Aglomerado da Serra. A garota dorme e acorda como mesmo pensamento: dar o melhor de si nos treinos de ginás-tica. “Estou muito animada porque no ano que vem deveremosparticipar do Ginastrado, o festival de ginástica da Suíça commais de trezentas equipes”, diz ela. O programa inclui apresen-tações na Alemanha, na Itália e na França. Essas oportunidades,dizem os adolescentes, vão possibilitar o resgate de sonhos quepodem até não ser concretizados. Mas o simples fato de tê-losé um sinal de que a vida ganhou novo sentido.

“Quero muito estudar medicina, mas eu sei e minha mãe sabeque nossas condições são difíceis. Muita gente me diz para desistirdesde agora, mas vou bem na escola e não vejo por que abrir mãode um sonho antes mesmo de tentar”, diz Gabriela Fernandes daSilva, de 15 anos, da Vila Marçola, também no Aglomerado. Embusca de inspiração, ela frequenta o Espaço Criança Esperança deBelo Horizonte, onde faz oficinas de bijuteria e grafite. “É bembonito poder salvar vidas nesse mundo turbulento”.

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Sentido

O sonho de cursar medicina, ou alguma outra profissão para ajudar o próximo, é quase uma marca entre osmeninos e as meninas que passaram por maus bocados na infância e conseguiram dar a volta por cima. A baianaCamila Mendes, de 19 anos, é bailarina. É uma moça linda – há três anos, quando a equipe de reportagem doCriança Esperança a entrevistou, “ainda não tinha ganhado corpo”, como ela mesmo definiu, sorrindo, olhandoos músculos das pernas e braços.

Quando criança, enfrentou um raquitismo severo e precisou de muitos cuidados médicos para se recuperar dadesnutrição. “Eu me salvei graças ao Projeto Axé”, diz ela. A ONG há anos recebe apoio do Criança Esperança.Camila acaba de voltar de uma turnê pela Itália, onde dançou com a companhia de dança da organização. Ela,assim como Gabriela, de Belo Horizonte, gostaria de ser médica: “É para ajudar minha mãe, que sempre estevedoente e nunca pôde cuidar dos filhos”, justifica.

Dos sete aos 10 anos, Camila perambulou pelas ruas de Salvador, pedindo dinheiro nos sinais de trânsito. Depoisdisso, foi levada para o Axé pelo irmão Ricardo, de 25 anos, que acabou virando o guardião da menina. Começoua dançar aos 13 anos. Em 2008, Renato, o irmão do meio, foi assassinado por uma questão relacionada a drogas.“É uma triste dor. Mas eu prefiro olhar pra frente e dizer que o Ricardo é o pai que eu nunca tive. Somos umafamília e eu tenho uma profissão”. Camila terminará a escola no ano que vem. “Talvez siga estudando dança,talvez faça algum curso na área de saúde. “O mais importante é que aprendi a entrar nos lugares, a falar em públicoe a não me sentir menor do que ninguém”, resume.

Nada mau para uma menina que passou boa parte da infância mendigando, driblou o raquitismo e é negra –isso em um a país onde os piores indicadores de renda e escolaridade estão ligados à raça.

“O ideal seria que as crianças e os jovens do Brasil tivessem suas necessidades básicas resolvidas, mas não éo que acontece. A história de Camila é um exemplo. Por isso, o desafio é conseguir mostrar para a sociedade anecessidade de manter o Programa Criança Esperança a cada dia vivo e atuante, para que todos continuem a semobilizar da forma mais ampla possível”, sintetiza Albert Alcouloumbre, da TV Globo.

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“O projeto Criança Esperança é uma rara, plural e emocionante conspiração do bem.Empresas privadas e públicas, governos e ONGs, artistas, jornalistas e voluntários em geral estimulam

uma gigantesca adesão popular em torno da causa da infância e da adolescência, num atestado decredibilidade marcado pela nossa diversidade cultural.

É uma corrente que se move o ano todo, desde a ponta – com projetos de inclusão social, saúde, culturae educação passando pela maciça discussão de temas de interesse desse segmento em campanhas eabordagens jornalísticas, culminando num grande comunhão em torno da arte em nome da esperança.

A volumosa arrecadação vinda de pequenas contribuições da nossa população é emocionante por sisó, mas também é uma ferramenta essencial para melhorar a vida de milhares de brasileirinhos.

Vale registrar que nossa preocupação com o patrimônio público é tamanha que, além dos gastos decriação, produção,veiculação de campanhas publicitárias, material jornalístico e do espetáculo artísticaanual e do espaço cedido na nossa disputada grade, são de nossa responsabilidade também os custospela gestão dos recursos, para que nem um centavo vindo da contribuição popular tenha outro destinoque não a melhoria na qualidade de vida dos jovens.

Por isso mesmo, acreditamos que essa corrente se fortalece como terreno efetivamente fértil parauma transformação social sustentável e até como referência para políticas públicas, especialmente seolharmos para o que é feito nos Espaços Criança Esperança.

É uma ação afinada com nossa missão de criar, produzir e distribuir conteúdos de qualidade queinformem, eduquem e divirtam, construindo relações que melhorem as vidas dos indivíduos e dascomunidades.

Porque queremos ser o ambiente onde todos se encontram. Porque entendemos mídia comoinstrumento de uma organização social que viabilize a felicidade.

Assim, o Criança Esperança é um exemplo mais do que concreto do valor público espontâneo datelevisão de natureza privada, aberta, plural e gratuita, aqui representada por uma emissora que sechama Globo.

É esta rede que consegue promover a comunhão de todos esses parceiros, reproduzindo na realidadeo mesmo fenômeno democrático que acontece no vídeo, graças à livre escolha dos telespectadores-cidadãos que nos elegem como a televisão largamente preferida pelo nosso país.

Essa história deve ser mesmo motivo de muita comemoração mas também de muito estímulo,sabedores que, diante da realidade brasileira, aos 25 anos estamos apenas engatinhando.

Celebramos com a UNESCO a mesma crença num futuro melhor para nossas crianças.”

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