3. Data - INPEval/publicacoes/carrara_inpe_2454_tdl...,I 5. Distribuição O Interna EJ Externa O...
Transcript of 3. Data - INPEval/publicacoes/carrara_inpe_2454_tdl...,I 5. Distribuição O Interna EJ Externa O...
,I
5. Distribuição
O Interna EJ Externa
O Restrita
Nelso:Je~~·Diretor .
11. Oltima págin~: B.4
12. Revisada por
~N. S. Venkataraman
13. Autorizada por.
3. Data
Junho, 1982
INPE-2454-TDLj09410. Páginas: 153
MODELAGEMDAS FORÇAS E TORQUESATUANTES EM SATÉLITES
7. C.D.U.: 629.7.015.7
1. Publicação nQ 2. Versão
INPE~2454~TDLj094-
4. Origem Programa
DRH/DCE FRf.!/CEA
6. Palavras chaves - selecionadas pelo(s) autor(es)FORÇAS EM SATÉLITESTORQUES EM SATÉLITESAERODINÂMICAS EM SATÉLITES
9. Autori a Valdemir Carrara
8. Titulo
Assinatura responsável
14. Resumo/Notas .
A dre~cente necessidade de simular, com a máxima precisão,tanto a posição quanto a atitude de satélites artificiais tem provocadoo desenvo~vimento de teorias mais sofisticadas, que calculam as forças.perturbadas que atuam nestes satélites. Estudam-se, neste trabalho, asteorias encontradas na literatura que melhor representam o fenômeno real,sem contudo introduzirem muita complexidade .na sua formualação. Foramconsideradas as principais forças.e torques atuantes em satélitestipicos~e a seguir foi desenvolvido um programa conputacional qu~ baseado nestasteorias, calcula numericamente as forças através da descrição da geometria do satélite. Este programa fei aplicado em seguida a um satélite e~perimental, cujo formato é semelhante ao proposto para um dos satélitesda missão espacial brasileira. Foram então calculados para este satéliteas forças e torques perturbadores, com a intensão de deteminar a grandeza relativa de cada uma, bem como os parâmetros mais influentes. Veriicou-se que a atitude possui grande correlação com as forças,principalmente com os torques. As caracteristicas da superficie do satélite tantoquanto sua temperatura e geometria também influem em algumas forças.
15. ObservaçõesDissertação de mestrado em Ciência Espacial, aprovada em 16
de fevereiro de 1982~
,
•
Ap~ovada pela Banca Examinadora
em cump~;'mento a ~equisito exigido
para a obtenção do Titulo de Mestre. .
em Ciência Espacial
Membro da Banca
":convidado-
,Cà'i A·~·.Membro da Banca
s~~-~ rJ)N0~ruu~'~ Presidente
1k4L,Ç~Orientador
T~~·
ti,Dr.Xydano Barreto Carleial
Candidato: Valdemir Carrara
Dr.Santiago Alves Tavares
Dr.Nellore S.Venkataraman
Dr.Atair Rios Neto
Dr.Jerzy Tadeusz Sielawa..
são Jose dos Campos, 16 de fevereiro de 1982
•
,
AGRADECIMENTOS
Ao Instituto de Pesquisas Espaciais pelas facilidades
concedidas ã realização deste trabalho. por meio do projeto ORBAT.
Ao Dr. N~llore S. Venkataraman pela orientação e dedic!
ção durante o desenvolvimento dessa dissertação.. .
Aos demais membros da Banca Examinadora, em especial ao
Dr. Atair Rios Neto, pelas sugestões e conselhos ao longo do trabalho.
~ minha esposa, Renata, pelo in~entivo e auxilio na da
tilografia.
A todos os integrantes da Divisão de Dinâmica Orbital,
que muito contribuíram com sugestões e comentários, e em particular a
Vãlder Matos de Medeiros pela colaboração na confecção das figuras.
•
,
ABSTRACT
The increased demand to simuZate, withhigh precision,
the position as 'we'LZas the attitude of an rirtificia"l Earth sateUitehas Zead to the deveZopment of very comp"lex theories that caZcuZate
thé perturbing forcesacting on sat~Zt,ites. In this work, the theoriesencountered in the Ziterature that best represent the physicaZ
phenomenon without introducing too much forrrrru"lationcomp"lexity ax>estudied. The main forces andtorques acting on typicaZ sateHites are
discussed, and, foZZowing this, a computer program based on the~e
theories UJaS deve"loped to caZcuZate numericaZ"ly these forces. Then the
px>ogramhas been appZied toan exp~Pimenta"l sateZ"lite, whose configuration is simiZarto a proposed sateZZite for the BraziZian space
progràm. The forcesand tOl'ques were CaZcuZated for thissateHitewith the object of studying their. reZative magnitudes as weH the
parameters that. infl,uence them. The forces and the torques are strong"ly
dependent on the sate"lZite attitude. AZsó, the sate"lZite surfacecharacteristics, its temperature and geometry infl,uencé some of the
fopces and torques.
I,
SU~RIO
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
•• '•••• '•••• ti '••••••••••••••. ,••••• ' ••••• '. • • • • • • • • • • • •• 1,...%
. ...• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •• • • • • • • • • • :x:z, 1..1,
LISTA- DE SrMBOLO~ •••••••••••• ,•.••••• ',•••••••• '••. ,••• ,•• ,••.•••••••.•••••• :r:v
CAPITULO 1 - INTRODUCAO •••••••••••••••••••••••••••••••••••••• ,.... 1
CAPITULO 2 - ROTACOES E SISTEMAS DE COORDENADAS •••••••••••••••••• 5
2.1 - Rotações •.... _ _ . 5
2.2 - Sistemas de coordenadas ••••••••••••••••••••••••••••••••• ~.. 6
2.2.1 - Sistema geocêntrico inercial - XiViZi•••••••••••••••••••• 7
2.2.2 - Sistema geocêntrico orbit~l- XOVoZo ••••••••••••••••••• ;. 8
2.2.3 - Si stema 'do a1tredo - XaVaZa ••••••• '.••••••••••••••••••••••• 9
2.2.4 - Sistema do satelite - XSVSZS ••••••••••••••••••••••••••••• 10
2.2.5- Sistema do elemento de sup~rflcie - XeVe~e ••••••••••••••• 11
CAPITULO 3 -FORCA E TORQUE AERODINAMICOS •••••••••••.•••••••••••• 13
3.1 - Introdução .........•....•..•. ; ...••.•.•.......... '•........... 13
3.2 - A interação entr~ o -gãs e a superfície ••••••••••••••••••••• 14
~.3 - Expressões para força e torque num elemento •••••••••••••••• 17
CAPITULO 4 - FORCAS DE RADIAC~O ••••••••••••••••••••••••••••••.•••• 27
4.1 - Introdução ..•.......••.•.••.•..••..••.•.•.••......•.••.••.. 27
4.2 - Radiação solar direta •••••••••••••••••••••••••••••••••••••• 28
4.3 - Radiação refletida pela Terra •••••••••••••••••••••••••••••• 38
4.4 - Radiação emitida pela Terra •••••••• u •••••••••••••••••••••• 46
'cApITULO 5 - TORgUE DE·GRADIENTE DE GRAVIDADE ••••••••••••••.••••• 51
5.1 - Introdução •.•....••.••.•.••••••••••••••••••......••.•.•.•.. 51
5.2 - Torque de gradiente de gravidade num corpo rígido ••,........ 52
CAPITULO 6 - FORCAS E TORQUES ELETROMAGNtTICOS ••••••••••••••••••• 57
6.2 - O potenciai do satelite •••••.••••••.•••••••••••••••••••••••••
.................................. ,.
6.1 - Intro·ducão' ..................••.•..... ~...•................... 57
58
616.3 - Força e torque de Coulomb
- vii -
- viii -
,CAPITULO 7 - APLICAC1O DA TEORIA E· RESULTAOOS••••••••••• ~.;...... 67
REFERE:NCIASBIBLIOGRAFICAS ••••••••.•••• ~••••••••••• '•••••• ~•••••••• '117
APrNDICE A - JNTEGRACAOANALfTICA E TESTE, DA INTEGRACAO' NUMrRICA. DO COEFICIENTE DE ARRASTOAERODlNAMlCO EM ~ORPOS SIM
PLES
APE:NDICEB - rrUEGRAC1OANALfTICA E TESTE DA-':lNTEGRACAO';'-NUM!RICA";"DO COEFICIENTE~DE FORCADE RAOtAC1OEM,CORPOS~iMPLESJ,
61
63
,,64
.............................
,
6.5 - Força e torque de, indução ••••••••••••••••••••••• ~•• ~•••••• ~
6.6 - Outros tipos de forças ••••••••••••••••.•.••••••••••••••••••••• . ... i .,. • '.
6.4 - Torque de corrente de Foucault
,.
7.1 - Introdu'ção ...........•...• -••••• 4"••••• <. . •.• . . • . • • .• • . . . . .. . • . 67.'
7.2 - Coeficientes aerodinâmicos ·•••••••••••• P .•••••••••• eó ••••••• 71
7.3 - Coeficiente de força de radiação ••••••••••••••••••••••••••• 79
7.4 - Coeficientes dotorque de gradiente de gravidade •• " ••••••• 95
7.5 - Forças e torques ao longo de uma órbita •••••••••••••• ; ••••• 98
. CAPITULO 8 - COMENTARIOSE CONCLUSOES••••••••••••••••• ~•••••••••• 113
I
LISTA DE FIGURAS
2.1 - Rotação sobre o eixo Xb ••••••••••••••••••••••••••••••••••••
2.2 - Sistem? de referência geoc~ntrico inercial •••••••••••••••••
2.3 - Sistema geocêntricoorbital ••••••••••••••••• n ••••••••••• ••
2.4 - Sistema do albedo'XayaZa ••••••••••••••••••••• '••••••••••••••
2.5 - Sistema do satélite',XSysZs ..••••••••• p •••.••••••••••••••••••
2.6 - Sistema do elemento de superfície ••••••••••••••••••••••••••
3.1 - Caminho livre médio em função da altura ••••••••••••••••••••
3.,: - Sistema de coordenadas no elemento •••••••••••••••••••••••••
4.2 - Sistema de referência no elemento •••••••••••••••••••••••• n
4.3 - Radiação refletida ~ifusamente ••••••• ~•••••.••••••••••••••••
.4.4 - Angulos no sistema do albedo •.••••••••••••••••••••••••••••••
4.5 - Região visível totalmente iluminada •••••••• ,~•••••••••••••••
4.6 - Região visível parcialmente iluminada, com 60 ~ n/2 ••••••••
4.7,- Região visível iluminada parc~almente com 80> n/2 •••••••••4.8 -"Região visível na sombra terrestre •••••• ~••••••••••••••• ~.
4.9 -'max em funç~o de e para alguns valores de 80 ••••••••••••••5.1 - Elemento de massa do satéli.te •••••••••••••••••••••.•••••••••
6.1 - Velocidades dos elétrons e íons com relação ao satélite, na
ausência de campo magnético ••••••••••••• ~•••••••••••••• ~••• 59
6.2 - Efeito do campo magnético terrestre na distribuição superfi
cial de ·cargas •.•••••••••••••.•••••••••••••••••• ~.•••••..• : 60
6.3 - Correntes elétricas induzidas na superfície do satélite pelo
campo magnético da Terra •••••••••••.•••••.••••••••••••••.••••• 62
6.4 - Fluxo de elétrons e íons no satélite ••••••••••••••••••••••• 64
7.1 - Geometria, dimensões e eixos do satél ite experimental •••'•••. 69
7.2 - Angulos aA,e BA no sistema do satélite •••••••.••••••••••••• "72
7.3 - Coeficiente de arrasto aerodinâmico, como função do ângulo B(J:'para alguns valores da razão de velocidades s' ••••• ~........ 73
7.4 - Coeficiente de arrasto, COA, em função da razão de velocida
des s e de a e aI (ângulos de ataque nulos: aA = BA = O •••: 73
7.5 - Coeficiente de arrasto, em função de s COma e aI variandode
O a 1 (ângulos de ataque: aA = O, BA'= 22,50 e Tw"Ti= 1 74
- 1.:x; -
,
7.6 - Coeficiente COA em f~nção do ângulo aA e da razão de velocidades S(BA=O, a = a = TJTi = 1)•••••••••••••••••••••••••• 75
7.7 - Coeficiente de ~rr~sto aerodin~mico em função de aAe S(BA == 22,50 e a = a. = lJTi = 1)••.•••••••.••.•••••••••••••.••••••75
7:8 - Variação de CDA com se"TJT i (aA= o, BA = 22,50 e a = aI> == 1)•••••••••••••••••• ,••••••••• ~'•••••••••••••••••••••••••••• 76
7.9 - Coeficiente,de torque no eixo yS do satelite,.em função 'do·- . I . -' "angulo aA e de s, para l3A =. O e a = a =TJTi = t 77
7.10- Coeficiente de torqueno eixo XSem função de aA e de l3A(a == a = Tw'Ti = 1, s = ··6).••••••••••••••••••••••••••••••••••• 77
7.11- Coeficiente'de torque a7rOdinâmico CMAY no eixo.yS em funçãode BA eaA(s = 6, a = a = TwlTi= 1)....................... 78
7.12- Coeficiente de tor~ue no 'eixo ZS em função de l3A e aA(s = 6"TJTi = 1, e a = a = 1)••••••.•••••••.•••.••~••••~•••••••••••• 78,
.7.q- J\ng!!losde incidência aR e l3R da radiaç~o solar no sistema dosatel ite ~ _ -., ' -.. 79
7.14- Coefieie~t~,ck!força de ,r~diaç~oem função dos ângulos.:aR e
.6R (coefl~lente de reflex~o: y = p,= 0,7)••••••••••••••••••• 80
7.15- Coeficente:de força.,.de·radiação em:fUIlÇ~Od~ I3R,tpitr-a •.alguns 'valores de aR (y = p = O,7) .•••.••••••••P ••••••••••• :.~ •• ~ •• 81
7.16- Componente'do coeficiente de força de radiação no eixo XS,
'. em funç~o de aR e SR' para y = p = 0,7 •••••~••••••••••••••• 82
7.17- Componente dO coeficiente de força de radiação no eixo yS,_em
funç~o dos ~ngulos aA e 6A, para y = p =: 0,7 ••••••••••••••• 82
7.18~Coeficiente de força de radiação no eixo ZS pm função dos ân'
. gulos aR e í3R (reflectância e parcela especular: y = p = O,TT 837.19~ Influência da-reflectância y no coeficiente de radiação em
, funç~o de aR (BR = 22~50 e p ='D,5).•••••••••••••••••••••••• 83
7.20- Influência de y no coeficiente de força de radiaçãoemfunção
do~nguloaR (l3R = 22,5° e p = 1,0) ••.•••••••••••~••.•••••••• 84
7.21- Componente do.coeficiente de radiação no eixo.Xs em função'
de aR e y (l3R = 22,50 e p = 1,0) ••~•••••••••••••••••••••••• 84
7.22- Coeficiente de radiaçãó projetado'no eixo yS, em função de
aR' para alguns valores de y(BR= 22,50 e p = 1,0)••••••••• 85
7.23- Componente no eixo ZS do coeficiente de radiação em função de
. aR'e y (l3R = 22,50 e p = 1,0).••••••••••••••••.•••'.••••••••••• 85
7.24- Coeficiente de torque de radiàção'no eixo XS, em função de
aR e BR'(y = 0,7 e p = 0,7) ••••••••••••• o. ••••••• '. •• • • • • • • • • • 86
7.25- Componente do coeficiente detorque de radiação no eixo yS
em função de aR e BR (y = p = 0,7) •••••••••••••••••••••••• 87
,- z-
1~
~
rl:
~
~
i~
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4f.,~
~.
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. il\
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J\
T--,
T
,
7.26- Coeficiente do torque de radiação no eixo' XS(SR = 00, p = 1,0). 87
7.27- Coeficiente do torque de radiação no eixo yS em função do ân .
gulo aR e de y (8R = 00 e p = 1,0). ~••••••••••••••••••••••• :- 88
7.28- Coeficiente do torque de radiação no eixo ZS em função de aR
e y (SR = 00 e p = 1,0) •••••••••••••••••••••••••• ~••••••••• 88
7~29- Angulos de rotação $s' ese ~sno sistema do albedo •••••••. 89
7.30- Componente do coeficiente de força dO albedo na direção de
ZS em função de ao e de alt~tude h(y = p = 0,7) •••••••••••. 90
7.31- Coeficiente do albedo na direção horizontai, yS, em função de
ao e de h (~s = as = ~s = O: y = p = 0,7) ..••••••••••••••• 91
7.32- Componente vertical do coeficiente· do albedo em função de ao
e as (y= p = 0,7,~s = ~s = O e h = 700 km) •••••••••••••••• 91
7.33- Componente horizontal do coeficiente do albedo em função de
ao e as (~s = .s = O; y = p = 0,7 e h = 700 km) •••••••••••• 92
7.34- CompOnente vertical do coeficiente do albedo em função de ao
e as (.s = O, ~s = 900, y = p = n,7 e h = 700 km), ••·•••••••• 92
7.35- Componente horizontal do coeficiente do albedo em função de
ao e as (y = p = 0,7;·~s = 600; .s = O e h = 700 km) ••••• ~. 93
7.36- Coeficiente verÚcalda radiação terrestre em função de h e
do ângulo as (y = p = 0,7; ~s ~ .s= 00) ••••••••••••••••••• 94
7.37- Componente vertical do coeficiente de radiação terrestre em
funç~o de as e .s (h = 700 km; ~s =.0 ey = p = 0,7) ••••••• 94
7.38- Coeficiente horizontal da .radiaç~o terrestre em função de as
e .s (h = 700 km; ~s = O e y = p= 0,7) ••••• ~•••••••••••••• 95
7.39-A~gulos âG e 8Gque fo~n~cem a direção do versor Terra-satéllte no slstema do satellte •••••••• ~••• ~••••••••••••••••••• 96
7.40- Coefici~nte do.torgue de gr~diente de gravidade no.eixo XS
em funç~o da dlreç~o do z~n1te l?cal,aG e BG •••• ~••••••••• 97
7.41- Coeficiente de torque de gradiente de gravi.dade no e.ixo yS
. em funç~o dos ~ngul os aG e BG •••• ,........................... 97
7.42 ••Coeficiente de torque:noeixo Zs, devido ao gradiente de gra
vidade, em função de aG e,8G .~•••••••••••••••••••••••••••• 7 98
7.43- Angulos de ·atitude $s' es e ~s com relação ao sistema orbital ~...• ~•.••.•..••....••••... , .. _., 99
7.44- Configuração entre o planoorbital e a eclTtica para n = 00e o = 1800 •• ~•••••••• ~••• , •••••••••••••••••••••••••••••••• 100
7.45- Forças em N no eixo XO com os elementos orbi~ais iguais a:
a = 71~8 km (h = 750 km); n = O; e = 0,007; 1 = 22.; w == 14,3 .....••............•.•..•.....••..•... ~.• - - 102
- ~i·.~
•
,
7.46- Forças em N no eixo yO, perpendicular ao plano orbital (a == 7128 km, e = 0,007, i = 220, o = 0° e w = 14,3°) •••••••••• 102
7.47- ForçasJio eixo Zo (elementos orbitais: a = 7128 km, e =0,007,
i = 220, o = 00 e.~ = 14,30) ••••••• ~•••••••••••••••••••••••• 103
7 .48- Tor~ues em Nm no eixo XS do sistema do, s9tél ite· (or.jentação
" com' relaç~o' ao sistem'a'orbital:t.cjIs= :6,5 ';' Ws ="O) .: •••••••• 103
7.49- Torques em Nm no eixoYs do sistema do satelite (orientação
com retação'ao sistema orbital: cjIs:i6s= 1Vs = O) ••• ~ •••••• :·104
7.50- Torques em Nm no eixo ZS (orientação do ·satélitecom relação
ao sistema orbitar~da por: 's='es = Ws = O) •••••••••••• 104
7.51- Forças em N no eixo XO (elementos orbitais: a = 7128 km,e == 0,007, i = 22°, o = 180° e w = 14,3°) •••••••••••••••••••• 105
7.52- Forças em N no eixo yO (elementos orbitais: a = 7128 km, e == 0,007. i = 22°, o = 180° e w = 14,3°) •••••••••••••••••••• 106
, 7.53- Forças em N no eixo ZO (elementos orbitais: a = 7128km, e =
= 0,007, i = 22°, o = 180° e Ul. = 14,3°) •••••••••••••••••••.• 106
7.~4- Torques em Nm no eixo XS (ângulos de atitude com relação ao
. sistema orbital: cjIs= a ='ws = 0°) •••••••••••••••••••••••• 107
7.55- Torques em Nm no eixo Y~ do satélite (ângulos de atitude com
, relaç~o ao sistema orbital: cjIs= 6s = 1/.Js = O) ••••••••••••• " 107
7.56- Torques'no eixo ZS em Nm (ângulos de atitude com relação ao
sistema xoyozo: <l>s= as = 1/.1s·= O) •.••••••••••••••••••••••••• '108
, 7.5'7- Forças no eixoXo em N (elementos orbitais:. a = 6878 km, e =
=0, i = 22°, w = '14,3°, o = 180° e h = 500 km) •••• ~••••.••• 109
7.58- Forças em N no eixo yO (elementos orbitais:a = 6878 km (500
km de altitude), e = O, i =220, o· = 1809, Ul = 14,3°) •••••• 110
7.59- Torques em Nm no eixo XS do sistema do satélite (ângulos de
atitude com relaç~o a Xoyozo: '5 = 6s = 1Ps = O) .~ •••••••••• 110
7.60- Torques em Nm no eixo yS (ângulos de atitude com relação ao
sistema Xoyozo: cfls = 6s = tPs = O e h = 500 km) ••••••••••••• 111
7.61- Ponto deequillbrio entre os torques aerodinâmlcos e de gradiente de' gravidade, a 500 km de altitude ••~••••••••.•••••• -:-111
A.1 - Angulo de ataque a num cilindro •••••••••••••••••••••••••••• A.2
A.2 - Precisão do integrador nUlI)ericoem função do número de divisões num cilindro •••••••••••• ~•••••••• ;••••••••••••••••••• -:-A.3
A.3 - Precisão da integração do coeficiente de arrasto numaesfer~em função do número de divisões •••••••••••••••••••••••••••• A.6. .
•• :cÍ,Í,-
LISTA DE TABELAS
_ pãg.
3.1 - Valores de a e a para o ar ••••••••••••••••••••••••••••••••• 16
6.1 - Numero de moleculas por m3 na atmosfera •••••••••••••••••••• 57
6.2 - Valores de k para alguns formatos •••••••••••••••••••••••••• 63
A.1 - Teste comparativo para cilindro •••••••••••••••••••••••••••• A.4
A.2 - Teste comparativo para esfera •••••••••••••••••••••••••••••• A.5
B.1 - Teste comparativo para cil:indro .••••••••••••••••••••••••••• B.2
B.2 - Teste comparativo para-esfera •••••••••••••••••••••••••••••• B.3
- ;;iii -
•
,
..- .. .
, ~,
,
LISTA DE SfMBOLOS
a - Semi-eixo maior da órbita do satélite
Ar - ~rea de referência
At - Area dá seção transversal do satélite
A - ~rea do disco solar--_.
S - Vetorcampo magnético terrestre·
c - Velocidade da luz no vãcuo
C - Matriz de rotaç~o entre o sistema do satélite e o sistema dos ei
xos principais de inércia
CSH - Coeficiente do albedo na direç~o yS
CSV- Coeficiente do albed~ na direç~o ZS
COA - Coeficiente de ~rrasto
CDL - Coeficiente de sustentaç~o
CEH - Coeficiente de radiaç~o terrestre na direç~o yS
CEV - Coeficiente de radiaç~o terrestre na direç~o ZS
CMAXt CMAY' CMAZ -Componentes do coeficiente do torque aero~inâmico
CMGXt CMGyt CMGZ - Componentes do coeficiente do torque de .gradiente
de gravidade
CMRXt CMRyt CMRZ - Componentes do coeficiente do torque de radiação
CRS - Coeficiente de força de radiaç~o na direção de incidênc1a
CRL - Coeficiente de força de radiaç~o na direção perpendicular ã" deincidência
do ~ Distância da Terra' ao Sol
dA - ~rea de um elemento de superficiedo satélite
dAT - ~reade um elemento na superfície terrestre
dF: - Força aarodin~mica num elemento
-:x:v-
"
dFN - Força devido ã radiação incidente normal a um elemento
dF~ - Força de radiação num elemento ,
dM: - Torque aerodinâmico no centro de massa devido a dF:
dM~ - Torque em rel,ação ao centro de massa devido a dF~
dPN - Força de radiação' normal a um elemento1,,; t'.:.;li.
dPT - Força de radiação tan~~ncia] a ~~ elemento
e - Excentricidade da órbita do satélite
erf'-função erro
ff.1
fwFS'a-s
FB-s
FE
F.c-sFR
h
- Anomalia verdadeira
- Função de distribuição de velocidades das moleculas incidentes
- Função de distribuição de velocidades das moléculas emergentes
- Força aerodinâmica no satélite
- Resultante das forças devidos ao albedo no satélitet ••. '. t.'
- Resul tante das forças devi.dos ãradiação terrestre
- Força de Coulomb
- Força de radiação no satélite
- Altitude do satélite
i - Inclinação da órbita do satélite
s s s s s s
. Ixx' IXY' Ixz' Iyy' Iyz' Izz - Componentes do tensor ..detema do satél fte
•••
inercia no sis
l~x' lri' I~z Componente do tens'or principal de-inercia'
k - Constante de Boltzmann
k .- Constante de forma do satélite
Lr - Comprimento caracterlstico do satelite
m - Massa media de uma molecula da" atmosfera
mi - Massa media de um 10n da atmosfera
- %v1. -. ,," .
1----
,
ms - Massa do satelite
M - Anomalia media do satelite
-M - Massa molecular media local da atmosfera
-s
Ma - Torque aerodinâmico no satelite-s
Mg -Torque de gradiente de gravidade-s
MR - Torque em relação ao centro de massa devido ã radiação
ni - Numero de ions por unidade de volume local
nT - Versor normal a um elemento de ãrea da Terra
Na - Numero de Avogrado
Ps Pressão de radiação normal a um elemento
Pn - Pressão aerodinâmica normal a um elemento
.p - Pressão aerodinâmica na direção tangencialtq - Carga eletrica do satelite
r - Razão entre o raio da õrbitae o raio da Terra
r~g - Raio vetor do centro de massa no sistema do satelite
r~ - Raio vetor do centro de um elemento no sistema do satelite
r~ Raio vetor do satélite no sistema inercial
RT - Raio terrestre
Ro - Raio medio da órbita da Terra
s - Razão de velocidades
5s _ Versor Terra-Sol no sistema do satelite
S - Constante solar ãdistância R do Sol
So - Constante solar .~ dist~ncia ,Ro do Sol
Sl - Potência emitida pelo disco solar
Ti - Temperatura local da atmosfera
Tw - Temperatura de um elemento de superflcie do satelite
- ~ii -
ÜS _ Velocidade da atmosfera com relação ao satélite
-i - .va - Velocidade da atmosfera com relaçao ao slstema inercial-i - -Vs - Velocidade do satelite com relaçao ao sistemainercial
w - Velocidade de rotação do satelite
w~ - Velocidade de rotação da Te~rano sistema inercial. ,.a - Coeficiente de acomodação térmica~. !'
a . - Albedo médio terrestre
ao - Ascensão reta do Sol
aA - Angulo entre ÜS e o plano XSys
,aR - Angulo entre SS eo plano XSys <l;
aS - Angulo entre ZO e o plano XSyS
ao '-'Angulo entre .xa e XO
BA - Angulo entre a projeção; de ÜS noplanefXsyse oeix().4~s
BS - Angulo e~tre o' eixo ·Xs ~ aprojeéio cfe'Z()' no? plâno~xSy.S., ,~,.,,;,,,:,,:~'::'_<.a;~'::':).' -''':.cT
B _ Angulo entre o eixo XS e a prôjeçãg~dess no plano XSys'.',.,~'..R
.y - Reflectância do elemento de superfície do satélite
60 - Declinação do Sol
6s ~ Angulo formado por ~T e Za
e - Emissividade do elemento de superfT~ie do satélite
n - Angulo, formado pela direção de incidência da radiação e pela nor'0 ..'
mal ao elemento de superfície do satélite
a - Angulo formado por üSepela normal ao elemento. ' .
ao - Angulo entre Za e o vetor Te~ra-Sol,. _sa
as - Angulo entre ZO e ZS
amax - Angi:.loque del imita a região v'isível sobre'a Tert'a
À - Caminho livre medio das moléculas na atmosfera
- %Viii -
CAPITULO 1
INTRODUÇAO
A principal força que atua em sate1ites artificiais ter
restres e a atração gravitaciona1 da Terra. As demais forças, embora
pequenas, modificam ao longo do tempo os elementos orbitais dos sate1i
tes, dificultando desta forma seu rastreamento, ou seja, a determina
ção da sua verdadeira posição no espaço. Essas forças causam tambem tor
ques sobre o centro de massa· do sate1ite, podendo com isso alterar sua
orip.ntação (atitude) preestabe1ecida, na qual normalmente se deseja que
o sate1ite permaneça. O conhecimento preciso desses torques, bem como
sua variação com o tempo, e uti1 não só para estudar o controle e a e~
tabi1idade do sate1ite, com~ tambem para simular a atitude. Outra apli
cação da determinação desses esforços. e fornecer recursos para dimen
·sionar certos componentes da estrutura de alguns satelites, assim como
verificar seu comportamento e funcionamento quando submetidos a essas
forças. r imprescindlvel, portanto, quando se deseja determinar, conh!
cer, prever ou simular órbitas ou atitudes, a perfeita compreensão dos
fenômenos que acarretam o aparecimento de tais forças.
Em vista disso propõe-se a construção de um programa com
putacional que, utilizando algoritmos capazes de aliar rápido process~
mento ã grande precisão, calcule as principais forças e torques em s~
te1ites com órbitas compreendidas entre 200 e 2000 km, sobre a superfl
cie da Terra.
Um estudo crltico das teorias desenvolvidas na 1iteratu
ra deverá então ser feito, tendo como base a sua precisão, quando co~
frontadas com resultados experimentais. Tambem deverão ser levadas em
contas as hipóteses simp1ificadoras que foram feitas durante sua formu
1ação, o que limitaria a região de abrangência e reduziria a ap1icabi
l:dade. De extrema importância será o grau de complexidade dessas te~
rias, frente ã dificuldade de serem obtidos os parâmetros com a preci
são necessária para o cálculo das forças. Outro fator que ainda deve
1 -
- 2 -
ser levado em conta seria a não-fixação da teoria por nenhuma configu
ração especifica de satélite, que restringi.ria desta forma a aplicação
do programa computacional a ser gerado; esta teoria deverã,outrossim,
possuir um carãter geral a fim de que possa ser util izada em outras mis
sões e abranger todas'as fases de cada uma delas.
As principais forças e torques que agem nos satélites
. com altitude entre 200 e 2000 km e'que serão tratadas nos capitulos suÉ.
sequentes são:
a) Forças etorquesaerodinâmicos.
b)
Forças eto)~quesdevidosã pressão deradiação solar.
c)
Forças etorquesdevidosao albedo terrestre.
d)
Forças etorquesdevidosã radiação terrestre.
e)
Torque de gradiente de gravidade.
f)
Forças e torques eletromagnéticos.
As perturbações causadas na õrbita, devido ao achatame~
to terrestre e às perturbações luni-solares, por serem passiveis de ser
obtidas facilmente e com grande precisão, não serão abordadas neste tra
balho.
A força aerodinâmica, tratada no Capitulo 3, surge em
decorrência do choque entre as moléculas da atmosfera com a superficie
do satelite. Ela é predominante em satelites de baixa altitude (menor
que 1000 km); por isso deverã ser calculada com mais precisão. A mode
lagem proposta por Schaaf and Chambré (1961) para a forçaaerodinâmic~
baseada na Teoria Cinetica dos Gases de Maxwell, Boltzman e outros, for
nece resultados altamente confiãveis, conforme foi demonstrado por
Boettcher and Legge (1980) e Fredo and Kaplan (1981).
A radie.ção solar direta, tratada na Seção 4.2, deriva
da reflexão e absorção dos fõtons solares pela superficie do satélite.
- 3 -
Praticamente independe da altitude do satélite, sendo normalmente a
maior componente a partir dos 1000 km. Sua formulação, coerente com os
requisitos aqui exigidos, foi feita nos artigos de Evans (1964) e Geo!
gevic (1973a). A radiação refletida pela Terra ou albedo, juntamente
com a emitida, ou radiação terrestre, serão tratadas nas Seções 4.3 e
4.4 respectivamente, utilizando-se para isso o equacionamento formula
do nos artigos de Cunningham (1963a, 1963b).
Por sua vez, o torque de gradiente de gravidade dese~
volvido no Capitulo 5 surge devido a diferentes partes do satélite e~
tar~m a diferentes altitudes. Vãrios livros e artigos trazem as equ~
ções do torque de gradiente de gravidade, entre outros Robertson (1958),
Beletskii (1966) e Meirovitch (1970).
Devido ã grande dificu·ldade em obter a solução das equ~
cões que fornecem as forças e torques eletromagnéticos num satélite g~
nérico, serã feita no ·Capitulo 6 apenas uma descrição qualitativa de~
tas forças que resultam da interação mutua do satélite com o campo ma~
nético terrestre e com os ions e elétrons da atmosfera.
Finalmente no Capitulo 7 aplicar-se-ã a teoria desenvol
vida nos capitulos precedentes a um satélite experimental, ~ os resul
tados serão analisados, com o sentido~·de d~terminar os parâmetros que
mais influem nas forças e torques atuantes neste satélite.
CAPITULO 2
ROTAÇOES E SISTEMAS DE COORDENADAS
Serão utilizados neste trabalho vários sistemas de coor
denadas, interligados por rotações angulares cuja notação e introduzi
da na Seção 2.1. Os vetores serão indicaàos pelo traço superio~enqua~
to o índice minusculo sUp'erior indica o sistema de coordenadas a que
este se refere. Os vetores unitários ou versores trazem acento circun. -flexo em vez de traço, sendo que as direções do triedro de referência
são denotadas sempre por i, J e ~·nas direções X, Y e Z, respectivame~
te. Matrizes trazem um traço inferior.
2.1 - ROTAÇOES
Serã estabelecida tambem uma sistemática para efetuar ro
tações entre dois sistemas de coordenadas cartesianas. Considerândo-se
o sistema XbybZb indicado na Figura 2.1, efetua-se uma rotação de um
ângulo e no sentido direto, sobre o eixo Xb, fazendo-o coincidir com o
sistema XCycZc. A expressão que relaciona um vetor ~bno sistema XbybZb
com o me$mo vetor referido ao sistema XCycZc e:
"nde:
1 o o
RX(e) = o cos e sen e
O-sen e cos e
- 5 -
(2.1)
(2.2)
- 6 -
Fig. 2.1 - Rotação sobre o eixo Xb•
Anal ogamente , se a rotação for efetuada sobre o eixo yb
ou Zb, as matrizes resul tarão, respectivamente, em: '
coseO-sene
RY(e)
=O1O,
sen
eOcosa
cos
eseneO
RZ(e)
=-sen(;coseO
O
O1
(2.3)
(2.4)
Note-se que a formadas matrizes só depende do eixo s~
.bre o qual se efetua a rotação. Justamente por isso não ê necessário
descrever'a rotação que foi feita sobre o eixo Xb, bastando que se in
dique a letra x superior. Algumas propriedades úteis das matrizes de
rotação podem ser encontradas em: Goldstein (1973) e Deutsch (1963).
2.2 - SISTEMAS DE COORDENADAS
Serão adotados aqui, em essência, 5 sistemas de referên
cia, inter-relacionados pelos elementos orbita~s, posição do Sol,orie~
- 1 -
tação e geometria do satelite. Os três primeiros são geocêntricos; o
quarto e fixo na estrutura do satelite; e o quinto tem sua origem cen
trada num elemento de superficie externa do satelite.
2.2.1 - SIST~MA GEOCtNTRICO INERCIAL _ XiyiZi
No sistema inercial os eixos Xi e yi estão contidos no
plano do equador terrestre, com o eixo Xi coincidindo com a interseção
do plano da eclitica (plano da õrbita do Sol em relação ã Terra) e com
o plano do equador. O eixo Zi aponta para o Põlo Norte. (Figura 2.2).
Fig. 2.2 - Sistema de referência geocêntrico inercial.
Os ângulos ao e ôo' ascensão reta e declinação do Sol,
numa determinada data, fornecem o vetor posição do Sol no sistema iner
cial, r~,
o;lde ;i, Ji e Ki são os versores unitários no sistema geocêntrico iner
-eial, e do e a distância Terra-Sol.
~ "..,X" o~/ i ir'" = k~ (új '), 1-':' (\ ) • "- ,,~_) (' •
-tC.52.CW_SS2C1SU)
rO:=P -c.JI--. 5rj) _ G-Y_ C-~eu]
s52.. S'l -cJZ. !5;
- 8 -
2.2.2 - SISTEMA GEOCtNTRICO ORBITAL _ XOyoZo
o sistema orbital aqui definido tem sua origem no cen
tro da Terra, com o eixo ZO passando pela origem do sistema do satéli
te e yO perpendicular ao plqno da órbita, com o sentido da velocidade
angular orbital do satélite (Figura 2.3).
Fig. 2.3 - Sistema' geocêntrico orbital.
A relação que une o sistema geocêntrico inercial com o
sistema orbital será:
(2.6)
onde ri é um vetor cujas componentes são dadas no sistema inercial: Q,
a ascençao reta do no do ascendente da órbita; i, a incl inação; w, o ar
gumento do perigeu; f, a anomalia verdadeira; e rO, o vetor ri com re
laç~o ao sistema orbital. O vetor de estado do satélite (posição e v~
locidade) é obtido atraves dos elementos acima descritos juntamente com
o semi-eixo maior da órbita, a; a excentricidade, e; e a anomalia me
dia, M (Escobal, 1965).
- 9 -
2.2.3 - SISTEMA DO ALBEDO _ XayaZa
Neste sistema, tambem com a origem localizada no centro
da Terra, o eixo Za passa pela origem do sistema do satelite; o raio
vetor Terra-Sol estã contido no plano formado por ya e Za (Figura2.4),
de modo a formar com ya um ângulo sempre menor que n/2.
Fig. 2.4 - Sistema do albedo XayaZa.
As componentes
transformadas num vetor cujas
tal, empregando-se a relação:
de um vetor no sistema do a1bedo, y:a, são
componentes se referem ao sistema orbi
(2.7)
onde So e o ângulo formado por yO e ya, definido pelo seu seno eco-se
no:
sen"'0• 1 , (2.8.a)
- 10 -
(2.9)
(2.10)
(2.11)
,(2.8.b)
rS = RZ(~s) RX(as) RZ(~s) RZ(_n) RX(_i) RZ(-w-f)
RZ(_n/2) RX(-n/2) RZ(S ) ra•o
onde r~ e o vetor Terra-Sol 'com componentes no sistema orbital, obtido
a partir de r~, utiliza~do-se a Equação 2.6.
Se inicialmente o vetor for dado no sistema do albedo,
2.2.4 - SISTEMA DO SATtLITE _ XSVsZs
Este sistema tem sua origem fixada no satélite, em rel!
ção ao qual deverá ser descrita sua geometria e fornecidos os momentos
de inércia, juntamente com as coordenadas do seu centro de massa.
A orientação dl> satélite com relação a outro sistema XVZ
será dada em· função dos ângulos de Euler, ~s' as e vs' apresentados na
Figura 2.5. A equação que relaciona os dois sistemas' é
O sistema XVZ pode representar o sistema inercial ou o
orbital, .caso, respectivamente, o satélite seja controlado inercialme~
te (a maior parte dos satelites atuais) ou tenha sua orientação como
função da vertical local (satélite estabilizado por gradiente de gravi
dade, por exemplo). Logo, dado um vetor com componentes no sistema iner
cial, ri, se ~s' as e ~s forem as rotação angulares relativas a este
sistema, então as componentes do vetor no sistema do satélite serão:
- 11 '-
v
Fig. 2.5 - Sistema do satélite XsVsZs•
No caso de a orientação do satélite ser fornecida em re
lação ao sistema orbital, a relação que transforma r', com componentes
no sistema inercial, nas componentes forneci das com relação ao sistema
do satélite é:
rS = RZ(~s) RX(es) RZ($s) RX(~/2) RZ(~/2)
RZ(w + f) RX(i) RZ(n) ri. (2.12)
Caso as componentes do vetor inicial sejam fornecidas em
relação ao sistema do albedo, terão no sistema do satélite o seguinte
valor:
..~(2.13)
2.2.5 - SISTEMA DO ELEMENTO DE SUPERFTcIE - XeVeZe
Esse sistema tem o eixo Ze normal a um elemento de su
perficie externa do satélite; os eixos Ve e Xe contidos no plano do el~
mento, de tal forma que üS, uma direção conhecida em relação ao siste
ma do satélite, esteja contida no plano ZeVe (Figura 2.6).
ou
(2.15)
(2.14)
-s- u
- 12 -
Fig. 2.6 - Sistema do elemento de superficie.
Com estes sistemas e com aS,rotações ~ndicadas, podem
ser obtidas as forças e torques em qualquer sistema, embora normalme~
te se desejem os torques no sistema do satélite - para o estudo do co~
trole, simulação e estimação da atitude - e as forçás no sistema orb.i
tal, o que torna mais fácil a integração analitica ou numérica da õrbi
ta.
A direção je pode ser colocada-em termos da normal ao
elemento, Ke, e do versor üS:
CAPITULO 3
FORCA E TORQUE AERODIN~MICOS
3.1 - INTRODUCAO
A força aerodinâmica e normalmente predominante em sate
lites com perigeu menor que 1000 km sobre a superficie terrestre. EmbE.
ra seu mõdulo diminua exponencialmente com a altura (aproximadamente a
800 km iguala-se a pressão de radiação, e aos 1500 km seus efeitos são
praticamente despreziveis), e ainda a principal responsâvel pelo decai
mento da órbita e, portanto, pelo tempo de vida do satelite. Alem di~
so, e no perigeu que esta força atinge seu mâximo e, por ter sua resul
tante atuando quase no sentido contrârio à velocidade do satêlite,oco~
re uma p~rda de energia da orbita mais acentuada n~ste ponto. Perdendo
velocidade no perigeu, a altura do apogeu decai numa proporção muito
mais alta que o primeiro, diminuindo com isso a excentricidade da õrb.:!.
ta, tornando-a gradativamente circular no decorrer do tempo de vida
(King-Hele, 1964).
Devido à atmosfera muito rarefeita nas altas altitudes,
a mecânica dos meios continuos não pode ser usada na determinação das
forças aerodinâmicas, mas sim a teoria molecular dos gases. O parâmetro
que indica se o meio e continuo ou rarefeito e o numero de Knudsen, d~
do pela razão entre o caminho livre medio das moleculas (a distância
media percorrida por uma molecula da atmosfera entre duas colisões mo
leculares sucessivas) e o comprimento caracteristico do corpo. Basea~
do-se em evidências experimentais, um processo onde o numero de Knudsen
e maior que'O,1 e classificado como rarefeito.
O fluxo de um gâs rarefeito e principalmente governado
pela equação de Boltzmann, uma equação diferencial-integral não-linea~
A maior dificuldade em obter a solução de tal equação e devida às inte
graisde colisão. Felizmente as colisões intermoleculares podem ser com
pletamente desprezadas para numero de Knudsen maiores que 10, devendo
- 13 -
- 14 -
ser considerada apenas as colisões entre as moleculas e a superficie.
Para altitudes orbitais tipicas e para a maioria dos sateli~es, o cami
nho livre medio e muito superior ao comprimento caracteristico~ resul
tando em um numero de Knudsen notadamente maior que 10, como pode ser
visto na Figura 3.1.
E(C
Q 105 10Sow::E
wo::>~102 10&o%Z::Eeto10' 104
100 200 SOO 400 ·.:iOO 400 500 600 700 800 900 1000
ALTITUDE Km
Fig. 3.1 - Caminho li·vre'medio em função da altura.
FONTE: United States Air Force (1976).
Em contrapartida, a interação entre o gás e a superfi
cie ou colisão, como será tratada aqui, e um fenômeno complexo, estuda
do na literatura por muitos autores, mas ainda sem resultadosprãtico~
3.2 - A JNTERAÇ~O ENTRE O G~S E A SUPERF!CIE
As moleculas do gãs rarefeito incidem com certa veloci
dadê na superficie, interagem com uma fina camada superficial desta e
são então reemitidas para o meio. A completa descrição do fenômeno e~
volve a especificação da função de distribuição de velocidade das mo~e
culas refletidas e, devido ã natureza complexa do fenômeno, a interação
entre o gãs e a superficie está longe de ser perfeitamente compreendi
- 15 -
da e de ter resultados conclusivos. Boettcher (1979), inspecionando tr!
balhos referentes a esta interação (predominantemente publicados em
lnternational Symposium on Rarefied Gas Dynamics, 1968 - 1976) verifi
cou que:
a) Poucos artigos relacionam diretamente o fenômeno ao problema
das forças aerodinâmicas nos satelites.
b) Os modelos teóricos, alem de requerer considerável tempo de co~
putação, são confrontados apenas com resultados experimentais
sob condições especiais criadas em laboratôrio, deixando pa!
cialmente sem solução o f~nômeno real de interação entre a at
mosfera e a superf;cie do satelite.
Em virtude, portanto, de escassos resulta~os, tanto te~
ricos quanto experimentais, pertinentes ao fenôme'no real ,continuam se..!!
do amplamente usados os coeficientes de acomodação a, o e o' introduzi
dos por Smoluchowski e Knudsen, de acordo com Schaaf e Chambre (1961),
que descrevem a interação numa escala macroscôpica.
O coeficiente de acomodação termica, a, traduz a troca
de energia entre o fluxo de gás incident~ e a superf;c~e:
E. - E, ra=---E. - E, w
(3.1)
E,.e E indicam o fluxo de energia incidente e emergenr -te, respectivamente; Ew seria a energia ,emergente, caso as moleculas
fossem refletidas com distribuição maxwelliana de velocidade correspo~
dente ã temperatura da superf;cie, Tw'
A quantidade de movimento troca da na colisão e traduzi
da por dois coeficientes, o e o', que representam respectivamente a al
teração na quantidade de movimeato das moleculas na direção tangencial
e normal:
a =T. - T1 r
T.1
- 16 -
(3.2)
p. - P1 rai = _p. - P1 W
(3.3)
onde p e T são as componentes da quanti9ade de movimento do fluxo na
direção normal e tangencial; os lndices i e r indicam o gãs incidente
e emergente; e pw representa a quantidade de movimento na direção nor
mal, quando as moleculas são refletidas com distribuição max\'Ielliana
de velocidade e temperatura Tw•
Os valores de a, a e ai normalmente situam-se entre os
seguintes limites:
a) Reflexão especular sem acomodação:
ai = a = a =0.
b) Reflexão difusa com acomodação completa:
ai = a = a = 1.
. (3.4.a)
(3.4.b)
Alguns valores de a e a foram tabelados por Schaaf e
Chàmbre (1961) e transcritos na Tabela 3.1.
TABELA 3.1
VALORES DE a E o PARA O AR
' ..;
ao
Bronze usinado
0,89 - 0,931~00
Alumlnio polido
0,87 - 0,95...
Alumlnio usinado
0,95 - 0,97...
Vidro
...0,89
FONTE: Schaaf e Chambre (1961).
17-
Deve ser ressaltado, no entanto, que os valores desta
tabela são aproximados e que tanto a, a' como a dependem da temperat~
ra erugosidade da superf;cie, pressão, temperatura fi velocidade do fl..Y.
xo e do ângulo de incidência, entre outros, conforme os resultados de
Knechtel e Pitts, 1973. Em vista, porem, das incertezas na descrição
do fenômeno de interação e na obtenção dos coeficientes, aliado ao fa
to de que mesmo ·em superflcies bastante polidas estes se mantêm altos
(Tabela 3.1), admite-se que a, a' e a serão constantes e pre-especifi
cados.
3.3 - EXPRESSOES PARA FORCA E TORQUE NUM ELEMENTO
A teoria molecular dos gases foi desenvolvida progressi
vamente, e Maxwell, Boltzmann, Enskog, Jeans, Burnett, Chapman entre
outros estão associados ~ este desenvolvimento (Chapman and Cowling,
1970). Esta teoria utiliza-se de dois postulados básicos:
a) Todas as propriedades do gás podem ser deduzidas a partir do mo
vimento de suas moleculas.
b) Este movimento. pode ser predito utilizando-se apenas a Mecâni
ca Clássica.
Ao lado destas hipóteses, serao feitas ainda as segui~
tes suposições (Schaaf e Chambre, 1961):
a) Serão desprezadas as colisões intermoleculares nas altitudes
orbitais.
b) O caminho livre medio das moleculas emergentes, após colidir
com a superflcie, tambem e superior ã dimensão caracteristica
do satelite. Desta forma, será possivel tratar separadamente
os efeitos das particulas incidentes e refletidas.
c) A atmosfera pode ser representada por um gás compostu de um uni
co elemento, cuja massa molecular e igual ã massa molecular me
dia local da atmosfera.
- 18 -
d) O fluxo de gis incidente esti em equiltbrio com distribuição
maxwelliana de velocidade.
e) Não serão consideradas as colisões em que as parttculas coli
dem mais de uma vez com a superftcie. ('N,NIf.,r\ÚI. - ~\lv(5V)
A probabilidade de uma molecula estar numa dada posição
e ter exatamente uma dada velocidade v e zero. Assim, e necessiriousar
uma função de distribuição, que defina o numero de parttculas num p~
queno volume as quais possuam veloci~ade dentro de um intervalo centra
do em uma dada velocidade. A quantidade fundamental que descreve as
propriedades do gis e a função de distribuição de velocidades. O nume
ro mais provivel de moleculas que num instante t ocupam, com relação a
,um sistema carteziano XVZ, o volum~'limitado por x e x + dx, y e y+dy
e z 'e z + dz e que possuem velocidade entre Vx e Vx + dvx' vy e vy + dvy
e Vz e Vz + dVz' e dado por f(x, y, z, vx' vy' vz' t) dxdydzdvXdvydvz•Uma vez conhecida a função de distribuição de velocidade, todas as ou
tras propriedades do gis (tais como densidade, velocidade media, temp~
ratura e pressão) podem ser determinadas.
Em condições de equiltbrio e na ausência de forças ex
ternas, a função de distribuição torna-se (Chapman and Cowling, 1970;
Lee et a1ii, 1963):
Pi ( m) 3/2fi(v) = - --
m 2ITkT i- [ m (v - üF]
2~kT .e , , (3.5)
onde Pi e a densidade do gis; k, a constante de Boltzmann; Ti' a tempe
ratura do gis; e m, a massa de uma molecula, dada por:
m = M/Na '(3.6)
-onde M ê a massa molecular media do gis e Na e o numero de Avogrado.
Finalmente, ü e a velocidade media ou velocidade de corrente das mole
culas, relativo ao referencial XVZ.
- 19 -
Considere-se agora um elemento de superficie com área
dA (Figura 3.2), com um sistema de coordenadas fixo no seu centro geo
métrico e com o eixo Ze coincidindo com a normal ao elemento. A quanti
dade de movimento na direção normal, trocada entre o gás e a supérfI
cie durante a colisão, vale:
p = p. + p ,n 1 r(3.7)
ou, isolando-se Pr da Equàção;y.1e substituindo-o na Equação 3.7, tem
-se:
(3.8)
Fig. 3.2 - Sistema de coordenadas no elemento.
o fluxo de quantidade de movimento devido is moleculas
incidentes, P, que atinge a superficie por 'unidade de tempo e por uni
dade de área, é igual ã pressão atuante neste elemento e vale:
p = ( = _00 ( = _~ ( = _00 m v fi vz dv x dvY dvz • (3 •9)x y z
-cuja componente normal, Pi' e
- 20 -
Da mesma forma, a pressão normal devida às moléculas emergentes, Pw'
com temperatura igual.à da superf;cie, Tw' sera
(3.11)
onde Pw' da expressao de fw' é calculado a partir da imposição de se
rem iguais OS numeros de part;culas incidentes e emergentes.
Efetuando-se a integração indicada por P,.e Pelemw -
brando-se que a pressão guarda, com, relação à quantidade de movimento,
uma'relação idêntica à da Equação 3.8, tem-se que a pressão atuante no
elemento na direção normal vale:
41I Twcos a + ..E- --
2 T.,
onde:
o I .r-=-t+-r1f2 I+w-- s
T., cos aJ ·(3.12)
cos a = _ ús •.J<e ,(3.13)
em que úS é o versor de direção de úS, velocidade da atmosfera com re
lação ao satélite, no sistema do satélite. Por sua vez, úS é obtido a
partir d~ velocidade da atmosfera relativa ao satélite no sistema iner
eial:
-i -i -iU = va - Vs '
(3.14)
- 21 -
efetuando-se as rotações indicadas pelas Equações 2.10 ou 2.12. v~ e a
velocidade do satélite com relação ao referencial inercial, obtida em
função dos elementos keplerianos no instante considerado (Deutsch,1963;
Brower and Clemence, 1961 e Escobal, 1965 trazem as relações necessã
rias) e v~ é a velocidade da atmosfera no sistema inercial. Esta ulti
ma, entretanto, é pouco conhecida em virtude das escassas informações
disponiveis sobre a real velocidade da alta atmosfera (King-Hele, 1964)
e, embora usualmente seja considerada nula, é mais real;stico supor que
ela tenha a mesma velocidade de rotação da Terra:
-i -i X -iva = \Vt r s '
(3.15)
onde w~é a velocidade angular de rotação da Terra e r~ e o raio vetor
do satélite, ambos no sistema inercial.
A razão de velocidade,' s, e obtida de
e a função erro e definida como:
erf(x) = __2__ JX ey2 dy.(TI' O
(3.16)
(3.17)
Analogamente, na direção tangencial a quantidade de mo
vimento trocada é:
l' = 1". - 1" = 01"·.1 r 1(3.18)
A força por unidade de ãrea, devida às moleculas
dentes na direção tangencial, serã então:
inci
(3.19)
- 22 -
que, integrada, resulta em:
n .I;-;S 12P _~ ot- 2 sl"iT' _S2 cos2 e
sen e e +
+ R·s cos e.[1 + erf(s cos e)] •(3.20)
A presença do termo Tw/Ti na Expressão 3.12 indica que
a temperatura do elemento de superficie deverã ser obtida resolvendo
-se as equações de transmissão de calor, o que normalmente e dificil
por envolve~ equações diferenciais de segunda ordem, com geração inte~.
na de calor (aquecimento pelos raios solares e correnteseletricas, di~
.sipação por irradiação) e transferência de energia efetuada pelas mole
culas da atmosfera. Porem, a influência de Tw/Ti no cãlculo das forças
e ~equena por se tratar apenas das moleculas.refletidas difusamen~e,
não excedendo a 10% de variação, quando Tw/Ti varia de 0,1 a 1,0. t co
mum, portanto, a adoção da relação como uma constante fornecida.
A força aerodinâmica no elemento será dada por:
(3.21)
Substituindo-se a Relação 2.13 na Equação 3.21, tem-se:
(3.22)
Essa expressão fornece a força aerodinâmica atuante num
elemento de ãrea dA, projetada nas direções Ke, norma; ao elemento e
uS, velocidade da atmosfera com relação ao satelite.
o torque aerodinâmico resulta em:
dM-s_ (-s -s) X dF-sa re - rcg a '
(3.23)
- 23
onde r~ é o raio vetor do centro do elemento ã origem do sistema do s~
télite, e r~g é o vetor posição do centro de gravidade (Figura 2.6).
As equações aqui obtidas são aplicãveis apenas a eleme~
tos planos. t raro, porem, encontrar satélites onde todas as suas su
perf;cies externas sejam planas. No caso de superf;cies curvas (como
um cilindro, poi exemplo), pode-se subdividi-las em in~meros elementos
infinitesimais, tal que cada um deles seja razoavelmente plano.
-s _ _A resultante das forças, Fa, sera entao a integral das
fo)~ças elementares, dF:, sobre toda a superf;cie externa do sat~lite.
(3.24),
A componente da resultante na direção da velocidade de
corrente, üS, define o coeficiente de arrasto aerodinâmico:
-s -sFa • u
/ -521 2 Pi u Ar
onde Ar é uma ãrea de referência qualquer do satélite, e o coeficiente
de sustentação:
(3.25)
Na realidade este coeficiente, assim definido, é uma com
binação do coeficiente de sustentação com o coeficiente de força lat~
ral, definidos na literatura aeronãutica. Justifica-se entretanto o m~
do como foi definido aqui, visto que não hã, na maioria dos satélites,
uma direção preferencial para a sustentação.
Analogamente ã força, tambem podem ser definidos coefi
cientes para o torque. Entretanto a resultante dos torques não estã,
como a força, necessariamente numa direção próxima ao vetorvelocidad~
por isso o coeficiente de torque deverã ser definido de-outra forma.Jã
- 24 -
que o conhecimento do torque e útil no controle e simulação da atitude,
e natural que seu coeficiente seja fornecido no próprio sistema do sa
telite, decomposto nas direções XS, yS e ZS:
-s..•.sMa
,CMAX
= -S21/2Piu ,ArLr
-s
..•sMa
JCMAy
=1/2 P . ÜS2Ar Lr, , (3.26)
(3.27)
CMAZ =(3.28)
-s
que fornecem as três componentes do coeficiente de torque, onde Ma e a
resultante 'do torque aerodinâmico e Lr e um comprimento caracterlstico
do satelite.
As expressões de COA e COL foram integradas analitica
mente em corpos convexos simples, tais como esfera, cilindro, cone, cor. -pos compostos em vários artigos (Stalder and Zurick, 1951; Schaaf and
Chambre, 1961) e comparados com resultados experimentais (Stalder et
alii, 1950; Boettcher and Legge, 1980) com grande compatibilidade e~
tre teoria e experimentos. Poucos artigos, porem, tratam de superfl
cies côncavas (Chahine, 1961) ou de superflcies convexas de um modo g~
ral (Boettcher, 1979; Fredo and Kaplan, 1981).
A dificuldade da integração analltica das forças e tor
ques aerodinâmicos, ã medida que o grau de complexidade do formato ex
terno do satelite aumenta, e óbvia, ainda mais se for considerado que
a maioria dos s~telites atuais não possuem formatos tão simples. Torn~, '
-se necessário então a integração numerica; neste sentido foi construI
da uma sub-rotina que calcula a força e o torque aerodinâmico para um
satelite cuja geometria deve ser fornecida por outra sub-rotina. No
Apêndice A faz-se uma comparação entre os resultados da integração ana
- 25"-
litica com a numerica para um cilindro e uma esfera, em função das va
riãveis envolvidas e do numero de partes em que ambos são divididos.
Finalmente, a densidade atmosférica pode ser obtida a
partir de modelos atmosféricos fornecidos por COSPAR (1972) ou United
States Air Force (1976), ou mesmo de sub-rotinas numéricas como ADEN
(Jacchia, 1972) "ou ATDENS (Negreiros de Paiva, 1979; Jacchia, 1971;
Roberts, 1971).
CAPITULO 4
FORCAS DE RADIAC~O
4.1 - INTRODUC~O
Gs fõtons, ao incidirem na superf;cie externa do satéli
te, sao refletidos ou absorvidos por esta; nesse processo ocorre uma
mudança na quantidade de movimento, que se traduz por uma força e por
um torque no satélite. As principais fontes de radiação que se mostram
capazes de alterar os elementos orbitais do satélite são o Sol ~ a Te!
ra. Ao Sol sera feita a referência de radiação solar direta ou, simp1e~
mente, de radiação solar, ao passo que ã Terra ter-se-a a radiação re
fletida difusamente, ou a1bedo terrestre, e a radiação ou reemissão ter
restre.
Por ser inversamente proporcional ã djstância da fonte
emissora, a força atuante no satélite devido ã radiação solar é 7% me
nor quando a Terra passa do perié1io para o afélio. Como praticamente
independe da altitude (ca~o seja desprezada a parcela absorvida pela
atmosfera e as pequenas variações na distância do Sol ao longo de uma
õrbita), a força de radiação solar atinge a magnitude da aerodinâmica,
sob condições atmosféricas normais, a partir dos 700 km. Sua influên
cia nos elementos orbitais e maior na excentricidade, mas, conforme. a
geometria da õrbita, pode alterar tambem o semi-eixo maior. Chega me~
mo a diminuir a altura do perigeu, contribuindo para o encurtamento do
tempo de vida (Musen, 1960). O equacionamento das forças de radiação
foi baseado na formulação proposta por Evans (1964) e Georgevic (1973a),
em virtude da grande semelhança entre o método de integração destas e
das forças aerodinâmicas.
A radiação solar refletida difusamente pela Terra, ou
albedo, mantem sua magnitude quase invariavel com a altitude~ pois o
efeito de afastamento (quando se incrementa a altura) é compensado p~
la maior area terrestre vis;vel. Em satélites de inclinação moderada,
- 27 -
(4.1)
- 28 -
o albedo provoca uma diminuição dos efeitos da radiação solar direta,
pois age em sentido contrário a esta, raramente ultrapassando 10% de
sua magnitude. Poucos artigos tratam o albedo de forma sistemática, sem
grandes aproximações. Cunningham, (1963a, 1963b) obtem a expressão da
força devido ao albedo numa placa plana girante,e de uma forma que, d~
n.nte a integração numerica, possa se fazer uso das expressões da radi~
ç~o solar direta. Outros artigos tratam o albedo por meio de fatores
de forma (Clark and Anderson, 1965; Bannister, 1965), com pouca aplic~
'bilidade num caso geral, onde a ge6metria do satelite tem importincia
fundamental.
Da mesma forma que o albedo, a radiação ou reemissão ter
~estre varia pouco com a altitude. Seus efeitos são ainda menores que
os do albedo, já que seu módulo e praticamente constante, não importa~
,do s~ o satelite está no lado iluminado ou não. Alem disso a força r~
sultanteatua bastante próxima ã vertical local, a não ser em satel ites
altamente assimetricos, o que diminui ainda mais os efeitos da reemi!
são,. Justamente em virtude desta pouca influência, poucos artigos fa
zero mençao a sua obtenção (Clark and Anderson, 1965; Abadie, 1968).
Embora as forças de radiação tenham a mesma orÍ'flem,,sua
formulação difere substancialmente em cada caso; por isso e necessário,
tratã-las separadamente.
4.2 - RADIACAO SOLAR DIRETA
As'hipõteses que ser~o feitas para a radiação solar s~
rão mais bem compreendidas introduzindo_se o conceito de intensidade
de radiação (Sparow and Cess, 1978; Kreith, 1962). Considere-se então
um elemento de área dAI, fixo 'num sistema de eixos, tal que sua normal
coincida com a direção ~ (Figura 4.1). Seja dSE a quantidade de ene!.
- LJgia que deixa dAl num intervalo de tempo dI, numa direção n, confinada
num ângulo sólido dn centrado em P. O versor normal, K, faz com n um, ,
ângulo 6. Resultados experimentais indicam que a razão
dSE
cos e dAl dn d-
- 2! -
tende a um valor finito para um dado ponto P e para uma dada direção n
..__--,,;/quando dAlt dn e d,f-tendem a se anular, em qualquer ordem.
x
y
Fig.4.1 Instensidadede radiação.
Este limite será denominado intensidade de radiação no
ponto P, na direção n, e denotado. por I~ Então
«
I =lim d5E
dA -)o- O cos e dA1 dn *' '.dn -+ O
dt -+ O
(4.2)
Note-se aqui que a energia e emitida ao longo deumafal
xa de comprimentos de onda; portanto I r.epresenta a integral da inte~
sidade de radiação monocromãtica sobre o comprimento de onda. Cabe ob
servar, tambem, que dA1 cos e representa a projeção da ãrea dA1 numa dlreção normal a n, tornando dessa form~ a definição de I independente
da orientação de dA1• A quantidade de energia por unidade de tempo e
de area que deixa dA, 51' vale portanto
51 = J I cos e dn,H .
(4.3)
- 30 -
onde H indica integração sobre um hemisfério. Usando-se coordenadas es
féricas (Figura 4.1), tem-se:
Sl = J21T J1T/2I(e, ~) cos e sen e de d~.
~=O e=O
(4.4)
Neste ponto é comum supor que a intensidade de radiação,
I, é isotrõpica, ou seja, não depende de e ou ~. Logo,
(4.5)
o fato de a intensidade de radiação independer da dir~
ção de emissão faz com que o Sol se assemelhe a um disco de 1uminosid~
de uniforme, tanto no centro quanto nos bordos, quando visto daTerra
Essa caracter;stica, associada ã ~equena distância angular do Sol medi
da' na superf;cie terrestre (aproximadamente '0,530 no equador solar),
fornece elementos para considerar o Sol como um elemento de ãrea p1~
no que irradia uniformemente. Assim, por simetria, este elemento está
sempre com sua face voltada para o elemento. receptor. A potência inci
dente por unidade de área numa superficie perpendicu1 ar ã 1inha que une
seu centro ao centro do Sol, situada a uma distância R do disco solar,
vale:
(4.6)
onde Sl e a potência por unidade de area emitida pelo disco solar, de
ãrea A1'
A potência S é chamada constante solar; para a distân
cia media da Terra ao Sol, Ro = 149 X 109 m vale:
So = 1353 watts/m2• (4.7)
Esse valor se mantem aproximadamente constante, sofre,!!.
do apenas pequenas variações conforme a atividade solar. A potência por
- 31 -
(4.8)
unidade de área num ponto qualquer do espaço, cuja distância ao Sol
R metros, pode ser obtida em função de So:
R2oS=S --o
o R2
-e
A pressão devida ã radiação solar incidente que atua ne~
te ponto e dada por:
S R'~'o o 1 K
Ps = c ~ = ~(4.9)
ond~ c é a velocidade da luz. A constante K vale (Georgevic, 1973a):
K = 1,011 • 1017 N. (4.10)
Num caso genérico, a radiação incidentE é parte refleti
da e parte absorvida (supõe-se aqui que a superficie seja opaca); a pa~
cela refletida pode ainda ser refletida especular ou difusamente. Diz
-se que a reflexão é especular quando o ângulo de incidincia éigual ao
ângulo de reflexão, com os raios incldente, refletido e normal conti
dos num mesmo plano; diz-se que ela é difusa quando não há uma direção
preferencial para a radiação emergente da superficie. As superficies
reais comportam-se aproximadamente como uma combinação de ambas as re
flexões, especular e difusa. Baseando-se r.isto, pode-se afirmar que uma
parcela y da radiação incidente é refletida, e uma parcela p desta e
refletida na forma especular. Os coeficientes y e p, embora variem com
a temperatura da superficie, frequincia da radiação incidente, ângulo
de incidincia, entre outros (Kreith, 1962, 1973; Sparow and Cess,
1978), serão considerados constantes aqui.
Têm-se assim doi s casos 1imites: refl exão especul ar qua.!!.
do p = 1 e reflexão difusa quando p = o.
A força que age num elemento de área dA, cuja normal for
ma um ~ngulo r: com a direção de incidincia, 5S (Figura 4.2), será pro
porcional ã área do elemento projetada nesta direção, ou seja:
- 32 -
dF I = Ps dA cos n = dFN cos n ,
onde dFN e a força na direção normal.
Fig. 4.2 - Sistema de referência no elemento.
(4.11)
Decompondo-se a Expressão 4.11 nas componentes normal e tangencial a
superficie, têm-se:
dT I = - dFN cos n sen n •
(4. 12a)
(4. 12b)
A força devida ã radiação emergente na forma especular
possui o mesmo mõdulo da incidente, diminuido por um fator yp, que e a
parcela dos fõtons refletidos especularmente:
dTE = yp dFN cos n sen n ,
(4 .13a)
(4.13b)
onde os sina is negati vos nas forças indi cam que estas atuam em di reções co.!!.
trãrias aos eixos. A intensidade de radiação da parcela refletida difu
- 33 -
samente (supondo-se que sua distribuição seja uniforme em todas as di
reções) serã então:
1 = ::L (1 - p) S cos n •1T
(4.14)
A força que age na superf;cie devida ã radiação reflet~
da numa direção e e subentendida num ãngulo sõlido dAz/r2 (Figura 4.3)
torna-se:
dF = dA _I cos e • dA2O c rI
ss~
Fig. 4.3 - Radiação refletida difusamente.
(4.15)
que, decomposta nas direções XeyeZe, resulta respectivamente em:
dPO = :...::L (1 - p) dFN cOsnCOs2a sene de d4>,1T . .
dTO = - ~ (1 - p) dFN COSncose senecos<l> de d<l>
dLO = - ~ (1 - p) dF N cos n cos e sen e sen <I>de d<l>
(4. 15a)
(4. 15b)
(4. 15c)
- 34 -
Integrando-se as componentes, com e variando de O a TI/2
e com ~ variando de O a 2TI, as forças TO e LO tornam-se nul~s, e a com
ponente normal resulta em:
2Po = - - y (1 - p) dFN cos n •3
A energía emitida difusamente pela superflcie
porcional ã quarta potência de sua temperatura absoluta, Tw'
com a Equação de Stefan-Boltzmann:
(4.16)
sera pro
de acordo
(4.1n
(4.18a)
onde E e a emissividade da superflcie e a e a constante de Stefan
-Boltzmann.
A radiação reemitida, da mesma forma .que a refletida di
fusamente, causa uma força apenas na direção normal:
2 E a T~dPR= - ---dA3 c
A obtenção de Tw' porem, envolve a resolução de equações
diferenciais de troca de calor, onde fontes tais como radiação solar,
atrito atmosferico, dissipação de correntes elétricas em condutores,
etc, deverão ser consideradas.
Georgevic (1973a, 1973b) sugere a multiplicação da ra
diação absorvida por um coeficiente k, que depende das emissividades e. ".
temperaturas nos dois lados (frente e trãs) da superflcie. Nas superfl
cies adiabãticas k = 1, e nas superflcies que possuam a mesma emissiv~
dade e temperatura em ambos os lados .k= O. Entretanto, ainda assim per
manece a dificuldade de obter Tw• Entretanto, a hipótese de superflcies
adiabãticas e comum em satelites que não possuam paineis ou não te
nham alta velocidade de rotação, jã que em ambos os casos haverã uma
grande diferença de temperatura entre as partes expostas ã radiação e
- 35 '-
as partes encobertas. Pode-se admitir, assim, que toda a energia abso!
vida e reemitida instantaneamente pela superficie, com uma emitância
igual ã sua absortância, 1 - y, o que resulta para a fqrça na direção
normal em
2dPR = - - (1 - y) dFN COSn. (4.18b)3
A resultante das forças na direção normal sera a soma
de suas componentes
dPN = - dFN cos n ( 1 + yp) cos n + 1..- [y (1 - p) + \I ( f -y ) J , (4. 19)3
onde o coeficiente, \I, aqui introduzido vale
T4 dAcr w\1=-----,c dFN cos n
~~--c c
': v~ ;:Y<- ~------
'I-' os dA cp:;, v\
"v1
(4.20)
caso' se conheça a temperatura do elemento, ou \I = 1, como melhor apro
ximação caso Tw seja desconhecido (não calculado). Aqui tambem foi s~
posto que a emissivida?e da superficie e igual ã sua absortância, e em
bora a grande parte dos materiais não possua esta caracteristica, pod~
-se sempre adotar um valor medio para y sem se esquecer, porem, de que
a influência da absortância (1 - y) no cálculo das forças é maior que
aemitância (Kreith, 1973). 1~<i ~;.. n,..à."p;;';'T,c.d", :.,,,.d,,,';V.p./VY~.J' -~. Ç3.?.....
Na direção tangencial a força vale:
dPT = -dFN cos n (1 - yp) sen n •
.1)
.J)) "-17"" (4.21)
Obtem-se, ass im, a expressao da resul tante (Figura 4.2):
(4.22)
Substituindo-se as Equações 4.19,4.21 na Equação 4.22
e tirando-se a direção je em função de 5s e Ke, obtem-se:
+ v(1
- 36 -
dA cos n ([2 yp cos n + 1.- ry(1 - p) +3
e ~/ s- y))] k ~ (1 - yp) s . (4.23)
Esta.resultante deverá ser integrada sobre toda
flcie externa do satelite, com a condição de que os elementos
iluminados, isto e,
-ss • r:e ~ Ocos n = - r;.
a supe.!:.
estejam
(4.24)
Deve-se integrar o lado não-iluminado do satelite ape
nas quando se conhece a temperatura de cada elemento. Neste caso,
-s 2 - é-// o edFR = - ~~~J - r4 dA k . (4.25). 3 ./. C W
para:
cos n ~ O.
o torque elementar resulta em:
(4.26)
(4.27)
(4.28)
onde r~ e r~9sao os vetores poslçao do centro do elemento e centro demassa do satelite, respectivamente.
Analogamente ã força aerodinâmica, podem ser definidos.
dois coeficientes; CRS e CRL, que representam respectivamente o coefi
ciente da força de radiação na direção Sol-Terra e na direção perpendi
cular a esta:
-s -sFR • s
CRS = Ps • Ar '
,
- 37 -
(4.29)
-s _onde FR e a força devida ã radiação integrada sobre toda a superficie
do satélite, e Ar e uma área de referência qualquer.
(4.32)
(4.31)
(4.30)
ques
Da mesma forma, podem ser definidos coeficientes de tor
análogos aos aerodinâmicos:
-s ~st4R • 1
C --'--
MRX - P A Ls r r-s .•.sMR • J
CMRV = ---,Ps Ar Lr
-s
MR • f<s
CMRZ =--.Ps Ar Lr
onde M~ é integrado sobre toda a sup~rficie e Lr é um comprimento ca
racter;stico do satélite.
A integração anal;tica de CRS e CRL em corpos convexos
e mais fácil que a integração dos coeficientes aerodinâmicos,· em virt~
de de não possu;rem função exponencial e fJnção erro no integrando. As
expressões de CRS para um cilindro e uma esfera são fornecidos no Apê~
dice B e comparados com a integração numérica em função do numero de
divisões efetuadas nos dois corpos.
Quanto a corpos côncavos, frequentemente desprezam~se
múltiplas reflex?es (Georgevic, 1973a,b; Evans, 1964), embora o som
breamento ou ocultação de partes do satélite por outras partes deva ser
considerado.
Uma ultima observação refere-se ã obtenção da
de incidência, 5S, no sistema do satélite. Esta é calculada a
direção
partir
- 38 -
da posição do Sol no sistema inercial, si, utilizando-se das Rotações
2.10 e 2.12. Quanto ao valor de si, est~ pode ser tirado diretamente de
Tabelas (Anuário Astronômico 1974) ou de procedimentos computacionais
(Flandern and Pulkkinem, 1979; Medeiros e Kuga, 1980).
4.3 - RADIAÇAO REFLETIDA PELA TERRA
Uma pequena parcelada energia solar que incide na Te!
ra c absorvida pela atmosfera. A maior parte atinge a superficie, onde
parte e absorvida e parte e refletida. A parcela refletida especula!
mente e muito pequena (Cunningham, 1963b) quando comparada com as d~
mais, de forma que, para fins práticos, pode ser totalmente desprezada~
A quantidade absorvida irá aquecer e elevar a temperatura da superfi
~ie, que assim passa a trocar calor com a atmosfera por condução ê con
vecção, que, por sua vez transporta este calo~ para as regiões mais
frias da Terra. Alem disso, há transferência de energia por condução
na própria superficie, que tambem emite radiação na região do infrave!
mélho, proporcionalmente ã quarta potência de sua temperatura absoluta.
Considerando-se apenas os efeitos predominantes, parte da radiação s~
·lar ·incidente na Terra e refletida difusamente e parte e absorvida e
reemitida para o espaço. A parcela da radiação refletida difusamente,
ou albedo terrestre, e aproximadamente co~stante (varia ligeiramente
com a quantidade de nuvens, as caracteristicas da superficie e tempera
tura do local), e foi equacionada por Cunningham (1963a, 1963b, 1961).
A radiação solar refletida, juntamente com a emitida pe
la Terra, provocam no espaço uma pressão de radiação da mesma natureza
que o Sol (embora diferindo quanto ao comprimento de onda), causando
uma força e um torque no satelite.
A Terra será adotada como esferica sem que se alterem
significativamente os resultados. As dist~ncia~ da ordem de grandeza
do raio terrestre tambem serao desprezadas em comparação com a distân
cia do Sol.
- 39 -
o sistema de coordenadas empregado e o sistema do albe
do, definido na Seção 2.3 e representado tambem na Figura 4.4, onde es
tão indicados os ângulos Vs (formado pela normal "T a um elemento de
área dAT da superflcie terrestre e pela direção Terra-Sol, - sa, e e <p,
que definem a posição desse elemento.
-as~
Fig. 4.4 - ~ngulos no sistema do albedo.
A potência devida a radiação solar que incide em dAT va
le, portanto:
dWT = S cosvs dAr (4.33)
A energia refletida difusamente por unidade de area e
de tempo torna-se:
So = aSCOS Vs ' (4.34)
onde a e a reflectância media terrestre tambem denominada albedo ter
restre e vale (Cunningham, 1973b)
a = 0,34. (4.35)
(4.36)
- 40 -
A potência por unidade de área incidente num ponto so
bre o eixo Za, situado a uma altura h sobre a superficie da Terra, de
vido apenas ã radiação provinda de dAT, serã então
dAT
dSO = cos Os I • -a2 'p
onde Os ê o ângu 10 formado pela norma 1 ã dAT e pe1a direção pa, que une
o centro do elemento ao ponto no eixo Za. A intensidade de radiação,
de acordo com a Equação 4.5, vale
SoI = -- •1T
Por geometria, obtêm-se as relações
COS "s .= sen 60 sen 6 cos 4J + COS 60 COS 6
e:
(4.37)
(4.38)
cos Os - R r cos 6 -- T Ipal
onde RTê o raio da Terra e
RT + hr=---RT
, (4.39)
(4.40)
o vetor pa vale
- [RT (1 - COS 6) + h] (a,
cujo mõdulo ê
(4.41)
(4.42)
- 41 -
Substituindo-se as Equações 4.37, 4.38, 4.39 e 4.42 na
Expressão 4.36, divindo-se elas pela velocidade da luz, c, e lembrando
-se que
dAT = Rrsen e de dep,(4.43)
resulta que o fluxo de quantidade de movimento incidente num elemento
de ãrea da superf;cie em P, por unidade de ãrea normal ã direção de i~
cidência pa, por unidade de tempo e devido ã radiação solar refletida
difusamente por um elemento de ãrea dAT da Terra, vale:
dPD = Selc(sen e sen ecos </> + cos e cos e ) •1f o o
(r cos e - 1) sen e de dep.
(r2 _ 2r cos e + 1)3/2
(4.44)
Desta forma, a força que age num elemento de superf;cie
do satelite pode ser tratada como se fosse originado de radiação solar
direta, simpiesmente subsituindo-se o valor de Ps na Equação 4.23 pelo
valor de dPD dado pela Expressão 4.44, cuja direção de incidência, 5S,
serã dada por pa, efetuando-se a rotação indicada nas Equações 2.11 ou-s
2.13, obtendo-se p •
Para obter a força devida
ceder ã integração da Equação 4.23 sobre
vis;vel pelo satelite, definida por
onde
emax = arcos(1/r).
ao albedo total, deve-se pro
toda a superf;cie terrestre
(4.45)
(4.46)
Entretanto, a região visível nem sempre ~stã totalmente
iluminada pelo Sol. Quando o satelite ingressa na sómbra da Terra, a
- 42 -
região vislvel passa de totalmente iluminada para totalmente escura. róbvio, portanto, que o limite de integração na variável ~ deva depe~
der da posição relativa entre esta região e a direção do Sol, que defi
ne o contorno da separação entre o dia e a noite na superficie terres
tre. A região iluminada e obtida da' imposição
cos "s ~ O.
Surgem com isso 4 casos distintos:
(4.47)
a) Região vislvel totalmente iluminada pelo Sol. Este caso ocorre
quando (Figura 4.5)
(4.48)
e como não existe sombra na região visivel, nao há restrição a~, ou
seja,
<Pmax = ir,
que define o intervalo de variação em ~:
- ~max s ~ ~ ~max •
região visivel
/.-a5
Fig. 4.5 - Região vislvel totalmente iluminada.
(4.49)
(4.50)
- 43 -
b) Região visivel iluminada parcialmente, com ao ~ n/2. A
terrestre ainge neste caso parte da ãrea visivel, e da
4.6 conclui-se que:
noite
Figura
(4.51)
Pode-se agora separã-la em duas regl0es de integração
complementares, a primeira das quais e totalmente iluminada, onde:
a ~ n/2 - ao ou cotg a cotg ao;;:1
e
cjlmax= n,
e a segunda e parcialmente iluminada, tal que:
n/2 - ao.;::!;a ~ amax ou O ~ cotgacotgao~ 1,
onde
cjlmax= arcos (-cotg a cotg ao) .
totalmente iluminada
parcialmente iluminada
-as~
Fig. 4.6 - Região visivel parcialmente
iluminada, com ao ~ n/2 •.
(4.52)
(4.53)
(4.54)
(4.55)
- 44 -
c) Região vislvel iluminada parcialmente, com 60 > n/2. A sombra,
neste caso, atinge mais da metade da região vislvel, e, confo~
me a Figura 4.7, a integração em 8 deverá ser entre os limite~
80 - n/2 ~ 8 ~ ~max ou -1 ~ cotg 8 cotg 80 ~ O;
novamente o limite em $ será dado por:
$max = arcos(-cotg 8 cotg (0) •
/região escuraregião iluminada
~a
Fig. 4.7 - Região vislvel iluminada parcialmente,
com 80 > n/2.
d) Região vislvel na sombra (Figura 4.8). Neste caso,
6max ~ 80 - n/2 ou cotg 8max cotg 80 ~ -1,
(4.56)
(4.57)
(4.58)
e não serã necessário efetuar a integração, pois a contribuição do al
bedo será nula.
- 45 -
~a
Fig. 4.8 - Região vislvel na sombra terrestre.
Os quatro limites de integração tambem podem ser vistos
na Figura 4.9, onde ~max foi colocado em função de a e 60, de acordo
com a Equação 4.55. O caso a) corresponde ã ~ =1800; o caso b) ã remax -
gião 90 s ~max < 1800; o caso c) ã região O < ~ < 900 e, finalmente,
o caso d) a valores de ~max nulos.
180
C/)
::><o:::C)1: 120UJ aoxn:sE~ o
60
-l ::>C)z<o
o
8 16 24ANGULO a EM GRAUS
Fig. 4.9 - ~max em função de a paraal~uns valores de a •o
- 46 -
Cabe observar que os limites de integração em e e ~ de
pendem tambem do ângulo n, formado pela normal ao elemento de superfi
cie do satelite, Ke, e pela direção de incidência, pS. A co~djção
cos n = _Ke • pS ~ O (4.59)
pode alterar os limites de integração em e e ~. A anãlise desses novos
limites, porem, alem de ser complexa em virtude dos inumeros casos a
analisar, torna-se desnecessãria quando se utiliza a integração numerl
ca, jã que o elemento que não satisfaz tal condição e simplesmente re
tirado da integração.
(4.69)
Podem-se, da mesma forma que na radiação direta,
nir coeficientes adimensionais para as forças devidas ao albedo,
permitem uma visualização mais rãpida da influência dos diversos
metros envolvidos na sua determinação. As expressões
-s aFs . K
CSV = --a ps Ar
e
defi
que
para
(4.61)
serão dénominadas, respectivamente, coeficiente de albedo vertical e
coeficiente de albedo horizontal, onde F~ e a resultante da força atua.!!
te no satelite devido ã radiação refletida pela Terra.
4.4 - RADIAÇAO EMITIDA PELA TERRA
A parcela da energia solar absorvida pela superficie da
Terra não fica totalmente retida no local. A atmosfera se incumbe, por
meio de convecção, de transferir calor das regiões mais quentes (eqlJ!
toriais) para as regiões mais frias (polares) da Terra. Desta forma, a
diferença de temperaturas media entre tais regiões não e tão elevada
47 -
quanto seria se não houvesse atmosfera. Apesar de a emissão terrestre
depender da temperatura absoluta do localt pelo exposto acima, e pela
influência relativa desta força, mencionada na Seção 4.1, justifica-se
o fato de adotar a temperatura uniforme e constante sobre toda a Terra.
Corno na radiação refletida difusamente, serã suposto tam
bim que a parcel~ da radiação que não i refletida i emitida difusamen
te (Abadie, 1968), e considera-se novamente a Terra esfirica.
A energia por unidade de tempo absorvida por um elemen
to de superficie dAT na Terra, cuja normal faz com a direção do Sol um
ângulo Vs (Figura 4.4), vale:
dWE = (1 - a) S cosvsdAr (4.62)
Integrando-se a Expressão 4.62 sobre toda a superficie
terrestre, com a condição cosvs~ O, a potência total absorvida resul
ta em:
(4.63)
A hipótese de a temperatura ser unica em toda a Terra
significa que esta deveria possuir urna condutância tirmica bastante
elevada na superficie. Nesse caso, todo o calor absorvido num ponto.s~
rã distribuido equitativa e instantaneamente aos demais pontos. A p~
tência emitida por unidade de ãrea torna-se então:
(4.64)
o fluxo de quantidade de movimento por unidade de ãrea
e por unidade de tempo incidente numa superficie situada em P (Figura
4.4) e normal ã direção de incidência torna-se:
- 48 -
(4.65)
Substituindo-se as Equações 4.39, 4.40, 4.42, 4.43 e
4.64 na Equação 4.65 obtem-se:
dp = (1 - a) S (r cos 6 - 1) sen a da dep.E 4'11'c (r2 - 2r cos 6+ 1 )3/2
(4.66)
Da mesma forma que no cã1cu10 das forças do a1bedo, p~
de-se tratar a radiação terrestre como radiação solar direta, substi
tuindo-se o valor de Ps da Equação 4.23 por dPE da Relação 4.66, que
deve ser integrada obedecendo-se aos limites
o ~ a ~ arcos(1/r) e - n ~ ep ~ n,
que delimitam a região vis;vel. A direção de
por pa que, após efetuada a rotação indicada-s
resulta em p •
(4.67)
incidência será fornecida
na Equação 2.11 ou 2.13,
Pelas hipóteses feitas, serã indiferente se a região vi
s;vel pelo sate1ite estiver sendo iluminada pelo Solou não. Porem, do
mesmo modo que o alb~do, a Condição 4.59 deve ser satisfeita para g~
rantir que o elemento de superf;cie do sate1ite seja vis;ve1 ao e1emen
to sobre a Terra. Embora a Relação 4.66 seja muito semelhante ã Equ~
ção 4.44, não podem entretanto ser agrupadas, visto que os limites de
integração de ambas são diferentes, exceto no caso a.
Ana 1ogamente ao a1bedo, serão defi nidos os coefi cientes
de .radiação terrestre vertical e horizontal, respectivamente como:
-s .F KS
C _ E , (4.68)
EV - (1 - a) ps Ar
- 49 -
-s sFE • j
C -----
EH - (1 - a) ps Ar '
-s _
onde FE e a resultante das forças de radiação terrestre.
(4.69)
CAPITULO 5
TORQUE DE GRADIENTE DE GRAVIDADE
5.1 - INTRODUÇAO
O torque de gradiente de gravidade e causado pela varia
ção da força gravitacional com a altitude, fazendo com que a força por
unidade de massa varie ao 'longo do corpo do satelite. Fica claro, as
sim, que este torque depende da altitude, da geometria e da orientação
(atitude) do satelite.
Juntamente com os demais torques, o torque de gradiente
de gravidade e de importância fundamental na determinação, previsão e
controle de atitude, pois afeta consideravelmente o movimento do sat~
lite em torno do seu centro de massa. Por outro lado, por ter um ponto
de equilibrio estãvel, o torque pode ser utilizado para estabilizar d~
terminados satelites numa atitude preestabelecida (Beletskii, 1966;
Robertson, 1964). Os assim chamados satelites estabilizados passivame~
te possuem a grande vantagem de ter o eixo associado ao seu menor mo·
mento de inercia quase coincidente com a vertical local. Esses sateli
tes dispensam, desta forma, os complexos aparelhos de estabil.ização e
controle, embora a precisão no apontamento seja inferior ã destes ulti
mos.
De acordo com Robertson (1964), alguns resultados con
cernentes ao problema do equacionamento dos torques de gradiente de gra~ -vidade foram obtidos por Tisserand, em 1981. Mais recentemente, com o
lançamento dos primeiros satelites, o torque de gradiente de gravidade
foi reformulado peloprôprio Robertson (1958), que já considerava os
efeitos do achatamento terrestre. Beletskii (1966) obtem os torques d~
rivando o potencial gravitacional da Terra e em função dos momentos
principais do satelite. r comum, entretanto, que os satelites não po~
suam suas direções principais coincidentes com seu sistema de referên
cia, que normalmente e o melhor sistema para se terem representados os
- 51 -
- 52 -
torques. A formulação apresentada por Meirovitch (1970), cujos torques
estão em função do tensor de inércia em relação a um sistema de refe
rência fixo no satélite, facilita assim a compatibilização entre este
torque e os calculados nos capitulos anteriores.
Cabe observar que foi considerado nesta anãlise apenas
as forças e torques externos ao satélite. Torques que resultam devido
ao uso de sistemas não inerciais,como o gradiente de força centrifug~
por exemplo, tratado por Beletskii (1966) não foram aqui equacionados.
5.2 - TORQUt DE GRADIENTE DE GRAVIDADE NUM CORPO R!GIDO
A força que age num elemento de massa dm do satélite e
dada por
r- ~dm-r3
(5.1)
onde ~ e a constante gravitacional terrestre.e r é o raio vetor, no
sistema orbital, que vai do centro da Terra ao elemento de massa e va
le (Figura 5.1):
- ~o ~o . or = x 1 + Y J + (R + z) K , (5.2)
onde R é a distância de centro da Terra ao centro de massa do satélite
O efeito do achatamento terrestre, por ser pouco significativo, foi de~
prezado.
-o
Expandindo-se as componentes de dFg em série de Taylor
em torno de z/R próximo a zero e desprezando-se os termos iguais ou su
periores aos de segunda ordem, tem-se que
(5.3)
- 53 -
Calculando-se o momento elementar em relação ao centro
de massa r~g do satelite e passando-se a integração, obter-se-ã
Fig. 5.1 - Elemento de massa do satelite.
A relação que une o sistema orbital ao sistema do
lite e dada pela Equação 2.9, que aqui será resumida por
-s A-or = _ r ,
onde
all a12 a13
A = a2I a22 a23
a31 a32 a33
Logicamente,
(5.4)
satê
(5.5)
(5.6)
(5.7)
- 54 -
-o
Substituindo-se o valor de Mg na Equação 5.7 pela Rel~
ção 5.4 e trocando-se x, y e z pelos valores correspondentes dados p~
la relação inversa da Equação 5.5, obtem-se
-s 3 II S S . ( 2 2) S
Mg = ~ [-a13a33 IXY + a13a23 Ixz + a23 - a33 Iyz +
+ a23a33 (I~z - I~y)] iS ~ [a23a33 I~y +
(Is IS)] r.S ,+ a13a23 yy - xx ~
(5.8)
s s s s s s .-
onde Ixx' IXY' Ixz' Iyy' Iyz e Izz sao as componentes do tensordeiner
cia, definidas como:
15 = r (y2 + Z2) dm,xx JM
IS =-J x y dm,xy M
I~z =-JM x z dm,
IS = J (x2 + Z2) dm,yy M
I~z =-J Y z dm,. M
IS = J (x2 + y2) dm,zz M
(5.9a)
onde x, y e z fornecem a posição do elemento de massa dm num sistema
paralelo ao sistema de referência do satelite, com origem no centro de
massa, e M representa a integração sobl°a toda a massa ms do satel ite.
As propriedades do tensor de inercia aqui utilizadas e sua relação com
os momentos principais de inerci~ de um corpo rigido podem ser encontra
das, por exemplo, em Crandall et alii (19G8).
- 55 -
Considere-se agora o sistema XlylZI associado aos eixos
principais do satélite. Seja também a matriz de rotação ~ que relaci~
na este sistema ao sistema de referência fixo no satélite. O tensor de
inércia pode, então, ser obtido indiretamente pela relação
s S'sI~x
OOIxx IXYIxz
IS
sIS = COI~y
OCT (5.10)xy
Iyyyz
,s
ISIS OOI IIxz yz
zz zz
ondp 11 11 e 11 sao os momentos principais de inércia, e _CT é a m_axx' yy zz
triz ~ transposta. Se, entrentanto, os eixos principais coincidirem com
o sistema de referência do satélite, f se reduzirá ã matriz identidade
e a Expressão 5.8 se resumirá em (Nidey, 1960)
-s 3 11 ••.s (I I ) .•.•.sMg = ~ [a23a33(I~z - Iyy) 1 + a13a33 I~x _. zz J +
+ a13a23 (Iyy - I~x) KS] •(5.11)
Note-se também que, da forma como foi proposto o torque
de gradiente de gravidade, este só depende da direção que a vertical
local possui com relação ao sistema do satélite, cujos co-senos diret~
res sao dados por a13' a23 e a33 nas direções XS, yS e ZS, respectiv~
mente.
Finalmente, adimensionalizando-se o torque de qradiente
de gravidade para mais facilmente se compreender a influência dos pro
dutos de inércia, introduzem-se os coeficientes de gradiente de -gravi
dade:
-s .•.s
Mg • 1=----311 m A
R3 s r
, (5.13)
M-s ..•s9 . J
CMGY = ~---,3lJ moA
R3 s r
M-s r;S_ g' r;. ,
CMGZ - --"'----
3lJ m A
R3 S r
- 56 -
(5.14)
(5.15)
onde ms e a massa total do satélite e A~ é uma area de referência adotada.
CAPITULO 6
FORÇAS E TORQUES ELETROMAGNtTICOS
6.1 - INTRODUÇ].!;O
o movimento do satelite atraves da atmosfera parcialme~
te ionizada, bem como a interação tanto do satelite quanto dos ions e
eletrons com o campo magnetico terrestre, causam o aparecimento de for
ças e torques de origem eletrostãtica e eletromagnetica. O numero ,de
moleculas neutras, ions e eletrons por unidade de volume, assim como a
porcentagem de ionização da atmosfera, são mostradas na Tabela 6.1 em
função da altitude. A 4000 km de altura praticamente todas as molecu
las da atmosfera estão ionizadas (Brundin, 1963).
TABELA 6.1
NOMERO DE MOLrCULAS POR m3 NA ATMOSFERA
Alturan(neutras)
In. (Ions) ne(elétrons)
%.•.
lons
km
-31 -3-3m
m m
300
7 • 1014(1)7• 1011 3 .1011(2)0,1 (3)
1500
3.101°(4)7.109(4)7 •109 (4) 23
FONTE: (1) USAF, 1976; (2) Oya, 1970; (3) Brundin, 1963;(4) Hohl and Wood, 1963.
As forças eletromagneticas foram inicialmente investiga
das por Jastrow and Pearse (1957), que concluiram que um satelite em
movimento na ionosfera deveria apresentar uma carga eletrfca negativa.
Artigos posteriores (Beard and Johnson, 1960) incluem a influência do
campo magnetico terrestre e o efeito foto-emissor de eletrops (Chang
and Smith, 1960; Brundin, 1963). Nos artigos de Halverson and Cohen
(1964) e Smith (1964), os torques de Foucault foram determinados em sa
...57 ..
- 58 -
télites esféricos. Hohl and Wood (1963) e Hohl (1966) sintetizaram as
forças e torques coulombianos e de indução, obtendo o potencial do s~
télite sem grandes aproximações. A distribuição de cargas na .esteira
do satélite (face voltada contra a velocidade) foi formulada por Kiel
et alii (1968) e Vaglio-Laurin and Miller (1970). Finalmente, alguns
dados relativos is 'con~ições e ã composição i6nica da atmosfera, foram
fornecidos por Oya (1970) e Samir and Wrenn (1969), que utilizaram as
medidas efetuadas pelo foguete K-9M-21 e o satélite Explorer XXXI, res
pectivamente.
6.2 - O POTENCIAL DO SATtLITE
Com exceção dos artigos de Beard and Johnson (1960) e
Chu and Gross (1966), todos os demais admitem um satélite esférico cu
ja superficie externa é condutora no equacionamento das forças e tor
ques. t claro, portanto, que as inúmeras soluções formuladas nestes a~
tigos (algumas das quais diferem substancialmente quanto aos resulta
dos) encontram pouca aplicação em satélites de outros formatos, a nao
ser que se façam inúmeras hipóteses simplificadoras a fim de ajustar
a teoria a estes satélites. Sem dúvida, a grande dificuldade em tratar
de satélites genéricos é a dificuldade em obter a distribuição do cam
po elétrico e do potencial na sua superficie, resolvendo-se a equação
de Poisson. Outro problema também é obter o fluxo das correntes elétri
cas na superficie e fora delas. Em vista disso, aliado ao fato das for
ças e torques eletromagnéticos serem menores que as demais forças tra
tadas anteriormente, serã feita aqui apenas uma descrição qualitativa
das primeiras.
Embora a temperatura cinética dos elétrons seja aproxi
madamente igual i dos ions na alta atmosfera, sua velocidade média e
entretanto muito maior, devido ã sua pequena massa. Por outro lado a
velocidade do satélite, tambem muito menor que a velocidade dos ele
trons, é superior i dos ;ons, de tal forma que se pode visualizar
(Brundin, 1963) que o satélite estã em repouso em relação aos elétrons
e que os ions estão parados na atmosfera em relação ao satélite. Desta
- 59 -
forma, o numero de elétrons que colidem com a superf1cie do satélite é
muito maior que o numero de 10ns, e, portanto, se o satélite for cond~
tor, irá adquirir um potencial negativo, equilibrando assim o fluxo de
elétrons e 10ns. Forma-'se então ao redor do satélite uma fina camada
onde a densidade dos elétrons é inferior ã do ambiente, por serem e~
tes repelidos pelo potencial negativo da superf1cie. Admite-se normal
mente, também, que na colisão com a superf1cie do satélite os ions a~
quiram elétrons e se tornen neutros. Além disso, em virtude de sua v~
locidade térmica ser significativamente menor que a velocidade do sat~
lite, esta colisão ocorre preferencialmente na parte frontal (com rel~
ção ã velocidade), ao passo que os elétrons incidem vindos de qualquer
direção (Figura 6.1).
<J--
~ eletrans
4---r'ti' 10ns<l--~
~<J--
--t>
<J--<r-
Fig. 6.1 - Velocidades dos elétrons a 10ns com relaçãoao satél ite, na ausência de campo magnético.
Isso provoca na parte traseira (esteira) uma região com
potencial tambem negativo, pela ausência de ions, que se estende até
algumas vezes a dimensão do satélite (Kiel et alii, 1969). O potencial
na superficie do satélite atinge, con~orme seu tamanho e altitude, de
alguns centésimos a no máximo alguns Volts negativos (Hohl, 1966) na
sombra da Terra. Quando exposto ã luz solar, o equilibrio é deslocado
no sentido de tornar o potencial menos negativo pelo efeito de fotoemis
são eletrônica.
- 60 -
As cargas elementares não se distribuem, porem, igual
mente pela superficie do satelite, pois a presença do campo magnetico
terrestre irá produzir uma voltagem induzida dada por Vs X B, onde B e
o vetor campo magnetico e Vs e a velocidade do satelite. Essa voltagem
fará então que uma extremidade do satelite se torne mais negativa, en
quanto a outra se torna menos negativa (Figura 6.2), atingindo valores
positivos apenas em satelites muito longos (Chu and Gross, 1966).
Fig 6.2 - Efeito do campo magnetico terrestre nadistribuição superficial de cargas.
Outro fato a se levar em conta, ne~te caso, e que, na
presença de um campo magnetico, tanto os eletrons quanto os ions des
crevem trajetórias helicoidais na ionosfera, sendo que o raio de giro
medio para os eletrons e de 3 a 5 cm, enquanto para os 10ns normalmen
te estã compreendido entre 5 e 10 m (Chu and Gross, 1966). Isto quer
dizer que os eletrons caminham na ionosfera girando ao longo das linhas
do campo magnetico e que, n~sta direção, o fluxo de eletrons na supe!
ficie do satelite e maior.
Todos os aspectos acima descritos influem em certo grau
na distrlbuição de carga no satelite. A interação deste potencial com
a ionosfera e com o campo magnetico da Terra irá produzir forças e tor
ques no satelite que serão descritos nas seçoes seguintes.
- 61 -
6.3 - FORCA E TORQUE DE COULOMB
Devido ao potencial negativo do satelite, os ;ons incl
dentes, preferencialmente na direção da velocidade do satelite, são d~
fletidos no s~u campo eletrico, colidindo a seguir com a superf;cie.
Nestes dois processos, deflexão e colisão, hã uma mudança na quantid~
de de movimento dos ;ons, que provoca uma força e um torque no sateli
te. Alem disso, conforme pode ser visto na Figura 6.2, alguns ;ons, c~
ja trajetõria não era de colisão antes de serem defletidos, chocam-se
efetivamente com a superf;cie, de tal forma que se pode tratar essa fo..!:.
ça como se houvesse um aumento na seção transversal do satelite. A p~
larização provoca da pelo campo magnetico causarã uma deflexão nos ;ons,
maior na extremidade mais negativa, tornando o fluxo assimetrico (no
caso de um satelite esfericó) e provocando com isso um torque.
Em virtude da pequena massa dos eletrons, seu efeito na
força e no torque coulombiano e frequentemente desprezado.
A fim de se obter apenas a grandeza do arrasto de Coulomb,.
a seguinte expressão, forneci da por Jastrow and Pearse (1957), pode ser
util izada:
(6.1)
onde mi e a massa media de um ;on; ni, o numero de ;ons por unidade de
volume no local; At, a ãrea da seção transversal; e FC a força de
Coulomb na direção da velocidade Vs do satelite.
6.4 - TORQUE DE CORRENTE DE FOUCAULT
A variação, tanto em mõdulo quanto em direção, do campo
ffi:.lgneticoterrestre causa circuitos fechados de corrente eletrica na
superf;cie e no interior de um satelite condutor. Essas correntes dis
- 62 -
sipam energia por efeito Joule, introduzindo, desta forma, um torque
que tende a imobilizar o satelite com respeito ao campo magnetico (F.:!.
gura 6.3). O movimento de rotação própria do satel ite e o principal ca~
sador desse torque, que - alem de reduzir exponencialmente a rotação
também precessa seu eixo (Spence Jr., 1978).
Fig. 6.3 - Correntes elétricas induzidas na superfíciedo satélite pelo campo magnetico da Terra.
O torque produzido por esse efeito pode ser aproximado
por
-ME = k (w X B) X B,
(6.2)
onde w é o vetor velocidade de rotação do satélite, B é o campo magné
tico local e k é uma constante que depende do formato do satelite (T~·
bela 6.2).
- 63 .-
TABELA 6.2
VALORES DE k PARA ALGUNS FORMATOS'
Anel circular deraio
r e ãrea de seção
reta1Tr3 SS, num plano que con
- o4tém o eixo de rotação:
Esfera de raio r,
es
pessura d e
condutivT 2nr4 ddade do material da su
-o3
perficie o.
-Cilindro de raio r, es
[1_ 2d tgh(-ia)]pessura d, comprimento
1T o r3 L d
L e condutividade o.
L
FONTE: Spence Jr. (1978).
6.5 - FORÇA E TORQUE DE INDUÇAO
O fluxo de elétrons e ions no satélite, associado ao
efeito da fotoemissão eletrônica, provoca uma distribuição de corrente
não necessariamente confinada ao volume do satélite. Essa densidade de
corrente, ao interagir com o campo magnético da Terra, causa uma força
e um torque :10 satél ite. Do expos to, fica c1aro que o torque ou a fo!.
ça de indução serão nulos no vãcuo absoluto. O principal efeito caús~
dor desse tipo de força é a corrente que surge quando os elétrons ac~
mulados nas regiões mais negativas caminham pela superficie para neu
tralizar os ions incidentes na parte frontal (Hohl and Wood, 1963;
Hohl, 1966), como visto na Figura 6.4.
- 64 -
Fig. 6.4 - Fluxo de elétrons e ions no satélite.
6.6 - OUTROS TIPOS DE FORCAS
O movimento de um satélite condutor, no interior de um
gás também condutor (plasma) e na presença de um campo magnético, pr~
voca disturbios neste gás ao longo da trajetõria. Esses disturbios pro
pagam-se 'principalmente por meio 'de ondas denominadas ondas Alfvén (Chu
and Gross, 1966), e como sua energia deriva da energia cinetica do sa
télite, há uma dissipação desta ultima, que se traduz por um arrasto
no satélite. As ondas Alfven foram tratadas nos artigos de Chu and
Gross (1966) e Venkataraman and Gustafson (1973): ambos concordam que
seu mõdulo é significativamente menor que a força de indução.
A polarização no satélite provoca acumulo de cargas el~
tricas em extremidades opostas. Se este estiver girando, estas cargas
vão percorrer sua superficie, ficando entretanto estacionárias com res
peito ao campo magnético. A corrente elétrica assim gerada irá prov~
car um torque no satélite, porém muito menor que o torque de Foucault,
podendo ser totalmente ignorado.
o satélite carregado com uma carga elétrica q estará s~
jeito a uma força de Lorentz dada por q vs X ·8, sempre perpendicular ã
- 65 -
trajetõria. Seu mõdulo é, entretanto, desprez;vel quando comparado as
demais forças.
Restam ainda outras poss;veis fontes de toque, que de
pendem essencialmente dos detalhes construtivos do satélite, como por
exemplo a interação com o campo magnético das correntes geradas pelos
aparelhos no interior do satélite e de barras pré-magnetizadas na e~
trutura (usadas para amortecer o movimento de rotação pl'õpria do saté
lite). Embora estes torques seja~ bastante significativos, sua model~
gem depende intrinsecamente do satélite analisado, não sendo poss;vel
portanto uma formulação geral.
,"
CAPTTuLO 7
APLICAÇAO DA TEORIA E RESULTADOS
7.1 - INTRODUÇAO
A teoria desenvolvida nos capitulos anteriores foi ada~
tada em termos computacionais e, posteriormente, foi confrontada com
resultados calculados analiticamente nos Apêndices A e B. Neste capit~
10 analisam-se os resultados obtidos pela aplicação do programa gerado
a um satel ite experimental, cuja geometria, dimensões e sistema de coo.!:.
denadas XSysZs estão mostradas na Figura 7.1. As principais caracterls
ticas deste satélite são:
1) Possui formato de um prisma com base octagonal, em cuja base
superior (9) é fixada uma antena (18) e um mastro central (15)
que, juntamente com a massa de 3 kg na sua extremidade sup~
rior (14), respondem pela estabilização do satélite por gra
diente de gravidade. Na base lnferior (11) estão fixadas duas
antenas (19 e 17), responsãveis pela retransmissão de dados.
No cilindro (16) estão fixados alguns equipamentos de bordo e
a estrutura do satélite. As laterais (1 a 8) e a face superior
(9) estão cobertas por células sola~es.
2) A massa total do satélite, ms' e igual a 93,5 kg, cujas comp~
nentes do tensor de inércias valem
s323,39kg m2 (7.1a)
lxx=
1s =
-0,07kg m2 (7.1b)xy
s
0,137kg m2 (7.1c)lxz =
l~y = ~24,06
kg m2
(7.1d)
- 67 -
I~Z = 0,111 kg m2
- 68 -
(7.1e)
(7.1f)
em relação a um sistema de eixos paralelos ao sistema do sate
lite, com origem no centro de massa. O sistema do satelite tam
bem estã inéicado na Figura 7.1; em relação a este sistema, o
centro de massa tem como coordenadas:
(7.2)
em metros.
3) Admite-se que as caracterlsticas da superflcie, como os coefi
cientes de transferência de quantidade de movimento o e o', a
reflectância y, a parcela difusa da reflectância p, e a tempe
ratura de um elemento Tw' são constantes em toda a superflcie
do satelite.
4) Os elementos orbitais e a data de lançamento serão considerados
como pre-especificados pelos requisitos da missão, e admitidos,
para fins de anãlise, ~om a seguinte geometria: altitude do sa
telite entre 700 e 800 km, que forneceo para o semi-eixo maior
da órbita e excentricidade os valores:
a = 7128155 m,
e = 0,007;
a inclinação e o argumento do perigeu foram a~otados como
(7.3)
(7.4)
ow = 14,3 •
(7.5)
(7.6)
- 69 -
A data de inicio da geração de órbita escolhida foi 10
de dezembro de 1983, 0,0 hs TU.
8
~~Q914 -i -!-
~T15
9
----
o
:::1
Fig. 7.1 ~ Geometria, dimensões e eixos
do satelite experimental.
- 70 -
5) A ãrea de referência A s utilizada na obtenção dos coeficien. r . . -tes adimensionais, foi adotada como ãrea de contorno do sateli
te projetado na direção de um eixo no plano XSys, o qual forma
com XS um ângulo de 22s5° (as antenas 18 e 19 foram subtraldas
deste cãlculo), o que resulta em:
Ar = 1,06675 m2• (7.7)
o comprimento caracterlstico, Lr, para a adimensionali~
1 zadas como se segue. Para a radiação solar'direta e para a radiação re
fletida ou emitida por um elemento da Terra, as ãreas encobertas (na
sombra) deverão ser retiradas da integração das forças e torques. Embo
ra estes elementos emitam radiação em função de sua temperaturas iusti
fic~-se sua retirada da integraç~o em virtude 9a sua pequena contri
buição resultante (Evanss 1964). Alem disso, para o satelite analisado
aqui, mesmo no pior caso as ãreas encobertas representam apenas uma pe
quena fração da ãrea exposta ã radiaçãos o que minimiza seus efeitos.
A determinação das partes encobertas no cãlculo das fo~
ç~s aerodinâmicas e extremamente dificil, pois, ao contrãrio da radi~. .çãos as moleculas de gãs incidem num elemento vindas de qualquer dire
ção. Pode-se entretanto considerar que o fluxo de moleculas e muito
maior na direção da velocidade do satélite, jãqueesta velocidade, por
sua vez, e muito maior que a velocidadetermica das moléculas. Isto é
sempre verdadeiro nas altitudes orbitais e se traduz por uma alta ra
zão de velocidades, s. O efeito, portanto, do flu~o na direção de vel~
cidade pe muito maior que nas demais direções (Evans, 1964; Boettcher
, and Legge, 1980), podendo-se desprezar desta forma a força no eleme~
to encoberto por outro nesta direção. Resulta então que as regiões en
cobertass neste caso, serão tratadas de maneira similar às oriundas da
radiação.
- 71 -
No satelite analisado (Figura 7.1) o efeito do sombrea
mento foi considerado entre: o mastro (15) e o painel superior (9); o
mastro e a massa (14) e a massa e o painel. Na parte inferior consid~
rou-se a interdepend~ncia entre: a face inferior (11) e o suporte ci
lindrico (16).; a face e a antena (13) e, finalmente, entre a antena e
o suporte. Em todos os casos acima, o efeito foi considerado em ambos
os sentidos. Apenas a sombra das faces superior e inferior nas pequ~
nas antenas (18 e 19, respectivamente) foi considerada somente neste
sentido. As laterais, por serem planas e nunca estarem cobertas, nao
foram subdivididas em elementos na integração numerica. Cada um dos ci
lindros do satelite (14 a 19) foi dividido em 80 partes.
Finalmente, nas Seções 7.2, 7.3 e 7.4 procede-se a o~
tenção e anãlise dos coeficientes das forças equacionadas. Na Seção 7.5
verifica-se o comportamento dessas forças ao longo de uma órbita.
7.2 - COEFICIENTES AERODINAMICOS
A fim de caracterizar a direção da velocidade do sateli
te no seu sistema, XSysZs, definem-se os âng~los uA e SA (Figura 7.2)'denominados respectivamente ângulo de ataque e ângulo de guinada.
DeVido ao formato octagonal predominante na geometria
do satelite, espera-se uma variação periódica dos coeficientes com SA'
Alem disso, o periodo deverã ser de 450 e não pode rã existir diferença
substancial entre um periodo e outro, jã que a unica assimetria do s~
telite são as pequenas antenas 18 e 19, cuja influência deve rã ser qu~
se imperceptivel. A Figura 7.3, que apresenta o coeficiente de arrasto
aerodinâmico em função do ângulo SA para diferentes valores de s, co~
firma esta variação periódica. Note-se nesta figura que o valor mãximo
de CDA ocorre quando SA e igual a 22,50 + k 450, onde k = 1,2, 3,
Isto porem não serã sempre vãlido, pois o valor dos coeficientes de
transferência de quantidade de movimento, o e o', unitãrios na Figura
7.3, muda a posição deste mãximo. De fato, como pode ser visto nas Fi
guras 7.4 e 7.5, que fornecem CDA em função de s para alguns valores
- 72 -
de o e 01, ocorre uma inflexão em COA para o e 01 aproximadamente iguais
a 0,18. Valores menores que este terão COA mãximos em SA iguais a k 450
(k = 1, 2, 3, ••• ). Note-se tambem nestas figuras que COA aumenta co~
forme o e o' diminuem, ou seja, quanto mais especular for a colisão en
tre moleculas e satelite, maior serã o arrasto. Isto sem duvida se de
ve ao formato quase cilindrico do satel ite, no qual o coeficiente aumen
ta quando o tipo de reflexão muda de difuso para especular, como pode
ser visto nos resultados do Apêndice A •
•1·.
x
Fig. 7.2 - Angulos QA e SA no sistemado satelite.
2.64
2.56
«OU 2.48
WI--
~ 2.40•.....
•.....
I.L 2.32WOU
2.24
- 73 -
25.
AtJGULO BA EM GRAUS
s
4.
5
6
7
8
.,..~10
50.
Fig. 7.3 - Coeficiente de arrasto aerodinâmico, como função do ângulo
BA, para alguns valores da razão de velocidades s.
2.800
« 2.720OU 2.640OI--cn 2.560«o:::
~ 2.480
WO 2.400.
I.L 2.320WOU 2.240
2.1604.0 4.5 5.0 5.5 6.0 6.S 7.0 7.S 8.0 8.5
RAZAO DE VELOCIDADES s
0:::0'
o
0.25
0.5
0.75.
1.0
9.0 9.5 10.0
Fig. 7.4 - Coeficiente de arr~sto, CDA, em função da razão de velocidades s e de o e o' (angulos Cle ataque nulos: aA = BA = O).
«ClUoI- 2.6Cf)«o::::
o::::«wO2•4
LLWOU
2.24.0
- 74 -
0=0'o
0.25
0.5
0.75
1.0
( t16.0 6.5 7.0 7.5 8.0 8.5 9.0 9.5 10.0''''
RAZAO DE VELOCIDADES 5
Fig. 7.5 - Coeficiente de arrasto, em função de s com a e o' variando
de O a 1 (ângulos de ataque: QA=O, SA=22,SO e Tw/Ti=1).
Adotando-se o e a' unitãrios,'nas Figuras 7.6 e 7.7, i~
vestigou-se a variação de CDA com o ângulo de ataque QA para al~uns v~
lores da razão de velocidades s, que correspondem a altitudes de apr~
ximadamente 300 a 900 km em órbita circuiar. Na Figura 7.6 o ângulo SA
vale 00, e na Figura 7.7, 22,SP. Em ambos, o m;nimo coeficiente de a!
rasto para qualquer razão de velocidades ocorre nos extremos de nA' ou
seja, _900 e 900• Exi stem tambem doi s pontos de máximo para QA = _300 e
QA = 300 aproximadamente, com um minimo local perto,de 00• AFigura 7.8
confirma a pouca influência da razão de temperaturas, TwfTi no arrasto,
conforme foi dito na 3eçã03.3.
- 75 -
2.8
« 2.6ClU02•4I-cn
~ 2.2o:::«
2.0WCl
• 1.8l.LLJ'
CJU 1.6
s
4
5
6
16
1~
1.4-90. -60. -30. 30. 60. 90.
ANGULO QAEM GRAUS
Fig. 7.6 - Coeficiente COA em função do ângulo UA e da razão
de velocidades S(BA = O~ o = o' = Tw/Ti = 1).
2.8
« 2.6ClU02•4I-cn
~ 2.2o:::«
2.0WCl
• 1.8l.LWOU 1.6
S
4
5·
6
769
10
1. <4-90.
ANGULO QA EM GRAUS
60. 90.
Fig. 7.7 - Coeficiente de arrasto aerodinâmico em função de
QA e s(SA = 22,50 e o = o' = TwfTi= 1).
- 76 -
2.640
« 2.560O(.)
02.480r-(f)
~ 2.400n:::«
2.320WO• 2.240
l.L.WO(.)2.160
2.0804.0 4.5 5.0 5.5 6.0 6.5 7.0 7.5 8.0 8.5
RAZAO DE VELOCIDADES s
1.0
0.13
0-6O.~0.2
9.0 9.5 10.0
Fig. 7.8 - Variação de COA com s e Tw/Ti (aA = Oso
BA = 22s50 e a = 01 = 1).
Os coeficientes de torque dados pelas Equações 3.26s3.27
e 3.28 foram obtidos no sistema do sat~lite e em relação ao centro de
massa. Verifica-se na Figura 7.9 que o centro de pressões se localiza
acima do centro de massas em virtude da influência do mastros o que re
sulta em um torque liegativo no eixo yS para BA = 00. Entretantos o tor
que aerodinâmico pouco varia com a razão de velocidadess sendo mais d~
pendente do ângulo uA• A resultante do torque atua praticamente no
plano formado pelos eixos XSySs pois a componente no eixo ZSs causada
somente pelas antenas 18 e 19, possui uma ordem de grandeza 3 vezes in
ferior ã resultante. As Figuras 7.10,' 7.11 e 7.12 mostram a V!
riação quase senoida 1 do coeficiente de torque nos eixos XSs yS e ZS re~
pectivamente, com o ângulo BA• Verifica-se, no caso, a pouca influê~
cia do formato octagonal (que deveria super-por ao coeficiente uma outra
variação senoidal com periodo de 45°) em detrimento da do mastros cujo
centro de pressão se encontra muito mais afastado do centro de massa
que o corpo prismãtico do sat~lite.
- 77 -
0.0>-<C1:Ü -0.4
W::::> -0.8Oo:::
0-1.2I-w0-1.6
LL -2. OWOÜ -2.4
-2.8-90. -60. -30. O. 30. 60. 90.
ANGULO aA EM GRAUS
Fig. 7.9 - Coeficiente de torque no eixo yS do satélite, em função do
ân~ulo aA e de s, para aA = O e a = ai = Tw/Ti = 1.
3.0
x<CL:Ü 1.5
W::::>
Oo:::
O 0.0I-wO
LL-l.5WOÜ
-3.0O. 60. 120. 180. 240. 300. 360.
ANGULO aA EM GRAUS
Fig. 7.10 - Coeficiente de torque no eixo XS em função de
aA e de aA (a = ai = Tw/T; = 1, S = 6).
- 78 -
>«L:ü 1.5
W:Jao::o 0.0.-wo.
IJ... -1 .5Woü
-3.0o. 60.
ANGULO "BA EM GRAUS
360.
Fig. 7.11 - Coeficiente de torque aerodinâmico CMAY no eixo yS em
função de BA e ~A (s = 6t a = a' = Tw/Ti = 1).
75 • 10-4.
N 50«L:üW 25:Joo::o.-W
0':'25
IJ...
WO-50Ü
-75.O. 60. 120. 180. 240.
6030
-60
o
360.
ANGULO BA EM GRAUS
Fig~ 7.12 - Coeficiente de torque no eixo ZS em função de
BA e ~A (s = 6t TwfTi= 1 e a = a' = 1).
• 79 -
7.3 - COEFICIENTE DE FORCA DE RADIACAO
A radiação solar direta, ao incidir no satelite, pode
fazê-lo sob ângulos maiores que no caso aerodinâmico, cujo vetor vel~
cidade estã sempre próximo ao plano XSys devido ã estabilização do s~
telite. Os âhgulos de incidência aR e 8R (Figura 7.13) fornecerão a dl
reção do Sol no sistema do satelite, e, pelo exposto acima, aR deverã
variar de - 900 a 900 para que se possa ter uma total representação dos
coeficientes de força e torque de radiação.
Fig. 7.13 - Angulos de incidência aR e 8R da radiaçãosolar no sistema do satelite.
t importante salientar que esse tipo de estabilização,
por gradiente de gravidade, tenta sempre anular a rotação própria .do
satelite em qualquer eixo que não seja perpendicular ã órbita, yO. Co
mo existem dissipações internas da energia rotacional do satelite, pr~
ticamente cessa o movimento do satelite com respeito ao sistema orbi
~al, decorrido um certo intervalo de tempo após o lançamento. Assim,
uma superficie que estiver exposta ã radiação solar terãtempo suficie~
te para se aquecer, enquanto as superficies encobertas irão se resfriar
- 80 -
bastante antes de serem novamente iluminadas. A hipõtesedesuperfrcies
adiabáticas, conforme definida na Seção 4.2, será então aproximadame~
te verdadeira; neste caso, o coeficiente v da Equação 4.20 será adota
do unitário.
De inrcio, nota-se na Figura 7.14, a pequena influência
da periodicidade em SR no coeficiente de força de radiação, CRS' dado
pela Equação 4.28.
-60.
o<u<•....•1.4C<o::
wC 1.3<Uo::oI.L.
1.2
I.L.WoU
101-90. 30. 90.
ANGULO aR EM GRAUS
Fig. 7.14 - Coeficiente de força de radiação em função dos ãngulos
aR e SR (coeficiente de reflexão: y = p = 0,7).
Entretanto, a co~figuração desta curva depende essencial
mente dos valores de y e p, reflectãncia e parcela especular da refle,E.
tãncia, respectivamente (no caso, y = p = 0,7). t provável, porem, que
y será inferior a este valor, pois tenco o satelite 60% de sua área c~
berta por celulas solares, a reflectãncia media deverá estar próxima
do valor das celulas, o qual varia de 0,05 a 0,15 (Wolf, 1971). Na Fi
- 81 -
gura 7.15 nota-se a periodicidade em 8R, e, como era de se esperar, o
coeficiente de força de radiação, CRS' tem diminuido sua ampl itude qua~
do aR se aproxima de seus extremos. As Figuras 7.16, 7.17 e 7.18 forn~
cem as componentes do coeficiente de força de radiação nos três eixos
do sistema do sat~lite, XSysZs, respectivamente, onde se nota a total
independência da força no eixo ZS com variação em 8R. A influência de
y e p foi estudada nas Figuras 7.19 e 7.20. Note-se aqui que a refle
xão especular (y = p = 1) resulta em coeficientes menores que a difusa
(y = 1, p = O), exceto para valores acentuados de aR' quando a influên
cia da face plana superior (9) ou inferior (11) se sobrepõe ao formato
qua~e cilindrico do sat~lite. As componentes do coeficiente de radi~
ção da Figura 7.20 são mostradas nas Figuras 7.21, 7.22 e 7.23, em fun
çao do ângulo de incidência aR.
60
-6 o
50.25.o.-25.
UWO(.)
t .20 .-50.
o<(.)«c< 1.36o:::
WC<(.)o:::0'•28U-
ANGULO 8R EM GRAUS
Fig. 7.15 - Coeficiente de força de radiação em função de 8R,
para alguns valores de aR (y = p = 0,7).
- 82 -
0.00
f)X -0.25ELJJ
0-0.50«U«C;-0.75«o:::
LJJ -1 .00O
LL. 1.25LJJO
)-1.50
-90. -60. -30. o. 30. 90.
ANGULO aR EM GRAUS
.'
Fig. 7.16 - Componente do coeficiente de força de radiação no eixo
XS, em função de aR e 13R, para y = p = 0,7:.
0.00
f) -0.08>-
ELJJ -0.16
O« -0.24u«•.•.•-0.32C«o:: .-0.40LJJo
-0.48
LL.
LJJ -0.56o(.)
-0.64-90. -60. - o. O. 30. 90.
ANGULO aR EM GRAUS
Fig. 7.17 - Componente do coeficiente de força de radiação no eixo
yS, em função dos ângulos aR e 13R, para y = p = 0,7.
I)N 0.8
ELU 0.4O «(.) 0.0« -O« -0.4o:::LU0-0.8
lJ...LU -1.2O(.)
-t.6-90.
- 83 .-
ANGULO aR EM GRAUS
90.
Fig. 7.18 - Coeficiente de força de radiação no eixo ZS em função dos
ângulos aR e BR (reflectância e parcela e~pecular: y=p=O,7).
'.,;
O« .6(.)«-O 1.5«o:::
LU 1.4O« 1.3(.)o:::OlJ... 1 .2
lJ...LU ·.tO(.)
100-90. -60. -30. o.
y
90.
ANGULO aR EM GRAUS
Fig. 7.19 - Influência da reflectância y no coeficiente de
radiação em função de" aR (BR = 22,50 e p = 0,5).
90.
- 84 -
1.8
O<(.)1.6<....C<a::: 1.4UJC<(.)1.2a:::OlJ..
• 1 O
lJ...UJO(.)0.8-90.
-60. o.30.60.
ANGULO
aREMGRAUS
Fig. 7.20 - Influência de y no coeficiente de força de radiação em
função do ângulo aR (SR = 22,50 e p = 1,0). .
0.0
11)
XEUJ
O -o.S<(.)<....C<a:::
UJ-1.0C
-60.
ANGULO aR EM GRAUS
Fig. 7.21 - Componente do coeficiente de radiação no eixo XS
em função de aR e y (SR = 22~5° e p = 1,0).
- 85·-
0.00
I) -0.08>-
1:W -0.16
O< -0.24O<~ -0.32<a::: -0.40WO
-0.48
u...
~ -0.S6O
-0.64-90. -60. -30. o. 30. 60. 90.
ANGULO aR EM GRAUS
Fig. 7.22 - Coeficiente de radiação projetado no eixo yS, em função
de aR' para alguns valores de y (SR = l2,50 e p = 1,0).
,.S
I)
N '.01:W
o o.s<O<~ 0.0<a:::
w -o.sO
u... -, .0woO
-1.5-90. -60.
y
-30.
o
0.2
0.4
o. 30. 60. 90.
ANGULO aR EM GRAUS
Fig. 7.23 - Componente no eixo ZS.do coeficiente de radiação em
função de aR e y (SR = 22,50 e p = 1,0).
- 86 -
Os coeficientes de torque de radiação, definidos nas
Equações 4.30, 4.31 e 4.32, foram analisados nas Figuras 7.24 a 7.28.
Novamente se nota a pequena influência da periodicidade em 8R nos tor
ques e, devido ã grande simetria do satelite com relação ao eixo ZS,
praticamente pode-se desprezar o torque neste ~ixo, pois possui magn1
tude três vezes menor que os demais. As Figuras 7.24 e 7.25, aprese~
tam o comportamento do coeficiente de torque nos eixos XS e yS, respe~
tivamente, em função de aR. O efeito da assimetria introduzido pelas
pequenas antenas 18,e 19 pode ser visto ,nas Figuras 7.26 e 7.28, embo
ras a precisão dos cilcul~s, comprom~tida pela dificuldade na model!
gem das áreas encobertas, CSejaaproximadó.;nente da mesma ordem de . gra!!
deza destes coeficientes, o que os torna, portanto, pouco significati
vos. Nota-se na Figura 7.27 que o tipo de reflexão, especular ou difu
sa, pouco altera o torque de radiação e que, como no caso aerodinâmico,
o centro de pressões da força de radiação localiza-se acima do centro
de massa, o que provoca um torque sempre negativo no eixoYs quando
aR = O.
1.75
I)
1.50X•1.25C 4(o::: 1.00W o
W
0.75
::::>o 0.50o::: ot- 0.25
LI..W
0.00o (.)-0.25
-30.-90. -60.
o.-
ANGULO aR EM GRAUS
Fig. 7.24 - Coeficiente de'tórque'de radiação no eixo XS,
em função de aR e 8R (y = 0',7 e p = 0,7).
- 87 -
90
o.-30.-60.
lJ..W -1.50OU
-1.75-90.
0.25
I) 0.00>-
•
•C -0.25«o:::
-0.50WCW -0.75::>Oo::: -1 .00Of-
-1.25
ANGULO aR EM GRAUS
Fig. 7.25 - Componente do coeficiente de torque de radiação no eixo
yS em função de aR e SR (y = p = 0,7) .
90.60.
. y .
-30.-60.
5
o
-5•
.,x
lJ..WoU
-10.-90.
C«o:::
wCw::>Oo:::Of-
ANGU' .. O aR' EM GRAUS
Fig. 7.26 - Coeficiente do torque de radiação
no eixo XS (SR = OO,p = 1,0).
- 88 -
90.30.o.-30.-60.
ft>- 0.0
U.lJJ -1 .SO<..>
-1.8-90.
•
~ -0.3o::::
lJJ -0.6O"lJJ::> -0.9Oo::::
Ot--l.2
ANGULO aR· EM GRAUS
Fig. 7.27 - Coeficiente do torque de radiação no eixo yS em função
do ângulo aR e de y (BR = 00 e p = 1tO).
ftN o
O -6«o::::
lJJ-12Ol.1J
::>-18O .o::::
O•...•-2~
U.l.1J -30O<..>
-36-90. -60. -30. o. 30. 90.
Fig. 7.28 -
ANGULO aR EM GRAUS
Coeficiente do torque de radiação no eixo ZS em
função de aR e y (SR = 00 e p = 1tO).
- 89 -
A análise dos coeficientes de força devidos ao albedo e
ã radiação terrestre torna-se complexa em virtude das inumeras config~
rações possiveis para o sistema satelite-Terra-Sol. Para reduzir esse
numero de configurações, admitiu-se que o ângulo 80 (Figura 2.4), que
relaciona o sistema do albedo com o sistema orbital, e nulo. Assim, e~
tes dois sistemas ficarão coincidentes, sem perda de general idade, pois
o sistema do sa~elite continua com três graus de liberdade, atraves
das rotações angulares ~s' 8s e .s (Figura 7.29).
Fig. 7.29 - ~ngulos de rotação ~s' 8s e .s no sistema do albedo.
Os coeficientes de força do albedo nas direções verti
cal e horizontal, dados respectivamente pelas Equações 4.60e 4.61, são
vistos nas Figuras 7.30 e 7.31 em função do ângulo 8 , formado pela dio -
reção do Sol e pelo eixo Za, para algumas altitudes entre 500e800 km.
Para 80 ~aior que 900, as forças devidJ(s ao albedo praticamente se an~
lam, pois a região visivel ingressa na sombra da Terra. Note-se tambem
que o coeficiente horizontal do albedo, alem de ser no caso negativo
(indica que a força atua no sentido contrário a ya), e sensivelmente
menor, em mõdulo/ que a componente vertical para ~ = 8 =. = O. Atins s s
- 90 -
ge seu ponto de mãximo valor em módulo para valores de 80 próximos a
700, sendo nula em 80 = 00 por simetria e em 80 > 100~ por se encontrar
na sombra da Terra. Desta forma, a resultante das forças devida ao al
bedo mantem-se sempre próxima da vertical, mesmo para altos valores de
80. Nas Figuras 7.32, 7.33, 7.34 e 7.35 e ,vista a influência do ângulo
$ nos coeficientes vertical e horizontal em função de e e e paras o s
,$s = 00 e ~s = 900. Verificou-se que a resultante no satelite pouco v~
ria com os ângulos de atitude, 8s'e $s' pois a radiação incide no sate
lite subentendida num grande ângulo sóli~o, que e a região iluminada,
o que provoca uma resultante quase cOnstante.
h (km)
1.05
(tiN0.90
:L.W
00•75oW
~ 0.60<< 0.45Uo:::o!.L 0.30
lJ...
W 0.15o<...:>
0.00o. 30. 60. 90.
ANGULO 80 EM GRAUS
Fig. 7.30 - Componente do coeficiente de força doalbedo na direção de ZS em função de
80 e da ~ltitude h (y = p = 0,7).
120.
- 91 -
10-3•15 •
o
10
>-
LW
O0-15Wm...J< -30<(.)a:::0-45lJ..
lJ.. -60WO(.)
-75.O.
h (km)
30. 60. 90.
ANGULO aO EM GRAUS
120.
Fig. 7.31 - Coeficiente do albedo na direção horizontal, yS, em
função de aoede h (~s = as == 1)Is= Oey = p = 0,7).
1.20
lU
N 1.051:W 0.90oCWO.75m...J< 0.60<(.)a:::o. 4SoLI..
0.30
LI..
~ 0.15(.)
0.00o.
-60
~. ~. ~.ANGUlO 60 EM GRAUS
Fig. 7.32 - Componente vertical do coeficiente do albedo em função
de ao e as (y = p = 0,7, ~s = 1)Is= O e h = 700 km).
- 92 -
11>-
1:LtJ
ooLtJm-'<~ -0.03o:::OlJ.. -0.06
lJ..LtJ -0.09O(.)
-o. 12o.
30. 60. 90.
ANGU:"'O 80 EM GRAUS120.
Fig. 7.33 - Componente horizontal do coeficiente do· albedo em função
de 80 e 8s (~s = $s = O; y = p = Ot7 e h = 700 km).
60. 90.EM GRAUS
11N1:LtJ
.000.8LtJm-'<<(.)o:::0°·4lJ..
lJ..LtJo(.)
0.0o. 30.
ANGULO 80
120.
Fig. 7.34 - Componente vertical do coeficiente do albedo em função
de ao e as ($s = Ot <Ps = 900ty=·p = Ot7 e h = 700 km).
- 93 -
IJ>-
ElJJ
O0-25lJJCD...J««uo:::O-50l.L..
~J...
UJOU
-75.o. 30. 60. 90.
ANGULO 60 EM GRAUS
120.
Fig. 7.35 - Componente horizontal .do coeficiente do albedo em função
de 80 e 6s (y = p = 0,7; ~s = 600; ~s = O e h = 700 km).
Quanto ã reemissão terrestre, a Figura 7.36 mostra a i~
fluência da altitude no coeficiente vertical da radiação terrestre, o~
de se verifica que seus efeitos são pequenos (Seção 4.1). A variação
dos coeficientes vertical e horizontal, dados pelas Equações 4.68 e
4.69, em função do ângulo 8s ê mostrada nas Figuras 7.37 e 7.38. Not~
-se que o ângulo ~s pouco influi no coeficiente vertical, da mesma for
ma que a componente da radiação solar direta no eixo ZS não varia com
aR (Figura 7.18).
- 94 -
80 (Y+200.). 10-3•
750.600. 650. 700.ALTITUDE EM KM
550.
IJN~ 72W
Wa::: 64J-C/)Wo:: 56o::WJ-
•C 48<a::
lL. 40WO(.)
32.500.
Fig. 7.36 - Coeficiente vertical da radiação terrestre em função ide h e do ângulo 8s (y = p = 0~7; .s = ~s = 00).
75 (Y+200.)' 10-3•
lU
N 70~W
W 6So::J-C/) 60Wo::o::w SSJ-c<: soo::
lL.W 45o(.)
40-60. -30. O. 30.
ANGULO 8s EM GRAUS
60.
Fig. 7.37 - Componente vertical do coeficiente de radiação terrestre
em função de 8 e ~s (h = 700 km;. = O e y = p = 0,7).s . s
- 95 ,..
60.
1/1s = o - 30
-30. O. 30.
ANGULO 6s EM GRAUS
10-3•30 •ID
>-1:LU 15
LU o:::~U)LUo:::Oo::: LU~
o<:0:::-15
l.L.LUOU
-30.-60.
Fig. 7.38 - Coeficiente horizontal da radiação terrestre em função de
as e 1/1s (h = 700 km; ~s = O e y = p = O~7).
7.4 - COEFICIENTES DO TORQUE DE GRADIENTE DE GRAVIDADE
Devido 'ã previa adoção da estab~lização do satelite e~
"perimental por gradiente de gravidade, fica óbvio que este tipo de to.!:.
que deverã possuir uma resultante que se sobreponha aos demais torques,
de modo a garantir uma precisão preestabelecida de alinhamento ent~e o
eixo ZS e a vertical local. Embora diminuindo rapidamente com a distâ~
cia ao centro da Terra, o torque de gradiente de gravidade, como sera
visto, se mantem superior ao torque aerodinâmico acima dos 400 km de
,altitude, embora sõ a partir dos 500 km garanta um razoãvel alinhamen
to com a vertical (aproximadamente 30).
Os coeficientes do torque de gradiente de gravidade es
tão mostrados nas Figuras 7.40, 7.41 e 7.42, nos eixos XS, yS e ZS,
respectivamente, em função dos ângulos aG e SG' mostrados na Figura
7.39, que fornecem a direção do zênite local no sistema do satel.:!.
te. Como os produtos de inercia I~y' I~z e I~z adotados para este
- 96 -
satel ite são pequenos quando comparados com os momentos de inercia I~x ~
I~y e 1~z~ dados pelas Equações 7.1a a 7.1f~ o tensor de inerciaeapro
ximadamente igual ao tensor principal de inercia. Assim~ os "eixos pri~
cipais praticamente coincidem com o sistema geometrico XSysZs do sate
lite~ e este se comportarã então como se tivesse uma distribuição de
massa anãloga ã de um halteres~ cujo eixo coincide com o eixo Zs. De
fato~ não se nota nas Figuras 7.40 e 7:41 a influência dos produtos de
inercia~ que deslocam os pontos onde o coeficiente de torque se anula
para valores de uG bastante próximos a - 900, 00 e 900, mas não exata
mente iguais. Jã na Figura 7.42~ o coeficiente do torque de gradiente
de gravidade no eixo ZS é resultado dos produtos de inércia e da dife
rença entre 1yS e 1S , de acordo com a Equação 5.8. Sua magnitude é pory ~ -
tanto bastante reduzida~ pois 1~y é pouco maior que 1~x' o que resulta
em um coeficiente mãximo aproximadamente 500 vezes menor que nos demais
eixos.
z~
~s
Fig. 7.39 - Angulos uG e 8G que fornecem a direção do versorTerra-satelite no sistema do satélite.
- 97 ,.
o - 180
45 -
1.6
f)XElJ.J 0.8
>«o:::
C> 0.0
a«o:::C>
-0.8
LL..lJ.JoU
-1 .6-90. -60.
90
-30. O. 30.ANGULO CtG EM GRAUS
60. 90.
Fig. 7.40 - Coeficiente do torque de gradiente de gravidade no eixo
XS em !unção da direção do zênite local, CtG e 8G.
1.6
fi)>-
ElJ.J 0.8
>«o:::
C> 0.0
a«o:::C>
-0.8
LL..lJ.JoU
-1.1-90. -60. -30. O. 30.
ANGULO CtG EM GPAUS
60. 90.
Fig. 7.41 - Coeficiente de torque de gradiente de gravidade no
eixo yS em função dos ângulo CtG e 8G•
- 98 -
f)N
~ 2
>«o:::
" O
CI«o:::C>
-2
LLWOU
-4.-90. -60. -30. O. 30.
ANGULO cxG EM GRAUS
60. 90.
Fig. 7.42 - Coeficiente de torque no eixo ZSt devido ao gradiente
de gravidadet em função de cxG e 8G•
7.5 - FORÇAS E TORQUES AO LONGO DE UMA GRBITA
A análise das forças e torques que atuam neste satélite
durante uma órbita é essencial para se tert em primeiro lugart a gra~
deza relativa de cada uma das forçast desprezando-se assim as menos i~
fluentes. Obtidas as forçast pode-se integrá-las ao longo de uma órbi
tat de forma a obter as variações causadas nos elementos orbitais. Pa
ra tantot nas figuras as forças foram fornecidas não no sistema do sa
télitet mas sim no sistema orbitalt a fim de facilitar a obtenção des
sas variações.
As principais caracterlsticas e elementos orbitais do
satelite foram admitidos nas condições l)t 2)t 3) e 4) da S~ção ~1. Os
valores adotados para 0t o' e Tw/Ti foram unitários ao passo que será
utilizado y = p = Ot7. Embora as forças variem pouco com a orientação
do satelite (aproximadamente 14% para a força aerodinâmica com s = 6)t
os torques dependerão essencialmente da atitude cons iderada. Como o ma~
.tro deverá alinhar-se sempre próximo ã vertical local ao longo da órbi
- 99 -
ta, e visto que não existe aparentemente um valor preferencial para o
ângulo de guinada, adotar-se-ã para fins de anãlise a seguinte orienta
cão: $s = 8s = ~s = 00 (Figura 7.43) com relação ao sistema orbital.
Neste caso os dois sistemas - orbital e do satelite - estarão sempre
coincidentes.
Fig. 7.43 - ~ngulos de atitude ~s' 8S e ~s comrelação ao sistema orbital.
A densidade, massa mo1ecular media e temperatura local
da atmosfera foram computados na sub-rotina ADEN, constr:.Jidapor Jacchia
(1972) e listada no COSPAR (1972). Finalmente, o vetar Terra-Sol foi
obtido numericamente em função da data, utilizando-se o modelo propos
to por F1andern and Pu1kkinen (1979), e implantado por Medeiros e Kuga
(1980) •
Escolheu-se inicialmente para ascensão reta do nodo a~cendente n = O, de forma a resultar em uma órbita cujo plano formasse
~om o plano da eclitica um ângulo minimo, igual ã diferença entre a
ob1iquidade da ec1itica e a inclinação da órbita, ou seja, 1,450•
- 100 -
Com essa configuração, o Sol encontra-se praticamente no
plano orbital, conforme pode ser visto na Figura 7.44 cuja ascensão re
ta e declinação são dadas respectivamente por (figura 2.2):
o00 = 256,25 ,
°00 = -22,84 .
Fig. 7.44 - Configuração entre o plano orbital e aeclTtica para st = OOest = 180°.
(7.9)
(7.10)
Isto quer dizer que a resultante da fvrça de radiação
solar estará atuando quase no plano orbital, ou seja, terá"suas mai~
res componentes nos eixos XO e ZO, do sistema orbital. Dessa forma po
de-se comparar melhor sua magnitude com a força aerodinâmica predomi
nante no eixo XO• Outro caso singular ocorre quando a ascensão reta do
nodo for 1800, onde o ângulo entre o plano da órbita e o plano da ecli
tica e máximo (aproxim~damente 45,50). Note-se' porem que, devido ã pr~
cessão do nodo ascendente causada pelo achatamento da Terra, os extre
mos st= 00 e st = 180° estão separados en.tre si. por apenas 30 dias,apro
ximadamente, numa órbita a 700 km de altura (Escobal, 1965).
- 101 -
Inicialmente foi simulada uma órbita com os elementos
adotados na Seção 7.1 e com n = 00; a seguir traçaram-se os grãficos
das componentes da força e do torque, obtidos com a utilização do pr~
grama desenvolvido.
Nas forças mostradas nas Figuras 7.45, 7.46 e 7.47, 0E.
serva-se que a resultante da radiação solar atua praticamente no plano
XO e ZO, cujo módulo, embora maior, possui a mesma magnitude da força
aerodinâmica. Esta ultima, como era esperado, atua basicamente no se~
tido contrãrio ao eixo XO e, .comb pode ser visto na Figura 7.43, varia
periodicamente ao longo da órbita. Essa variação é causada pela muda~
ça na densidade atmosférica local, que, por sua vez, depende essencial
mente da hora solar local (ângulo formado pelas projeções dos raios v~
tores do satélite e do Sol no plano do equador) (Jacchia, 1977). Note
-se também que a força de radiação solar é simétrica COIII relação ã ori
gem; por isso, mesmo sendo maior que ~ aerodinâmica, seus efeitos na
variação dos elementos orbitais são menores, pois não possuem efeitos
cumulativos como-esta ultima. O albedo e a radiaçãQterrestre, comode~
critos na Seção 4.1, possuem uma fôrça que atua praticamente na verti
cal, ou seja, no sentido positivo do eixo ZO (Figura 7.47).
Quanto aos torques, mostrados nas Figuras 7.48, 7.49 e
7.50, nota-se de inicio a predominância do torque de gradiente de gra
vidade sobre os demais, pois o simples fato de o tensor de inércia do
satélite não ser totalmente diagonal provoca um torque da mesma magn~
tude que os outros. Note-se também que, com essa geometria de órbita,
os torques surgem quase totalmente no eixo yO, perpendicular ao plano
da órbita (Figura 7.49). Podem-se considerar, neste caso, os torques
nos outros eixos pouco significativos, pois possivelmente os de outras
fontes, indicadas na Seção 6.6, serão maiores que estes.
- 102 -
'10-7•7S •
zE
radiaçãsolarwo
Sx o
\albedox
o•...• W/~ I,
o Z -25,
, ~I
(.)o:: -50oLL
-75.
o.100.200.JOO.400.
ANOMALIAi'1EDIAEMGRAUS
Fig. 7.45 - Forças em N no eixo XO com os elementos orbitais· iguais a:a = 7128 km (h = 750 km); n = O; e = 0,007; i = 220; w = 14,10.
zEW
o I>-
oX-W
oz o-:((.)o::::oLL
-Io. 100. 200. 300.
ANOMALIA MEDIA EM GRAUS400.
Fig. 7.46 - Forças em N no eixo yO, perpendícular ao plano orbital(a = 7128 km, e = 0,007, i = 22°, n = 0° e w = 14,30).
- 103 -
oNOX -25•...•LU
OZ<: -50(.)a:::OIJ..
zELU
10-7.25 •
r.t.
o
-75.O. 100 • 200. 300.
ANOMALIA MEDIA EM GRAUS400.
Fig. 7.47 - Forças no eixo ZO (elementos orbitais: a = 7128 km,e = 0,007, i = 220, n = 00 e w = 14,30).
10-7•I ••
EzE oIJJ
f)
X -1OX•...•IJJ
-2OZlú::> -3ca:::OI-
-4O.
.r.'t.
g..g.
. 100 • 200 • 300 •
ANOMALIA MEDIA EM GRAUS400.
Fig. 7.48 - Torques em Nm no eixo XS do sistema do satel ite (orientação
com relação ao sistema orbital: ~s = as = ~s = O).
- 104 -
9.10-6•
o
Ez 6E IJ.J
f)
3>-
•....
IJ.J
OZ -3IJ.J
:::l0-6a:::OJ- -9.O.100.200.300.400.
ANOMALIAMED"IAEMGRAUS
Fig. 7.49 - Torques em Nmno eixo yS do sistema do satel ite (orientaçãocom relação ao sistema orbital: ~s = 6s = ~s = O).
0-918 • 1 •
o
EzEIJ.J
f)N"OX•....W
OZW:::l0-12a:::OJ-
-18.O.
9·9·
100• 200. 300 •
ANOMALIA MEDIA EM GRAUS400.
Fig. 7.50 - Torquesem Nmno eixo ZS (orientação do satelitecomrelaçãoao sistema orbital dada por: ~s ="6s = ~s = O).
- 105 -
Adotando-se agora a segunda configuração com n = 1800,
foram traçadas as Figuras 7.51 a 7.53 das forças e as Figuras 7.54 a
7.56 dos torques. Observa-se que as componentes da força de radiação
solar possuem a mesma magnitude nos três eixos do sistema orbital; no
eixo XO a força aerodinâmica continua predominante. Nos demais eixos,
entretanto, a radiação direta domina, e sõ se observa a presença do al
bedo e da radiação terrestre no eixo ZO (Figura 7.53). Os torques ne~
ta segunda configuração, seguindo a analogia das forças, são sempre m~
nores que o torque de radiação. Entretanto não deve ser esquecido que,
segundo proposto, o satelite encontra-se estabilizado, o que resulta
em um torque quase nulo do gradiente de gravidade. Apenas no tnrque do
eixo yS, da Figura 7.55, nota-se a influência do aerodinâmico, que pr~
cura desalinhar o mastro com relação ã vertical, ja que é sempre neg~
tivo em yS.
10-7.60 •
• 45Z
~ 30
oX 15
oX o-w0-15Z< -30(.)o::0-451.1-
-60.o.
Fig. 7.51
r s.
r.t.alo
100. 200. 300. 400.ANOMALIA MEDIA EM GRAUS
Forças em N no eixo XO (elementos orbitais: a = 7128 km,
e = 0,007, i = 220, n = 1800 e w = 14,30).
- 106 -
400.100. 200. 300.ANOMALIA MEDIA EM GRAUS
I II- --....-
-~r.s.
-
-
alo
-+
I-
aer.-III
• 48z~ 40
1 0-7.S6 •
-8o.
o>- 32
oX 24-Lú
016Z< 8(.)a::::
o olJ..
Fig. 7.52 - Forças em N no eixo yO (elementos orbitais: a = 7128 km,e = 0,007, i = 220, Q = 1800 e w = 14,3°).
10-7.2S •
zELú
.0 oNoX-Lú
oZ -25<(.)a::::olJ..
r.t.
-50O. 100. 200. 300.
ANOMALIA MEDIA EM GRAUS400.
Fig. 7.53 - Forças em N no eixo ZO (elementos orbitais: a = 7128 km,e = 0,007, i = 220, Q = 180° e w = 14,3°).
- 107 -
•
~ o
1:lJJ -1.,
X0-2X-lJJ -3
Oz-4
lJJ::>Oa::: -SOt-
-6O.
9·9·
r s.
100. 200. JOO.ANOMALIA MEDIA EM GRAUS
aer.
400.
Fig. 7.54 - Torques em Nm no eixo XS (ângulos de atitude com relação
ao sistema orbital: $s = 6s = ~s = 00).
100. 200. 300.ANOMALIA MEDIA EM GRAUS
400.
9·9·
10-7•60 •.L. 4Sz1:
30lJJ.,
>-'S
o x o
-60O.
-lJJ
0-15ZlJJ -JO::>oa::: -4Sot-
Fig. 7.55 - Torques em Nm no eixo yS do satelite (ân9~10s de atitu
de com relação ao sistema orbital: $s = 6s = ~s = 0).-
- 108 -
24.10-9 •
400.100. 200. 300.ANOMALIA MEDIA EM GRAUS
r. t.alo
g.g.
•Ez~ 16
-8.o.
.,NOX 8-W
OZW O::>O~OI-
Fig. 7.56 - Torques no eixo ZS em Nm (ângulos de atitude com relação
ao sistema xoyozo ~s = as = ~s = O).
Nas Figuras 7.57 a 7.60, as forças
XSe yS foram traçadas, alterando-se a altitude e
assumiram, respectivamente, os valores:
e torques nos eixos
a excentricidade que
h = 500 km, (7.11)
e = 0,0 , (7.12)
mantendo-se a ascensão reta no seu ITltimo valor~ 1800• Como pode ser
observado na Figura 7.57, a força aerodinâmica a essa altitude torn~
-se 10 vezes superior ã radiação solar. Entretanto o torque de gradie~
te de gravidade, com a orientação do satél ite. definida por cl>s= as = ~s=
O, não anula o efeito dos demais torques, principalmente o aerodinâm~
co; portanto o satélite não se encontra em equílibrio nesta posição.
De fato, para se atingir o ponto de equilibrio com um torque aerodinâ
mico médio sobre o eixo yO de
- 6' 0-5 ~sMA = - • I J
Nm,
- 109 -
(7.13)
de acordo com a Figura 7.60, bastaria que o mastro formasse com a .ver
tical um ângulo as de 30 aproximadamente, conforme a Figura 7.61. Esse
mesmo procedimento, quando feito ã altitude de 750 km, resulta num â~
gu16 de alguns minutos, inferior ao ângulo formado pelo eixo ZS e pelo
eixo associado ao menor momento de inercia do satel ite, e que vale 1,80
aproximadamente.
oX-2
ox-J-lJJ
0-4Z<-5uo::0-6lL.
-7.O. 100. 200. :500.
ANOMALIA MEDIA EM GRAUS400.
Fig. 7.57 - Forças no eixo XO em N (elementos orbitais: a = 6878 km,e = O, i = 220, w = 14,30, n = 1800 e h = 500 km). .
- 110 -
100. 200. 300. 400.ANOMALIA MEDIA EM GRAUS
r.s
r.t.
Z 5
~W 4
o >-O
3
X -W 2
O Z
-1.O.
«(.)o::O OlJ..
Fig. 7.58 - Forças em N no eixo yO (elementos orbitais: a = 6878 km(500 km de altitude), e = O, i = 220,n= 180°, w= 14,3°).
-W-3oZ
-4W:Joo:: -5o•....
-6O.
r.s
100. 200. JOO.ANOMALIA MEDIA EM GRAUS
400.
Fig. 7.59 - Torques em Nm no eixo XS do sistema do satilit~ (ingulos
de atjtude com relação a XoyoZo: ~s = as = ~s = O).
- 111 -
400.
r.t.alo
aer.
. .r ~s.
100. 200. 300.ANOMALIA MEDIA EM GRAUS
E OW
-8.O.
•Ez
11)
>- -2OX-W
-4OZW::> -6Ocre..;,...-
Fig. 7.60 - Torques em Nm no eixo yS' (ângulos de atitude com relaçâo
ao sistema XoyoZo ~s =8s = ~s = O e h = 500 km).
Fig. 7.61 - Ponto de equil,brio entre os torques aerodinâmicos e de
gradiente de gravidadet a 500 km de altitude.
CAPrTULO 8
COMENTARIOS E CONCLUSDES
As modelagens das forças e torques aerodinâmicos, de r~
diação, devidos albedo, ã radiação terrestre e do torque de gradiente
de gravidade aqui formuladas foram desenvolvidos computacionalmente. O
programa gerado mostrou-se bastante preciso, a despeito do imperfeito
conhecimento das caracterlsticas superficiais dos satelites e da difi
culdade de implantar a descrição" de sua geometria em termos computaci~
nais. Outras teorias, embora em certos casos garantam maior preclsao,
aumentam sobremaneira o grau de complexidade, alem de introduzirem coe
ficientes diflceis de serem obtidos experoimentalmente.
No entanto, os modelos empregados aqui dependem intri~
secamente da temperatura superficial "do satel ite e, portanto, de um pre
vio balanço térmico onde normalmente são feitas grandes aproximações,
em virtude da.dificuldade de obter a distribuição de temperatura em
função das inumeras variáveis envolvidas. A variação desta distribui
ção ao longo da estrutura do sat~lite pode provocar razoãveis alter~
ções nas forças d~ radiação, pequenas alterações nas forças aerodinâmi
cas, alterações quase nulas nas forças eletromagneticas e nenhum efei
to no torque de gradiente de gravidade. Outra dificuldade está em obter
valores reallsticos para os coeficientes de acomodação aerodinâmicos,
a e a', e para os coeficientes de reflexão de radiação, y e p. Nos po~
cos artigos onde estes coeficientes foram numericamente determinados,
não se encontram resultados aplicáveis diretamente às superflcies com~
mente utilizadas nos satelite, como, po~ exemplo, celulas solares.
De qualquer forma, o fato de determinar as forças a pa!
tir da geometria do satelite, melhora" sensivelmente resultados calcul~
dos com base em coeficientes considerados constantes, quando na reali
dade não o são. Mesmo para um ~álculo preliminar sem muita precisão, o
procedimento com coeficiente constante só será válido quando o sateli
te for altamente simetrico (uma esfera, por exemplo), ou possuir atitu
- 113· -
- 114 -
de perfeitamente definida ao longo da órbita. Em se tratando dos to~
ques, estes são altamente influenciados pela orientação do satelite,v~
riando rapidamente durante a fase de aquisição da atitude após o lanç~
mento. Por isso, sua obtenção por meio de coeficientes será válida ap~
nas numa primeira aproximação, quando os resultados não necessitarem
de grande precisão.
No caso do satelite utilizado na determinação das for
ças e torques, verificou-se que às forças de radiação e aerodinâmica
apresentam uma variação ciclica comperiodo de 450 no ângulo l/ls (Fig~
ra 7.43), devido ao formato octagonal do satelite. Este ângulo p.ode e.n
tretanto variar durante a õrbita, devido ao movimento residual de rota
ção do satelite em torno do eixo ZS (Figura 7.1). Obviamente esta rot~
ção deve ser suficientemente pequena para não impedir a captura do s~
telite pelo torque de gradiente de gravidade. No cálculo das perturb~
ções orbitais, a adoção de um valor medio para as forças durante um p~
riodo de 450 em l/lsfornece um resultado coerente na ausêncip de dados
a respeito do movi~~r.to em torno de Zs. Os torques, no entanto, por s!
rem provocados essencialmente pelo mastro cilindrico (15 da Figura 7.1),
praticament2 não apresentam essa, variação periódica. O mastro tambem
contribui adicionando um sign'ificativo arrasto aerodinâmico ao satel.i
te, devido ao seu grande comprimento. Provoca tambem um torque predom.i
nantemente perpendicular ao eixo ZS, que tende a desalinhá-lo da vert.i
cal. Na ausência de outros torques, o torque aerodinâmico será equil.i
brado pelo torque de gradiente de gravidade, de forma que a 700 km de
altitude e õrbita circular, o eixo ZS do satelite forme com a vertical
local um ângulo de 0,20, aproximarJamente.
"
De uma maneira geral pode-se dizer que, embora depende~
tes das caracteristicas e do formato, as forças aerodinâmicas para a
maioria dos sat~lites se mantêm significativas ate os 1000 km, ao pa~
so que os efeitos da radiação começam a ser sentidos a partir dos 400
km. Em satelites simetricos, onde os torques aerodinâmicos e de ra~ia
ção são pequenos, uma verificação da ordem de grandeza dos torques el!
tromagneticos tambem se faz necessária. O albedo ea radiação terrestre
- 115 -
serão determinados quando houver necessidade de maior precisão nas for
ças de radiação e, como estas, devem ser analisadas a partir dos 400
km. Uma investigação previa dos momentos de inercia do satelite forn~
cerã a ordem de grandeza do torque de gradiente de gravidade, indican
do ser ou não necessária a sua inclusão. Reforça-se novamente queoque
foi dito e válido para satelites tipicos, e naqueles que não se ajust~
rem a um valor medio deverá ser feita uma análise detalhada de cada ti
po de força e torque.
Finalmente sugere-se como continuidade o desenvolvimento
de ~Im programa computacional capaz de estimar, pelo menos aproximad~
mente, a temperatura dos elementos da superficie externa do satelite,
o que ajudaria a aumentar a precisão dos cálculos. Sob o mesmo ponto
de vista, a determinação experimental dos limites variacionais dos coe
ficientes de reflexão e acomodação viria a reduzir os casos a seren ana
lisados, alem de aumentar a confiabilidade dos resultados. Tambem sug~
re-se a inclusão do efeito do achatamento terrestre na determinação do
torque de gradiente de gravidade, para obter maior precisão nesse tor
que, principalmente em satelites estabilizados passivamente, como o ana
lisado no presente trabalho.
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APtNDICE A
INTEGRAÇAO ANALfTICA E TESTE DA lNTEGRAÇAO NUMtRICA
DO COEFICIENTE DE ARRASTO AERODIN~MICO
EM CORPOS SIMPLES
A integração analitica da Equação 3.24 num cilindro re
sulta em:6'
V-= r; e-s' lo(SI) + cos; a (2-0-01)[Io(SI) - h(S')] +
r <~/-J - -+ LO s2 + 0,5 (2 - ~) COS 2 a IIo (s·) + 11 (s I)J +
+ (2 - o - o') ~ Si cos 2 a [2 10 (s I) + 2 11 (s I) +
+ _1_. h(s 1 )J /i.R cos2" /~~ • (A.I)2s : 4~ 1I
onde 10 e 11 são as funções de Bessel modificadas, cujo argumento no
caso e
(A.2)2
e a e o ângulo de ataque ou ângulo de arfagem (Figura A.1), que forne
ce a dir~ção da velocidade GS no plano XSys.
A Tabela A.1 faz a comparação entre a integração numerl
ca num cilindro e os resultados calculados utilizando a Expressão A.1,
em função das variáveis envolvidas e do numero de partes em que fO'j di
vidido o cilindro na integração numerica, NUDI. Note-se que com apenas
10 divisões ja se tem precisão de do:js algarismos, enquanto para 50 di
visões a precisão e maior que 10-~, resultados compat;veis com os obti
dos por Boettcher and Legge (1980).
- A.1 -
- A.2 -
.,. --- . ...•
Fig. A.1 - Angulo de ataque a num cilindro.
A Figura A.2 mostra o numero de digitos significativos
no cãlculo do coeficiente de arrasto num cilindro, em função do numero
de divisões, utilizando-se dois valores diferentes de s, e com ângulo
d~ ataque nulo. Praticamente com 64 divisões a integração num~rica jã
atinge a precisão do computador: 11 digitos. Nota-se tambem na Tabela
A.1 que a variação mãxima sofrida pelo coeficiente de arrasto para â~
'gulo a nulo e de 20%, quando a reflexão passa de difusa para especular,
.com Tw/Ti = 0,5 e s = 4. Quando a razão de velocidades s for igual a
10, essa variação serã de 27%. Note-se tambem que, para este ângulo de
ataque, o arrasto na reflexão especular e maior que o obtido na refle
xão difusa. Este fato ocorre em corpos com formatos cilindricos ou se
melhantes. Contudo, para ângulos de ataque maiores que 200, aproximad~
mente, '0 arrasto difuso se torna maior que o especular.
A Expressão 3.24, quando integrada analiticamente numa
esfera, resulta em
COAe = _1_ (2 - o' + o) erf(S) (4s11 + 4s2 - 1) +
2S;2 2s Ire- 2 o' w
+ -- (2s2 T 1) + - - R -.R 3 s Ti(A.2)
- A.3 - .
I I II
a
=00
~
"-\
-'-'\ \.~
~"--s=10f-
\.,\I-
4-\s =~ \\
~,\
...
\~~~./"'A.. ,ArrN "v-I-
,,~ VVf-
III III10°
10-1
10-2
<10-3~ 10-4
~ 10-5
~ 10-6< 10-7
~ t 0-8cn 10-9t-f
U 10-10W0:::10-11Q..
10-12
10-' :5
10-1421
Fig. A.2 - Precisão do integrador numerico em funçãodo numero de divisões num cilindro.
A Tabela A.~ compara os resultados da integração numer~
ca numa esfera com os da Equação A.2, onde se neta a necessidade de um
numero maior de divisões para se alcançar a mesma precisão obtida na
integração de um cilindro. 'Aqui o numero de divisões NUDI representa o
numero de partes em que foi dividido o -equador d"aesfera (os meridj~
nos foram divididos em NUDI/2). A Figura A.3 demonstra isso em termos
do numero de digitos significativos da integração numerica e em função
do numero de divisões para dois valores de s: 4 e 10. Quando a refl!
xão passa de totalmente especular para totalmente d"ifusa, o coeficie.!.
te de arrasto numa esfera aumenta em 14%, aproximadamente, para razão
de velocidades s igual a 4. Para s = 10, essa variação diminui em 6%,
ou seja, q varlaçao tende a diminuir para grandes valores de s, fato
comum nas altitudes tipicas.
- A.4 -
TABELA A.1
TESTE COMPARATIVO PARA CILINORO
a- Ângulo de ataque em graus.
s
-Razão de velocidades.
o
-Coeficiente de colisão tangencial.
o'
-Coeficiente de colisão normal.
Tw/Ti
-Razão de temperaturas.
NUDI
-Numero de divisões do cilindro.
COTE
-Coeficiente de arrasto (Integração analitica)
CDIN
-Coeficiente de arrasto (Integração numerica)
a
Soo'Tw/Ti
NUOICOTECOIN
0,0
4,01,01,01 > O102,441 2,467
0,0
4,01,01,01,0502,441 2,441
0,0
4,01,O1,01,O1002,4412,441
0,0
4,01,O1,00,51002,3392,339
0,0
4,01,O1,O0,11002,2032,203
0,0
4,00,50,51,O1002,6162,616
0,0
4,00,50,50,51002,5652,565
0,0
4,00,00,01,O1002,7912,791
0,0
4,00,00,0.0,5'1002,7912,791
0,0
10,01,O1,01,01002,1542,154
0,0
10,01,O1,00,51002,1132,113
0,0
10,00,00,01,01002,6872,687
0,0
10,00,00,00,51002,6872,687
30,0
4,01,O1,O1,O1002,0832,083
30,0
4,01,O1,O0,51002,0062,006
30,0
4,01,O1,O0,11001,9041,904
30,0
4,00,50,51,O1001,9611,961
30,0
4,00,50,50,51001,9231,923
30,0
4,00,00,01,01001,8391,839
~O,O
4,00,00,00,51001,8391,839
30,0
10,01,O1,O1,O1001,8511,851
30,0
10,01,O1,00,51001,8201,820
30,0
10,00,00,01,01001,7491,749
30,0
10,00,00,00,51001,7491,749
- A.5 -
TABELA A.2
TESTE COMPARATIVO PARA ESFERA
s
- Razão de velocidades.
o
- Coeficiente de colisão tangencial.
o'
- Coeficiente de colisão normal.
Tw/Ti
- Razão de temperaturas.
NUOI
- Numero de dívisões da esfera.
COTE
- Coeficiente de a~rasto (Integraçãoanalitica)
COIN
- Coeficiente de arrasto (Integraçãonumerica)
s
oo'Tw/TiNUOI
COTECDIN
4,0
1,O1,O1,0102,418462,38744
4,0
1,O1,O1,050 .2,418462,41712
4,0
1,01,O1,O1002,418462,41815
4,0
1,O1,O0,51002,331932,33164
4,0
1,O1,OO, 11002,216462,21619
4,0
0,50,51,O1002,270752,27042
4,0
0,50,50,51002,227492,22717
4,0
0,50,50,11002,169762,16944
4,0
0,00,01,O·1002,123052,12270
4,0
0,00,00,51002,123052,12270
4,0
0,00,00,11002,123052,12270
10,0
1,O1,O1,O102, 138112,14883
10,0
1,O1,O1,O502, 138112,13674
10,0
1,01,O1,O1002, 138112,13780
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1,O1,O0,51002,103502,10319
10,0
1,O1,O0,11002,057322,05701
10,0
0,50,51,O1002,079032,07871
10,0
0,50,50,51002,061732,06141
10,0
0,50,50,11002,038632,03832
10,0
0,00,01,01002;019952,01962
10,0
0,00,00,51002,019952,01962
10,0
0,00,0O, 11002,019952,01962
- A.6 -
< 10-1O.....oz•...•10-2I--<O< 10-3C/)....•c..>
W
g: 10-4
Fig. A.3 - Precisão da integração do coeficiente de arrastonuma esfera, em função do numero de divisões.
APtNDICE B
INTEGRAÇ~O ANALrTICA E TESTE DA INTEGRAÇAO NUMtRICA DO
COEFICIENTE DE FORÇA DE RADIAÇAO EM
CORPOS SmPLES
(B.1)
CRS = .C~..-k1---yP)+ ~ .•COSa (1 + 'YP )-J COs 2 a +C [6 - 3
++SJ::~JjCO'-._+-'éhr; ln[~]
Integrando-se analiticamente a Equação 4.28 num cilin
dro cujas paredes são adiabãticas, isto e, fazendo-se o coeficiente v
da Relação 4.20 unitãrio, resulta em:
onde a é O ângulo formado pela direção de incidência d~ radiação e por
um plano perpendicular ao eixo do cilindro, anãlogo ao definido na Fi
gura A.1.
A mesma Equação 4.28, quando integrada numa esfera nas
mesmas condições, fornece
1CRSe = -- (13 - 4yp).9
(B.2)
As Tabelas B.1 e B.2 comparam, respectivamente, os re
sultados obtidos através das Equações B.1 e B.2 com a integração nume
rica num cilindro e numa esfera, em função do ângulo de ataque a, dos
.coeficientes y e p e do numero de divisões, NUDI. Note-se que a int~
gração numerica atinge a precisão de 5 algarismos significativos qua~
do se dividem ambos, cilindro e esfera, em 200 partes, numero superior
àquele usado nos coeficientes aerodinâmicos para se obter a mesma pr~
cisão. Jã que mesmo com esse numero de divisões a integração numérica
é bastante rápida, dividindo-se tanto o cilindro quanto a esfera entre
100 e 200 partes, alia-se um otimo resultado numerico em termos de pr~
Clsao a um rápido procedimento numerico, quando se necessitar das for
ças num satélite que possua uma dessas duas formas como componente.
- B.1 -
- B.2 -
TABELA B.1
TESTE COMPARATIVO PARA CILINDRO
(X
- ~ngul o de ataque em graus.
y
- Parcela refle'tida da radiação incidente.
p
- Parcela especular da radiação refletida.
NUDI - Numero de divisões do cilindro.COTE - ,Coeficiente de radiação (Integração analltica).CDIN - Coeficiente de radiação (Integração numerica)(X
ypNUOI COTECOIN
0,0
0,00,0101,523601,54977
0,0
0,00,0501,523601,52431
0,0
0,00,01001,523601,52376
0,0
0,00,02001,523601,5.2364
0,0
0,00,51001,523601,52376
0,0
0,01,O1001,523601,52376
0,0
0,50,01001,523601,52376
0,0
0,50,51001,476031,47616
0,0
0,51,01001,428471,42855
0,0
1,00,01001,523601,52376
0,0
1,00,51001,428471,42855
0,0
1,01,01001,333331,33333
30,0
0,00,0101,258721,28139
30,0
0,00,0501,258721,25934
30,0
0,00,01001,258721,25887
30,0
0,00,02001,258721,25876
30,0
0,00,51001,258721,25887
30,0
0,01,01001,258721,25887
30,0
0,50,01001,258721,25887
30,0
0,50,51001,160551,16066
30,0
0,51,01001,062371,06245
30,0
1,00,0,1001,258721,25887
30,0
1,O0,51001,062371,06245
30,0
1,O1,01000,8660250,866025
- B.3 -
TABELA B.2
TESTE COMPARATIVOPARA ESFERA
r; - Parcela refletida da radiação incidente.
t p - p~rce1a especu1~r da rad jação refl et j da.NUDI - Numero de 'dl Vl soes da esfera.COTE - Coeficiente de radiação (Integração analltica)COIN - Coeficiente de radiação (Integração numerica)
y
pNUOI COTECOIN
0,00
0,00101,444441,44303
0,00
0,00501,444441,44473
0,00
O,O~1001,444441,44452
0,00
0,002001,444441,44447
0,00
0,251001,444441,44452
0,00
0,501001,444441,44452
0,00
0,751001,444441,44452
0,00
1,001001,444441,44452
0,25
0,251001,416671,41673
0,25
0,501001,388891,38894
0,25
0,751001,361111,36114
0,25
1,001001,333331,33335
1,00
1,001001,000000,999835
0,50
0,251001,38889'1,38894
0,50
0,501001,333331,33335
0,50
0,751001,277781,27776
0,50
1,001001,222221,22218
0,75
0,251001,361111,36114
G,75
0,501001,277781,27776
0,75
0,751001,194441,19439
0,75
1,001001,111111,11101
1,00
0,251001,333331,33335
1,00
0,501001,222221,22218
1,00
0,751001,111111,11101
- B.4 -
o coeficiente de força de radiação num cilindro irã a~
mentar em aproximadamente 14% ao se alterar a reflexão especular (y =
= 1, p = 1), de modo a tornã-la difusa (y = 1, p = O) quando a = O. P!
ra a = 300 esta vari~ção e aumentada em 45%, pois o coeficiente de fo!
ça especular diminui consideravelmente. Para uma esfera, ao se passar
á reflexão de especular para difusa o coeficiente de força de radiação
aumenta em 44% (Tabela 8.2).
Errata
Página Local Onde está Corrigir para
Rosto Resumo ... perturbadas ... ... perturbadoras ...
18 Eq. 3.5
3 / 2
2i
m
kT
3 / 2
2i
m
kT
π
19 1o § ... pr da Equação 3.4 ... pr da Equação 3.3
20 Eq. 3.12
2
2
s
iu
s
ρ
2
22
s
iu
s
ρ
28 Seção 4.2 ... num intervalo de tempo dt ... num intervalo de tempo dt
28 Eq. 4.1
5
1cost
d E
dA d dθ Ω
5
1cos
d E
dA d dtθ Ω
29 2a linha dA1, dΩ e dt dA1, dΩ e dt
29 Eq. 4.2
5
1cost
d E
dA d dθ Ω
5
1cos
d E
dA d dtθ Ω
31 Eq. 4.9 o oS R
c
2
o oS R
c
36 Eq. 4.23 ˆ(1 ) ss+ − γρ⋯ ˆ(1 ) s
s− − γρ⋯
47 Eq. 4.64 2
(1 )
44
E
T
WS
R
−απ
2
(1 )
4 4
E
T
WS
R
− α=
π
51 3o § ... por Tisserand em 1981 ... por Tisserand em 1881
67 Eq. 7.1d = 424,06 kg m2
= 324,06 kg m2
70 2o §
O comprimento característico ...
como se segue.
O comprimento característico, Lr,
para a adimensionalização dos
torques será igual ao diâmetro do
cilindro que envolve o prisma
octagonal, ou seja:
Lr = 1 m (7.8)
Durante o cálculo tanto das forças
aerodinâmicas quanto das de
radiação, as partes sombreadas ou
encobertas deverão ser analisadas
como se segue.
89 Fig. 7.29 Xa, Y
a, Z
a X
o, Y
o, Z
o
100 Eq. 7.9 δo = 256,25o, αo = 256,25
o,
A-1 Eq. A.1 2cos w
i
T
T+σ π π α⋯ 2cos
4
w
i
T
s T
σ π π+ α⋯
B-1 Eq. B.1 2
2
2(1 ) cos (1 )
6 3
1cos (1 ) cos
2
1 cossen ln
1 cos
RScC
π = − γρ + α + γρ
α + − γρ α +
+ α α − α
3
cos 1 (1 ) cos6
4cos
3
RScC
π = α + − γρ α +
+ γρ α