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Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa Américo de Campos

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Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa

Américo de Campos

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3º Encontro – 1º momento 10/11/15(4 horas)

Pauta:• Leitura deleite: Kabá Darebu de Daniel Munduruku;• Vídeo: Você sabe quem é Daniel Munduruku?• Socialização da Seção Compartilhando e da

tarefa( situação-problema);• Retomada do Caderno 1, Texto: Diversidade linguística no

ciclo de alfabetização;• Vídeo: Norma culta e variedade linguística;• Vídeo: Poema – “Infância”, de Carlos Drummond de

Andrade;• Música: “Criança não trabalha” (Arnaldo Antunes e Paulo

Tatit);• Discussão sobre o poema e a música;• Produção escrita;

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Leitura deleite

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Sobre o livro: Cultura é o conjunto de manifestações de um povo, nos âmbitos artístico, social e linguístico. Conhecer outras culturas é ampliar horizontes e descobrir que outros povos se comportam de forma diversa, sob o efeito de outras perspectivas.E no livro de Daniel Munduruku, o indiozinho Kabá Darebu, da tribo Munduruku, tem 7 anos e nos ensina um pouco sobre sua cultura. O pequeno relata seu dia-a-dia, os costumes herdados de seus ancestrais, o amor de seus pais, e de como os índios lidam com as interferências do “homem branco”, como as roupas e as doenças. Ele explica, também, como as crianças vivem na aldeia, aprendendo sempre e se divertindo prá valer. As ilustrações são lindas. Maté utilizou aquarela, guache e colagens de pintura em seda para compor o visual colorido.O livro ensina muito sobre a valorização da cultura como legado de um povo.

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Vídeo: Você sabe quem é Daniel Munduruku?

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Tarefas

• Socialização da Seção Compartilhando e situação-

problema.

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Retomada do Caderno 1

Texto: “Diversidade linguística no ciclo de

alfabetização”

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O texto evidencia que, apesar do Português ser a língua oficial do Brasil, não se pode negar a existência de várias línguas (indígenas, africanas, Libras). Portanto, podemos dizer que o Brasil é um país monolíngue?

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DIVERSIDADE LINGUÍSTICADIVERSIDADE LINGUÍSTICA

Costa e Cavalcante (PNAIC, Caderno 1, 2015, p. 68) definem Diversidade Linguística como

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Conforme os autores, o Brasil é um país de grande diversidade linguística. Há no Brasil, cerca de dois milhões de brasileiros que não têm o Português como língua materna. Incluindo as línguas indígenas e a dos imigrantes, temos mais de duzentas línguas no país, além da Língua Brasileira de Sinais.

No entanto, o número de pessoas que têm línguas maternas minoritárias constitui apenas 5% da população brasileira, deixando a impressão de que o Brasil é um país monolíngue (RODRIGUES, 2001).

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ÃO [...] aspectos, cognitivo, cultural e das identidades coletivas, mostram-se como fortes argumentos para a preservação da diversidade linguística, e têm mobilizado reflexões e ações na sociedade brasileira, no sentido de garantir a todos o direito de se expressar em sua língua materna, de considerar a complexidade e a diversidade do potencial humano, de valorizar o aporte cultural de nosso país e de resistir as práticas homogeneizadoras e de dominação (p.72).

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Desse modo, mesmo considerando que grande parte da população brasileira utiliza o Português como língua materna, sendo este o idioma oficial do país, é necessário pensar nas diferenças linguísticas existentes no cenário brasileiro.

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Essas diferenças linguísticas trazem implicações para o currículo, em especial, no que diz respeito ao processo de alfabetização, uma vez que [...] explorar a diversidade linguística na escola é um desafio que precisamos enfrentar, e já estamos enfrentado. Propostas de letramento bilíngue (escolas indígenas e de imigração), bidialetal (as variedades linguísticas presentes em sala de aula) e bilíngue bimodal (português brasileiro escrito e língua de sinais) precisam ser socializados para a promoção da melhoria da educação básica nos anos iniciais (p.79).

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De modo geral, essas propostas pedagógicas estão organizadas com base em três situações:

a) Línguas maternas minoritárias: quando os alunos que são monolíngues não compreendem a LP ou quando os alunos são bilíngues insipientes, ou seja não falam mas compreendem a língua materna, ou alunos bilíngues ativos.

MEDIDAS: Fazer da língua materna a língua de instrução oral e escrita (instrumento de interação na sala de aula); ter professor que utilize a mesma língua materna e tomar a língua materna dos alunos como objeto de estudo e reflexão, alfabetizando em língua materna.

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b) Língua Portuguesa:

Mesmo em contextos em que os falantes usam línguas minoritárias, é necessário considerar o direito ao aprendizado da língua oficial, no caso, a Língua Portuguesa, para que possam estar em condições de intervir plenamente na vida econômica, política, jurídica e cultural do país. A Língua Portuguesa pode aparecer de duas maneiras:

como primeira língua (estudantes monolíngues em LP);

como segunda língua (estudantes monolíngues em uma língua minoritária)

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c) Língua Brasileira de Sinais:

É a língua materna minoritária das pessoas surdas e que, portanto, deve ser ensinada na escola. Como dificilmente o professor é surdo, é necessário a presença do intérprete em Libras.

No AEE um efetivo ensino e acompanhamento em Libras, uma vez que muitos estudantes se apropriam da própria língua apenas na escola.

LEI Nº 10.436, DE 24 DE ABRIL DE 2002LEI Nº 10.436, DE 24 DE ABRIL DE 2002: : Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras .Art. 1o É reconhecida como meio legal de comunicação e expressão a Língua Brasileira de Sinais - Libras e outros recursos de expressão a ela associados.

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Além da grande diversidade de línguas usadas em seu território, o Brasil também se caracteriza por abrigar muitas variedades linguísticas.

A variedade linguística expressa a cultura, os conhecimentos construídos e valorizados coletivamente e as características de diferentes grupos sociais e, podemos verificar esse efeito de transbordamento das diferentes culturas, também, por meio das diferentes manifestações artísticas e culturais como podemos verificar a seguir:

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a) Que outras variedades linguísticas você consegue identificar na sua escola?b) Das que você conhece, qual delas você considera ser mais valorizada socialmente? c) Qual o papel da escola diante da variedade linguística?PARA

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Vício da fala

Para dizerem milho dizem mioPara melhor dizem mióPara pior pióPara telha dizem teiaPara telhado dizem teiadoE vão fazendo telhados.

(Oswald de Andrade. Poesias reunidas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1971.)

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Gontijo e Schwartz (2009) pontuam que por falta de conhecimentos sobre o funcionamento da linguagem costuma-se considerar algumas características da oralidade como formas “erradas” de se expressar e, que apenas a escrita convencional é considerada correta. Assim, tendo em vista um aprofundamento conceitual e prático sobre a temática da variedade linguística, vamos ao livro Nada na língua é por acaso: por uma pedagogia da variação linguística de Marcos Bagno (2007).

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Se um dos objetivos da alfabetização é garantir que as crianças façam uso de textos orais e escritos em diversas situações sociais, é preciso que a escola fique aberta a pluralidade de discursos existentes na sociedade. [...] Dessa maneira, como disse Lemle (1989), estigmatizamos aqueles que: trocam na fala o L pelo R como na palavra planeta/praneta, não pronunciam o som i nas palavras como salário/ salaro etc. Porém, conforme a autora, “[...] é uma falha profissional compartilhar desses preconceitos e dar mostras de assumir essa maneira de valorizar e desvalorizar as características das falas das pessoas (GONTIJO; SCHWARTZ, 2009, p. 68).

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Vídeo: Norma culta e variedade linguística

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O respeito à diversidade linguística e o preconceito

Preconceito: “qualquer opinião ou sentimento, quer favorável quer desfavorável, concebido sem exame crítico”; ideia, opinião ou sentimento desfavorável formado a priori, sem maior conhecimento, ponderação ou razão”. (Dicionário Houaiss, 2010) “Para combater esse preconceito, basta um pouco de informação”. (POSSENTI, 2011)

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• As placas mais engraçadas com os erros de português mais ridículos e impensados estão aqui, o coitado do portuga foi terrivelmente assassinado nesse post...

• PLACAS-ERROS DE PORTUGUÊS PRA MORRER DE RIR ...

• A gente fala português! Quer dizer... Veja os erros de placas mais bizarros já vistos

• Erros de português podem comprometer a imagem do profissional e da empresa

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http://cloacanews.blogspot.com.br/2013/03/encontramos-explicacao-para-os-erros.html

Mas os próprios preconceituosos cometem os tais “erros grosseiros”....

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http://cloacanews.blogspot.com.br/2013/03/encontramos-explicacao-para-os-erros.html

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O jornalista William Bonner, apresentador do Jornal Nacional, provavelmente se confundiu com o espanhol e colocou um acento onde não devia.http://www.livrosepessoas.com/tag/jornal-nacional/

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VídeoO Teatro Mágico – Zaluzejo

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Preconceito em línguas minoritárias?

• Entrevistas com Daniel Munduruku

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Preconceito com surdos?Surdez é mais do que uma condição médica. Para os indivíduos que são surdos, a surdez não é apenas ter "ouvidos doentes". Eles pertencem a uma comunidade, uma cultura. Neste sentido, a surdez é única entre os tipos de deficiência. O sentido da cultura é mais forte entre aqueles que a linguagem gestual é o seu idioma principal. É este vínculo linguístico, talvez mais do que outros fatores, que liga os membros desta comunidade. Em muitos aspectos, o caráter social da cultura surda pode ser comparado à da cultura Afro-americana. Da mesma forma que existe um forte sentimento de orgulho entre os Afro-americanos em respeito ao seu patrimônio cultural e da sociedade, existe um sentimento de orgulho entre os surdos, e eles gozam do estatuto de minoria cultural e linguística. Surdez é muito mais do que um fenômeno fisiológico. É um modo de vida. (Disponível e http://www.brasilmedia.com/cultura.html)

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• Para lutar contra o preconceito: a compreensão da cultura dos surdos

Documentário “Sou surda e não sabia” (Igor Ochronowicz)

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3º Encontro – 2º momento 11/11/15 (4 horas)Pauta:

• Leitura deleite: “As tranças de Bintou” de Sylviane A. Diouf;• Introdução do tema central da formação que é “A criança no ciclo de

Alfabetização”. • Vídeo: Poema – “Infância”, de Carlos Drummond de Andrade;• Música: “Criança não trabalha” (Arnaldo Antunes e Paulo Tatit);• Discussão sobre o poema e a música;• Produção escrita;• Apresentação do Caderno 2:

- Seção “Iniciando a Conversa”;- Objetivos do caderno 2;

• Vídeo: A invenção da infância;• Aprofundando o tema – Leitura dos Textos 1 e 2 (em grupos);• Discutir as questões elaboradas sobre os textos lidos;• Considerações sobre o texto 1.

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Leitura deleite

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I - Introdução do tema central da formação que é “A criança no ciclo de Alfabetização”.II – Apresentação do Caderno 2III- Documentário “A invenção da Infância” IV – Considerações sobre os textos lidos.

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Para iniciar a discussão da temática desse encontro realizaremos a leitura do poema InfânciaInfância de Carlos Drummond de AndradeCarlos Drummond de Andrade.

a) L

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ra d

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Conhecem esse poema?

Conhecem outros poemas de Drummond? Quais?

O poema que vamos ler tem como temática a Infância. Você acha que esse poema pode retratar infâncias atuais e/ou infâncias do passado? Explique.

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InfânciaMeu pai montava a cavalo, ia para o campoMinha mãe ficava sentada cosendoMeu irmão pequeno dormiaEu sozinho menino entre mangueirasLia a história de Robinson Crusoé,

comprida historia que não acaba mais

No meio dia-branco de luz uma voz que aprendeuA ninar nos longes da senzala- nunca se esqueceuChamava para o caféCafé preto que nem a preta velha

café gostosocafé bom

Minha mãe ficava sentada cosendoolhando pra mim:-Psiu...não acorde o meninoPara o berço onde pousou um mosquitoE dava um suspiro...que fundo!

La longe meu pai campeavano mato sem fim da fazenda

E eu não sabia que minha historiaEra mais bonita que a de Robinson Crusoé

Carlos Drummond de Andrade

Leitura do Poema...O texto escrito:

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Música: “Criança não trabalha” (Arnaldo Antunes e Paulo Tatit)

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Lápis, caderno, chiclete, pião

Sol, bicicleta, skate, calção

Esconderijo, avião, correria, tambor, gritaria, jardim, confusão

Bola, pelúcia, merenda, crayon

Banho de rio, banho de mar, pula cela, bombom

Tanque de areia, gnomo, sereia, pirata, baleia, manteiga no pão

Giz, merthiolate, band-aid, sabão

Tênis, cadarço, almofada, colchão

Quebra-cabeça, boneca, peteca, botão, pega-pega, papel, papelão

Criança não trabalha, criança dá trabalho

Criança não trabalha...

Lápis, caderno, chiclete, pião

Sol, bicicleta, skate, calção

Esconderijo, avião, correria, tambor, gritaria, jardim, confusão

Música “Criança não trabalha” (Arnaldo Antunes e Paulo Tatit)Bola, pelúcia, merenda, crayon

Banho de rio, banho de mar, pula cela, bombom

Tanque de areia, gnomo, sereia, pirata, baleia, manteiga no pão

Criança não trabalha, criança dá trabalho

Criança não trabalha...

Giz, merthiolate, band-aid, sabão

Tênis, cadarço, almofada, colchão

Quebra-cabeça, boneca, peteca, botão, pega-pega, papel, papelão

Criança não trabalha, criança dá trabalho

Criança não trabalha...

1, 2 feijão com arroz

3, 4 feijão no prato

5, 6 tudo outra vez...

Lápis, caderno, chiclete, pião

Sol, bicicleta, skate, calção

Esconderijo, avião, correria, tambor, gritaria, jardim, confusão

Bola, pelúcia, merenda, crayon

Banho de rio, banho de mar, pula cela, bombomTanque de areia, gnomo, sereia, pirata, baleia, manteiga no pão

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c) D

iscu

ssão

sobr

e o

poem

a e

a m

úsic

a:1. O poema de Drummond retrata o que? De que

forma? O que faz ele lembrar o tempo de criança?

2. Pela poesia, é possível afirmar que a infância de Drummond retrata a infância da maioria das crianças de sua época e também da atualidade?

3. E a música de Arnaldo Antunes e Paulo Tatit? Ela tematiza o quê?

4. E possível traçar aproximações entre a poesia de Drummond e a música de Antunes e Tati?

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d) P

rodu

ção

escr

ita: Imagine que você tenha sido convidado para

apresentar um texto sobre a sua infância para ser publicado em um jornal local.

O jornal esta fazendo uma divulgação das lembranças de infância das professoras alfabetizadoras como pauta para as comemorações do dia das crianças. Elabore o texto, a partir das seguintes questões:

Que criança fui e que infância vivenciei? Como a escola me transformou em aluno?

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Apresentação do Caderno 2

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Leitura : Iniciando a Conversa

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• Refletir sobre os conceitos de “criança” e “infância” e sua pluralidade, compreendendo-os enquanto produtos das relações socioculturais;

• Compreender a importância do lúdico no desenvolvimento infantil, valorizando a sua presença no processo educativo da criança;

• Analisar o processo de inclusão da criança de seis anos no ensino fundamental e a transição dela da educação infantil para essa segunda etapa da educação básica;

• Compreender a escrita e a infância como construções sociais e como conceitos complementares e inter- relacionados;

• Refletir sobre infância e educação inclusiva como direito de todos;

• Discutir alguns pressupostos sobre a educação do campo e as identidades sociais das crianças do campo;

• Reconhecer a importância da afetividade na sala de aula e na escola, compreendendo a necessidade de um olhar integral sobre a infância.

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Documentário - “A Invenção da Infância”

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deo.

.. Nossas lembranças de infância apresentam semelhanças e/ou diferenças em relação ao que o documentário tematiza sobre infância das crianças?

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Em grupos:Leitura, em pequenos grupos, dos textos 1 (“Concepção de infância, criança e educação”) e 2 (“A criança no Ciclo de Alfabetização: ludicidade nos espaços/tempos escolares”).Cada grupo deve ler um texto e elaborar uma questão para discussão com a turma; discussão em grande grupo sobre as questões elaboradas (uma questão de cada grupo).

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O que é ser criança?

O que é infância?

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Completar: ( no máximo em uma frase)

Criança é um ser...

Criança precisa de...

Criança aprende...

Infância é ...

Educar é...

( Atividade individual 5’)

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Concepção de Infância, Criança e EducaçãoConcepção de Infância, Criança e EducaçãoClaudinéia Maria Vischi Avanzini

Lisandra Ogg Gomes

Considerações sobre o texto 1

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A criança, enquanto um ser genérico; a infância, como uma geração ou fase da vida, ou seja, ela não termina quando as crianças crescem. Essa geração continua a existir e a receber novas crianças;

Não podemos idealizar uma única infância ou criança, pois são diversas as infâncias que as crianças vivem.

A infância passou a ser reconhecida como uma geração que é parte da estrutura social, e as crianças, como atores sociais.

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Compreensão histórica das ideias acerca da Infância e da Criança

IDADE MÉDIADiante de determinados contextos e circunstâncias, era grande a mortalidade infantil;

A escola, de responsabilidade da Igreja, era extremamente dual, seletiva e excludente;

As relações sociais eram fundadas em uma hierarquia por grupos de idade e as crianças, na medida das suas capacidades, participavam da vida social misturadas aos adultos, expostas aos perigos e às violências da época .

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Compreensão histórica das ideias acerca da Infância e da Criança

SÉCULO XV Passou a existir na sociedade uma crescente vontade de salvar as crianças; Inicia um processo de grandes transformações na sociedade, com a moralização dos comportamentos, o nascimento da família moderna e a ampliação nas formas de comunicação;Começa a se concretizar e difundir a ideia de uma escola para todos, um corpo de professores – formados nas ordens religiosas, por uma disciplina rígida, classes numerosas e normas que são diversas daquelas dos adultos;

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Compreensão histórica das ideias acerca da Infância e da Criança

...SÉCULO XV Alguns conceitos – denominados de “pré-sociológicos” – a respeito da criança, com influências em mitos e filosofias a cerca do homem; Uma dessas concepções é a da criança má, ou seja, tem disposição para a maldade, corrupção e mesquinharia, devido a sua natureza pecaminosa;

Com isso, a criança, precisa ser educada e controlada, para isso, são efetivadas práticas pedagógicas de correção, adestramento, controle e aprimoramento do corpo e da mente infantis.

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Compreensão histórica das ideias acerca da Infância e da Criança

...SÉCULO XVII e XVIII A Criança começa a ser vista como diferente dos adultos em suas peculiaridades, segundo a visão de Locke (1632-1704) e Jean-Jacques Rousseau (1712-1778);

A educação deve ser de estímulo, cuidado, segurança e simplicidade, através de jogos, objetos e ambientes que permitam uma formação por meio da experiência, manipulação e ação.

Para Jean-Jacques Rousseau, as crianças não são adultos em miniatura, são naturalmente boas, inocentes e puras;

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Jean-Jacques Rousseau defende que a criança é

um ser com características próprias, ao contrario das ideias comuns no seu tempo que defendiam que a educação da criança

deveria ser voltada para os interesses do adulto

e da vida adulta.

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Adnilson José da SilvaA obra Jean-Jacques Rousseau influencia o pensamento pedagógico até os dias atuais, sobretudo as correntes que valorizam a autonomia e a liberdade dos sujeito aprendentes, sem descuidar dos necessários limites impostos pela convivência social. Do ponto de vista de Rousseau, o homem educado seria caracterizado pela vontade consciente que o manteria autônomo, tanto frente aos determinismos naturais quanto às imposições sociais.

INFÂNCIA E EDUCAÇÃO NA OBRA DE ROUSSEAU

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Compreensão histórica das ideias acerca da Infância e da Criança

...SÉCULOS XVII e XVIIIPara Locke (1632-1704) , as crianças são seres passivos e que a aprendizagem ocorre pelas vivências adquiridas com os objetos;

A Educação teria uma papel fundamental de moldá-la para o bem ou para o mal;

A Criança seria por natureza diferente em comparação ao adulto, tendo sua mente como uma carta branca, que deveria ser preenchida a partir das experiências;

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Compreensão histórica das ideias acerca da Infância e da Criança

SÉCULOS XX Os estudos realizados no campo da Psicologia transformam o modo de compreender a criança e influenciam a constituição da infância como uma fase da vida;Jean Piaget (1896-1980), o começo do conhecimento é a ação do sujeito sobre o objeto, ou seja, o conhecimento humano se constrói na interação homem-meio, sujeito-objeto. As formas de conhecer são construídas nas trocas com os objetos, tendo uma melhor organização em momentos sucessivos de adaptação ao objeto.

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Lev Vygotsky (1896-1934), a criança é um indivíduo que aprende a se desenvolver na interação com outros mais experientes do seu meio sociocultural;

Sigmund Freud (1856-1939) A infância é o passado do adulto. É a criança inconsciente, um recurso para compreender os desvios, delitos e as anormalidades do adulto.

SÉCULO XX

Compreensão histórica das ideias acerca da Infância e da Criança

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Compreensão histórica das ideias acerca da Infância e da Criança

É apenas no século XX que a infância se torna uma realidade de fato – um fenômeno social;

As novas concepções desse período questionam o modelo de criança universal, pois se reconhece que as crianças são plurais e pertencem a diferentes culturas.As crianças são construtoras ativas emseus mundo sociais (CORSARO, 2003; QVORTRUP,

2011);

SÉCULO XX

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Esse apanhado histórico nos mostra a diversidade e as dimensões de sentimentos, valores, práticas e das ideias construídas a respeito das crianças e da infância ao longo do tempo, os quais, de modos diferentes ainda se fazem presentes. O que temos, por certo, é que em todas as épocas as crianças foram cuidadas, educadas, participaram, atuaram e se pronunciaram nos seus espaços sociais, mas de maneiras diversas, as quais se relacionam à estrutura e às ações sociais de cada período histórico.

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As crianças como atores sociais, agentes em seus processos de aprendizagem; e a infância é reconhecida como uma categoria geracional essencial para a estrutura da sociedade, que influência e é influenciado por ela.

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As teorias interacionais são críticas em relação à concepção tradicional de ensino, de cunho epistemológico empirista. Piaget e Vygotsky, ambos interacionista

buscaram em suas teorias um caminho a explicar o processo de conhecer, sendo este, um processo de construção através da relação sujeito e meio.

JEAN PIAGET VYGOTYSK

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VÍDEO: Piaget X Vygotsky