2ano Em Vol3 Geografia Gabarito

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Geografia 2a srie Volume 3

SITUAO DE APRENDIZAGEM 1 MATRIZES CULTURAIS DO BRASIL

Pginas 3 - 5

1. a) Espera-se que os alunos observem que os indgenas ocupavam o territrio do atual Brasil antes da chegada dos portugueses. Portanto, a propriedade da terra era dos indgenas antes que os colonizadores tomassem essas terras, praticamente dizimando os nativos. b) Espera-se que os alunos percebam que a reproduo minuciosa de elementos da vida dos povos indgenas serve para comprovar o quanto eram ricas as culturas desses povos antes da chegada dos colonizadores. importante que voc incentive os alunos a buscar informaes que contextualizem a obra de arte estudada. 2. Durante a observao da obra de arte, voc deve destacar alguns de seus detalhes, facilitando, assim, a elaborao da resposta. O olhar do pintor est situado na ponte de comando do navio, projetando-o sobre a proa e conferindo destaque para as famlias de emigrantes. Embora, ao que tudo indica, o instante escolhido pelo artista seja o da tristeza do desterro, o navio parece erguer-se, maior e mais forte do que os obstculos naturais (o mar) em direo a seu porto de destino. Alm desses aspectos, nota-se o valor atribudo pelo artista aos seres annimos que, egressos de diferentes pases, contriburam para a formao e diversidade tnica do Brasil contemporneo. 3. A letra da cano pretende chamar a ateno para a presena dos afrodescendentes na populao brasileira. Mais que isso, busca reafirmar a valorizao do movimento negro em nosso pas, a partir das dcadas de 1980 e 1990, no somente por intermdio de sua organizao e mobilizao poltico-social como tambm de sua expresso pela dana, msica e poesia. o caso, entre outros, do RAP (Rhythm and Poetry; Ritmo e Poesia) e do Movimento Hip-Hop. Essas expresses artsticas contribuem para o processo de reconstruo de identidades nas sociedades em que eles esto presentes, dando origem constituio de um novo patamar urbano de1

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organizao social que leva em considerao as pluralidades, as diferenas e as dicotomias que caracterizam os processos de construo de uma verdadeira sociedade democrtica e igualitria.

Pginas 5 - 7

1. Espera-se que os alunos apresentem como critrios os seguintes elementos: cor da pele e critrios morfolgicos como formato do nariz, dos lbios, do queixo, do formato do crnio, o ngulo facial etc. 2. De acordo com o texto, ao se considerar elementos culturais, psicolgicos e intelectuais para classificar raas, cria-se uma hierarquia valorativa por meio da qual possvel estabelecer quem melhor ou pior, superior ou inferior que outros. Se alguns geneticistas consideram raa um conceito biologicamente ultrapassado, a sociedade deve romper com classificaes criadas com o intuito de gerar hierarquias, responsveis por justificar formas de dominao de um povo sobre outros. As sociedades devem, portanto, respeitar-se, compreendendo que as diferenas entre os povos manifestam-se pela diversidade cultural e que cada indivduo nico e como tal deve ser compreendido como mais um membro da espcie humana, dentro do contexto socioeconmico e cultural em que vive. Voc pode aproveitar essa reflexo para discutir com os alunos a ideia de diferena em contraposio ideia de desigualdade.

Pginas 7 - 9

1. Na comparao dos grficos, observa-se que h diminuio no nmero de brancos e aumento significativo do nmero de pardos. Espera-se que os alunos percebam que os dados de 2006 demonstram que mais pessoas em nosso pas esto assumindo sua cor de pele, abrindo mo, assim, de uma ideologia de cunho racista que as fazia desvalorizar sua cor de pele. Em parte, isso ocorre em um contexto histrico de fortalecimento do movimento negro e de uma transformao positiva da imagem pblica das pessoas desse grupo, em nossa sociedade, que sofrem preconceito ainda2

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hoje. Podem surgir respostas que justifiquem essa mudana na distribuio tnicoracial pelo aumento da miscigenao entre negros e brancos. 2. a) At o levantamento de 1991, s havia quatro classificaes possveis: brancos, pardos, pretos e amarelos. A partir do censo de 2000 foi introduzida a classificao indgena. Os dados de 2001 so mais abrangentes do que os dos levantamentos anteriores, pois houve a incluso de mais uma categoria. b) Espera-se que os alunos percebam a impreciso dos critrios do IBGE para a classificao da populao em relao cor da pele, visto, por exemplo, que os indgenas podem ser pardos ou amarelos. c) Espera-se que os alunos percebam que os dados no refletem fielmente a realidade da populao brasileira, por serem dados autodeclarados, uma vez que o IBGE solicita que cada indivduo se reconhea em um dos poucos parmetros relativos cor da pele previstos no instrumento de pesquisa e no so considerados aspectos sociais e culturais. Nos dados colhidos a partir de 2000, alm de alguma preocupao sobre esses aspectos, asiticos e indgenas foram agrupados separadamente.

Pginas 9 - 10

1. O grupo que apresenta a maior frequncia escolar o de mulheres brancas, o de menor frequncia escolar o composto de homens pretos, segundo nomenclatura do IBGE. Espera-se que os alunos relacionem a discriminao racial e a desigualdade social como fatores que influenciam no acesso dos brasileiros educao. 2. O grupo de mulheres pretas, segundo nomenclatura do IBGE, destaca-se por concentrar as maiores taxas de desemprego. Os alunos devero levantar vrias hipteses, e entre elas podem surgir questes como a dificuldade de acesso ao mercado de trabalho formal, que embora se negue, baseia-se no preconceito relativo cor da pele. 3. O enunciado exige reflexo e associao entre aspectos estudados e dados estatsticos. Espera-se que os alunos ponderem que o fato de haver uma forte miscigenao entre brancos e no brancos no Brasil no garante que exista uma verdadeira democracia. o que atestam os grficos apresentados e nos quais os alunos podero estruturar a argumentao a esse respeito, pois se percebe,3

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claramente, que as mulheres brancas se destacam quanto frequncia escolar em todas as idades (primeiro grfico), enquanto, no que tange ao desemprego, em todas as faixas etrias as mulheres negras lideram (segundo grfico). Quando sabemos que esse contraste entre brancos e no brancos estende-se para outras informaes relativas s etnias e sua condio social (por exemplo, homens brancos so os que ganham salrios mais elevados em todas as faixas etrias, homens negros so as maiores vtimas da violncia urbana e homens pardos de 30 a 59 anos apresentam maior nmero de analfabetos) , nota-se que a democracia no que diz respeito cor da pele somente poder ser construda por meio de mudanas socioeconmicas e culturais profundas. Em outras palavras, para deixar de ser um mito e passar a ser realidade, a democracia exige que os no brancos adquiram igualdade de condies no mercado de trabalho, nvel de escolaridade e acesso renda, entre outros, compatveis com aqueles observados para os brancos. H, ainda, a necessidade de deixarem de ser vistos socialmente por meio de esteretipos e preconceitos.

Pgina 11

O enunciado da questo busca promover a associao entre os contedos estudados na Situao de Aprendizagem 1 com aqueles tratados no Caderno do volume 1. A alternativa a apresenta pertinncia quanto aos dados da tabela apresentada, mas associa erroneamente a antiga cultura canavieira regio Norte para explicar o predomnio da populao parda; na alternativa b, os descendentes de povos orientais no explicam o contingente da populao parda encontrada na regio Centro-Oeste; a alternativa c apresenta distoro quanto aos dados da tabela; e a alternativa e, alm de desconsiderar a porcentagem da populao indgena no Centro-Oeste, restringe a mestiagem a partir da construo da Rodovia Transamaznica, desconsiderando seus antecedentes. Desse modo, a nica alternativa correta a d, na qual se verifica tanto a apresentao de dados corretos a partir da tabela oferecida para leitura e interpretao como tambm causas explicativas que os justificam com base nos conhecimentos prvios dos alunos sobre o processo de povoamento e ocupao do territrio brasileiro.

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SITUAO APRENDIZAGEM 2 A DINMICA DEMOGRFICA

Para comeo de conversaPginas 12 - 13

1. Espera-se que os dados coletados por intermdio da ficha reproduzam em escala local os mesmos resultados relativos ao encolhimento da taxa de fecundidade e intensa migrao da populao brasileira. Tomando por base esses resultados, analise com os alunos a importncia de coletar e estudar dados populacionais, no apenas para que os governos planejem as polticas pblicas adequadas s reais necessidades da populao, mas tambm para que as empresas privadas faam projees sobre seus mercados consumidores. 2. a) Espera-se que os alunos destaquem que houve movimento migratrio, se for o caso o mais provvel. Junto com os alunos, identifique se o movimento migratrio foi intraestadual ou de mbito nacional e determine os vetores desse movimento. b) Provavelmente, a mdia do nmero de filhos por famlia ter diminudo, confirmando a tendncia observada nas taxas de fecundidade nas ltimas dcadas. Junto com os alunos, procure traar a mdia de filhos nas diferentes geraes.

Leitura e Anlise de Grfico e TabelaPginas 13 - 15

1. a) Como esse tema j foi estudado em anos anteriores, espera-se que os alunos no considerem verdadeira a afirmao. A exploso demogrfica ocorreu entre as dcadas de 1940 e 1970, perodo de grande aumento populacional em decorrncia das altas taxas de natalidade e da queda da mortalidade resultantes dos avanos da medicina, como o surgimento dos antibiticos e a popularizao de formas de preveno com as vacinaes em massa.5

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b) O que foi apurado na classe deve confirmar a tendncia de diminuio no crescimento populacional brasileiro, conforme mostra o grfico. Caso essa tendncia no se confirme, importante discutir fatores sociais e econmicos locais que possam ter influenciado o resultado. 2. a) Taxas de natalidade e de mortalidade. b) O crescimento vegetativo o resultado da diferena entre as taxas de natalidade e de mortalidade a cada mil habitantes. Por exemplo, no perodo 1872-1890, o crescimento vegetativo era de 16,3 (46,5 de natalidade por mil e 30,2 de mortalidade por mil). c) A taxa de mortalidade expressa a proporo entre o nmero de bitos e a populao absoluta de um lugar, em determinado intervalo de tempo. A taxa de natalidade expressa a proporo entre o nmero de nascimentos e a populao absoluta de um lugar, em determinado intervalo de tempo. 3. Espera-se que os alunos considerem que o comportamento da populao brasileira no final do sculo XIX (1890) e incio do sculo XX deveu-se, principalmente, ao ingresso de imigrantes. Esse foi o perodo em que a entrada de imigrantes superou o crescimento natural da populao. Esse fluxo foi significativo entre 1910 e 1920. Porm, no incio dos anos de 1930, poucos meses depois assumir o poder, o presidente Getlio Vargas baixou decreto limitando a entrada de estrangeiros no Brasil e a partir de 1934, a chegada de imigrantes ao Brasil diminuiu significativamente, em consequncia de diversos fatores. Em primeiro lugar, a crise cafeeira provocou srios danos economia brasileira no final dos anos 1920, gerando desemprego e tenso social, ampliados pelas instabilidades causadas pelas revolues de 1930 e 1932. Em 1934, durante o primeiro governo de Getlio Vargas, foi assinada a Lei de Cotas de Imigrao, que permitia o ingresso de apenas 2% do total de imigrantes que haviam entrado no Brasil nos ltimos 50 anos (exceo feita aos portugueses). Tais fatores explicam a reduo populacional ocorrida entre as dcadas de 1920 e 1930. 4. A exploso demogrfica ocorreu entre as dcadas de 1940 e 1970, perodo em que as taxas de natalidade aumentaram e houve reduo acentuada nas taxas de mortalidade, gerando, em consequncia, grande crescimento vegetativo ou natural da populao brasileira. Tais fatores resultaram dos avanos da medicina com a popularizao dos antibiticos e das vacinaes, assim como da urbanizao e ampliao do saneamento bsico.6

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Pginas16 - 17

1. O nmero de filhos por mulher diminuiu de 6,2, em 1940, para 1,95 filhos por mulher em 2007, comeando a cair a partir da dcada de 1960. No geral, o grfico Crescimento populacional brasileiro entre 1872 e 2000 e projees para 2010 e 2020 mostra uma diminuio contnua no crescimento populacional. Ressalva em 1960, quando houve um pequeno aumento na taxa de fecundidade e um aumento no crescimento populacional em comparao dcada anterior. 2. O grfico demonstra como as taxas de fecundidade diminuem sensivelmente conforme aumentam os anos de estudo das mulheres. Alm disso, percebe-se que a Regio Norte a que apresenta a maior taxa de fecundidade nas mulheres com menor nvel de instruo. 3. Espera-se que os alunos, de modo geral, percebam que a reduo nas taxas de fertilidade explicada pelo aumento da urbanizao e, portanto, pelo maior acesso aos meios contraceptivos, pela melhoria no nvel educacional da populao e pela significativa presena da mulher no mercado de trabalho, entre outros fatores.

Leitura e Anlise de Grfico e MapaPginas 17 - 18

1. a) Espera-se que os alunos acentuem que a primeira fase caracteriza o regime demogrfico tradicional, e apresenta uma alta taxa de mortalidade e de natalidade. Na Fase I da Transio Demogrfica ocorre a reduo das taxas de mortalidade e registrase um elevado crescimento vegetativo da populao. Na Fase II, ocorre uma reduo das taxas de natalidade, e, consequentemente, do crescimento vegetativo. Por ltimo, na Fase III, perodo ps-transicional, caracterstico de um regime demogrfico moderno, as taxas de mortalidade e de natalidade apresentam-se reduzidas.

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b) Pases que j concluram sua transio demogrfica, que se encontram na Fase III: Japo, pases europeus, Estados Unidos, Canad etc. Fase II, caracterizada por crescimento populacional lento: os pases latino-americanos, com exceo da Bolvia, Belize, Guatemala, Honduras, Nicargua (todos na Fase I), e Uruguai e Cuba que esto na fase III. Na Fase I encontram-se grande parte dos pases africanos e na sia temos Imen, Afeganisto, Nepal, Buto, Bangladesh, Camboja e Laos. Em geral a fase III ocorre em pases onde h desenvolvimento econmico ou em naes antigas e tambm os atuais e ex-pases socialistas, que priorizaram aes voltadas para a educao, sade e mesmo planejamento familiar. Os pases que se encontram na Fase I so pobres, em sua maioria com populao predominantemente rural, com pouca infraestrutura e aes concretas em termos educacionais e de assistncia sade. c) Espera-se que o aluno identifique a situao de pobreza como um dos fatores das altas taxas de natalidade e de mortalidade, alm da falta de infraestrutura e os conflitos armados comuns nessa regio. Os alunos podem sugerir vrias aes, tais como investimentos em saneamento bsico, em sade, educao etc. Alguns deles podem citar o papel da ajuda internacional. Se isso acontecer, proponha a discusso sobre a eficcia desse tipo de ajuda e que interesses esto por trs desse auxlio patrocinado pelos pases ricos. 2. Considera-se transio demogrfica o comportamento das taxas de natalidade e de mortalidade de uma populao no decorrer de um perodo, tendo em vista duas situaes, uma inicial e outra final, de crescimento demogrfico relativamente reduzido. A situao inicial, ou perodo pr-transicional, caracteriza-se por altas taxas de mortalidade e natalidade. Em seguida, na Fase I da transio demogrfica, h reduo das taxas de mortalidade e registra-se um elevado crescimento vegetativo da populao. Na Fase II, junto com a reduo progressiva da taxa de mortalidade, observa-se uma reduo tambm da taxa de natalidade e, consequentemente, do crescimento vegetativo. Por fim, na Fase III, perodo ps-transicional, as taxas de mortalidade e de natalidade apresentam-se reduzidas, mantendo baixo o crescimento vegetativo.

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Pginas 19 - 20

1.Grupo 1 Pases Brasil e ndia Caractersticas da Estrutura etria Base larga, corpo mdio e topo estreito. No Brasil verifica-se o aumento de adultos e uma leve diminuio no nmero de jovens. 2 Rssia e China China e Rssia apresentam base menor que o corpo da pirmide, resultado de baixas taxas de natalidade, e com nmero significativo de idosos. Na pirmide da Rssia, o nmero de homens adultos menor do que o de mulheres, em virtude de guerras e conflitos militares nos quais o pas se envolveu no sculo XX.

2. A anlise do comportamento da pirmide brasileira evidencia uma diminuio da base e um maior alargamento do contingente de populao em idade adulta, o que sinaliza a passagem da Fase II para a Fase III da transio demogrfica. 3. A anlise da pirmide etria oferece diversas informaes sobre a populao de um pas, como a quantidade e distribuio de habitantes por faixa etria, a proporo por sexo e a porcentagem de pessoas em idade produtiva (ou seja, as que se encontram entre 10 e 65 anos) no total da populao.

Pgina 21

O Brasil, segundo estudos do IBGE, encontra-se na fase de transio demogrfica em curso, caminhando para a de transio demogrfica estabilizada (final da transio demogrfica), pois apresenta diminuio acentuada das taxas de natalidade e de fecundidade e, consequentemente, crescimento populacional moderado.

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Pginas 21 - 22

Alternativa c. As afirmaes I e IV interpretam corretamente os dados apresentados no grfico da questo e resgatam as principais causas para os fenmenos demogrficos citados e que foram comentados durante a Situao de Aprendizagem 2, na anlise do grfico Brasil: taxas de natalidade, de mortalidade e de crescimento vegetativo da populao. J as afirmaes II e III esto incorretas.

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SITUAO DE APRENDIZAGEM 3 O TRABALHO E O MERCADO DE TRABALHO

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Os dados apresentados nos grficos revelam uma mudana histrica nas relaes familiares at ento patriarcais, em que o homem era considerado o grande provedor, para uma nova realidade, na qual o papel da mulher torna-se cada vez mais reconhecido como participante na renda familiar e provedora individual de grande parte das famlias. Os grficos revelam o aumento de domiclios chefiados por mulheres, o que as torna, nos ltimos anos, protagonistas de uma grande mudana em curso no mercado de trabalho brasileiro. Alm das mudanas nas relaes familiares, importante discutir com os alunos o processo de migrao campo-cidade (xodo rural), o consecutivo aumento da populao urbana, onde o custo de vida mais alto, o que contribui para a entrada da mulher no mercado de trabalho para auferir uma renda familiar maior. Percebe-se que as mulheres aumentaram significativamente o seu papel no mercado de trabalho. Em 1992, o trabalho feminino na composio da renda das famlias brasileiras era de 30,1%, e em 2007 passou a representar 39,8%. O nmero de mulheres chefes de famlia cresceu de forma mais significativa, passando de 301 mil famlias em 1993, para 3,6 milhes em 2007.

Pginas 24 - 25

1. De acordo com o IBGE, denomina-se Populao Economicamente Ativa (PEA) o conjunto da populao em idade produtiva, entre 10 e 65 anos, e que trabalha em atividades remuneradas, considerando-se tanto indivduos ocupados (com trabalho) quanto desocupados (sem trabalho, mas que tomam alguma providncia efetiva no sentido de procurar trabalho). Essa definio do IBGE pode ser discutida com os alunos, observando que a Constituio brasileira no permite o trabalho infantil. A11

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Constituio determina a idade mnima de l4 anos para a admisso ao trabalho e probe qualquer trabalho a menores de 14 anos, salvo na condio de aprendiz. 2. Espera-se que os alunos saibam identificar as caractersticas de cada setor da economia, pois o tema j foi abordado nos anos anteriores. Nesse sentido, o setor primrio deve ser compreendido como o que envolve a agricultura, com todas as formas de pecuria, a caa, a pesca e as exploraes florestais; o setor secundrio abrange a atividade industrial, incluindo as indstrias de transformao de bens de consumo e de produo, as de construo civil e as de extrao mineral; o setor tercirio agrupa as atividades relacionadas ao comrcio e prestao de servios (bancos, transporte, sade, educao, comrcio, profisses liberais, funcionalismo pblico etc.). 3. Entre as dcadas de 1940 e 1960 a populao brasileira era predominantemente rural, concentrada no setor primrio. Com a acelerao da industrializao, principalmente a partir da dcada de 1970, associada mecanizao agrcola, e consequente xodo rural, esse perfil se alterou. Houve, ento, um crescimento dos setores secundrio e tercirio e uma diminuio da populao no setor primrio. Aps a dcada de 1980, a automao industrial provocou novas alteraes na distribuio da populao pelos setores da economia. A partir da, a concentrao tornou-se ainda maior no setor tercirio, que absorveu a mo de obra egressa das indstrias. Alm disso, surgiram novos servios resultantes das tecnologias da informao e novas formas de administrao alocadas no setor tercirio.

Pginas 25 - 26

1. O que se espera que os alunos identifiquem que os dados retratam um aumento significativo da participao das mulheres no mercado de trabalho, fato notrio nas ltimas dcadas, principalmente a partir da dcada de 1980. Feita essa caracterizao, os alunos podero indicar vrias razes explicativas de acordo com as leituras e com o que foi tratado em sala de aula. Podero discorrer sobre a necessidade de complementao da renda familiar, o aumento do nmero de mulheres chefes de famlia ou, ainda, o desejo de emancipao e maior independncia e igualdade de oportunidades em relao aos homens. Alm desses aspectos, os alunos podero12

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explicar a mudana do papel da mulher na estrutura familiar, o que, muitas vezes, mantm relao com o desemprego do parceiro. A ideia dessa questo no requisitar que os alunos esgotem as causas do processo em evidncia, mas que to somente indiquem uma ou duas razes explicativas, a partir das quais o professor poder avaliar se compreenderam o que foi abordado durante as aulas. 2. Solicita-se que os alunos reconheam que a situao das mulheres no mercado de trabalho ainda desigual quando comparada com a dos homens. Mas isso no tudo. Espera-se que argumentem sobre a questo, notificando, entre outros aspectos, que o mercado de trabalho ainda discriminatrio em relao s mulheres por vrios motivos, como: tendncia em pagar salrios menores s mulheres que aos homens que ocupam o mesmo cargo; dificuldade de aceitar a participao feminina em cargos ou funes executivas, de alta administrao ou de gerenciamento; reao negativa ao acmulo de funes familiares e de trabalho; afastamento do posto de trabalho devido s licenas-maternidade.

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A alternativa (d) resgata os principais contedos estudados na Situao de Aprendizagem 3, correlacionando de forma correta os principais fatores que explicam o aumento significativo das mulheres no mercado de trabalho do Brasil. Na alternativa a, errneo utilizar as expresses igualdade profissional e acentuada reduo das disparidades salariais entre mulheres e homens; na alternativa b, para o perodo considerado (1970-2006), passa-se ao largo da queda do porcentual de pessoas empregadas no setor secundrio de produo durante os anos 1980, seja por crise no setor, seja por racionalizao do trabalho (includa a automao), levando dispensa de mo de obra; e, nas alternativas c e e, desconsideram-se, entre outras associaes equivocadas, as desigualdades no mercado de trabalho com as quais se deparam as mulheres, particularmente as dos grupos tnicos no brancos.

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SITUAO DE APRENDIZAGEM 4 A SEGREGAO SOCIOESPACIAL E A EXCLUSO SOCIAL

Pginas 27 - 29

1. A pobreza associada insuficincia de renda. Ou seja, quando a soma dos rendimentos de um indivduo ou da famlia no permite a satisfao de suas necessidades bsicas (alimentao, transporte, moradia, sade e educao), costuma se utilizar o termo pobre. Quanto excluso social, alm da renda, emprega-se a expresso de maneira mais ampla ou multidimensional, pois tambm abrange restries mobilidade social (intra e intergeraes) resultantes de condies como etnia, sexo, tipo de ocupao, condio socioeconmica, alm de fatores culturais, institucionais e polticos. De maneira complementar, vale chamar a ateno dos alunos para o fato de que a excluso social tambm pode ser vista sob outro enfoque, como um conceito associado ideia de vulnerabilidade social, referindo-se, nesse caso, marginalizao de determinados segmentos sociais (em geral, pobres com baixa escolaridade, negros e mulheres) em relao aos benefcios gerados pelo desenvolvimento. Em qualquer dos casos, o fato que a excluso social est intrinsecamente associada noo de mobilidade social. 2. De acordo com as informaes contidas no mapa, as regies brasileiras nas quais os ndices de pobreza e excluso mais se equiparam so as regies Norte e Nordeste. 3. Considerando a diferena entre os conceitos, espera-se que os alunos identifiquem que, apesar de os salrios serem mais elevados em So Paulo, e as famlias em conjunto conseguirem suprir suas necessidades bsicas, essa mesma populao enfrenta restries quanto mobilidade social resultantes de condies como etnia, sexo, tipo de ocupao, condio socioeconmica, alm de fatores culturais, institucionais e polticos.

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Leitura e Anlise de DiagramaPgina 29

A anlise do diagrama permitir ao aluno destacar que os grandes temas considerados referem-se ao padro de vida digno, conhecimento e risco juvenil. Quanto ao padro de vida digno: os ndices que o compe so os de pobreza, emprego e desigualdade. Quanto ao de conhecimento: os ndices so anos de estudo e alfabetizao. Quanto ao risco juvenil: os ndices so concentrao de jovens e violncia. Considerando essas variveis, definem-se os ndices de excluso social de um dado lugar.

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Espera-se que o trabalho em sala de aula permita aos alunos discorrerem sobre as formas de segregao espacial manifestadas pela distribuio desigual de infraestrutura entre os bairros ricos e pobres, assim como a manifestao desta mesma segregao em razo do aumento de condomnios fechados, designados como enclaves fortificados, ou seja, espaos privatizados, fechados e monitorados para residncia, consumo, lazer ou trabalho. A proliferao desses enclaves fortificados vem criando um novo modelo de segregao espacial e transformando a qualidade da vida pblica no somente no Brasil como em muitas cidades ao redor do mundo. Esses locais reproduzem uma cultura segregacionista e excludente das elites econmicas (motivadas em virtude dos altos ndices de violncia urbana) em relao a outros grupos sociais menos abastados, resultando numa fragmentao dos espaos urbanos, reproduzindo no plano espacial a desigualdade social existente. Incentive os alunos a ilustrar essa discusso com exemplos de excluso e segregao espacial de seu cotidiano.

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Ao lado do fator crescimento populacional, a alternativa e a nica que associa a distribuio de renda com a excluso social, o que impede que a primeira seja identificada como a nica ou principal causa do problema, evitando-se, desse modo, um entendimento simplista ou reducionista.

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