3 Evolução do conceito cultura

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Evoluo do conceito cultura Apalavraculturavemdaraizsemnticacolore,queoriginouotermoemlatim cultura, de significados diversos como habitar, cultivar, proteger, honrar com venerao. (Williams, 2007, p.117).Apalavraculturaaparecenofimdosc.XI.Designa,nomeadamente,um pedaodeterratrabalhadaparaproduzirvegetaisetorna-sesinnimodeagricultura (). Em meados do sc. XVI, o sentido figurado de cultura do esprito comea a ser empregado pelos humanistas do Renascimento.At o sculo XVI, o termo era geralmente utilizado para se referir a uma ao e a processos, no sentido de ter cuidado com algo, seja com os animais ou com o cresci-mento da colheita, e tambm para designar o estado de algo que fora cultivado, como uma parcela de terra cultivada.A partir do final do sculo XIX ganha destaque um sentido mais figurado de cultura e, numa metfora ao cuidado para o desenvolvimento agrcola, a palavra passa a de-signar tambm o esforo despendido para o desenvolvimento das faculdades humanas. O homem cultivado tem gosto e opinio, requinte e boas maneiras. no sc. XVIII que a cultura em cincias, letras e artes se torna um smbolo da filosofiadasLuzesequeHobbesdesignaporculturaotrabalhodeeducaodo esprito em particular durante a infncia.No final do sculo XVIII e no princpio do sculo XIX, o termo germnico Kultur era utilizado para simbolizar todos os aspectos espirituais de uma comunidade, enquanto a palavrafrancesaCivilizationreferia-seprincipalmentesrealizaesmateriaisdeum povo.NaAlemanha,osprimeirosusosdosentidofiguradodeKulturnosculoXVIII guardavam similaridade com o pensamento francs.Aideiadeculturacomocivilizaoeracomumenteutilizadapelosprncipesda aristocracia alem, que estavam preocupados demais em imitar as maneiras civilizadas da corte francesa (Cuche, 2002, p.25).Aconteceumainversodesentidonomomentoemqueaintelectualidadebur-guesa, que no compartilhava o poder com os nobres, passa a criticar a superficialidade dos hbitos cerimoniais dos prncipes alemes, relacionados com a civilizao, em con-traposiocomacultura,quecaracteriza,neste pensamento,oqueautntico,pro-fundo e que contribui para o enriquecimento intelectual e espiritual. No pensamento iluminista francs, a cultura caracteriza o estado do esprito culti-vado pela instruo. A cultura, para eles, a soma dos saberes acumulados e transmi-tidos pela humanidade, considerada como totalidade, ao longo de sua histria (Cuche, 2002, p.21). Segundo Cuche, a civilizao, relacionada ao francesa, passa a ser colocada em oposio cultura que, entendida como uma marca distintiva da originalidade e da superioridade do povo alemo, adquire um importante papel nas discusses nacionalis-tas que se conformariam nos perodos histricos posteriores e que culminariam na Pri-meira Guerra Mundial.Oentendimentofrancsdeculturacomocaractersticadognerohumanodeu origem ao conceito universalista.J a concepo alem de que a cultura um conjunto de caractersticas artsti-cas, intelectuais e morais que constituem o patrimnio de uma nao, considerado como adquirido definitivamente e fundador de sua unidade (Cuche, 2002, p.28) origina o con-ceito particularista da cultura. AconcepouniversalistadaculturafoisintetizadaporEdwardBurnettTylor (1832-1917) - fundador da antropologia britnica. Ele escreveu a primeira definio et-nolgica da cultura, em 1817, onde marca o carter de aprendizado cultural em oposio ideiade transmisso biolgica.EdwardTylor sintetizouosdoistermosnovocbulo ingls Culture, que "tomado em seu amplo sentido etnogrfico este todo complexo que inclui conhecimentos, crenas, arte, moral, leis, costumes ou qualquer outra capacidade ouhbitosadquiridospelohomemcomo membrodeumasociedade". Todavia, Tylor defendiaoprincpiodoevolucionismo,queacreditavahaverumaescalaevolutivade progresso cultural que as sociedades primitivas deveriam percorrer para chegar ao nvel das sociedades civilizadas. Contrrio concepo evolucionista, Franz Boas (1858-1942) foi um dos pesqui-sadores que mais influenciaram o conceito contemporneo de cultura na antropologia americana. Ele apontado como o inventor da etnografia por ter sido o primeiro antro-plogoa fazerpesquisascomobservaodiretadassociedadesprimitivas.Emseus estudos, Boas concluiu que a diferena fundamental entre os grupos humanos era de ordem cultural e no racial ou determinada pelo ambiente fsico. Sendo assim, defendia que, ao estudar os costumes particulares de uma determinada comunidade, o pesqui-sador deveria buscar explicaes no contexto cultural e na reconstruo da origem e da histria daquela comunidade. Decorre dessa constatao o reconhecimento da existn-cia de culturas, no plural, e no de uma cultura universal. Segundo Marshall Sahlins "(...) a posio da moderna antropologia que a cultura age seletivamente, e no casualmente, sobre o seu meio ambiente, explorando deter-minadaspossibilidadeselimitesaodesenvolvimento,paraoqualas forasdecisivas esto na prpria cultura e na histria da cultura." Para Clifford James Geertz (1989: 15) o conceito de cultura essencialmente se-mitico, que vem ao encontro com o pensamento de Max Weber "que o homem um animal amarrado a teias de significados que ele mesmo teceu".Geertz concebe a cultura como uma "teia de significados" que o homem tece ao seuredorequeoamarra.Busca-seapreenderosseussignificados(suadensidade simblica). Algumas definies de cultura Cultura: Aqueles padres de significado que qualquer grupo ou sociedade utiliza para interpretareavaliarasiprprioesuasituao.Bellaheoutros,HabitsoftheHeart 1985:333 Cultura: Um sistema adquirido e duradouro de esquemas de percepo, pensamento e ao, produzidos por condies objetivas, mas tendendo a persistir mesmo aps uma alterao dessas condies. Bourdieu, The Inheritors. 1979. Cultura: conjunto de tradies, regras e smbolos que do forma a, e so encenados como,sentimentos,pensamentosecomportamentosdegruposdeindivduos.Refe-rindo-se principalmente ao comportamento adquirido, por oposio ao dado pela natu-reza ou pela biologia, a cultura tem sido utilizada para designar tudo o que humana-mente criado (hbitos, crenas, artes e artefatos) e passado de uma gerao a outra. Nessaformulao,aculturadistingue-sedanaturezaedistingueumasociedadeda outra. Cultura:Oquesignificaagirsegundoaprpriacultura,demodogeral,seguiras prpriasinclinaesassimcomo foramdesenvolvidaspelaaprendizagemcomoutros membros da prpria comunidade. Hannerz, Soulside, 1969:177. Cultura:Refere-seaorepertrioaprendidodepensamentoseaes,exibidospor membros de grupos sociais repertrios [transmitidos] independentemente da heredi-tariedade gentica de uma gerao outra. Harris, Cultural Materialism, 1979:47 Cultura. Veculos simblicos de significado, incluindo crenas, prticas rituais, formas de arte, cerimnias, bem como prticas ... informais, tais como a linguagem, a fofoca, histrias e rituais da vida diria. Swidler, Culture in Ation,1986:273 Cultura. O cultural a elaborao criativa, variada, potencialmente transformadora de algumas relaes sociais/estruturais fundamentais da sociedade. Willis, Learning toLabor. 1977:137 Culturalismo norte-americano Franz Boas FranzBoas(1858-1942),alemodeorigemjudaica,emigrouparaosE.U.A., onde desenvolveu a sua carreira cientfica. Formado na Alemanha, como gegrafo e psicofsico, estudou geografia comFriedrichRatzel(1844-1904)queafirmavaqueomeioambienteeraofator determinante da cultura.Viajou at ao rtico e descobriu que diferentes grupos de esquims con-trolavam e exploravam meios semelhantes de maneiras diferentes.DeuaulasnaUniversidadedeColumbiaefoidiretordoAmericanMu-seum of Natural History (New York). Chegou a formar antroplogos como Melville Herskovits, Alfred L. Kroe-ber(1876-1960),RobertLowie(1883-1957),EdwardSapir(1884-1931),Margaret Mead (1901-1978), Ruth Benedit (1887-1948) e Clyde Kluckhohn (1905-1960). O nome de Franz Boas ocupa um lugar de destaque na formao da moderna antropologia cultural americana no incio do sculo XX. Em uma poca em que ela sig-nificava, quase sempre, investigao das caratersticas biolgicas dos povos, o trabalho deBoasdeslocouradicalmenteofocodadisciplinaparaodacultura.Religio,arte, histria, lendas, costumes, lnguas e tradies tornaram-se ento objeto privilegiado de meticulosa observao cientfica. Como resultado do seu trabalho, oferecer uma con-tundentecrticadoevolucionismoedanooderaaeajudaraforjaroimportante conceito de etnocentrismo. A antropologia comeava a ganhar a face com que nos acos-tumamos a reconhec-la. Franz Boas (1858-2942) nasceu em Minden, na Alemanha, no seio de uma fa-mlia judaica liberal influenciada pelos ventos democrticos da Revoluo de 1848. Dou-torou-se em fsica pela Universidade Kiel em 1881 e parecia votado a uma carreira nas cincias exatas, quando passou a frequentar as reunies da Sociedade Antropolgica de Berlim. Foi em uma viagem para Baffinland, Alasca, com a inteno de escrever um livro sobre psicofsica, que Boas vivenciou entre os esquims a sua primeira experincia decampo,oque foideterminanteparaamudanadefinitivadeseuinteresseacad-mico. Imigrou mais tarde para os Estados Unidos onde desenvolveu a maior parte de sua obra. Primeiro professor de antropologia da Universidade de Colmbia teve - o que no deixa de ser curioso para ns - entre seus alunos Gilberto Freire, que o sada no prefcio de Casa Grande e Senzala.Apenas agora sua extensa obra comea a chegar aos leitores brasileiros. Ge-orge W. Stocking Jr., importante estudioso da Histria da Antropologia, organizou e re-digiuostextosintrodutriosdessaantologiaquerene48trabalhosdeFranzBoas, divididos em dez partes: as premissas da antropologia de Boas, pontos de vista antro-polgicos bsicos, uma amostra do trabalho de campo de Boas, o folclore e a crtica ao evolucionismo, o estudo analtico da lngua, a crtica ao formalismo na antropologia f-sica, capacidade racial e determinismo cultural, panoramas antropolgicos, a difuso da antropologia e, finalmente, antropologia e sociedade. A seleo, segundo seu organiza-dor, tenta apresentar Boas no seu contexto e no seu apogeu; tenta apresent-lo na sua totalidade.Para Boas, a tarefa do antroplogo era investigar as tribos primitivas que careciam de histria escrita, descobrir restos pr-histricos, estudar tipos humanos e a linguagem. Cada cultura teria a sua prpria histria. Para compreender a cultura teramos que reconstruir a histria de cada cultura. Defendeu que no h culturas superiores nem inferiores (relativismo cul-tural). Os sistemas de valores devem compreender-se dentro do contexto de cada cultura e no de acordo com os padres da cultura do antroplogo. Estudouasteoriasdaevoluo,sobreasquaissemostroucptico,e defendeu a difuso da cultura. Impulsionou a ideia de que os antroplogos deviam dominar as lnguas dos povos estudados, com o objetivo de conhecer o mapa da organizao bsica do intelecto humano.Criticouoevolucionismoedefendeuqueosmesmosefeitospoderiam dever-se a diferentes causas. Tambm defendeu que muitas das semelhanas cul-turais eram originadas pela difuso, mais que pela inveno independente, e que, em muitos casos, a evoluo no avana do simples para o complexo, antes o con-trrio (ex.: formas de arte, linguagem, etc.).Esforou-se por estudar as culturas ndias dos EUA, porque estavam em risco de extino.Em vez da prtica evolucionista de enquadrar dados etnogrficos em ca-tegorias pr-definidas, Boas salientou a necessidade de um cuidadoso e intensivo estudo em primeira mo, livre de todo prejuzo ou preconceito. As generalizaes e as leis surgiriam depois de ter os dados apropriados.Em contraste com os difusionistas alemes, Boas defendia que a difuso no se processava, apenas, do centro para a periferia, mas em qualquer direco, entre os diversos grupos humanos.Dos cinco artigos, quatro so da parte de "Cultura" em Race, Language and Cul-ture.Issopositivo,jquesoprovavelmenteosartigosmaisusadosnoensinode Teoria Antropolgica. O primeiro texto o clssico As Limitaes do Mtodo Compara-tivoemAntropologiaSocial,de1896,ondeBoascriticaoevolucionismosocial,com base na defesa da pertinncia do mtodo indutivo. Sem impugn-lo diretamente, Boas afirma que a comparao evolucionista entre povos seria possvel somente dentro de territrios restritos, por meio de precisos estudos individuais. Alm disso, nesse artigo Boas tambm critica o determinismo geogrfico, baseado no argumento de que ele no dcontadeexplicaradiversidadequeexistiaentrepovosqueviviamemcondies geogrficas semelhantes. Em Os Mtodos da Etnologia, de 1920, Boas critica novamente os mtodos evo-lucionista e difusionista, afirmando que a validade das suas teses e concluses no foi demonstrada pela moderna etnologia. Ele prope, em troca, um mtodo que estude as mudanas dinmicas em uma nica sociedade, o que pode ser observado no presente. Cadagrupoculturalpossuiumahistriaprpriaenica,e,assim,maisimportante esclarecer os processos que ocorrem "diante de nossos olhos" do que propor grandes leis de desenvolvimento da civilizao (como faziam o evolucionismo e o difusionismo). Boas tambm comenta algumas incurses da psicanlise no campo da etnolo-gia, colocando algumas de suas ideias como profcuas, mas veementemente negando que o mtodo psicanaltico por si s seja capaz de avanar na compreenso do desen-volvimento da sociedade humana. Em Alguns Problemas de Metodologia nas Cincias Sociais, de 1930, Boas cri-tica as tendncias que certas linhas de investigao tinham, na poca, de explicar as complexidades da vida cultural baseando-se num nico conjunto de condies ou cau-sas. Assim, contestada a reduo da raa cultura, combatendo a ascenso do ra-cismo biolgico to comum poca. Tambm Boas nega ainda que as condies geo-grficas ou econmicas sejam determinantes da cultura: elas podem estimular as con-dies culturais existentes, mas no possuem fora criativa. Para o ilustre antroplogo, qualquer dessas tentativas de desenvolver leis gerais de integrao da cultura no seria cientificamente eficaz. Como alternativa improdutiva obsesso por leis gerais, Boas sustenta que as cincias sociais devem se preocupar em analisar fenmenos, formas definidas. Na contramo de dcadas de reconstrues especulativas, Boas redireciona o mtodo antropolgico para a unidade emprica "indivduo" em sua relao cultura envolvente, pavimentando o caminho para a emergncia da escola Cultura e Persona-lidade. So basicamente essas ideias que Boas apresenta numa conferncia da Ameri-can Association for the Advancement of Science, em 1932, originando o quinto artigo dessa coletnea, Os Objetivos da Pesquisa Antropolgica. Boas define esses objetivos como "uma tentativa de compreender os passos pelos quais o homem tornou-se aquilo que biolgica, psicolgica e culturalmente" (p. 88). Ele volta a criticar o evolucionismo, o difusionismo, os determinismos biolgicos, geogrficos e econmicos, e a defender uma antropologia que considere a cultura como uma totalidade em todas as suas mani-festaes, como algo integrado e extremamente complexo, e, portanto, impossvel de ser explicado por um conjunto de leis anlogas s da fsica. Alm disso, Boas semeia as dvidas tipicamente relativistas nas pretenses da "Grande Teoria" em cincias so-ciais, geralmente manipulveis para finalidades de cunho ideolgico: vrias formas de pensamento e ao consideradas "universais" so, na verdade, caratersticas de uma cultura especfica, e cabe antropologia estudar justamente essa variedade das cultu-ras (no plural). Em Raa e Progresso, de 1931, tambm uma conferncia proferida no encontro da American Association for the Advancement of Science (da qual era presidente na-queleano),Boascriticafortemente,atravsdeexemplosdepesquisas,asideiasde carter racista ento em voga nos Estados Unidos, at mesmo dentro do meio acad-mico. As diferenas observadas entre as populaes originam-se de fatores sociais e ambientais,nobiolgicos.Assim,ostestesdeinteligncia,muitoemvoganaquele momento, eram para Boas instrumentos totalmente inadequados para provar a superi-oridade ou inferioridade de algum grupo social. Em Race, Language and Culture esto outros artigos de carter etnogrfico que talvez pudessem constar na coletnea de Castro, como The Social Organization of the Kwakiutl, The Decorative Art of the North American Indians e The Idea of the Future Life Among Primitive Tribes. Porm, para os objetivos da coletnea, uma ausncia impor-tante talvez seja a de um outro artigo,The Aims of Ethnology, de 1888, uma palestra onde Boas defende a importncia da etnologia e coloca como seu objetivo principal o estudo das caratersticas de cada povo. Ele tinha apenas 30 anos nessa poca. A inclu-sodessetrabalhoemRace,LanguageandCulturepeculiar, jqueamaioriados artigos de uma fase mais madura e posterior e o prprio Boas, numa nota de ro-dap, justifica a sua incluso como necessria porque ilustra seus primeiros pontos de vista em relao aos problemas etnolgicos. Na presente coletnea certamente um marco para a antropologia brasileira sua incluso seria interessante por permitir con-textualizar mudanas e refinamentos na trajetria inteletual de Franz Boas. Escola de Cultura e Personalidade EscoladosE.U.A.coetneaaofuncionalismobritnico(Malinowskie Radcliffe Brown). Fundada por discpulas de Franz Boas: Ruth Benedit e Margaret Mead, inspiradas em Sigmund Freud (psicanlise) e no filsofo Friedrich Nietzsche.Tentaraminterpretarasculturasemtermospsicolgicosdepersonali-dade bsica. O seu paradigma central que uma personalidade bsica partilhada por todos os membros de uma cultura.De acordo com Margaret Mead (1968) existiriam 3 tipos de culturas:a)Culturas ps-figurativas: onde os filhos aprendem, em primeiro lu-gar, com os pais. O novo uma continuao e repetio do velho, negando-se a mudana. Os velhos e os avs tem muita importncia. A mobilidade social reduzida e o passado forma um continuum com o presente e o futuro. Cultura da famlia extensa.b)Culturas co-figurativas: quebram o sistema ps-figurativo. Os jo-vens rejeitam o modelo dos adultos e aprendem formas culturais inovadoras. Os adultosacabamporverificarqueosseus mtodossoinsuficientesou pouco adequados formao do jovem e sua integrao na vida adulta. Os jovens conseguem a mobilidade social por si desejada; ignoram os padres dos adultos ou so-lhes indiferentes. Cultura da famlia nuclear. Os velhos e os seus conhe-cimentos deixam de ser pensados como necessrios.c)Cultura pr-figurativas: os adultos aprendem com os seus filhos. Nesta nova sociedade, s os jovens esto vontade, pois dominam os progres-sos cientficos. Em extremo, os adultos no tem descendentes e os filhos no tem antepassados. O futuro agora e produz-se uma quebra entre uns e outros. O que interessava aos adultos j no interessa aos jovens. Ruth Benedit (1934), seguindo ao filsofo Nietszche, distinguiu dois tipos de cul-turas, entre os ndios norte-americanos: a) Dionisacas (amerndios), que destacam o extse e a violncia. b) Apolneas (os zuni), que destacam a moderao e o equilbrio.