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INFORMATIVO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENGENHARIA E CONSULTORIA ESTRUTURAL Palestrante internacional fala sobre paredes de concreto 13 Cursos promovidos e apoiados pela ABECE Ano 13 Nº 72 mar/abr 2009 5a8 Acontece nas Regionais 3 T razido pela Gerdau e SH Formas, o engenheiro mexicano Fernando Maygoitia Witron apresen- tou, na sede nacional da ABECE, em São Paulo (SP), no dia 25 de mar- ço de 2009, a palestra Paredes de Concreto: Cálculo para Construções Econômicas. Um dos ícones da engenharia civil, com amplo conhecimento sobre apli- cação de paredes de concreto com alta produtividade, o eng. Witron é líder de projetos de inovação e de- senvolvimento da Lean House, em- presa de consultoria em habitação. Em sua palestra na ABECE abordou como o mercado de habitação social se desenvolveu no México e como tem sido aplicada a tecnologia de paredes de concreto. O México desenvolve um progra- ma de incentivo de construção de moradias para saltar de 300.000 unidades em 2001 para 750.000 em 2009. Este programa se baseia na reestruturação do setor através da desburocratização, melhoria da infraestrutura, acesso ao crédito e investimento em tecnologia, sen- do que o processo de aumento da eficiência da construção passa pelo envolvimento de fornecedores, construtoras, projetistas e mão-de- obra. Aproximando a tecnologia do mercado brasileiro e do públi- co presente na palestra, o eng. Arnoldo Wendler, consultor da ABCP (Associação Brasileira de Cimento Portland), falou sobre a importância do projeto de paredes de concreto para os projetistas estruturais. As apresentações dos engenhei- ros Witron e Wendler estão dis- poníveis para consulta no site da ABECE (www.abece.com.br) – seção Eventos/Palestras. Profissionais da área acompanham, no auditório da ABECE, palestra do eng. Witron (à dir.) O Comitê Técnico de Segurança das Estruturas em Situação de Incêndio ABECE 72.indd 1 ABECE 72.indd 1 29.04.09 09:42:51 29.04.09 09:42:51

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INFORMATIVO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENGENHARIA E CONSULTORIA ESTRUTURAL

Palestrante internacional fala sobre paredesde concreto

13 Cursos promovidos e apoiados pela ABECE

Ano 13 Nº 72 mar/abr 2009

5a8 Acontece nasRegionais3

Trazido pela Gerdau e SH Formas, o engenheiro mexicano

Fernando Maygoitia Witron apresen-tou, na sede nacional da ABECE, em São Paulo (SP), no dia 25 de mar-ço de 2009, a palestra Paredes de Concreto: Cálculo para Construções Econômicas.

Um dos ícones da engenharia civil, com amplo conhecimento sobre apli-cação de paredes de concreto com alta produtividade, o eng. Witron é líder de projetos de inovação e de-senvolvimento da Lean House, em-presa de consultoria em habitação. Em sua palestra na ABECE abordou

como o mercado de habitação social se desenvolveu no México e como tem sido aplicada a tecnologia de paredes de concreto.

O México desenvolve um progra-ma de incentivo de construção de moradias para saltar de 300.000 unidades em 2001 para 750.000 em 2009. Este programa se baseia na reestruturação do setor através da desburocratização, melhoria da infraestrutura, acesso ao crédito e investimento em tecnologia, sen-do que o processo de aumento da eficiência da construção passa pelo envolvimento de fornecedores,

construtoras, projetistas e mão-de-obra.

Aproximando a tecnologia do mercado brasileiro e do públi-co presente na palestra, o eng. Arnoldo Wendler, consultor da ABCP (Associação Brasileira de Cimento Portland), falou sobre a importância do projeto de paredes de concreto para os projetistas estruturais.

As apresentações dos engenhei-ros Witron e Wendler estão dis-poníveis para consulta no site daABECE (www.abece.com.br) – seção Eventos/Palestras.

Profissionais da área acompanham, no auditório da ABECE, palestra do eng. Witron (à dir.)

O Comitê Técnico deSegurança das Estruturas em Situação de Incêndio

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2 ABECE INFORMA Ano 13 Nº 72

Este ano, a ABECE completa 15 anos de atividades contínuas voltadas à valorização

dos profissionais da engenharia estrutural brasileira. Neste período, muitos dos anseios dos nossos associados foram se transformando em realidade.

Uma visita ao nosso site demonstra os resultados conquistados nestes anos de trabalho, pela quantidade de serviços e benefícios que estão à disposição dos associados.

Hoje, a ABECE é reconhecida dentro da cadeia produtiva da construção civil como uma associação que tem como principal característica a sua credibilidade. Esta, sem sombra de dúvida, é fruto do trabalho continuado e coerente das várias gestões que se sucederam. A atual diretoria tem a responsabilidade de manter todos os benefícios e conquistas e de trabalhar na direção de ampliar a atuação da ABECE.

No decorrer destes 14 anos, tivemos a filiação aprovada de mais de 550 associados. Atualmente, nosso quadro totaliza 250 associados, entre escritórios e profissionais autônomos.

Uma das várias ações que estão em andamento nesta gestão é a de fazer contato com os ex-associados com o objetivo de trazê-los de volta à ABECE, bem como nos empenhar para atrair novos associados.

Os primeiros resultados já começaram a aparecer. Desde o início desta ação, foram aprovados 14 novos associados, dentre os quais alguns ex-associados que estão retornando à Associação. Ainda estão em processo de entrega de documentação e aprovação outros 12 futuros associados.

Conseguimos atingir o número mínimo de associados para formalizar mais uma delegacia regional que vem somar-se às 12 já existentes. Trata-se da Delegacia Regional de Blumenau, em Santa Catarina, que terá como delegados os colegas Luiz Carlos Gulias Cabral e Regina Hagemann.

Na próxima edição do ABECE Informa, pretendemos publicar uma matéria com a relação de todos os novos associados e suas respectivas regionais.

Temos a convicção de que cada associado da ABECE, que tenha colegas que ainda não integram a Associação, pode nos ajudar nesta ação de atrair novos profissionais, divulgando as atividades e benefícios que a ABECE proporciona e indicando-os para virem fazer parte de nosso quadro associativo.

É nosso objetivo para os próximos anos aumentar substancialmente o número de associados em todo o Brasil. O crescimento da ABECE é o fortalecimento da nossa valorização profissional. Contamos com cada um de nossos atuais associados para que esta ação venha a se concretizar.

José Luiz V. C. VarelaDiretor

Temos que crescer

EDITORIAL

Av. Brigadeiro Faria Lima, 1993 - Cj. 61CEP 01452-001 - São Paulo - SPTel.: (11) 3938-9400 Fax: (11) 3938-9407 [email protected]

PresidenteMarcos Monteiro

Vice-presidente de RelacionamentoEduardo Barros Millen

Vice-presidente de Tecnologia e QualidadeSuely Bacchereti Bueno

Vice-presidente de MarketingJoão Alberto de Abreu Vendramini

Diretor administrativo-fi nanceiroJefferson Dias de Souza Júnior

DiretoresGuilherme Covas, José Luiz V. C. Varela, José Martins Laginha Neto, Roberto Dias Leme, Thomas Garcia Carmona e Vicente Vidal Gonzalez

Conselho deliberativoAlberto Naccache, Antonio Carlos Reis Laranjeiras, Augusto Pedreira de Freitas, Celso Augusto Cortez, Bruno Contarini, Francisco Paulo Graziano, José RobertoBraguim, Júlio Timerman, Marcelo Rozenberg, Marcio Capetinga, Marcos de Mello Velletri, Natan Jaconsohn Levental, Nelson Covas, Nelson Monteiro, Ricardo Leopoldo e Silva França, Sônia Regina Freitas, Valdir Silva da Cruz e Virgilio Augusto Ramos

ABECE Informa é uma publicação bimestral da ABECE - Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural

Conselho EditorialDiretoria Executiva da ABECE

Produção Editorial e DiagramaçãoPrefi xo Comunicação

Editora Rosana Córnea (MTb 17183)

Projeto Gráfi coSticker Comunicação

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ABECE INFORMA Ano 13 Nº 72 3

O Comitê Técnico de Segurança das Estruturas em Situação de

Incêndio contou, em sua reunião re-alizada no dia 21 de março de 2009 na sede nacional da ABECE, com a participação especial do Prof. Dr. João Paulo Correia Rodrigues, docen-te do Departamento de Engenharia Civil da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra e coordenador do mestra-do em Segurança contra Incêndios Urbanos.

Com diversos trabalhos publicados sobre estruturas em situação de incêndio em congressos e periódi-cos internacionais, Rodrigues atua no Laboratório de Estruturas da Universidade, onde há vários fornos para ensaios de resistência de es-truturas sob temperatura elevada. Entre os dias 15 e 22 de março, ele esteve em São Paulo para consoli-dar entendimentos que se iniciaram com a ida do Prof. Dr. Valdir Pignatta e Silva, membro do Comitê Técnico de Segurança das Estruturas em Situação de Incêndio, a Coimbra.

Na reunião da ABECE, aproveitando a presença de membros do comitê, o professor lançou a recém-cria-da Associação Luso-Brasileira de Segurança contra Incêndio que fo-mentará a área de segurança con-tra incêndio, promoverá congressos e cursos e intensificará a mobilida-

de de pesquisadores entre os dois países. Com sede em Portugal, a as-sociação terá uma filial no Brasil.

Subcomitês

“Neste encontro marcado pela pre-sença do professor português, ficou definida a criação de subcomitês na medida em que novos assuntos começarem a ser estudados, sendo que três já estão formados: alve-naria estrutural, lajes alveolares e estruturas metálicas”, explica a co-ordenadora do Comitê Wanda Vaz.

Desde que foi criado, em 2008, com o objetivo de sentir as necessidades do meio técnico com relação às es-

truturas em situação de incêndio e elaborar textos bases para revisão de normas pertinentes ao assunto, o Comitê Técnico de Segurança das Estruturas em Situação de Incêndio se propôs a desenvolver ações nes-te sentido.

Uma delas é a campanha nacional para coleta de sugestões e comen-tários no tocante à NBR 15200 - Projeto de Estruturas em Situação de Incêndio, em uso há quatro anos. O prazo para receber as sugestões encerrou-se no dia 31 de março e os membros do Comitê estão orga-nizando-as para futuro encaminha-mento à comissão responsável pela revisão desta Norma.

Professor português participa de reunião de Comitê Técnico

Ao fundo eng. Fabiana Mamede (Pedreira de Freitas); da esq. p/ dir. Prof. Valdir P. e Silva (Universidade de São Paulo), eng. Luis Miguel dos Santos (mestrando Universidade de Coimbra), Profa. Poliana D. de Moraes(Universidade Federal de Santa Catarina) e Prof. João Paulo C. Rodrigues (Universidade de Coimbra)

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Convidado pela ABECE, o engenheiro espanhol Enrique González Valle es-

teve no IE-SP (Instituto de Engenharia de São Paulo), no dia 19 de março de 2009, para proferir a palestra Controle de Qualidade de Projetos de Estruturas de Concreto.

Sua brilhante exposição foi acompa-nhada por cerca de 50 participantes, dentre os quais grandes nomes da enge-nharia estrutural, como Augusto Carlos de Vasconcelos e Gabriel Oliva Feitosa, e assistida, via internet, por aproxima-damente 30 profissionais interessados em conhecer a vasta experiência do palestrante na questão de controle de qualidade e auditorias de projetos de estruturas de concreto.

Engenheiro doutor, González é presi-dente do INTEMAC (Instituto Técnico de Materiales Y Construcciones), pro-fessor titular interino de Edificação e Prefabricação da Escola Técnica Superior de Engenheiros de Caminhos, Canais e Portos da Universidade Politécnica de Madrid e é membro da ACHE (Asociación Cientifíco-Técnica del Hormingón Estructural), Fib (Federation Internacionale Du Bèton), IABSE (International Association for Bridge and Structural Engineering), AIPC (Asociation Internacionale dês Ponts et Charpentes), ATEP (Asociación Técnica Espanola del Pretensado) e AEC (Asociación Espanola de La Calidad).

Recebeu diversos prêmios, como Premio de La Convención Europea de

La Construcción Metalica, Premio a trajetória destacada em Patologia, Recuperação e Controle de Qualidade nas Construções em Ibero América, além de ser autor de vários artigos téc-nicos, tendo proferido inúmeras pales-tras sobre temas relativos a estruturas e controle de qualidade nas constru-ções.

Controle técnico

Em sua apresentação no IE-SP, que con-tou com a colaboração do Instituto Idd, destacou a legislação espanhola sobre seguros de danos em edificações e sua

aplicação prática por meio dos organis-mos de controle técnico independen-tes, importante instrumento que pode servir como parâmetro para o desen-volvimento de ações neste sentido no Brasil.

Segundo Valle, é obrigatório que todo imóvel tenha um seguro de pelo menos 10 anos contra qualquer dano originado ou que afete os elementos estruturais. Desta forma, as seguradoras exigem que os projetos sejam verificados pelos cha-mados organismos de controle técnico, que são independentes e não atuam na área de projeto. O controle de qualida-de da obra também deve ser realizado por organismos independentes.

“No final de sua exposição, houve uma interessante discussão sobre a forma como é tratado o controle de qualida-de de projetos na Espanha, com muitas perguntas e colocações muito pertinen-tes ao assunto”, ressalta o diretor da ABECE eng. Thomas Garcia Carmona, organizador do evento.

A palestra do eng. Enrique González Valle está disponível para download no site da ABECE (www.abece.com.br) – seção Eventos/Palestras, assim como a transmissão on-line pode ser con-ferida na videoteca do site do IE-SP (www.ie.org.br).

Controle da qualidade de projetos é abordado em palestra de engenheiro espanhol

Eng. Enrique González Valle (à esq.) em palestra no IE-SP

Platéia composta por renomados profissionais assistiu à apresentação do engenheiro espanhol

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ACONTECE NAS REGIONAIS Porto Alegre

Curso sobre revisão da NBR 8800

Delegacia Regional de Porto AlegreDelegado: Martin Alfredo Beier(51) [email protected]

Com o objetivo de abordar os princi-pais aspectos e revisão de conceitos

a luz da nova NBR 8800:2008 referente a procedimentos de projeto para tração, compressão, flexão, viga-colunas e es-truturas mistas, a Delegacia Regional de Porto Alegre promove, nos dias 8, 9, 29 e 30 de maio de 2009, o curso Revisão Nova Norma NBR 8800:2008.

Com carga horária de 32 horas/aula, as aulas acontecem das 8h30 às 18h na SERGS (Sociedade de Engenharia do Rio Grande do Sul). As vagas são limitadas e as inscrições devem ser feitas por in-termédio do telefone (11) 3938-9400 oue-mail [email protected].

Pilares de concreto

Porto Alegre foi mais uma das capitais a receber o curso sobre cálculo de pi-lares de concreto armado, ministrado pelo eng. Alio Ernesto Kimura, e os par-

ticipantes comprovaram o sucesso do programa.

Nos dias 6 e 7 de março de 2009, os 46 inscritos puderam acompanhar a pro-gramação do curso que incluiu os prin-cipais aspectos referentes ao cálculo de pilares de concreto, principalmente no que se refere à análise das imper-feições geométricas e dos efeitos locais de 2ª ordem.

“Os participantes elogiaram muito o curso achando-o de fundamental impor-

tância para o aprimoramento no assun-to, com conteúdo consistente, extrema precisão, organização didática e mate-rial de apoio de ótima qualidade técni-ca”, comenta o delegado regional eng. Martin Beier.

Eng. Alio Ernesto Kimura (à esq.) ministrando curso para profissionais

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Delegacia Regional de Curitiba está empenhada em colocar em

prática algumas ações que visam reforçar a atuação da ABECE junto aos profissionais locais e entidades parceiras.

Uma das metas é procurar levar para a capital paranaense pales-tras que já foram realizadas em São Paulo (SP) e viabilizar outras já de-senvolvidas nas demais regionais, como o curso de cálculo de pilares de concreto armado.

O delegado regional eng. Jeferson Luiz Andrade pretende promover, também, palestras técnicas de con-teúdo complementar com fornece-dores de tintas, ancoragens mecâ-nicas e químicas, sistemas de refor-

ços e manutenção de estruturas de concreto e aço, entre outros.

“Outras ações importantes são a visita às universidades locais para apresen-tar o programa ABECE Universidades e retomar as reuniões periódicas com os associados”, destaca.

Palestra na PUC

Como parte da programação da XVI SAEC (Semana Acadêmica de Engenharia Civil), promovida pela PUC-PR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná) entre os dias 11 e 15 de maio, o delegado regional apresentará a palestra Arenas em Estrutura Metálica, em que discorrerá sobre o projeto executivo das estru-turas metálicas do Estádio Olímpico

João Havelange e apresentará oprograma ABECE Universidades.

“Farei uma breve descrição da ficha técnica apresentando toda a equipe técnica que foi composta pelo eng. Flávio D’Alambert como autor do pro-jeto básico, pela empresa Andrade Rezende como autora do projeto exe-cutivo e todo o sistema de cimbra-mento e descimbramento da cober-tura e, finalmente, pelo eng. Tiago Albecacis, da Tal Projetos (de Lisboa, Portugal), como auditor e supervisorde todos os trabalhos”, comenta.

Duas importantes palestras téc-

nicas foram reali-zadas com a parti-cipação da ABECE, por intermédio da Delegacia Regional de Manaus, no mês de fevereiro.

No dia 5, o eng. Joaquim Caracas,sócio-gerente daImpacto Protensão e diretor de pesquisas de processos e produ-tos do Sinduscon-CE (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Ceará) falou, no auditório da FIEAM (Federação das Indústrias do Amazonas), sobre as novas tecnologias na construção, enfo-cando concreto protendido e sis-

temas de formas para estruturas de concreto.

Patologia nas estruturas foi o tema abordado pelo eng. Paulo Helene em palestra proferida no dia 12 na EST/UEA (Escola de Tecnologia da Universidade do Estado do Amazonas) em parce-

ria com Sinduscon-AM, FIEAM e Universidade Federal do Ama-zonas.

ACONTECE NAS REGIONAIS Manaus

Curitiba

Ações reforçam atuação

Palestras técnicas enfocam tecnologias epatologia nas estruturas

Delegacia Regional de ManausDelegado: eng. Francisco Anastácio C.de Carvalho - (92) [email protected]

Delegacia Regional de CuritibaDelegado: eng. Jeferson Luiz Andrade(41) [email protected]

Palestras dos engenheiros Joaquim A. Caracas (à esq.) e Paulo Helene contaram com expressiva presença de profissionais

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presentar os conceitos básicos que auxiliam na definição dos mé-

todos corretivos e na especificação de produtos químicos para reparo, proteção, injeção e impermeabiliza-ção é o objetivo do ciclo de palestras gratuitas promovido pela Delegacia Regional de Belo Horizonte e a MC- Bauchemie Brasil, com apoio do Sinduscon-MG (Sindicato da Indústria da Construção de Minas Gerais).

Cerca de 50 pessoas participaram, no dia 3 de março de 2009, da palestra com o eng. José Roberto Saleme Jr., gerente de Produto da MC-Bauchemie Brasil, subsidiária do grupo multina-cional alemão MC-Bauchemie Muller GmbH (um dos principais fornecedo-res mundiais de produtos químicos para a construção).

Abordando tecnologia de injeção em

estruturas, sistemas de impermeabiliza-ção e sistemas de reparo e proteção em concreto, a pa-lestra, segundo o delegado regional Eduardo Henrique da Fonseca, foi de alto nível com parti-cipação ativa da pla-téia. “O palestrante fez uma apresenta-ção interativa, com boa didática e com bastante conheci-mento do assunto”, reforça.

Visita técnica

Convidados pela Premo Construções e Empreendimentos S/A, associados da ABECE visitaram, no dia 17 de mar-ço, as obras do Boulevard Shopping, primeiro shopping da região centro-leste de Belo Horizonte que terá 140 mil m2 de área construída com espa-ço destinado a lojas e uma torre co-mercial.

Os engenheiros Francisco Celso, diretor técnico da Premo, e Hélio Chumbinho, responsável pelo proje-to das estruturas moldadas in loco, apresentaram as soluções estrutu-rais adotadas no empreendimento, demonstrando desenhos técnicos e sua implementação no canteiro de obras.

“A visita técnica possibilitou aos par-

ticipantes a oportunidade de conhe-cerem uma grande obra com adoção de soluções técnicas arrojadas na área de estruturas pré-moldadas e partes moldadas in loco protendi-das”, enfatiza o delegado regional.

Encontro social

Tornou-se costume entre os associa-dos da Delegacia Regional de Belo Horizonte um encontro, a cada dois meses, para uma pizza e um bate-papo. No dia 17 de março, cerca de 15 pessoas, entre associados, ex-associados e engenheiros estru-turais convidados, reuniram-se no primeiro encontro social do ano, apelidado de “concrete pizza”. Para o delegado regional, “o encon-tro na Pizzaria Traviatta, cujo dono também é engenheiro, é um impor-tante momento de descontração e aproximação. Todos estão convida-dos para o próximo”.

Associados participam de palestra gratuita e visitam obra

ACONTECE NAS REGIONAIS Belo Horizonte

Delegacia Regional de Belo HorizonteDelegado: eng. Eduardo Henrique da Fonseca(31) [email protected]

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Cerca de 60 pessoas participaram da palestra do eng. José Roberto Saleme,da MC-Bauchemie Brasil

Associados em visita às obras do Boulevard Shopping

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8 ABECE INFORMA Ano 13 Nº 72

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ACONTECE NAS REGIONAIS Blumenau

Por intermédio da Delegacia Regional SP/Central, a ABECE promove, em

São Carlos (SP), nos dias 8 e 9 de maio de 2009, das 8h30 às 18h, o curso Cálculo de Pilares de Concreto Armado.

Ministrado por Alio Ernesto Kimura, o curso tem o objetivo de abordar os prin-cipais aspectos referentes ao cálculo de pilares de concreto de forma prática, principalmente no que se refere à aná-

lise das imperfeições geométricas e dos efeitos locais de 2ª ordem. O programa contemplará desde a visão geral até as tendências e novas metodologias em sua análise, ressaltando os aspectos relevan-tes no projeto de pilares de edifícios.

O curso acontece na Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de São Carlos (Rua Sorbone, 400 – Centreville – São Carlos – SP). As vagas

são limitadas e informações podem ser obtidas por intermédio dos telefones (16) 3371-7221 e (11) 3938-9400, e-mail [email protected].

Intensificar ações para estimular a participação dos profissionais

ABECE acaba de oficializar a cons-tituição da Delegacia Regional

de Blumenau (SC), cujas ações da Associação voltadas para a região já estavam sendo articuladas e acompa-nhadas pelo eng. Luiz Carlos Gulias Cabral, agora delegado regional de Blumenau.

Os primeiros contatos foram feitos ainda no final do ano passado, quan-do o presidente da ABECE eng. Marcos Monteiro esteve em Blumenau para participar do 14º Congresso Brasileiro de Engenheiros Civis e, em reunião com profissionais da região, fez uma exposição dos objetivos da Associação e do relacionamento da sede nacional com as delegacias regionais.

Desde então, a ABECE se envolveu in-tensamente nas questões locais em virtude, inclusive, da tragédia oca-sionada pelas fortes chuvas que as-solaram o estado de Santa Catarina no final de 2008. Aderiu à campanha “Santa Catarina: todos pela recons-trução legal” e, além de arrecadar do-ações e enviar para a Defesa Civil da-quele estado, apoiou e participou do Simpósio sobre Encostas e Enchentes no Vale do Itajaí, realizado no dia 16 de dezembro com a presença de cer-

ca de 30 profissionais da região.

Neste ano, a ABECE apoiou o curso promovido em Blumenau pela TQS Informática inti-tulado Análise Dinâmica de Estruturas de Concreto, ministrado pelo eng. Sergio Stolovas (mais informações so-bre o curso estão na página 13 desta edição).

Novas ações serão empreendidas pela delegacia regional recém-constituída,

que conta com a eng. Regina Hage-mann como delegada adjunta.

SP/Central

Delegacia Regional de BlumenauDelegado: eng. Luiz Carlos Gulias Cabral(47) [email protected]

Curso sobre cálculo de pilares de concreto armado chega a São Carlos

Delegacia Regional SP/CentralDelegado: eng. José Roberto L. Andrade Filho(16) [email protected]

O presidente da ABECE Marcos Monteiro participou do 14º CBENC (foto ao alto) e se reuniu com profissionais da região, entre elês o eng. Luis Carlos G. Cabral (à esq.), agora delegado regional de Blumenau

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ABECE INFORMA Ano 13 Nº 72 9

Recentemente, o CBCA (Centro Brasileiro da Construção em Aço)

lançou um novo manual da série Manual de Construção em Aço com o objetivo de orientar a escolha da estrutura por intermédio de uma análise da qualidade e viabilidade do investimento ou da de-terminação dos indicadores dos ganhos e riscos de um empreendimento.

Trata-se do Manual Viabilidade Econômica, cujo conteúdo foi des-trinchado pelos engenheiros Fernando Ottoboni Pinho e Fernando Cesar Firpe Penna, ambos autores da publicação, no encontro mensal promovido pela ABECE, em sua sede nacio-nal (São Paulo – SP), no dia 31 de março de 2009.

Quando e como construir em aço, a viabilidade econômica do em-preendimento e a análise deste em aço com uso de planilhas in-terativas foram as abordagens da palestra, que, no final, contou com a apresentação de alguns es-tudos de caso. O tema Viabilidade Econômica dos Edifícios é substancial para os que precisam apresentar a seus clientes uma resposta so-bre qual o melhor sistema cons-trutivo a ser adotado para uma obra em fase de implantação, escolha esta que envolve estru-

turas de concreto, madeira, aço e alu-mínio.

Portanto, escolher o melhor material a ser empregado depende de muito conheci-mento e, principalmente, de ferramentas para a devida comparação entre os vários métodos, ou de uma combinação deles.

Importância das iniciativas

“A palestra foi uma importante contri-buição e o manual do CBCA, apresentado na ocasião, é uma ótima ferramenta para este trabalho de comparação entre méto-

dos construtivos”, comenta o eng. Ricardo Azeredo Passos Candelária, associado da ABECE que participou do encontro.

Segundo ele, a planilha comparativa de-senvolvida pelo eng. Fernando Pinho para o CBCA é de fácil utilização e pode ser ajustada às necessidades específicas de cada usuário. “Trata-se, inclusive, de um trabalho que pode ser ampliado para ser empregado com outros materiais, como alumínio e madeira”.

Aliás, foi unânime entre os presentes a con-sideração de que o Manual da Construção em Aço produzido pelo CBCA, composto por vários volumes, é material de consulta obri-gatória por ajudar a enriquecer o conheci-mento dos engenheiros e técnicos sobre o uso das estruturas de aço em seus aspectos práticos, não apenas no projeto como tam-bém na construção e no acabamento.

“A ABECE, pela iniciativa em promover o encontro, e o CBCA, pelo excelente tra-balho, estão de parabéns e contamos que novas apresentações de igual qualidade sejam apresentadas. Esperamos, todos, que o CBCA continue a implementar seu Manual, tanto com novos volumes como com atualizações face à nova Norma Brasileira ABNT NBR 8800:2008”, finaliza o eng. Candelária.

A apresentação da palestra estádisponibilizada no site da ABECE(www.abece.com.br) – seção Eventos/Encontros Mensais.

Viabilidade econômica de edifícios em aço é apontadaem manual

Vice-presidente de Relacionamento da ABECE eng. Eduardo B. Millen (à esq.) apresenta os palestrantes Fernando Cesar P. Penna e Fernando Ottoboni Pinho

Participantes, como o eng. Ricardo Candelária (no centro), elogiaram material produzido pelo CBCA e iniciativa da ABECE em promover o encontro

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10 ABECE INFORMA Ano 13 Nº 72

Ultimamente, muito se tem ouvido falar do BIM (Building Information

Modeling) como uma nova tecnologia que promete revolucionar, principal-mente, o segmento de projetos.

Numa tradução simples, trata-se de um novo modelo de trabalho para a elaboração e o gerenciamento de da-dos de edifícios e seu principal objeti-vo é proporcionar maior produtividade e gestão eficaz durante todo o ciclo de vida dos edifícios.

É um modelo virtual de n dimensões. Uma base comum e integrável de in-formações e dados linkados, parame-trizados, compartilhados e organi-zados em três dimensões, tais como quantitativos, resistência de projeto, resistência obtida na obra, cronogra-ma. A premissa básica é a colaboração entre todos os envolvidos no processo (skateholders), nas diferentes bases, no ciclo de vida do empreendimento.

Para se ter BIM é necessário terComunicação, Integração e Interope-rabilidade.

Atenta a esta nova tendência, a ABECE convidou a arquiteta Miriam Roux A. Addor para o encontro mensal do dia 3 de março de 2009, na sede nacional da ABECE, em São Paulo (SP).

Público diversificado

Diante do auditório lotado por pro-fissionais de diferentes áreas de

atuação, Miriam discorreu sobre o tema Introdução ao BIM: Building Information Modeling e abordou des-de os fatores que beneficiam a im-plantação do processo BIM até as di-ficuldades e benefícios da implanta-ção, dando exemplos de ferramentas, introdução a IFC e a apresentação de exemplos práticos.

“Achei o público bastante receptivo e também um pouco ansioso, o que é normal frente a novos desafios que en-volvem muitas variáveis, como é o caso do BIM. Foram feitas perguntas bastan-te relevantes, além de comentários e sugestões de encaminhamentos junto a outras entidades de classe, que fo-ram bastante proveitosos”, destaca.

Formada em Arquitetura pela FAU-USP (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo), com pós-graduação em Engenharia de Produção pela Fundação Vanzolini (USP) e ex-tensão universitária em Administração de Empresas – Recursos Humanos (FGV), Miriam atuou como arquite-ta coordenadora de projetos (Método Engenharia) no período de 1990 a 1995, possui estágio para Desenvolvimento e Transferência Tecnológica no convênio Método - Magil (empresa canadense) em 1993, e é sócia-diretora da Addor & Associados Consultoria em Projetos e Qualidade S/C Ltda.

Novo processo

Com esta vasta experiência na área,

Miriam julga mais prudente tratar o BIM como “novo processo”, pois, para ela, quando muda-se a maneira de execução, há muitas reações que devem ser trabalhadas, como, por exemplo, empresas e profissionais que ainda não acreditam no BIM e acham difícil que dê certo, impondo barreira na questão das máquinas, que têm que ter ferramentas de har-dware mais potentes.

“Mas, a partir do momento em que todos passarem a se beneficiar com este processo, ele vai acabar sendo incorporado pela cadeia produtiva. É um trabalho, sem dúvida, bastante grande, uma vez que necessitamos do envolvimento de toda a cadeia: incorporadores, construtores, ges-tores, projetistas, fabricantes e fa-cilities. O BIM deve começar no dia em que se compra o terreno para fazer um prédio e terminar no dia em que este prédio for demolido”, justifica.

Por se tratar de mudança de pro-cesso e do envolvimento, até o mo-mento, de uma pequena parcela da cadeia produtiva, sua expectativa é que, aos poucos, esta participação seja ampliada e, de fato, haja mu-dança nos paradigmas de projeto e construção no Brasil.

A apresentação da palestra está dis-ponibilizada no site da ABECE (www.abece.com.br) - seção Eventos/Encontros Mensais.

Afinal, o que é o BIM e quais os seus benefícios?

Auditório lotado de profissionais de diferentes áreas de atuação acompanhou a palestra da arquiteta Miriam Roux A. Addor (à dir.) cuja abertura foi feito pelo vice-presidente da ABECE Eduardo B. Millen

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Já vem de longa data o importante relacionamento entre a ABECE e o

CBCA (Centro Brasileiro da Construção em Aço), haja vista o constante apoio e participação do CBCA nas atividades promovidas pela Associação e as ações desenvolvidas conjuntamente, entre elas a elaboração das Recomendações para Elaboração de Projetos Estruturais de Edifícios em Aço.

Para coroar esta relação, no início des-te ano, a diretoria da ABECE se reuniu com o Conselho do CBCA e elegeram uma série de trabalhos a serem desen-volvidos, sob a coordenação do eng. Flávio Correa D´Alambert, coordena-dor do Comitê Técnico de Construção Metálica constituído pela ABECE.

Entre as ações, estão a constituição de um curso para formação de projetistas

especializados em estruturas metáli-cas, promoção de cursos sobre a nova NBR 8800 nas regionais da ABECE, parti-cipação de representante da ABECE na elaboração de texto base da norma de execução de estruturas de aço, estímu-lo à produção de softwares com opção de dimensionamento pela nova NBR 8800, continuidade aos trabalhos sobre a revisão da NBR 14762 e NBR 14323, criação de um fórum de discussão no site do CBCA, promoção de ação junto às universidades para inserção de um currículo mínimo para cursos de gradu-ação de estruturas metálicas de aço.

“Como parte das ações discutidas, já procedemos à divulgação, aos associa-dos da ABECE, da realização da terceira turma do curso Sistemas Estruturais em Aço, promovemos uma palestra em nos-sos encontros mensais sobre o manual

de viabilidade econômica e estamos adequando, em nossos canais de comu-nicação, formas de contemplar as ativi-dades do CBCA”, reforça o presidente da ABECE eng. Marcos Monteiro.

Segundo o presidente, os três princi-pais objetivos para a promoção destas iniciativas são: desenvolver ações e ferramentas que aproximem os proje-tistas estruturais das soluções com a utilização de perfis metálicos; fortale-cer nos projetistas a convicção de que o mais importante não é o material a ser utilizado, mas sim a melhor solução para o problema do cliente; e buscar aproximação da ABECE dos projetistas especialistas em estruturas metálicas, mostrando que a Associação desenvolve trabalhos para os projetistas estrutu-rais em geral, e não para determinadas especialidades.

ABECE e CBCA fortalecem parceria

Dando continuidade à sua sistemáti-ca de apoio a eventos e atividades

relacionadas ao setor, a ABECE apoiou a realização, nos dias 12 e 13 de mar-ço, do Congresso Ecogerma 2009, re-alizado no Hotel Transamérica, em São Paulo (SP).

No dia 16 de abril, a palestra Pontos Polêmicos na Alvenaria Estrutural, com Arnoldo Wendler, promovida pelo IE-SP (Instituto de Engenharia de São Paulo),também contou com o apoio da ABECE.

Igualmente aconteceu com os cursosde EAD Planejamento e Gestão Ur-bana e Planejamento e Gestão Am-biental, desenvolvidos pela Univer-sidade de Santa Cruz, no Rio Grande do Sul, que terão início em maio.

O Cinpar 2009 – Congresso Internacio-nal sobre Patologia e Reabilitação de Estruturas, que acontecerá entre os dias 11 e 13 de junho, em Curitiba (PR), também conta o apoio da ABECE e terá uma de suas palestras ministra-das pelo diretor Thomas Garcia Car-mona.

Especialização em Patologia nas Obras Civis

Com apoio da ABECE, entre outras en-tidades, o curso de especialização em Patologia nas Obras Civis, promovido

pelo Instituto Idd, teve início no dia 20 de março de 2009, em São Paulo (SP), e em 27 de março, em Curitiba (PR). Dirigido a engenheiros, arquitetos, tec-nólogos e profissionais que pretendam aprimorar seus conhecimentos na área de patologia das construções, a espe-cialização tem carga horária total de 426 horas/aula e conta com corpo do-cente composto por renomados profis-sionais, entre eles o diretor da ABECE eng. Thomas Garcia Carmona.

O curso está sob a coordenação do Prof. Eng. José Roberto Saleme Filho (em São Paulo) e Prof. Cesar De Luca (em Curitiba). A aula inaugural em São Paulo contou com a presença de um convi-dado especial: o engenheiro espanhol Enrique González Valle, que proferiu palestra sobre controle da qualidade de projetos de estruturas de concreto. A turma de Curitiba contou com a pa-lestra do Prof. Dr. Paulo Helene para a aula inaugural do curso.

Intensificam-se os eventos apoiados pela ABECE

Aula inaugural em São Paulo contou com a presença de Thomas Carmona (diretor da ABECE e um dos professo-res do curso), Prof. Enrique González Valle (engenheiro espanhol convidado), Prof. Cesar De Luca (docente do IDD e coordenador do curso em Curitiba) e Prof. Dr. Antonio Carmona Filho (especialista em concreto armado e patologia de estruturas, um dos docentes do curso)

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A grande procura pela pós-graduação emProjeto de Estruturas de Concreto para Edifícios

Com inscrições encer-radas tão logo foram

abertas as vagas, tamanha a procura pelos interessa-dos, o curso de cálculo de pilares de concreto arma-do, promovido pela ABECE na sede nacional, em São Paulo (SP), nos dias 3 e 4 de abril de 2009, reuniu 40 participantes.

Ministrado pelo eng. Alio Ernesto Kimura, o curso tem o objetivo de abordar os principais aspectos re-ferentes ao cálculo de pila-res de concreto armado de forma prática, principal-mente no que se refere à análise das imperfeições geométricas e dos efeitos locais de 2ª ordem.

Uma das razões de seu su-cesso é a didática do instru-tutor em abordar o assunto

de forma clara e objetiva enfocando desde a visão geral do cálculo de pilares até as tendências e novas metodologias em sua análi-se, ressaltando os aspectos relevantes no projeto de pilares de edifícios.

Engenheiro civil pela Unesp/Bauru (Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho”) com pós-graduação em estruturas pela EESC-USP, Alio tra-balha na TQS Informática desde 2000 na área de desenvolvimento de siste-mas computacionais para engenharia de estrutu-ras, participa da comissão CT-301 responsável pela elaboração de comentá-rios da NBR 6118:2003 e é autor do livro Informática Aplicada em Estruturas de Concreto Armado.

Bem antes do prazo para o término das inscrições, o curso de pós-gradu-

ação lato sensu Projeto de Estruturas de Concreto para Edifícios, promovido pela ABECE, FESP (Faculdade de Engenharia de São Paulo) e TQS Informática, já ti-nha atingido o limite do número de vagas disponíveis.

“O sucesso do curso se deve ao seu cará-ter inovador e seu conteúdo programáti-co minuciosamente planejado de forma a introduzir e aplicar as técnicas de con-

cepção estrutural, de dimensionamento, de verificação e de detalhamento pre-conizadas pela recente atualização das normas técnicas envolvidas para projetar estruturas de concreto para edifícios”, comenta o eng. João Alberto Vendramini, vice-presidente de Marketing da ABECE e um dos coordenadores do curso.

Assim, o curso tem o propósito de formar profissionais devidamente habilitados a garantir a qualidade e segurança da cons-trução de edifícios. Com carga horária

total de 360 horas/aula, o programa foi desenvolvido em seis ciclos com duração máxima de 12 semanas cada um, sendo que em cada ciclo serão ministradas duas disciplinas.

A aula inaugural do curso foi realizada no dia 30 de abril de 2009 e as aulas do primeiro ciclo iniciaram no dia 4 de maio. Novas turmas estão sendo estu-dadas e os interessados devem consul-tar a FESP por intermédio do telefone (11) 3061-5022.

Curso de cálculo de pilares forma nova turma em São Paulo

Introdução aos conceitos de dinâ-mica, significado e interpretação

dos modos de vibração e projetos de estruturas resistentes a sismos foram alguns dos temas aborda-dos pelo curso Análise Dinâmica de Estruturas de Concreto.

Realizado pela TQS Informática, com apoio da ABECE, nos dias 13 e 14 de março de 2009, na Universidade Regional de Blumenau, em Blumenau (SC), o curso reuniu um grupo de 15 pro-fissionais muito interessados e ávidos por inovações.

O programa foi ministrado pelo especialista em Dinâmica de Estruturas Sérgio Stolovas, enge-nheiro de estruturas e assessor de projetos de bases de maquinarias pesadas e efeitos dinâmicos em geral. Ele está envolvido, desde 1985, em projetos de estruturas

em regiões sísmicas, em comi-tês de normas e em programas de mitigação de danos no Médio Oriente, América do Sul, Europa e Estados Unidos.

“Buscando sempre aperfeiçoar o programa, o eng. Stolovas tem acrescentado novas informa-ções aos temas, tornando-o me-lhor a cada realização. Além disso, foi muito importante sua iniciativa de promovê-lo em Blumenau após os tristes eventos ocorridos no ano passado, princi-palmente os graves deslizamentos de terra, resultantes do longo pe-ríodo de chuvas intensas que atin-giram a região”, explica o eng. Luiz Aurélio Fortes Silva, da TQS Informática.

Para o eng. Luiz Carlos G. Cabral, associado da ABECE em Blumenau que participou do curso e está

empenhado no pro-cesso de recons-trução legal da ci-dade, “foram dois dias de intensa transmissão de co-nhecimentos de forma didática e objetiva que for-neceram condições de iniciação ao es-tudo dos efeitos di-nâmicos nas estru-turas de concreto armado”.

Em Blumenau, profissionais participam de curso de análise dinâmica de estruturas de concreto

Da esq. p/dir. Elvis Fronza, Luiz Antônio Pasquali, Ralf Klein, Luiz Carlos Cabral, Moacir Rosa, Sergio Stolovas, Ronaldo Parisenti, Jair Pizzetti, Marcelo Macarini, Regina Hagemann, Rinaldi da Costa, Paulo Jorge Manuel, Moacir Cabral e Silva, Paulo Cesar Martins, Orlando Gomes e Edimo Rudolf

Eng. Alio Ernesto Kimura (à dir.) ministra curso em São Paulo

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Coordenado pelo eng. Valdir Silva

da Cruz, o Grupo de Valorização constituído pela ABECE se reuniu, no dia 26 de fevereiro de 2009, na sede nacional, em São Paulo (SP), para dar continuidade às ações que estão em andamento: tabela de ho-norários, Selo ABECE, PVA (Projeto Verificado ABECE) e Folha Zero.

Nos dias 4 de março e 15 de abril, o vice-presidente de Relacionamento da ABECE Eduardo Barros Millen re-presentou a entidade em mais uma reunião da CE-18.600.19 - Comissão de Estudo - Lajes e Painéis Alveolares de Concreto, que vem discutin-do a revisão da NBR 14681 - Lajes Alveolares. Os encontros acontece-ram na sede da ABCP (Associação Brasileira de Cimento Portland), em São Paulo (SP), e tratou da seguinte pauta: cisalhamento de lajes; efei-to diafragma, materiais, requisito de produtos; tolerâncias; e métodos de produção.

O eng. Valdir Silva da Cruz, mem-bro do conselho deliberativo da ABECE, marcou presença, como re-presentante da Associação, nas reu-niões do SIAC no PBQP-H, nos dias 6 e 27 de março, na sede da Asbea, em São Paulo (SP). Foram discutidos os critérios de avaliação do Siac e elaborada proposta para reunião em Brasília.

Um dos apoiadores do Seminário Estruturas de Concreto - Tendências, Projeto e Execução (promovido pela Pini), a ABECE esteve representada, no dia 11 de março, pelo vice-pre-sidente de Relacionamento Eduardo Barros Millen e pelo diretor Roberto Dias Leme.

A entrega do Prêmio Ranking ITCNet 2008, evento apoiado pela ABECE, aconteceu no dia 12 de março, no Milenium Centro de Convenções, em São Paulo (SP), e contou com a presença do presidente da ABECE Marcos Monteiro e dos vice-presi-dentes Eduardo Barros Millen e João Alberto de A. Vendramini. O presi-dente, inclusive, foi um dos convi-dados para entrega de prêmio a uma das construtoras homenageadas.

Representando a ABECE, o diretor

Jefferson Dias de Souza, esteve pre-sente, nos dias 18 de março e 1 de abril, nas reuniões do Grupo Técnico de Normalização Paredes de Concreto, realizadas na ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), em São Paulo (SP). Estão em discussão a norma de execução, a elaboração de um relatório sobre prática reco-mendada, o preparo de um texto da Norma de Projetos para edifícios e a organização de um workshop, previs-to para junho, para dirimir dúvidas sobre esta tecnologia.

Em 25 de março, o presidente da ABECE Marcos Monteiro participou da reunião da ABNT/CEE - Comissão de Estudo Especial de Lajes, que aconte-ceu na sede da FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), em São Paulo (SP).

Também na sede da FIESP, o pre-sidente Marcos Monteiro esteve, no dia 31 de março, em reunião plená-ria do DECONCIC/FIESP, da Cadeia Produtiva da Construção Civil.

Os integrantes do Comitê Técnico de Pontes e Grandes Estruturas, constituído pela ABECE, se reuni-ram na sede nacional da entidade, em São Paulo (SP), no dia 6 de abril, para dar continuidade às ações pro-gramadas.

O vice-presidente de Relaciona-mento da ABECE Eduardo B. Millen integrou, em nome da ABECE, a mesa-redonda Projetos Estruturais de Paredes de Concreto Moldadas no Local, promovida pela Editora Pini, no dia 14 de abril. Os convidados discutiram as premissas que devem pautar uma futura norma para pro-jeto desta natureza, à luz da NBR 6118, lançando, assim, as bases para a uniformização de práticas constru-tivas desse sistema.

A cerimônia de posse da nova di-retoria executiva do IE-SP (Instituto de Engenharia de São Paulo) acon-teceu em 23 de abril, na sede da própria entidade, e contou com a presença do vice-presidente de Relacionamento Eduardo B. Millen, representando a ABECE. O novo presidente do IE é o eng. Aluizio de Barros Fagundes.

EM TEMPO AGENDASeminário Patologia em EdificaçõesData: 19 de maio de 2009Local: Hotel Renaissance(São Paulo - SP)(11) [email protected]

VIII SBTA - Simpósio Brasileiro de Tecnologia das ArgamassasData: 19 a 22 de maio de 2009Local: Centro de Exposições Expo Curitiba (Curitiba - PR)www.sbta2009.com.br

3º Workshop - Concreto: Durabilidade, Qualidade eNovas TecnologiasData: 20 a 22 de maio de 2009Local: Centro Cultural de Ilha Solteira (Ilha Solteira - SP)www.dec.feis.unesp.br/workshop3

Curso Sistemas Estruturais em Aço na Arquitetura (Curso à Distância com Prof. Dr. Yopanan C.P. Rebello)Data: 29 de maio de 2009 (início)(21) [email protected]

CINPAR 2009 - 5º Congresso Internacional sobre Patologia e Reabilitação de EstruturasData: 11 a 13 de junho de 2009Local: Hotel Four Points By Sheraton (Curitiba - PR) www.cinpar2009.com.br

IX Seminário Desenvolvimento Sustentável e Reciclagem na Construção CivilData: 16 e 17 de junho de 2009www.ibracon.org.br/eventos/50CBC_beta/[email protected]

V Fenahabit - Feira Nacionaldas Tecnologias da Construçãoe HabitaçãoData: 17 a 21 de junho de 2009Local: Parque Vila Germânica (Blumenau - SC)www.fenahabit.com.br

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ESPAÇO DO PATROCINADOR

Perfis formados a frioValdir Pignatta e Silva

Edson Lubas Silva

Os perfis de aço formados a frio são cada vez mais viáveis para

uso na construção civil, em vis-ta da rapidez e economia exigidas pelo mercado. São eficientemente utilizados em galpões, coberturas, mezaninos e edifícios de pequeno porte. Podem ser projetados para cada aplicação específica, com di-mensões adequadas às necessidades do projeto de elementos estruturais leves, tais como terças, montantes e diagonais de treliças, travamentos, etc. A maleabilidade das chapas fi-nas de aço permite a fabricação de grande variedade de seções trans-versais, desde a mais simples can-toneira, eficiente para trabalhar à tração, até os perfis formados a frio duplos (seção-caixão), que devido à boa rigidez à torção (eliminando travamentos), menor área exposta, (reduzindo a área de pintura) e me-nor área de estagnação de líquidos ou detritos (reduzindo a probabili-dade de corrosão) oferecem solu-ções econômicas.

Como toda estrutura feita de aço, a construção pré-fabricada com per-fis formados a frio possui um tem-po reduzido de execução. Sendo compostos por chapas finas, possui leveza, facilidade de fabricação, de manuseio e de transporte, re-duzindo o custo de sua montagem e transporte. Entretanto, para o seu correto dimensionamento, é necessário conhecer com detalhes o comportamento estrutural, pois possui algumas particularidades

em relação às demais estruturas, tais como as de concreto ou mes-mo as compostas por perfis solda-dos ou laminados de aço. Por serem constituídas de perfis com seções abertas e de pequena espessura, as barras, que possuem baixa ri-gidez à torção, podem ter proble-mas de instabilidade, deformações excessivas ou atingir os limites da resistência do aço devido a esfor-ços de torção. Essa susceptibilida-de à torção ocorre até mesmo em

carregamentos aplicados no centro geométrico da seção transversal de vigas e de pilares, podendo tornar-se crítico caso a estrutura não seja projetada com soluções técnicas que minimizam esse efeito. Os co-nhecimentos dos esforços internos clássicos, ensinados nos cursos de resistência de materiais, momen-to fletores em torno dos eixos x e y, momento de torção e esforços cortantes paralelos aos eixos, não são suficientes para compreender

o comportamento das estruturas de seção aberta formadas por cha-pas finas. É necessário entender também outro tipo de fenômeno: o empenamento. A restrição ao em-penamento causa esforços internos cujo entendimento nem sempre é trivial. Por exemplo, um tirante constituído de um perfil Z, com o carregamento (força de tração) aplicado no centro geométrico da seção transversal produz tensões de compressão nas mesas desse perfil. Outro fenômeno comum nos perfis de seção aberta é a distorção da seção transversal, que consiste num modo de instabilidade estru-tural onde a seção transversal per-de sua forma inicial quando subme-tida a tensões de compressão.

Para facilitar o entendimento e orientar no dimensionamento cor-reto desse tipo de estrutura, o CBCA editou o manual “Dimensionamento de perfis formados a frio conforme NBR 14762 e NBR 6355”. Na edição, apresentam-se de forma didática fundamentos teóricos e exemplos de aplicação prática da norma bra-sileira para o dimensionamento de perfis de aço formados a frio: ABNT NBR 14762:2001. Certamente, esse conhecimento permitirá aos enge-nheiros mais bem avaliar a viabili-dade econômica de uma edificação em que se possam empregar perfis formados a frio de aço.

CBCA - Centro Brasileiro da Construção em Aço www.cbca-ibs.org.br

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COMPARTILHANDO EXPERIÊNCIAS

O ciúme entre gigantes - 2 No Brasil, na década de 30, no Rio de Janeiro,

destacou-se um professor, muito estudioso e interessado em publicar tudo o que era novida-de. Era Felipe dos Santos Reis. Era outra criatura polêmica. Um verdadeiro criador de caos e me-tia-se em diversas confusões com todos os que o criticavam. Não suportava a idéia de que alguém fosse melhor do que ele. Desde os bancos escola-res, era assediado pelos colegas nas vésperas dos exames, para esclarecimentos das aulas. Apenas Emilio Baumgart nada lhe perguntava. Um dia, na véspera de um exame de estruturas, Emilio aproximou-se dele, dizendo que necessitava de seu auxílio. Finalmente, o único colega esquivo, vinha pedir-lhe auxílio. O auxílio, entretanto, era apenas a tradução de diversos termos que Emilio somente conhecia em alemão, pois não assistia às aulas e só estudava em livros alemães!

A maior polêmica surgiu quando Felipe resolveu publicar, em 1930, no Boletim do Instituto de Engenharia de São Paulo, um artigo denominado “Os erros dos theoremas de Castigliano nos siste-mas isostáticos e hiperestáticos”. O artigo, sendo longo demais, foi publicado em duas partes, a se-gunda saindo no número seguinte. No número sub-seqüente, Felipe continuou insistindo no mesmo tema com o artigo “Ainda algumas ponderações sobre as nossas pesquisas relativas aos theoremas de A.Castigliano”, onde faz algumas generali-zações, procurando aplicar o teorema na deter-minação de reações isostáticas. Finalmente, em Janeiro de 1931, termina sua série de publicações com o artigo “Os nossos últimos resultados sobre as derivadas dos trabalhos de deformação, obtidas de um dos theoremas recentemente descober-tos”. Foi então que o Prof. Affonso de Toledo Pisa, da Escola Politécnica, não se conteve. Publica em Maio de 1931, na mesma revista, sua réplica: “Sobre as derivadas do trabalho de deformação”. Felipe poderia ter ficado quieto ao perceber seu erro. Mas, vaidoso como era, escreveu para a re-vista uma carta solicitando que fosse publicada sua réplica, o que se fez no número 76 de Julho. Não contente com a resposta, Toledo Pisa volta à carga e publica no número 77 de Setembro e co-meça com a frase: “Na redação de nosso artigo de Maio não fomos suficientemente claros de modo a sermos compreendidos pelo prezado articulista do Boletim” e procura explicar com detalhes as contradições encontradas.

Em seu extenso artigo publicado em Dezembro “Contribuição ao estudo dos systemas em geral pelo theorema do trabalho mínimo” procura amenizar a briga declarando: Ao Doutor Felipe dos Santos Reis apresentamos nossas excusas

pelo facto de só o citarmos em pontos em que estamos em desacordo com os seus trabalhos.Tal não envolve, como diria Poincaré “quelque inten-tion malveillante”. Com isto termina a polêmica, em que somente Santos Reis saiu perdendo...

Santos Reis vivia polemizando e esta não foi a últi-ma. Com o Prof. Maurício Joppert houve uma dis-cussão a respeito do cálculo do empuxo de terra encharcada, de um muro em Niterói. Contra tudo o que se fazia até então, Santos Reis foi contra o projeto, calculando o empuxo separando a fase sólida do solo da fase líquida. Na fase sólida ele descontava o empuxo de Arquimedes. Na fase lí-quida ele descontava a fração ocupada pelos grãos de terra. Resultava um empuxo muito menor do que o habitual. Os alunos de Joppert começaram a perguntar-lhe o que era certo, colocando Joppert em dificuldade diante dos alunos, pois estaria ensinando de maneira errada. Joppert, que era sempre ferino em disputas, ficou com o dilema: ou desmascarar Santos Reis, criando inimizades, ou perder seu prestígio diante dos alunos. O fato é que a pendência se prolongou durante meses, criando situações muito delicadas...

Outro fato polêmico criou-se entre o Prof. Lauro Modesto dos Santos e o famoso Prof. Telemaco van Langendonck, ambos participantes da re-dação da NB-1/78. Lauro havia publicado na re-vista ESTRUTURA, de Dezembro 1980, um artigo de grande ajuda aos escritórios de projeto: “Um novo processo aproximado de dimensionamento à flexão oblíqua composta”. Para mostrar que o processo era realmente bom, comparou os resul-tados com outros 10 processos aproximados co-nhecidos, dentre os quais o do Prof. Langendonck. Este, já famoso e prestigiado internacionalmente, não se conformou ao ver seu nome publicado com um processo aproximado dando erros maiores do que o novo processo de Lauro, e publicou comen-tários no número seguinte da revista, na seção “Correspondência”, usando frases como estas: “...devia mostrar ao autor em pauta que não po-dia ser usado...para tirar as conclusões...em face de sua substancial inadequação”. Lauro resolveu responder à carta de Langendonck, ponto por pon-to, o que foi publicado no número subseqüente da revista. Tudo não passou de um mal entendido pois que Langendonck se referia a armaduras dis-tintas nos cantos da seção, quando Lauro pensava apenas em armaduras simétricas, como sempre se faz na prática. Este acontecimento deplorável não precisava ter acontecido e Langendonck perdeu uma oportunidade magnífica de elogiar um belo trabalho de seu pupilo, crescendo ainda mais na admiração de seus contemporâneos!

Fora do Brasil, são inacreditáveis os ciúmes nas reuniões do CEB durante as discussões dos Códigos Modelos, porém mais por causa das nações envol-vidas do que das pessoas. São os chamados ciúmes patrióticos, principalmente envolvendo Alemanha e França. No campo do concreto ficaram famo-sas as discussões, desde os primórdios, entre Emil Mörsch, o criador do cálculo do concreto armado, e Dischinger, outro estudioso e participante da fir-ma Dickerhoff & Widmann, concorrente da firma Weyss & Freytag à qual pertencia Mörsch.

Em Munique, o Prof. Hubert Rüsch, por volta de 1955, tinha um ciúme doentio de Fritz Leonhardt a quem chamava de charlatão. Leonhardt ficou famoso pelas numerosas contribuições ao concre-to protendido, com numerosas obras e cálculos importantes. Rüsch, como consultor da Dickerhoff & Widmann, entrava constantemente em conflitos com Leonhardt. Muito ligado às normas de concre-to protendido que estavam começando a surgir, com muita participação de Rüsch e com divergên-cias de Leonhardt, constituiam freqüentemente motivo de disputas e desentendimentos. O fato é que eram os dois maiores gigantes do concreto protendido do mundo, em desavenças sem fim...

Na França, ficaram célebres as altercações entre Eugène Freyssinet e Paul Abeles. Este, após execu-tar dormentes de concreto protendido com fio ade-rente, chegou à conclusão de que as resistências eram as mesmas caso todo os fios fossem esticados com a força máxima ou se uma fração deles ficas-se sem protensão. Em ambos os casos a carga de ruína era a mesma, porém a peça com protensão total apresentava na ruína fissuras menores e fle-chas reduzidas.Decorridos alguns anos, entretanto, a protensão residual na peça com protensão total era muito mais baixa por causa das elevadas per-das lentas. Freyssinet insultou Abeles no Congresso de Liège, dizendo que, ao instalar as rodas de seu carro, ele procurava apertar as porcas sempre com a máxima força possível e nunca apertar algumas e deixar as demais frouxas. Isso causou hilariedade geral e Abeles sentiu-se menosprezado. Ele não vi-veu o suficiente para perceber que o mundo seguiu suas idéias e não as de Freyssinet!

Se você, caro leitor, conhece alguns casos de disputas, guarde-os para si. Não haverá qualquer vantagem em torná-los públicos. Sempre irritará alguns ânimos e você pode passar por mentiro-so... Ninguém gosta de ser criticado e prefere fi-car na ilusão de que seu erro não foi percebido.

Augusto Carlos de VasconcelosEngenheiro Consultor

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