2º semestre de 2009 Moradores dividem espaço com mato e ... · servir como meio de comunicação...

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Jornal Laboratório do curso de Comunicação Social da Unoeste Presidente Prudente, 2º semestre de 2009 Sexto termo jornalismo A Fundos de vale em Presidente Prudente causam impasse entre população e Prefeitura Municipal; moradores cobram soluções para os problemas; projetos de canalização e urbanização estão em fase de andamento; questão ambiental dificulta algumas obras. Moradores dividem espaço com mato e animais Pág. 06 nonon nnono COTIDIANO SAÚDE Lei Federal obriga escolas executarem Hino Nacional uma vez por semana. Exposição resgata história da Bandeira Brasileira. A maior conquista do basquete prudentino completou 25 anos. Personagens relembram os momentos marcantes do campeonato. Hobby como alternativa profissional vira tendência no mercado, diminue o estresse no dia a dia e aumenta o rendimento financeiro. Um problema interfere muito a rotina das pessoas é a dor. Oito em cada 10 pessoas buscam atendimento médico. Pág. 03 Pág. 08 Pág. 07 Pág. 04 e 05 ESPORTE CULTURA

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Jornal Laboratório do curso de Comunicação Social da Unoeste Presidente Prudente, 2º semestre de 2009Sexto termo jornalismo A

Fundos de vale em Presidente Prudente causam impasse entre população e Prefeitura Municipal; moradores cobram soluções para os problemas; projetos de canalização e urbanização estão em fase de andamento; questão ambiental dificulta algumas obras.

Moradores dividem espaço com mato e animais

Pág. 06

nonon nnono

COTIDIANOSAÚDE

Lei Federal obriga escolas executarem Hino Nacional uma vez por semana. Exposição resgata história da Bandeira Brasileira.

A maior conquista do basquete prudentino completou 25 anos. Personagens relembram os momentos marcantes do campeonato.

Hobby como alternativa profissional vira tendência no mercado, diminue o estresse no dia a dia e aumenta o rendimento financeiro.

Um problema interfere muito a rotina das pessoas é a dor. Oito em cada 10 pessoas buscam atendimento médico.

Pág. 03 Pág. 08 Pág. 07 Pág. 04 e 05

ESPORTE CULTURA

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Presidente Prudente, 2º semestre de 2009

Expediente: Coordenação Geral: Profº. Munir Jorge Felício Coordenação do Jornal Laboratório: Profº. Roberto MancuzoCoordenação de Jornalismo: Profº. Carolina Costa Mancuzo Edição: Profº. Roberto Mancuzo e Profª. Carolina Mancuzo Coordenação de Fotografia: Profº Paulo Miguel

O Jornal Laboratório Ligação é um trabalho experimental dos alunos do sexto termo de Jornalismo da Facopp

Projeto gráfico: Profº. Marcelo MotaPublicidade: Alunos do 6º termo de Publicidade (Profº. Alex Sandro Natsume)Diagramação: Alunos do 6º termo A de jornalismo Realização: FACOPP - Faculdade de Comunicação Social “Jornalista Roberto Marinho” de Presidente Prudente

Editorial

Artigo

Crônicas

Tchiago Inague

Tatiane Ferreira

Os fundos de vale podem acarretar problemas à população e ao poder público. Há cada vez mais um aumento de casas na direção dos córregos. São consideradas ocupações irregulares, pois são áreas de preservação permanente. Por imposição de uma lei, a vegetação desses locais deve ser mantida intacta, com exceção apenas de casos de utilidade pública. Por que essas ocupações ocorrem? Exemplos não faltam: pessoas sem moradia, aprovação indevida de loteamentos, falta de legislação. A população que mora próximo a córregos convive diariamente com mau cheiro, muitos insetos, mato alto, pessoas estranhas, animais mortos e perigosos, além de ser foco de epidemias. Sempre estão reivindicando seus direitos com abaixo assinados e reuniões com políticos para que melhorem as condições de vida dos moradores, que estão em áreas consideradas de preservação. O que se pode fazer? A Prefeitura Municipal de Presidente Prudente desenvolve projetos para solucionar as questões dos fundos de vale. Obras são feitas para canalização e urbanização dos córregos. O processo é burocrático, com licenciamento ambiental, liberação de verbas estaduais e federais e comprometimento com reflorestamento após as obras. Os recursos estão aí, e com eles a possibilidade de urbanização e benfeitorias. Isso faz com que locais, antes esquecidos e mal cuidados, tornem-se melhores e com condições de moradias e entretenimento. O resultado final dessas ações pode ser visto por todos. Tudo o que foi feito nos leva a uma situação onde todos ganham. O município se modifica e assim consegue fazer o seu papel de dar melhores condições de vida à população e essa pode usufruir do que tem direito, pelos impostos que lhe são cobrados. E como Prudente tem lidado com essa realidade? Você lê em uma das reportagens desta edição do jornal Ideias Impressas.

O rádio, desde o surgimento, exerceu um papel de adaptação incrível. Foi criado para servir como meio de comunicação na academia. Depois, foi usado na Primeira Guerra Mundial e com o fim dela, passou a ser comercializado. Neste período, se consolidou na Inglaterra e nos Estados Unidos. Inicialmente o objetivo era o entretenimento. Com o surgimento dos anúncios publicitários, as emissoras se proliferaram e o rádio passou a ser um veículo de comunicação de massa. É claro que, com a televisão, os programas de auditório e novelas radiofônicas perderam espaço, o que não foi motivo para que o veículo deixasse de existir, apenas se reinventou. Passou a ser um prestador de serviços, informando sobre o trânsito, previsão do tempo, reclamações de bairro, entre outros. Hoje, o rádio online trouxe uma série de adequações. É o momento de convergência de mídias, a união do rádio e da internet, que garante a expansão de forma universal. Outro aspecto relevante é o fim da burocracia para se implantar o veículo na rede. O fato é que esta mídia está em constante aperfeiçoamento, mas não perde uma característica essencial desde sua invenção: o poder de persuasão, que continua na sociedade pós-moderna, pois há sempre uma gama de políticos de todos os naipes que usam o veículo como instrumento de satisfação pessoal. Para alguns, a persuasão é cristalina, enquanto em outros casos, é camuflada, mas nem por isso deixa de cumprir o seu papel.

Mais um dia vai começar e vai ser um dia daqueles, afinal fazer faculdade e trabalhar é bastante cansativo, ainda mais no final do ano com uma pilha de trabalhos, prazos para cumprir, preparação para as últimas provas, aquela correria! Vida de estudante não é fácil, pelo menos a de estudante de jornalismo, que tem que fazer pauta, entrevistar, escrever texto, tirar foto, isso se for para impresso, online e rádio (com exceção da foto é claro). Agora se for matéria para televisão, a história já é outra. A começar pela mala de equipamentos que você tem que carregar: câmera, bateria, microfone, fita e o melhor de todos: o tripé, só quem já carregou um sabe como é o sofrimento. Fazer as matérias, na teoria até parece fácil. Mas na prática... é uma foto que não ficou boa, uma entrevista que faltou, uma sonora que tem que refazer, uma imagem que tem que gravar de novo. Para falar bem a verdade, até que não é tão complicado assim, o mais difícil é fazer tudo ao mesmo tempo e sem deixar passar o dead line (jargão jornalístico usado para indicar o tempo máximo para a entrega do material finalizado). Mas tudo bem, não tenho nada mais de importante mesmo para fazer da meia noite às seis, porque não aproveitar para fazer os trabalhos da faculdade? É, vida de estudante não é fácil! Imagina a de um profissional formado? Mas, é melhor gastar o tempo fazendo o que gosta e aprendendo coisas novas, do que perder tempo com bobagens.

Em uma tarde qualquer, sentei em frente ao computador, determinada a escrever minha primeira crônica. Estava ansiosa para começar e fui! Realizei o processo parte por parte. Liguei o computador, aguardei todos os documentos serem carregados, arrastei o cursor da tela para um de seus programas de digitação, e pronto! A primeira fase estava concluída, restava-me iniciar a segunda: escrever. Levei as mãos ao teclado, e quando estava prestes a digitar a primeira letra, parei, e me deparei com um problema: não sabia escrever uma crônica! Ainda que eu tivesse participado das aulas e aprendido todo o conhecimento técnico, me faltavam palavras para começar o texto. Tristeza, frustração, decepção, enfim todos os sentimentos imagináveis, caíram sobre minha cabeça. Seria medo? Talvez. Mas medo de quê, exatamente? De errar? Afinal todo mundo erra, pois é “errando que se aprende”, ouço isso desde que comecei a estudar! Pois bem, o momento de errar, era aquele. Na faculdade todos os professores sempre dizem: “A hora de errar é aqui, na faculdade!”. Então porque toda esta covardia de encarar uma crônica? Respirei bem fundo, olhei para a tela e comecei a viajar através dos meus próprios pensamentos, juntando idéias, fatos e acontecimentos, tudo o que me passava pela mente. Novamente, outro questionamento: por que no momento de passar para o computador as palavras teimam em fugir de mim? E em meio a toda esta confusão mental, lembrei de uma frase de Pablo Neruda que diz: "Escrever é fácil. Você começa com uma maiúscula e termina com um ponto final e no meio, coloca ideias”. Por este motivo percebi o óbvio, ou seja, que é preciso aperfeiçoar os nossos dons, ler muito mais e perder este medo bobo, pois quem sabe da próxima vez que eu me sentar para escrever, as palavras e idéias não fiquem do meu lado?

Fundo de Vales podem se tornar habitáveis? Amanda SantanaVida de estudante de jornalismo

A reinvenção do rádio

Escrever é fácil, difícil é fazer as ideias fluírem

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Presidente Prudente, 2º semestre de 2009

SAúdE

doentes com alguma doença naturalmente fatal, modificações do ambiente e reconhecimento de novos quadros dolorosos. Ainda segundo Marangoni, toda dor tem o aspecto psicológico envolvido, pois quando o paciente está deprimido ela tende a piorar. A dona de casa Maria do Rosário Silva, 68, sofre com artrose desde seus 42 anos. Segundo ela, esse problema a incomoda demais, rotineiramente, e para suportar, vive à base de remédios que aliviam um pouco o que sente. “Quase todas as semanas procuro pelo posto de saúde, sinto muita dor, pois perco um

Convívio com dor afeta rotina da maioria da população

À direita, uma senhora de aproximadamente 50 anos que sofre com dores nas articulações. Do lado esquerdo, uma jovem reclama o tempo todo de cólicas menstruais. Bem à frente, um menino, de mais ou menos 10 anos de idade, está com um dos joelhos todo ralado e chora sem parar. Já atrás, um bebê com dores abdominais e total inquietude. Este é um cenário de uma sala de espera de um posto de saúde, em Presidente Prudente. Essas pessoas aguardam a hora de resolverem um problema que afeta em torno de 85% dos pacientes que procuram as clínicas médicas: a dor. O clínico geral, José Scobosa, garante que sete em cada dez pacientes atendidos na Unidade Básica de Saúde (UBS) reclamam de algum tipo de dor, independentemente da intensidade. ”As dores mais f requentes são nas costas e cefaléia [dor de cabeça]”, destaca. A neurocirurgiã Carla Cristina Lopes, que é plantonista do Hospital São Luiz e do Hospital Regional de Prudente, explica que há ainda aqueles que sofrem de dores psicológicas, que vem da ansiedade e da depressão. “Apenas 15% não procuram o hospital por outros motivos”, revela. Segundo a Associação Internacional de Estudos sobre Dor (IASP), a palavra dor significa “uma experiência sensitiva e emocional desag radáve l assoc iada ou relacionada à lesão real ou potencial dos tecidos”. Ou seja, é uma sensação ruim, desde a mais simples até a mais complexa de ser detectada e tratada. Para o médico Marco Aurélio Marangoni, anestesista e especialista em dor, são crescentes os casos de dores, especialmente a crônica, e isso se deve a novos hábitos de vida, maior longevidade do indivíduo, prolongamento de sobrevida dos

Juliana RissattoTatiane Ferreira Tchiago Inague

Estudo mostra que 30% dos brasileiros sofrem com dores crônicas

A acupuntura é um método de origem chinesa que existe há mais de cinco mil anos, mas somente após diversos experimentos, em 1995 o Conselho Federal de Medicina a reconheceu como especialidade médica. O tratamento consiste no implante de finísssimas agulhas, as quais são obrigatoriamente descartáveis e praticamente indolores ao longo do corpo, em pontos determinados, com o objetivo de melhorar vários tipos de dores e doenças, já comprovadas cientificamente. Marangoni afirma que “a acupuntura tem poucos efeitos colaterais e aprensenta raras contra-indicações”, afirma. Para aqueles que tem medo de agulhas, há a opção da utilização de sementes adesivadas. Este método serve para qualquer idade.

ACUPUNTURA Tratamento para dor

pouco dos movimentos”, revela. Ela diz que sempre foi uma pessoa ativa, mas tem se sentido inválida. Manoel Jorge Santos Neto, 25, conta que trabalhou como pedreiro com o pai desde os 15 anos, e devido ao esforço da profissão ficou com um grave problema na coluna. “Sinto dores a todo o momento, pois se estou sentado dói, deitado também, enfim não há uma posição que me conforte”, explica. Ele também garante que essas dores o deixam de mau humor. Segundo pesquisas realizadas

pela SBED (Sociedade Brasileira de Estudos da Dor), cerca de 30% da população brasileira sente dores crônicas. No caso da auxi l iar de escritório, Luciana Rodrigues, 30, as dores de cabeça fazem parte do seu dia a dia. “Antigamente eu tomava analgésico e resolvia, mas de um tempo para cá as dores de cabeça tem se tornado freqüentes, a ponto de ter de ficar isolada num quarto escuro, pois até a luz me deixa tonta”, revela. Marangoni explica que quanto mais tempo a dor permance e não é tratada adequadamente, aumentam

as chances dela ficar crônica. “Pois o sistema nervoso sofre alterações que promove a perpetuação dos sintomas”. No entanto, os médicos garantem que apesar das dores serem comuns nas vidas das pessoas, há solução, seja através de tratamentos convencionais (medicamentosos) ou alternativos (não medicamentosos), neste caso pode ser indicado diversas técnicas fisioterápicas, psicoterápicas e especialmente a acupuntura. Mas, antes de tudo o recomendável é

procurar um médico quando sentir algum tipo de dor, é o que dizem os especialistas entrevistados nesta reportagem. “ Apesar do sofrimento causado pela dor, há tratamento,mas precisa ser feita uma consulta incial”, destaca o clínico geral José Scobosa. Marangoni diz que após a primeira consulta será traçado o plano terapêutico mais adequado.

Acupuntura: método oriental que alivia a dor

Tatiane Ferreiera

Tatiane Ferreira

Mulher à espera de atendimento médico

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Presidente Prudente, 2º semestre de 2009

Lei federal determina a execução do hino e hasteamento da bandeira em escolas públicas e privadasEm comemoração ao Dia da Bandeira, museu de Prudente realiza um resgate da evolução do símbolo nacional

Valmir Custódio

É comum ver pessoas que não tem noção de patriotismo e c idadan ia . De um lado, a obrigatoriedade em executar o hino e hastear a bandeira nas escolas tenta remediar essa deficiência, mas a determinação pode remeter à época do regime militar que o país vivenciou. Por outro lado, é dever do Estado educar e promover o civismo entre a população e, para isso, foi definido que as escolas executem o hino e hasteiem a bandeira nacional.

A lei federal nº 12.031 entrou em vigor no dia 22 de setembro de 2009, assinada um dia antes pelo presidente em exercício José de Alencar, proposta pelo deputado Lincoln Portela (PR-MG). Ela se junta a lei nº 5.700 de 1971, que além de obrigar a execução do hino, determina o hasteamento da bandeira nacional nas instituições de ensino fundamental público e privado.

A prática era comum entre 1964 e 1985, época em que o Brasil era dominado pelo regime militar, mas após a queda da ditadura o ato não se tornou frequente, apesar da lei ainda existir. Porém, o Estado é responsável pela educação, formação de cidadania e humanização através das escolas. A falta de ações cívicas fez com que muitos brasileiros hoje não saibam a letra do Hino Nacional ou os significados da bandeira. “Muitas vezes a referência de hino é o da vitória de Ayrton Senna porque o oficial não foi ensinado ou introjetado na pessoa pela escola”, diz Arilda Miranda Ribeiro, livre-docente em Educação.

A ex igênc ia ass inada por Alencar tenta amenizar essa def ic iênc ia no c iv ismo ent re a população, porém se existe o dever do Estado em ensinar, obrigar pode causar um efeito contrário ao desejado. “Você pode obrigar o aluno a qualquer coisa, cantar samba, pagode, ou outras coisas,

mas o que o Estado deve fazer é criar uma identidade nacional nas pessoas e se faz isso disponibilizando ferramentas como o hino, bandeira, datas, para o cidadão se tornar patriota naturalmente”, diz Ribeiro.

N a E s c o l a E s t a d u a l Professor Adolpho Arruda Mello, a mais antiga de Presidente Prudente, com 84 anos, sempre existiu a prática de hastear a bandeira e executar o Hino Nacional uma vez por semana. Segundo a diretora Alda Sichieri de Oliveira Barradas, “o ato tem o objetivo de resgatar valores no ser humano e um deles é o civismo”. A vice-diretora Rosângela Maldonado explica que “antes da lei entrar em vigor, a escola já tinha a prática de hastear e executar o hino uma vez por semana e nas datas comemorativas”. O coordenador do grêmio estudantil e professor de filosofia Tiago da Fonseca, 25, fala que “os alunos gostam de cantar, até ajudam hastear a bandeira e elogiam a escola por este ato”.

Para Rafael Rocha da Silva, 16, hastear a bandeira e cantar o hino “mostram um sinal de patriotismo e leva a exercer o dever de cidadão”. Para a estudante Carolina Trombetta, 17, “o Brasil tem uma imagem ruim no exterior devido à violência”, mas ressalta que “o brasileiro deve valorizar o país e conhecer o hino e a bandeira”. A obrigatoriedade não incomoda a aluna Jéssica Ferreira, 18, e diz que “o brasileiro tem que honrar e ter noção desde cedo de responsabilidade com o país”. Exposição - Nas aulas de história das escolas, crianças aprendem os significados de formas e cores da bandeira. Cada estrela representa um estado. Mas poucos sabem o caminho que ela percorreu no Brasil até chegar ao modelo atual.

Uma exposição realizada em Presidente Prudente no mês de novembro em comemoração ao Dia da Bandeira Nacional (19 de novembro) foi promovida pelo Museu e Arquivo Histórico Prefeito Antonio Sandoval Netto da cidade e relatou as mudanças desde a primeira bandeira que veio nas

caravelas de Portugal até a atual. O objetivo foi o de “mostrar a trajetória da bandeira brasileira, além de esclarecer que ela não surgiu sem propostas, do idealismo de alguns, mas de uma evolução política e social do país”, diz Ronaldo Macedo, historiador e diretor do museu. Além de exercitar o civismo, a exposição buscou contextualizar as mudanças com um resgate histórico. Segundo Macedo, “é importante saber que tivemos outras bandeiras que não a atual, e que fizemos parte de uma história do mundo, apesar de colônia, com grande importância nesse contexto”.

A primeira percorreu o oceano

A estrela isolada situada acima na inscrição “Ordem e Progresso” é Spica, representante do Estado do Pará e não do Distrito Federal como muitos pensam.

São Paulo é representado pela estrela Alfa do Cruzeiro do Sul.

A distribuição das estrelas na bandeira brasileira foi feita a partir das características do céu do Rio de Janeiro, no dia 15 de novembro de 1889.

As cores verde e amarelo em seu sentido original simbolizam as oliveiras em torno da casa real de Bragança (verde) e a casa imperial dos Habsburgos (amarelo).

A Bandeira Provisória da República foi hasteada pela primeira vez na redação do jornal “A Cidade do Rio”, após a Proclamação da República, e no navio “Alagoas”, que conduziu a família imperial ao exílio.

atlântico. Pintada nas velas das 12 embarcações portuguesas, a bandeira da Ordem Militar de Cristo chegou ao litoral brasileiro em 1500. Criada em 1332, representava a ordem restrita aos nobres que combatiam os hereges, e como era ela a principal financiadora das expedições, as caravelas levavam a marca da ordem. Foram 12 bandeiras até chegar a que tremula atualmente e que se conhece bem das competições internacionais de esporte. Adaptada da antiga Bandeira Imperial do Brasil de 1822, a atual não sofre grandes alterações, somente na quantidade de estrelas quando um estado novo é criado. (veja quadro)

CURIOSIDADES

Bandeiras expostas no Museu Prefeito Antônio Sandoval Netto, em Prudente

Valmir Custódio

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Lei federal determina a execução do hino e hasteamento da bandeira em escolas públicas e privadasEm comemoração ao Dia da Bandeira, museu de Prudente realiza um resgate da evolução do símbolo nacional

Bandeira da Ordem Militar de Cristo (1332 – 1651)Chegou ao Brasil pintada nas caravelas em 22 de abril de 1500. A ordem era uma instituição Militar nobre que combatia os hereges e foi criada pelo rei de Portugal Dom Diniz em 1319. Rica e poderosa patrocinou grandes expedições marítimas portuguesas.

Bandeira Real (1500 - 1521)Pavilhão oficial do Reino Português na época do descobrimento do Bra-sil. Leva o escudo de Portugal sobre a cruz da Ordem Militar de Cristo. De fato a primeira bandeira do Brasil como colônia.

Bandeira de Dom João III (1521 – 1616)Dom Manuel (Dom João III) assumiu o reino de Portugal após a morte do pai Dom João II. Formou a Companhia de Jesus e o Tribunal da Inquisição. No Brasil criou as Capitanias Hereditárias (1534). Foi retirada a Cruz da Ordem e a inclusão de uma coroa real aberta.

Bandeira do Domínio Espanhol (1616 – 1640)Criada por Felipe II, da Espanha para Portugal e as colônias, assumiu o trono após lutas e deu início a União Ibérica. Na bandeira a coroa real aberta foi substituída por uma fechada.

Bandeira da Restauração (1640 – 1683)Após a revolta portuguesa, a coroa foi restituída a Dom João IV, primeiro rei da Casa de Bragança. A diferença é que em volta existe uma orla azul que representa a Padroeira de Portugal, Nossa Senhora da Conceição.

Bandeira do Principado do Brasil (1645 – 1683)Teosódio, filho de Dom João IV recebeu o título de “Príncipe do Brasil”. Trouxe a bandeira que tinha fundo branco com uma esfera armilar, encimada por um globo azul, com zona de ouro. Sobre o globo aparecia a Cruz da Ordem de Cristo.

Bandeira de D. Pedro II, de Portugal (1683 – 1706)D. Pedro II assumiu o trono real e adotou uma nova bandeira que possui o escudo e a coroa real fechada, colocados em um campo verde retangular.

Bandeira do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarve (1816-1821) Criada em conseqüência da elevação do Brasil à categoria de Reino, em 1815, presidiu aemancipação política. O Brasil está representado nessa bandeira pela esfera armilar de ouro, em campo azul.

Bandeira do Reino Unido do Brasil (1822)Dom Pedro, a sete de setembro de 1822, proclamou a emancipação política do Brasil. A bandeira era composta de um retângulo verde e um losango cor de ouro e dentro o Escudo de Armas do Brasil.

Bandeira Imperial do Brasil (1822 – 1889)Houve uma alteração após três meses. A Coroa Real foi substituída pela Coroa Imperial

Bandeira Provisória da República (15 a 19 de novembro de 1889) Cópia da Norte-Americana. Composta de 13 listras horizontais, sete verdes e seis amarelas; um quadrado azul com 21 estrelas de prata representando os estados brasileiros

Bandeira do Brasil (1889 - Atual) Proclamação da República em 1889. O disco azul central foi ideali-zado pelo pintor Décio Vilares. As estrelas, por Benjamin Constant. A inscrição “Ordem e Progresso” é da influência do positivismo de Augusto Comte. O verde simboliza as matas e florestas. O amarelo, o ouro e as riquezas minerais. O azul, o céu. O branco, a paz. Cada estrela disposta na bandeira corresponde a um estado brasileiro.

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Presidente Prudente, 2º semestre de 2009

liberada a licenciatura ambiental do Lar Santa Filomena. “Este deve ter os trabalhos começados no ano que vem”, conta Peretti. É um trecho pequeno, mas que é uma reinvidicação antiga. Para o aposentado Aparecido Ferreti, 60, do Jardim Jequitibás, “com as obras, o local ficará ótimo, excelente. Após 25 anos morando perto de córrego, não acordo mais de madrugada com o mau cheiro”. A dona de casa

Cecília Esteves, 58, diz que a situação era horrível. Existia muito mato e bicho”. Fábio Garbete, 33, segurança, declara que “era uma Floresta Amazônica. As pessoas não respeitam e jogam de tudo nos córregos”. Para Elaine Tricoti Leite Dias, 27, dona de casa, “não adianta mexer e depois não cuidar. Com o investimento, é necessário uma manutenção periódica”. Questão Ambiental - Após a conclusão das obras, é preciso que se faça o reflorestamento do local. O secretário afirma que existe um Termo de Compromisso de Recuperação Ambiental (TCRA). “Este termo garante o reflorestamento pelo tamanho do impacto causado nestes locais”. “Há duas possibilidades de urbanização dos fundos de vale”, diz Luizari. Uma delas é o bosqueamento, com árvores de grande porte expostas a cada 20 metros uma da outra. Isto nas áreas de preservação. Outra forma são os pontos de praças poliesportivas, que serão feitas nos locais onde existem mais condições de recuo. Terão toda a parte de recreação, com playgrounds, campos de areia e quadras. Serão lugares aonde as pessoas poderão usufruir de recreação e lazer.

pois ela geralmente causa problemas como a falta de limpeza e manutenção, que ocasiona enchentes”. A calha aberta foi escolhida por uma questão de escoamento das águas pluviais. O secretário afirma que “as obras procuram atender às necessidades da população”. O córrego do Veado, segundo ele, é o de maior extensão, junto ao do Saltinho, e “é o lugar onde passa praticamente 60% das águas de Prudente. Está sendo feito em duas fases”. O da Unesp é um pequeno trecho a ser canalizado. No Colônia Mineira, foi desenvolvido um trabalho pela Prudenco (Companhia Prudentina de Desenvolvimento), somente faltando detalhes finais dos barrancos. O Watal Ishibashi é um local onde a população e as casas estão bem próximas do córrego, com problemas de insetos e depósito de lixo. O poder público municipal pretende dar sequência ao córrego do Veado, depois de concluída a segunda fase de canalização. “A Prefeitura vai construir a tão sonhada ponte que interligaria o Cervantes I e Servantes II, que é uma obra que temos a necessidade de realizar. É um pedido antigo dos moradores”. E está em via de ser

Fundos de vale atrapalham rotina de moradores de PPSeis obras para urbanização estão em andamento; custo é de R$ 60 miAmanda SantanaBeatriz EsperJéssica Ishibashi

MEIO AMBIENTE

As áreas de fundo de vale são consideradas de preservação permanente pelo poder público, mas em Presidente Prudente muita gente mora próximo a esses locais. E aí começam os problemas. Há mau cheiro, mato alto, animais peçonhentos, pessoas estranhas e lixo. A solução é urbanizar, mas é um processo demorado e burocrático. Para Fernando Luizari, secretário municipal do Meio Ambiente, “Prudente tem diversos córregos, e na maior parte deles existem ocupações irregulares em suas áreas de preservação”. Nesses locais, os habitantes tem algumas reclamações, como a dona de casa Ana Maria da Silva, 40, que vive há 17 anos próximo a um, no Jardim Itapura II e ressalta que “há mau cheiro, bichos, mato muito grande. As pessoas acham que é lixão”. Nilza Dorneles, 46, moradora do mesmo bairro, doméstica, também diz que “o cheiro é forte, tem muito lixo, insetos e pessoas estranhas se escondem no mato, porque é muito grande”. E, por causa

dele, Edvânia Pereira de Carvalho, 24, dona de casa, que mora na Vila Rainha, do outro lado do mesmo fundo de vale, relata que “agora até cobra encontramos atravessando a rua. É um perigo para todos. Além também de ratos e o cheiro horrível”. Ela afirma ainda que “em ano eleitoral todos os políticos prometem obras para melhorar os bairros, mas depois de eleitos, desaparecem”. As obras de fundo de vale que estão em andamento são a do Córrego do Veado, Unesp, Saltinho, Colônia Mineira, Bandeirantes/Maracanã e Watal Ishibashi. Segundo Ailton Peretti, engenheiro civil da Secretaria de Obras e Serviços Públicos, “o custo total é de R$ 60 milhões. O dinheiro vem do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), do governo federal. Para que se possam começar os trabalhos, mandam os projetos para a Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental), que faz o licenciamento ambiental. O DEPRN (Departamento Estadual de Proteção de Recursos Naturais)

e o DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica) fazem a avaliação e dão o aval”. Este processo leva em média um ano. Todos os córregos estão em fase final e feitos em canais abertos. Luizari diz que “não se admite mais a canalização f e c h a d a ,

Área não urbanizada no córrego Lar Santa Filomena

Amanda Santana

Amanda Santana

Obras da Prefeitura no córrego do Saltinho

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Presidente Prudente, 2º semestre de 2009

ESPORTES

Há exatos 25 anos, a equipe de basquete feminino da Prudentina colocou Presidente Prudente no mapa do esporte. A conquista do vice-campeonato mundial em Taipei, na China, contou com a participação de Hortência, a maior jogadora do basquete brasileiro. O feito consagrou o time, que protagonizou um dos maiores títulos já recebidos pelo basquete brasileiro.

Antonio Martinho Fernandes, que faz questão de ser chamado de Nico, era o chefe da seleção e viajou com o time. Os 25 anos que se passaram não apagaram de sua lembrança os momentos de alegria.

Pelo excelente desempenho da equipe nos campeonatos que participava, o clube foi convidado pela Confederação Chinesa a participar dos jogos mundiais, fato único em toda a história do basquete: um clube competindo com seleções de vários países.

Na época, os chineses se comprometeram a pagar as passagens de Los Angeles (Estados Unidos) até Taipei (China), mas mesmo assim a Prudentina não tinha dinheiro suficiente para arcar com as despesas até os Estados Unidos e manter o time em uma competição internacional.

A equipe foi para São Paulo de ônibus, mas sem a confirmação do embarque para a China. “A angústia tomou conta de todos nós. O silêncio era total no saguão do aeroporto”, relembra Nico. A liberação do dinheiro só foi feita a menos de três horas do horário de embarque do voo, mas na condição do nome do patrocinador da época, o Instituto Brasileiro do Café, estar estampado na camisa durante seis jogos. Havia outro acordo em negociação no Brasil,

com as Aveias Quaker, mas não foi confirmado até o início do mundial. Mesmo assim, eles mandaram estampar o nome 'Quaker' no uniforme. Essa atitude chamou a atenção da empresa na China, onde também possuía uma filial. A repercussão entre os chineses foi imediata, garantindo uma verba de alto valor e a permissão para

os funcionários da multinacional assistirem aos jogos em horário de serviço. Todos vestidos com a camisa da Prudentina.

A equipe brasileira, pequena e desacreditada ganhou espaço na competição com várias vitórias consecutivas. “Os jogos do time lotavam os ginásios. Nós fomos muito bem acolhidos pelos chineses”, diz Nico. Mas toda essa admiração tinha um nome: Hortência. “Era a cabeça do time, o diferencial, nossa magrela”, relembra aos risos. A cada partida que terminava, uma legião de fãs cercava o ônibus que conduzia a equipe. Gritaria e tumulto, todos queriam tocar a estrela do

André MartinsMariana BandoniVinicius Ribeiro

Maior conquista do basquete de PP completa 25 anosPersonagens relembram momentos do vice-campeonato mundial na China

Hortência levantando a taça da conquista do vice-cempeonato mundial na China. O jogo

final foi contra os Estados Unidos

Foto cedida

mundial, aquela que passou a bola, planejadamente, por baixo das pernas de Cheryl Miller, a melhor jogadora do mundo na época, da seleção americana. “No intervalo ela me falou: ‘Nico fica olhando, vou passar a bola pelas pernas da Miller’. Ela conseguiu e o estádio foi a loucura”, relembra.

Nico lembra um fato inusitado. Precisavam de fotos 3x4 para colocar no passaporte, pois fariam uma parada de três dias nos Estados Unidos, mas não tinham moedas necessárias para a foto ser tirada e nem sabiam como consegui-las. Foi quando ouviram: "Brasileiros! Brasileiros!" Era também um brasileiro que morava na China e acabara de perder a esposa em um acidente, deixando uma filha de sete meses. O homem era Roberto (Nico não lembra o sobrenome), ex-morador do bairro da Liberdade em São Paulo.

Ele virou intérprete da equipe prudentina durante todo o mundial e as jogadoras foram babás de sua filhinha.

A Prudentina venceu todos os jogos até a

semifinal, mas na final enfrentou a temida seleção dos Estados Unidos, campeã olímpica. O jogo terminou 75x57 para os EUA e a equipe brasileira ficou com o vice-campeonato. “Muita emoção, muito mais do que esperávamos. O samba tomou conta do ginásio e fomos aplaudidos em pé”, conta Nico.

O jornalista esportivo Oliberto Faccioli, 43 anos, na época apenas com 18, lembra da participação na cobertura do campeonato mundial. “Foi uma conquista parecida com a Copa do Mundo. Todos os brasileiros juntos. Alegria constante”. Não havia transmissão pela TV, a cobertura era feita pelas

rádios de São Paulo e repassada para o resto do país. Toda emoção era de responsabilidade dos radialistas. “Quando eu soube o resultado da partida fui caminhar perto de casa, não me cabia de tanta felicidade, quando uma senhora chegou até mim, me deu um abraço, agradeceu e pediu que agradecesse ao time”, relembra o jornalista com a voz emocionada.

Marcos Tadeu Cavalcante Pereira, jornalista que na época cobria a área esportiva na rádio Comercial, diz que Prudentina fez a grande imprensa vir à cidade, especialmente veículos de comunicação da capital. Dificilmente o ginásio da Apea ficava vazio em jogos do time. “A Hortência foi o 'Pelé' do basquete feminino brasileiro”, afirma o jornalista. Era mais de 50% do time. Quando estava bem, tudo ficava bem. Enquanto ela esteve no clube, a Prudentina disputou três finais ganhando duas, 1982 e 1983 e foi vice em 1984. “Quando as meninas chegaram da China festejamos por uma semana”, afirma Pereira. A comemoração contou com carro do Corpo de Bombeiros. O povo parava para cumprimentá-los e teve até cerimônia de entrega de faixas. “A imprensa nacional mostrava o cotidiano das atletas e, claro, principalmente da Hortência”, diz.

Adorador do esporte, Agnaldo Freitas, 72 anos, foi torcedor da Prudentina desde a criação do time. Sua primeira paixão foi o futebol do clube, mas foi o basquete que o fez chorar de emoção. Acompanhava fielmente a todos os jogos e, quando possível, os treinos também. Sentia-se orgulhoso do carinho que toda região possuía com o time. Para ele, a vibração maior do campeonato foi a vitória da semifinal. “Na final o que se via não era tristeza pela perda do título, mas um sentimento de que as expectativas foram superadas”, lembra o torcedor.

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Presidente Prudente, 2º semestre de 2009

Fazer o que gosta melhora o

rendimento e acelera o reconhecimento

profissional

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Victor Lutti, 62, morador de Presidente Bernardes, trabalhou por 35 anos como bancário, mas foi como artista plástico que conseguiu se realizar profissionalmente. Ele é o exemplo de que fazer o que gosta ajuda a melhorar a produção. A combinação perfeita para quem quer ganhar um dinheiro extra.A psicóloga Cláudia Elaine Pereira, 37, explica que nem sempre é fácil conseguir o emprego dos sonhos, fazer apenas o que gosta e sobreviver com a renda de um hobby, mas diz que quem consegue, se realiza. “Quando a motivação pelo trabalho vem de dentro, o estímulo é natural”. O artista plástico pinta desde os 12 anos de idade e com 18 virou bancário. Ele conta que era uma vida extremamente estressante, sentia dores de cabeça e sempre estava muito sobrecarregado. Porém, nos horários de almoço, conseguia um jeito de pintar um pouco para relaxar e voltar depois para a correria. Aos 30 anos, Lutti vendeu seu primeiro quadro e depois que se aposentou, dedicou-se mais ainda à pintura, até a profissionalização. “Depois tudo mudou. E o retorno financeiro também vale a pena”. Lutti pretende pintar outras obras para, quem sabe, no início do ano que vem realizar uma exposição com o material. A profissional em Recursos Humanos, Paula Yumi, 30, esclarece que o hobby está relacionado a fazer o que gosta e ao transferir isso para o meio empresarial, o rendimento é muito maior e consequentemente, o reconhecimento profissional é mais rápido também. Ela orienta cerca de 80 funcionários e diz que o contato direto com eles facilita o trabalho, já que pode adequar o grupo para que todos se sintam bem e rendam mais. “Já trabalhei em uma empresa, como

linda do mundo, me informei e fiz um curso lá em Epitácio”, diz. As artes surgiram na vida dela por terapia e como, por motivos de saúde, não podia mais trabalhar na sapataria, começou a fazer artesanato. Ela afirma que no começo fazia para dar de presente aos amigos e familiares. “O dinheiro veio por acaso, mas já que posso unir o útil ao agradável, que mal tem?”,

conta. Dona Deise já fez cursos de aperfeiçoamento e expôs suas obras. Do giz para o pincel - Maria Silvana Rosa, 40, desde pequena gosta de desenhar e pintar. Hoje,

ela é professora particular, graduada em Administração de Empresas e Matemática, e cursa a faculdade de Pedagogia. Ela diz que começou a estudar pintura aos 14 anos e sempre se destacou diante das outras alunas, mas somente aos 23 teve a iniciativa de lucrar com seu talento. Começou dando aulas em casa, mas depois, com a quantidade de alunos crescendo, teve que alugar um ateliê. Ela conta que a segunda faculdade, Matemática, foi paga com a ajuda das aulas de pintura que dava para mais 15 alunas e admite que “não existe nada melhor do que ganhar dinheiro com o que realmente gosta”. Hoje no fim do curso de Pedagogia, dá aulas de Matemática, Geometria e Física, o que é a principal fonte de renda. Mas as artes plásticas são seu hobby, sua paixão. “Ainda dou aulas de pintura, mas para um número restrito. Agora serve como terapia, quando sento em minha mesa de pintura parece que me esqueço de tudo. É muito bom”.

vendedora, e era muito infeliz”, conta Yumi. Ela diz que várias vezes chegava em casa chorando e não conseguia vender, tamanha era sua insatisfação. Odeis Vegas Coser, 46, conhecida como Dona Deise, é proprietária de uma sapataria junto com o marido, mas faz mandalas e caixas decorativas há sete anos. Além de vender suas obras em exposições, tem clientes diretos. “Certo dia eu vi uma mandala e achei a coisa mais

"Hobby" se torna alternativa profissional e fonte de rendaFazer o que gosta é opção para saúde e melhora qualidade de vida

Lívia TadiotoLuiz DalleMayne Santos

COMPORTAMENTO

PAULA YUMI - RECURSOS HUMANOS

Dona Deise : Trocou o comércio pelas Artes Plásticas

Foto: Lívia Tadioto

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