3. INCIDÊNCIA DE ACIDENTES DE TRABALHO COM EXPOSIÇÃO À MATERIAL BIOLÓGICO...
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Sobral, ano 4, v.1, n. 7, JUL/DEZ 2015, p. 42-55. ISSN: 2317-2649
3. INCIDÊNCIA DE ACIDENTES DE TRABALHO
COM EXPOSIÇÃO À MATERIAL BIOLÓGICO NO
CEARÁ, 2009 a 2012
WORK ACCIDENT WITH IMPACT EXPOSURE TO BIOLOGICAL MATERIAL IN CEARÁ, 2009-2012
RESUMO
O acidente de trabalho com exposição à material
biológico é o que ocorre com profissionais de saúde
que se expõem a sangue e a outros fluidos orgânicos
durante a sua jornada de trabalho, mais
especificamente, quando estes não utilizam os
Equipamentos de Poteção Individual e ou Coetivo. Esse
estudo teve como objetivo estimar a incidência dos
acidentes de trabalho com exposição à material biológico entre os profissionais da saúde do estado do
Ceará nos anos de 2009 a 2012. Estudo epidemiológico descritivo, observacional, de vigilância dos casos
de acidentes de trabalho com exposição à material biológico notificados no SINAN nos anos de 2009 a
2012 no estado do Ceará. A pesquisa foi realizada com dados secundários do SINAN disponibilizados
para consulta e por isso não necessitou de apreciação pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Todos os dados
foram explorados e tabulados com o software TABWIN. Foram identificadas 2.201 notificações de casos
de acidentes de trabalho com exposição à material biológico. Os acidentes analisados foram em sua
maioria com profissionais de saúde do sexo feminino, com idade de 20 a 39 anos, de cor parda, técnicos
e auxiliares de enfermagem, que se acidentaram predominantemente em exposição percutânea. O
estudo mostra que o estado do Ceará apresentou um elevado número de acidentes de trabalho com
exposição à material biológico nos anos de 2009 a 2012 mas que a análise da tendência temporal da
incidência desses acidentes sugere uma redução dos acidentes no decorrer dos anos estudados. Espera-
se que essa redução esteja diretamente relacionada ao fortalecimento das ações de saúde do
trabalhador no estado.
Palavras-chave: Acidente de trabalho; Material Biológico; Notificação.
ERYKA MARIA RODRIGUES
PEREIRA - INTA
Amélia Romana Almeida Torres –
Docente INTA
Sobral, ano 4, v.1, n. 7, JUL/DEZ 2015, p. 42-55. ISSN: 2317-2649
ABSTRACT
The work accident with exposure to biological material is what happens with health workers who are
exposed to blood and other body fluids during your workday. This study aimed to estimate the number
of occupational accidents involving exposure to biological material among professionals in the state of
Ceará health in the years 2009 to 2012. This is a descriptive epidemiologic, observational, surveillance of
cases of accidents work with exposure to biological material reported in the SINAN in the years 2009 to
2012 in the state of Ceará. The survey was conducted with SINAN secondary data available for
consultation and therefore did not require consideration by the Research Ethics Committee. All data
were explored and tabulated with TABWIN software. 2,201 case reports of occupational accidents with
exposure to biological material were identified. The accidents analyzed were mostly with female health
professionals aged 20 to 39 years, dun, technicians and nursing assistants, who suffered accidents
predominantly in percutaneous exposure. The study shows that the state of Ceará presented a high
number of occupational accidents with exposure to biological material in the years 2009 to 2012 but
that the analysis of time trends in incidence of these accidents suggests a reduction in accidents over
the years studied. It is expected that this reduction is directly related to the strengthening of workers'
health actions in the state.
Keywords: Accident at work; Biological Material; Notification.
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INTRODUÇÃO
Profissionais de saúde manuseiam, rotineiramente, instrumentos contaminados em seu
cotidiano de trabalho, e em virtude disso, necessitam de atenção e cuidado ao realizar suas atividades,
na tentativa de cumprir todas as precauções necessárias a não ocorrência de acidentes com exposição à
material biológico (LIMA et al., 2011).
Segundo o Ministério da Saúde (2012), o acidente de trabalho com exposição à material
biológico (AT-Bio) é o que ocorre com profissionais de saúde que se expõem a sangue e a outros fluidos
orgânicos durante a sua jornada de trabalho. Fato que potencializa a transmissão de mais de 20 tipos de
patógenos diferentes, sendo o vírus da imunodeficiência humana (HIV), o da hepatite B (HBV) e o da
hepatite C (HCV) os agentes infecciosos mais comumente envolvidos.
O AT-Bio é um agravo de notificação compulsória em todos os Serviços de Saúde do país e deve
ser registrado no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) que se caracteriza como um
sistema de informação do Sistema Único de Saúde (SUS) e tem como objetivo coletar, transmitir e
disseminar os dados epidemiológicos gerados por meio de uma rede informatizada, no intuito de apoiar
o processo de investigação e subsidiar a análise das informações dos acidentes e doenças de notificação
compulsória (BRASIL, 2007).
Algumas condutas frente à ocorrência de acidentes com exposição à material biológico são
estabelecidas e protocoladas pelo Ministério da Saúde (MS), como o cuidado com a área exposta, a
avaliação do acidente, as orientações ao acidentado, o encaminhamento ao serviço de referência, a
realização de exames, a possível profilaxia, o acompanhamento do caso e a notificação no SINAN
(BRASIL, 2014). Desse modo, para o MS, todas essas medidas devem ser incentivadas e adotadas em
todos os níveis de atenção do SUS, visando controlar a exposição dos trabalhadores ao risco biológico a
partir do uso de medidas preventivas, de educação permanente e das boas condições de trabalho.
Vale ressaltar a existência de uma vasta literatura científica que trata do tema abordado neste
estudo, mas limitando-se, em sua maioria, a categorias de trabalho ou a serviços de saúde específicos.
Revelando a insuficiência de estudos epidemiológicos de base populacional destinados a traçar
diagnósticos de saúde nacionais, estaduais ou municipais. Para o estado do Ceará, a inexistência de
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análises de série temporal dos AT-bio não é diferente. Reforçando e justificando assim, a necessidade de
um diagnóstico da situação dos acidentes com exposição à material biológico nesse estado.
Ressaltamos a importância da análise epidemiológica em saúde do trabalhador que vem
contribuir para uma avaliação e intervenção dos riscos relacionados ao trabalho e no monitoramento
dos determinantes do processo saúde doença.
O objetivo principal deste estudo foi estimar a incidência dos acidentes de trabalho com
exposição à material biológico entre os profissionais da saúde do estado do Ceará nos anos de 2009 a
2012.
MATERIAL E MÉDTODO
Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo, observacional, de vigilância dos casos de
acidentes de trabalho com exposição à material biológico notificados no SINAN nos anos de 2009 a 2012
no estado do Ceará, analisando artigos que abordassem, especificamente, informações epidemiológicas
dos AT-Bio no estado do Ceará foi realizada nas bases de dados LILACS, MEDLINE e SCIELO. Entretanto,
tais estudos não foram evidenciados.
A população desse estudo foi constituída pelo universo de notificações provenientes desses
acidentes ocorridos com trabalhadores dos estabelecimentos de saúde do SUS. Foram excluídos todos
os casos em que o acidentado não foi caracterizado como profissional de saúde ou que não estivesse
vinculado ao SUS.
A pesquisa foi realizada com dados secundários, oriundos do SINAN, obtidos a partir das bases
de dados de casuísticas, disponível para consulta pública no site do Centro Colaborador de Vigilância dos
Acidentes de Trabalho (www.ccvisat.ufba.br). Todos os dados foram baixados no formato DBF,
explorados e tabulados com o auxílio do software TABWIN.
As variáveis sócio-demográficas, ocupacionais e de características do acidente definidas para a
descrição do perfil dos casos foram: sexo, raça, faixa etária, ocupação; tipo de exposição; circunstância
de ocorrência do acidente. Para a apresentação dos dados, foram calculados números absolutos e
frequências relativas segundo variáveis descritoras.
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Os coeficientes de incidência anuais foram calculados dividindo o número de casos de acidentes
ocorridos em cada ano pelo total de profissionais da saúde do Ceará registrados no Cadastro Nacional
dos Estabelecimentos de Saúde (CNES) anualmente, multiplicado por 1.000.
A análise da evolução da incidência no decorrer dos anos foi constatada a partir do cálculo da
variação percentual padrão (VPP), para tanto, o coeficiente de incidência no ano de 2009 foi subtraído
pelo coeficiente de incidência de 2012 e posteriormente dividido pela incidência de 2009.
Em virtude das informações utilizadas possuírem fonte secundária, de acesso universal e com a
preservação da identificação dos indivíduos, a pesquisa não necessitou de apreciação pelo Comitê de
Ética em Pesquisa.
RESULTADOS
Foram identificadas 2.201 notificações de casos de acidentes de trabalho com exposição à
material biológico envolvendo os profissionais da saúde do Ceará nos anos de 2009 a 2012.
De acordo com a tabela 1, verificou-se que a maior parte dos acidentes ocorreu com
profissionais do sexo feminino, que em todos os anos analisados, obtiveram mais de 83% dos casos. Em
sua maioria, os profissionais acidentados referiram ter a cor da pele parda (em torno de 80% em 2009 e
2010), decrescendo nos anos de 2011 e 2012 (71,1% e 55,9%), mas ainda assim, permanecendo maioria.
Quanto à faixa etária, os trabalhadores com idade de 20 a 39 anos foram os que mais se acidentaram,
apresentando um percentual sempre acima de 73,9%, seguidos daqueles de 40 a 59 anos (acima de
21,7%).
Levando em consideração o perfil ocupacional dos trabalhadores, os acidentes envolvendo
auxiliares e técnicos de enfermagem foram os mais frequentes (sempre acima de 57,9%), seguidos dos
que envolveram estudantes (média de 9,3%), enfermeiros (média de 7,8%), médicos (média de 6,7%),
auxiliares e técnicos de bancos de sangue (média de 4,9%) e dentistas (média de 4,8%). Vale ressaltar, a
existência dos acidentes envolvendo trabalhadores dos serviços gerais (média de 3,0%) podendo ser
evidenciado nessa ocupação, uma variação percentual ao longo dos anos estudados (2,1% em 2009 para
3,9% em 2012), ou seja, um aumento de 85,7% (Tabela 1).
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O gráfico 1 evidencia que o tipo de exposição mais comum foi a percutânea (71,5%), seguida do
contato com pele íntegra (18,2%) e contato com mucosa ocular/oral (7,2%). Quanto à circunstância em
que ocorreu o acidente (gráfico 2), a categoria de maior frequência foi a definida como “outra” (14,7%),
mas destacaram-se ainda, os acidentes ocorridos em procedimentos cirúrgicos (10,5%), pelo descarte
inadequado de materiais perfurocortantes no chão, bancadas e camas (10,2%) e na administração de
medicação endovenosa (8,9%).
Ao avaliar os coeficientes de incidência dos acidentes com exposição à material biológico,
verifica-se uma redução ao longo dos anos. A incidência dos casos decresce de 7,8 acidentes a cada
1.000 trabalhadores de saúde em 2009, para 5,1 acidentes a cada 1.000 trabalhadores no ano de 2012.
Representando uma variação percentual decrescida, ou seja, uma redução de 34,4% dos casos nesse
período (Gráfico 3).
DISCUSSÃO
No conjunto de trabalhadores que sofreu algum tipo de exposição à material biológico em um
período de quatro anos (2009-2012), o estado do Ceará notificou 2.201 casos de acidentes com
exposição à material biológico, representando um total de casos bastante superior a um estudo
realizado com profissionais da saúde residentes em Pernambuco, que em um período também de
quatro anos (2007-2010) foram identificados apenas 592 casos (FERREIRA,2012). Essa disparidade no
total de casos pode estar relacionada ao fato de que os anos analisados em Pernambuco correspondem
ao período de implantação do SINAN, fazendo com que o montante de casos notificados tenha se
apresentado de maneira incipiente. Considerando-se que o SINAN foi disponibilizado para registro dos
agravos relacionados ao trabalho de notificação compulsória a partir de 2006, quando algumas
Unidades da Federação não tinham ainda vigilância específica estruturada ou ainda estavam em
implantação.
O perfil sócio-demográfico dos profissionais de saúde que sofreram AT-Bio no Ceará se
assemelha ao encontrado em um estudo feito por Caixeta e Barbosa-Branco (2005), ou seja, os
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trabalhadores acidentados eram predominantemente do sexo feminino e adultos jovens, com faixa
etária entre 20 e 39 anos.
Quanto ao perfil ocupacional, Spagnuolo et al. (2008) também encontrou como categoria
profissional mais acidentada, os auxiliares de enfermagem. Remetendo a esse grupo ser o de maior
contingência nos espaços hospitalares e por serem profissionais que estão em contato direto com o
paciente, administrando medicamentos, realizando curativos e outros procedimentos que os mantêm
em constante contato com os agentes de risco desses acidentes.
A alta proporção de acidentes com estudantes foi discutida por Reis et al. (2004), afirmando que
estudantes de graduação, como os de enfermagem, estão constantemente expostos a riscos biológicos.
E citam a falta de experiência e a ansiedade como fatores que podem contribuir para a ocorrência de
acidentes.
Em relação ao tipo de exposição, o estado de São Paulo divulgou um boletim epidemiológico do
estado em 2002, que também se referiu à exposição percutânea como a de maior frequência. No
mesmo documento, o gráfico referente à circunstância do acidente de maior freqüência, também
apontou a categoria “outros” (SÃO PAULO, 2002). Esse achado pode estar relacionado a não atualização
dos questionamentos presentes no formulário de notificação, motivo pelo qual os resultados se
repetem ao passar dos anos, ou mesmo à ausência de qualidade no preenchimento das fichas. Segundo
Galvão et al. (2009) citam em seu estudo que existe uma ampla porcentagem de informações
incompletas em formulários de notificação e que isso é semelhante a outros tipos formulários de
diversos agravos. Demonstrando assim, quão pouca é a importância que alguns profissionais dão ao
processo de notificação em geral.
Como achado principal do estudo, verificou-se uma tendência temporal decrescente na
incidência dos acidentes com exposição à material biológico no Ceará (34,4%) no período (2009-2012),
com incidência média de 6,7 acidentes a cada 1.000 trabalhadores de saúde. Esse achado diferiu dos
dados divulgados em um boletim epidemiológico com dados do Brasil, em que foram notificados 15.735
casos de acidente com exposição à material biológico, chegando a 32.734 casos em 2010,
representando um aumento de 108,0% e incidência média, no Ceará, de 9,2 acidentes a cada 1.000
trabalhadores de saúde (CCVISAT, 2011). Espera-se que o decréscimo na incidência de 2009 a 2012
revele um possível fortalecimento das ações de saúde do trabalhador com foco na capacitação e
prevenção de acidentes, no estado, nos anos posteriores aos analisados pelo boletim. Refletindo assim,
na redução do número de casos.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em síntese, os acidentes analisados foram em sua maioria com profissionais de saúde do sexo
feminino, com idade entre 20 e 39 anos, de cor parda, técnicos e auxiliares de enfermagem, que se
acidentaram predominantemente em exposição percutânea.
O estudo mostra que o estado do Ceará apresentou um elevado número de acidentes de
trabalho com exposição à material biológico nos anos de 2009 a 2012 mas que a análise da tendência
temporal da incidência desses acidentes sugere uma redução dos AT-Bio no decorrer dos anos
estudados. Espera-se que essa redução esteja diretamente relacionada ao fortalecimento das ações de
saúde do trabalhador no estado.
O estudo possui como limitação o curto espaço de anos analisados, estando diretamente ligada
à inexistência de dados disponíveis após o ano de 2012 e ainda, por encontrarem-se incompletos os
dados de 2006 a 2008 referentes ao Ceará na fonte de dados pesquisada.
Por ser tratar de um estudo descritivo, outra limitação é que seus achados se propuseram, de
forma incipiente e inicial, a demonstrar a incidência dos casos no período estudado, a caracterização do
perfil dos profissionais acidentados e as circunstâncias de ocorrência do acidente.
Com isso, sugerem-se abordagens futuras que possam analisar os AT-Bio em profundidade,
buscando refletir sobre as notificações a nível municipal, a existência de subnotificação ou mesmo a
realização de estudos confirmatórios, dentre muitas abordagens possíveis.
Ressalta-se ainda, que as análises epidemiológicas de abordagem temporal possuem
importância fundamental para o planejamento de ações de prevenção e promoção voltadas à população
e, nesse caso, podem determinar a necessidade da construção de estratégias para a redução dos
acidentes de trabalho com exposição à material biológico envolvendo os profissionais de saúde nos
próximos anos, bem como a melhoria da captação e processamento das informações.
E ainda ampliar o investimento nos programas de prevenção de acidentes com medidas
administrativas, operacionais e organizacionais. Bem como, intensificar os momentos de educação
permanente com os profissionais de saúde para o aumento e qualidade da notificação e a melhoria no
seguimento de casos.
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Sobral, ano 4, v.1, n. 7, JUL/DEZ 2015, p. 42-55. ISSN: 2317-2649
Variável 2009 2010 2011 2012
n % n % n % n %
Ceará 620 100,0 553 100,0 568 100,0 460 100,0
Sexo
Feminino 516 83,2 460 83,2 485 85,4 386 83,9
Masculino 104 16,8 93 16,8 83 14,6 74 16,1
Raça
Parda 506 81,6 444 80,3 345 71,1 257 55,9
Branca 94 15,2 76 13,7 160 33,0 126 27,4
Preta 4 0,6 7 1,3 14 2,9 11 2,4
Amarela 3 0,5 2 0,4 6 1,2 3 0,7
Indigena 0 0,0 2 0,4 1 0,2 0 0,0
Ign/Branco 13 2,1 22 4,0 42 8,7 63 13,7
Faixa Etária (anos)
10-19 9 1,5 13 2,8 20 3,5 14 3,6
20-39 458 73,9 398 86,5 420 73,9 312 80,8
40-59 149 24,0 134 29,1 123 21,7 128 33,2
60 e + 4 0,6 8 1,7 5 0,9 6 1,6
Ocupação
Estudante 75 12,1 65 11,8 36 6,3 32 7,0
Médico 43 6,9 25 4,5 26 4,6 50 10,9
Dentista 25 4,0 34 6,1 34 6,0 14 3,0
Fisioterapeuta 3 0,5 0 0,0 1 0,2 2 0,4
Farmacêutico 4 0,6 3 0,5 2 0,4 0 0,0
Enfemeiro 36 5,8 32 5,8 60 10,6 41 8,9
Aux/Tec Enfermagem 361 58,2 320 57,9 329 57,9 278 60,4
Tec/aux/atend Saúde bucal 28 4,5 27 4,9 14 2,5 6 1,3
Tec radiologia 1 0,2 0 0,0 1 0,2 1 0,2
Trabalhadores dos serviços gerais 13 2,1 12 2,2 21 3,7 18 3,9
Agente Comum de saúde/visitador sanitário 7 1,1 3 0,5 2 0,4 2 0,4
Aux/tec banco de sangue/lab de análises 24 3,9 32 5,8 41 7,2 14 3,0
Outros 0 0,0 0 0,0 1 0,2 2 0,4
GRÁFICOS E TABELAS
Tabela 1. Número e percentual de acidentes de trabalho com exposição à material biológico entre profissionais de saúde, segundo sexo, raça, faixa etária e ocupação. Ceará, 2009 a 2012. (N = 2201)
Fonte: SINAN/CCVISAT-UFBA (última atualização em 05/04/2013).
Sobral, ano 4, v.1, n. 7, JUL/DEZ 2015, p. 42-55. ISSN: 2317-2649
Fonte: SINAN/CCVISAT-UFBA (última atualização em 05/04/2013).
Gráfico 1.Percentual de acidentes segundo tipo de exposição. Ceará, 2009 - 2012
Sobral, ano 4, v.1, n. 7, JUL/DEZ 2015, p. 42-55. ISSN: 2317-2649
Fonte: SINAN/CCVISAT-UFBA (última atualização em 05/04/2013).
Gráfico 2. Percentual segundo circunstância de ocorrência do acidente com exposição à material
biológico. Ceará, 2009 – 2012.
Sobral, ano 4, v.1, n. 7, JUL/DEZ 2015, p. 42-55. ISSN: 2317-2649
Fonte: SINAN/CCVISAT-UFBA (última atualização em 05/04/2013).
Gráfico 3.Coeficientes de incidência de acidentes de trabalho com exposição à material biológico (/1.000 profissionais de saúde). Ceará, 2009 - 2012.