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3. As Etapas da Pesquisa TCC – 2013. Profº Carlos José Maria Olguín [email protected] [email protected]

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3. As Etapas da Pesquisa TCC – 2013. Profº Carlos José Maria Olguín

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Sumário

Escolhendo o Objetivo de Pesquisa;

A Revisão Bibliográfica;

O Objetivo;

O Método de Pesquisa;

Justificativa;

Resultados Esperados;

Limitações do Trabalho.

Introdução

Antes de escrever sobre a pesquisa, é

preciso preparar o trabalho de pesquisa;

Revisão bibliográfica não produz

conhecimento novo:

◦ Apenas supre os conhecimentos que nos

faltam;

◦ Não deve ser um tratado sobre a área de

pesquisa.

Introdução

Antes de escrever sobre a pesquisa, é

preciso preparar o trabalho de pesquisa;

Revisão bibliográfica não produz

conhecimento novo:

◦ Apenas supre os conhecimentos que nos

faltam;

◦ Não deve ser um tratado sobre a área de

pesquisa.

Se começar a escrever esse capítulo antes

de decidir seu objetivo, vai escrever

demais e desnecessariamente.

Introdução

Antes de escrever sobre a pesquisa, é

preciso preparar o trabalho de pesquisa;

Revisão bibliográfica não produz

conhecimento novo:

◦ Apenas supre os conhecimentos que nos

faltam;

◦ Não deve ser um tratado sobre a área de

pesquisa.

Se começar a escrever esse capítulo antes

de decidir seu objetivo, vai escrever

demais e desnecessariamente.

Texto

cansativo!!!!

Introdução

O segredo para um bom TCC: ter um bom objetivo;

Depois de definido, tudo gravita em torno dele: ◦ Justificativa: vai dizer por que vale a pena

buscar esse objetivo;

◦ Método: informa como o objetivo poderá ser alcançado;

◦ Resultados esperados: mostram o que muda no mundo após o objetivo ser alcançado;

◦ Revisão bibliográfica: apresenta os conceitos necessários para a compreensão do objetivo e os trabalhos relacionados ao objetivo.

ESCOLHENDO O OBJETIVO DE PESQUISA

Escolha do Objetivo

Muitas vezes confundido com o tema;

Tema: um aspecto ou uma área de

interesse de um assunto que se deseja

provar ou desenvolver:

◦ Estabelece limites ou restrições para o

desenvolvimento da pesquisa pretendida.

O objetivo comporta uma hipótese de

trabalho: “demonstrar que a hipótese x é

verdadeira”.

Escolha do Objetivo

Cuidado com:

◦ “O objetivo deste trabalho é aumentar os

meus conhecimentos na área de estudo”;

◦ Propor....

Propõe-se um métodos, uma abordagem, uma

técnica, um algoritmo, uma comparação, ou

qualquer outra coisa;

Se o aluno se propõe a propor e propôs, está

proposto! Não necessariamente é melhor ou

diferente do que já existia: não mudou o

conhecimento.

Escolha do Objetivo

O objetivo do trabalho deve dizer que

aquilo que está sendo proposto é melhor

do que alguma outra coisa ou resolve

algum problema que antes não podia ser

resolvido;

Descrever um problema de pesquisa,

segundo Chinneck (1988), tem 3 partes:

Escolha do Objetivo

1. Um enunciado preciso da questão ou

problema de que trata a monografia;

2. Uma explicação por referência direta à

bibliografia de que tal questão de

pesquisa ainda não foi tratada;

3. Uma discussão sobre por que é

importante tratar essa questão de

pesquisa.

Escolha do Objetivo

A parte 2 da descrição pode falhar se o

pesquisados não conseguir deixar claro

que a questão da pesquisa nunca foi

tratada;

A revisão bibliográfica, se bem feita, é

suficiente para justificar;

“não encontrei nada parecido”

Escolha do Objetivo

A parte 2 da descrição pode falhar se o

pesquisados não conseguir deixar claro

que a questão da pesquisa nunca foi

tratada;

A revisão bibliográfica, se bem feita, é

suficiente para justificar;

“não encontrei nada parecido”

Isso deve ser evitado: a banca pensará que

ou você não pesquisou direito ou está

tratando de um problema de pouco

interesse.

Escolha do Objetivo

A parte 2 da descrição pode falhar se o

pesquisados não conseguir deixar claro

que a questão da pesquisa nunca foi

tratada;

A revisão bibliográfica, se bem feita, é

suficiente para justificar;

“não encontrei nada parecido”

Isso deve ser evitado: a banca pensará que

ou você não pesquisou direito ou está

tratando de um problema de pouco

interesse.

Alguns casos pode ocorrer que efetivamente nada de muito semelhante

seja encontrado, mas sempre existe algum problema que possa ser

considerado o mais próximo possível.

Em alguns casos, encontram-se abordagens quase idênticas, variando em

poucos detalhes, em outros, o que for mais próximo é tão diferente que

será necessário explicar muito para que possa entender a relevância.

O caminho para a escolha

Para definir um objetivo de pesquisa, você

deve conhecer a área de pesquisa na qual

quer trabalhar;

O caminho lógico para essa escolha

consiste de 3 passos:

1. Escolher um tema de pesquisa:

◦ Uma área de conhecimento na qual se vai

trabalhar.

O caminho para a escolha

2. Realizar a revisão bibliográfica:

◦ Será necessário ler muitos trabalhos já

publicados nessa área para saber o que está

sendo feito (estado da arte) e o que ainda

precisa ser feito (problemas em aberto).

3. Definir o objetivo da pesquisa:

◦ Possivelmente será fortemente relacionado

com um dos problemas em abertos

verificados no passo anterior.

O caminho para a escolha

E se a revisão bibliográfica for feita

depois?

◦ Possivelmente isso levará a objetivos mal

definidos e que precisarão ser revistos

quando você descobrir que está reinventando

a roda.

O caminho lógico para a definição

de um objetivo de pesquisa

(Wazlawick, 2008)

O Tema

Depende do interesse do aluno e do

orientador frequentemente;

Pode ser especializado a partir de uma

grande área, para subáreas mais

específicas;

Exemplo:

O Tema

1. Ciência da Computação.

1.1. Inteligência Artificial.

1.1.1. Métodos de busca.

1.1.1.1. Busca Heurística.

1.1.1.1.1. Algoritmo A*.

O Tema

1. Ciência da Computação.

1.1. Inteligência Artificial.

1.1.1. Métodos de busca.

1.1.1.1. Busca Heurística.

1.1.1.1.1. Algoritmo A*.

Cada item é uma especialização do item

anterior, mas cada um é apenas um

tema de pesquisa, embora cada vez mais

específico.

O Tema

Pode-se combinar um tema de pesquisa

com uma área de aplicação:

◦ Mais específico do que geral;

◦ Em vez de:

“Aplicação da Ciência da Computação no problema

da pavimentação das estradas”

O Tema

Pode-se combinar um tema de pesquisa

com uma área de aplicação:

◦ Mais específico do que geral;

◦ Em vez de:

“Aplicação da Ciência da Computação no problema

da pavimentação das estradas”

◦ É melhor:

“Aplicação de busca heurística no problema do

transporte de máquinas para pavimentação de

estradas”.

O Tema

Quanto mais amplo o tema, maior a

quantidade de livros e artigos que terão

de ser lidos:

◦ Por isso, deve-se buscar temas cada vez mais

específicos antes de se propor objetivo de

pesquisa.

O Problema

Se uma monografia deve apresentar uma

solução para um problema, deve-se

identificar um problema a ser resolvido;

É errado iniciar a monografia “criando um

novo método para ...”

◦ Primeiro deve-se conhecer quais os

problemas com as soluções existentes para o

problema, para depois propor algo

novo/diferente.

O Problema

Algumas propostas de trabalho são

apresentadas sem ter um problema

claramente identificado;

Por exemplo: “este trabalho propõe usar

a metáfora de formigueiro para modelar

pacotes em uma rede.”

Pode ser um tema interessante, mas...

O Problema

Algumas propostas de trabalho são

apresentadas sem ter um problema

claramente identificado;

Por exemplo: “este trabalho propõe usar

a metáfora de formigueiro para modelar

pacotes em uma rede.”

Pode ser um tema interessante, mas...

Qual é o problema

que esta modelagem

vai resolver?

O Problema

Algumas propostas de trabalho são

apresentadas sem ter um problema

claramente identificado;

Por exemplo: “este trabalho propõe usar

a metáfora de formigueiro para modelar

pacotes em uma rede.”

Pode ser um tema interessante, mas...

Qual é o problema

que esta modelagem

vai resolver?

O que há de errado

com outras formas de

modelagem?

O Problema

Algumas propostas de trabalho são

apresentadas sem ter um problema

claramente identificado;

Por exemplo: “este trabalho propõe usar

a metáfora de formigueiro para modelar

pacotes em uma rede.”

Pode ser um tema interessante, mas...

Qual é o problema

que esta modelagem

vai resolver?

O que há de errado

com outras formas de

modelagem?

Se não há problemas, as

pessoas continuarão

usando o que já existe,

não a nova modelagem.

O Problema

Segundo Griffiths (2008):

◦ “Se o autor não consegue estabelecer

claramente qual é o problema tratado em sua

monografia, será muito difícil para outras

pessoas especularem sobre os possíveis usos

dela.”

A REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

A Revisão

Não produz conhecimento novo;

Como ela supre as deficiências de conhecimento que o pesquisador tem em determinada área:

◦ Deve ser muito bem planejada e conduzida.

Para pesquisadores iniciantes em uma área, a leitura deveria iniciar com surveys sobre o assunto:

◦ Artigos ou livros que abordem toda uma área de conhecimento.

A Revisão

Iniciando:

◦ Leitura de trabalhos mais abrangentes: dão uma visão do todo, antes de aprofundar-se.

Se a pesquisa é alguma técnica de computação aplicada a alguma outra área do conhecimento:

◦ Sobre a técnica em si;

◦ Sobre a área de aplicação;

◦ Sobre as aplicações que já foram tentadas com essa técnica (ou semelhante) na mesma área (ou semelhante).

A Revisão

Exemplo: desenvolver um sistema

multiagentes para auxiliar controladores

de voo:

◦ Conhecer profundamente os sistemas

multiagentes;

◦ Conhecer os problemas que os controladores

de voo enfrentam para exercer sua profissão;

◦ Conhecer outras aplicações com multiagentes

para esse problema.

A Revisão

Síndrome da Intersecção Esquecida:

◦ Não menciona nenhuma tentativa anterior de

aplicação da ferramenta;

◦ “mas não encontrei nada parecido com o que

estou fazendo”.

A Revisão

Síndrome da Intersecção Esquecida:

◦ Não menciona nenhuma tentativa anterior de

aplicação da ferramenta;

◦ “mas não encontrei nada parecido com o que

estou fazendo”;

Nunca deve-se dizer que não se achou nada

semelhante: algo deve ser apresentado como

referência.

A Revisão

Síndrome da Intersecção Esquecida:

◦ Não menciona nenhuma tentativa anterior de

aplicação da ferramenta;

◦ “mas não encontrei nada parecido com o que

estou fazendo”.

Nunca deve-se dizer que não se achou nada

semelhante: algo deve ser apresentado como

referência.

“Ninguém fez algo parecido com o que estou fazendo, mas

muitas coisas já foram feitas pelos seres humanos ao longo da

sua história. Então, eu poderia classificar as coisas que já

foram feitas em termos de grau de semelhança com aquilo

que estou fazendo. As coisas mais parecidas com o meu

trabalho serão minha referência, mesmo que a semelhança

seja pequena.”

A Revisão

Fundamento vazio: dizer que o

trabalho é original porque ninguém nunca

fez nada parecido;

Deve-se mostrar o que os outros fizeram

e depois mostrar porque o seu é

diferente ou melhor .

Fichas de Leitura

Durante o processo de leitura, deve-se:

◦ Anotar conceitos-chaves e ideias novas;

◦ Saber de onde tais ideias e conceitos saíram.

O ideal é criar uma ficha de leitura para

cada fonte bibliográfica:

◦ Pode ser feita em papel ou no computador.

Depois de ler dezenas de artigos/livros,

será difícil lembrar de onde determinadas

ideias saíram.

Fichas de Leitura

Conjunto de fichas de leitura ≠ capítulo

de revisão bibliográfica;

São apenas um registro com memória, de

leituras feitas, organizado por fonte;

Normalmente é feito antes da definição

do objetivo de pesquisa:

◦ São essas informações que ajudarão na

definição do objetivo.

Fichas de Leitura

São organizadas por fonte bibliográfica;

O capítulo de revisão bibliográfica deve

ser organizado por conceitos:

◦ Deve-se dizer o que vários autores pensam

sobre um conceito, não o que um autor pensa

sobre vários conceitos.

Tipos de Fontes Bibliográficas

Livros: normalmente contêm informação

mais completa, didática e bem

amadurecida:

◦ Apresentar uma determinada área de forma

didática e bem fundamentada;

◦ Raramente trazem “trabalhos futuros”.

Artigos em eventos: terão informações

mais atuais, mas podem variar em termos

de qualidade;

Tipos de Fontes Bibliográficas

Artigos em periódicos: são

arduamente revisados e lapidados, mas

podem não ser mais tão atuais quando

publicados.

O que deve ser lido?

Para um pesquisador iniciante:

◦ Surveys;

◦ Trabalhos clássicos (geralmente destacados

nos surveys):

Em geral, os trabalhos mais importantes são os que

são mais citados por outros trabalhos.

Artigos mais atuais (não necessariamente

clássicos): o estado da arte.

Como ler?

Não basta ler por ler...

A leitura deve ser crítica: deve-se

questionar a validade de todas as

informações nos textos;

A aceitação passiva não gera um espírito

de busca por novas informações;

Perguntas-chaves para transformar uma

leitura passiva em leitura “rica e geradora

de ideias para pesquisa”:

Como ler?

a) De onde o autor parece tirar suas ideias?

◦ De referências bibliográficas? Da observação

de fenômenos? São hipóteses criadas pelo

autor (e que deverão ser comprovadas ao

longo do trabalho)?

Como ler?

a) De onde o autor parece tirar suas ideias?

◦ De referências bibliográficas? Da observação

de fenômenos? São hipóteses criadas pelo

autor (e que deverão ser comprovadas ao

longo do trabalho)?

Se não for possível descobrir de onde

o autor tira suas ideias: talvez o

trabalho seja fraco.

Como ler?

b) O que foi obtido como resultado deste

trabalho?

◦ Se não for possível resumir em poucas

palavras a contribuição do trabalho:

possivelmente o texto está confuso e mal

organizado, já que não deixa clara a efetiva

contribuição.

Como ler?

c) Como este trabalho se relaciona com

outros na mesma área?

◦ Espera-se que o artigo deixe isso bem claro,

citando trabalhos correlatos;

◦ Se não for assim, o leitor deverá estabelecer

as relações: aspectos importantes sobre o

trabalho (incluindo falhas) são descobertos

através dessas comparações.

Como ler?

d) Qual seria um próximo passo razoável

para dar continuidade a essa pesquisa?

◦ A resposta poderá ser um excelente objetivo

de pesquisa;

◦ Em geral, os trabalhos colocam “próximos

passos”.

Como ler?

e) Que ideias de áreas próximas poderiam

ser aproveitadas neste trabalho?

◦ Trará possíveis melhoramentos ao trabalho;

◦ Pode dar origem a uma hipótese de pesquisa

e, se houver uma boa justificativa, um objetivo

de pesquisa.

Exposição à Pesquisa

Estar imerso em um ambiente científico

pode ajudar o pesquisador:

◦ Gerar ideias para serem discutidas com o

orientador;

◦ Ler os resumos dos artigos publicados nos

principais periódicos e eventos da área;

◦ Ler um ou dois artigos relevantes por

semana;

◦ Participar de palestras e seminários troca

de ideias.

Sistematizando a Pesquisa

Bibliográfica Buscas desorganizadas dificilmente

levarão a bons resultados:

◦ Nem darão segurança para responder à “mas

será que alguém já não fez isso?”

Wazlawick (2008) sugere alguns passos

para sistematizar a pesquisa bibliográfica:

◦ Esses passos podem ser modificados de

acordo com as necessidades de cada aluno

(ou com a disponibilidade ).

Sistematizando (Wazlawick, 2008)

a) Listar os títulos de periódicos e eventos

relevantes para o tema de pesquisa e os

títulos de periódicos gerais em

computação que eventualmente possam

ter algum artigo na área do tema de

pesquisa;

b) Obter a lista de todos os artigos

publicados nos últimos cinco (ou mais)

anos nesses veículos;

Sistematizando (Wazlawick, 2008)

c) Selecionar dessa lista aqueles títulos que

tenham relação com o tema de pesquisa;

d) Ler o abstract desses artigos e, em

função da leitura, classificá-los como

relevância “alta”, “média” ou “baixa”;

Sistematizando (Wazlawick, 2008)

e) Ler os artigos de alta relevância e fazer fichas de leitura anotando os principais conceitos e ideias aprendidos.

◦ Anotar também títulos de outros artigos possivelmente mencionados na bibliografia de cada artigo (mesmo que com mais de 5 anos) e que pareçam relevantes para o trabalho de pesquisa;

◦ Incluir esses artigos na lista dos que devem ser lidos (inicialmente o abstract e, se for relevante, o artigo todo);

Sistematizando (Wazlawick, 2008)

f) Dependendo do caso, ler também os

artigos de relevância média e baixa, mas

iniciando sempre pelos de alta relevância.

Sistematizando (Wazlawick, 2008)

Depois do passo ‘f ’, poderá decidir se:

◦ Já tem material suficiente para elaborar uma

ideia de pesquisa consistente;

◦ Precisa expandir a pesquisa examinando

artigos mais antigos (expandindo o passo ‘b’)

ou periódicos menos relevantes (expandindo

o passo ‘a’).

Pode-se expandir a revisão consultando

as referências citadas nos trabalhos mais

importantes.

Quando terminar a revisão?

Como conhecimento novo está sempre

sendo produzido, teoricamente a revisão

nunca termina;

Mas o TCC precisa terminar, claro!

É preciso sair da revisão para a realização

do trabalho: construção de teorias e

realização de experimentos para testar

hipóteses.

Quando terminar a revisão?

Como conhecimento novo está sempre

sendo produzido, teoricamente a revisão

nunca termina;

Mas o TCC precisa terminar, claro!

É preciso sair da revisão para a realização

do trabalho: construção de teorias e

realização de experimentos para testar

hipóteses. Isso deve ser feito de forma gradual...

Mas antes da entrega final

O OBJETIVO

Objetivo

Deve ser diretamente verificável ao final do trabalho;

Bom objetivo:

◦ Irá demonstrar que alguma hipótese sendo testada é ou não verdadeira.

Não deve ser expresso por verbos triviais:

◦ Propor;

◦ Estudar;

◦ Apresentar.

Objetivo

Deve ser diretamente verificável ao final do trabalho;

Bom objetivo:

◦ Irá demonstrar que alguma hipótese sendo testada é ou não verdadeira.

Não deve ser expresso por verbos triviais:

◦ Propor;

◦ Estudar;

◦ Apresentar.

Só se o objeto da

proposta/estudo/apresentação

for algo original.

Objetivo

Quando bem expresso, possui verbos como:

◦ Demonstrar;

◦ Provar;

◦ Melhorar (de acordo com alguma métrica

definida).

Para Chinneck (1998), a monografia deve

apresentar uma contribuição original ao

conhecimento:

◦ ‘O aluno deve mostrar que o problema valia a

pena ser resolvido mas ainda não havia sido.

Objetivo

Ainda para Chinneck (1998), um avaliador, ao ler a monografia, procurará responder às seguintes perguntas:

a) Qual é a questão de pesquisa que o aluno propôs?

b) É uma boa questão? (Já foi respondida alguma vez? Vale a pena respondê-la?)

c) O aluno conseguiu convencer que a questão foi respondida adequadamente?

d) O aluno fez uma contribuição adequada ao conhecimento?

A Extensão do Objetivo

Não pode ser demasiadamente trivial

nem demasiadamente complexo;

Trivial: é atingido rapidamente, mas será

difícil defender perante uma banca não

basta ter uma boa ideia;

Complexo: será difícil de ser atingido no

tempo disponível (mas podem ser usados

por equipes de pesquisa, que pesquisam o

mesmo assunto por anos/décadas...).

A Extensão do Objetivo

A complexidade dos objetivos deve ser

consistente com o tempo que se tem;

Alegar “não tive tempo para concluir o

trabalho” dificilmente é uma boa

desculpa;

O orientador é a melhor pessoa para

ajudar ao aluno: quanto mais experiente,

mais “correto” será a extensão do

objetivo.

Objetivo de Pesquisa X Objetivo

Técnico Na graduação, é aceitável um objetivo

técnico:

◦ O aluno deve ser capaz de demonstrar que

aprendeu determinados conceitos e consegue

colocá-los em prática;

◦ Pode desenvolver um sistema usando

conceitos aprendidos durante o curso no

mestrado e doutorado, não.

Objetivo de Pesquisa X Objetivo

Técnico Trabalhos técnicos: apenas usam o

conhecimento já disponível;

Trabalhos científicos: além de usar

conhecimento disponível, criam novos

conhecimentos sistemas e protótipos

servem como apoio para demonstrar os

novos conhecimentos.

Objetivos específicos

São escolhidos da mesma forma que o

geral: não devem ser triviais e devem ser

verificáveis ao final do trabalho;

Não são etapas, são subprodutos (não

confundir com os passos do método);

Formalmente, são detalhamentos ou

subprodutos do geral;

Objetivos específicos

Exemplo:

◦ Se o geral consiste em provar uma

determinada hipótese:

Os específicos podem estabelecer a prova de uma

série de condições associadas a tal hipótese.

Em resumo:

◦ Geral: síntese do que se pretende alcançar;

◦ Específicos: explicitam os detalhes.

Exemplos de verbos usados nos

objetivos Conhecimento:

◦ Apontar, arrolar, definir, enunciar, inscrever,

registrar, relatar, repetir, sublinhar, nomear, ...

Compreensão:

◦ Descrever, discutir, esclarecer, examinar,

explicar, expressar, identificar, localizar,

traduzir, transcrever, ...

Aplicação:

◦ Demonstrar, empregar, ilustrar, interpretar,

inventariar, manipular, praticar, traçar, usar, ...

Sempre no infinitivo e indicam

uma ação passível de mensuração.

Exemplos de verbos usados nos

objetivos Análise:

◦ Classificar, comparar, constatar, criticar,

debater, diferenciar, distinguir, examinar, provar,

investigar, experimentar, ...

Síntese:

◦ Compor, constituir, coordenar, reunir,

organizar, esquematizar, ...

Avaliação:

◦ Apreciar, avaliar, eliminar, escolher, estimar,

julgar, preferir, selecionar, validar, valorizar, ...

O MÉTODO DE PESQUISA

Metodologia

Estudo dos métodos:

◦ “Tem como finalidade captar e analisar as

características dos vários métodos disponíveis,

avaliar suas capacidades, potencialidades,

limitações ou distorções e criticar os pressupostos

ou as implicações de sua utilização”.

Dificilmente escreveríamos uma

monografia que apresenta uma

metodologia com essas características;

Metodologia

Apesar de muito usado, o termo correto

seria “Método de Pesquisa” (ou

científico):

◦ “É um conjunto de regras básicas para

desenvolver uma experiência a fim de produzir

novo conhecimento, bem como corrigir e integrar

conhecimentos preexistentes. Na maioria das

disciplinas científicas consiste em juntar evidências

observáveis, empíricas (ou seja, baseadas apenas

na experiência) e mensuráveis e as analisar com

o uso da lógica”.

Metodologia

Exemplo:

◦ Um livro sobre “Metodologia de pesquisa”,

trata de metodologia, porque apresenta um

estudo de métodos;

◦ Mas o livro teve um método para ser

concebido e escrito, que não aparece no livro.

Uma monografia deverá descrever o

método usado para chegar às conclusões!

Método

Só pode ser estabelecido depois que o objetivo tiver sido definido:

◦ Levando isso em conta, a revisão bibliográfica não faria parte do método, já que é necessária para definir o objetivo;

Consiste na sequência de passos necessários para demonstrar que o objetivo proposto foi atingido:

◦ Se os passos definidos no método forem executados, os resultados obtidos deverão ser convincentes.

Método

Dado o objetivo, o método descreve o

caminho para atingi-lo;

Se o objetivo e o método forem

coerentes restará apenas a execução

dos passos descritos;

Problema: descrever um conjunto de

passos que constitua um método de

trabalho de científico aceitável;

Exemplo ingênuo de proposta de

método “Trabalhar com dois grupos, um com a

ferramenta e outro sem a ferramenta”

Pode até ser parte de um método mas

não é suficiente:

◦ Se a diferença entre as médias dos dois

grupos for de 0,5 ponto percentual, pode-se

concluir que um grupo foi melhor que o

outro?

◦ Ou pode ter sido obra do acaso?

◦ E se a diferença for de 5 pontos percentuais?

Dados X Conceitos

Não basta coletar dados para suportar a hipótese de trabalho:

◦ É necessário um discurso ponderado e esclarecedor a partir desses dados.

Pensamento crítico, não apenas coleta de informações;

Realizar uma pesquisa de opinião através de questionários, tabular os dados e apresentar gráficos não terão validade se não trouxerem informação nova.

Pesquisa experimental e não-

experimental Não-experimental: estudo de

fenômenos sem a intervenção sistemática

do pesquisador:

◦ Observar o dia-a-dia de uma empresa de

desenvolvimento de software para detectar ali

determinadas práticas previamente

catalogadas.

O pesquisador apenas observa e tira

conclusões a partir de um arcabouço

teórico preconcebido.

Pesquisa experimental e não-

experimental Experimental: o pesquisador

sistematicamente provocará alterações no

ambiente a ser pesquisado de forma a

observar se cada intervenção produz os

resultados esperados:

◦ No exemplo anterior, o pesquisador poderia

criar artificialmente situações de estresse,

para verificar como os funcionários reagem.

Objetividade

O pensamento humano nem sempre tira conclusões objetivas:

◦ Um desenvolvedor pode considerar que a programação OO é mais fácil de usar do que a estruturada isso é apenas uma opinião, não uma conclusão objetiva.

Para Kerlinger (1980):

◦ “a condição principal para satisfazer o critério de objetividade é, idealmente, que quaisquer observadores com um mínimo de competência concordem com seus resultados”.

Objetividade

Os experimentos e as observações devem ser tratados de forma objetiva:

◦ Qualquer observação ou grandeza a ser avaliada deve ser definida de forma que a leitura seja feita independente do observador.

Por exemplo: um sistema é fácil de usar “se um determinado conjunto de tarefas predefinido puder ser executado por um usuário com um determinado grau de treinamento dentro de um período de tempo predeterminado”.

Objetividade

Os experimentos e as observações devem ser tratados de forma objetiva:

◦ Qualquer observação ou grandeza a ser avaliada deve ser definida de forma que a leitura seja feita independente do observador.

Por exemplo: um sistema é fácil de usar “se um determinado conjunto de tarefas predefinido puder ser executado por um usuário com um determinado grau de treinamento dentro de um período de tempo predeterminado”. O conceito foi

discretizado.

Objetividade

Problema: não basta ter definição objetiva de um fenômeno para produzir um trabalho de qualidade;

É preciso qualidade da própria definição:

◦ Alguém pode não concordar que o tempo médio para realizar um conjunto de tarefas seja uma boa definição para “facilidade de uso”.

Além de definir de maneira objetiva o que será observado, será necessário convencer os demais que essa definição é “razoavelmente intuitiva, mas em especial útil, para chegar a algum resultado”.

Empirismo

Há um ditado clássico, alterado à Computação:

◦ “Teoria é quando o fenômeno é compreendido, mas não funciona. Prática é quando funciona,mas não se sabe por quê. Na Computação coexistem a teoria e a prática: nada funciona e não se sabe por quê”.

Acabamos adotando prática como significado para empírico: não importa por que, basta que funcione (se funciona está certo!)

Empirismo

Uma definição para empírico, segundo

Kerlinger (1980):

◦ “Significa guiado pela evidência obtida em

pesquisa científica sistemática e controlada”.

A computação, enquanto ciência,

fundamenta suas pesquisas no empirismo

e não no princípio da autoridade:

◦ Pouco importa a opinião deste ou daquele

expoente, mas as conclusões objetivas obtidas

empiricamente.

Empirismo

A falta de empirismo pode levar a conclusões erradas:

◦ Na idade média, acreditava-se que o homem tinha uma costela a menos que a mulher história da Bíblia. Ninguém foi contar!

É importante para a ciência é uma maneira sensata de olhar o mundo:

◦ Não basta acreditar em sua intuição ou nas palavras dos mestres: é preciso verificar objetivamente se o fenômeno descrito realmente é verdadeiro.

Empirismo – exemplo

“O interesse pela Internet vem crescendo

muito nos últimos anos”

Será verdade?

Quem disse?

E de onde observou esse fato?

É um sentimento comum e intuitivo. Vários

livros/artigos sobre Internet devem ter

falado sobre isso ao longo dos anos.

Empirismo – exemplo

Mas será essa afirmação realmente

verdadeira hoje?

Não estará o interesse pela Internet

estável ou diminuindo?

◦ Você provavelmente irá responder “claro que

não!”

◦ Mas como pode ter tanta certeza?

◦ Fez alguma observação empírica?

◦ Tem dados?

◦ Afinal, o que é interesse? E como se mede?

Empirismo

Todas as dúvidas são importantes para

quem quer realmente entender os

fenômenos e descobrir algo novo;

Duvidar das conclusões de outros e do

seu próprio senso comum é, muitas vezes,

a chave para grandes descobertas.

Variáveis

É um nome que se dá a um fenômeno que

pode ser medido e que varia conforme a

medição (se não variasse seria uma

constante!);

Possuem um domínio: um conjunto de

valores dentro do qual a variável se altera:

◦ Uma variável relacionada à temperatura não

poderá assumir valores como “Z” ou “falso”,

já que, em geral, ela é um número racional.

Variáveis

Variáveis medidas: é aquela cujo

fenômeno será observado pelo

pesquisador.

◦ Não são determinadas pelo observador,

simplesmente são medidas

Variáveis

Variáveis manipuladas: é aquela que o

pesquisador vai modificar

deliberadamente para realizar o

experimento.

◦ Também chamada de experimental;

◦ Manipula-se uma ou mais variáveis enquanto

outras são medidas para encontrar 6 entre

essas variáveis.

Variáveis – exemplo

Uma variável medida para medir quantas vezes o usuário olha o manual do sistema para obter informações para desempenhar a tarefa que lhe foi proposta;

Uma variável manipulada onde o pesquisador altera o número de passos da tarefa;

O observador observa o comportamento da variável medida;

Variáveis – exemplo

Para encontrar dependências entre as

variáveis é necessário uma hipótese:

◦ 1ª: quanto maior a tarefa maior a consulta ao

manual feita pelo usuário;

◦ 2ª: não importa o tamanho da tarefa, isso não

influenciará no número de vezes que o

usuário consulta o manual.

Variáveis

Não basta realizar experimentos e

encontrar relações entre variáveis: é

preciso ter uma teoria que procure

explicar o porquê dessas relações;

Variável independente é aquela que,

supõe-se, influencia outra;

Variável dependente é a variável

influenciada.

Outros conceitos

Variância e Desvio-Padrão: mais

importante do que a média;

Covariância;

Correlação.

Será necessário “rever”

Probabilidade e

Estatística

A Hipótese de Pesquisa

No trabalho científico, existe uma

hipótese de pesquisa, que não existe em

um trabalho técnico;

Hipótese: afirmação da qual não se sabe

a princípio se é verdadeira ou falsa:

◦ O trabalho de pesquisa consiste em tentar

provar a veracidade ou falsidade da hipótese.

A Hipótese de Pesquisa

Um objetivo sem uma boa hipótese pode

ser arriscado:

◦ Corre-se o risco de realizar a pesquisa sem

obter resultados.

Pergunta frequente:

E se não se conseguir provar que a

hipótese era válida?

◦ Dependerá de quão relevante era a hipótese

original...

A Hipótese de Pesquisa

Se a hipótese foi escolhida a esmo, sem nenhuma justificativa:

◦ Se não for confirmada, não trará nenhuma informação nova para a área de pesquisa problemas.

Se a hipótese era sólida e bem justificada, com evidências de validade:

◦ Se não for confirmada, pode produzir informação interessante: provará que aquilo que se poderia aceitar intuitivamente como verdadeiro, não resistiu à prova assim, mitos são derrubados.

A Hipótese de Pesquisa

Em CC, o trabalho científico consiste em formular uma hipótese e coletar evidências para comprovar sua validade;

3 formas de obter essas evidências:

a) Construindo uma teoria;

b) Realizando certo número de experimentos controlados esses experimentos estão sujeitos a erros;

c) Realizar estudos de caso, comparativos, argumentações, colher opiniões através de questionários não constituem prova, mas podem ser evidências da validade da hipótese.

A Hipótese de Pesquisa

Em CC, o trabalho científico consiste em formular uma hipótese e coletar evidências para comprovar sua validade;

3 formas de obter essas evidências:

a) Construindo uma teoria;

b) Realizando certo número de experimentos controlados esses experimentos estão sujeitos a erros;

c) Realizar estudos de caso, comparativos, argumentações, colher opiniões através de questionários não constituem prova, mas podem ser evidências da validade da hipótese.

Pode-se usar uma

combinação de 2

ou das 3 formas.

A JUSTIFICATIVA

Justificativa

É arriscado ter uma hipótese de trabalho

não solidamente justificada:

◦ Mostrar evidências de que vale a pena investir

tempo e recursos na tentativa de comprovar

a hipótese.

Justificativa

É arriscado ter uma hipótese de trabalho

não solidamente justificada:

◦ Mostrar evidências de que vale a pena investir

tempo e recursos na tentativa de comprovar

a hipótese.

Uma BOA hipótese

precisa ser

JUSTIFICÁVEL

Justificativa

Pode-se justificar o tema de pesquisa:

◦ Em geral, essa justificativa aparece na

contextualização do trabalho: tenta-se

justificar ao leitor que o problema escolhido

realmente é importante.

Mais importante: justificar o objetivo e a

hipótese:

◦ É necessário apresentar alguma evidência de

que uma determinada linha de pesquisa pode

levar a bons resultados.

Justificativa

Pode-se justificar o tema de pesquisa:

◦ Em geral, essa justificativa aparece na

contextualização do trabalho: tenta-se

justificar ao leitor que o problema escolhido

realmente é importante.

Mais importante: justificar o objetivo e a

hipótese:

◦ É necessário apresentar alguma evidência de

que uma determinada linha de pesquisa pode

levar a bons resultados.

Podem ser referências a outros trabalhos que

eventualmente mostraram algum tipo de

resultado que aponte para a viabilidade da

hipótese.

Pode ser também dados colhidos previamente

pelo próprio autor ou em um estudo de caso.

Justificativa – exemplo

Tema de pesquisa: “compactação de

textos”:

◦ Objetivo de pesquisa: obter um algoritmo

com maior grau de compactação do que os

algoritmos comerciais;

◦ Hipótese de trabalho: utilizar um

determinado modelo de RNA para realizar a

compactação;

Justificativa – exemplo

◦ Justificativa do tema: concentra-se em

mostrar que é necessário obter algoritmos de

compactação melhores;

◦ Justificativa da hipótese: concentra-se em

apresentar evidências de que o modelo de

RNA escolhido poderá produzir resultados

melhores do que os algoritmos comerciais.

OS RESULTADOS ESPERADOS

Resultados Esperados

Geralmente, são situações que, espera-se,

ocorram caso seus objetivos sejam

atingidos;

Normalmente fogem do escopo do

trabalho:

◦ Não tenta-se obter os resultados esperados

ao final da pesquisa: eles são posteriores.

Resultados Esperados

Resultados esperados ≠ objetivos:

◦ Os objetivos serão perseguidos e, ao final do

trabalho, terão ou não sido atingidos;

◦ Os resultados esperados possivelmente

ocorrerão após a conclusão do trabalho.

Resultados Esperados – exemplo

Objetivo do trabalho: definir um

método de cálculo de esforço para

desenvolvimento de software mais

preciso do que os métodos do estado da

arte.

◦ Deverá ter uma boa hipótese para

fundamentar esse objetivo;

◦ Deverá realizar um conjunto de experimentos

que, juntamente com a base teórica,

demonstrará a validade ou não da hipótese.

Resultados Esperados – exemplo

Resultados esperados:

1. A adoção do método pela indústria;

2. Melhor desempenho das empresas

produtoras de software que venham a

utilizar esse método.

Resultados Esperados – exemplo

Resultados esperados:

1. A adoção do método pela indústria;

2. Melhor desempenho das empresas

produtoras de software que venham a

utilizar esse método.

Dificilmente esses resultados serão obtidos durante a pesquisa.

Mas poderão ocorrer depois, ou não: pode ser que nenhuma

empresa use o método!

Resultados Esperados

Os objetivos (inclusive os específicos), devem ser verificáveis ao fim do trabalho;

Os resultados esperados são apenas esperanças e não podem, necessariamente, ser verificados ao fim do trabalho;

Para determinar os resultados, tente responder, no início do trabalho, à pergunta:

◦ “O que possivelmente mudaria no mundo se eu atingisse os objetivos do meu trabalho?”

AS LIMITAÇÕES DO TRABALHO DE PESQUISA

Limitações do Trabalho

Infelizmente, não podemos resolver todos

os problemas da humanidade com nosso

trabalho de 1, 2 ou 3 anos:

◦ Síndrome de querer mudar o mundo ou

Síndrome do Prêmio Nobel.

Geralmente o trabalho começará com um

objetivo amplo demais e

provavelmente inalcançável no tempo;

Limitações do Trabalho

É necessário, juntamente com o

orientador:

◦ Realizar cortes nos objetivos;

◦ Limitar a forma de persegui-los;

◦ Em vez de demonstrar que uma hipótese é

sempre verdadeira:

Demonstre que ela é verdadeira apenas em

determinadas condições para as quais foi

possível testar convincentemente.

Limitações do Trabalho

Não desanimar:

◦ As limitações são aspectos que vocês precisam reconhecer e ter a consciência que, no tempo que vocês têm, não é possível abordar.

Precisam ser identificadas desde o início do trabalho:

◦ Evitará divagações e/ou buscas que extrapolem os objetivos iniciais;

◦ Evitará que o leitor crie expectativas que serão frustadas.

EM RESUMO

O trabalho de pesquisa deverá ser

enquadrado em um tema;

O tema, como área de conhecimento,

deverá ser plenamente conhecido pelo

pesquisador;

Dentro do tema, estabelecer um objetivo

a ser buscado;

O objetivo deverá estar baseado em uma

hipótese de trabalho;

A hipótese de trabalho deve ter uma boa

justificativa para ter sido escolhida;

O método esclarecerá como a hipótese

será comprovada;

As limitações deixarão claros quais

aspectos não serão abordados no

trabalho.

Por que é difícil escrever o TCC

Porque pela primeira vez na vida (talvez),

o aluno será colocado diante de um

trabalho individual extenso, em que a sua

iniciativa será fundamental para o sucesso;

TCC é bem diferente dos trabalhos de

escola/graduação:

◦ Não é apenas uma coleta de material de

várias fontes, organizada de uma maneira

pessoal.