3º caderno de resumos de práticas administrativas padi fvr 2014
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3º CADERNO DE RESUMOS DE
PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS
PADI FVR 2014
UNIÃO DAS INSTITUIÇÕES DE SERVIÇOS,
ENSINO E PESQUISA LTDA
2014-1
2
III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
PADI - JUNHO 2014-1
INSTITUIÇÃO ORGANIZADORA
UNISEPE
União das Instituições de Serviços, Ensino e Pesquisa Ltda
Faculdades Integradas do Vale do Ribeira – FVR
COMISSÃO ORGANIZADORA
Abigail Deolinda Lunelli Pinto
Adelmo Magalhães de França
Afroditi Jean Cartsounis Leite
Agenor de Faria Júnior
Camila Santos
Carlos Eduardo Pinto
Eduardo Halt
Jose Luis Tamekishi Osawa
Mario Sergio Almeida Muniz
Marise Gonçalves de Oliveira
Paulo Marcel de Souza Leite
Rui Alexandre Sibilio
COMISSÃO CIENTÍFICA
Prof Dr Andreia Aparecida Barbosa
Prof Msc Abigail Deolinda Lunelli Pinto
Prof Msc Adelmo Magalhães de França
Prof Msc Agenor de Faria Junior
Prof Msc Carlos Eduardo Pinto
Prof Msc Mario Sergio Almeida Muniz
3
III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
PADI - JUNHO 2014-1
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO 03
RESUMOS 03
INDÍCE DE RESUMOS
01 – LIDERANÇA: RELAÇÃO LÍDER E LIDERADO 07
02 - PODER DA LIDERANÇA 14
03 – LIDERANÇA: RELAÇÕES E INFLUÊNCIAS NO MUNDO ORGANIZACIONAL
23
04 - EXPORTAR É PRECISO: OS BENEFÍCIOS DA EXPORTAÇÃO PARA A ECONOMIA DO BRASIL
28
05 - EXPORTAR É PRECISO: COMÉRCIO EXTERIOR, OS PRINCIPAIS TRIBUTOS, AS SUAS PRINCIPAIS BARREIRAS E A IMPORTÂNCIA DE EXPORTAR
35
06 - GESTÃO DA QUALIDADE: EVOLUÇÃO E IMPORTÂNCIA 41
07 - A NECESSIDADE DE UMA GESTÃO DA QUALIDADE EFICAZ PARA MANTER-SE NO MERCADO
47
08 - MUDANÇA ORGANIZACIONAL: COMUNICAÇÃO, FACILITADOR NO PROCESSO DE MUDANÇA
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09 - VISÃO AMPLIADA DOS BENEFÍCIOS QUE COMPÕEM OS PRODUTOS
61
10 – PRODUTO: A PRINCIPAL VARIÁVEL CONTROLÁVEL 67
11 – MARKETING: 4 “Ps”, DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS E PROCESSOS
74
12 - ABORDAGEM CONTINGENCIAL: ADAPTAÇÃO DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL À ESTRATÉGIA
81
13 – ADMINISTRAÇÃO: NOVOS MODELOS ORGANIZACIONAIS E ABORDAGEM CONTIGENCIAL
89
14 - TEORIA DA CONTINGÊNCIA: UMA MANEIRA RELATIVA DE ORGANIZAÇÕES SE ADEQUAREM AO MUNDO
94
15 - PROCESSOS DA CADEIA DE SUPRIMENTOS 103
16 - A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS 111
17 - PROCESSO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS: GERENCIANDO A CADEIA DE SUPRIMENTOS
120
18 - MUDANÇA ORGANIZACIONAL 129
19 - AS MUDANÇAS ORGANIZACIONAIS PLANEJADAS PARA A SOBREVIVÊNCIA DAS ORGANIZAÇÕES
137
20 - AS MUDANÇAS ORGANIZACIONAIS NO CONTEXTO GLOBAL 145
21 - VANTAGENS E BENEFÍCIOS DO PLANO DE CARREIRA 153
22 - PLANEJAMENTO DE CARREIRA: DEFINIÇÕES E BENEFÍCIOS 158
23 - AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO: UMA CONTRIBUIÇÃO PARA
ATINGIR METAS E DECISÕES MAIS ACERTADAS 162
24 - AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO NAS ORGANIZAÇÕES 168
25 - AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO ALIADA AOS INTERESSES DAS PESSOAS E DA ORGANIZAÇÃO
175
26 - ESTRATÉGIAS DE INOVAÇÃO NA GESTÃO DE LOGÍSTICA 180
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PADI - JUNHO 2014-1
27 - TÉCNICAS DE GESTÃO E EMPREENDEDORISMO: ESTRATÉGIAS DE INOVAÇÃO NA GESTÃO DE LOGÍSTICA
195
28 - ÉTICA NA NEGOCIAÇÃO: NATUREZA MORAL E PROFISSIONLISMO 205
29 - ÉTICA NA NEGOCIAÇÃO 214
30 - ÉTICA NA NEGOCIAÇÃO EMPRESARIAL 225
31 - ORGANIZAÇÃO E GERÊNCIA: QUADRO DE FUNCIONÁRIOS 232
32 - PLANO DE MARKETING: CONCEITOS E ESTRATÉGIAS 236
33 - O PAPEL DO GESTOR NA ADMNISTRAÇÃO PÚBLICA 243
34 - O GESTOR NA ADMINISTRAÇAO PÚBLICA 251
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PADI - JUNHO 2014-1
APRESENTAÇÃO
O Ensino Superior tem o desafio de promover atualizações profissionais e a busca
do conhecimento é de suma importância à qualidade do ensino e do reconhecimento dos
esforços individuais dos alunos para ampliar o número de diplomados. Assim demonstrar
a importância do programa de iniciação científica para o estudante do curso superior é
também papel desafiador considerando a necessidade de complementar e melhorar a sua
análise crítica, maturidade intelectual, compreensão da ciência e possibilidades futuras
tanto acadêmicas como profissionais.
O caderno de Práticas Administrativas envolve publicações dos Cursos de
Administração, Gestão de Recursos Humanos, Logística e Processos Gerenciais,
enfatizando a gestão empresarial como premissa para o desenvolvimento social e
econômico. Porem adota uma metodologia de trabalho que possibilite aos educando
momentos de descobertas prazerosas e não de angústia em relação a esta ferramenta da
aprendizagem.
Os estudos apresentam como base a revisão bibliográfica na área de gestão, cujos
objetivos são encontrar caminhos plausíveis para se obter uma avaliação significativa,
bem como verificar o conjunto de medidas tomadas para atingir objetivo da aprendizagem dos discentes, analisando os desafios que perpassam, buscando
perspectivas inovadoras para uma aprendizagem satisfatória. Acredita-se que este é um
processo que contribui para a formação de profissionais capacitados na área de gestão
empresarial como premissa para o nosso desenvolvimento social e econômico.
Cabe ressaltar que o mercado necessita de profissionais críticos, inovadores,
integrados à contemporaneidade e às possibilidades que ela anuncia para todas as áreas.
Para o Ensino Superior, isso se traduz em busca de uma nova fórmula. Os alunos em
nossas salas de aula já exigem isso.
Carlos Eduardo Pinto
Organizador
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RESUMOS 01 – LIDERANÇA: RELAÇÃO LÍDER E LIDERADO
Alana Larissa Muniz Araújo¹;
Cleize Lorendi Nunes¹; Daniella Safenraider¹;
Heloise da Silva Cassiano¹; Mirian Santiago Dias¹;
Murilo Gonçalves Alves¹; Samara Gonçalves Martins¹; Thais Danielly Gomes Silva¹;
Vandiele da Cruz¹; Rui Alexandre Sibilio²;
Camila Santos3; RESUMO Este texto tem como objetivo esclarecer o significado de “Liderança” e a “Relação entre líder e liderados” nos dias atuais, onde é necessário um estudo para poder entender os métodos de como liderar pessoas com sucesso. Assim, este trabalho tem a intenção de justificar diversas teorias classificadas em teorias de traços de personalidade, situacionais e sobre estilos de liderança, cada qual com características próprias, pesquisadas no decorrer dos tempos por grandes autores, que procuraram definir as características, o comportamento e a influência nessa relação entre líder e seus liderados. Analisando essas teorias é possível observar que elas possuem fundamentos distintos, mas que são fundamentais para a formação de um líder disposto a trabalhar em conjunto com sua equipe, promovendo satisfação em ambas as partes, definindo metas e objetivos de qualidade e alcançando ótimos resultados para o crescimento conjunto da organização. Palavras-Chave: Liderança; Influência; Poder; Autoridade.
1 Graduandos do Curso de Administração das Faculdades Integradas do Vale do Ribeira (FVR), Registro, SP. 2 Graduado em Psicologia (UNIP). Pós graduado em psicoterapia (USP). Atua nas áreas da psicologia clínica e consultoria empresarial. Professor das Faculdades Integradas do Vale do Ribeira.
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3 Graduada em Comunicação Social (UNISO). Licenciada em Letras pela Universidade de Anhanguera (UNIDERP). Especialista em Psicopedagogia pelas Faculdades Integradas do Vale do Ribeira.
INTRODUÇÃO
O conceito ou significado de liderança ainda é um dos temas mais estudados por
profissionais do ramo quando se quer entender a relação de líderes e liderados. Para se
chegar ao que atualmente entendemos como liderança, foram criadas diversas teorias,
tais como: Teoria dos Traços, dos Estilos de Liderança autocráticos, democráticos e
liberais, entre outras.
A liderança está presente em todos os tipos de organização, seja em instituições,
na educação, no esporte, na política e até mesmo na família. Sua influência está
relacionada no processo de comunicação humana para a realização de metas a serem
atingidas.
O líder pode despertar dois conceitos distintos sob seus liderados: a motivação ou
o desinteresse; isso ocorre devido as suas exigências impostas e o modo no qual ele
relaciona-se em seu cotidiano, deve buscar a satisfação e o desenvolvimento dos seus
colaboradores através de uma relação envolvendo conhecimento de causa, humildade,
respeito e carisma para que não venha a ocorrer o mal desenvolvimento da sua própria
organização. O sucesso de um líder depende da sua total interação nas habilidades
técnicas, conceituais e humanas, que deve ser aplicada em diversos grupos hierárquicos
dentro da empresa.
Nessa relação é necessária a confiança de ambas as partes, pois o progresso de
uma empresa não depende apenas do fundador, também é necessário o interesse dos
funcionários para que haja o sucesso primordial em todos os setores, assim a empresa
evolui trazendo benefícios para o seu público-alvo.
Portanto, este estudo tem como objetivo buscar respostas e um amplo caminho
para a convivência nas equipes, mostrando as principais e mais conceituada teorias e
divergências do ramo.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 ENFOQUES DA LIDERANÇA
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De acordo com CHIAVENATO (1999), enfatiza que existe uma diferença entre
liderança como uma qualidade pessoal e a liderança como função. Já MACCOBY (1997)
define liderança com base em quatro grandes funções: pôr em funcionamento uma
política, conceber uma estratégia, mobilizar equipes e fazer alianças criando uma cultura
de empresa que seja motivadora.
HOLLANDER (1978) conceitua liderança como um processo que envolve
relacionamento de influência em duplo sentido orientado principalmente para o
atendimento de objetivos mútuos, tais como aqueles de um grupo, organização ou
sociedade. Portanto, segundo o autor, a liderança não diz respeito apenas ao cargo do
líder, mas também requer a cooperação de outras pessoas. O destaque é a liderança
como um processo de dupla via entre líder e liderados.
HEIFETZ (1999), afirma que frequentemente liderança e autoridade são dois
conceitos conflitantes. Muitas pessoas em cargos de autoridade não sabem exercer a
liderança. Outras a exercem sem autoridade, simplesmente pelo fato de identificarem um
problema em determinado setor e terem condições de mobilizar as pessoas as pessoas
para solucioná-lo.
Segundo VERGARA (1999), administradora e pedagoga, a liderança está
associada a estímulos, incentivos que podem motivar as pessoas para a realização da
missão, da visão e dos objetivos empresariais. Como funções importantes do líder, a
autora aponta perscrutar o ambiente externo, estando atenta a mudanças; contribuir para
a formação de valores e crenças organizacionais dignificantes para satisfação das
pessoas; e ser hábil em clarificar problemas.
BASS (1990) assinala que uma pessoa não se torna um líder pelo fato de possuir
uma determinada combinação de traços, mas o padrão de características pessoais do
líder que deve manter um relacionamento que seja relevante às características, atividades
e objetivos dos seguidores.
Finalmente BERGAMINI (1994) considera que todas as teorias conservam o
denominador comum de que a liderança envolve duas ou mais pessoas e se trata de um
processo de influência exercido de forma intencional por parte do líder sobre seus
seguidores. A autora situa como desafios centrais da liderança: motivar, inspirar,
sensibilizar e comunicar.
Para BRYMAN (1992) a teoria dos traços tem a premissa de que os líderes
possuem traços de personalidade que os auxiliam em seu papel. De acordo com esse
enfoque, o indivíduo já nasce líder.
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Três grandes tipos de traços:
Fatores físicos: têm relação com as características físicas do indivíduo,
como altura, energia, peso, aparência física e idade.
Habilidades: inteligência, fluência verbal, escolaridade e conhecimento são
tidos como características facilitadoras da liderança.
Aspectos da personalidade: moderação, introversão, extroversão,
dominância, ajustamento pessoal, autoconfiança, sensibilidade interpessoal e controle
emocional são as características mais atuantes na aceitação ou não de um líder.
2.2 ESTILOS DE LIDERANÇA
Para LICKERT (apud BERGAMINI,1994) existem dois estilos de chefia que
representam os extremos entre participação e submissão: a liderança orientada para o
empregado, com maior envolvimento dos subordinados e a liderança orientada para a
produção, na qual os empregados apenas seguem as determinações da chefia. A
variação entre os graus de autocracia e democracia é apresentada em quatro padrões:
Sistema 1: relação com pouca interação, baseada no medo e na
desconfiança, com alto controle no topo da organização.
Sistema 2: existe alguma confiança na relação. Os objetivos são
estabelecidos no topo da organização, porém há algum controle em nível mais
intermediário.
Sistema 3: os chefes confiam nos subordinados, mas não totalmente.
Algumas decisões podem ser tomadas pelos subordinados, que são recompensados e se
sentem responsáveis pelo alcance dos objetivos na organização.
Sistema 4: os chefes têm confiança total nos subordinados, que participam
das decisões dentro da organização, havendo envolvimento no estabelecimento e no
alcance dos objetivos. Há comunicação entre todos os níveis e entre colegas.
Segundo ROBBINS (1999) foram realizados estudos sobre o comportamento dos
líderes com o objetivo de identificar características relacionadas com a eficácia e de
definir os estilos de liderança:
Estrutura inicial:extensão em que um líder define seu papel e o dos
subordinados para a realização de metas.
Consideração: relações de trabalho caracterizadas por confiança mútua,
respeito às ideias dos subordinados e interesse por seus sentimentos.
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De acordo com CHIAVENATO (2012) a teoria mais conhecida que explica a
liderança por meio de estilos de comportamento, sem se preocupar com as características
pessoais de personalidade do líder, refere-se a três estilos de liderança: autoritária, liberal
(laissez-faire) e democrática. White e Lippitt fizeram uma pesquisa para analisar o
impacto provocado por esses três diferentes estilos de liderança em quatro grupos. A
direção de cada grupo era desenvolvida por líderes que utilizavam estilos diferentes.
Liderança autocrática: o líder centraliza as decisões e impõe suas ordens
ao grupo. O comportamento dos grupos mostrou forte tensão, frustação e agressividade,
de um lado, e, de outro, nenhuma espontaneidade, nem iniciativa, nem formação de
grupos de amizade. Embora aparentemente gostasse das tarefas, não demonstraram
satisfação com ralação à situação. O trabalho somente se desenvolvia com a presença
física do líder. Quando este se ausentava, as atividades paravam e os grupos expandiam
seus sentimentos reprimidos, chegando a explosões de indisciplina e de agressividade.
Liderança liberal: o líder delega totalmente as decisões ao grupo e deixa-o
totalmente à vontade e sem controle algum. Embora a atividade dos grupos fosse intensa,
a produção foi medíocre. As tarefas se desenvolviam ao acaso, com muitas oscilações,
perdendo-se tempo com discussões voltadas mais para motivos pessoais do que
relacionadas com o trabalho em si. Notou-se forte individualismo agressivo e pouco
respeito ao líder.
Liderança democrática: o líder conduz e orienta o grupo e incentiva a
participação democrática das pessoas. Houve formação de grupos de amizade e de
relacionamentos cordiais entre os meninos. Líder e subordinados passaram a desenvolver
comunicações espontâneas, francas e cordiais. O trabalho mostrou um ritmo suave e
seguro, sem alterações, mesmo quando o líder se ausentava. Houve um nítido sentido de
responsabilidade e de comprometimento pessoal, além de uma impressionante integração
grupal, dentro de um clima de satisfação.
Os grupos submetidos à liderança autocrática apresentaram maior quantidade de
trabalho produzido. Sob a liderança liberal não se saíram bem quanto à quantidade e
quanto à qualidade. Com a liderança democrática, os grupos apresentaram um nível
quantitativo de produção equivalente à liderança autocrática, com uma qualidade de
trabalho surpreendentemente superior.
2.3 RELAÇÕES ENTRE LÍDER E LIDERADOS
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Para CHIAVENATO (2001), a liderança é uma função das necessidades
existentes numa determinada situação e consiste numa relação entre um indivíduo e um
grupo. A relação entre líder e subordinados repousa em três generalizações, a saber:
a. A vida para cada pessoa constitui uma contínua luta para satisfazer
necessidades, aliviar tensões e manter o equilíbrio.
b. A maior parte das necessidades individuais, em nossa cultura, é satisfeita
por meio de relações com outros indivíduos ou grupos sociais.
c. Para todas as pessoas, o processo de usar relações com outros
indivíduos é um processo ativo – e não passivo – de satisfazer necessidades. Em outros
termos, a pessoa não espera passivamente que a relação capaz de proporcionar-lhe os
meios de satisfazer uma necessidade ocorra naturalmente, mas ela própria procura os
relacionamentos adequados para tanto ou utiliza aqueles relacionamentos que já existem
com o propósito de satisfazer suas necessidades individuais.
Esse conceito repousa numa relação funcional em que um líder é percebido por
um grupo como o possuidor ou o controlador dos meios para a satisfação de suas
necessidades. Assim, segui-lo pode constituir para o grupo um meio para aumentar a
satisfação de suas necessidades ou de evitar sua diminuição. O líder surge como um
meio ou instrumento para a consecução dos objetivos desejados por um grupo. Nesse
sentido, o líder é um estrategista que sabe indicar os rumos que as pessoas devem
seguir.
Segundo BURNS (1978), líderes e seguidores elevam um ao outro a níveis mais
altos de moralidade e motivação. Esse tipo de influência aumenta o grau de
conscientização e envolvimento e ativa a busca da auto-realização.
FIEDLER (1967) propõe que o desempenho da liderança depende então da
organização quanto dos atributos do próprio líder. Exceto talvez em casos pouco comuns,
é simplesmente insignificante falar-se de um líder eficaz ou de líder ineficaz; pode-se
simplesmente falar de um líder que tende à eficácia numa situação particular e ineficácia
em outras. Se quisermos aumentar a eficácia organizacional e grupal, temos que
aprender não apenas a desenvolver líderes mais eficazmente, como também a construir
um ambiente organizacional no qual o líder possa desempenhar-se bem.
De acordo com BERGAMINI (2005), o líder passa a ser visto favoravelmente pelo
seu seguidor. Por outro lado, o líder também precisa estar motivado para tanto e isso
significa necessariamente querer liderar. O verdadeiro líder solicitado pelo grupo precisa
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ser eficaz a ponto de manter o grupo coeso, de interpretar aquilo que está ocorrendo e
fixar, assim, a melhor direção a seguir. Isso é o que esperam dele os seus seguidores.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A inconstância em relação às teorias que exemplifiquem o real teor de líder e
liderança nunca parou de ser pesquisado, o que por sua vez, se estende até a atualidade.
O estudo retratou algumas das principais teorias que são consideradas
fundamentais no princípio da formação de um líder, fornecendo informações necessárias
para o processamento de uma metodologia a ser adotada pelo profissional administrativo.
Portanto, foi possível analisar que a liderança não deve focar somente na figura
do líder, mas também em seus liderados e em toda a subjetividade de cada indivíduo. Ela
está associada em saber lidar com todo tipo de situação, independente do grau de
gravidade de qualquer problema eventual que surgir, seja ele, simples ou complicado,
procurando sempre agir em prol da solução e dos objetivos requeridos e idealizados pelo
líder do grupo ou da empresa. É saber conviver, direcionar e conduzir as pessoas de
acordo com cada comportamento e estilo individual ou coletivo, dando prioridade ao
diálogo, ao conhecimento e principalmente ao respeito mútuo na relação de ambos.
REFERÊNCIAS BERGAMINI, C.W. Motivação e liderança: uma questão de estilo.Editora Atlas. 2005.
CHIAVENATO, I. Teoria Geral da Administração. Editora: Makron Books. 2002.
FLEURY, M.T.L. Liderança, poder e comportamento organizacional. Editora: Gente.
2002. MACCOBY, M. O líder e a liderança. Editora: Gente. 2002.
HOLLANDER, E.P. O líder e a liderança. Editora: Gente. 2002.
HEIFETZ, R. Motivação e liderança: uma questão de estilo.Editora Atlas. 2005.
ROBBINS, S.P. Teoria dos estilos de liderança. Editora: Gente. 2002.
BURNS, J.M. Teorias de liderança. Editora: Gente. 2002.
FIEDLER, F.E. Motivação e liderança: uma questão de estilo. Editora Atlas. 2005.
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02 - PODER DA LIDERANÇA
Anderson Ferreira Ribeiro1; Egle Pedroso Paulino da Silva1;
Eliton Pontes Azevedo 1; Everton Patrik Jorge1;
Gustavo Andre do Prado1; Jessica Lira1;
Jhonatan Alves Silva1; Lucas Cabral1;
Rui Alexandre Sibilio2; Camila Santos3;
RESUMO A liderança é tratada de forma objetiva dando ênfase para os administradores em função de seu papel, a amostra de resultados experimentais onde a eficácia e eficiência do grupo e a organização são profundamente influenciadas pelas atividades do líder. O estilo comportamental os pequenos fenômenos são causados pela liderança, Influenciando diretamente toda equipe. As abordagens elaboradas nesta resolução estudam as perspectivas registradas em artigos científicos de grandes nomes das teorias administrativas. Trata-se nas fundamentações teóricas as sínteses e abreviações sobre os tópicos mais influentes no mercado atual, gerência e liderança, a personalidade do líder, sua função e seu papel motivacional assim como os diversos tópicos. Palavras Chave: Liderança, grupo, empresa. 1 Graduandos do Curso de Administração das Faculdades Integradas do Vale do Ribeira (FVR), Registro, SP. 2 Graduado em Psicologia (UNIP). Pós graduado em psicoterapia (USP). Atua nas áreas da psicologia clínica e consultoria empresarial. Professor das Faculdades Integradas do Vale do Ribeira. 3 Graduada em Comunicação Social (UNISO). Licenciada em Letras pela Universidade de Anhanguera (UNIDERP). Especialista em Psicopedagogia pelas Faculdades Integradas do Vale do Ribeira.
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PADI - JUNHO 2014-1
1 INTRODUÇÃO
O foco principal da liderança é o processo de influenciar, criar ações que facilitem o
movimento de um grupo rumo a metas comuns e compartilhadas em todos os tipos de
organizações humanas, seja nas sociedades, empresas, empreendimentos, clubes ou
departamentos.
Conhecer a natureza humana e saber conduzi-las, é liderar, pois além de envolver
pessoas ela também envolve a distribuição do poder entre os líderes e os membros do
grupo.
“O líder é a pessoa que de perto atende às normas e aos valores do grupo. Essa
conformidade da a ela a mais alta posição, que atrai as pessoas e implica o direito de
assumir controle do grupo” (HOMANS 1950)
A linha de pesquisa utilizada são autores conceituados, como: (CHIAVENATO, LAS
CASAS, FREEMANTLE, SPECTOR, BERGAMINI).
O resumo da pesquisa nos mostra que o líder através de ações obtém da
corporação e das pessoas o respeito, estabelecendo e desenvolvendo uma direção aceita
por todos. A ausência de um líder na empresa acarreta dificuldade para o grupo trabalhar.
A esse respeito, Lobos (1978:299-310) assinala que “o verdadeiro líder prescinde da
relação de dependência, em que a influência resulta de algum tipo de temor, por parte do
profissional, de que o poder coercitivo venha a ser exercido pelo superior”.
Hoje em dia, a qualidade do líder é reconhecida universalmente. Basicamente, o
líder deveria além de servir de exemplo, possuir e talvez, até mesmo personificar as
qualidades esperadasou requeridas em seu grupo de trabalho.
O estudo sobre liderança tem por finalidade conhecer a relação de trabalho e a
motivação que o líder tem em uma empresa. O objetivo deste trabalho é realizar um
estudo sobre o poder de um líder em seus fatores de influenciar.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 OS CONCEITOS DE LIDERANÇA
Primeiramente sem liderança não há organização. “Liderança” é a capacidade de
liderar, conduzir, é uma forma de dominação baseada no prestígio e aceita pelos
dirigidos. “(dicionário Aurélio). E também, segundo o dicionário, “o indivíduo que chefia,
comanda ou orienta em qualquer tipo de ação, empresa ou linha de ideias”, dotado de
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
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uma inteligência superior ou mística, como muitos pensam. Liderança é um atributo nato
no indivíduo e uma habilidade a ser desenvolvida por qualquer pessoa que assim o
desejar. Mas o que entendemos sobre Liderança?
Toda atividade praticada por uma pessoa, conduz ações e influenciam o
comportamento de outros, pois o líder deve possuir o objetivo de se comunicar, mostrar
sua visão aos seus subordinados, ser confiante, e estar sempre aprendendo com os
acontecimentos gerados dentro e fora da organização.
Segundo Heifetz (1999, p. 62), afirma que a liderança e autoridade são conceitos
conflitantes, pois muitas pessoas em cargo de autoridade não conseguem exercer a
liderança, ao contrário de outras que exercem sem autoridade.
Chiavenato (1994, p. 146) define liderança como sendo “um processo que
influencia e induz o que uma pessoa exerce sobre outras, conforme a necessidade e
situação, que as levam a realizar um ou mais objetivos”.
"Liderança é um conjunto de práticas observáveis que podem ser aprendidas”.
(Kouzes e Posner, 1999). Desafiar o processo; inspirar uma visão compartilhada;
capacitar os outros para agir; modelar o caminho; encorajar o coração é algumas dessas
habilidades.
2.2O PERFIL DO LÍDER
Conforme a literatura levantada por vários pesquisadores o papel desempenhado
pelo líder dentro da Organização nos últimos tempos, tem buscado trazer uma
necessidade maior de desenvolver cada vez mais ambientes produtivos. Ao comparar os
diferentes estilos da liderança, serão apontadas algumas contestações no perfil do líder.
Las Casas (1993) aponta os três estilos de liderança mais comuns nas
organizações. Através dele é possível comparar as diferenças entre um e outro. Embora
aparentemente as empresas estejam mais avançadas e abertas às mudanças no cenário
competitivo é bastante comum se deparar com líderes autocráticos, despreparados como
na liderança livre e poucas vistas com líderes democráticos.
Estes estilos variam conforme o líder. No estilo de liderança autocrático, Las
Casas (1998, p. 44) define “o administrador é quem dá as ordens”, de modo a centralizar
toda a tomada de decisão ocasionando ambientes desfavoráveis as equipes de trabalho.
Esse tipo liderança é ultrapassado embora ainda exista. Na liderança democrática, Las
Casas (1998, p.44) cita que “o administrador procura orientar o grupo a encontrar si
mesmo, a solução para seus problemas, fazendo-o participar e decidir na direção da
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melhor solução”. O autor relata que o gerente não deixa de consultar as pessoas em
determinadas situações, mesmo assim, a decisão final é dele. O estilo de liderança livre é
definido como um estilo voltado para a liberdade, onde a gerencia não envolve
diretamente nas tomadas de decisões, e procura manter seus colaboradores motivados e
com autonomia. Os estilos de lideranças podem ser classificados de diversas maneiras,
no contexto atual deve-se buscar caracterizar um estilo que melhor se adapte, com a
realidade da organização. As abordagens mais recentes sobre o tema liderança podem
ser focadas de acordo com quatro teorias: teoria de atribuição de liderança, liderança
carismática, liderança transacional versus transformacional e liderança visionária,
conforme Robbins (1998).
Segundo CHIAVENATO (2003) as teorias sobre estilos de liderança são teorias
que estudam a liderança em termos de estilos de comportamento do líder em relação aos
seus subordinados. A abordagem dos estilos de liderança se refere aquilo que o líder faz,
isto é, o seu estilo de comportamento para liderar.
A teoria mais conhecida refere-se a três estilos de liderança: AUTOCRÁTICA (o
líder centraliza as decisões e impõe suas ordens ao grupo, desenvolvendo a
agressividade, tensão, frustração e nenhuma espontaneidade do grupo, impedindo o
relacionamento interpessoal entre eles. O trabalho só se desenvolve com a presença do
líder), LIBERAL (o líder delega totalmente as decisões ao grupo, deixando-os sem
controle, apesar da intensidade de suas funções a produção tornava-se medíocre.
Imperava-se o individualismo agressivo e pouco respeito ao líder.), e DEMOCRÁTICA (o
líder conduz e orienta o grupo incentivando a participação democrática das pessoas. Líder
e subordinados desenvolveram comunicações espontâneas, francas e cordiais. Houve
uma grande integração grupal dentro de um clima de satisfação).
2.3A DIFERENÇA ENTRE LÍDER E GERENTE
Segundo Penteado (1969, p. 1), o líder pode ser definido como “[...] pessoas que
vão à frente para guiar ou mostrar o caminho, ou que precede ou dirige qualquer ação,
opinião ou movimento”.
Para Hersey e Blanchard (1986, p. 105) a liderança é um desencadeador de
potencialidades.
O líder é considerado um exemplo de dois domínios, domínio da área pessoal (bom
nível de conhecimento para saber realizar uma auto liderança e autogestão exemplar) e o
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domínio da área social (precisa conhecer novas pessoas e saber lidar com todos os
elementos que envolvam o relacionamento).
“A liderança é, de certa forma, um tipo de poder pessoal. Através da liderança uma
pessoa influencia outras pessoas em função dos relacionamentos existentes (...)”
(Chiavenato).
Complementando a idéia central de Chiavenato, Heifetz (1999 p.62), um dos
autores mais lidos na atualidade afirma:
“Liderança e autoridade são dois conceitos conflitantes. Muitas pessoas em cargos
de autoridade não sabem exercer a liderança. Outras a exercem sem autoridade,
simplesmente pelo fato de identificarem um problema em determinado setor e terem
condições de mobilizar as pessoas para solucioná-lo.”
A inúmeras questões no nosso dia-a-dia que nos fazem criar estigmas familiares,
sociais ou psicológicos. Uma delas é atravessada pelos séculos: a liderança.
Há várias diferenças que indicam a relação entre subordinados em relação aos
superiores, a partir de algumas diferenças destacadas é possível identificar qual perfil se
adapta nas organizações atualmente. Las Casas (1998, p.42) defende que “o gerente
centralizado já não encontra espaço na empresa moderna”. Hoje em dia os “gerentes”
bem-sucedidos, elaboram uma filosofia mais transparente, que constrói o sucesso nas
organizações, como cita Freemantle (1992, p. 19)
Para trabalharem com eficiência, os empregados precisam sentir que suas
contribuições individuais e de equipe são apreciadas, que suas ideias para o sucesso
futuro são respeitadas e entendidas. Precisam obter informações sobre o progresso
empresarial e também departamental. Precisam entender os verdadeiros problemas que
fazem frente à organização e também a seu departamento. Precisam saber o que o chefe
tem em mente, o que pensa sobre eles, sobre seu progresso ou falta dele. Precisam de
informações sobre como melhorar o desempenho. (FREEMANTLE, 1992, p. 19).
O autor acima relaciona a necessidade do gerente em dar retorno aos seus
colaboradores, fazendo com que todos participem, ajudando a estimular a criatividade. O
autor cita que o funcionário além de contribuir individualmente deve ser sentir que o seu
trabalho está sendo apreciado, tanto de forma individual como em equipe, necessitando
de perspectivas de crescimento profissional. O que se percebe na maioria das vezes é
que o gerente poda seus colaboradores não incentivando a equipe, não dando espaço
para que todos possam participar em conjunto já a liderança moderna é totalmente
contrária na percepção do autor, embora haja diferentes contextos acerca da liderança.
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Hoje se formam grades administradores, que estão aprendendo a todo instante na
teoria e na pratica como gerenciar e ganhar espaço no mercado de trabalho, trazendo o
escasso e o útil para televisão, propagandas de Marketing, que cada vez mais inovadoras
e criativas estão ganhando seus clientes, pessoas com extrema competência técnica,
cada vez mais aprofundada em uma única coluna da administração fazendo minar
empresas com a força do seu mercado. Há gerência cada vez mais vista em grandes
bancos, em empresas multinacionais, mas o sucesso absoluto só vem através de um
corpo onde a espírito de liderança, que faça pessoas se mover não apenas em função de
um salário, mas com um objetivo, pois se sentem parte da empresa, pessoas que vestem
uma camisa para defendê-la, pessoas com sede e ambição, que aspiram aos objetivos,
pois se sentem motivados e impulsionados para fazer resultados com esmero daquilo que
lhes é proposto.
Num balanço final, analisamos a necessidade de um espírito de líder e um espírito
de gerencia dentro das empresas, o carro chefe da empresa são resultados e é isso que
move o mercado, mas conduzir o carro requer um norteador que se mostre implacável,
que consiga apontar os caminhos, achar a harmonia entre as duas capacidades, a de
liderar e a de gerenciar, quando conseguimos olhar a frente e sonhar junto com a equipe
de colaboradores, conseguimos viver algo extraordinário, que consegue superar todas as
expectativas, o que devemos fazer é antes de mirar o norte, olhar dentro de nós e
descobrir que somos capazes de lapidar pessoas e move-las dentro dos nossos objetivos.
Um grande líder nada faz por mero impulso, mas com objetivos traçados e pessoas
que acreditem no seu foco age de forma segura e previdente se mostrando um
excepcional gerenciador de pessoas.
2.4 FUNÇÕES DO LÍDER
Essas funções estão relacionadas às atividades de manutenção do grupo; e as
funções que se referem às tarefas ou funções de solucionar problemas.
A abordagem funcional de liderança, também é chamada de “liderança centrada na
ação”. Onde função é uma ação de um conjunto de ações relacionadas que contribuem
para o desenvolvimento ou a manutenção de uma equipe.
Faz-se necessário explicar mais detalhadamente um pouco da função do líder e o
que é ser isso. Tejon (2006, p. 34) escreveu sobre as virtudes que um líder precisa
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desenvolver para poder atuar de maneira eficaz e eficiente diante de sua equipe e entre
ela:
Aprender: o líder é o que aprende sempre em qualquer situação. Mesmo onde os outros
não enxergam nada, ele tira lições. Atender: o líder é o que desenvolve o prazer pelo
atendimento aos outros. O líder servidor. Acreditar: o líder crê para ver, ao contrário dos
comuns que precisam ver antes para crer. Animar: o líder é entusiasmado e entusiasma
Diffenderffer (2006, p.12) explica sobre a importância de influência que um líder
também deve obter sobre seus liderados e cita os desafios que são impostos a eles nos
dias atuais, para que consigam vencer as ameaças do mercado e da concorrência. Ele
deve analisar se suas atitudes ou palavras inspiram as outras pessoas a agirem da
maneira desejada e correta.
2.5 O PAPEL DO LÍDER NA MOTIVAÇÃO DO GRUPO
Muitos fatores motivam as pessoas no trabalho. Há fatores motivacionais gerados
diariamente por indivíduos que estão na empresa, e a partir do reconhecimento do líder já
se tem seu retorno, como um elogio, ou uma bonificação, fatores simples trazem a auto-
realização para os subordinados. A necessidade de ganhar dinheiro com certeza é um
dos fatores mais discutidos, mas, existem outras formas que podem ser tangíveis ou
intangíveis como benefícios. As teorias de motivação explicam porque as pessoas se
empenham no trabalho, além de outros tipos de comportamento relacionado que envolve
o desempenho, mais o foco em si, é em cima do desempenho no trabalho, por ser um fato
principal dentro da psicologia.
Para SPECTOR (2010) motivação é geralmente descrita como um estado interior
que induz um indivíduo a assumir certos comportamentos. Esse sistema de relação e de
cooperação se coordena para atingir as finalidades das organizações visando o lucro das
empresas. Tendo a ver com a direção, intensidade e persistência de um comportamento
ao longo do tempo, como exemplo um determinado funcionário pode decidir ir ao trabalho
em um determinado dia, em de ligar para a empresa dizendo que estar doente e fazer
outa coisa como ficar assistindo televisão, fazer compras ou visitar um amigo. Isso se
refere ao esforço que uma pessoa empenha na realização de uma tarefa; já na
persistência diz respeito ao continuo engajamento em um determinado tipo de
comportamento ao longo do tempo.
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BERGAMINI (1982) complementa que: a vivencia humana traduz-se em constante
renovação, em movimentos contínuos, o indivíduo raramente está satisfeito consigo
mesmo e com seu nível de realização pessoal a cada degrau galgado na vida.
A motivação sempre foi e continuará sendo sintoma de vida psíquica que se move
em busca de algo, e jamais se poderá descrever um ser humano em toda a abrangência
de seu significado se tal aspecto fosse legado ao esquecimento “parece evidente que os
problemas de personalidade podem, às vezes, ser protestos em voz alta contra o
esmagamento da nossa psicologia, na nossa verdadeira natureza intima”.
A motivação e a liderança estão diretamente ligadas uma a outra. Se quem está na
liderança encoraja sua equipe e delega as tarefas de cada um claramente e
objetivamente, a equipe torna-se mais confiante. A motivação depende da intensidade
daquilo que se quer, causando um forte impacto na realização de metas e objetivos de
uma organização. Surge então o principal motivo da ligação entre liderança e motivação.
Robbins (2005, p.132) define a motivação como o resultado da interação do
indivíduo com a situação. Obviamente, as pessoas diferem quanto as suas tendências
motivacionais básicas. Mas o mesmo aluno que acha muito difícil ler um livro técnico por
mais de 20 minutos é capaz de devorar uma edição do Harry Potter durante uma tarde.
Para este estudante, a mudança na motivação é causada pela situação.
É o comportamento de um líder que define um bom andamento de uma
organização, aquele que não reconhece o trabalho do seu pessoal, deixa- os
desmotivados para a realização de próximas tarefas, atingindo diretamente os resultados
finais.
O líder que prima pela motivação do seu pessoal, contribui para o desenvolvimento
das pessoas no grupo, e na solução de problemas existentes em qualquer sociedade.
Cabendo ao líder a tarefa de incentivar o desenvolvimento dos liderados levando
os a questionar qual o seu verdadeiro papel dentro da organização, ele é capaz de lapidar
talentos existentes, aumentando à satisfação e consequentemente a produtividade. Um
líder deve extrair de seus colaboradores seu máximo, para isso, a motivação é a ponte
para interação do indivíduo com a sua tarefa. Nos dias atuais um líder não é apenas
aquele que delega funções ou supervisiona, ele é muito mais que isso, ele é o profissional
que irá treinar, desenvolver e capacitar equipes.
Quanto mais envolvido ele estiver melhor, pois sempre aplicasse no grupo sua
ética profissional, sua capacidade de realizar críticas construtivas para melhor
desempenho da empresa.
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A motivação da equipe determina o futuro da empresa, e com essa ideia clara em
mente sabemos como extrair os bons resultados através da equipe, incentivar o
crescimento técnico e prático da equipe é preservar a harmonia e o bem estar do grupo.
O homem se motiva quando suas necessidades são todas supridas de forma
hierárquica, portanto é importante ressaltar que o líder contribui para a motivação e que a
motivação contribui para a produtividade do trabalhador.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Concluímos que toda a ação do líder tem como desafio atingir de forma segura e
previdente os resultados da equipe, pois são os princípios e os valores dos gestores que
refletem nas atitudes da empresa em sua forma geral, onde sempre há o desejo por maior
produtividade, bons relacionamentos e lapidação de talentos.
Observamos também que a centralização de trabalho não é benéfica para maioria
das corporações, evidente que existem exceções, porem a centralização promove uma
sobre carga desnecessária, além de mostrar aos subordinados a falta de confiança,
causando desmotivação no grupo. Se não houver essa motivação de lideranças, o grupo
se torna acuado e sem voz ativa nas decisões que precisam ser imediatas, então, é papel
do líder criar esta harmonia e liberdade para não perder e poder lapidar talentos da
empresa. Boas atitudes com liderados atrai impulso para os colaboradores onde todos se
especializarem em suas tarefas, promovendo uma energia positiva para resultados cada
vez mais eficientes e eficazes criando assim um grupo determinado.
Há muita disparidade quando pensamos em gerente e líder, constatamos por meio
de estudos que nem todo gerente é líder, e que todas suas atitudes negativas atraem um
impacto impresumível na vida profissional do colaborador, que por não ser compreendido
perde seu rendimento e sua libido em trabalhar.
Sendo assim, a pesquisa apoia uma análise no corpo empresarial, pois o poder do
líder de influenciar não está apenas nos resultados em curto prazo, nem a questões
financeiras, o gestor deve pensar também em fatores humanos e em projeção da
empresa para o futuro. O poder da liderança não tem fim, uma vez entendendo isso o
clima empresarial está entre as mãos de todos fazendo com que uma multidão se torne
uma equipe.
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REFÊRENCIAS BERGAMINI, Cecília Whitaker. Psicologia aplicada à administração de empresas:
psicologia do comportamento organizacional. 3ª Edição. São Paulo: Atlas, 1982.
BERGAMINI, Cecília Whitaker. Psicologia aplicada à administração de empresas: psicologia do comportamento organizacional. 4ª Edição. São Paulo: Atlas, 2010.
CHIAVENATO, Idalberto. TGA. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004
FREEMANTLE, D. Chefes incríveis: Como conseguir e manter credibilidade perante
seus subordinados e obter resultados. São Paulo: Makron Books, 1992.
HERSEY, P. BLANCHARD, K. H. Psicologia para administradores: A teoria e as
técnicas de liderança situacional. São Paulo: EPU, 1986.
LAS CASAS, A. L. Administração de vendas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1993.
SPECTOR, Paul E. Psicologia nas organizações. 3ª Edição – Editora Saraiva, 2010.
03 – LIDERANÇA: RELAÇÕES E INFLUÊNCIAS NO MUNDO ORGANIZACIONAL
Adriana Maciel Mendes1;
Caroline de Castro Pedroso1; Gabriel Rangel1;
Gabriela Luciene Ribeiro da Silva1; Gleice Aparecida dos Santos Moura1;
Isabelle Cristine Costa Zanella1; Lorenzo Akira Zabalegui1; Pedro Ederson da Costa1; Willian Oliveira da Silva1;
Rui Alexandre Sibilio2; Camila Santos3;
RESUMO Este texto objetiva analisar e conceituar as relações estabelecidas entre o líder e suas influências nas organizações. Visa demonstrar os métodos utilizados para que as mesmas ocorram de forma satisfatória para ambos os lados. Por meio deste entende-se que o desenvolvimento de um líder e a reciprocidade dos seus liderados não depende do individualismo de um ou de outro, mas sim, de um trabalho em conjunto.
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Palavras Chaves: Organização; Líder; Liderado; Gerenciamento. 1 Graduandos do Curso de Administração das Faculdades Integradas do Vale do Ribeira (FVR), Registro, SP. 2 Graduado em Psicologia (UNIP). Pós graduado em psicoterapia (USP). Atua nas áreas da psicologia clínica e consultoria empresarial. Professor das Faculdades Integradas do Vale do Ribeira. 3 Graduada em Comunicação Social (UNISO). Licenciada em Letras pela Universidade de Anhanguera (UNIDERP). Especialista em Psicopedagogia pelas Faculdades Integradas do Vale do Ribeira.
INTRODUÇÂO
O uso da influência de um líder dentro de uma organização é importante
especialmente quando se trata de gestão de pessoas, relação líder e liderado.
Há duas maneiras distintas de se compreender e de se discutir liderança. Uma delas
é enfocando o processo, em cujo desenrolar há um papel a ser cumprido e uma
responsabilidade a ser assumida. Tudo indica que, nos dias de hoje, o que se necessita
para a pratica eficaz da liderança e motivação é de uma enorme flexibilidade para se lidar,
de um lado, com as incertezas de um ambiente cada vez mais mutante e, de outro, com
pessoas cada vez menos dispostas a aceitar ordens ou verdades indiscutíveis. As
habilidades exigidas incluem o exercício de uma autoridade continuamente posta á prova
e o equilíbrio entre ações enérgicas e pratica da negociação.
David McClelland (2005, p.101), psicólogo americano, afirma também que “a
liderança é tanto uma arte quanto uma ciência. Todos são líderes. E eu os encorajo a se
lembrar que todo mundo pode servir. O líder do futuro será cada vez mais um facilitador,
um especialista em pessoas e em criatividade. Ele atuará sempre no sentido de ajudar
suas equipes a superar limites e amar seu trabalho”.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 CONCEITO DE LIDERANÇA
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Liderança é “uma interação entre pessoas na qual uma apresenta informação de um
tipo e de tal maneira que os outros se tornam convencidos de que seus resultados serão
melhorados caso se comporte da maneira sugerida ou desejada” (Jacobs, 1970, p.232).
Do mesmo modo para Maximiano (2008, p.277) “Liderança é o processo de conduzir
as ações ou influenciar o comportamento e a mentalidade de outras pessoas. Liderança é
a realização de metas por meio da direção de colaboradores. A pessoa que comanda com
sucesso seus colaboradores para alcançar uma finalidade especifica é um líder”.
Assim como Fiedler (apud BERGAMINI, 1994, p.52) afirma que: “A liderança é, por
definição, um relacionamento interpessoal, no qual poder e influência são desigualmente
distribuído de tal forma que uma pessoa seja capaz de dirigir e controlar os seus próprios.
Em tal relacionamento, entre líder e seus membros, a personalidade do líder está pronta
para determinar, em grande parte, a medida em que ele pode influenciar o
comportamento do seu grupo.”
Já para Janda (1960, p.35) liderança é: “um tipo especial de relacionamento de poder
caracterizado pela percepção dos membros do grupo no sentido de que outro membro do
grupo tem o direto de prescrever padrões de comportamento na posição daquele que
dirige, no que diz respeito à sua atividade na qualidade de membro do grupo”.
2.2 LIDERANÇA X GESTÃO DE PESSOAS
Para Fischer (2002) o modelo de Gestão de Pessoas, é a forma que uma empresa se
organiza para gerenciar e orientar a conduta dos trabalhadores, sendo necessário que a
empresa se estruture definindo os princípios, as estratégias, as políticas e as práticas ou
processos de gestão, para assim inserir diretrizes e orientar os estilos de atuação dos
gestores na relação gestor e aqueles que trabalham.
Para Gil (2001) o gestor de pessoas tem que exercer o papel de líder, sendo
necessário que os trabalhadores sintam-se como colaboradores e não como
subordinados apenas, para assim aderirem aos objetivos, políticas e missão da
organização, uma vez que liderança é a forma de direção com base no prestigio pessoal e
na aceitação daqueles que serão liderados.
“O envolvimento do indivíduo e do gerente na avaliação é uma tentativa muito forte.
Nessa alternativa o gerente funciona como o elemento de guia e orientação, enquanto o
funcionário avalia o seu desempenho em função a retroação fornecida pelo gerente. O
gerente fornece todos os recursos ao funcionário (...) e cobra resultados, enquanto o
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funcionário fornece o desempenho e resultados e cobra recursos do gerente.”
(CHIAVENATO, 2005, p. 228).
Ainda para Chiavenato (2005) um método moderno de conciliar o gerente e o
funcionário onde ambos participem para um objetivo comum dentro da organização para
avaliar é utilizar a APPO (Avaliação Participativa por Objetivos).
2.3 O PAPEL DO LÍDER NA MOTIVAÇÃO
Para Gil (2001) a motivação é a força que incentiva as pessoas a agir, o resultado de
necessidades não satisfeitas, essas por sua vez, são essenciais e não podem ser
estabelecidas por outra pessoa, sendo que o líder precisa estar apto para identificar essas
necessidades e criar condições para que tarefas atribuídas e o ambiente de trabalho
sejam capazes de satisfazer o liderado. Ainda transmite ao líder recomendações para
inspirar na motivação de seus liderados, como valorizar as pessoas, reconhecer seus
avanços, encorajar iniciativas, oferecer incentivos, enriquecer as funções com tarefas
mais difíceis e não trabalhos tediosos, delegar autoridade com definição precisa do nível
de autoridade, fazer avaliações e promover mudanças.
Casado (2002) também afirma que a motivação é como um impulso à ação, uma
necessidade ou tendência, e por ser um impulso ou necessidade, origina-se no interior
dos indivíduos, sendo assim sugere que é algo impossível para os gestores realizar.
Expõem que é necessário entender os aspectos internos do ser humano para os gestores
determinar a importância dos aspectos motivacionais das pessoas no trabalho. Declara
que o gestor tem o papel de sempre identificar o que orienta o comportamento de seus
subordinados, deve adquirir a natureza intrínseca e individual da motivação da energia
que se encontra dentro de cada um para ser compatível com os objetivos da organização
e com o crescimento de cada indivíduo de seu grupo de trabalho.
2.4 BENEFÍCIOS DA MOTIVAÇÃO
Mayo (2003) resume os benefícios da motivação com indicadores dos níveis do
mesmo, eles são: porcentagens de atritos, níveis de absenteísmo comparados às normas
do setor, níveis de qualidade e retrabalho, quantidade de sugestões para melhorias,
satisfação do funcionário e pesquisa sobre o “estado de espirito” e pesquisa das razões
que levam as pessoas a deixar o trabalho.
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Para Casado (2002, p.257) “a motivação tem sido vista como uma saída para
melhorar o desempenho profissional no que diz respeito tanto à produtividade quanto à
saúde organizacional e a satisfação dos trabalhadores”.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com base nos tópicos que foi descrito, a liderança apresenta influência que o líder
exerce sobre seus liderados, a partir de uma relação interpessoal, onde ele dirige e
controla ações para o alcance de um objetivo em comum.
A liderança pode ser alcançada de duas formas, quando o grupo identifica em um dos
membros características de um líder, ou quando um membro do grupo se autodenomina
líder, por perceber que possui as características de um líder.
O líder gerencia e direciona os funcionários com a pretensão de alcançar os objetivos
estabelecidos, tanto para a organização quanto individuais, procurando um melhor
aproveitamento do desempenho dos colaboradores para benefício da organização.
A motivação não é tão simples como parece, pois vem do interior do outro, é uma
necessidade satisfeita, mas é fundamental que o líder motive seus liderados, tem que
estar atento a essas necessidades no âmbito de trabalho, conhecê-las, entendê-las e criar
condições capazes de satisfazê-las influenciando da melhor forma possível para benefício
tanto do indivíduo como para a organização.
Com a motivação do funcionário há uma melhora no seu desempenho, o nível de
qualidade do trabalho aumenta, com isso o cliente se sente satisfeito, ocorre o aumento
da produtividade, beneficiando o profissional e a organização.
REFERENCIAS BERGAMINI, C. W.: Liderança – Administração do Sentido (1O ed.). São Paulo:
Editora Atlas S. A., 1994.
CASADO, Tânia. As pessoas na Organização. São Paulo: Editora Gente, 2002.
CHIAENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.
FISCHER, André Luiz. As pessoas na organização. São Paulo: Editora Gente, 2002.
GIL, Antônio Carlos. Gestão de Pessoas: enfoque nos papéis profissionais. São
Paulo: Ed. Atlas, 2007.
JACOBS, T. O., Leadership and exchange in formal organizations, Alexandria, VA:
Human Resources Organization, 1970.
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JANDA, K. F., Towards the explication of concept of leadership in terms of concept of power, U. S. A., Human Relations, 1960.
MAXIMIANO, Antônio César Amaru, Teoria Geral da Administração. Da Revolução Urbana a Digital. São Paulo: Atlas, 2008.
MAYO, Andrew. O valor humano da empresa. Tradutora Julia Maria Pereira Torres. São
Paulo: Prentice Hall, 2003.
MCCLELLAND e BURNHAM, David C. e David H. Liderança e Motivação. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2005.
04 - EXPORTAR É PRECISO: OS BENEFÍCIOS DA EXPORTAÇÃO PARA A ECONOMIA DO BRASIL
Caroline Teixeira Guilherme; Job Ribeiro Lemos Filho; Juliana Silva de Oliveira;
Mayara Pereira Dias; Vanderson Gonçalves Rosa;
Adelmo Magalhães de França2. RESUMO Será exposto através do trabalho a seguir uma abordagem referente ao comércio exterior, fazendo-se necessária a explanação de suas diversas e abrangentes definições, cabe salientar que estudos sobre o mesmo foram mais intensificados a partir das décadas de oitenta e principalmente noventa, independente das mais diversificadas visões a respeito do comércio internacional, um ponto comum entre todas essas ideias deve ser considerado, o fato do mesmo agregar benefícios tanto para o país que exporta, quanto para o país que importa. Palavras Chave: Comércio. Globalização. Competitividade.
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1 Graduandos do Curso de Administração das Faculdades Integradas do Vale do Ribeira (FVR), Registro, SP. ² Graduado em Economia (FECAP). Mestrado em Economia (PUC-SP). Professor das Faculdades Integradas do Vale do Ribeira.
1INTRODUÇÃO
Com o avanço das grandes navegações iniciou-se um processo impassível, que
transformou o mundo, a globalização. Esse processo permitiu a interação entre os povos
da Terra e um intercâmbio de conhecimentos, de pessoas e principalmente de produtos.
De acordo com Maia, (2006, p. 22) o progresso dos meios de comunicação e de
transporte tornando-os mais rápidos, seguros e econômicos permitiu um grande
desenvolvimento da economia internacional, transformando o mundo hoje em uma Aldeia
Global.
Atualmente, nenhum país dispõe de todos os recursos naturais para seu sustento,
por isso, faz-se necessário importar de outra nação aquilo que é escasso ou inexistente
em seu país para suprir as necessidades e principalmente os anseios da população.
Lopes & Gama (2010, p. 179) define o comércio internacional como o conjunto de
operações realizadas entre os países, onde há intercambio de bens e serviços ou
movimento de capitais.
Segundo Maia (2006, p. 20) os fatores que tornam o comércio internacional uma
necessidade são:
Desigual distribuição das jazidas minerais em nosso planeta;
Diferença de solos e climas, que diversifica a produção agrícola dos países;
Diferença dos estágios de desenvolvimento econômico.
A crescente integração dos países, fez com que o comercio exterior se tornasse
maior. No entanto, Ludovico (2012, p. 17) afirma que o país não se deu conta da
importância da internacionalização de suas empresas. O problema reside em uma
mudança de mentalidade que ainda não ocorreu.
Segundo Keedi (2011, p. 21) o comércio exterior também é movido por
relacionamentos entre os países, os quais vão além dos motivos matérias, podendo estar
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relacionado a motivos comerciais em que a compra e venda faz parte de um conjunto
mais abrangente de contatos e ações entre os países.
Diante do exposto, o presente trabalho busca explorar os principais tópicos que
envolvem o comércio mundial. Sob a ótica de vários autores, buscamos identificar os
principais benefícios que a exportação trás para economia de um país, os desafios e as
soluções para o Brasil se tornar um país competitivo no mercado internacional.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1.História da exportação Brasileira
“Da proclamação da República a meados do século XX, o comércio exterior
brasileiro limitou-se fundamentalmente à exportação de produtos agrícolas e a importação
de bens manufaturados” (LUDOVICO, 2012, p. 5)
Políticas de comércio exterior adotadas no Brasil: (LUDOVICO, 2012, p. 6 e 7)
A partir de 1967, estratégia de exportação, crescimento do PIB. Criação de incentivos
fiscais à exportação e liberação de importações. Inicio de utilização de entrepostos e
drawback.
Período de 1993 a 2000: abertura comercial, superávits e déficits na balança
comercial, crise cambial, crescimento das importações e das exportações de produtos
manufaturados.
Período de 2001 a 2005: ritmo acelerado das exportações e diminuição das
importações, com ajustes de mercado, superávit comercial e envolvimento acentuado
na logística, problemas de infraestrutura operacional.
Período de 2006 a 2008: excelente desenvolvimento nestes três anos com um
crescimento de quase 90% nas exportações e 30% nas importações, apesar de todos
os problemas de infraestrutura que afetaram consideravelmente a logística
operacional.
Período de 2009/2010 nestes dois anos o país teve uma oscilação natural de queda e
recuperação em razão dos problemas causados mundialmente pelos problemas
econômicos dos Estados Unidos.
No primeiro semestre de 2011 as exportações encerraram o período com de US$
118,3 bilhões e as importações US$ 105,3 bilhões, resultados igualmente recordes.
Achtschin &Carneiro (2014) aponta que com a Medida Provisória nº 1.911-8, de 29 de
julho de 1999, deu sinais de que o comércio exterior tornaria-se uma prioridade da política
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brasileira. No entanto, ao longo do tempo percebeu-se que a política comercial do País
persistia como detalhe menor das políticas de estabilização monetária.
2.2 Problemas para exportação dos produtos brasileiros
Ludovico, (2012, p. 7) salienta que as exportações têm realmente contribuído para a
economia do país, mas nem tanto como poderia ter sido, principalmente devido as taxa de
câmbio, juros e gargalo logístico.
“O comércio internacional, na maioria dos países, é realizado por uma pequena parte
das empresas existentes, isso porque a complexidade dos negócios internacionais requer
uma organização mais sofisticada, capaz de arcar com gastos e investimentos mais
elevados.” (LUDOVICO, 2012, p. 9).
Para Ludovico (2012, p. 17) há excessiva burocracia, regras fiscais e tributárias, falta
de infraestrutura adequada para que a logística possa ser aplicada de forma rápida e
moderna.
2.3. Medidas que devem ser tomadas para aumentar as exportações brasileiras
Diante do exposto, Ludovico (2012, p. 17) expõe que “é necessário que se
desburocratize o sistema de comércio exterior no Brasil, principalmente as normas
internas para a exportação, e também que desonerem de tributos os produtos brasileiros
exportados”.
Maia (2006, p. 36) assegura que o governo deve criar condições para atrair
investimentos, reduzir gastos, oferecer juros baixos para a compra de equipamentos e dar
segurança de retorno para o capital estrangeiro aplicado no país.
Vazquez (2007, p. 177 e 178) afirma que nossa política de comércio exterior deve
atentar para vários fatores como trabalhar a imagem do Brasil no exterior, negociar
acordos com países industrializados, incentivar a exportação de produtos manufaturados
com alto valor agregado.
Ainda de acordo com Vazquez (2007, p. 177 e 178) deve-se incentivar o exportador
reduzindo impostos, fixar regras, reduzir práticas burocráticas incentivar a
internacionalização e praticar uma política cambial realista.
Para Maia (2006, 37 e 38) também é necessário formar capital humano, isto é
melhorar a educação do trabalhador, dando escolaridade desde a alfabetização até o
ensino profissional.
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
PADI - JUNHO 2014-1
É fundamental uma abertura democrática das decisões políticas nesse domínio,
com maior envolvimento do Legislativo nas políticas e decisões sobre o tema. A
democratização do comércio exterior do Brasil traria mais transparência, legitimidade e
previsibilidade. Além de propiciar um ambiente mais favorável para que o Brasil possa
aumentar sua participação no comércio internacional. (ACHTSCHIN &CARNEIRO, 2014)
2.4. Benefícios da exportação
Vazquez (2007, p. 177) diz que do ponto de vista da economia nacional, o principal
motivo para exportar é obter recursos para pagamento das importações necessárias a
sua vida econômica. Além de o país obter divisas, absorve tecnologia e alcança maior
produtividade.
Segundo Maia (2006, p. 36 e 37) a maioria dos capitais, advindos da exportação, traz
também tecnologia (know how), o que permite produzir mercadorias melhores e de custo
menor. Há geração de empregos e aumento de receita de divisas.
Concomitantemente, Vazquez (2007, p. 178 e 179) expõe os seguintes fatores:
Exportação como uma exigência de política econômica nacional.
A necessidade de gerar divisas para comprar os produtos que não produzimos
aqui, a importação de equipamentos de tecnologia avançada e até mesmo a
formação de reservas para aquisição de mercadorias que, por motivos
estratégicos, se deseja importar.
Lucro nas vendas externas;
Forma de evitar sazonalidades nas vendas internas, o empresário pode aumentar
seu leque de compradores, selecionando-os no exterior, de maneira a não perder
suas receitas.
O produtor for exportation, tem excelente prestígio junto aos consumidores. Ao fixar
sua marca no exterior, o empresário certamente desfrutará de mais conceito junto
ao mercado nacional.
A exportação, além de atender ao interesse do vendedor, virá ao encontro do
próprio interesse das nações que é o de comprar no exterior aquilo que não produz
internamente.
De acordo com Keedi (2011, p. 24) as exportações” tem como efeito o crescimento do
emprego, resultando em mais renda disponível na economia, podendo provocar o
aumento da capacidade de consumo da população como um todo. Impulsionando a
economia como do país.”.
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
PADI - JUNHO 2014-1
2.5. Tópicos diversos relacionados ao comércio exterior
A exportação pode ser direta quando é feita pelo próprio fabricante, ou indireta,
quando é realizado por um terceiro. Ou seja, o fabricante vendeu uma mercadoria no
mercado nacional ao futuro exportador. (KEEDI, 2011, p. 23)
Drawback é a isenção de impostos com a finalidade de promover a exportação. Ou
seja, um exportador que importa matéria-prima para confecção de mercadorias que serão
exportadas, está isento de pagar os impostos aduaneiros sobre a matéria-prima. (MAIA,
2006, p. 41)
As ZPE’s (Zonas de Processamento de Exportação) são áreas geográficas com limites
definidos. Elas são isentas de impostos internos e sua produção é considerada como se
tivesse sido efetuada no exterior. Portanto, são áreas de livre comercio com o exterior.”
(MAIA, 2006, p. 43)
Com a criação da OMC, as barreiras ao livre comércio estão sendo gradativamente
eliminadas. Essa situação favorece as grandes empresas, porque elas têm produção em
larga escala, o que reduz custos e torna as mais competitivas. (MAIA, 2006, p. 112)
De acordo com Vazquez (2007, p. 204) “câmbio é uma operação financeira que
consiste em vender, trocar ou comprar valores em moedas de outros países ou papéis
que representem moedas de outros países”.
O exportador firma um contrato de câmbio com a instituição financeira que recebe os
recursos, e se compromete a entregar o equivalente em moeda nacional ao valor recebido
em moeda estrangeira. (LOPES & GAMA, 2010, p. 260)
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pode-se assim concluir que todo país necessita comercializar com outros países,
porém, são as mais diversificadas e variadas questões, barreiras impeditivas, que
dificultam um desenvolvimento maior e mais ágil a essa área do comércio internacional,
barreiras essas que podem ser entendidas como uma lei, regulamentos ou quaisquer
práticas governamentais que imponham restrições ao comércio exterior, tais pontos
devem ser analisados e estudos de forma assim a serem sanados para que não afetem,
por exemplo, no valor final de um produto.
Além das barreiras acima citadas, as empresas que já atuam no comércio exterior
ainda encontram diversos desafios, tais como: distâncias geográficas, tecnológicas,
culturais, conflito de legislações, moedas, idiomas, além das dificuldades internas, como:
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
PADI - JUNHO 2014-1
uma logística deficiente em todos os seus meios, exigências burocráticas e principalmente
a atual política cambial.
É necessário buscar estratégias que possam vir a garantir a inclusão de novas
empresas no comércio exterior, visando buscar a diminuição dos conceitos negativos que
muitas dessas têm ao tentar dar os primeiros passos na busca de adicionar seus produtos
no mercado externo.
O comércio internacional vem desempenhando um papel de suma importância no
equilíbrio e desenvolvimento de nossa economia, o mesmo agrega diversos benefícios e
como consequências de tal desenvolvimento do país todos passam a ganhar: empresas,
instituições, trabalhadores e consumidores.
4 REFERENCIAS
ACHTSCHIN, Arruda Vieira Leonardo. Carneiro, Magalhães Motta da Igor. A
democratização da política de comércio exterior no Brasil: o caminho a seguir. 16 abr.
2014. Disponível em:
<http:/www.aduaneiras.com.br/noticias/noticias/artigos_texto.asp?ID=2540822&acesso=2
> . Acesso em: 20 abr. 2014
KEEDI, Samir. ABC do comércio exterior: abrindo as primeiras páginas. 4ª edição.
São Paulo. Aduaneiras, 2010.
LOPEZ, Cortiñas Manoel José. GAMA, Marilza. Comércio Exterior Competitivo. 4ª
edição. São Paulo: Aduaneiras, 2010.
LUDOVICO, Nelson. Logística Internacional. 3ª edição. São Paulo: Saraiva, 2012.
MAIA, Mariz de Jayme de. Economia Internacional e Comércio Exterior. 10ª edição.
São Paulo: Atlas, 2006.
VAZQUEZ, Lopes José. Comércio Exterior Brasileiro. 8ª edição. São Paulo: Atlas,
2007.
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
PADI - JUNHO 2014-1
05 - EXPORTAR É PRECISO: COMÉRCIO EXTERIOR, OS PRINCIPAIS TRIBUTOS, AS SUAS PRINCIPAIS BARREIRAS E A IMPORTÂNCIA DE EXPORTAR
Adriana Paula de Asevedo¹; André Gustavo Silva¹;
Arielly Rodrigues Guimarães¹; Daniela Tiemi Sakano Neves¹;
Francisca Aldenice Silva Nunes¹; Adelmo Magalhães de Franca²
RESUMO O objetivo deste resumo é poder esclarecer o que é comércio exterior e relatar como exportar é preciso e importante para a nossa economia, mostrando o que motiva o relacionamento entre outros países e detalhando os principais tributos incidentes no comércio exterior. Através de pesquisas realizadas utilizando livros de diversos autores foram feitas análises que detectaram os tipos de barreiras existentes que impedem, de certa forma, transações entre alguns países. Também se busca ao longo desta pesquisa identificar quais são as principais barreiras encontradas pelas empresas nacionais frente ao comércio internacional. Essas chamadas políticas de barreiras tiveram início no século vinte e estão presentes nas práticas comerciais até hoje. Existe um órgão que é capaz de gerenciar os acordos multilaterais e atualmente este órgão está responsável pelo comércio internacional, mas mesmo assim existem muitos empecilhos que dificultam a entrada das empresas nacionais no setor. Palavras Chave: Comércio Exterior; Importância de Exportar; Barreiras. 1 Graduandos do Curso de Administração das Faculdades Integradas do Vale do Ribeira (FVR), Registro, SP. ² Graduado em Economia (FECAP). Mestrado em Economia (PUC-SP). Professor das Faculdades Integradas do Vale do Ribeira.
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
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1 INTRODUÇÃO
Desde o tempo antigo, com os povos do Oriente Médio, começou a se desenvolver
a troca de mercadorias. Já no Brasil as trocas de mercadorias internacionais só
começaram a partir do século XIX, com produtos de origem agrícola, pois as indústrias
brasileiras só vieram a se desenvolver bem mais tarde.
O processo de globalização avança cada vez mais e a interdependência
econômica entre os diversos países do mundo é cada vez maior, mas os investimentos na
área de produção tecnológica ainda são insuficientes, comparando com a mão de obra
disponível, que poderia ser mais bem aproveitada se existisse um sistema de educação e
qualificação profissional, assim também buscar a melhoria na infraestrutura e na
burocratização.
Ao ser analisado o aspecto da chamada “Era Global” acarretou algumas
dificuldades de entendimento, a maior delas em questão estava em como lidar com o
fenômeno e com os mais variados tipos de significados que têm sido atribuídos ao
mesmo. De acordo com BERTO, André Rogério, no Comércio Exterior a “Era Global”
trouxe junto consigo alguns efeitos positivos e outros negativos, um bom exemplo desses
efeitos negativos podemos encontrar nas práticas desleais de comércio (que são aquelas
que têm como finalidade desestimular ou eliminar a indústria local). De maneira geral
desde que nos colocamos frente a “Era Global” o mundo nunca mais foi o mesmo, pois o
fenômeno da globalização teve e tem até hoje reflexos dos mais diversos tipos e nas mais
diversas áreas.
Como o desenvolvimento do comércio exterior fica em maior cargo do governo,
cabe a este fornecer subsídios para que os novos campos de produção evoluam, para
assim obter visibilidade e competitividade lá fora. Cabe ao governo também algumas
atribuições como o estabelecimento de normas e diretrizes intranacionais, onde as
empresas devem seguir, acatando e observando essas normas e procedimentos impostos
não só pelo governo, mas as exigências com quem se está negociando.
Para reger o fluxo de produção e serviços no mundo, foi criado a “Organização
Mundial do Comércio” (OMC) e o “Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio” (GATT) –
General Agreement on Tariffs and Trade – que serve de tribunal para assuntos de
exportação, importação entre outros países. Esse “Acordo Geral sobre Tarifas e
Comércio”, visava à libertação da economia mundial, com o objetivo de elevar a produção
e o emprego em consequência do aumento de fluxo de mercadorias transacionadas entre
os países. Outros órgãos têm como um de seus encargos promover o desenvolvimento
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
PADI - JUNHO 2014-1
social e econômico dos países mais pobres, garantindo que o livre comércio não seja
restrito à eles, tentando assim criar uma certa igualdade de direitos entre todas as nações
do globo.
Apesar de tudo o que já foi acima citado; ainda há diversas barreiras que
desfavorecem o comércio entre diferentes países. Isto ocorre em decorrência às diversas
divergências encontradas no meio do caminho, tais como pesos e medidas, idiomas e
moedas.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1. Conceito de Comércio Exterior
Comércio Exterior segundo José Meireles de Souza (2009) é uma estrada de
duas mãos – exportação e importação –. Em países em desenvolvimento, embora as
exportações reflitam um bom indicador do desempenho dos fatores produtivos, cabe às
importações o ônus de contribuir para aquele desempenho.
De acordo com Lopez (2010), comércio exterior representa a relação comercial de
um país em específico com os demais, expressa em termos, as regras e normas internas,
ou seja, legislação, em função de propósitos, prioridades, limitações e exigências, visando
resguardar os interesses do país, preferencialmente sem colidir com as normas do
comércio internacional. A Expressão “Comércio Exterior” deve ser seguida do nome do
país referido, isto é, convém ser utilizada em alusão a um país específico (Exemplo:
Comércio Exterior do Brasil).
Não temos dúvidas de que as operações de comércio exterior formaram um
importante alavancador do crescimento positivo do PIB brasileiro no ano de 1993. As
exportações, notadamente na área automobilística, de minérios, de manufaturados e de
grãos contribuíram decisivamente para que o aumento deste fosse alcançado.
Ressaltando ainda, vale a pena lembrar que o comércio exterior é fundamental
para a manutenção da economia e o desenvolvimento de um país e é movido pelo
relacionamento entre países que precisam realizar a troca de mercadorias. É de suma
importância salientar que os relacionamentos transcendem na maioria das vezes motivos
materiais. Sua atividade econômica também é um fator de extrema importância, que de
acordo com o inter-relacionamento das nações cada vez mais profundo frente às
economias internacionais.
3. Exportação e sua Importância
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
PADI - JUNHO 2014-1
Exportação é a venda de produtos ou serviços de uma empresa localizada em um
país para outra empresa que se localiza em outro país. Exportar classifica-se então como
o ato de enviar ao outro país mercadorias que foram produzidas em seu próprio país ou
em terceiros, que sejam de interesse do país importador, e que proporcionem às
envolvidas vantagens na sua troca ou venda. Exportar pode ser entendido então como a
saída de mercadorias para o exterior. A exportação é a atividade que proporciona a
abertura do país para o mundo. É também uma forma de se confrontar com os demais
parceiros.
“A Exportação de uma mercadoria se configura quando ela é disponibilizada ao
comprador estrangeiro em local e prazo estipulado em contrato de compra e venda
internacional” (LOPEZ e GAMA, 2005 Pág. 190).
Segundo Lopez (2011), ao abrir-se ao exterior a empresa desenvolve nova cultura
e aprimora seus métodos administrativos e organizacionais. Por outro lado, a
diversificação de mercado, consequência inevitável do desenvolvimento do processo
exportador, conduzirá ao aperfeiçoamento da estratégia mercadológica, à assimilação de
novas técnicas de produção e de comercialização e a utilização de planos de marketing
mais sofisticados.
A importância da exportação se dá na diversificação dos mercados, que deixando
de atuar apenas no mercado interno, passa a atuar também nos mercados estrangeiros
(mercado externo), isso faz com que aumente o leque de futuros compradores e em
consequência disto, reduz-se o risco de futuras crises. Pode-se ver também que outro
efeito da exportação é o aprimoramento dos recursos humanos, bem como os recursos
tecnológicos, pois a exportação exige produtos melhor elaborados e de melhor qualidade
para atender o mercado externo que é muito mais exigente.
Exportar é uma alternativa estratégica de desenvolvimento na medida em que
estimula a eficiência. O aumento da competitividade provoca o aparecimento de bens e
serviços cada vez melhorem, estabelecendo uma relação intrínseca entre aquele que
produz e aquele que consome que resulta no constante aprimoramento por parte do
produtor para conquista do consumido. As principais razões para exportação são busca
de maiores lucros, ampliação de mercados, novos produtos a serem ofertado, aumento da
produção e de produtividade, melhor utilização da capacidade instalada, aprimoramento
da qualidade, incorporação de tecnologia, impulso a capacidade inovadora, etc.
De maneira geral, do ponto de vista da economia nacional, o principal motivo para
exportar é obter recursos para o pagamento das importações necessárias a sua vida
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
PADI - JUNHO 2014-1
econômica. O exportador, além de o país obter divisas, absorve tecnologia e alcança
maior produtividade.
4. As Principais Barreiras Existentes no Comércio Exterior
Na atualidade existem vários tipos de barreiras que dificultam o comércio entre os
diferentes países. Isso acontece porque estão presentes diversas diferenças entre um
país e outro, tais como: as diferenças entre pesos e medidas, os diferentes idiomas, a
diferença entre moedas, etc.
Existem também outros fatores que também são considerados barreiras, como os
subsídios (que é o dinheiro que o governo investe nas empresas com o intuito de reduzir
o custo final dos produtos), as tarifas (que é a taxa cobrada pela empresa e que é
indiretamente arrecadada pelo governo), as medidas sanitárias e fitossanitárias (são
necessárias para proteger a saúde e a vida dos humanos, dos animais e das plantas) e as
medidas antidumping (que ocorre quando preço de um produto cai muito abaixo em
relação ao mercado chegando a prejudicar a produção interna do país).
Existem tipos de Políticas de Comércio Exterior no Brasil, dentre elas pode-se
encontrar as “Barreiras Tarifárias” que são todos os impostos e contribuições diretamente
relacionadas com o fato de um bem entrar ou sair de um país. E as “Barreiras Não
Tarifárias” que são qualquer medida pública que não seja um direito aduaneiro e que
tenha por efeito criar uma distorção nas trocas comerciais.
De acordo com CARNEIRO. I. M. M, e ACHTSCHIN L. V. A, “é relevante notar
que, embora seja consensual que os impostos de importação (assim como outros tributos
de caráter regulatório) tenham hoje funções primordialmente extrafiscais, podendo ter
suas alíquotas elevadas ou reduzidas mediante ato normativo do chefe do Poder
Executivo, em razão de sua pouca relevância para o financiamento do Orçamento
Federal, a manutenção do tema sob a esfera tributária subsiste como herança dos tempos
coloniais.
A partir da década de 2000, com o ressurgimento das políticas industriais
desenvolvimentistas, é notável a maneira como as políticas comerciais seguem, também,
subordinadas às políticas econômicas de crescimento endógeno, as quais buscam gerar
vantagens competitivas e ganhos de escala para as indústrias nacionais, por meio de
estímulos financeiros e da proteção do mercado doméstico.
E CARNEIRO. I. M. M, e ACHTSCHIN L. V. A, ainda salientam que “é
fundamental que os profissionais do comércio exterior propugnem por uma abertura
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
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democrática das decisões políticas nesse domínio, sobretudo por meio de participação
mais ativa de suas associações e de cobrança por maior envolvimento do Legislativo nas
políticas e decisões sobre o tema. A democratização do comércio exterior do Brasil traria
mais transparência, legitimidade e previsibilidade aos agentes econômicos, além de
propiciar a institucionalização de uma política de Estado, a qual resultaria em um
ambiente mais favorável para que o Brasil possa, finalmente, alçar-se ao lugar que lhe
cabe no comércio entre as nações”.
Considerações Finais
Esta pesquisa referente ao comércio exterior possibilitou um melhor entendimento
e uma melhor compreensão dos diversos fatores que influenciam direta ou indiretamente
nas relações comerciais. Através da leitura de artigos e de estudos realizados utilizando
materiais bibliográficos pode-se verificar a atual realidade em que se encontra o mercado
Brasileiro e a economia do país. De uma maneira geral foram abordados alguns temas,
porém o foco maior estava voltado para a importância de exportar e de importar, não
deixando de lado quais as barreiras que existem e de certa forma agem como agente de
dificuldade, tornando-se um empecilho. A via de duas mãos ajuda a compreender que um
país precisa realizar tanto a venda quanto a compra de mercadorias, pois nenhum país
tem tudo, algum dia ele vai precisar de algo. É também de suma importância salientar que
as relações amigáveis são fundamentais para o crescimento de todos, formando uma
união entre diversos países para que um possa contribuir para o crescimento do outro.
Referências Bibliográficas BERTO, André Rogério. Barreiras ao Comércio Internacional. Portal do Aluno, 2014.
Disponível em: <http://portal.unisep.com.br/mod/ resource/view.php?id=11717 3>. Acesso
em: 29 de abril de 2014 às 16h25.
CARNEIRO, Igor da Motta Magalhães. ACHTSCHIN, Leonardo Vieira Arruda. A Democratização da política de comércio exterior no Brasil: O caminho a seguir.
Aduaneiras, 2014. Disponível em: <http://www.aduaneiras.com.br/noticias/artigos/arti
gos_texto.asp?acesso=2&busca=tributos+incidentes&ID=25408422>. Acesso em: 29 de
abril de 2014 às 16h.
LOPES, José Vazquez. Comércio Exterior Brasileiro. 8ª Edição. São Paulo: Atlas, 2007.
LOPEZ, José Manoel Cortiñas; GAMA, Marilza. Comércio Exterior Competitivo. 4ª
Edição. São Paulo: Aduaneiras, 2011.
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
PADI - JUNHO 2014-1
MEERHAEGHE, Marcel Alfons Gilbert van. Economia Internacional São Paulo: Atlas,
1980.
SOUSA, José Meireles. Fundamentos do Comércio Internacional. Volume 2. São
Paulo: Saraiva, 2009.
SOUSA, José Meireles. Gestão do Comércio Exterior. 1ª Edição. São Paulo: Saraiva,
2010.
06 - GESTÃO DA QUALIDADE: EVOLUÇÃO E IMPORTÂNCIA
Felipe Gonçalves da Silva1;
Hanna de Oliveira1; Mirtes Bezerra de Lima1;
Rebeca de Oliveira Nascimento1, Thayane Cristina de Lara Alves1;
Carlos Eduardo Pinto2. RESUMO O resumo que se segue, apresenta e discute as diferentes visões de conceituados escritores da área administrativa, com relação à gestão da qualidade ao longo do tempo. A princípio temos um conceito de qualidade, baseada em requisitos a serem satisfeitos, a qualidade constitui o conjunto de tais requisitos satisfeitos com a expectativa que se tem do produto ou serviço. Temos ainda uma evolução histórica do conceito de qualidade e de gestão da qualidade total, apresentando o antes e depois de cada processo, a definição das etapas e conceitos da gestão da qualidade, suas características, sua abordagem de forma estratégica e por fim sua importância para a empresa.
Palavras Chave: Qualidade. Gestão. 1 Graduandos do Curso de Administração das Faculdades Integradas do Vale do Ribeira (FVR), Registro, SP.
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² Graduado em Administração (UFPR). Especialista em Administração de Marketing (FESP). Mestre em Administração pela Universidade de Extremadura (Espanha) reconhecido pela UFSC. Professor das Faculdades Integradas do Vale do Ribeira.
1 INTRODUÇÃO
A gestão da qualidade tem sua importância para a empresa de forma que define os
requisitos para que se alcance a qualidade total, assim de suma importância também na
parte econômica empresarial. Este resumo visa esclarecer conceitos, analisar etapas e
procedimentos, e conjuntamente, compreender a evolução do termo qualidade de produto
ou serviço no que diz respeito ao ambiente empresarial, para que dessa forma seja-se
possível entender a definição de qualidade total no contexto atual.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1. DEFINIÇÃO DA QUALIDADE
De acordo com Bravo (2010), há que se ter sensibilidade ao tratar o assunto
de qualidade e definir corretamente Gestão da Qualidade. O conceito não pode ser
expresso apenas por uma variável. Por maior que seja seu valor econômico, há que
envolver o conjunto integrado pelo produto e seu contexto, o que inclui todo processo
produtivo correspondente, num sentido amplo.
Segundo Campos (2004), qualidade está diretamente ligada à sarisfação do
cliente interno ou externo. Portanto, qualidade é medida por meio das características da
qualidade dos produtos ou serviços finais ou intermediários da empresa.
A Norma Brasileira ABNT NBR ISO 9000 define qualidade como “grau no qual um
conjunto de características inerentes satisfaz a requisitos”. Ou seja, para que um produto
ou serviço tenha qualidade, é fundamental saber a quem ele se destina e qual a sua
expectativa. A qualidade de uma organização, portanto, dependerá do grau de satisfação
de seus clientes com relação aos produtos ou serviços que ela oferece.
2.2 HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DO PROCESSO DE QUALIDADE
Há várias classificações para os diversos períodos ou eras da qualidade. Garvin
(2002) estruturou-as em um formato bem aceito pelos especialistas da área. Cada uma
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
PADI - JUNHO 2014-1
das classificações tem suas peculiaridades e aqui serão adotadas como referencial para
descrição da história e evolução do pensamento da qualidade. São elas:
a) Inspeção;
b) Controle estatístico da qualidade;
c) Garantia da qualidade;
d) Gestão estratégica da qualidade.
a) Inspeção
Nos primórdios da era industrial e até meados do século XIX, quase tudo era
fabricado por artesãos, que ainda praticavam os procedimentos tradicionais e históricos.
As quantidades produzidas eram pequenas e havia participação do trabalhador em
praticamente todas as fases do processo. A inspeção era implementada segundo critérios
especificados pelo próprio artesão e sua pequena equipe de colaboradores. Era um
procedimento natural e corriqueiro.
De acordo com Garvin (1992), a inspeção formal só passou a ser necessária com o
surgimento da produção em massa e a necessidade de peças intercambiáveis. Com o
aumento dos volumes de produção, as peças não mais podiam ser encaixadas umas nas
outras manualmente: o processo exigia um grande grupo de mão-de-obra qualificada, era
caro e demorado.
No início do século XX, Frederick W. Taylor, conhecido como o criador da
“Administração Científica”, atribuiu maior legitimidade à atividade de inspeção, separando-
a do processo de fabricação e atribuindo-a a profissionais especializados (Taylor, 1990).
As atividades de inspeção se transformaram rapidamente em um processo
independente e associado ao controle da qualidade.
Porém, o controle de qualidade limitava-se à inspeção e às atividades restritas,
como a contagem, a classificação pela qualidade e os reparos. A solução de problemas
não era feita no mesmo departamento de inspeção.
b) Controle estatístico da qualidade
Nesse período, encontra-se os fundamentos, procedimentos e técnicas para tornar
a qualidade mais efetiva na produção, em todos os seus estágios. É nesse contexto que
se verifica o controle da qualidade no processo produtivo, via procedimentos estatísticos.
Segundo Garvin (1992), utilizou-se como procedimento estatístico o controle de
processo, que foi o fundamento para o desenvolvimento das demais técnicas. Ao
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estruturar organizadamente as etapas que compõem a realização de um trabalho ou
tarefa, incluindo o seu fluxo, insumos, atividades realizadas e produtos geridos, é possível
obter muitas informações sistematizadas e perceber pontos críticos, oportunidade de
melhoria e, principalmente, as variações ou flutuações devidas as causas normais e as
devidas a causas anormais ou específicas.
Nesse período Demig (1990), com experiência na indústria bélica, durante a 2ª
Guerra Mundial, criou os quatorze pontos fundamentais para se ter sucesso
organizacional com qualidade:
1. Criar constância de propósito para a Melhoria de produtos e serviços
2. Adotar a nova filosofia de completamente diferente;
3. Acabar com a dependência da inspeção em massa;
4. Acabar com a insistência organizacional de adquirir e usar materiais,
escolhidos apenas com base no critério preços;
5. Melhorar constantemente e para sempre o sistema de produção e serviços;
6. Instituir o treinamento;
7. Instituir a liderança;
8. Afastar o medo;
9. Romper as barreiras entre os departamentos;
10. Eliminar slogans, exortações e metas destinadas à força de trabalho;
11. Eliminar as quotas numéricas;
12. Remover as barreiras ao orgulho de mão-de-obra;
13. Instituir um sólido programa de educação e retreinamento; e
14. Agir para consumar a transformação.
c) Garantia da qualidade
Após a II Guerra Mundial, a qualidade já conquistara seu lugar e passou a ser uma
disciplina bem aceita no ambiente organizacional, com técnicas específicas e resultados
efetivos e com profissionais especializados. Garvin (1992) afirma que os instrumentos na
profissão se expandiram para muito além da estatística. Quatro elementos distintos
passaram a fazer parte desta nova era: o custo da qualidade; o controle da qualidade
total, onde todos os departamentos organizacionais passaram a ser responsáveis pelo
sucesso do empreendimento; e que Feigenbaum (1994), definiu através de quatro
características:
1. Os processos de aperfeiçoamento da qualidade são contínuos;
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2. Todo esforço é documentado, de forma que os empregados possam
visualizar onde, como, por que e quando suas atividades afetam a qualidade;
3. Tanto a gerencia como os demais empregados abraçam a ideia de
desempenhar suas atividades com qualidade; e
4. Aperfeiçoamento técnico e planejamento para oferecer inovações que
sustentam positivamente a relação cliente/empresa.
Além da engenharia da confiabilidade e da prática zero defeito, que foi o último
movimento importante da era da garantia da qualidade.
d) Gestão estratégica da qualidade
Ocorreu especialmente nas duas últimas décadas do século XX, onde a qualidade
passou efetivamente a ser percebida como uma disciplina de cunho estratégico, além do
seu viés tradicionalmente técnico. Foram elaborados oito princípios básicos para garantir
à qualidade:
1. Focalização no cliente – as organizações dependem dos seus clientes, devem
compreender as suas necessidades atuais e futuras e esforçarem-se por exceder as suas
expectativas;
2. Liderança – os líderes devem saber manter um ambiente interno motivador, de
modo a obterem a envolvência das pessoas para atingirem os objetivos previstos pela
organização;
3. Envolvimento das pessoas – as pessoas são a principal valia de uma
organização, o seu envolvimento permite que as suas aptidões sejam utilizadas em
benefício da organização;
4. Abordagem dos processos – quando as atividades e os recursos que lhes estão
associados são geridos por processos, os resultados desejados são atingidos de forma
mais eficiente;
5. Abordagem da gestão como um sistema – gerir processos inter-relacionados
como um sistema contribui para que a organização atinja os seus objetivos com eficácia;
6. Melhoria contínua – deve ser uma preocupação constante, com avaliação
sistemática do desempenho global da organização;
7. Abordagem fatual – decisões eficazes são baseadas na análise de fatos, dados,
informações, etc.;
8. Relações mutuamente benéficas com fornecedores – devem ser criadas
condições para ambas as partes criarem valor.
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
PADI - JUNHO 2014-1
Surgiram as legislações de defesa do consumidor, além de normas internacionais
amplas e aplicáveis na cadeia de interação cliente-fornecedor, como a família ISO.
Carpinetti, Couchick & Gerolamo (2010), citam as Normas ISO como um sistema
da qualidade pré-estabelecido, que se destina às empresas interessadas em implementar
um sistema de gestão da qualidade, seja por exigência de um ou mais clientes, para
alimentar a sua capacidade de atender aos requisitos dos clientes de forma sistemática
ou simplesmente, porque a empresa pretende melhorar a sua eficiência e eficácia no
atendimento de seus clientes.
As Normas ISO, constituem um modelo internacional para a qualidade, sendo um
dos requisitos básicos à implementação bem-sucedida de um processo de qualidade total.
Quando uma empresa possui o certificado ISO, significa que está organizada por um
padrão de qualidade de processos, e consequentemente, de seu produto, o que resulta
em garantia de qualidade para os clientes. Além de melhorar eficientemente, possui forte
probabilidade de redução em seus custos, o que resulta em preços mais competitivos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A gestão da qualidade nas empresas possibilita a melhoria nos produtos e/ou
serviços oferecidos pela organização, de forma que se possa sempre estar em contínuo
melhoramento, uma vez que é um processo estratégico. Padrões como ISO (International
Organization for Standardization – ou Organização Internacional para Padronização), por
exemplo, oferece classificações, no campo da gestão da qualidade temos o ISO 9000.
O entendimento de todo o processo da gestão da qualidade na empresa
permite com entender sua importância para a organização, e também para o ambiente
externo e dessa forma capacita o profissional da área a tomar decisões coerentes e que
sejam benéficas para a organização, uma vez que envolve a aceitação do público e suas
exigências. REFERÊNCIAS ARAUJO, Luis César G. de. Organização, Sistemas e Métodos e as Modernas Ferramentas de Gestão Organizacional: arquitetura, benchmarking, empowerment,
gestão pela qualidade total, reengenharia. São Paulo: Atlas, 2001.
BRAVO, Ismael. Gestão da Qualidade em Tempos de Mudanças. 3. ed. São Paulo:
Editora Alínea, 2010.
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
PADI - JUNHO 2014-1
CAMPOS, Vicente Falconi. TQC – Controle da Qualidade Total (no estilo japonês). 8.
ed. Minas Gerais: EDG, 2004.
CARPINETTI, Luiz C.R., MIGUEL, Paulo Augusto Couchick, GEROLAMO, Mateus
Cecílio. Gestão da Qualidade ISSO 9001:2008: Princípios e Requisitos. 3. ed. São
Paulo: Atlas, 2010.
DEMING, W. Edwards. Qualidade: a Revolução da Administração. Rio de Janeiro:
Marques-Saraiva, 1990.
FEIGENBAUM, Armand V. Controle da Qualidade Total. São Paulo: Makron Books,
1994.
GARVIN, David A; tradução de João Ferreira Bezerra de Souza. Gerenciando a
Qualidade: a visão estratégica e competitiva. Rio de Janeiro: Qualitymark Ed, 1992.
PALADINI, Edson Pacheco. Gestão da Qualidade: Teoria e Política. 2. ed. São Paulo:
Atlas, 2011.
TAYLOR, Frederick Winslow; tradução de Arlindo Vieira Ramos. Princípios da
Administração Científica. 8.ed. São Paulo: Atlas, 1990.
07 - A NECESSIDADE DE UMA GESTÃO DA QUALIDADE EFICAZ PARA MANTER-SE NO MERCADO
Caroline Teixeira Guilherme1; Job Ribeiro Lemos Filho1; Juliana Silva de Oliveira1;
Mayara Pereira Dias1; Vanderson Gonçalves Rosa1;
Carlos Eduardo Pinto2. RESUMO Será apresentado através do estudo a seguir, aspectos gerais sobre a gestão da qualidade dentro das organizações. Ao se referir a qualidade, somos levados a associar
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
PADI - JUNHO 2014-1
às características físicas de um produto que atende as nossas necessidades. No entanto, essa concepção está em desuso. Atualmente, a qualidade vai além daquilo que é percebido nos produtos, engloba a organização como um todo. Dessa forma as empresas têm buscado a certificação da qualidade por intermédio de entidades que à avaliam em sua amplitude. Através de uma gestão da qualidade eficaz a empresa pode fixar sua marca e se tornar referência no mercado. Palavras Chave: Competitividade. Percepção dos clientes. Excelência. 1 Graduandos do Curso de Administração das Faculdades Integradas do Vale do Ribeira (FVR), Registro, SP. ² Graduado em Administração (UFPR). Especialista em Administração de Marketing (FESP). Mestre em Administração pela Universidade de Extremadura (Espanha) reconhecido pela UFSC. Professor das Faculdades Integradas do Vale do Ribeira.
1 INTRODUÇÃO
Desde o início das grandes civilizações, a qualidade tem sido um item
inquestionável na escolha de um produto. No entanto, esse conceito de qualidade ganhou
novos significados ao longo do tempo. Com o processo da industrialização e da
globalização, a qualidade deixou de ser um diferencial e passou a ser obrigatório para
uma empresa manter-se no mercado.
“Com o passar do tempo à qualidade passou a ser feita através da satisfação dos
clientes.” (CARPINETTI et.al, 2010).
De acordo com Junior et.al (2010) “A qualidade passou a ser discutida na agenda
estratégica do negócio e o mercado passou a valorizar quem a possuía, e a punir as
organizações hesitantes ou focadas apenas nos processos clássicos de controle da
qualidade.”
Qualquer que seja o tipo de organização, a competição está presente. As
organizações têm usado a qualidade de modo estratégico nas suas diversas áreas para
serem competitivas. (OAKLAND, 1994)
Hoje, a qualidade não representa apenas aspectos palpáveis, a qualidade é definida
de acordo com as exigências e necessidades do consumidor.
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
PADI - JUNHO 2014-1
Para Junior et.al (2010) “A qualidade está relacionada as necessidades e aos
anseios dos clientes. Não importa fazer o melhor produto, se o que se faz não vai ao
encontro do consumidor.”
Oakland, (1994) diz que a qualidade é muitas vezes empregada com o significado
de excelência de um produto ou serviço. Devemos definir qualidade de modo que seja útil
em sua administração, precisamos incluir na sua avaliação as verdadeiras exigências do
cliente, suas necessidades e expectativas.
Junior et.al (2010) “Atualmente, a gestão da qualidade abrange uma visão macro da
existência humana, influenciando modos de pensar e de agir.”
Diante do exposto, o presente trabalho busca explorar os principais aspectos que
abrangem o conceito de qualidade nos dias atuais e a sua importância para as
organizações. Sob a ótica de vários autores, buscamos apresentar os principais métodos,
ferramentas e os órgãos que atestam a qualidade de uma organização.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1.Conceito
Junior et.al (2010) expõe que “são utilizadas como referencial para a descrição da
história e evolução do pensamento da qualidade, são: inspeção; controle estatístico da
qualidade; garantia da qualidade; gestão estratégica da qualidade.”
Segundo Paladini (2010) para a qualidade são apresentados vários conceitos, que
podem ser definidos de acordo com o gosto do cliente, a perfeição que o produto oferece
um produto ao cliente, a facilidade da fabricação, o funcionamento e as opções do
produto.
De acordo com Chiavenato (2004) existem dois conceitos de qualidade:
Qualidade interna é a maneira como a organização administra a qualidade dos seus
processos, produtos e serviços;
Qualidade externa é a percepção que o cliente tem a respeito do produto ou serviço
que compra e utiliza.
“Num sentido mais amplo o conceito de gestão da qualidade passou a significar
modelo de gerenciamento que busca a eficiência e a eficácia organizacional.” (JUNIOR
et.al, 2010)
2.2. Desenvolvimento organizacional
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
PADI - JUNHO 2014-1
Chiavenato (2004) afirma que “a qualidade está constituindo uma forte vantagem
estratégica na conquista de clientes.”
“A organização que busca a qualidade estabelece um processo sistemático e
permanente de troca de informações e mútuo aprendizado.” (BRAVO, 2010)
Junior et.al (2010) “Os processos e modelos que fazem parte do universo da gestão
da qualidade possibilitam o incessante aprimoramento das empresas, que a todo instante
são impelidas a alterar suas sistemáticas e procedimentos na tentativa de obter maiores
níveis de competitividade.”
De acordo com Paladini (2010) Para melhorar as suas estratégias e satisfazer os
clientes o máximo possível, é importante à empresa pesquisar seu público e área onde
seu produto será oferecido e quais são os seus concorrentes.
A mudança de mentalidade provocada pela busca da qualidade é um diferencial na
vida do funcionário, tanto na área profissional quanto pessoal. (CHIAVENATO, 2004)
2.3.Métodos, técnicas e ferramentas
Paladini (2010) cita três ambientes da gestão da qualidade:
1. In-line é um ambiente que enfatiza a qualidade no processo da produção e é
caracterizado como um elemento utilizado para não se ter defeitos.
2. Off-line atua na parte externa da organização. As operações off-line são trabalhadas
em paralelo na linha de produção.
3. On-line é um ambiente focado na parte interna da empresa e totalmente
centralizadoras relações da empresa com o mercado.
A filosofia Kaizen(melhoria contínua) diz que “cada pessoa nunca deve estar
satisfeita com o que faz, mas deve sempre estar na busca constante do
aperfeiçoamento.” (CHIAVENATO, 2004).
Chiavenato (2004) aponta três importantes técnicas:
Benchmarking é processo continuo de avaliar produtos, serviços e práticas dos
concorrentes para o aprimoramento organizacional;
Outsourcing é a terceirização planejada onde uma operação interna é transferida para
uma organização que consiga fazê-lo com qualidade superior;
Redução do ciclo de tempo é a redução ou simplificação de ciclos de trabalho e
eliminação de etapas improdutivas no processo, tornando o ciclo operacional mais
enxuto e rápido.
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
PADI - JUNHO 2014-1
2.4. Principais escritores
“A proposição básica de Deming é de que a causa de todo problema de qualidade
pode ser um componente da produção ou dos processos de produção.” Chiavenato
(2004)
Junior et.al (2010) “Os principais pontos da filosofia Deming são:
Aperfeiçoar constante e continuamente todo o processo;
Fornecer o treinamento no local de trabalho;
Colocar todos da empresa para trabalhar de modo a realizar a transformação.
Bravo (2010) aponta que os pontos dessa filosofia dotam a gestão da qualidade de
normas e funções que têm por objetivo ordenar, dirigir e controlar os esforços para
obtenção dos resultados.
“Feingenbaum foi um dos formuladores do conceito de controle da qualidade total. A
premissa básica está ligada a todas as funções e atividades da organização e não apenas
à fabricação e à engenharia.” (JUNIOR et.al, 2010)
Junior et.al (2010,) expõe que segundo Juran, a gestão da qualidade divide-se em três
pontos fundamentais denominados trilogia Juran: planejamento, controle e melhoria. Para
ele, os processos de negócio são a maior e a mais negligenciada oportunidade de
melhoria.
Philip Crosby está associado aos conceitos de Zero Defeito e fazer certo na primeira
vez. Para ele qualidade significa conformidade com as especificações, que por sua vez,
variam de acordo com as necessidades dos clientes. (JUNIOR et.al 2010)
Chiavenato (2004) explica que para Crosby a qualidade decorre da prevenção de
defeitos e não da correção dos mesmos. O único padrão aceitável é o trabalho perfeito e
sem acidentes.
2.5Entidades
Junior et.al (2010) “As legislações de defesa do consumidor, além de normas
internacionais amplas e aplicáveis na cadeia de interação cliente-fornecedor,
transformaram definitivamente o escopo da qualidade, consolidando-a em os pontos dos
negócios.
Junior et.al (2010) “A FNQ, entidade privada e sem fins lucrativos, busca a gestão
da qualidade nas organizações, seu objetivo é promover ações que visem o entendimento
pleno do modelo de gestão referenciado nos Critérios de Excelência.
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Chiavenato (2004) expõe que a FNQ apresenta rigor em seus critérios de avaliação,
os quais não são apenas critérios de bom desempenho, mas de excelência empresarial.
“Assim, o FNQ estimula a melhoria da qualidade da gestão das organizações
brasileiras, reconhecendo anualmente aquelas que se destacaram pela excelência da
gestão de suas práticas e respectivos resultados.” (JUNIOR et.al, 2010)
2.5.1. ISO – Organização Internacional de Normalização.
“Junior et.al (2010,) A ISO (Organização Internacional de Normalização) é uma
organização com o objetivo de facilitar, em nível mundial, a coordenação e a unificação de
normas industriais.”
Segundo Bravo (2010) “tem por objetivo promover o desenvolvimento da
normalização e de atividades mundiais relacionadas, facilitando o comércio internacional
de bens e serviços.”
Chiavenato (2004) afirma que para as organizações competirem no mercado
internacional, precisam ser certificadas pela ISO, pois é o que as empresas de todo
mundo exigem.
Para Carpinetti et.al (2010) a ISO ajuda as empresas a melhorar seus serviços e
satisfazer as necessidades e exigências do cliente, ao estabelecer as metas e parâmetros
de qualidade dos produtos como:
Desempenho técnico ou funcional
Facilidade ou conveniência de uso;
Disponibilidade;
Confiabilidade;
Mantenabilidade;
Durabilidade;
Conformidade;
Instalação e orientação;
Assistência técnica;
Interface com o usuário;
Interface com o ambiente;
Estética;
Conforme Bravo (2010) esses parâmetros “estabelecem os requisitos mínimos de
garantia da qualidade que permitem a auto avaliação nas organizações.”
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
PADI - JUNHO 2014-1
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através do estudo apresentado, pode-se concluir que a qualidade deixou de estar
intrinsecamente associada às características do produto. As ações de todos dentro da
organização passaram a ser direcionadas à eficiência no processo produtivo, nas tarefas
administrativas, no ambiente organizacional, enfim, na organização como um todo,
tornando-se fator imprescindível para o sucesso empresarial.
No contexto da globalização, onde a concorrência passou a ser mundial, a
excelência dos produtos e serviços são aspectos fundamentais para as organizações
alcançarem a liderança do mercado nacional e a sua consolidação no mercado global.
Nota-se que tem sido grande o interesse das organizações em técnicas, métodos e
ferramentas para uma gestão da qualidade eficiente e eficaz. Pois nesse contexto,
encontram-se entidades como a ISO, que avaliam as empresas e a certificam com um
selo de qualidade, reconhecido internacionalmente.
A qualidade deve estar presente em todos os setores da empresa, desde as
atividades básicas até as mais complexas. No entanto, para que esse objetivo seja
alcançado é necessária uma mudança na mentalidade de todos os colaboradores, os
quais devem estar comprometidos para o aperfeiçoamento constante de todos os
processos.
4 REFERENCIAS BRAVO, Ismael. Gestão de qualidade em tempos e mudanças.3ª Edição. Campinas.
Alínea, 2010. CARPINETTI, Ribeiro César Luiz, et.al. Gestão da Qualidade ISO 9001 2008: princípios e requisitos. 3ª Edição. São Paulo. Atlas, 2010.
CHIAVENATO, Idalberto. Administração nos novos tempos. 2ª Edição. Rio de Janeiro.
Elsevier, 2004.
JUNIOR, Marshall Isnard, Et.al. Gestão da Qualidade. 10ª edição. Rio de Janeiro. FGV,
2010. OAKLAND, S. John. Gerenciamento da Qualidade Total.3ª Edição. São Paulo. Nobel,
1994.
PALADINI, Pacheco Edson. Gestão da Qualidade: teoria e prática. 1ª Edição. São
Paulo. Atlas, 2010.
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
PADI - JUNHO 2014-1
08 - MUDANÇA ORGANIZACIONAL: COMUNICAÇÃO, FACILITADOR NO PROCESSO DE MUDANÇA
Adriana Paula de Asevedo¹; André Gustavo Silva¹;
Arielly Rodrigues Guimarães¹; Daniela Tiemi Sakano Neves¹;
Francisca Aldenice Silva Nunes¹; Carlos Eduardo Pinto²;
RESUMO O mundo está cada dia mais evoluído, e para que as organizações acompanhem tal evolução, precisam passar por um processo de mudança evitando o fracasso e em decorrência a morte. Muitas pessoas não tratam isso como um processo natural de transformação. Surgem então as dificuldades e é preciso saber lidar com a gestão de mudança. Em busca de soluções, alguns autores têm se empenhado em descobrir fatores que podem afetar e possibilitar o sucesso no processo. Salienta-se que a comunicação entre a empresa e seus colaboradores é um fator muito importante nessa mudança. No processo de transição é necessário levar em consideração o ambiente, tecnologia sem deixar de respeitar a cultura organizacional e dos colaboradores. Palavras-chave: Mudança Organizacional; Cultura Organizacional; Resistência a Mudança; Processo de Comunicação. 1 Graduandos do Curso de Administração das Faculdades Integradas do Vale do Ribeira (FVR), Registro, SP. ² Graduado em Administração (UFPR). Especialista em Administração de Marketing (FESP). Mestre em Administração pela Universidade de Extremadura (Espanha) reconhecido pela UFSC. Professor das Faculdades Integradas do Vale do Ribeira.
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
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INTRODUÇÂO
Nos dias de hoje tem-se falado muito em mudanças, as empresas precisam e tem
a necessidade de mudar para poder acompanhar as inúmeras transformações que o
mundo está passando. Buscar melhorias contínuas, agilidade, rapidez não somente para
competir, mas para sobreviver no mercado que está cada vez mais exigente.
Vale observar inúmeras propostas para adequação da empresa tais como
reformular o layout, rever qualidade total, administração estratégica, alterar a estrutura, da
tecnologia, do ambiente físico entre outras. É evidente que a mudança tornou-se aspecto
essencial para que as empresas resistam nesse mercado competitivo e que muda a cada
dia. Sabemos que o processo de mudança é constante e contínuo e para isso precisamos
também de planejamento.
Para tanto, o objetivo desta pesquisa é apresentar alguns conceitos de mudança
organizacional, apresentar abordagem planejadas e emergentes deste processo de
comunicação e os canais pelos quais ela se desenvolve conhecer principais fatores de
resistência, reações das pessoas entre a cultura, a comunicação e a mudança
organizacional.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1Conceito de Mudança Organizacional
“Conceituamos mudança organizacional como qualquer alteração significativa,
articulada, planejada e operacionalizada por pessoal interno e/ou externo a organização
que tenha o apoio e a supervisão da administração superior e atinja, integradamente, os
componentes de cunho comportamental, estrutural, tecnológico e estratégico”
(Araujo,2006 p. 254-255).
Para Daft, (2005 p. 269) a mudança organizacional é definida como a adoção de
uma nova ideia ou novo comportamento por uma organização.
O mesmo autor, Daft enfatiza que a mudança pode ser administrativa. “Ao observar
as tendências externas, padrões e necessidades, os administradores utilizam a mudança
para auxiliar a organização a adaptar-se a problemas e oportunidades externas. Quando
as organizações são surpreendidas, falhando na antecipação ou resposta a novas
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
PADI - JUNHO 2014-1
necessidades, a administração é culpada.” Ele acredita que existem forças que atuam
para que essa mudança ocorra, sendo elas forças ambientais ou forças externas e forças
internas. Resumindo brevemente as forças ambientais ou forças externas têm sua origem
nos vários setores do ambiente, isso inclui clientes, concorrentes, tecnologia, forças
econômicas etc., e as forças internas provêm das atividades e decisões que são
realizadas dentro das empresas (Daft, 1999 p.44).
Para Nadler (1989), o gerenciamento da mudança é bem sucedido quando: a
organização consegue se promover do estado em que se encontrada para o estado
pretendido; o funcionamento da organização do estado futuro atende as expectativas, isto
é funciona como o planejado e a transição é realizada sem custos indevidos para a
organização e para as pessoas. Sendo um estado ideal buscado por muitas
organizações.
2.2Causas de Resistências à Mudança Organizacional
De acordo Oliveira (2009), Mello(1978,p.41)relata algumas acusas de resistência
às mudanças na empresa sendo elas, a não aceitação do que o incomoda; tendência e só
perceber o que o convém; desconfiança; receio de perder coisas boas atuais; insegurança
pessoal (por desconhecimento ou falta de controle); dependência de ação para com outra
pessoa; e a necessidade de reagir contra.
Robbins (1999 p.394-423) apresenta seis aspectos específicos que atuam como
desencadeadores de mudança que são. A natureza da força do trabalho; a tecnologia; os
choques econômicos; a concorrência; as tendências sociais e a política mundial. Esses
aspectos estariam presentes no cotidiano organizacional de forma mais ou menos aguda
em determinados momentos, mas constantemente exerciam pressão sobre a
organização.
Baseado no trabalho de Kurt Lewin, (Stoner e Freeman1999 p. 303), observou que
segundo ele, a maioria dos esforços de mudanças fracassa por dois motivos; as pessoas
não se dispõem (ou são incapazes de) alterar atitudes e comportamentos antigos e outro
é mesmo o empregado estando disposto a mudar seu comportamento, essas mudanças
tendem a ter vida curta, pois basta ficarem sozinhos e os padrões habituais de
comportamento tendem a voltar.
De acordo com os preceitos de Daft, (1999 p.236-237) os empregados resistem às
mudanças por diversos motivos, sendo eles: a falta de compreensão e confiança, a
incerteza, o auto interesse e as avaliações e metas diferentes. A falta de compreensão e
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de confiança ocorre quando os funcionários da empresa não entendem qual foi a
finalidade pretendida para que ocorresse essa tal mudança, ou acabam distorcendo as
intenções que estão por trás e com isso a resistência pode ocorrer. A incerteza é a falta
de informações sobre eventos futuros e representa o temor pelo que está por vir, o
desconhecido. A incerteza é ameaçadora para os empregados que têm baixa tolerância a
mudanças e temem o novo e o incomum, pois eles não sabem ao certo de que forma a
mudança vai afetá-los e preocupam-se se serão capazes de atender as demandas. O
auto interesse ocorre quando os empregados resistem à mudança porque acreditam que
irão perder alguma coisa valiosa, essa mudança pode levar a uma percepção de perda de
poder, de prestígio, de pagamento ou de benefícios da empresa e o temor de perda
pessoal é um dos maiores obstáculos para que ocorram as mudanças na organização.
Outras razões para a resistência à mudança são as de que as pessoas afetadas pela
inovação podem avaliar a situação de maneira diferente e de que cada um persegue
metas e objetivos diferenciados, nesta razão se encaixam as avaliações e as metas
diferentes.
2.2.1 Processo para Reduzir a Resistência às Mudanças
Então, seguindo o trabalho de Lewin, conforme Stoner e Freeman (1999 p. 303);
fatores que ajudam no processo de resistência, tornar óbvia a necessidade de mudança a
ponto do indivíduo, do grupo ou organização poder vê-la e aceitá-la, implica em
“Descongelar”. Outro processo é indicar um agente de mudança treinado para poder
liderar os indivíduos na organização e alimentar novos valores, atitudes e
comportamentos através de identificação e internalização e logo perceberão a eficácia no
desempenho. Por fim o “Recongelar”, ou seja; o novo padrão se transformará em regra
geral, usando um mecanismo de apoio ou reforço, de modo a se tornar uma nova norma.
É possível estabelecer alguns processos para reduzir a resistência às mudanças
nas empresas basta informar fatos, necessidades, objetivos e prováveis efeitos da
mudança; persuadir sobre fatores que levaram a decisão de mudança e ainda solicitar
colaboração no diagnóstico, na decisão e no planejamento de ações decorrentes. Para o
analista competente, verifica-se que estes processos adequadamente trabalhados não
representam dificuldades maiores, argumenta Oliveira (2009 p. 445).
3. O processo e a importância da comunicação
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Podemos definir o processo de comunicação de forma simplificada como uma
atividade humana caracterizada pela transmissão e recepção de uma informação entre
pessoas, ou seja, uma troca de informações geradas.
Lyman W. Porter e Karlene H. Roberts (Stoner e Freeman 1999 p. 389), cita
definição operacional da comunicação em três pontos essenciais: primeiro envolve
pessoas, e para compreender a comunicação temos que compreender as como as
pessoas se relacionam com as outras. Segundo: comunicação envolve significados
compartilhados, isso sugere que as pessoas devem concordar com os termos usados.
Terceiro: Comunicação é simbólica, gestos, sons, letras, números e palavras só podem
representar ou sugerir as ideias que eles pretendem comunicar.
Na visão de Hall (2004 p. 155-156), “o processo de comunicação nas organizações
contém elementos altamente organizacionais e amplamente individuais”. Um exemplo
citado por ele no nível individual é simples exame em sala de aula. Cada indivíduo tem
maneiras diferentes e conhecimentos e interpretações, se isso acontecesse todos dariam
a mesma resposta a uma questão. Nas organizações o processo de comunicação tem
origem de canais estruturados e das posições que as pessoas ocupam isso irá influenciar
a interpretação das comunicações pelos indivíduos. O processo de comunicação é, por
definição relacional, transmissor e receptor e os efeitos precisam ser recíprocos para cada
um a medida que se comunicam. Se o transmissor ficar intimidado com o receptor afetará
o processo. Só haverá comunicação se, de alguma forma, o receptor indicar ao emissor
que recebeu a informação que lhe foi enviada, isso ocorre pelo envio de informação em
retorno (feedback).
Dois motivos tornam a comunicação eficaz e importante para os administradores.
Primeiro porque a comunicação é um processo através do qual os administradores
conseguem planejar, organizar, liderar e controlar. Segundo dedicação dos
administradores a atividade de comunicação, eles nunca estão sozinhos pensando,
planejando ou contemplando alternativas. Grande parte do tempo de administrar é gasto
na comunicação face-a-face, por e-mail, telefone com seus subordinados, pares,
supervisores, fornecedores ou cientes. A comunicação tornou-se o “sangue vital” das
organizações. A falta dela pode causar o equivalente a uma doença cardiovascular nas
organizações. A tecnologia acelerada apressa e complica os meios de comunicação e um
ambiente instável manda sinais que mudam rapidamente, refletindo mudanças em valores
sociais e culturais. Stoner e Freeman (1999 p. 388).
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Como pode ser observado por Hall (2004 p. 156), existem organizações com
diversos tamanhos, tecnologias avançadas, grau de complexidade e formalização, às
vezes criadas para ser ou tornar-se sistema de processamento de informações. Poder,
liderança e tomada de decisões ajudam no processo de comunicação, explícita ou
implicitamente. As comunicações nas organizações devem ter informações claras,
precisas, apropriadas para todos aqueles que necessitam do conteúdo.
4. Cultura Organizacional
Para que as mudanças organizacionais sejam efetivas devem se realizar no
âmbito da cultura organizacional.
Na concepção de Snell (1998 p.258) o desenvolvimento da teoria administrativa é
continua. Na década de 80 um dos tópicos mais falados foi a cultura organizacional da
empresa. Retornando em 90, com mais executivos que reconhecem a importância da
compreensão para melhor administrar.
“Para Schein (apudChiavenato 2004, p.158), a cultura é “um padrão de assuntos
básicos compartilhados que um grupo aprendeu como maneira de resolver seus
problemas de adaptação externa e integração interna, e que funciona bem como a
maneira correta de perceber, pensar e sentir em relação àqueles problemas”.² Para
Jacques, a cultura organizacional é a maneira costumeira ou tradicional de pensar e fazer
as coisas, compartilhada em grande extensão por todos os membros da organização e
que os novos membros devem aprender e aceitar para serem aceitos no serviço da
firma”. Em outras palavras, a cultura organizacional representa as normas informais e não
escritas que orientam o comportamento dos membros de uma organização no dia-a-dia e
que direciona suas ações para o alcance dos objetivos organizacionais. No fundo, é a
cultura que define a missão e provoca o nascimento e o estabelecimento dos objetivos da
organização. Cada organização tem sua própria cultura, dominado de cultura
organizacional”.
Considerações finais
Num aspecto geral, observamos que a comunicação é um dos principais elementos
que aparecem como restrição aos processos de mudança e que, ao contrário, pode ser
também um elemento facilitador e determinante da efetividade desses processos.
Portanto o sistema de comunicação interna se for desenvolvida e praticada de forma
eficaz às políticas e às estratégias da organização, torna-se importante e, sabemos que a
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comunicação não será um veículo facilitador nas questões organizacionais se não for
utilizada corretamente e de forma a diminuir os diferentes conflitos gerados devido à
mudança. Para que tudo flua bem é essencial o amplo entendimento da cultura
organizacional. Por meio de hábitos e atitudes, o indivíduo comunica sua cultura, pois,
está o tempo todo se comunicando pelo olhar, pelo gesto, pela escrita, mostrando, na
verdade, os valores e as crenças organizacionais então, a comunicação é o melhor
caminho para se estudar a cultura organizacional. Analisando a comunicação em uma
organização que aprendemos o pensar e o sentir da mesma. Devemos sempre
acompanhar as inovações para obter melhores resultados e sem esquecer de valorizar o
fator humano envolvido nos processos de trabalho e o ambiente em que está inserido.
Convivemos com a certeza da mudança, mas o que realmente devemos nos
preocupar é em compreender os processos que a sustentam a organização. Destaca-se
também às restrições que dificultam ou impedem que as mudanças ocorram, os motivos
das resistências e o estudo dos elementos que levam ao seu sucesso. Sendo assim,
devemos focar e pensar na comunicação como um facilitador da mudança organizacional,
sendo esta entendida como o processo de transformação da cultura organizacional. Afinal
a mudança é contínua.
REFERÊNCIAS: ARAUJO, Luis César G.Organização, Sistemas e Métodos e as Tecnologias de Gestão Organizacional. 2ª Edição. São Paulo: Atlas, 2006.
CHIAVENATO, Idalberto. Administração nos Novos Tempos. 2ª Edição. Rio de Janeiro:
Campus, 2004. DAFT, Richard L.Administração. 4ª Edição. São Paulo: Livros Técnicos e Científicos,
1999.
DAFT, Richard L.Administração. 6ª Edição. São Paulo: Pioneira Thomson Learning,
2005.
HALL, Richard H.Organizações, processos e resultados. 8ª Edição. São Paulo:
Pearson Pretntice Hall, 2004. NADLER, D. A. Gerstein, M. S.; Shaw, A.B. Arquitetura Organizacional. Rio de Janeiro:
Campus, 1989.
OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças.Sistemas,Organização e Métodos: Uma Abordagem Gerencial. 18ª Edição. São Paulo: Atlas 2009.
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
PADI - JUNHO 2014-1
ROBBINS, S.P.Mudança Organizacional e Administração do Estresse.
Comportamento Organizacional. 2ªEdição. Rio de Janeiro: Livros Técnicos Científicos,
1999.
SNELL, Thomas S. Beteman Scott A. Construindo Vantagem Competitiva.1ªEdição.
Atlas, 1998.
STONNER, James A.F. e FREEMAN, R. Edward. Administração. 5ª Edição. J.C., 1999.
09 - VISÃO AMPLIADA DOS BENEFÍCIOS QUE COMPÕEM OS PRODUTOS
Jessica Cristine da Silva Alves¹; Lucas Luan Claro¹;
Matheus Macy Marcondes¹; Poliane de São Miguel¹;
Rene Jeremias Sobral Junior; Tulio Marcos de Moraes Gomes¹;
Abigail D. Lunelli Pinto² RESUMO O objetivo deste trabalho é discutir o tema marketing de produto ressaltando sua importância, abordando seus itens gerais baseada em pesquisas. Um produto só é comprado pelo benefício que ele provê. Em outras palavras, um produto tem valor para alguém apenas quando for percebido como algo que satisfaz alguma necessidade. Quanto maior o seu conhecimento sobre o mercado, clientes, fornecedores, concorrentes, melhor será o desempenho do seu negócio. O objetivo da pesquisa de marketing é identificar e definir os problemas. É uma forma de reduzir as incertezas para melhorar a tomada de decisão. Palavras Chaves: Marketing; Produto; Estratégia.
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1 Graduandos do Curso de Administração das Faculdades Integradas do Vale do Ribeira (FVR), Registro, SP. ² Graduada em Administração (UNIP). Especialista em Administração de Marketing (FESP). Mestre em Administração (UNICID). Professora das Faculdades Integradas do Vale do Ribeira (FVR). Sócio-Proprietário da Ampla RH Consultoria Ltda.
INTRODUÇÃO
As necessidades e comportamentos do consumidor têm mudado muito nos últimos
anos em relação ao produto que vão adquirir, e as organizações estão atentas a essas
mudanças, estão sempre procurando agregar algum tipo de valor a seus produtos e
serviços. Seja através da qualidade, da tecnologia, do design, da marca enfim, estão
procurando agregar valor para seus consumidores.
O lançamento de determinado produto por uma organização é planejado
detalhadamente e são utilizadas estratégias de marketing como alto impacto nos
consumidores. A divulgação é importante, mas o ponto de destaque está nos produtos:
tecnologia, garantia, qualidade, embalagem são o foco da divulgação para atrair o
consumidor em relação à marca ou produto.
Um dos pontos importantes que a organização deve se orientar é sobre qual o
público alvo que irá comprar seu produto, quais serão os meios de divulgação, o ponto de
venda do mesmo, zelar a sua imagem perante o público, dentre outros fatores, que são
importantes para o reconhecimento da organização diante o consumidor final.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Definição de Produto em Marketing
De acordo com IRIGARAY et al, 2006, (apud SEMENIK e BAMOSSY, 1996)
Produto é um conjunto de atributos tangíveis e intangíveis que proporciona benefícios
reais ou percebidos com a finalidade de satisfazer as necessidades e os desejos do
consumidor.
LAS CASAS (2005), define produto como o objetivo principal das relações que
podem ser oferecidos num mercado para pessoas físicas ou jurídicas, visando
proporcionar satisfação a quem os adquire ou consome.
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
PADI - JUNHO 2014-1
Os produtos somente serão vendáveis se possuírem benefícios suficientes que
possam motivar os consumidores para a compra. Quanto maior for a utilidade
proporcionada, maior a chance de ser escolhido entre as alternativas existentes. Neste
sentido, os produtos proporcionam utilidade de tempo, de forma, de lugar e de posse. Isto
significa que aspectos como a época que estará disponível no ponto de venda, as suas
características e atributos, os locais que poderão ser adquiridos e a satisfação
proveniente de sua posse são fatores que determinam sua utilidade total.
O ciclo de vida do produto
Segundo VIANNA (2006), ao ser lançado no mercado um produto já traz um custo
significativo, contraído entre geração de ideia e sua colocação no mercado. Assim antes
mesmo de ser comercializado ele já contabiliza algum prejuízo (custo) para a
organização, o produto recém-lançado necessita de investimentos em desenvolvimento
tecnológico, embalagem, distribuição e propaganda. Essa fase se caracteriza por
prejuízos constantes.
Na fase do crescimento que aparecem os primeiros concorrentes, pois a demanda
do mercado aumenta rapidamente, com isso cresce a necessidade de novos
investimentos por parte da empresa para consolidar e aumentar a participação de
mercado, o que se da num momento difícil, pois, com o incremento de oferta, os preços
caem.
O estágio de maturidade se caracteriza por um crescimento de vendas lento e
baixo, as vendas tendem a se estabilizar tão-somente acompanhando, nessa fase, o
crescimento vegetativo do mercado.
Na última fase “o declínio” o produto fica obsoleto, superado por algo que o
substitui ou porque está saindo de moeda. As empresas reduzem os investimentos em
desenvolvimento, propaganda, distribuição e diminuem a oferta de diferentes modelos. Ao
fim do estágio de declínio, a organização deverá decidir o momento de retirar o produto
do mercado ou reposicioná-lo em outro nicho especifico.
Qualidade e Design do Produto
De acordo com GURGEL (2001), estamos acostumados a uma definição de
qualidade que abrange o atendimento pelo produto, dos requisitos do mercado, com o
perfeito desempenho, com confiabilidade, com durabilidade, com adequação ao uso, com
estética e em conformidade com os padrões.
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PADI - JUNHO 2014-1
Um bom desenvolvimento é composto por um conjunto de técnicas para delinear o
conceito de um segmento de mercado, determinar uma necessidade especifica dos
usuários, definir o desempenho necessário do produto, levantar e analisar similaridade,
traçar as linhas conceituais de que o produto, a embalagem e a publicidade deverão
revestir-se.
O primeiro passo para definir os requisitos do mercado é a realização de uma
pesquisa, para definir as necessidades dos usuários de produtos. Outra oportunidade é
localizar produtos no mercado que já estejam ultrapassados e que estão atendendo mal
as necessidades do sucesso, bem como, procurar produtos com um ajuste deficiente em
relação ao usuário.
A área de desenvolvimento do produto recebe os requisitos de mercado
devidamente documentados e estimula o processo de inovação, que é a capacidade da
engenharia de desenvolver e transformar em realidade industrial e comercial o produto
delineado nos requisitos de mercado e acrescido de todas as idéias desenvolvidas pela
criatividade da mente humana.
Função e Gerencia dos Produtos
Segundo MATTAR e SANTOS (2003), o sistema de gerencia de produtos é
bastante antigo nas empresas, pois há indícios de que, em 1894, a General Eletric já tinha
essa função em sua área comercial. No entanto, muitos estudiosos entendem que a
primeira empresa a adotar essa função foi a Procter e Gamble, na década de 30. A
análise das organizações que optaram pelo sistema de gerencia de produtos mostra que
não há um padrão no estabelecimento das atribuições e responsabilidades desse tipo de
função. As diferenças são decorrentes do tipo de atividade de cada organização, suas
políticas e estratégias de marketing, posicionamento de mercado, cultura organizacional,
estagio tecnológico e outras variáveis relevantes. O Gerente de Produto foca apenas no
produto, mas se envolve em todas as áreas relacionadas: desenvolvimento,
implementação, atendimento, marketing e vendas. Ele não é responsável por todas essas
áreas, mas tem que preencher as lacunas, aonde elas existirem.
Marcas
Para LUZZI (2008), marcas são importantes fatores de diferenciação. Os
consumidores, ao comprarem os produtos, associam à marca uma série de atributos, com
base em informações ou experiências anteriormente adquiridas. Além deste objetivo de
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identificação, as marcas servem para proteção dos fabricantes ou dos distribuidores. Com
elas é possível criar lealdade se a qualidade associada à marca for aceitável.
Tornando-se conhecida e associada com bons produtos, a marca constitui-se em
grande patrimônio. O objetivo de muitas empresas é alcançar essa posição privilegiada. O
celofane e a xérox são exemplos de nomes genéricos. Outros exemplos podem ser
citados: gilete, aspirina, querosene, náilon, chicletes ou cola. Quando isso ocorre, a marca
perde a sua identidade e a empresa sairá prejudicada, pois ela não servirá mais como
elemento diferenciador.
Algumas empresas tomam cuidados especiais para que suas marcas não se
tornem genéricas. A Coca-Cola, por exemplo, já processou 800 varejistas desde 1945, a
fim de proteger sua marca registrada e para ter certeza de que os consumidores estão
recebendo “a coisa verdadeira” (them real thing) quando pedem “Coke” em qualquer lugar
do mundo.
A marca é um nome, termo, sinal, símbolo ou desenho que serve para
identificação dos produtos ou linha de produtos. Podem ser de um fabricante como no
caso de Antártica, ou pode ser de um produto como a Fanta. Poderá ainda caracterizar
uma linha de produto como Philips ou de um distribuidor como no caso das Casas Bahia.
A parte que pode ser pronunciada é chamada marca nominal. A matriz ou tipo
formado pela reunião de duas ou mais letra em uma peça única caracteriza um logotipo.
O logotipo é uma representação gráfica que tenha algum relacionamento com a empresa
(logomarca).
Serviços e Garantias
Para LAS CASAS (2005), alguns serviços devem ser considerados na
comercialização de certos produtos. As dificuldades que podem surgir no consumo, como
uso de máquinas e equipamentos, poderão determinar um grau elevado de prestação de
serviços. Quanto maior a facilidade proporcionada, maior a chance de venda. Como
exemplos de dificuldades podem citar que um dos maiores problemas para os
consumidores de algumas mercadorias importadas no Brasil, no início da abertura
comercial, era a prestação de serviços pós-venda. Por esta razão, muitas vezes a
manutenção de determinados veículos importados, por exemplo, era muito cara, por não
existir facilidade para encontrarem peças ou serviços mecânicos especializados.
A garantia, por sua vez, é muito usada para criar maior credibilidade na venda de
diversos produtos. Os consumidores podem ficar relutantes no momento de uma decisão
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por desconhecerem o produto ou a marca, principalmente se estão prestes a gastar
valores elevados. Com a garantia, os fabricantes responsabilizam-se por seus produtos
por determinado período, reembolsando qualquer despesa dentro das condições
contratuais, reduzindo conseqüentemente o nível de incerteza que os consumidores
possam apresentar.
Embalagem
De acordo com LAS CASAS (2005), Com o desenvolvimento do auto-serviço em
vários setores, a embalagem passou a ter papel de extrema importância para a venda de
produtos. Chega-se a dizer que a embalagem é o vendedor silencioso de uma empresa.
O consumidor poderá encontrar hoje grande variedade de diferentes marcas nas
gôndolas dos supermercados, a escolha será em grande parte influenciada pela sua
embalagem.
A embalagem é o invólucro protetor de produto e serve para facilitar a
armazenagem, proteger, facilitar o seu uso, conservar e, como mencionado, ajudar a
vendê-lo. São várias as suas funções e os administradores de marketing dão muita
importância para a determinação de embalagens. Hoje em dia, elas devem inclusive
proporcionar benefícios adicionais. Muitas conservas são vendidas em potes que podem
ser aproveitados posteriormente, ou então embalagens de geléias, que poderão ser
usadas como copo, depois de consumido o produto.
O uso de embalagens vai ser diferenciado de acordo com seus objetivos. A venda
do produto de algum fabricante para um varejista poderá ser feita em caixas fortes e
resistentes. O varejista, por sua vez, venderá os produtos com embalagens destinadas
aos consumidores com maior apelo promocional.
O rótulo é outro componente e a parte da embalagem que traz as informações do
produto. Normalmente um rótulo deve conter a marca nominal ou símbolo, nome e
endereço dos distribuidores, composição, tamanho e usos recomendados.
As informações que os fabricantes incluem em seus rótulos são extremamente
importantes. Além do principal aspecto, o respeito ao consumidor, há também a exigência
legal do Código de Defesa do Consumidor. Segundo esta orientação, o consumidor tem
direito à informação.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Tento em vista a abordagem do assunto de vários autores, pode-se perceber que o
produto é um agente importante na relação marketing versus cliente, o consumidor optará
pelo produto que considerar como o de maior valor e com isso levará em consideração os
aspectos tangíveis e intangíveis, cabendo aos profissionais de marketing total atenção.
Um Gestor de Marketing junto com seus colaboradores deve sempre estar atentos
em quais produtos produzir e vender, quais produtos serão acrescentados, quais deverão
ser abandonados, a divulgação deste produto, qual o tipo de consumidor alvo. Enfim,
estar sempre atento a todas as mudanças, necessidades, as mudanças tecnológicas e
comportamentos do consumidor, pois são fatores de extrema importância para o
crescimento ou não da organização.
REFERENCIAS GURGEL, F.A . Administração do produto. São Paulo: Editora Atlas: 2001.
IRIGARAY,H.A; MOREIRA, L.P; NASSER, J.E; VIANNA ,A. Gestão e Desenvolvimento de produtos e marcas. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2006.
LAS CASAS, A.L; Marketing: conceito, Exercícios e casos. - 8.ed. São Paulo: Atlas,
2009.
MATTAR, F.N; Santos, D.G. Gerencia do produto, como tornar seu produto um sucesso. Rio de Janeiro: Atlas: 2003.
10 – PRODUTO: A PRINCIPAL VARIÁVEL CONTROLÁVEL
Augusto Iago de Carvalho Wolf 1; Geraldo Magela Gomes 1;
Luis Henrique Nascimento Silva 1; Vanderléia Luci Bellon1;
Wellington da Costa Gonçalves Barbosa1; Abigail Deolinda Lunelli Pinto²;
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RESUMO Na gestão do marketing, observa-se a relação de quatro variáveis controláveis pelas empresas, dentre elas o produto. É através dele que é calculado o preço de venda, as promoções e o local de sua venda, ou seja, sem o produto esses componentes seriam até mesmo inexistentes. O estudo interpela a importância do produto para as empresas, abordando as suas principais características e os seus benefícios ao consumidor. A decisão de compra está diretamente relacionada à utilidade do produto e aos seus pontos positivos, porém, o leque de benefícios disponibilizados pelas empresas leva em consideração fatores como a concorrência e as expectativas dos clientes no mercado. Por fim, é na análise e na disposição de benefícios que o usuário irá criar motivação e estímulo para a realização da compra. Palavras chave: Benefícios; Consumidor; Decisão; Compra. 1 Graduandos do Curso de Administração das Faculdades Integradas do Vale do Ribeira (FVR), Registro, SP. ² Graduada em Administração (UNIP). Especialista em Administração de Marketing (FESP). Mestre em Administração (UNICID). Professora das Faculdades Integradas do Vale do Ribeira (FVR). Sócio-Proprietário da Ampla RH Consultoria Ltda.
1. INTRODUÇÃO
A evolução do conceito de marketing passou a considerar o relacionamento como
forma de obter vantagem competitiva em um ambiente cada vez mais concorrido. Com os
estudos do autor americano McCarthy, o marketing ficou baseado em quatro variáveis
controláveis, ou seja, a partir desse embasamento houve a possibilidade de exercer o
controle do planejamento desses quatro itens. Portanto, os 4P’s, como ficaram
conhecidos eram: Produto, preço, ponto de venda e promoção. O produto é considerado o
principal deles, pois basicamente, é através dele que são aplicados os outros
componentes.
Nas eras do marketing observa-se a importância do produto e de suas
características nos diversos propósitos, como por exemplo, no marketing sociental, no
qual o produto deveria atender as necessidades e os desejos dos consumidores de
maneira a preservar ou ampliar o bem estar deles, da sociedade e do meio ambiente.
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PADI - JUNHO 2014-1
Para o maior controle dos estoques nas empresas, é admitido que o consumidor
seja consultado antes da elaboração do produto, pois assim, o mesmo poderá vir com as
características e as qualidades que o consumidor desejar. Na esfera externa, as variáveis
incontroláveis afetam diretamente as organizações, que por sua vez devem estar sempre
se adaptando conforme estas mudanças no mercado. A concorrência é um fator externo
que pode influenciar na sobrevivência das empresas, pois quanto maior for ela, mais as
empresas terão que aperfeiçoar seus métodos de produção, ofertando mais qualidade,
maiores benefícios aos consumidores, como ampliar as opções de pagamento, ou até
mesmo reduzir os preços; apesar de a concorrência ser uma variável incontrolável, e
possível que as empresas tenham certo controle nesta variável. Por fim, é perceptível que
todas essas ações giram em torno do produto, sendo seus benefícios, suas
características e suas qualidades que afetam diretamente na decisão de compra do
consumidor.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Os consumidores procuram diferentes benefícios na compra dos produtos. Alguns
poderão procurar qualidade, outros status, outros preços e assim por diante.
Segundo LAS CASAS (2009), além das características diferenciadoras de um
produto no seu aspecto básico, existem outros elementos que o compõem e que são
importantes determinantes decisórios.
2.1 QUALIDADE
De acordo com JANSEN (2011), a qualidade de produtos é definida em termos de
capacidade de um produto para desempenhar suas funções; inclui a durabilidade geral do
produto, sua confiabilidade, precisão, facilidade de operação e vários outros atributos
valiosos. Ainda que um produto se apresente perfeito tecnicamente, não se adequando ao
uso, isto é, se não satisfazer as expectativas dos consumidores, não terá, do ponto de
vista empresarial, qualidade, mesmo que tecnicamente possua. JANSEN conclui que “a
qualidade não é o que colocamos em nosso produto, mas aquilo que o cliente retira dele”.
Para SARQUIS (2003), a qualidade do produto deve ser determinada e avaliada
com base na percepção dos consumidores e, por isso, está intimamente ligada ao
marketing.
Segundo LAS CASAS (2009), a importância do aspecto qualidade para o marketing
é incontestável. Porém à medida que a qualidade aumenta, os preços devem aumentar
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também; e para fabricar produtos mais acessíveis aos consumidores, os fabricantes
poderão preferir fabricar aqueles de qualidade inferior. Ele lembra que as empresas que
possuem certificados (por exemplo ISO 9000), procuram divulgar que estão qualificadas,
gerando o marketing dos certificados, o que reforça que a qualidade é um importante
atributo para a venda de produtos e serviços.
CHURCHILL; PETER (2000) afirmam que no mínimo, os clientes querem produtos
que executem as funções a que se destinam e façam isso relativamente bem. Alguns
clientes estão dispostos a aceitar uma qualidade menor se o uso do produto não for difícil
e o preço for mais baixo.
Eles ainda lembram que o certificado de qualidade garante que o produto
realmente apresenta as características divulgadas e que terá um desempenho adequado.
Normalmente, se o produto não tiver um bom desempenho em situações de uso
adequadas, o fabricante garante a substituição da peça ou o reembolso do dinheiro pago.
Esses certificados indicam, para alguns clientes, que o fabricante está confiante na
qualidade dos novos produtos.
2.2 MARCA
TAVARES (2003), diz que o conceito de produto deve ratificar a promessa básica,
pois a sua função tangível precisa ser cumprida a fim de garantir a qualidade intrínseca.
Se os atributos e os benefícios não estiverem sintonizados com os demais componentes
da estratégia de marca, esta apresentará um erro de marketing. De acordo com ele, a
marca vale mais do que o produto e até mais do que a própria empresa. O marketing vive
definitivamente a era das marcas. Ter uma marca diferenciada e ser capaz de fixá-la na
mente do consumidor é o grande desafio estratégico e tático perseguido pelas
organizações. Ainda segundo ele, o marketing e a marca criam necessidades “reais” que
ajudam a sublimar a inconsciência, prendendo o indivíduo ao objeto do desejo.
Conforme CHURCHILL; PETER (2000), usar uma marca é uma maneira de
distinguir produtos na mente de compradores potenciais. Eles podem dedicar um esforço
extra e gastar dinheiro adicional para comprar uma determinada marca. O
comprometimento com a compra de uma marca específica é chamado de lealdade de
marca.
Para KOTLER (1998), uma marca representa a promessa de o vendedor entregar
um conjunto específico de características, benefícios e serviços aos compradores.
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Para LAS CASAS (2009), o objetivo de muitas empresas é alcançar a posição
privilegiada de ter suas marcas conhecidas e associadas com bons produtos pelos
consumidores.
2.3 DESIGN e EMBALAGEM
LAS CASAS (2009) lembra que diversos autores chegam a dizer que a embalagem
é o vendedor silencioso de uma empresa. Hoje em dia elas devem, inclusive, proporcionar
benefícios adicionais, como por exemplo, as conservas que podem ser aproveitadas
posteriormente, ou as embalagens de geleia, que poderão ser usadas como copo, depois
de consumir o produto. O formato deve permitir fácil armazenamento e facilidade para
carregamento. Outros produtos não podem ser experimentados nem ter a qualidade
comprovada antes de sua compra. Neste caso, a embalagem é desenhada para que os
consumidores possam ter uma ideia melhor do que estão comprando.
Conforme KOTLER (1998), a embalagem tem se tornado uma potente ferramenta
de marketing. Embalagens bem desenhadas podem criar valor de conveniência para o
consumidor e valor promocional para o fabricante.
Para CHURCHILL; PETER (2000), além de proteger e conter o produto, a
embalagem pode oferecer conveniências para os clientes, pode proporcionar segurança,
por preservar o produto de danos de transporte e de adulterações. Em alguns casos, as
embalagens têm dispositivos antirroubos, como uma faixa magnética ou uma etiqueta de
plástico a ser desativada por um funcionário da loja.
2.4 ROTULAGEM
Ainda conforme KOTLER (1998), o rótulo pode desempenhar várias funções.
Identifica o produto ou a marca, classifica o produto, pode descrever o produto e
finalmente, pode promover o produto por meio da aparência gráfica atraente.
CHURCHILL; PETER (2000) reafirmam que os rótulos podem dar suporte ao
marketing, promovendo o produto e acrescentando valor para os clientes ao oferecer
informações que os ajudem na seleção e uso do produto.
2.5 SERVIÇOS E GARANTIAS
Segundo LAS CASAS (2009), alguns serviços devem ser considerados na
comercialização de certos produtos. As dificuldades que podem surgir no consumo, como
uso de máquinas e equipamentos, poderão determinar um grau elevado de prestação de
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serviços. Quanto maior a facilidade proporcionada, maior a chance de venda. Serviços
podem ser considerados como um esforço constante de aperfeiçoamento. A assistência
técnica de muitos produtos requer que os trabalhadores sejam treinados durante muito
tempo para que seja mantida a qualidade. A garantia, por sua vez, é muito usada para
criar maior credibilidade na venda de diversos produtos. Com ela, os fabricantes
responsabilizam-se por seus produtos por determinado período, reembolsando qualquer
despesa dentro das condições contratuais, reduzindo consequentemente o nível de
incerteza que os consumidores possam apresentar.
Para SARQUIS (2003), a troca/devolução de produtos defeituosos é um serviço às
vezes polêmico, mas que se justifica em função do grau de confiança/credibilidade
conseguida entre os clientes.
2.6 VARIEDADE DE PRODUTOS
De acordo com LAS CASAS (2009), um novo produto permitirá à empresa receber
certos benefícios. Um deles é a vantagem de conseguir lucros isoladamente perante a
concorrência, até que possam lançar produtos semelhantes, principalmente se envolver
alta tecnologia. Além disso, a empresa inovadora obterá prestígio mantendo certa
liderança no seu mercado de atuação. Mas um produto inadequado ou uma falha no
programa de marketing poderão determinar o fracasso de certos lançamentos.
2.7 CARACTERÍSTICAS DO PRODUTO
Para CHURCHILL; PETER (2000), os profissionais de marketing selecionam as
características de um novo produto determinando o que os clientes querem que ele
ofereça. As organizações voltadas para o valor procuram não só perguntar aos clientes
potenciais o que eles desejam, mas saber do que é provável que esses clientes precisem.
Ainda segundo eles, uma característica importante de alguns novos produtos são
as cores em que são oferecidos. A cor de um produto pode influenciar em como as
pessoas percebem seu valor e até determinar se elas o comprarão ou não.
2.8 SEGURANÇA
JANSEN (2011) diz que, além de atender as necessidades dos consumidores, os
produtos devem proporcionar segurança. Suas ofertas terão que ser de forma a proteger
o usuário, e neste aspecto, embalagem e rotulagem desempenham papéis fundamentais.
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Para CHURCHILL; PETER (2000), a segurança é uma questão tanto ética como
prática. Eticamente, a visão dominante é que os clientes não devem ser prejudicados pelo
uso recomendado de um produto. A questão prática é que quando os usuários se
prejudicam com um produto, evitam comprá-lo no futuro, aconselham familiares e amigos
a evitá-lo, além de, às vezes, processarem a empresa que o fabricou ou vendeu.
2.9 DIMENSÕES
Ainda de acordo com JANSEN (2011), os produtos possuem três dimensões
distintas de atendimento à demanda:
Dimensão estética: Consiste na relação que se dá entre um produto e um usuário, isto
é, na experiência sinestésica com o objeto. Por exemplo, um perfume que evoca uma
cor, um som que evoca uma imagem, etc. Criar função estética para os produtos é
uma das principais tarefas de designers industriais na atualidade.
Dimensão psicológica: Está em consonância com a estimativa de satisfação que eles
podem gerar para seus usuários. O grau de satisfação dos indivíduos com o uso de
produtos envolve aspectos subjetivos e inconscientes. Um produto tem função
simbólica quando sua percepção gera conexões com experiências e sensações
vividas anteriormente.
Dimensão funcional: Está ligada à utilidade básica prevista para um produto. Aspectos
tangíveis como o material empregado na fabricação e cores geram efeitos psicológicos
nas pessoas.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O ambiente globalizado e dinâmico em que as empresas estão inseridas
atualmente oferecem diversas oportunidades, mas ao mesmo tempo instabilidade na
escolha de caminhos para a permanência em mercados competitivos. A partir deste
cenário, as empresas devem ter um plano de marketing muito bem estabelecido, com
estratégias firmadas em curto e em longo prazo. As empresas devem atuar de forma
planejada e sistêmica, pois encontrarão um mercado acirrado, onde será preciso
satisfazer as necessidades dos consumidores. No entanto, este paradigma pode ser
supérfluo se não for usada uma estratégia correta para atingir o público-alvo e fazer com
que os produtos ofertados sejam consumidos. Por fim, neste estudo foi concluído que
para o destaque das empresas nesse mercado competitivo os benefícios e a qualidade
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que o produto pode oferecer serão determinantes na influência da decisão de compra dos
consumidores.
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Simplíssimo Livros Ltda, 2011. LAS CASAS, A. L. Marketing: conceitos, exercícios, casos. – 7ª. Ed. - São Paulo:
Atlas, 2005.
KOTLER, P. Administração de marketing: a edição do novo milênio. 10º Ed. São
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KOTLER, P. Administração de marketing: Análise, planejamento, implementação e controle. 5º Ed. São Paulo: Atlas, 1998.
SARQUIS, A. B. Marketing para pequenas empresas: A indústria da confecção. 1º
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TAVARES, F. Gestão da Marca: Estratégia e Marketing. Rio de Janeiro: E-papers
Serviços Editoriais Ltda, 2003.
11 – MARKETING: 4 “Ps”, DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS E PROCESSOS
Bruna Claudio Ramos¹; Helena de Oliveira Santos¹;
Jaqueline Cristina Pereira Gonçalves¹; Vânia Trigo Monteiro¹;
Suzianne Simone Duarte Rodrigues¹; Abigail Deolinda Lunelli Pinto ²
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
PADI - JUNHO 2014-1
RESUMO Este trabalho buscou pesquisar as estratégias de marketing para diferenciar um produto, chamar a atenção do consumidor e ganhar espaço em um mercado cada vez mais competitivo. Há cada vez mais produtos entrando no mercado com as mesmas características e finalidades. O produto precisa ter mais benefícios que o consumidor esteja procurando para influenciá-lo na decisão de compra. Por meio do estudo exploratório em fontes bibliográficas, foi verificado que os produtos podem ser diversificados em praticamente tudo, desde as características do produto em si até o serviço pós-venda. Palavras-chave: Diferenciação. Produto. Estratégia. Marketing. 1 Graduandos do Curso de Administração das Faculdades Integradas do Vale do Ribeira (FVR), Registro, SP. ² Graduada em Administração (UNIP). Especialista em Administração de Marketing (FESP). Mestre em Administração (UNICID). Professora das Faculdades Integradas do Vale do Ribeira (FVR). Sócio-Proprietário da Ampla RH Consultoria Ltda.
INTRODUÇÃO
O produto é o primeiro elemento do composto de marketing. Os demais elementos,
preço, promoção e distribuição, só podem ser definidos após o estudo do produto e o
consumidor que se pretende atender. Os produtos devem satisfazer alguma necessidade
do consumidor e podem ser tangíveis – produto concreto – ou intangíveis – prestação de
serviço, ou uma combinação de ambos.
Existem milhares de produtos no mercado com finalidade, funcionalidade e
características semelhantes. Para conquistar o consumidor, as empresas devem
desenvolver produtos atrativos que atendam às exigências do consumidor que possui
necessidades diferentes.
O produto é parte integrante do mix de marketing, mas possui uma importância
primordial como os outros fatores dos três P's restantes. Deve receber total importância
no desenvolvimento da estratégia, para não comprometer o negócio. Para que o sucesso
seja alcançado, o produto deve condizer com a necessidade do indivíduo e não do
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produtor. No momento em que o mercado consumidor não observa mais os seus atributos
se sentirá livre para trocar de produto.
Todo produto possui características mensuráveis e imensuráveis, para o
consumidor esse fato pode passar despercebido, mas muitas das vezes interfere na
decisão de compra, são influenciados por certas características que às vezes não são
notadas.
Nesse contexto, este trabalho tem como objetivo explorar bibliograficamente as
variáveis relacionadas ao produto para diferenciá-lo, despertar o interesse do consumidor,
ganhar espaço no mercado e permanecer nele.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 CONCEITO DE PRODUTO
Segundo McCARTHY e PERREAULT Jr. (1997), produto é a oferta de uma
empresa que satisfaz uma necessidade ou traz benefícios a um consumidor potencial,
não sendo apenas algo material na visão deste. KOTLER e KELLER (2006) resumem que “produto é tudo o que pode ser oferecido
a um mercado para satisfazer uma necessidade ou um desejo”.
Para CHURCHILL Jr. e PETER (2000), um produto, além de bens e serviços, inclui
também marcas, embalagens, serviços aos clientes e outras características que
acrescentem valor para os clientes.
LAS CASAS (2009) define produto “como o objeto principal das relações de troca
que podem ser oferecidos num mercado para pessoas físicas ou jurídicas, visando
proporcionar satisfação a quem os adquire ou consome”.
LEVITT (1995) afirma que produtos podem ser tangíveis ou intangíveis ou,em
muitas ocasiões, uma combinação de ambos,que solucionam algum problema do
consumidor, significando para este valor correspondente aos benefícios que ele quer ou
recebe.
2.2 DIFERENCIAÇÃO DO PRODUTO
De acordo com CHURCHILL e PETER (2000), ao desenvolver novos produtos, os
profissionais de marketing precisam tomar várias decisões sobre os atributos do produto
em si, como nível de qualidade, design, características e níveis de segurança do produto.
Embora variando de acordo com o produto, cliente e situação, dentro do nível de
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qualidade, os aspectos gerais são desempenho, características exclusivas, confiabilidade
de funcionamento por determinado período, conformidade com os padrões estabelecidos,
durabilidade, rapidez e facilidade de atendimento de serviços, estética e avaliação geral
em todos os aspectos.
CHURCHILL e PETER (2000) citam Melvin T. Copeland, que diz que existem
produtos como sendo de conveniência, de escolha e de especialidade.
Produto de Convergência: são aqueles que o consumidor não pretende despender
muito tempo no esforço da compra. Esses produtos serão preferencialmente comprados
no primeiro local disponível, os consumidores neste caso acreditam que as diferenças de
preços não compensam o esforço de procurar o item em vários locais.
Produto de Escolha: determinam uma condição diferente. Neste caso os consumidores
acreditam que o esforço e o tempo gasto poderão ser compensados pela diferença de
preço e qualidade obtida. Os produtos que possuem um valor unitário maior e que as
diferenças de preços justifiquem o trabalho da investigação, são geralmente enquadrados
como produto de escolha.
Produto de Especialidade: estes produtos gozam de maior flexibilidade para
comercialização. Estes poderão ser distribuídos em estabelecimentos exclusivos e até
mesmo distantes dos centros de compra tradicionais, pelo fato de que os consumidores
estão dispostos a fazer qualquer sacrifício para a sua compra. Os produtos poderão ser
exclusivos, ou quaisquer características que os tornem únicos para determinados
propósitos.
2.3 QUALIDADE
Para LAS CASAS (2009), a qualidade dentro do marketing tem importância
irrevogável. A satisfação dos produtos geralmente é devido ao seu desempenho. Muitas
indústrias têm departamentos de testes e desenvolvimento com o objetivo de melhorar
constantemente a qualidade de seus produtos. Entretanto, à medida que a qualidade
aumenta, os preços tendem a aumentar também, portanto alguns produtos são fabricados
com qualidade inferior para poderem ser mais acessíveis à maioria dos consumidores. As
empresas que possuem certificados de qualidade total como os da ISO 9000 procuram
divulgar que estão qualificadas, o que reafirma que a qualidade é um importante atributo
para a venda de produtos e serviços.
2.4 DESIGN
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De acordo com KOTLER e KELLER (2006), com a intensificação da concorrência,
o design é uma boa alternativa para diferenciar e posicionar os produtos e serviços de
uma empresa, quando preço e tecnologia já não são suficientes. Trata-se de um conjunto
de características que afetam a aparência e o funcionamento do produto em relação às
exigências do consumidor.Todas as variáveis de diferenciação devem ser consideradas
para o design. Para a empresa, um produto com um bom design deve ser fácil de fabricar
e entregar, porém para o cliente, deve ter visual agradável e fácil de abrir, instalar, utilizar,
consertar e descartar. O designer deve considerar todos esses fatores.
Para CHURCHILL e PETER (2000), um produto bem projetado que apresente
facilidade de uso e agradável estética pode ser difícil, mas é uma forma de diferenciá-los.
Se a organização tem equipes interfuncionais para desenvolver seus produtos, podem
criar um projeto que seja fácil e econômico de fabricar e de usar.
2.5 CARACTERÍSTICAS DO PRODUTO
Segundo CHURCHILL (2000) os profissionais de Marketing selecionam as
características de um novo produto determinando o que os clientes querem que ele
ofereça. As organizações voltadas para o valor procuram não só perguntar aos clientes
em potencial o que eles desejam, mais saber do que é provável que estes clientes
precisem.
Uma característica importante de alguns novos produtos são as cores em que são
oferecidos. A cor de um produto pode influenciar em como as pessoas percebem seu
valor e até determinar se elas comprarão ou não.
2.6 MARCA
De acordo com LAS CASAS (2009), marcas são importantes fatores de
diferenciação, pois os consumidores associam à marca uma série de atributos, baseado
em informações ou experiências anteriormente adquiridas, além de servirem para
proteção dos fabricantes ou distribuidores. Se a marca for considerada de qualidade
aceitável é possível criar lealdade se tornar um grande patrimônio.
Para CHURCHILL e PETER (2000), usar uma marca é uma maneira de distinguir
produtos na mente de compradores potenciais, que podem estar dispostos a pagar mais
por determinada marca. As marcas beneficiam tanto os compradores como os
vendedores. Quando estão fazendo pesquisa de compras, os compradores podem usar
as marcas para controlar os vários itens que estão avaliando. Além disso, as imagens que
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a pessoa tem das marcas ajudam-nas a tomar decisões de compra, pois procuram
marcas para as quais tenham imagens positivas e evitam as com imagens negativas. Em
suma, as marcas podem reduzir o tempo e a energia envolvidos no processo de compra,
além de proporcionar bons sentimentos derivados de associações positivas com a marca.
2.7 EMBALAGEM
McCARTHY e PERREAULT (1997) mencionam que a embalagem envolve a
promoção e a proteção do produto. Torna o produto mais conveniente para uso ou
estocagem. Pode evitar a deterioração, adulteração ou danificação do produto, e facilita a
identificação dos produtos e promove a marca no ponto de venda e até no uso. A
embalagem pode ser um diferencial ao atender melhor às necessidades dos
consumidores. Uma melhor caixa, invólucro, lata ou garrafa pode ajudar a criar um “novo”
produto ou um novo mercado. Uma boa embalagem pode promover uma empresa mais
do que as propagandas na mídia, quando o consumidor as vê por ocasião de suas
compras.
Segundo CHURCHILL e PETER (2000), a embalagem serve a vários propósitos
que acrescentam valor para o cliente. Primeiro, a embalagem é funcional protegendo no
transporte e de adulterações, facilitando o uso, e até promovendo o produto. Embalagens
coloridas e atraentes ajudam um produto a se destacar aos olhos dos compradores. Por
fim, a embalagem pode distinguir o produto de seus concorrentes.
Para os mesmos autores, o uso de embalagens para distinguir um produto pode
ser uma parte importante do composto de marketing para atingir certos mercados-alvo.
Por exemplo, para alcançar consumidores mais velhos, as embalagens podem ser mais
fáceis de abrir. Para atingir pessoas solteiras, as embalagens podem ser menores ou
individuais. Para atingir famílias com filhos, podem usar embalagens com fechos de
segurança para evitar que crianças mexam em produtos perigosos como remédios ou
artigos de limpeza.
2.8 SERVIÇOS
Segundo CHURCHILL e PETER (2000), omarketing de serviço se assemelha em
vários aspectos de marketing de produtos tangíveis ou bens. Isso porque do ponto de
vista deles bens e serviços não são drasticamente diferentes. Ambos são produtos
destinados a oferecer valor aos clientes em uma troca. Ambos devem ser oferecidos em
locais apropriados por preços aceitáveis. Do mesmo modo os profissionais de marketing
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usam vários tipos de comunicação para informar os mercados alvo, sobre bens e serviços
para estimular as compras.
2.9 GARANTIAS E DEVOLUÇÕES
KOTLER e KELLER (2012) definem que garantias de funcionamento são
declarações formais dos fabricantes relativas ao desempenho esperado do produto. São
obrigatórias por lei, tanto as expressas claramente quanto as implícitas. As garantias
amenizam a percepção de risco pelo consumidor, sugerindo qualidade ao produto e
confiabilidade à empresa e seus serviços. São eficazes quando a empresa ou o produto
não é conhecido ou quando o produto tem qualidade superior à da concorrência.
De acordo com LAS CASAS (2009), a garantia é muito usada para aumentar a
credibilidade na venda de diversos produtos. No momento de decisão de compra, os
consumidores podem ficar receosos em adquirir produtos ou marcas desconhecidas,
principalmente em valores elevados. Com a garantia, os fabricantes se comprometem a
reembolsar as despesas por determinado período dentro das condições estabelecidas,
reduzindo a incerteza que os consumidores possam apresentar.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O produto não é apenas algo material. É um benefício que satisfaz uma
necessidade do consumidor. Mas há muitos produtos disponíveis no mercado e que estão
surgindo a cada momento com a mesma promessa. Devido à forte concorrência, o
produto precisa ter um diferencial para convencer o consumidor que é o ideal para as
suas necessidades.
Foi verificado que o produto pode ter tamanhos, formas, cores, design diferentes.
Uma embalagem além de proteger o produto da fábrica até o seu consumo, pode
promover o produto e a marca da empresa com rótulo atrativo. Uma boa embalagem com
um bom rótulo pode ser o necessário para promover o produto. Para agregar valor ao
produto e conseguir a confiança do consumidor, pode-se oferecer garantias, assegurar
qualidade, durabilidade e confiabilidade e oferecer serviços. Dentre os serviços oferecidos
com o produto, os principais são facilidade de pedido, entrega e instalação; oferecer
treinamento ao cliente, ter facilidade de reparo e manutenção.
Pelo motivo de se ter vários tipos de público a empresa pode desenvolver várias
linhas de produtos diferentes com quantidade de itens diferentes e várias opções para
cada item, os quais formam o mix de produtos da empresa. Assim a empresa pode
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atender as diferentes classes sociais com produtos de preços mais acessíveis para as
classes mais baixas e produtos com mais valor agregado para as classes mais altas.
BIBLIOGRAFIA CHURCHILL Jr., Gilbert A.; PETER J. Paul. Marketing: Criando valor para os clientes.
São Paulo: Saraiva, 2000.
KOTLER, Philip; KELLER, Kevin L. Administração de Marketing. 14 ed. São Paulo:
Pearson Education do Brasil, 2012.
KOTLER, Philip. Administração de Marketing: Análise, planejamento, implementação e controle. 5 ed. São Paulo: Atlas, 1998.
KOTLER, Philip; KELLER, Kevin L. Administração de Marketing. 12 ed. São Paulo:
Pearson Prentice Hall, 2006.
LAS CASAS, Alexandre L. Marketing: Conceitos, exercícios, casos. 8 ed. São Paulo:
Atlas, 1997/2009.
LEVITT, Theodore. A Imaginação de Marketing. São Paulo: Atlas, 1985.
MCCARTHY, E. Jerome; PERREAULT Jr., Willian D. Marketing Essencial: Uma abordagem gerencial e global. São Paulo: Atlas, 1997.
12 - ABORDAGEM CONTINGENCIAL: ADAPTAÇÃO DA ESTRUTURA
ORGANIZACIONAL À ESTRATÉGIA
Augusto Iago de Carvalho Wolf1;
Geraldo Magela Gomes1; Luís Henrique Nascimento Silva1;
Vanderléia Luci Bellon1; Wellington da Costa Gonçalves Barbosa1;
Carlos Eduardo Pinto²;
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RESUMO Este trabalho apresenta uma discussão sobre a interação entre estrutura organizacional, estratégia e ambiente. Com o objetivo de explorar na literatura o conjunto de técnicas desenvolvido pelos pesquisadores que permite a adaptação da organização frente às adversidades, tendo como fundamento básico de que não há nada de absoluto nos princípios gerais da administração, isto é, os aspectos universais devem ser substituídos pelo critério de ajuste constante entre cada organização e o seu ambiente e tecnologia. Palavras Chave: Administração; Contingência; Organizações; Ambiente. 1 Graduandos do Curso de Administração das Faculdades Integradas do Vale do Ribeira (FVR), Registro, SP. ² Graduado em Administração (UFPR). Especialista em Administração de Marketing (FESP). Mestre em Administração pela Universidade de Extremadura (Espanha) reconhecido pela UFSC. Professor das Faculdades Integradas do Vale do Ribeira.
INTRODUÇÃO
O que diferencia uma organização da outra não é apenas seu posicionamento no
mercado e a receita obtida, mas também a sua perpetuação. Para que isso ocorra, as
estratégias da organização perante as eventualidades do ambiente externo e interno e o
tempo de sua aplicação são de extrema relevância. Além do desenvolvimento
organizacional, o processo de solução de problemas também é um grande aliado da
abordagem contingencial. O conceito de estratégia está relacionado à ligação do
ajustamento da empresa ao seu ambiente, que está em permanente mutação.
Neste contexto, o objetivo deste estudo é explorar na literatura o conjunto de
técnicas desenvolvido pelos pesquisadores que permite a adaptação da organização às
necessidades e apresentar algumas reflexões teóricas acerca da abordagem
contingencial que constituem condições primordiais para a existência das organizações
contemporaneamente.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 CONCEITO DA ABORDAGEM CONTINGENCIAL
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Segundo KWASNICKA (2010), a abordagem contingencial é uma resultante da
abordagem sistêmica, uma vez que tem por princípio a necessária mutação da empresa,
em função de aspectos situacionais que a afetam. As ações devem ser ágeis e só podem
ser efetivas se você analisar a empresa como um sistema.
CHIAVENATO (2003) enfatiza que dentro da Teoria da Contingência não há nada
de absoluto nas organizações ou na teoria administrativa. Tudo é relativo. Tudo depende.
A abordagem contingencial explica que existe uma relação funcional entre as condições
do ambiente e as técnicas administrativas apropriadas para o alcance eficaz dos objetivos
da organização. As variáveis ambientais são variáveis independentes, enquanto as
técnicas administrativas são variáveis dependentes dentro de uma relação funcional.
Essa teoria derivou dos estudos de Lawrence e Lorsch sobre o ambiente, preocupados
coma as características que as organizações devem ter para enfrentar com eficiência as
diferentes condições externas, tecnológicas e de mercado, fizeram uma pesquisa com
empresas de três diferentes meios industriais. Os autores descobriram que os problemas
organizacionais básicos são a diferenciação e a integração.
2.2 A ABORDAGEM CONTINGENCIAL NAS ORGANIZAÇÕES
De acordo com KWASNICKA (2010), os proponentes da teoria contingencial
acreditam que não há princípios universais, ou seja, não há uma única forma de estruturar
uma organização. Com a abordagem sistêmica, compreende-se que a organização não é
uma entidade independente, mas um sistema interdependente: o resultado de uma
interação complexa entre ela mesma e seu ambiente interno e externo, leva a
organização a mudar suas características dependendo da situação que se apresenta no
momento.
Segundo CHIAVENATO (2003), a teoria da contingência surgiu a partir de várias
pesquisas feitas para verificar os modelos de estruturas organizacionais mais eficazes em
determinados tipos de empresas. Essas pesquisas pretendiam confirmar se as
organizações mais eficazes seguiam os pressupostos da Teoria Clássica, como divisão
do trabalho, amplitude de controle, hierarquia de autoridade etc. Os resultados das
pesquisas conduziram a uma nova concepção de organização: sua estrutura e seu
funcionamento são dependentes da interface com o ambiente externo. Verificaram que
não há um único e melhor jeito de organizar.
2.3 PRINCIPAIS ESTUDOS QUE CULMINARAM NA TEORIA DA CONTINGÊNCIA
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2.3.1 Chandler Estratégia e Estrutura
CHIAVENATO (2003), afirma que Chandler realizou uma investigação histórica
sobre as mudanças estruturais de quatro grandes empresas americanas – a DuPont, a
General Motors, a Standard Oil Co. de New Jersew e a Sears Roebuck & Co. –
relacionando-as com a estratégia de negócios para demonstrar como a estrutura dessas
empresas foi continuamente adaptada à sua estratégia. As grandes organizações
passaram por um processo histórico que envolveu quatro fases distintas:
I. Acumulação de recursos. Iniciada após a Guerra da Secessão americana (1865),
com a expansão da rede ferroviária que provocou o fortalecimento do mercado de ferro e
aço e o moderno mercado de capitais. A migração rural e o início da migração europeia
delineiam a característica principal do período que é o rápido crescimento urbano
facilitado pela estrada de ferro. Nessa fase, as empresas preferiam ampliar instalações de
produção a organizar uma rede de distribuição.
II. Racionalização do uso dos recursos. Foi iniciada em pleno período da integração
vertical. As empresas verticalmente integradas tornaram-se grandes e precisavam ser
organizadas, pois acumularam mais recursos do que necessário. Os custos precisam ser
cotados por meio de uma estrutura funcional com clara definição de linhas e autoridade e
comunicação. Os lucros dependiam da racionalização da empresa e sua estrutura deveria
ser adequada às oscilações do mercado. Para reduzir riscos, as empresas passaram a
focar o planejamento, organização e coordenação.
III. Continuação do crescimento. A reorganização geral das empresas na segunda
fase permitiu o aumento da eficiência nas vendas, nas compras, produção e distribuição,
reduzindo as diferenças de custo entre várias empresas. Com isso os lucros baixaram, o
mercado foi se tornando saturado e diminuindo as oportunidades de reduzir inda mais os
custos, o que provocou o surgimento da engenharia de produtos e desenho industrial.
IV. Racionalização do uso de recursos em expansão. A ênfase se dá na estratégia
mercadológica para abranger novas linhas de produtos e novos mercados. Os canais de
autoridade e comunicação da estrutura funcional – inadequados para responder à
crescente complexidade de produtos e operações – levaram a estrutura divisional
departamentalizada. A General Motors e a Dupont foram pioneiras na estrutura
multidepartamentalizada: cada linha de produtos é administrada por uma divisão
autônoma e integrada que envolve todas as funções de staff necessárias. Surge a
necessidade de racionalizar a aplicação dos recursos em expansão, planejamento no
longo prazo, administração voltada para objetivos e avaliação do desempenho de cada
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divisão. De um lado a descentralização das operações e de outro, a centralização de
controles administrativos.
2.3.2 Pesquisa de Joan Woodward sobre Tecnologia
De acordo com MOTTA e VASCONCELOS (2006), o trabalho de Joan Woodward
tomou como orientação básica as investigações de aspectos específicos das
organizações, tais como número de níveis de autoridade entre o topo e a base, amplitude
de controle dos supervisores, forma de definição de deveres, volume de comunicações
escritas e extensão da divisão de funções entre especialistas. Encontrou departamento de
produção em que os grupos hierárquicos variavam de dois a oito, bem como supervisores
que chegavam a ter uma amplitude de 80 a 90 empregados. No que diz respeito ao
padrão de comunicação, foram encontrados casos de comunicação quase totalmente
verbais, bem como casos de ampla comunicação escrita.
Assim no que diz respeito aos aspectos organizacionais específicos estudados, a
tecnologia revelava-se como um fator cuja influência tinha de ser considerada como de
primeira ordem. Para Joan Woodward, essa tecnologia é um fator determinado pelos
objetivos da fábrica, pelo que se deseja produzir e pelo mercado que se pretende atingir.
Os sistemas produtivos variam em termos de grau de complexidade técnica que
subdividem em:
a) Produção por projeto ou produção unitária e de pequenos lotes: indivíduos
executando trabalhos do princípio ao fim em baixo nível de complexidade;
b) Produção de fluxo continua do processo: visão geral do processo de produção, alto
nível de complexidade, exemplo, indústria química;
c) Produção em massa: transforma matérias-primas em produtos finais, exemplo,
modelo fordista de produção, nível médio de complexidade;
Ainda de acordo com esses autores, Joan Woodward constatou que quanto mais
complexo for o sistema produtivo utilizado, maior será a possibilidade de exercício de
controle sobre as operações de fabricação, uma vez que o processo pode ser
predeterminado.
2.3.2.1 Relações entre tecnologia e estrutura organizacional
Conforme MOTTA e VASCONCELOS (2006), Woodward e seus colaboradores
observaram relações interessantes entre a tecnologia e estrutura organizacional, em que
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predominam as hierarquias alongadas, ou seja, menos verticalizadas na produção por
processo, seja de forma intermitente ou de fluxo contínuo.
Nos estudos liderados por Woodward constatou-se a adequação de diferentes
estruturas organizacionais às tecnologias de produção diversas levando em consideração
ordem financeira e mercadológica, ficou claro que as mudanças na tecnologia tendem a
forçar mudanças organizacionais, de acordo com os interesses estratégicos.
O comportamento organizacional e o sistema de controle administrativo são vistos
como variáveis importantes entre a tecnologia de fabricação e estrutura. O controle
administrativo tem duas dimensões, a primeira dizendo a respeito à sua impessoalidade
relativa e a segunda ao seu grau de fragmentação.
Woodward e seu grupo veem a primeira dimensão em que o controle hierárquico
seria completamente pessoal, como exercido por um empregador proprietário, e o outro
completamente mecânico e impessoal, como o exercido por mecanismos de mensuração
e por controles automáticos de instrumentos. Os pesquisadores observaram que quanto
mais predominarem os sistemas impessoais de controle administrativo, maior será a
separação entre os estágios de planejamento e execução do processo de trabalho. No
entanto, quanto mais predominarem os sistemas pessoais, maior será a sobreposição a
planejamento e execução. Quanto a segunda dimensão, ao grau de fragmentação do
controle, a conclusão dos pesquisadores é de que a coexistência de uma multiplicidade
de sistemas de controle administrativo tende a gerar uma situação na qual a preocupação
com o atendimento de um deles geralmente leva o sacrifício de outros.
2.3.3 Os Trabalhos de Burns e Stalker sobre Organizações
CHIAVENATO (2003) apresenta o estudo de Burns e Stalker sobre as
organizações verificaram a relação entre práticas administrativas e ambiente externo
dessas indústrias. Encontraram diferentes procedimentos administrativos e classificaram
em dois tipos: organizações “mecanicistas” e “orgânicas”.
I. Sistemas mecanistas ou mecanicistas: tarefas divididas por especialidade. Cada
colaborador executa sua tarefa sem o conhecimento das demais realizada pela empresa.
A cúpula toma conta do relacionamento entre as tarefas. As atribuições de funções são
claramente definidas. A interação e vertical entre superior e subordinado. As operações
são reguladas por instruções, regras e decisões emitidas por superiores. A hierarquia de
comando decorre da suposição de que todo o conhecimento sobre a organização e suas
tarefas só se encontra na cúpula. A administração ocorre por uma hierarquia rígida e
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opera um sistema de informação vertical descendente e ascendente.
II. Sistemas orgânicos: são sistemas adaptáveis a condições ambientais instáveis,
quando os problemas e exigências de ação não podem ser fragmentados e distribuídos
entre especialistas em hierarquia definida. As pessoas realizam suas tarefas especificas à
luz do conhecimento que possuem das tarefas da organização como um todo. Os
trabalhos são flexíveis em termos de métodos, obrigações e poderes, pois devem ser
continuamente redefinidos por interação com as outras pessoas que participam da tarefa.
A interação é lateral e vertical. A comunicação entre pessoas de categorias diferentes se
dá por meio da consulta lateral do que do comando vertical. Não se atribui onisciência aos
superiores.
Características de organizações mecanistas elencadas por Burns e Stalker:
Estrutura organizacional: burocrática, permanente, rígida e definitiva;
Autoridade: baseada na hierarquia e no comando;
Desenhos de cargos e tarefas: definitivo, cargos estáveis e definidos, ocupantes
especialistas e univalentes;
Processo decisorial: decisões centralizadas na cúpula da organização;
Comunicações: quase sempre verticais;
Confiabilidade em: regras e regulamentos formalizados por escrito e impostos pela
empresa;
Princípios predominantes: princípios gerais da Teoria Clássica;
Ambiente: estável e permanente;
Características de organizações orgânicas elencadas por Burns e Stalker:
Estrutura organizacional: flexível, mutável, adaptativa e transitória;
Autoridade: baseada no conhecimento e na consulta;
Desenhos de cargos e tarefas: provisórios, cargos mutáveis, redefinidos
constantemente, ocupantes polivalentes;
Processo decisorial: decisões descentralizadas ad hoc (aqui e agora);
Comunicações: quase sempre horizontais;
Confiabilidade em: pessoas e comunicações informais entre as pessoas;
Princípios predominantes: aspectos democráticos da Teoria das Relações
Humanas;
Ambiente: instável e dinâmico;
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É fato que as organizações são sistemas composto de partes interdependentes e
que as mudanças em uma das partes afetarão as outras. Contribuindo com essa análise,
Hampton (1983) afirma que a abordagem contingencial ajuda a compreensão da
interdependência das partes – pessoas, tarefas e administração – e essa compreensão
ajuda a escolher modos melhores para intervir nessa junção e encaixe, em outras
palavras, ações administrativas dependem de características situacionais para resultados
organizacionais.
Ainda segundo Hampton uma das principais contribuições dessa teoria está no
princípio de que não há uma forma melhor de administrar.
As pesquisas mostram que dadas certas características da tarefa e das pessoas,
algumas práticas gerenciais funcionam melhor que outras. Em certos casos organizações
altamente eficientes e funcionários altamente satisfeitos estão associados com
planejamento detalhado, liderança diretiva, estruturas organizacionais formalmente
elaboradas e controles abrangentes. Em outros casos, o mesmo tipo de eficácia
organizacional e satisfação do funcionário está associado com o planejamento genérico,
liderança participativa, estruturas organizacionais mal definidas e poucos controles.
Uma das consequências destas novas evidências deveria ser a de tornar os
administradores desconfiados de quaisquer esquemas que se digam aplicáveis, com
sucesso, a todas as situações. Em suma, não há planos, estruturas organizacionais,
estilos de liderança ou controles que sirvam em todas as situações. Ao contrário disso, a
organização precisa encontrar formas diferentes que sirvam para diferentes situações.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com base na literatura, a presente análise retratou uma reflexão de que essas
pesquisas foram contingentes no sentido que procuraram compreender e explicar de que
maneira as empresas funcionavam em diferentes condições que variam de acordo com o
ambiente ou contexto em que estavam inseridas. Essas condições são advindas do seu
ambiente, as frequentes transformações tecnológicas e socioeconômicas, ou seja, as
contingencias externas podem ser consideradas oportunidades ou restrições e ameaças
que influenciam a estrutura e os processos internos da organização. Assim diferentes
ambientes levam as empresas a dotarem novas estratégias e novas estratégias exigem
diferentes estruturas organizacionais.
Finalmente, a Teoria da Contingência mostra que não há “one best way”, como
também demonstra o princípio organizacional segundo o qual um sistema pode atingir um
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estado final igual com origem em condições inicias distintas e por meio de diversas
formas e meios de desenvolvimento, ou seja, existe mais de uma maneira de atingir os
objetivos propostos.
REFERÊCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CHIAVENATO, I. Introdução à Teoria Geral da Administração: uma visão abrangente da
moderna administração das organizações. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.
HAMPTON, D. R. Administração Contemporânea: teoria, prática e casos. São Paulo:
McGraw-Hill do Brasil, 1983.
KWASNICKA, Eunice Lacava. Introdução à Administração. São Paulo: Atlas, 2010.
MOTTA, F.C.P. e VASCONCELOS, I. G. Teoria Geral da Administração. São Paulo:
Pioneira Thomson Learning, 2006.
13 – ADMINISTRAÇÃO: NOVOS MODELOS ORGANIZACIONAIS E ABORDAGEM CONTIGENCIAL
Bruna Claudio Ramos¹; Helena de Oliveira Santos¹;
Jaqueline Cristina Pereira Gonçalves¹; Vânia Trigo Monteiro¹;
Suzianne Simone Duarte Rodrigues¹; Carlos Eduardo Pinto ²
RESUMO Este texto desenvolve os conceitos das principais escolas das situações reais. Enquanto alguns métodos organizacionais funcionavam com muita eficácia em algumas empresas, deixava de funcionar em outros modelos empresariais, isto porque as situações empresariais são diferentes, pois uma técnica que funcione num caso, não funcionará necessariamente em outros casos. De acordo com a Abordagem Contingencial a tarefa é identificar que técnica poderá numa situação específica sob diferentes circunstâncias e num momento determinado contribuir melhor para obtenção dos objetivos da
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Administração. Por este motivo a Abordagem Contingencial é a principal corrente do pensamento sob a administração da atualidade. Relaciona a necessidade de adaptação das empresas em relação às situações do dia a dia, mostra que o processo de adaptação é um constante aprendizado e consequentemente um constante processo para a adaptação adequada, fazendo com que a empresa não sofra as consequências da mudança. Palavras Chave: Ambiente. Decisão. Atualidade. Contingencial. 1 Graduandos do Curso de Administração das Faculdades Integradas do Vale do Ribeira (FVR), Registro, SP. ² Graduado em Administração (UFPR). Especialista em Administração de Marketing (FESP). Mestre em Administração pela Universidade de Extremadura (Espanha) reconhecido pela UFSC. Professor das Faculdades Integradas do Vale do Ribeira.
INTRODUÇÃO
Os estudos abordam a contingência como algo incerto ou eventual, dependendo da
circunstância. Refere-se a uma proposição cuja verdade ou falsidade somente pode ser
conhecida pela experiência e pela evidencia, e nunca pela razão. Não existe uma fórmula
única e melhor para organizar no sentido de alcança os objetivos variados das
organizações dentro de um ambiente também variado. Os estudos recentes sobre as
organizações complexas levaram a uma nova perspectiva teórica: a estrutura da
organização e seu funcionamento são dependentes de sua interface com o ambiente
externo. Diferentes ambientes requerem diferentes desenhos organizacionais. Variações
no ambiente ou na tecnologia conduzem variações na estrutura organizacional
A Teoria da Contingência nasceu a partir de uma série de pesquisas feitas para
verificar quais os modelos de estruturas organizacionais mais eficazes em determinados
tipos de indústrias. Os pesquisadores cada qual isoladamente procuraram confirmar se as
organizações eficazes em determinados tipos de indústrias seguiam os pressupostos da
Teoria Clássica, como a divisão do trabalho amplitude de controle hierarquia de
autoridade, etc. Os resultados surpreendentemente conduziram a uma nova concepção
de organização: a estrutura de uma organização e seu funcionamento são dependentes
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
PADI - JUNHO 2014-1
da interface com o ambiente externo, em outros termos, não há uma única e melhor forma
de organizar.
Pesquisas e estudos foram contingentes no sentido em que procuram compreender
e explicar o modo como as empresas funcionavam em diferentes condições. As
condições variam de acordo com o ambiente ou contexto que a empresa escolheu como
seu domínio de operação.
Essas contingências externas podem ser consideradas como oportunidades ou
como restrições que influenciam a estrutura e os processos internos da organização, pois
na abordagem contingencial, o foco está na necessidade da adaptação, o que acarreta às
empresas aderir a mudanças significativas em todos os elementos do sistema, isso
implica também em um acompanhamento e monitoramento dessas mudanças.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 CONCEITO DE ABORDAGEM CONTINGENCIAL
Segundo CURY (2007) esta abordagem, típica da teoria administrativa
contemporânea, resultou no somatório de várias teorias, estudos, pesquisas, com
diferentes enfoques, finalidades, tendo em comum o reconhecimento de que as
organizações, como sistemas sociais compostos por partes interdependentes ou
subsistemas, e de que a mudança numa parte afetará a outra. Partindo deste enfoque
contingencial, fundamentado na pesquisa social, com ênfase no ambiente externo, em
que se tem procurado, por diferentes métodos e caminhos, inferir quais tipologias
organizacionais (estruturas e métodos) seria as mais eficazes em diferentes tipos de
empresas.
Esta abordagem contingencial ou situacional, portanto, é uma perspectiva que
ajuda o analista/administrador a compreender como pessoas, tarefas, tecnologia,
administração e ambiente encaixam-se como são dependentes uns dos outros. Tendo
como base o estudo de Hampton, a abordagem contingencial ajuda a compreensão dessa
interdependência e essa compreensão ajuda-nos a escolher os melhores modos para
intervir na junção e encaixe das partes.
Ainda nesse enfoque, outra característica importante é que, enquanto a teoria
tradicional se preocupava com a identificação da melhor maneira de se organizar e de se
administrar, validas para todo e qualquer tipo de empresa, a abordagem contingencial
reforça o pressuposto da teoria behaviorista de que não existe melhor modo para se
organizar e administrar, assim como não existem planos, estruturas organizacionais,
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estilos gerenciais, etc., que possam ser aplicados universalmente. Portanto, os analistas e
gerentes, segundo a situação, devem encontrar formas diferentes que se adequem a
diferenciadas posições.
Para Cury (2007) a teoria Contingencial é no sentido de evitar a aplicação,
inadvertidamente, de um esquema preconcebido, porque antes de mais nada devem
manter as mentes abertas à questão pragmática de qual esquema é melhor para cada
situação especifica. Assim, como procuramos mostrar na analise administrativa, flui de um
adequado diagnostico da ambiência organizacional, dentro da metodologia ali
desenvolvida.
2.2 ABORDAGEMCONTINGENCIAL DENTRO DAS ORGANIZAÇÕES
KWASNICKA (2010) diz que as variáveis que compõem um sistema são mutáveis,
entretanto a forma que um será adotado certamente afetará a outra. Ela reforça que todo
sistema deve trabalhar com um número de contingências como por exemplo, a tecnologia,
estruturas, mercado, economia, sociedade, cultura entre outras, que exigem possibilidade
de mudanças e adaptação.
KWASNICKA (2010) ainda ressalta que cada situação é única, logo os
administradores não devem se precipitar nas tomadas de decisões, cada regra deve ser
pensada e repensada, até mesmo usando experiências já vividas anteriormente, para que
seus objetivos sejam atingidos com sucesso. Esses administradores que haja dessa
forma podem ser chamados de antecipadores, adaptadores e assertivos, pois os mesmos
possuem a capacidade de antecipar incertezas assim fazendo com que elas sejam
reduzidas.
Para MOTTA e VASCONCELOS (2002) as empresas cresceram, desenvolvendo
uma quantidade maior de funções e sua burocracia, desse modo passando o controle do
proprietário para o administrador. Ele entende que a sobrevivência da empresa não trata
apenas da responsabilidade dos administradores, mas também envolve toda a sociedade.
Diz STONER e FREEDMAN (1990), que para se obter uma técnica de
administração que melhor contribui para o alcance dos objetivos organizacionais depende
de sua flexibilidade e contingencia, uma vez que as organizações são sistemas com
diferentes tipos de situações e circunstância, características empresariais depende de
muitas variáveis, como cultura organizacional e a natureza das tarefas. Nenhum traço é
comum a todos os modelos eficazes, nenhum estilo é padrão em todas as situações.
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ARAUJO (2006) afirma que a teoria da contingência estabelece que não há uma
estrutura organizacional única que seja altamente efetiva para todas as organizações. Há
diversos fatores contingenciais: estratégia, incerteza com relação às tarefas e tecnologia.
Essas características refletem a influência do ambiente, isto é, não se consegue em alto
nível de satisfação organizacional com a aplicação de um só modelo de dinâmica
organizacional, ou seja, não há uma só forma de tornar uma organização eficaz e
eficiente. Haverá sempre diferentes alternativas para o encaminhamento de estudos,
problemas e demandas organizacionais.
Já para ROBBINS (1990), passou ser cada vez mais claro que é difícil, senão
impossível fazer generalizações amplas sobre as práticas administrativas que sejam
aplicáveis a todas as situações. A complexidade do assunto e a especificidade de cada
situação resultaram na expansão do número de casos excepcionais, ao ponto em que
parece não existir uma lei ou um princípio universal que possa ser aplicado s todos os
casos.
Ele ainda afirma que é difícil ou impossível estabelecer regras e normas padrão em
relação a administração organizacionais, por isso, na realidade muitos administradores
reconhecem que algumas das suas regras mais importantes funcionam de maneira
literalmente distinta dependendo da organização, o que faz tudo ser relativo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A abordagem contingencial foi desenvolvida por administradores e pesquisadores
que tentaram aplicar os conceitos das principais escolas às situações reais. Visto que
métodos altamente eficazes funcionam com elevado desempenho em algumas empresas,
em outras se tornaram um verdadeiro fracasso. Portanto, a lógica para esse fato é que os
resultados são diferentes, porque as situações também são diferentes, assim uma técnica
que funcione em uma, não funcionará necessariamente em todas as outras situações.
A necessidade da adaptação das empresas em relação às demandas dos
ambientes há muito tempo já vem sido estudada. Essas demandas mostram em função
das variações, que nada é certo, tudo é incerto, e as empresas precisam aprender a
conviver com esse pensamento.
Conclui-se que abordagem contingencial pode ser considerada a resultante da
abordagem sistêmica, pois o foco é a mutação da empresa em relação aos aspectos e
situações que a afetam. As organizações devem estar preparadas para possíveis
mudanças nos ambientes, prontas para entrar em ação quando preciso, tomando
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decisões na hora certa atingindo o objetivo e facilitando sua adaptação em relação a
essas mudanças.
REFERENCIAS ARAUJO, l. C. G., Organização, Sistemas e Métodos, Vol 1. São Paulo: Atlas, 2006
CHIAVENATO, I. Teoria Geral da Administração.São Paulo: Atlas, 2001.
CURY, ANTONIO, Organização e Métodos, Uma visão Holística. São Paulo: Atlas,
2007
KWASNICKA, E.L. Teoria Geral da Administração: Uma síntese. São Paulo: Atlas,
2010.
MOTTA, F.C.P. e VASCONCELOS, I.F.G. Teoria Geral da Administração. São Paulo:
Atlas, 2002.
STONER, J.A.F. e FREEDMAN, R.E., Livro técnicas e científicos LTC. São Paulo: LTC,
1990
14 - TEORIA DA CONTINGÊNCIA: UMA MANEIRA RELATIVA DE ORGANIZAÇÕES SE ADEQUAREM AO MUNDO
Jessica Cristine da Silva Alves¹; Lucas Luan Claro¹;
Matheus Macy Marcondes¹; Poliane de São Miguel¹;
Rene Jeremias Sobral Junior; Tulio Marcos de Moraes Gomes¹;
Carlos Eduardo Pinto²; RESUMO Este texto tem o intuito de introduzir uma visão relativista e contingencial das organizações, de seus ambientes e das pessoas que nelas participam, mostrando que não existe uma única melhor maneira de administrar e organizar, seguindo um único e
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exclusivo modelo organizacional, todas as organizações são dependentes do ambiente onde atuam e das tecnologias que lhe cercam, cabe aos gestores saber se beneficiar com as mudanças que ocorrem com o tempo. Neste tema, a teoria abordada mostra uma visão clara e objetiva de como os administradores devem agir para melhor enfrentar as mudanças tecnológicas e de mercado. Palavras Chave: Ambiente; Tecnologias; Organizações; Mudanças. 1 Graduandos do Curso de Administração das Faculdades Integradas do Vale do Ribeira (FVR), Registro, SP. ² Graduado em Administração (UFPR). Especialista em Administração de Marketing (FESP). Mestre em Administração pela Universidade de Extremadura (Espanha) reconhecido pela UFSC. Professor das Faculdades Integradas do Vale do Ribeira. INTRODUÇÃO
Dentre todas as teorias da administração, a teoria da contingência é a que mais
tem ganhado enfoque nos últimos anos, pois a cada dia que passa as organizações
precisam se adequar a um ambiente cada vez mais turbulento e instável.
A evolução da tecnologia e as variações do ambiente externo obrigam as empresas
a mudarem suas estruturas, para com que obtenham um melhor seguimento na
organização de um modo amplo e geral, em uma situação como esta as organizações
abordam a teoria da contingência como uma alternativa de obter melhores resultados
organizacionais.
A teoria da contingência saliente que dentro das organizações não existe nenhuma
fórmula, método ou modelo fixo de se administrar no sentido de se alcançar os objetivos
variados das organizações, pois o ambiente também é variado, ou seja, a estrutura
organizacional e seu funcionamento são dependentes da interface com o seu ambiente
externo, das mudanças tecnológicas, do tempo de atuação da empresa, das estratégias
de gestão, do porte da organização e de outras variáveis.
Porém a moldagem estrutural das organizações não é simples de ser elaborada,
muito menos implantada, esta necessita de muito estudo externo para obter vantagens
nas mudanças e oportunidades que ocorrem no mercado em que estão, e tomar
precauções em relação as ameaças para que estas não afetem a organização.
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2 ORIGENS E PESQUISAS
De acordo com CHIAVENATO (2002), a teoria da contingência nasceu a partir de
uma series de pesquisas feitas para avaliar os modelos de estruturas organizacionais
mais eficazes em determinados tipos de empresas. Essas pesquisas pretendiam
confirmar se as organizações eficazes seguiam os pressupostos clássicos, como divisão
de trabalho, amplitude de controle hierarquia de autoridade e outras. Os resultados
levaram a uma nova concepção de organização: a estrutura e o funcionamento da
organização dependem da interface com o ambiente, não há um único e melhor jeito (the
best way) de organizar.
Essas pesquisas foram contingentes no sentido de tentar compreender e explicar o
modo como as empresas funcionam em diferentes condições do ambiente que a empresa
escolhe como seu domínio de operação. Tais condições são ditadas de fora da empresa,
isto é, do seu ambiente, as contingências externas podem ser oportunidades e
imperativos ou restrições e ameaças que influenciam a estrutura e os processos internos
da organização.
2.1 Pesquisa de Alfred Chandler Junior sobre a Estratégia e a Estrutura.
CHIAVENATO (2002), em referência a Chandler em seu livro – Strategy and
Structure: Chapters in the History of American Industrial Enterprises – 1976, cita que
Alfred realizou uma investigação histórica sobre as mudanças estruturais de quatro
grandes empresas americanas – DuPont, General Motors, Standard Oil Co. de Nova
Jersey e Sears Roebuck & Co. – relacionando-as com a estratégia de negócios para
demonstrar como sua estrutura foi sendo continuamente adaptada e ajustada à sua
estratégia.
A estrutura organizacional é o desenho ou forma de organização que ela adotou
para integrar seus recursos, enquanto a estratégia é o plano global de alocação de
recursos para atender às demandas do ambiente. Essas organizações passaram por um
processo que envolveu quatro fases: Acumulação de recursos, Racionalização do uso dos
recursos, continuação do crescimento e racionalização do uso dos recursos em
expansão.
O autor conclui que diferentes estruturas organizacionais são necessárias para
tocar diferentes estratégias e enfrentar diferentes ambientes. A alteração ambiental é o
fator que influi sobre a estrutura: Quando uma empresa pertence a uma indústria cujos
mercados e fontes de matérias – primas e processo produtivos permanecem invariáveis,
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são poucas as decisões a serem tomadas. Mas, quando tecnologia, mercados e fontes de
suprimento mudam rapidamente, os defeitos da estrutura tornam-se mais evidentes.
Assim, diferentes ambientes levam as empresas a adotar novas estratégias, e
novas estratégias exigem diferentes estruturas organizacionais.
2.2 Pesquisa de Tom Burns e G. M. Stalker sobre Organizações.
CHIAVENATO (2002), em referência ao livro de Tom Burns e G. M. Stalker, The
Management of Innovation – 1961, relata que os dois sociólogos, pesquisaram indústrias
inglesas para verificar a relação entre práticas administrativas e o ambiente externo
dessas indústrias. Burns e Stalker, encontraram diferentes procedimentos administrativos
nas indústrias e as classificaram em dois tipos: organizações “mecanísticas” e
“orgânicas”.
As organizações mecanísticas apresentam as seguintes características: Estrutura
burocrática baseada em uma minuciosa divisão do trabalho, atribuição claramente
definidas, decisões centralizadas e concentradas na cúpula da empresa, hierarquia rígida
de comando único, predominação da interação vertical e ênfase nas regras e
procedimentos formais.
As organizações orgânicas apresentavam:
Estruturas organizacionais flexíveis com pouca divisão de trabalho, decisões
descentralizadas e delegadas aos níveis inferiores, hierarquia flexível com predomínio a
interação lateral sobre a vertical, maior confiabilidade nas comunicações informais e
ênfase nos princípios de relacionamento humano.
A conclusão de Burns e Stalker é que a forma mecanística de organização é
apropriada para condições ambientais estáveis, enquanto a orgânica é apropriada para
condições de mudança e inovação.
2.3 Pesquisa de Paul R. Lawrence e Jay W. Lorsh sobre o Ambiente.
CHIAVENATO (2002), a respeito de Lawrence e Lorsh, em – As empresas e o
Ambiente: Diferenciação e Integração Administrativas – 1973, diz que a pesquisa sobre o
defrontamento entre organizações e ambiente provocou o aparecimento da Teoria da
Contingência. Lawrence e Lorsh, queriam saber as características organizacionais para
enfrentar as condições externas, tecnológicas e de mercado. Concluíram que os
problemas organizacionais básicos são a diferenciação e a integração.
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A diferenciação é dada quando a organização divide seu trabalho em
departamentos, cada qual com sua tarefa específica, cada departamento reage somente
à parte do ambiente que é relevante a sua própria tarefa, já a integração é gerada por
pressões vindas do ambiente da organização no sentido de obter unidade de esforços e
coordenação entre vários departamentos.
2.4 Pesquisa de Joan Woodward sobre a Tecnologia.
CHIAVENATO (2002), de acordo com as pesquisas de Woodward, Management
and Technology – 1985, relata que a autora fez uma pesquisa para avaliar se os
princípios de administração tinham correlação com o êxito do negócio, para isto ela
comparou uma amostra de 100 firmas inglesas, que foram classificadas em três grupos
tecnológicos de produção.
•Produção unitária ou oficina: a produção é feita por pequenas quantidades, e o
processo produtivo é menos padronizado e menos automatizado.
•Produção em massa ou mecanizada: a produção é feita em grandes quantidades,
utilizando-se da linha de montagem, onde homens operam maquinas para com que
padronizem o produto.
•Produção em processo ou automatizada: produção em processamento contínuo
onde operários monitoram o processo de produção.
Para Woodward há um imperativo tecnológico, a tecnologia adotada pela empresa
determina a sua estrutura e o comportamento organizacional.
3 O AMBIENTE COMO UM CAMPO DINÂMICO.
CHIAVENATO (2002), afirma que o ambiente é o contexto que envolve
externamente a organização, é a situação dentro da qual uma organização está inserida.
Como a organização é um sistema aberto, ela mantém transações e intercâmbio com seu
ambiente, isso faz com que tudo o que ocorre externamente passe a influenciar
internamente o que ocorre na organização.
Tudo o que acontece no ambiente, afeta direta ou indiretamente todas as
organizações de maneira genérica, dai temos o termo ambiente geral, que é constituído
de um conjunto de condições comuns para todas as empresas: condições tecnológicas,
legais, políticas, econômicas, demográficas, ecológicas, e culturais.
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Embora o ambiente seja um só, cada organização está exposta a apenas uma
parte dele e essa parte apresenta características diferentes das demais, partindo desta
premissa temos a tipologia dos ambientes.
Quando há pouca segmentação ou diferenciação dos mercados, temos um
ambiente homogêneo, já quando há muita diferenciação dos mercados temos o ambiente
heterogêneo. Um ambiente estável é caracterizado por ter pouca ou nenhuma mudança,
e quando as têm, são lentas e previsíveis, já um ambiente instável é dinâmico e mutável
onde mudanças são constantes.
4 A TECNOLOGIA NO CENÁRIO ADMINISTRATIVO.
CHIAVENATO (2002), define a tecnologia sob o ponto de vista administrativo como
sendo algo que se desenvolve nas organizações através de conhecimentos acumulados
sobre a execução de tarefas – Know-how – e pelas suas manifestações físicas como
máquinas, equipamentos, instalações, etc. constituindo um complexo de técnicas usadas
na conversão dos insumos em resultados, isto é, em produtos e serviços.
Citando Thompson, Dinâmica Organizacional - 1969, que propôs uma tipologia de
tecnologias conforme o seu arranjo dentro da organização, a saber:
• Tecnologia de elos em sequência: A repetição dos processos produtivos
proporciona a experiência que reduz as imperfeiçoes na tecnologia, modifica o maquinário
e serve de base para manutenção preventiva programada.
•Tecnologia mediadora: A complexidade da tecnologia mediadora reside no fato,
não de cada atividade estar engrenada às necessidades da outra, como na tecnologia de
elos, mas sim de requerer modalidades padronizadas para envolver clientes ou
compradores distribuídos no tempo e no espaço.
•Tecnologia intensiva: Representa a convergência de varias habilidades e
especializações sobre um único cliente. A organização utiliza várias técnicas para
modificar um objeto especifico. Seleção, combinação e ordem dependem da
realimentação proporcionada pelo próprio objeto.
5 BENCHMARKING: SER O MELHOR ENTRE OS MELHORES.
ARAUJO (2005), define o benchmarking como sendo um aprendizado especial que
revela as melhores práticas de uma organização tida como a número um de seu ramo ou
setor, de seu país, ou até mesmo do mundo, no intuito de promover, a quem inicia um
estudo desse gênero, uma perspectiva do que poderia ser modificado, melhorando na
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própria organização, usando-se como referência a outra empresa ou parte dela que serviu
à investigação.
Benchmarking é fundamental, porque permite vislumbrar oportunidades e
ameaças, esse diferencial contemporâneo, em substituição aos vigentes no passado,
obriga as organizações a atentar para a necessidade absoluta, em razão da própria
sobrevivência, de se adequarem a um novo paradigma, portanto, sendo capaz de
proporcionar informações que lhe serviram de referencial em sua trajetória de busca
eterna pela qualidade.
LEIBFRIED e MCNAIR (1994), explicam o processo de benchmarking como sendo
uma forma de forçar uma clara comunicação dos objetivos a todos os envolvidos, a
participação ativa de todos os empregados no estabelecimento da pratica corrente e na
identificação do tipo de resultados ou mudanças necessárias para se igualar e exceder a
melhor pratica.
A comunicação ou fixação de diretrizes é ampliada pelo processo de
estabelecimento de benchmarks internos e externos, reduzindo outro problema de
controle. O processo de Benchmarking baseia-se no livre transito entre a comunicação e
a participação. Benchmarks não podem ser estabelecidos sem uma compreensão global
da pratica corrente e dos resultados desejados, bem como sem o reconhecimento e a
aceitação das mudanças necessárias para se atingir e ultrapassar esses objetivos.
ARAUJO (2005), relata que o processo de Benchmarking é composto de três tipos,
sendo eles o Interno, que consiste na identificação do grau de desempenho da
organização que o promove para, no futuro, servir de base a uma investigação externa. O
Competitivo, que se orienta para a identificação das melhores práticas dos concorrentes.
E por último o Funcional (genérico) que tem como objetivo identificar as melhores práticas
relativas a processos, produtos ou serviços, sem se levar em consideração a concorrência
direta.
Por fim o autor, afirma que a meta do benchmarking é o desenvolvimento
organizacional com o aperfeiçoamento de processos, produtos ou serviços. Para tanto, a
ferramenta propõe que sejam investigadas e analisadas as praticas das empresas
consideradas as melhores. Durante tal esforço, o patrocinador do estudo precisa saber
quem selecionar para ser objeto de sua investigação, o que investigar e, principalmente,
como investigar, isto é, deve ser traçado um plano ou modelo de ação.
6 REENGENHARIA: UMA FOLHA DE PAPEL EM BRANCO.
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Para ARAUJO (2005), de maneira geral, pode-se conceituar reengenharia como
“começar de novo”, ou seja, esquecer o que existe, abandonar os procedimentos
consagrados em uma empresa e criar novos. Seria como ter à frente uma folha de papel
em branco para ser preenchida. A reengenharia rejeita a sabedoria convencional e as
tradições herdadas do passado, para engendrar algo completamente diferente.
Já HAMMER e CHAMPY (1994), definem a Reengenharia como o repensar
fundamental e a reestruturação radical dos processos empresariais que visam alcançar
drásticas melhorias em indicadores críticos e contemporâneos de desempenho, tais como
custos, qualidade, atendimento e velocidade.
Temos então quatro palavras chave que conduzem a uma exata compreensão do
fenômeno:
•Fundamental: Determina o que uma empresa precisa fazer, depois como fazê-lo.
Ela não trata nada como verdade consagrada. Ela ignora o que existe e se concentra no
que deveria existir.
•Radical: Significa desconsiderar todas as estruturas e os procedimentos existentes
e inventar formas completamente novas de realizar o trabalho.
•Drástica: A reengenharia não diz respeito a melhorias marginais ou de pequenas
quantidades, mas a saltos quânticos de desempenho. Melhorias Marginais exigem o
ajuste fino, melhorias drásticas requerem a destruição do antigo e a sua substituição por
algo novo.
•Processos: Conjunto de atividades com uma ou mais espécies de entrada e que
cria uma saída de valor para o cliente.
Porém, Reengenharia não pode ser confundido com outros programas de melhoria
empresarial, não pode ser confundido com a Automação, pois esta é apenas uma forma
mais eficiente de continuar fazendo as coisas erradas, com a Reestruturação ou o
downsizing, pois estes significam apenas fazer menos com menos, já a reengenharia é
fazer mais com menos, tão pouco com a reorganização, des-hierarquização ou
nivelamento, os problemas com que deparam as empresas não resultam de suas
estruturas, mas sim dos processos, tão pouco a reengenharia equivale à gestão pela
qualidade total, mesmo compartilhando uma serie de temas em comum, os programas de
qualidade tem o objetivo de continuar fazendo o que já é feito, só que melhor, a
reengenharia substitui os processos antigos por outros totalmente novos.
ARAUJO (2005) conclui, apesar de muito criticada, a reengenharia é, uma
tecnologia válida de trabalho para profissionais de administração em geral e trouxe
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inúmeros benefícios definitivos no que concerne ao enriquecimento e expansão do atual
pensamento administrativo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A abordagem da contingência atravessou décadas e hoje é profundamente
estudada. Muitos autores consideram-na como teoria e não uma abordagem, o fato é que
a contingência, quer seja teoria, quer seja abordagem, atravessou o século, recebendo os
mais variados estudos, na verdade, a frequente quebra de paradigmas tem exigido das
organizações constante procura para enfrentar novos padrões, novas formas de
administrar, podemos afirmar com razoável segurança que estamos em um estágio da
abordagem contingencial que, embora venha da década de 60, é hoje presença marcante
na administração das novas organizações.
As novas estruturas organizacionais derivam das inúmeras mudanças mundo
afora. A quebra dos padrões fixados parece ser uma ideologia continua que sempre
marcara as décadas. As organizações definem suas estratégias pensando em mercados
globais, para os dias de hoje, apenas administrar já não é suficiente. O conhecimento e o
saber movem organizações. Quem detiver meios e modos de trabalhar e entender a
informação estará a frente em qualquer competição. Essa é a nova meta dos altos níveis
organizacionais: conhecer para vencer.
REFERENCIAS
CHIAVENATO, IDALBERTO. Teoria geral da administração Vol. 2. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2002.
ARAUJO, LUIS CÉSAR G. DE. Organização, sistemas e métodos e as tecnologias de gestão organizacional, benchmarking, empowerment, gestão pela qualidade total,
reengenharia: Vol 1. São Paulo: Atlas, 2005.
LEIBFRIED, KATHLEEN H. J.; MCNAIR, C.J. Benchmarking: uma ferramenta para a melhoria contínua: série de soluções de desempenho da Coopers & Lybrand. Rio de
Janeiro: Campus, 1994.
HAMMER, MICHAEL; CHAMPY, JAMES. Reengenharia: revolucionando a empresa em função dos clientes, da concorrência e das grandes mudanças da gerência. Rio
de Janeiro: Campus, 1994.
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15 - PROCESSOS DA CADEIA DE SUPRIMENTOS
Cássia HarueTakiiHanaoka1; Agenor de Faria Júnior2;
RESUMO Este trabalho buscou entender o funcionamento de uma cadeia de suprimentos, devido à sua relação direta com a aquisição dos produtos de determinada marca ou em determinado estabelecimento pelo consumidor. Para tanto, objetivou-se pesquisar quais são os processos da cadeia de suprimentos e quais são as suas etapas, utilizando a pesquisa exploratória em fontes bibliográficas. Concluiu-se que cada processo da cadeia de suprimentos tem suas etapas em uma determinada sequência para que haja um fluxo contínuo. A empresa precisa prever o que, quanto, quando e onde o consumidor vai adquirir o produto e para isso é necessário um bom planejamento e acompanhamento da execução de cada processo. Palavras-chave: Cadeia de Suprimentos. Logística. Processos. 1 Graduada em Ciências Contábeis e graduanda em Administração de Empresas pelas Faculdades Integradas do Vale do Ribeira (FVR), Registro, SP. Especialista em Gestão Financeira e Orçamentária pela Universidade Nove de Julho (UNINOVE), São Paulo, SP. Auxiliar da Fiscalização Financeira II no Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCESP). 2 Graduado em Matemática (FVR). Especialista em Administração da Qualidade Total (Unisantana). Mestre em Engenharia de Minas (USP). Professor das Faculdades Integradas do Vale do Ribeira. Gerente de Operações de Mina da Vale Fertilizantes S/A. 1INTRODUÇÃO
A logística está presente em praticamente todos os produtos e serviços presentes
no mercado. Seja ao comprar pão na padaria da esquina ou ao comprar um novo
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smartphone que ainda nem foi lançado no paísem uma loja virtual. Mas a maneira de
como esse produto chega ao consumidor envolve uma série de processos desde o
planejamento da matéria-prima necessária, passando pela produção desse produto até o
momento em que o consumidor o adquire. Esses processos devem ser bem planejados e
executados de forma que o produto esteja disponível onde e quando o cliente precisar.
Tais processos formam a cadeia de suprimentos, sendo que os processos têm uma
sequência e formam um ciclo contínuo. Cada processo tem suas etapas e um fluxo que
também tem uma sequência lógica, entretanto essas etapas podem variar de acordo com
o produto ou a estratégia da empresa.
Deste modo, este trabalho terá como objetivo pesquisar quais são os processos da
cadeia de suprimentos e quais são as suas etapas. Para tanto, será abordado o conceito
de cadeia de suprimentos, seu objetivo, seus estágios, o processo de planejamento de
cada estágio e as etapas de cada estágio. Para alcançar esses objetivos, será utilizada a
pesquisa exploratória em fontes bibliográficas para buscar conceitos, definições e teorias
necessárias para a compreensão do assunto.
2FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 CONCEITO DE CADEIA DE SUPRIMENTOS
De acordo com Chopra e Meindl (2011), uma cadeia de suprimentos consiste em
todas as partes envolvidas, direta ou indiretamente, na realização do pedido de um
cliente, incluindo não apenas o fabricante e os fornecedores, mas também
transportadores, armazéns, varejistas e até mesmo os próprios clientes. Dentro de cada
organização a cadeia de suprimentos inclui todas as funções envolvidas na recepção e na
realização de uma solicitação do cliente. Essas funções incluem desenvolvimento de
produto, marketing, operações, distribuição, finanças e serviço ao cliente.
Para Chiavenato (2005), o supplychain management (SCM) ou gestão da cadeia
de suprimentos envolve fornecedores, produtor, distribuidores e clientes em um processo
integrado em que compartilham informações e planos para tornar o canal mais eficiente e
competitivo. Sem dúvida, esse compartilhamento é muito mais dinâmico do que na
tradicional e conflitante relação entre comprador e vendedor. O SCM permite visualizar
todo o processo de geração continuada de valor desde a chegada da matéria-prima até a
entrega do produto acabado ao cliente final de maneira integrada e sistêmica.
105
III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
PADI - JUNHO 2014-1
A cadeia de abastecimento, segundo Bertaglia (2009), corresponde ao conjunto de
processos requeridos para obter materiais, agregar-lhes valor de acordo com a
concepção dos clientes e consumidores e disponibilizar os produtos para o lugar (onde) e
para a data (quando) que os clientes e consumidores os desejarem.
2.2 OBJETIVO DE UMA CADEIA DE SUPRIMENTOS
Segundo Bertaglia (2009), o objetivo clássico da cadeia de abastecimento é
possibilitar que os produtos certos, na quantidade certa, estejam nos pontos-de-venda no
momento certo, ao menor custo possível.
Para Chopra e Meindl (2011), o objetivo de uma cadeia de suprimentos deve ser
maximizar o valor geral gerado. O valor (também conhecido como excedente de cadeia
de suprimentos) que uma cadeia de suprimentos gera é a diferença entre o que o produto
final vale para o cliente e os custos que incorrem a ele ao atender à solicitação do cliente.
Para a maioria das cadeias de suprimentos comerciais, seu excedente estará ligado à
lucratividade da cadeia de suprimentos, a diferença entre a receita gerada pelo cliente e o
custo total ao longo da cadeia de suprimentos. Quanto maior a lucratividade da cadeia de
suprimentos, mais bem-sucedida ela é.
2.3 ESTÁGIOS DA CADEIA DE SUPRIMENTOS
Segundo Chopra e Meindl (2011), uma cadeia de suprimentos típica pode envolver
uma série de estágios, que incluem:
Clientes;
Varejistas;
Atacadistas/distribuidores;
Fabricantes;
Fornecedores de componentes/matéria-prima.
Cada estágio em uma cadeia de suprimentos está conectado pelo fluxo de
produtos, informação e fundos. Esses fluxos normalmente ocorrem em duas direções e
podem ser gerenciados por um dos estágios ou por um intermediário.
2.4 PROCESSOS DA CADEIA DE SUPRIMENTOS
106
III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
PADI - JUNHO 2014-1
Segundo Bertaglia (2009), os processos da cadeia de suprimentos contribuem para
a redução de custos, gerando impactos positivos no crescimento das vendas e dos lucros,
por meio da diminuição dos ciclos e aumento da flexibilidade. Para buscar vantagem
competitiva, é preciso primeiro entender os processos que compõe a cadeia de
abastecimento integrada e de que forma eles afetam o ecossistema organizacional. A
seguir, são apresentados os processos de maneira genérica.
2.4.1 PROCESSO DE PLANEJAMENTO
O principal objetivo do planejamento é propiciar uma visão clara do processo como
um todo, avaliando metas e restrições em compras, produção e distribuição num
horizonte de tempo predeterminado. A elaboração de um planejamento integrado da
cadeia de abastecimento proporciona benefícios, entre eles a redução de custos e dos
estoques, aumento da lucratividade, melhor uso da capacidade produtiva e melhor
utilização de ativos.
A cadeia de abastecimento é orientada pelas previsões de vendas. Naturalmente, o
planejamento da cadeia de abastecimento é direcionado pelo planejamento da demanda.
O planejamento da cadeia de abastecimento é orientado pelas necessidades
oriundas do plano de negócios da empresa ou plano empresarial, sendo fundamental o
alinhamento desses planos. Os subprocessos básicos de planejamento são apresentados
a seguir:
1. Análise de requerimentos do negócio;
2. Análise das necessidades de recursos;
3. Equilíbrio dos recursos disponíveis e das necessidades de recursos;
4. Elaboração de planos para determinado período.
2.4.1.1 Planejamento de suprimentos
O planejamento de suprimentos tem o objetivo de definir as ações para a obtenção
de materiais necessários à satisfação da demanda requerida pela cadeia de
abastecimento. Os subprocessos básicos são:
1. Análise das necessidades de materiais;
2. Análise das restrições de suprimentos;
3. Equilíbrio das necessidades de materiais com capacidade de suprimento;
4. Elaboração do plano de suprimentos.
107
III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
PADI - JUNHO 2014-1
2.4.1.2 Planejamento de produção
O planejamento de produção corresponde ao desenvolvimento das ações que
orientarão os recursos da produção em relação às necessidades de produção
estabelecidas pela demanda. Seus principais subprocessossão:
1. Análise das necessidades de produção;
2. Análise dos recursos de produção;
3. Equilíbrio dos recursos de produção com as necessidades de produção;
4. Elaboração de um plano de produção.
2.4.1.3 Planejamento da distribuição
Esse processo corresponde ao desenvolvimento das ações que orientarão os
recursos da distribuição às necessidades de distribuição de acordo com a demanda. Seus
principais subprocessos são:
Análise das necessidades de distribuição;
Análise dos recursos de distribuição;
Equilíbrio das necessidades e dos recursos de distribuição;
Elaboração do plano de distribuição.
2.4.2 PROCESSO DE SUPRIMENTOS
O processo de aquisição de materiais é bastante complexo. Inclui decisões de
escolha de fornecedores, elaboração de contratos de fornecimento, definição de compras
centralizadas ou locais. A aquisição dos materiais e dos produtos tem significado
estratégico para a organização e deve satisfazer as necessidades de suprimento ou
abastecimento a curto e longo prazo.
O ciclo de compras se inicia quando alguma área interna da organização faz uma
solicitação de matérias-primas, produtos, equipamentos, peças de reposição, materiais
acessórios e outros. Esse ciclo se encerra quando a área responsável pela aquisição
recebe a informação de que o item comprado foi entregue dentro das especificações
estabelecidas e que o pagamento já pode ser efetuado.
A figura seguinte mostra um fluxo característico do processo:
108
III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
PADI - JUNHO 2014-1
Fonte: Bertaglia (2009)
2.4.3 PROCESSO DE PRODUÇÃO
A função da produção corresponde à transformação de insumos ou componentes
em produtos finais. Os produtos são os bens físicos e/ou serviços gerados por uma
empresa com a finalidade de obter receita e atingir as expectativas de proprietários e
fornecedores.
O processo de fabricação pode apresentar muitas variações, dependendo das
características do bem final. A sequência a seguir mostra um modelo genérico de
processo de produto:
Fonte: Bertaglia (2009)
2.4.4 PROCESSO DE DISTRIBUIÇÃO
O processo de distribuição está associado à movimentação física de materiais,
normalmente de um fornecedor para um cliente. Esse processo envolve atividades
internas e externas, acompanhadas de documentos legais. Podem ser divididas em
funções mais nucleares como recebimento e armazenagem, controle de estoques,
administração de frotas e fretes, separação de produtos, carga de veículos, transportes,
devoluções de materiais e produtos, entre outras.
A distribuição física consiste basicamente em três elementos, a saber:
Fonte: Bertaglia (2009)
2.4.4.1 Processo distribuição-recebimento
O processo distribuição-recebimento consiste no recebimento físico do produto ou
material, passando pela inspeção de qualidade para então ser armazenado no local
adequado. A seguir, um fluxo básico desse processo:
109
III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
PADI - JUNHO 2014-1
Fonte: Bertaglia (2009)
2.4.4.2 Processo distribuição-armazenagem
No processo de armazenagem ocorre a retirada do produto do local do
recebimento e a transferência para local apropriado, onde será mantido até que seja
demandado. A seguir, um exemplo simplificado de fluxo de armazenagem:
Fonte: Bertaglia (2009)
2.4.4.3 Processo distribuição-expedição
Os elementos de processo que compõe o macroprocesso distribuição podem ser
divididos conforme o fluxo apresentado na figura abaixo, o qual pode variar de acordo
com o tipo de indústria, modo de distribuição, tamanho da empresa e grau de tecnologia
da empresa.
Fonte: Bertaglia (2009)
110
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PADI - JUNHO 2014-1
2.4.5 PROCESSO DE ADMINISTAÇÃO DE PEDIDOS
O processo de administração de pedidos e de clientes tem como objetivo o
planejamento e o gerenciamento de vendas, como também a administração do portfólio
de clientes, adicionando-os, mantendo-os ou reduzindo-os em função do desempenho
dos mesmos, buscando efetivas parcerias que possam gerar condições propícias para
ambas as empresas. As características dos pedidos variam de acordo com o tipo de
produto ou serviço.
O ciclo de um pedido apresenta muitas variações que podem levar a erros e
insatisfação dos clientes. A seguir, um fluxo básico de processo de administração de
pedidos:
Fonte: Bertaglia (2009)
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A cadeia de abastecimento engloba desde o fornecedor da matéria-prima até o
consumidor, do planejamento da matéria-prima ao momento em que o cliente compra o
produto. Seu objetivo é fazer o que o cliente deseja, quanto, onde e quando, ao menor
custo possível.Verificou-se que a cadeia de suprimentos envolve clientes, varejistas,
atacadistas/distribuidores, fabricantes e fornecedores de matérias-primas conectados por
um fluxo de produtos e de informação.
Identificou-se a importância do planejamento da cadeia de suprimentos para se ter
uma visão geral do processo e para se definir as ações para obtenção de materiais e
recursos necessários à produção e para distribuir de acordo com a demanda.
Por fim, buscou-se entender as funções dos processos de suprimentos, de
produção, de distribuição e de administração de pedidos, osfluxos básicos de cada
processo, listando-se suas etapas e sua sequência dentro de cada processo.
Deste modo, conclui-se que há necessidade de um planejamento adequado e
acompanhamento da execução de cada processo para que o produto que o cliente deseja
111
III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
PADI - JUNHO 2014-1
na quantidade que ele necessita esteja no lugar que ele procura e no momento que ele
precise, de maneira que a empresa obtenha o melhor resultado.
REFERÊNCIAS BERTAGLIA, Paulo Roberto. Logística e gerenciamento da cadeia de abastecimento.
2. ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2009.
CHIAVENATO, Idalberto. Administração de Materiais: uma abordagem introdutória. Rio
de Janeiro: Elsevier, 2005.
CHOPRA, Sunil; MEINDL, Peter. Gestão da cadeia de suprimentos: Estratégia,
planejamento e operações. 4 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2011.
16 - A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS
Ana Paula de Freitas Santos Oliveira 1; Gleyce Lopes da Silva 1; Gracieli Silva Shimada1;
Kissylla Mirielle Ferreira Martins1; Suellen Izabel Oliveira 1;
Taís Renata F. N. Nogueira 1; Agenor de Faria Junior ²;
RESUMO Este texto introduz uma discussão sobre a gestão da cadeia de suprimentos que consiste em gerenciar estrategicamente diferentes fluxos (de bens, serviços, finanças, informações) bem como as relações entre empresas, visando alcançar e apoiar os objetivos organizacionais. No entanto o planejamento e gerenciamento do setor de suprimentos são elementos fundamentais para a execução de um empreendimento, desde a aquisição de um material à contratação de um serviço. Portanto essa gestão obviamente reduz os custos ao longo da cadeia, tendo em conta as exigências do cliente – afinal, isso é qualidade: entregar o que o cliente quer, no preço e nas condições que ele espera. No estudo feito, demonstra-se que gerenciamento da cadeia de suprimentos são
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
PADI - JUNHO 2014-1
métodos que são usados para proporcionar uma melhor integração e uma melhor gestão equilibrando a produtividade e a eficiência. Palavras Chave: Cadeia de Suprimento. Gerenciamento. Logística 1 Graduandos do Curso de Administração das Faculdades Integradas do Vale do Ribeira (FVR), Registro, SP. ² Graduado em Matemática (FVR). Especialista em Administração da Qualidade Total (Unisantana). Mestre em Engenharia de Minas (USP) Professor das Faculdades Integradas do Vale do Ribeira. Gerente de Operações de Mina da Vale Fertilizantes S/A.
INTRODUÇÃO
A integração entre as economias mundiais tornou-se uma tendência em
ascensão, considerando que empresas almejam produzir onde estiverem disponíveis as
matérias-primas ou menos custos de produção.
Deste modo, a internacionalização da produção demanda maior complexidade da
cadeia de suprimentos e, consequentemente, a logística assume uma maior importância
dentro das organizações – os esforços em logística são intensificados de modo à enxugar
custos de materiais e mão-de-obra em função da maximização de lucros.
O gerenciamento da cadeia de suprimentos é um conjunto de métodos que são
usados para proporcionar uma melhor integração e uma melhor gestão de todos os
parâmetros da rede: transportes, estoques, custos, etc. Esses parâmetros estão
presentes nos fornecedores, na sua própria empresa e finalmente nos clientes. A gestão
adequada da rede permite uma produção otimizada para oferecer ao cliente final o
produto certo, na quantidade certa.
Para BALLOU (2006), a importância da logística dá-se através da agregação de
valor e sua percepção pelo cliente através das vertentes tempo e lugar – partindo da
premissa que determinado produto tem valor somente a partir do momento que estiver ao
alcance do cliente no momento em que ele pretender consumir.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 CADEIA DE SUPRIMENTO E SEU GERENCIAMENTO
113
III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
PADI - JUNHO 2014-1
Segundo CHOPRA e MEINDL (2011), uma cadeia de suprimentos consiste em
todas as partes envolvidas, direta ou indiretamente, na realização do pedido de um
cliente. Ela inclui não apenas fabricante e os fornecedores, mas também transportadores,
armazéns, varejistas e até mesmo os próprios clientes. Dentro de cada organização,
assim como em um fabricante, cadeia de suprimentos inclui todas as funções envolvidas
na recepção e na realização de uma solicitação do cliente. Essas funções incluem – mas
não simplesmente limitadas a – desenvolvimento de produto, marketing, operações,
distribuição, finanças e serviço ao cliente.
Pode-se definir logística/cadeia de suprimentos como conjunto de atividades
funcionais cíclicas de acordo com uma demanda específica em que matérias-primas são
convertidas em produtos finais, com a devida percepção de valor do cliente, conforme cita
BALLOU (2006).
Ainda segundo BALLOU (2006), uma única organização usualmente não detém
de estrutura para centralizar todos os fluxos entre a matéria-prima até os pontos de
consumo, sendo necessária a utilização de diversos canais de suprimentos e/ou
distribuição, assim como um canal de logística reversa para descartes ou consertos
quando necessários – emergindo o conceito de gerenciamento da cadeia de suprimentos.
De fato, a finalidade principal de qualquer cadeia de suprimentos satisfazer às
necessidades dos clientes e, no processo, gerar lucro por si só. O termo cadeia de
suprimentos traz à lembrança imagens de produto ou estoque movendo-se de
fornecedores para fabricantes, distribuidores, comerciantes e para clientes ao longo de
uma cadeia. Isso certamente faz parte da cadeia de suprimentos, mas também é
importante visualizar informações, fundos e fluxo de produtos pelas duas direções dessa
cadeia. O termo cadeia de suprimentos também pode implicar que somente um
participante esteja envolvido em cada estágio. Na realidade, um fabricante pode receber
material de vários fornecedores e depois abastecer vários distribuidores. Assim, muitas
das cadeias de suprimentos são, de fato, redes.
Uma cadeia de suprimentos típica pode envolver uma série de estágios, que
incluem:
Clientes;
Varejistas;
Atacadistas/distribuidores;
Fabricantes;
Fornecedores de componentes/matéria-prima.
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
PADI - JUNHO 2014-1
Cada estágio em uma cadeia de suprimentos está conectado pelo fluxo de
produtos, informação e fundos. Esses fluxos normalmente ocorrem em duas direções e
podem ser gerenciados por um dos estágios ou por um intermediário.
Para NOVAES (2007), quando adquirimos um produto, não imaginamos o longo
processo necessário para converter matéria-prima, mão de obra e energia em algo útil ou
prazeroso. Muitas vezes, produtos complexos como o automóvel requerem matéria-prima
de natureza variada (metais, plásticos, borracha, tecidos) e são montados a partir de um
número muito elevado de componentes. Noutros casos, como uma bandeja de ovos
frescos, o produto é formado pelo elemento básico (os ovos), mas há que se considerar
também o suporte de plástico, a etiqueta e o código de barras. Mas, na maioria dos
casos, o caminho é mais longo. Uma geladeira, por exemplo, utiliza componentes
fabricados por outras indústrias, como é o caso do compressor. A fábrica de
compressores, por sua vez, necessita de fios elétricos, metais e outros elementos para
sua produção, componentes esses fornecidos por outras empresas. O longo caminho que
se estende desde as fontes de matéria-prima, passando pelas fábricas dos componentes,
pela manufatura do produto, pelos distribuidores e chegando finalmente ao consumidor
através do varejista constitui a cadeia de suprimento.
Hoje a visão desse processo é diferente. Os ganhos que podem ser obtidos
através da integração efetiva dos elementos da cadeia, com a otimização global de custos
e de desempenho, são mais expressivos do que a soma dos possíveis ganhos individuais
de cada participante. Para se chegar a este estágio de integração plena, com benefícios
globais expressivos, o caminho é árduo, requerendo a eliminação de inúmeras barreiras.
Precisa modernizar o esquema organizacional da empresa, de um sistema de
informações bem montado e interligando todos os parceiros da cadeia. É preciso
implantar sistemas de custos, permitindo a transparência de informações entre os
parceiros da cadeia. Esse tipo de operação logística integrada moderna é denominado
Gerenciamento de Cadeia de Suprimento.
2.2 OBJETIVO DE UMA CADEIA DE SUPRIMENTOS
Para CHOPRA E MEINDL (2011), o objetivo de cada cadeia de suprimentos deve
ser maximizar o valor geral gerado. O valor (também conhecido como excedente da
cadeia de suprimentos) que uma cadeia de suprimentos gera é a diferença entre o que o
produto final vale para o cliente e os custos que incorrem a ela ao atender à solicitação do
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
PADI - JUNHO 2014-1
cliente. Para a maioria das cadeias de suprimentos comerciais, seu excedente estará
fortemente relacionado à lucratividade da cadeia de suprimentos, a diferença entre a
receita gerada do cliente e o custo total ao longo da cadeia de suprimentos. Quanto maior
a lucratividade da cadeia de suprimentos, mais bem sucedida ela é. O sucesso dessa
cadeia deve ser mantido em termos de lucratividade, e não em termos dos lucros em um
estágio individual.
Tendo definido o sucesso de uma cadeia de suprimentos em termos de
lucratividade, o próximo passo lógico é procurar por fontes de receita e de custo. Para
qualquer cadeia de suprimentos, existe apenas uma fonte de receita: o cliente. Todos os
outros fluxos de caixa são simplesmente trocas de fundos que ocorrem dentro da cadeia,
dado que diferentes estágios possuem diferentes proprietários. Todos os fluxos de
informações, produtos ou fundos geram custos dentro da cadeia de suprimentos. O
gerenciamento da cadeia de suprimentos eficaz envolve o gerenciamento de ativos e
produtos, informações e fluxo de fundos para maximizar o excedente total da cadeia.
2.3 FASES DE DECISÃO EM UMA CADEIA DE SUPRIMENTOS
Segundo CHOPRA E MEINDL (2011), o gerenciamento bem-sucedido da cadeia
de suprimentos requer muitas decisões relacionadas ao fluxo de informações, produtos e
fundos. Cada decisão deve ser feita para aumentar o excedente da cadeia, e cada uma
delas pode ser classificada em três categorias ou fases, dependendo da frequência de
cada decisão e do período de tempo durante o qual uma fase da decisão tem impacto.
Como resultado, cada categoria de decisões deve considerara incerteza sobre o horizonte
da decisão. 1. Estratégia ou projeto de cadeia de suprimentos: durante essa fase, uma
empresa decide como estruturar a cadeia de suprimentos ao longo dos próximos anos.
Ela decide qual será a configuração da cadeia, como recursos serão alocados e que
processos cada estágio realizará. Uma empresa precisa garantir que a configuração da
cadeia de suprimentos suporte seus objetivos estratégicos e aumente o excedente da
cadeia durante essa fase. Essas decisões normalmente são feitas para longo prazo (uma
questão de anos) e são muito caras para alterar no curto prazo. Consequentemente,
quando empresas tomam essas decisões, devem levar em consideração a incerteza em
antecipar as condições de mercado ao longo dos próximos anos.
2. Planejamento da cadeia de suprimentos: para decisões feitas durante
essa fase, o período considerado é de um trimestre a um ano. Portanto, a configuração da
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
PADI - JUNHO 2014-1
cadeia de suprimentos determinada na fase estratégica é fixa e estabelece restrições
dentro das quais o planejamento deverá ser feito. O objetivo do planejamento é maximizar
o excedente da cadeia de suprimentos que pode ser agregado ao longo do horizonte do
planejamento, dadas as restrições estabelecidas durante a ase estratégica ou de projeto.
As empresas iniciam a fase de planejamento com uma previsão para o ano seguinte (ou
um período comparável) da demanda nos diferentes mercados. Na fase do planejamento,
as empresas deverão incluir em suas decisões a incerteza na demanda, as taxas de
câmbio e a competição durante esse horizonte de tempo. Dado um período mais curto e
melhores previsões que na fase de projeto, as empresas na fase de planejamento tentam
incorporar qualquer flexibilidade embutida na cadeia de suprimentos na fase de projeto e
a exploram para otimizar o desempenho. Como resultado, as empresas definem um
conjunto de políticas operacionais que controlam as operações de curto prazo.
3. Operação da cadeia de suprimentos: o horizonte de tempo aqui é semanal
ou diário e, durante essa fase, as empresas tomam decisões relacionadas a pedidos
individuais de cliente. Em nível operacional, a configuração da cadeia de suprimentos é
considerada fixa, e políticas de planejamento já estão definidas. O objetivo das operações
da cadeia de suprimentos é manejar os pedidos que chegam do cliente da melhor
maneira possível. Como as decisões operacionais estão sendo feitas em curto prazo
(minutos, horas ou dias), há menos incerteza sobre a informação de demanda. Dadas as
restrições estabelecidas pelas políticas de configuração e planejamento, o objetivo
durante a fase de operação é explorar a redução da incerteza e otimizar o desempenho.
O projeto, o planejamento e a operação de uma cadeia de suprimentos têm um
forte impacto sobre a lucratividade e sobre seu sucesso em geral. É normal afirmar que
uma grande parte do sucesso de empresas como Walmart e Dell pode ser atribuído ao
projeto, planejamento e operação eficazes de sua cadeia de suprimentos.
2.4 VISÕES DE PROCESSO DE UMA CADEIA DE SUPRIMENTOS
Para CHOPRA e MEINDL (2011), uma cadeia de suprimentos é uma sequência
de processos e fluxos que ocorrem em diferentes estágios e entre eles, e combinam para
atender a necessidade de um cliente por um produto. Há duas maneiras diferentes de ver
os processos realizados em uma cadeia de suprimentos.
1. Visão cíclica: os processos em uma cadeia de suprimentos são divididos
em uma série de ciclos, cada um realizado na interface entre dois estágios sucessivos de
uma cadeia de suprimentos.
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
PADI - JUNHO 2014-1
2. Visão empurrar/puxar: os processos em uma cadeia de suprimentos são
divididos em duas categorias, dependendo se eles são executados em resposta aos
pedidos de cliente ou em antecipação a eles. Processos do tipo puxar são iniciados por
um pedido de cliente, enquanto processos do tipo empurrar são iniciados e realizados em
antecipação a pedidos de clientes.
2.5 VISÃO CÍCLICA DOS PROCESSOS DE CADEIA DE SUPRIMENTOS
De acordo com CHOPRA e MEINDL (2011), uma visão cíclica a cadeia de
suprimentos define claramente os processos envolvidos e os proprietários de cada
processo. Essa visão é muito útil quando se consideram as decisões operacionais, pois
especifica os papéis e as responsabilidades a cada membro da cadeia de suprimentos e o
resultado desejado de cada processo.
Visão empurrar/puxar de processos da cadeia de suprimentos:
Uma visão do tipo empurrar/puxar da cadeia de suprimentos classifica os
processos com base em se eles são iniciados em resposta a um pedido do cliente (puxar)
ou em antecipação a seu pedido (empurrar). Essa visão é muito útil quando se
consideram decisões estratégicas relacionadas ao projeto da cadeia de suprimentos.
Macroprocessos da cadeia de suprimentos de uma empresa:
1. Gerenciamento de relacionamento com o cliente (customer relationship
management – CRM): todos os processos que focalizam a interface entre a empresa e
seus clientes.
2. Gerenciamento de cadeia de suprimentos interna (internal supply chain
management – ISCM): todos os processos que são internos à empresa.
3. Gerenciamento de relacionamento com fornecedores (supplier relationship
management – SRM): todos os processos que focalizam a interface entre a empresa e os
fornecedores.
Os três macroprocessos gerenciam o fluxo de informações, de produtos e de
fundos exigido para gerar, receber e atender a uma solicitação do cliente. O
macroprocesso de CRM tem como objetivo gerar demanda de cliente e facilitar a
realização e o acompanhamento de pedidos. Ele inclui processos como marketing,
preços, vendas, gerenciamento de pedido e gerenciamento de call center. O
macroprocesso de ISCM tem como objetivo atender à demanda gerada pelo processo de
CRM em tempo e com o menor custo possível. Os processos de ISCM incluem o
planejamento da capacidade interna de produção e de armazenamento, a preparação de
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
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planos de demanda e fornecimento, e o atendimento a pedidos reais. O macroprocesso
SRM tem como objetivo prover e gerenciar fontes de suprimento para diversos bens e
serviços. Entre seus processos estão a avaliação e a seleção de fornecedores, a
negociação de termos de fornecimento e a comunicação com fornecedores com relação a
novos produtos e pedidos.
Dentro de uma empresa, todas as atividades de cadeia de suprimentos
pertencem a um de três macroprocessos: CRM, ISCM e SRM. A integração entre os três
macroprocessos é fundamental para um gerenciamento de cadeia de suprimentos bem-
sucedido.
2.6 OS ELEMENTOS DA CADEIA DE SUPRIMENTO
Segundo NOVAES (2007), a cadeia de suprimento se estende desde o
fornecedor da matéria-prima destinada à fabricação de um determinado produto até o
consumidor final, passando pela manufatura, centros de distribuição, atacadistas e
varejistas.
Suprimento da manufatura: para a fabricação de um determinado produto são
necessários alguns tipos de matéria-prima como, por exemplo, leite para fazer iogurte,
plástico ou vidro para produzir garrafas, e alumínio para produzir latas de cerveja. Alguns
tipos de indústrias utilizam componentes pré-montados, que são produzidos por outras
indústrias. Por exemplo, os compressores para serem incorporados a geladeira. A
indústria também consome componentes soltos, como parafusos, porcas, fios etc.
Manufatura: é o processo de fabricação propriamente dito, normalmente
envolvendo várias etapas e podendo ser mais ou menos complexo, conforme o tipo de
produto a ser industrializado. Ligados à manufatura, há normalmente estoques de
insumos variados (matéria-prima, componentes), os quais muitas vezes são reduzidos ao
máximo através do abastecimento direto na linha de produção, por parte de alguns
fornecedores. Quando pronto, e enquanto aguarda distribuição, o produto acabado
permanece estocado no armazém ou depósito da fábrica.
Distribuição física: uma vez pronto, o produto é despachado para depósitos ou
centros de distribuição, para posterior envio ás lojas de varejo. Geralmente, o próprio
varejista opera seu(s) depósito (s). Há casos em que a distribuição é feita a partir de um
atacadista ou distribuidor.
Varejo: as lojas de varejo podem pertencer a firmas diversas ou, no caso de
cadeias varejistas, a uma única empresa.
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
PADI - JUNHO 2014-1
Consumo: é a fase final da cadeia de suprimento, foco central de todos os seus
participantes.
Transporte: aparece em várias etapas da cadeia de suprimento, deslocando
matérias-primas e componentes para a manufatura, levando produtos acabados para os
centros de distribuição e destes para as lojas e, em muitos casos, entregando
mercadorias diversas nos domicílios dos consumidores.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
De forma simples podemos dizer que a logística e a cadeia de suprimentos é um
conjunto de atividades funcionais, como transporte, controle de estoques, que se repetem
inúmeras vezes ao longo do canal pelo qual matérias-primas vão sendo convertidas em
produtos acabados, aos quais se agrega valor ao consumidor.
Assim a gestão da cadeia de suprimentos tem representado uma nova e
promissora fronteira para empresas interessadas na obtenção de vantagens competitivas
de forma efetiva. Um dos objetivos da gestão da cadeia de suprimentos é a satisfação
efetiva dos consumidores finais, atuando eficientemente na redução de custos.
A melhoria na cadeia de suprimentos se faz necessária para viabilizar o fluxo de
compras e garantir melhores distribuições dos estoques fazendo com que a empresa
esteja sempre em expansão e que nenhum setor fique dependendo da rotatividade das
atividades do outro.
No entanto o grande potencial do gerenciamento da cadeia de suprimentos é de
gerar vantagem competitiva, estreitando o relacionamento entre o cliente e o fornecedor
reduzindo custos na cadeia de distribuição. REFERENCIAS BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos; 5ª edição – Porto
Alegre: Bookman, 2006.
CHOPRA, Sunil. MEINDL, Peter. Gestão da Cadeia de Suprimentos - Estratégia, Planejamento e Operações; 4ª Edição – São Paulo: Pearson Education BR, 2011.
NOVAES, Antonio Galvão. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Distribuição. –
Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
PADI - JUNHO 2014-1
17 - PROCESSO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS: GERENCIANDO A CADEIA DE
SUPRIMENTOS
Franciely Lopes Antunes1; Jaqueline Maiara de Moraes Gomes1;
Tais Cardoso 1; Taíza Sansão Severo1;
Vanessa Lenartevitz Gomes1; Agenor de Faria Junior².
RESUMO O presente trabalho aborda o conceito logístico e o processo da cadeia de suprimentos de maneira que o foco total do estudo esta no planejamento, na organização e no controle dessas atividades para satisfação do cliente. Enfatizamos critérios necessários para proporcionar uma gestão bem sucedida em que o nível de atividades logísticas possa disponibilizar produtos e serviços no tempo certo, no local certo e nas condições e formas desejadas, obtendo lucro e eficácia em termos de custos e concorrência. Desta forma, este estudo apresenta como as atividades logísticas são essenciais para as empresas de forma que possam oferecer o melhor produto ao mercado. Palavras Chave: Logística, Produto, Serviço, Eficácia, Cliente. 1 Graduandos do Curso de Administração das Faculdades Integradas do Vale do Ribeira (FVR), Registro, SP. ² Graduado em Matemática (FVR). Especialista em Administração da Qualidade Total (Unisantana). Mestre em Engenharia de Minas (USP) Professor das Faculdades Integradas do Vale do Ribeira. Gerente de Operações de Mina da Vale Fertilizantes S/A.
INTRODUÇÃO:
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
PADI - JUNHO 2014-1
Logística e gestão de suprimentos não são ideias novas. Nas épocas mais antigas
da História documentada da humanidade, as mercadorias mais necessárias não eram
feitas perto dos lugares nos quais eram mais consumidas, nem estavam disponíveis nas
épocas de maior procura.
Alimentos e outras commodities eram espalhados pelas regiões mais distantes,
sendo abundantes e acessíveis apenas em determinadas ocasiões do ano. Os povos
mais antigos consumiam os produtos em seus lugares de origem ou os levavam para
algum local profundo ou armazenando – os para utilização posterior. Contudo, devido à
inexistência de sistemas desenvolvidos de transporte e armazenamento, o movimento das
mercadorias limitava – se àquilo que a pessoa conseguia fazer por suas próprias forças, e
os bens perecíveis só podiam permanecer guardados por prazos curtos.
Outro ponto interessante para ressaltar é que ao longo da historia da humanidade,
guerras são vencidas e perdidas por forças e capacidades logísticas ou pela falta delas.
Em meados da 1ª e 2ª Guerra Mundial, a logística desempenhou papel importante. As
guerras eram longas e distantes, era necessário todo um estudo e planejamento para
transportar tropas, carros de guerra, armamentos e suprimentos e como seriam
armazenados, não poderia faltar também o controle desses suprimentos, já que os
recursos para adquirir alguns desses mantimentos eram poucos e distantes. Dessa forma,
com esse estudo pretendemos demonstrar a evolução da logística e cadeia de
suprimentos como um todo, destacando sua importância e necessidade nas
Organizações.
DEFININDO LOGÍSTICA EMPRESARIAL E CADEIA DE SUPRIMENTOS
Para BALLOU (2006), a logística empresarial é um campo relativamente novo do
estudo da gestão integrada, das áreas tradicionais das finanças, marketing e produção,
no entanto como vimos anteriormente às atividades logísticas foram durante muitos anos
exercidas pelos indivíduos. Uma definição dicionarizada do termo logística é o que diz: O
ramo da ciência militar que lida com a obtenção e transporte de material, pessoal e
instalações. Segundo BALLOU (2006) essa definição situa logística num contexto militar. Dadas
distinções entre os objetivos e atividades empresariais e militares, essa definição não
engloba a essência da gestão da logística empresarial. Uma representação mais fiel
desse campo pode ser aquela refletida na definição promulgada pelo CouncilofLogistics
Management (CLM), uma organização de gestores logísticos, educadores e profissionais
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
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da área criada em 1962 para incentivar o ensino nesse campo e incentivar o intercâmbio
de idéias. Sua definição: Logística é o processo de planejamento, implantação e controle
do fluxo eficiente e eficaz de mercadorias, serviços e das informações relativas desde o
ponto de origem até o ponto de consumo com o propósito de atender às exigências dos
clientes.
Trata- se de uma excelente definição, uma vez que abrange a noção de que o fluxo
das mercadorias deve ser acompanhado desde o ponto em que existem como matérias
primas até aquele em que são descartadas. A logística também lida, além de bens
materiais, com o fluxo de serviços, uma área com crescentes oportunidades de
aperfeiçoamento. Essa definição sugere igualmente ser a logística um processo, o que
inclui todas as atividades importantes para a disponibilização de bens e serviços aos
consumidores quando e onde estes quiserem adquiri – los. Contudo, a definição implica
em que a logística é parte do processo inteiro. Assim, o que é processo da cadeia de
suprimentos, ou, como é mais conhecido, gerenciamento de cadeia de suprimentos.
Segundo BALLOU (2006), gerenciamento da cadeia de suprimentos como (GCS,
ou SCM, do inglês supplychain management) é um termo surgido mais recentemente e
que capta a essência da logística integrada e inclusive a ultrapassa. O gerenciamento da
cadeia de suprimentos destaca as interações logísticas que ocorrem entre as funções de
marketing, logística e produção no âmbito de uma empresa, e dessas mesmas interações
entre as empresas legalmente separadas no âmbito do canal de fluxo de produtos.
A CADEIA DE SUPRIMENTOS
De acordo com BALLOU (2006), a Logística/Cadeia de Suprimentos é um conjunto
de atividades funcionais (transportes, controle de estoques, etc) que se repetem inúmeras
vezes ao longo do canal pelo qual matérias – primas vão sendo convertidas em produtos
acabados, aos quais se agrega valor ao consumidor. Uma vez que as fontes de matérias
– primas, fábricas e pontos de vendas em geral não tem a mesma localização e o canal
representa uma sequência de etapas de produção, as atividades logísticas podem ser
repetidas várias vezes até um produto chegar ao mercado. Então, as atividades logísticas
se repetem à medida que os produtos usados são transformados a montante no canal
logístico.
A logística unida a cadeia de suprimentos trata da criação de valor, valor para
clientes e fornecedores da empresa. O valor do logístico primeiro é manifestado em
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
PADI - JUNHO 2014-1
termos de tempo e lugar. Produtos e serviços não tem valor a menos que estejam em
poder dos clientes quando (tempo) e onde (lugar) eles pretendem consumi – los.
A boa administração logística interpreta cada atividade na cadeia de suprimentos
como contribuinte do processo de agregação de valor. Quando pouco valor pode ser
agregado, torna – se questionável a própria existência dessa atividade. Contudo, segundo
BALLOU (2006), agrega – se valor quando os consumidores estão dispostos a pagar, por
um produto ou serviço, mais que o custo de colocá–lo ao alcance deles. Para incontáveis
empresas no mundo inteiro, a logística vem se transformando num processo cada vez
mais importante de agregação de valor.
ESTRATÉGIAS LOGÍSTICA/ CADEIA DE SUPRIMENTOS
Segundo BALLOU (2006) abordagens inovadoras de estratégia de logística/CS
podem proporcionar vantagens competitivas, é de opinião unânime que uma estratégia
logística inclui três objetivos principais: redução de custos, redução de capital e melhoria
de serviços. A redução de custos é a estratégia voltada para o enxugamento dos custos
variáveis relacionados ao transporte e armazenagem. Um exemplo é escolher um entre
vários locais de armazenagem apresentados como alternativas, ou selecionar o melhor
modal de transporte.
A redução de capital é a estratégia voltada para o enxugamento do nível dos
investimentos nos sistemas logísticos. Maximizar o retorno sobre os ativos logísticos é a
motivação desta estratégia.
A estratégia de melhoria de serviços normalmente admite que os lucros dependem
do nível dos serviços logísticos proporcionado. Embora os custos aumentem rapidamente
com a melhoria dos níveis logísticos dos serviços ao cliente, os lucros igualmente
maximizados podem ser mais significativos que o aumento dos custos.
PRINCIPAIS ELEMENTOS DE DISTRIBUIÇÃO Clientes
Para CHRISTOPHER (2011) as características dos clientes que afetam os custos
de distribuição são: Localização do cliente; Volume da demanda anual; Tipos dos
produtos comprados. Produtos diferentes se incluem em várias classificações de
commodities e, com isso, irão representar tarifas diferentes de transporte. Havendo
variações regionais na combinação dos produtos, uma tarifa média para todos os
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produtos não basta; Explicitar o âmbito de atuação da empresa; A distribuição do
tamanho do pedido. Tamanhos diferentes de remessas exigem tarifas diferentes de
transporte. Armazéns
As características dos armazéns que afetam os custos são; investimento
imobilizado em armazéns de propriedade da empresa. Algumas companhias preferem os
armazéns públicos, opção que reduz a sua necessidade de investimentos fixos; custos
fixos anuais de operação e administração; custos variáveis de estocagem, manuseio,
rotação de estoques e processamento de dados.
Fábricas
A localização de fábricas e os produtos disponíveis em cada uma delas são os
elementos que mais afetam os custos da distribuição. Determinadas tarifas de
armazenagem e manuseio na fábrica podem ser adequadamente atribuídas a custos de
distribuição, mas, por serem esses custos largamente independentes da configuração do
armazém, eles podem ser excluídos da análise. Custos de Transporte
Os fretes pagos pela movimentação dos produtos da fábrica para o armazém são
denominados de custos de transporte. Eles dependem da localização da fábrica e
armazém envolvidos, do tamanho da carga e da classificação de commodity do produto.
Custos de entrega
Os custos da movimentação do produto da fábrica para o cliente, chamados de
custos de entrega, dependem das proporções da remessa, das localizações da fábrica e
do cliente, e da classificação do commodity do produto.
ORGANIZAÇÃO E CONTROLE
Segundo CHRISTOPHER (2011) a organização administrativa é a estrutura que
cria condições para a criação, a implementação e a avaliação de planos. É o mecanismo
formal ou informal para alocação dos recursos humanos da empresa à concretização de
suas metas.
A logística é uma atividade essencial que precisa ser desenvolvida por todos os
tipos de empresas ou instituições. Isso significa que alguma espécie de arranjo
organizacional, seja ele formal ou informal, terá sido feito para cuidar do movimento de
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
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produtos e serviços. A organização deveria ser levada em conta em três níveis. Agrupar
as atividades relevantes e gerenciá – lascoletivamente como uma função logística.
Para CHRISTOPHER (2011) os planos logísticos devem ter foco no controle, que é
o processo em que o desempenho planejado é alinhado, ou mantido em linha, com os
objetivos pretendidos. O processo de controle trata de comparar o desempenho planejado
e de colocar em prática qualquer ação corretiva, quando necessária, para aproximá-los
mais. Um sistema logístico eficaz depende de informação precisa, relevante e atualizada
sobre o desempenho da atividade ou função. O controle logístico conforme BALLOU
(2006) ajuda a garantir que os objetivos em torno dos quais se desenvolveram os planos
logísticos sejam atingidos uma vez desencadeados esses planos de ação.
ENTREGANDO VALOR AO CLIENTE
De acordo com CHRISTOPHER (2011), o sucesso ou fracasso de qualquer
empresa será determinado pelo nível de valor que ela oferece para o cliente em seus
mercados escolhidos. O valor do cliente pode ser definido simplesmente como a diferença
entre a percepção dos benefícios que fluem de uma compra ou de uma relação e os
custos totais incorridos. O propósito total da cadeia de suprimentos e logística é fornecer
aos clientes o nível e a qualidade de atendimento que eles exigem, e fazê-lo ao menor
custo para cadeia de suprimentos total. Ao desenvolver uma estratégia de logística
voltada para o mercado, o objetivo é alcançar a “excelência de atendimento” de uma
forma coerente e rentável. Gestão de cadeia e suprimentos
Segundo CHRISTOPHER (2011) a gestão da cadeia de suprimentos e a gesta de
atividade que transformam as matérias primas em produtos intermediários e produtos
finais, e que entregam esses produtos finais aos clientes. Para a maior parte das
empresas, agestão da cadeia de suprimentos requer a operação de uma rede de
instalações de manufatura e de e de distribuição que estão frequentemente espalhadas
pelo mundo. As atividades da cadeia de suprimentos envolvem de compras, manufatura,
logística, distribuição e transporte ate o marketing. Frequentemente, diferentes empresas
são proprietárias de diferentes conexões nacadeia de suprimentos.
Três aspectos principais da gestão da cadeia de suprimentos
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
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Cadeia de suprimentos como uma entidade interfuncional: A maior parte das
dificuldades da gestão da cadeia de suprimentos deriva de uma alocação descoordenada
e fragmentada de responsabilidade das diversas atividades da cadeia de suprimentos
para diferentes áreas funcionais.
Cadeia de suprimentos como um usuário estratégico de estoque e outros recursos produtivos: A cadeia de suprimentos pode ser usada como uma demanda e de
capacidade e nos fornecimentos de proteções operacionais contra incertezas.
Cadeia de suprimentos como a integradora e coordenadora das atividades de produção e logística: Essa visão e a essência da gestão da cadeia de suprimentos e a
única forma de atingir eficiência operacional em relação a custo lead times e serviços ao
cliente.
Efeito do Chicoteamento
O efeito do chicoteamento na cadeia de suprimentos é um fenômeno tão recente
quanto à globalização e muito comum em todas as empresas que administram
tecnicamente seus estoques.
Efeito de chicoteamento e suas causas comportamentais
A informação destorcida de uma extremidade da cadeia de suprimentos para a
outra pode levar a tremenda ineficiência, estoque excessivo, clientes insatisfeitos, receitas
perdidas e programas de produção ineficazes.
Decisões individuais
De acordo com CHRISTOPHER (2011) a falha na compreensão do impacto de
decisão individuais (ou funcionais isoladas) em toda a cadeia na demanda produz falta em
algum lugar da cadeia. Tipicamente, quando os gerentes percebem uma ameaça de faltas
de produtos causada pela demanda volátil percebida, reagem elevando os estoques de
segurança, aumento assim os pedidos e seus fornecedores a montante. Esse aumento
nos pedidos e interpretado pelas pessoas a montante na cadeia de suprimentos como um
grande aumento na demanda, o que, por sua vez, leva a um “efeito de psicose de
aumento de demanda” por meio da cadeia de suprimentos. Ou seja, toda a cadeia de
suprimentos acredita agora que a demanda aumentou dramaticamente. Durante período
de crescimento percebido como esse, a previsão de demanda futura é ajustada e os
estoques de segurança aumentados para garantir proteção contra faltas.
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
PADI - JUNHO 2014-1
Em um sistema com Lead Times longo, os estoques de segurança tipicamente
consistem de produtos suficientes para suprir algumas semanas de demanda futura.
Contudo o crescimento de demanda percebido, quando combinado ao longo Lead Times,
gera um aumento drástico nos pedidos e nos estoques. O cálculo errado da decisão de
pedido de uma simples ligação da cadeia de suprimentos pode criar esse efeito caótico.
Tipos de Incentivos
Segundo BALLOU (2006) os incentivos funcionais impróprios contribuem para o
comportamento errático na cadeia de suprimentos. Os incentivos (o fato do custo das
faltas por unidade ser o dobro do custo do estoque por unidade) criam um exagerado
“medo das faltas”, que, por sua vez, encoraja o pedido em excesso. E um fato da vida dos
negócios que objetivos de makentig, vendas, fabricação e distribuição frequentemente se
confrontam. Muitas empresas tendem a resistir a ideia de que um balanço melhor pode de
fato ser atingido por meio da melhor coordenação da tomada de decisões e do
alinhamento apropriados dos objetivos funcionais com aqueles do sistema como um todo.
E comum a empresas falharem em articular seus objetivos no nível da cadeia de
suprimento total. Ao fazer subsequentemente falham em compreender como as medidas
de desempenho especificam, as quais são estabelecidas arbitrariamente e com uma visão
funcional míope, afetam o desempenho total da cadeia de suprimentos.
Questões de integração vertical em cadeias de suprimentos globais
Devido as diversas complexidades na cadeia de suprimentos globais, as empresas
devem tomar decisões de compromissos (trade-off) para desenvolver mundialmente
estratégias de operação e logística executáveis. Explorando alguns desses
compromissos, particularmente no que se refere a decisões de umas empresas em
relação a sua integração vertical na cadeia de suprimentos global.
Integração vertical para solucionar as inadequações infraestruturais do
fornecedor
Muitas variáveis podem afetar o grau de integração vertical de cadeia de
suprimentos globais em diferentes países ou ambientes de mercado.
Ambiente do pais
São divididos em 6 etapas:
-Tamanho e crescimento do mercado
-Custo da Mao de obra
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
PADI - JUNHO 2014-1
-Qualificação da Mao de obra
-capacidade gerencial local
-Risco político
-Controles de Importação
-Compatibilidade cultural
Caracteristica da Empresa
A característica de uma empresa se reduz em algumas partes:
Produto: Maturidade, Diferenciação de marca, diversidade de linhas, intensidade de
serviços.
Tecnologia-Maturidade, estabilidade e complexidade.
Recursos: Capital, gerencia experiência anterior em atividades similares, grau de
globalização.
Conhecimento tecnológico-programas de desenvolvimento podem transferir tecnologia
da empresa ou de alguns de seus fornecedores exitentes (por meio de pratica de
licenciamento). O conhecimento pode também ser desenvolvido mediante visitas a
fabricas de fornecedores altamente qualificados e de treinamentos.
Recursos financeiros - fornecedores locais frequentemente não possuem os recursos
financeiros necessários para realizar o investimento em seus produtos e processos.
Assim, iniciativas de financiamento podem ser mais eficazes na atualização dos
equipamentos, facilidades, transporte e infraestrutura de armazenagem dos fornecedores.
Falta de qualidade e de cultura de melhoria continua – A introdução de monitoração
de desempenho e de programas de treinamento em qualidade pode melhorar
significativamente a qualidade do fornecedor local. Esses esforços em melhoria continua
devem ser combinados a um sistema de incentivo claramente comunicado e medido de
forma justa com recompensas positivas e negativas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A principal ideia deste estudo foi ressaltar pontos importantes a serem
considerados para um melhor rendimento na Logística e gestão de suprimentos.
Dessa maneira o trabalho teve como principal objetivo demonstrar como as
atividades logísticas são essenciais para as empresas de forma que possam oferecer o
melhor produto ao mercado. Para isso, primeiramente definimos conceitualmente através
de alguns autores, o que é logística e cadeia de suprimentos, seguindo com suas
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PADI - JUNHO 2014-1
estratégias diante do mercado, seus componentes, aspectos da gestão da cadeia de
suprimentos, ressaltamos pontos indispensáveis na organização e controle qual podemos
considerar como parte principal da estrutura que cria condições para criação, a
implementação e avaliação de planos, onde somado a todas as suas etapas, ajuda a
garantir que os objetivos em torno dos quais se desenvolveram os planos logísticos sejam
atingidos de maneira eficaz.
Entretanto concluímos que o propósito total da logística e cadeia de suprimentos é
fornecer aos clientes a qualidade de atendimento que eles exigem e faze – lo ao menor
custo da cadeia de suprimentos total. Ao desenvolver uma estratégia de logística voltada
para ao mercado, o objetivo é alcançar excelência de atendimento de forma coerente e
rentável, pois o sucesso ou fracasso de qualquer empresa será determinado pelo nível de
valor que ela oferece aos clientes em seus mercados escolhidos.
REFERENCIAS
BALLOU, RONALD H.Gerenciamento da cadeia de suprimentos/logística empresarial/Ronald H.Ballou; tradução Raul Rubenich. – 5. Ed. – Porto Alegre:
Bookman, 2006. CHRISTOPHER, MARTIN. Logísticae gerenciamento na cadeia de suprimentos/
Martin Christopher; tradução Ez2 Translate; revisão técnica James Richard Hunter. São
Paulo: Cengage Learning, 2011.
18 - MUDANÇA ORGANIZACIONAL
Franciely Lopes Antunes¹;
Jaqueline Maiara de Moraes Gomes¹; Tais Cardoso¹;
Taiza Severo Sansão¹ Vanessa Lenartevitz Gomes¹;
Carlos Eduardo Pinto².
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
PADI - JUNHO 2014-1
RESUMO O tema da mudança na organização do trabalho não é novo, mas ganhou contornos diferentes nos últimos anos. O aumento na instabilidade ambiental e, particularmente, o acirramento da competição colocaram a questão da mudança como central para a sobrevivência das organizações. As fontes de resistência individual a mudança inclui habito, e segurança, fatores econômicos, medo do desconhecido e processamento seletivo de informações. As fontes de resistência organizacional incluem inércia estrutural e de grupo, foco limitado de mudança, ameaças á especialização, as relações estabelecidas de poder e ás distribuições estabelecidas de recursos. As opções de mudança disponíveis a um gerente incluem mudança da estrutura, da cultura, da tecnologia, do ambiente e das pessoas. Desenvolvimento organizacional refere – se a um conjunto de técnicas para entender, mudar e desenvolver a força de trabalho de uma organização para melhorar sua eficácia. Uma organização que aprende é uma organização que desenvolveu a capacidade continua para adaptar-se e mudar. Palavras-chave: Mudança Organizacional; Transformação Organizacional; Gestão da Mudança; Inovação.
1 Graduandos do Curso de Administração das Faculdades Integradas do Vale do Ribeira (FVR), Registro, SP. ² Graduado em Administração (UFPR). Especialista em Administração de Marketing (FESP). Mestre em Administração pela Universidade de Extremadura (Espanha) reconhecido pela UFSC. Professor das Faculdades Integradas do Vale do Ribeira. INTRODUÇÃO
Desenvolvimento organizacional pode ser conceituado como uma resposta a
mudança, uma complexa estratégia educacional que tem por finalidade mudar crenças,
atitudes, valores e a estrutura da empresa, de modo que eles possam melhor adaptar –
se novos mercados, tecnologias e desafios e ao próprio ritmo vertiginoso das mudanças.
Portanto, seu conhecimento e utilização em muito facilitam ao analista de sistemas,
organização e métodos otimizar os resultados da empresa, por meio da adequada
implementação dos sistemas administrativos envolvidos. As estratégias para reduzir a
resistência a mudança incluem a realização de uma auditoria de identidade, a
identificação de diferenças fundamentais de modo que a mudança como significativa e
sua vinculação a aspectos valorizados da identidade da organização, a introdução da
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
PADI - JUNHO 2014-1
mudança como uma serie de passos de alcance médio, a escolha do caminho de menor
resistência e a manutenção da qualidade de mudança dentro de limites toleráveis.
Cultura e Mudança Organizacional
Para Wood Jr (1995) até meados da década de 70, falar em mudança
organizacional correspondia predominante a falar em projeto ou (re) desenho
organizacional. A ideia de mudança estava concentrada no conceito de alteração de
organograma, na criação, modificação ou extinção de cargos e funções.
A apropriação do conceito de cultura por consultores e gerentes porem é permeada
por ambiguidade, paradoxos e polemicas. Uma delas a discussão sobre a possibilidade
de mudar uma cultura e o impacto desta mudança sobre o desempenho organizacional.
Muito defensores desta ideia advogam não só que é possível mudar uma cultura, mas
também que isto pode ser feito de forma planejada. No entanto, mesmo entre eles existe
consenso de que não se trata de tarefa fácil ou empreendimento de curto termo.
Macromudanças e Visões de Futuro
Segundo Peters (1989) o fim da organização de comando e controle e o surgimento
de modelos não hierarquizados. Ele também fala da turbulência ambientais e de como as
organizações devem adaptar –se e usufruir destas condições instáveis, fazendo do caos
um novo modo de vida. Watermann (1989) menciona o aspecto renovação e a
importância de e conviver com as mudanças. As mudanças que estão agora ocorrendo
são diferentes das do passado, quando um confortável padrão de continuidade
predominava. As mudanças atuais são esta descontinuidade é provocada pelas
mudanças econômicas e contrário descontinuas. Por isso exigem uma postura mental
diferente antidogmatica. Segundo o autor tecnológicas. Os reflexos são os seguintes:
redução da parcela da população ocupada com atividades de trabalho intensivo,
diminuição do número de empregos de tempo integral, aumento da demanda por
especialistas e crescimento do setor de serviços e do número de organizações baseadas
em informação. Os Processos Planejados de Mudança
Segundo Wood Jr (1995) processos estruturados de intervenção existem pelo menos
desde a década de 50 mas sua versão mais atualizada, os processos planejados de
mudança organizacional, são produto típico dos anos 80, cujo amadurecimento é fruto de
uma série de condições especificas.
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
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Primeiro, de condições macroambientais, que tem levado as organizações a
experimentar mudanças quantitativas e qualitativas sem precedentes. Esta nova
realidade criou imenso laboratório para a pratica e observação de todo tipo de teoria
ou conceito de intervenção.
Segundo, da evolução de um conjunto de conhecimento transdisciplinares que
trouxeram elementos para compreensão da dinâmica interna das organizações, das
intricadas redes de ligações interativas que as compõem, e possibilitaram o
surgimento de um arcabouço teórico orientador sobre como realizar movimentos
planejados dentro desta complexidade.
Terceiro, do amadurecimento de algumas técnicas e conceitos, como enriquecimento
de tarefa ou trabalho participativo, surgidos nas décadas anteriores sobre o guarda
chuva da abordagem sociotecnicas ou do DO.
Quarto, do esgotamento dos modelos baseados na visão de organização maquina e
essencialmente sentados na ideia de mudança estrutural.
Quinto, de uma tendência de abertura maior de consultores e das próprias
organizações para a Antropologia Social, a Psicologia Social e a Filosofia.
Envolvimento nas Mudanças
Pra Woodward (1977), as mudanças não foram tão difícil pois conseguiram
consideráveis benefícios com as mudanças técnicas realizadas no passado a história
industrial da área sugeria que as pessoas tinham lucrado não apenas no ponto de vista da
remuneração mais como de produção, portando a disposição a aceitar a mudança
provavelmente se baseava na expectativa já existente.
Os envolvimentos das mudanças portanto, criava poucos problemas a menos que
a administração cometesse erros óbvios na introdução de mudança. Isto indicava que ele
continuaria com um mínimo problema. A menos que a administração cometesse erros
óbvios na introdução de mudanças, tudo indicava que ela continuaria com um mínimo de
problemas. Entretanto, não foi este o caso; em algumas empresas estudadas, foram
cometidos erros e houve muitas falhas de comunicação. Mas, mesmo onde a situação foi
enfrentada com acerto e todas as regras foram seguidas, a introdução a introdução de
mudanças não foi tranquila como os pesquisadores previram. Em particular, surgiram
dois gatos para introduzir mudanças. O início e a implementação da mudança relevaram-
se um processo extremamente lento. Segundo independentemente de quais cuidadosa a
lenta a introdução da mudança, a reação imediata da supervisão de nível mais baixo e
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
PADI - JUNHO 2014-1
dos operários era a resistência. A posição ás mudanças parecia ser uma questão de
conduta um refluxo condicionado.
Quanto ao tempo, a informação obtida por estas investigações certamente confiava
a afirmação de Dubin (1962) de que a escala de tempo das decisões é muito maior do
que sugere a analise formal do processo de decisão. No caso de algumas empresas
cobertas pelas investigações. Entretanto, nenhuma das mudanças que estavam sendo
realizadas eram completamente novas para os pesquisadores todas tinham sido
posicionadas com possibilidade, durante os primeiros estágios da pesquisa. Parecia que
as intenções tinham levado quatro anos para se materializar em planos e se solidificar em
decisões. Apenas em duas das sete empresas, uma parte substancia do tempo
interveniente tinha sido gasta na fabricação de nova fábrica ou maquinaria em geral , o
tempo em sua maior parte da minha sido gato em reunião e discussões. A função dessas
reuniões era conciliar os interesses conflitantes de indivíduos e departamentos.
Um dos pontos mais importantes de interessante era que, exceto quando
pensavam especificamente em datas formais de entrega ou em períodos de controle
muitos administradores precisam não a passagem do tempo e seu custo, portanto tiveram
a conclusão que o planejamento de mudanças é um processo lento. Estes estudos de
continuação não apenas confirmaram a ideia de que é impossível desenvolver qual quer
teoria valida das decisões sem levar em conta a dimensão de tempo, mas também que
valor da pesquisa a ciência social aumenta se élan puder realizar-se dentro de um
“contexto real de tempo”. Portanto é preciso admitir que no que se refere é resistência a
mudança o comportamento observado nas situações estudadas no estágio final da
pesquisa estava em desacordo com as atitudes expressas nos primeiros estágios.
Portanto a utilidade das pesquisas de atitude era desafiada pelos acontecimentos.
O entusiasmo da força de trabalho pela mudança e desenvolvimento parecia ser
mais um mito que uma realidade. Mas um exame mais cuidadoso de alguns incidentes
ocorridos durante as investigações revelou que a discrepância entre atitudes e
comportamentos não eram tão grandes quanto parecia á primeira vista.
Significativamente, a mais forte oposição a mudança vinha dos indivíduos e grupos mais
seguros de si sucedidos. Eram os grupos de trabalho que descreveu como estratégico e
conservadores e não os apáticos grupos menos seguros que começaram a pressionar a
administração logo que ouviam dizer que havia mudanças a caminho. Esses grupos eram
compostos de pessoas cujo trabalho era relativamente importante para a empresa do
ponto de vista da administração e dos trabalhadores. Alem disso eram a elite da força de
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trabalho. Certamente os membros dos grupos conservadores poderiam conseguir um
emprego comparável na região s perdessem seus atuais empregos. Logo ficou claro que
o que parecia ser resistência a mudança era na realidade uma firme determinação de tirar
algum da mudança m provimento. Sua resistência não baseava no medo de perder poder
mais na determinação de obter tudo o que pudessem coma a mudança. Com os
operários, os administradores pareciam ganhar com essa agitação. Mesmo que não
conseguissem aumentar suas posições de poder, sua reação fazia a alta administração
perceber melhor o papel crítico do nível médio de administração e supervisão no sucesso
da implantação da mudança. Essas mudanças tiveram resultados práticos e matéria
quando foram as avaliações de desempenho e a revisão de salário.
Resistência Organizacional
Segundo Robbins (2005) o trabalho do gerente seria muito mais fácil se a maioria
das pessoas aceitasse a mudança. Mas não é o que acontece. Uma das descobertas
mais bem documentada nos estudos sobre comportamento individual e organizações e
seus membros resistem a mudança. De certo modo, essa resistência é positiva.
Proporciona certo grau de estabilidade e previsibilidade no interior das organizações. Se
não houvesse resistência, o comportamento organizações assumiria características da
casualidade caótica. A resistência a mudar também pode ser uma fonte de conflito
funcional. A resistência contra um plano de reorganização, por exemplo, ou mudança em
determinada linha de produtos pode estimular um debate saudável em torno dos méritos
da ideia e resultar em uma decisão melhor. Mas existe uma seria desvantagem na
resistência a mudança: ela impede a adaptação e o progresso.
Ironicamente as organizações que historicamente experimentaram períodos
prolongados de sucesso tendem a ser particularmente resistente a mudança. Companhias
como Enciclopédia Britânica, a IBM e a General Motors são exemplos de que o sucesso
muitas vezes resulta em arrogância e perde de contrato com o ambiente. Mas o sucesso
muitas vezes resulta em arrogância e perde de contrato com o ambiente. Mas o sucesso
não precisa necessariamente gerar o fracasso. A General Electric é um forte evidencia de
que, com uma administração de primeira linha, as organizações grandes e prósperas
podem adaptar-se a ambientes em transformações. No entanto a resistência a mudança
continua a ser uma barreira básica que os gerentes precisam reconhecer e estar
preparados para superar.
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
PADI - JUNHO 2014-1
A resistência a mudança não surge necessariamente em formas padronizadas. Ela
pode ser publica, implícita, imediata ou adiada? É mais fácil a administração lidar com a
resistência quando ela é pública e imediata. Um exemplo é quando uma mudança é
proposta, os funcionários reagem depressa, verbalizando queixas, adotando operações
tartaruga no trabalho, ameaçando entrar em greve ou coisas parecidas.
Para Robbins (2005) as organizações, por sua própria natureza, são
conservadoras, Elas resistem ativamente a mudança. Não é preciso ir muito longe para
encontrar evidencia desse fenômeno. As agências de governo querem continuar a fazer o
que tem feito durante anos, quer a necessidade para o serviço mude, permaneça a
mesma ou já não exista mais. As religiões organizadas são profundamente
entrincheiradas em sua historia.Seis fontes principais de resistência organizacional foram
identificadas.
Inércia Estrutural: As organizações dispõem de mecanismos embutidos de produção de
estabilidade. O processo de seleção, por exemplo, sistematicamente inclui certas pessoas
exclui outras. Treinamento e outras técnicas de socialização reforçam requisitos e
habilidades para papeis específicos.
Foco limitado de mudança: As organizações são compostas de subsistemas
interdependentes. Não se pode mudar um deles sem afetar os demais.
Ameaça ás distribuições
estabelecidas de recursos
Inércia estrutural
Ameaça ás relações
estabelecidas de poder
Foco limitado de mudança
Inércia de grupo Ameaça á especialização
Resistência
Organizacional
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
PADI - JUNHO 2014-1
Inércia de grupo: Mesmo se os indivíduos quiserem mudar seu comportamento, as
normas do grupo podem agir como barreiras. Um membro sindicalizado, por exemplo,
pode estar disposto a aceitar mudança em seu cargo, sugeridas pela administração.
Ameaça a especialização: Mudanças nos padrões organizacionais podem ameaçar a
experiência de grupos especializados.
Ameaça ás relações estabelecidas de poder: Qualquer redistribuição de autoridade
para a tomada de decisões pode ameaçar as relações de poder estabelecidas durante
muito tempo nas organizações.
Ameaça ás distribuições estabelecidas de recursos: Os grupos que controlam
recursos consideráveis na organização geralmente encaram a mudança como uma
ameaça. Tendem a estar satisfeitos com o estado da coisa.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante da globalização, através de mudanças constantes, compete ao líder
adaptar-se ás novas realidades e ser capaz de conduzir toda a sua equipe pelo processo
de mudanças que cada vez mais são necessários para que as organizações se
encontrem preparadas para transformar as novas ameaças em oportunidades; á medida
que as pessoas inseridas nessas organizações precisam de um enfoque holístico
organizacional, o que acarreta um perfil multifuncional; flexibilidade e adaptação para
novos recursos (estratégicos, táticos, operacionais e técnicos); abordagem gerencial
centrada nos processos e agregar valores, bens e serviços.
Um aspecto muito importante da liderança nas organizações é quando assume o
papel de visionária, sendo o líder capaz de motivar os demais envolvidos a reverter
situações adversas, e, por consequência, atingir as mudanças necessárias para a
conquista de resultados. Assim, demonstra-se que determinadas teorias de liderança
quando postas em prática desenvolvem maior desempenho por parte dos trabalhadores.
Tanto a qualidade quanto a quantidade de trabalho dos empregados aumentam quando
os seus supervisores adotam certos pressupostos de liderança, como transformacional,
que vem sendo positivamente correlacionada com maiores desempenhos e daí com maior
sucesso organizacional. A teoria da Liderança quando postas em prática originam uma
organização mais eficaz e bem-sucedida. REFERENCIAS.
PETERS, T. Prosperando no caos. São Paulo: Harbra, 1989.
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
PADI - JUNHO 2014-1
WATERMANN JR., R. H. O fator renovação como os melhores conquistam e mantem a vantagem competitiva. São Paulo: Harbra, 1989.
WOOD JR, T. Mudança Organizacional. São Paulo: Atlas, 1995.
ROBBINS, Sthephen Paul, Administração: Mudanças e perspectivas. São Paulo,2005.
WOORDWARD, Joan. Organização Industrial: Teoria e Pratica; São Paulo, Altlas,
1977.
19 - AS MUDANÇAS ORGANIZACIONAIS PLANEJADAS PARA A SOBREVIVÊNCIA DAS ORGANIZAÇÕES
Cássia HarueTakiiHanaoka1; Carlos Eduardo Pinto2;
RESUMO Este trabalho buscou demonstrar a importância das mudanças organizacionais para a sobrevivência das organizações e os tipos de mudanças planejadas pela organização, utilizando-se a pesquisa exploratória em fontes bibliográficas. Verificou-se que a teoria da contingência demonstrou a instabilidade do ambiente e a necessidade das organizações se adaptarem a isso. Após essa teoria, as organizações de sucesso eram as que aprenderam a adequar-se continuamente às mudanças ambientais com rapidez e eficiência e aproveitaram as oportunidades que surgiram. Identificou-se que os tipos de mudanças organizacionais planejadas envolvem a estratégia organizacional, a utilização da tecnologia, a inovação em produtos e serviços, a adaptações na estrutura e a integração de diferenças culturais e sociais. Palavras-chave: Mudança. Organização. Contingência. 1Graduada em Ciências Contábeis e graduanda em Administração de Empresas pelas Faculdades Integradas do Vale do Ribeira (FVR), Registro, SP. Especialista em Gestão Financeira e Orçamentária pela Universidade Nove de Julho (UNINOVE), São Paulo, SP.
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Auxiliar da Fiscalização Financeira II no Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCESP). 1Graduado em Administração (UFPR). Especialista em Administração de Marketing (FESP). Mestre em Administração pela Universidade de Extremadura (Espanha) reconhecido pela UFSC. Professor das Faculdades Integradas do Vale do Ribeira. Sócio-Proprietário da Ampla RH Consultoria Ltda.
1 INTRODUÇÃO
Após a Teoria da Contingência, as organizações começaram a perceber como
todos os fatores internos e externos são de suma importância para sua sobrevivência e
que ela precisa estar atenta às mudanças para se adaptar, se manter e crescer.
Atualmente, as organizações precisam identificar as necessidades de mudança, as quais
ocorrem cada vez mais rápido, e fazer as modificações rapidamente para não ficarem
“para trás”.
Há mudanças que independem da vontade da organização, são impostas pelo
ambiente externo, como alteração ou promulgação de uma nova lei e questões
econômicas do país. Mas há necessidades de mudanças que surgem de dentro da
organização, que também devem ser analisadas e resolvidas com rapidez.
Deste modo, o objetivo geral deste estudo é demonstrar a importância das
mudanças organizacionais para a sobrevivência das organizações e pesquisar os tipos de
mudanças organizacionais planejadas. Para tanto, será pesquisado as mudanças após a
teoria da contingência, as mudanças organizacionais planejadas e a importância de cada
tipo de mudança. Para alcançar esses objetivos, será utilizada a pesquisa exploratória em
fontes bibliográficas para a coleta e organização das teorias relacionadas para
compreensão do assunto.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 AS MUDANÇAS APÓS A TEORIA DA CONTINGÊNCIA
De acordo com Chiavenato (1999), após a década de 1970, pesquisas mostraram
que organizações bem-sucedidas são as capazes de ajustar-se continuamente às
mudanças ambientais com melhor desempenho e rapidez. Outros autores afirmavam que
as organizações bem-sucedidas são aquelas capazes de se ajustar às pressões, coações
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PADI - JUNHO 2014-1
e contingências do ambiente e aproveitar as oportunidades que lhes são oferecidas. As
organizações que não conseguem tal adaptabilidade e flexibilidade simplesmente não
conseguem sobreviver e acabam, ainda mais quando o ambiente organizacional evolui
para a globalização. Assim, há necessidade de contínua mudança organizacional através
da inovação, renovação, revitalização e melhoria constante como meios de alcançar a
sobrevivência, o crescimento e o sucesso da organização. Para se conhecer uma
organização, deve-se conhecer e compreender o contexto em que ela está inserida.
Devido às mudanças constantes do ambiente por forças econômicas, tecnológicas,
sociais, culturais, legais, demográficas e ecológicas, a organização se torna contingente
em relação a todos esses aspectos mutáveis e dinâmicos.
Chiavenato op. cit. define contingência como uma eventualidade, uma possibilidade
de algo acontecer ou não. Deste modo, atualmente não se aplicam mais os princípios
gerais e universais de administração, os quais eram válidos num mundo estático e
previsível. As organizações, hoje, estão em contínuo desenvolvimento e em mudança
para se ajustar ao ambiente adequadamente. Nelas, tudo pode ser e deve ser melhorado
e aperfeiçoado continuamente na busca pelo ajustamento contínuo.
Segundo Robbins (2005), a abordagem contingencial reconheceu que as práticas
gerenciais precisam ser modificadas para resolver fatores situacionais.
2.2 MUDANÇAS ORGANIZACIONAIS PLANEJADAS
Para Chiavenato (1999), as mudanças nas organizações podem ocorrer dentro de
várias dimensões e velocidades. Elas tanto podem ser restritas e específicas (um órgão,
como uma divisão ou departamento, por exemplo), como amplas e genéricas (envolvendo
toda a organização). Elas tanto podem ser lentas, progressivas e incrementais, como
rápidas, decisivas e radicais. Tudo depende da situação da organização e das
circunstâncias que a cercam e, principalmente, da percepção da urgência e da viabilidade
da mudança.
Segundo Daft (2005), há quatro eventos que compõe o modelo geral para a
mudança planejada:
1. Existem forças internas e externas para a mudança;
2. Os gerentes da organização monitoram essas forças e se tornam cientes da
necessidade de uma mudança;
3. A necessidade percebida dá início à mudança;
4. A mudança é implementada.
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
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De acordo com Daftop. cit., os tipos de mudança organizacional planejada são
relativos à estratégia, tecnologia, produtos, estrutura e cultura/pessoas, conforme figura a
seguir.
As organizações podem inovar em uma ou mais áreas, dependendo das forças
internas e externas para a mudança. Uma mudança pode afetar outras partes da
organização: um novo produto poderá exigir mudanças na tecnologia, e uma nova
tecnologia pode necessitar novas habilidades das pessoas ou uma nova estrutura (DAFT,
2005).
2.2.1 MUDANÇAS NA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
De acordo com Chiavenato (1999), em um mundo globalizado, mutável e
competitivo, onde o ambiente é instável e dinâmico, os administradores promovem
mudanças e alterações na estrutura organizacional. As organizações operam com um
mínimo possível de características burocráticas e com culturas que encorajam a
participação das pessoas e o empowerment. Elas são flexíveis, sabem utilizar
conjugadamente os seus recursos, reconhecem rapidamente os novos requisitos e as
necessárias capacidades para atendê-los e conseguem um balanço adequado entre os
planos estáticos e uma estrutura flexível.
Para Daft (2005), as mudanças estruturais envolvem hierarquia de autoridade,
metas, características estruturais, procedimentos administrativos e sistemas
administrativos. A mudança estrutural bem-sucedida é conseguida por meio de uma
abordagem de top-down (de cima para baixo), que é distinta da mudança de tecnologia
bottom-up (de baixo para cima) e dos produtos (horizontal). A mudança estrutural é de
cima para baixo porque geralmente as melhorias administrativas se originam nos níveis
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médios e superiores da organização. Se a estrutura organizacional causa consequências
negativas para os funcionários de nível mais baixo, as reclamações e as insatisfações
alertam os gerentes para um problema. A insatisfação dos funcionários é uma força
interna para a mudança. A necessidade de mudança é percebida pelos diretores que,
então, tomam a iniciativa de propô-la e implementá-la.
Segundo Maximiano (2000), as organizações sofrem continuamente o impacto de
forças internas e externas nas variáveis situacionais, que provocam mudanças em sua
estrutura. Por exemplo:
Alterações no grau de complexidade do ambiente.
Pressões por aumento de eficiência e redução de custos.
Mudanças na composição, idade e experiência da força de trabalho.
Redefinição de missão e objetivos.
Dificuldade com a execução de atividades novas ou complexas.
Essas pressões podem causar problemas na divisão de responsabilidades e
autoridade entre departamentos e cargos. Por estes motivos, a estrutura organizacional
precisa passar por revisões periódicas.
2.2.2 MUDANÇAS NA TECNOLOGIA
Para Chiavenato (2004), o ambiente de negócios contemporâneo tem um aspecto
fundamental que é o impacto da alta tecnologia. Dos microcomputadores aos
supercomputadores, com softwares complexos de gestão, como o ERP
(enterpriseresourceplanning), ou de relacionamento com clientes e fornecedores, como o
SCM (suppychain management), ou sistemas de informação e de decisão e outros
desenvolvimentos tecnológicos são essenciais para as empresas de hoje. Há uma rede
global e em expansão de comunicação instantânea entre os diversos setores com
contínuos, enormes crescentes fluxos de dados, informação e conhecimento. Num mundo
de mudanças crescentes e vertiginosas, a informação e a tecnologia precisam ser
plenamente utilizadas para se obter a maior vantagem possível.
Segundo Motta, Venkatraman e Wood, Jr (apudRODRIGUES; PINHEIRO, 2005), a
implantação e o uso da tecnologia da informação (TI) consistem, por si só, em mudanças
tecnológicas que impactam em partes ou no conjunto das organizações (mudanças
estruturais, estratégicas, culturais, tecnológicas e humanas). As mudanças
organizacionais provocadas pela TI acarretam alterações na tecnologia, na especialização
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de funções e processos produtivos, bem como na forma de utilizar os recursos materiais e
intelectuais, entre outros.
De acordo com Malhotra (apudRODRIGUES; PINHEIRO, 2005), a sobrevivência e
o sucesso das organizações dependem da efetiva utilização da tecnologia da informação
que exerce um papel importante na administração da mudança organizacional e se
constitui em ferramenta fundamental para a melhoria e desempenho nos negócios.
Contudo, ambientes dinâmicos e em rápida transformação conduzem a um aumento na
utilização da TI, e o uso de novas tecnologias pode provocar ainda mais turbulências para
a organização. Em razão das mudanças ambientais, as organizações passam a monitorar
o ambiente mais intensamente e utilizam a TI como um meio efetivo para alcançar este
propósito. Em ambientes turbulentos e complexos, as organizações farão maior uso de
mecanismos de coordenação baseados na TI para estabelecer relações
interorganizacionais e incrementar em conjunto suas competências essenciais.
2.2.3 MUDANÇAS NA CULTURA/PESSOAS
Para Chiavenato (1999), as organizações bem-sucedidas estão adotando culturas
flexíveis e sensitivas para acomodar as diferenças sociais e culturais de seus membros
participantes, principalmente quando atuam em termos globais e competitivos. Por outro
lado, também as pessoas tornam-se igualmente flexíveis e sensitivas pelo fato de
participarem de várias organizações simultaneamente a fim de trabalhar, lecionar,
assessorar, consultar, comprar, alugar, comer, vestir, viajar etc. Elas precisam se integrar
às diferentes culturas organizacionais para serem bem-sucedidas.
De acordo com Daft (2005), o treinamento é uma das abordagens mais
frequentemente usadas para mudar a atitude da organização. Uma empresa poderá
fornecer programas de treinamento para grandes grupos de funcionários sobre assuntos
como trabalho em equipe, diversidade, inteligência emocional, círculos da qualidade,
habilidades de comunicação e administração participativa. Algumas empresas enfatizam
especialmente o treinamento e o desenvolvimento para os gerentes, com a ideia de que o
comportamento e as atitudes dos gerentes influenciarão as pessoas por toda a
organização e levarão à mudança da cultura.
Daftop. cit. ainda cita que o desenvolvimento organizacional (DO) é um processo
sistemático e planejado para a mudança que usa o conhecimento e as técnicas da ciência
comportamental para melhorar a saúde e a eficácia da organização por meio de sua
habilidade de se adaptar ao ambiente, melhorar os relacionamentos internos e aumentar
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
PADI - JUNHO 2014-1
o aprendizado e as capacidades de resolução de problemas. O DO foca nos aspectos
humanos e sociais da organização e trabalha para mudar as atitudes e os
relacionamentos individuais entre os funcionários.
2.2.4 MUDANÇAS NOS PRODUTOS OU SERVIÇOS
Segundo Daft (2005), as inovações dos novos produtos têm grandes implicações
para uma organização, porque elas geralmente são resultado de uma estratégia inédita e
podem definir um novo mercado. Além disso, os ciclos de vida do produto estão ficando
mais curtos, portanto, a empresa precisa continuamente surgir com ideias inovadoras de
produtos e serviços que satisfaçam as necessidades do mercado. A inovação do produto
é o meio principal pelo qual muitas organizações se adaptam às mudanças nos
mercados, nas tecnologias e na concorrência.
Ainda segundo Daft, o desenvolvimento do produto é um jogo arriscado, de grande
interesse para as organizações. As empresas que desenvolvem novos produtos com
sucesso geralmente têm as seguintes características:
1. O pessoal de marketing tem um bom entendimento das necessidades dos clientes.
2. Os especialistas técnicos estão cientes dos desenvolvimentos tecnológicos recentes e
fazem uso eficaz da nova tecnologia.
3. Há cooperação entre os principais departamentos no desenvolvimento de novos
produtos.
Desta forma, as ideias para os novos produtos se originam nos níveis mais baixos
da organização, assim como acontece com as mudanças da tecnologia. Mas as ideias de
novos produtos fluem horizontalmente entre os departamentos. A inovação do produto
requer o conhecimento de vários departamentos simultaneamente, e o fracasso de um
novo produto geralmente resulta na falta de cooperação.
Daftop. cit. acredita que a inovação está se tornando a maior arma estratégica no
mercado global. Um exemplo de inovação é o uso da concorrência baseada em equipes,
o que significa fornecer produtos e serviços mais rapidamente do que os concorrentes,
dando às empresas uma vantagem estratégica significativa.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho buscou demonstrar a importância das mudanças organizacionais
para a sobrevivência das organizações e os tipos de mudanças que podem ser
planejadas pela organização.
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A teoria da contingência demonstrou que nada é certo e previsível. Após a teoria
da contingência, as organizações bem-sucedidas eram as que foram capazes de ajustar-
se continuamente às mudanças ambientais com rapidez e eficiência e aproveitar as
oportunidades que apareceram.
Verificou-se que os tipos de mudanças organizacionais planejadas estão
relacionados à estratégia, tecnologia, produtos ou serviços, estrutura e cultura e/ou
pessoas; sendo que a organização pode mudar mais de um desses aspectos e que a
mudança em uma dessas área pode fazer com que outra área necessite ser alterada.
Identificou-se que, quanto às mudanças na estrutura, envolvem a hierarquia de
autoridade, características estruturais, procedimentos e sistemas administrativos; ocorre
dos níveis estratégicos ou gerenciais para os níveis operacionais; e pode ser motivada
pela insatisfação dos funcionários. Quanto às mudanças tecnológicas, são essenciais
para a gestão, para os relacionamentos com clientes e fornecedores, proporcionam
transmissão de informações instantaneamente, constituem o fator de sobrevivência e de
sucesso das organizações; podem acarretar mudanças em outros aspectos. Quanto à
mudança na cultura/pessoas, as organizações estão se tornando flexíveis/sensitivas para
integrar diferenças culturais e sociais, desenvolvendo treinamentos para mudar a atitude e
serem bem-sucedidas. Quanto aos produtos ou serviços, um novo produto pode atingir
um novo mercado, depende da cooperação de diversas áreas para seu sucesso e é a
principal estratégia para se obter vantagem competitiva.
REFERÊNCIAS CHIAVENATO, Idalberto. Administração nos Novos Tempos. 2. ed. Rio de Janeiro:
Campus, 1999.
DAFT, Richard L. Administração. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2005.
MAXIMIANO, Antonio C. A. Introdução à Administração. 5. ed. rev. e ampl. São Paulo:
Atlas, 2000.
ROBBINS, Stephen P. Administração: mudanças e perspectivas. São Paulo: Saraiva,
2005.
RODRIGUES, Enrico; PINHEIRO, Marco A. S. Tecnologia da Informação e Mudanças
Organizacionais. Revista de Informática Aplicada, São Caetano do Sul, v. I, n. 2, p. 101-
112, jul/dez 2005. Disponível em:
145
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PADI - JUNHO 2014-1
<http://seer.uscs.edu.br/index.php/revista_informatica_aplicada/index> Acesso em: 23
mar. 2014.
20 - AS MUDANÇAS ORGANIZACIONAIS NO CONTEXTO GLOBAL
Ana Paula de Freitas Santos¹;
Gleyce Lopes da Silva¹; Graciele Silva Shimada¹;
Kissyla Mirielle Ferreira Martins¹; Suellen Izabel de Oliveira¹;
Taís Renata F. N. Nogueira¹; Carlos Eduardo Pinto²
RESUMO O presente resumo busca apresentar de modo simplificado as mudanças nas organizações atuais que trouxeram uma nova visão e modo de administrar as pessoas, o ambiente e as atividades. Traz as principais teorias da administração, nova visão organizacional e fatores externos influentes. Tendo como referencial teórico e metodológico os trabalhos de CHIAVENATO; KWASNICKA; LAS CASAS; ETZIONI (2001; 1995; 1999; 1974). As mudanças na estrutura organizacional e comportamento humano foram necessárias devido ás rápidas transformações do ambiente e tecnológicas. Surgiram novos conceitos de organização e cultura organizacional. Essas mudanças surgem com o aparecimento de forças que vêm de fora ou de algumas partes da organização. O embasamento teórico e os resultados obtidos foram encontrados através de comparações em pesquisas com a organização de antes e a de hoje. Utilizamos livros disponíveis e orientações de professores da área de Ciências Humanas. Apontamos os resultados através de comparação dos estudos teóricos apresentados pelos autores aqui citados, e por estes estudos podemos afirmar que o desenvolvimento das pessoas gera necessidades de mudanças nas organizações. Palavras Chaves: Mudanças. Organização. Tecnologia. Inovação. Ambiente.
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1 Graduandos do Curso de Administração das Faculdades Integradas do Vale do Ribeira (FVR), Registro, SP. ² Graduado em Administração (UFPR). Especialista em Administração de Marketing (FESP). Mestre em Administração pela Universidade de Extremadura (Espanha) reconhecido pela UFSC. Professor das Faculdades Integradas do Vale do Ribeira. 1 INTRODUÇÃO
Devido a um ambiente de alta instabilidade e a satisfação do cliente se tornar cada
vez mais difícil de atingir, as organizações veem a necessidade de sempre estar
acompanhando as oscilações mercadológicas, mudando continuamente a fim de criar um
diferencial competitivo procurando maximizar a qualidade de seu produto/serviço e
minimizar seus custos operacionais.
A Era da Informação está trazendo novos desafios para as organizações e, sobretudo,
para a administração. Nunca como agora, a teoria administrativa se tornou tão
imprescindível para o sucesso do administrador e das organizações. A constante
necessidade de inovação e renovação, a busca da flexibilidade para proporcionar
mudança e transformação, a adoção de novas idéias e conceitos são hoje aspectos
essenciais para o sucesso organizacional.
Teorias são explicações, interpretações ou proposições sobre a realidade. O presente
artigo vem analisar as diversas teorias existentes na administração para a partir delas,
analisar as mudanças organizacionais.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
De acordo com Chiavenato (2001), a Era da Informação está trazendo novos
desafios para as organizações e, sobretudo, para a administração. Nunca como agora, a
teoria administrativa se tornou tão imprescindível para o sucesso do administrador e das
organizações. A constante necessidade de inovação e renovação, a busca da flexibilidade
para proporcionar mudança e transformação, a adoção de novas idéias e conceitos são
hoje aspectos essenciais para o sucesso organizacional.
As organizações vêm cada vez mais implantando métodos e novos estudos em seu
modo de administrar. O presente artigo visa mostrar a evolução dos métodos e estudos
tradicionais.
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
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Para isso é preciso listar e explicar sua origem, suas características e contribuição para
as atuais organizações.
A teoria Geral da administração é um conjunto de conhecimentos a respeito das
organizações e do processo de administrá-las. É composta por princípios, hipóteses e
conceitos sobre as seguintes teorias:
2.1 Evolução das Organizações Administração Científica
Segundo CHIAVENATO (2001), a administração Científica enfatiza a organização do
trabalho e como as tarefas devem ser organizadas e executadas, buscando a eliminação
do desperdício, da ociosidade operária e a redução dos custos de produção. A
Administração Cientifica constitui uma combinação dos seguintes ingredientes:
Ciência, em lugar de empirismo
Harmonia, em vez de discórdia.
Cooperação, não individualismo
Rendimento máximo, em lugar de produção reduzida.
Desenvolvimento de cada homem, no intuito de alcançar maior eficiência e
prosperidade.
Para Taylor, a gerência deve seguir quatro princípios, a saber:
1. Princípio do planejamento: métodos baseados em procedimentos científicos, o
trabalho deve ser planejado e testado.
2. Princípio de Preparo: seleção dos trabalhadores de acordo com suas aptidões para
que atinjam as metas estabelecidas.
3. Princípio do controle: Controlar o trabalho executado para que seja realizado dentro
dos padrões.
4. Princípio da execução: distribuir distintamente atribuições e responsabilidades para
que o trabalho saia de acordo.
Essa escola faz com que o trabalhador seja motivado pelo fato do seu esforço, pois as
recompensas materiais influem e induz a superar a sua capacidade física pela
recompensa.
Teoria Clássica
A teoria Clássica envolve a procura de maior eficiência e competência das
organizações, cuja melhor denominação talvez seja Administração Cientifica, a
abordagem dessa organização visa os trabalhadores motivados pelas recompensas
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
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econômicas e a organização se caracterizava por uma divisão no trabalho, com pessoal
especializado e pronunciada hierarquia de autoridade. Por tradição a caracterização da
organização formal, sendo que as organizações devem ser constituídas, e a que deve
obedecer. Teoria das Relações Humanas
Outra escola que se salientou nos Estados Unidos a Teoria das Relações Humanas.
Ao contrário da Clássica, ela acentua os elementos emocionais, não planejados e
irracionais do comportamento na Organização.
Além da descoberta da amizade e agrupamento dos trabalhadores, indicou a
importância na liderança, da comunicação e da participação emocional na organização. A
partir dessas informações criou se o conceito de Organização Informal. Coube a terceira
tradição a ligação entre os dois conceitos formal e informal apresentando um quadro mais
completo e integrado da organização. Teoria Burocrática
A teoria burocrática idealizada por Max Weber trouxe para as organizações uma rotina
formal Burocrática com normas e regulamentos escritos e preestabelecidos para seu
funcionamento.
Max Weber procurou distribuir o poder entre as posições da organização na estrutura
burocrática, e apresenta o elemento formal de sua Obra. Em analise a legitimidade, abriu
se a perspectiva nova para o estudo de satisfação derivada da participação na
organização.
Conforme cita ETZIONI (1974), havia certa recompensa para aqueles que obedeciam
as ordens e uma punição aqueles que não cumpriam sua devida meta.
Os funcionários eram compensados por salários e não receber pagamento de clientes,
a fim de garantir a organização sua principal orientação. Além disso, proporcionando a
seus funcionários como disciplina e recompensa a promoção de subir de cargo de acordo
com o que ele executou e a se sua meta foi atingida, influenciando todos a sempre ter
interesse em crescer dentro da empresa
Teoria Estruturalista
Teve como figura mais importante Amitai Etzioni, a Teoria Estruturalista refere-se a
conhecer o objetivo da organização na estrutura onde se encontra e posteriormente torná-
la em uma estrutura mais ampla.
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
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Para tanto, é preciso entender o significado de estrutura: define-se como um conjunto de
elementos que cada um depende dos outros e só podem ser o que são em seu
relacionamento com os outros.
Nesta fase é que se iniciaram os primeiros ensaios do sistema social aberto.
Analisando a organização como um todo.
Segundo KWASNICKA (1995), Etzioni desenvolveu um trabalho onde classificou as
organizações tendo como base sua tipologia e análise corporativa do controle e
autoridade:
Organizações especializadas – seu fator predominante era autoridade a técnica.
Organizações não especializadas – possibilidade de definir objetivos específicos e
controle de metas.
Organizações de metas – não são vinculadas a sua organização, dá-se por contrato.
2.2 Novas Abordagens Organizacionais
Teoria de Sistemas
Essa abordagem permite uma visão integrada da organização, não deixando de
analisar a organização de outra forma que não o sistêmico.
Muitos estudaram essa abordagem, em destaque temos: Churchman, Lawrence e Lorsch.
A Teoria de Sistemas considera a empresa um sistema aberto, composto de vários
segmentos, chamados subsistemas como o humano, físico, financeiro, econômico, etc.
Podemos considerar a organização como membros separados, porém interdependentes
que influenciam e são influenciados pelo ambiente.
Para analisar o ambiente é necessária uma consideração não só das atividades
internas de uma empresa, como também de fatores externos.
Para KWASNICKA (1995), o ambiente interno é representado pelo organismo
funcional da empresa, e o externo pelos elementos vinculados á ela, porem capazes de
alterar seu equilíbrio.
Churchman diz que se um elemento está fora do sistema, não há como controlar
seu comportamento. Os recursos e as variáveis são considerados elementos internos.
Teoria Neoclássica
É a Escola Clássica revisada, ou seja, parte de seus princípios e preenche os vazios
deixados referentes ao comportamento humano. É fazer de forma diferente o que se
manda na Escola Clássica.
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
PADI - JUNHO 2014-1
Fundamenta-se nas ciências humanas para compreender melhor a dinâmica da
organização e tomou força em 1930 após a crise de 1929 nos Estados Unidos quando os
trabalhadores passaram a fazer sindicatos para brigar por seus direitos.
Teoria Comportamental
Esta teoria se assenta em novas proposições acerca da motivação humana,
notadamente as contribuições de McGregor, Maslow e Herzberg. O administrador precisa
conhecer os mecanismos motivacionais para poder dirigir adequadamente as pessoas.
Um dos assuntos prediletos dos behavioristas é o que trata dos estilos da
administração. McGregor traça dois extremos: a teoria X e a Teoria Y.
Outro aspecto importante da Teoria Comportamental é o Processo Decisorial. Todo
indivíduo é um tomador de decisão, baseando-se nas informações que recebe do seu
ambiente, processando-as de acordo com suas convicções e assumindo atitudes,
opiniões e pontos de vista em todas as circunstâncias. A organização neste sentido é
vista como um sistema de decisões.
O administrador precisa conhecer os mecanismos motivacionais para poder dirigir
adequadamente as pessoas. Maslow apresentou a teoria da motivação, segundo a qual
as necessidades humanas estão organizadas e dispostas em níveis, numa hierarquia de
importância e de influência:
Necessidades Fisiológicas
Necessidades de Segurança
Necessidades Sociais (afeto)
Necessidades de Estima (status)
Necessidades de Auto-realização
Por fim, uma extensa apreciação crítica a respeito da Teoria Comportamental na
Administração como uma tentativa de balanço de suas contribuições e suas limitações
mostra sua profunda influência na teoria administrativa.
Desenvolvimento Organizacional
O desenvolvimento organizacional nada mais é que as mudanças que ocorrem dentro
de uma organização. Segundo essa teoria aberta, democrática e participativa, as
organizações devem se voltar mais às pessoas do que às técnicas e recursos para
conseguir uma maior capacidade de realizar as mudanças necessárias ao
desenvolvimento organizacional.
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O Desenvolvimento Organizacional é um desdobramento prático e operacional da
Teoria Comportamental a caminho da abordagem sistêmica. Consideramos como
precursor deste movimento teórico Leland Bradford, autor do livro “T-Group Theory and
laboratory methods” (Nova York, 1964). Essa teoria representa a fusão de duas
tendências no estudo das organizações: o estudo da estrutura de um lado, e o estudo do
comportamento humano nas organizações de outro, integrados através de um tratamento
sistêmico.
Os diversos modelos de D.O. consideram basicamente quatro variáveis: meio
ambiente, a organização, o grupo social e o indivíduo em suas necessidades e
motivações.
Teoria da Contingência
A Teoria da Contingência surgiu a partir de estudos de modelos organizacionais
mais eficazes, onde buscavam identificar se as organizações seguiam a mesma linha da
Teoria Clássica.
Descobre-se então com as pesquisas que, a estrutura da organização, bem como o
funcionamento depende do ambiente externo e verificam assim que não há uma única
forma de se organizar.
Na teoria da Contingência existe uma relação de dependência entre as condições
do ambiente e das técnicas administrativas, ou seja, o ambiente explica o fenômeno
organizacional. Tudo é relativo, tudo depende.
Segundo CHIAVENATO (2001), a abordagem contingencial explica que existe uma
relação entre o ambiente e as técnicas administrativas para um alcance dos objetivos das
organizações. As variáveis ambientais são variáveis independentes enquanto as variáveis
técnicas administrativas são dependentes.
A Administração procura relações funcionais entre os ambientes independentes e
técnicas administrativas dependentes que melhorem a eficácia na prática administrativa
contingencial
2.3 Novos Rumos da Administração
É quase rotineiro dizer que há necessidade de uma nova postura administrativa e que
os velhos métodos não funcionam mais. Esta é a época de mudanças e aplicação de
novas técnicas e uma nova maneira de pensar na ciência administrativa.
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LAS CASAS (1999) aponta como principais causadores destas transformações a
informática e a velocidade das informações em conseqüência da globalização. Diante
disso, onde há muita informação, rapidez e inovações tecnológicas, as organizações
estão sendo forçadas a mudar de postura.
Muitas mudanças podem ser citadas. Uma delas é a alteração dos múltiplos níveis
de gerência. Há tempos atrás, as grandes empresas burocratizadas e que tinham vários
níveis hierárquicos eram sinal de estabilidade. As estruturas eram mais do tipo funcional,
com gerentes encarregados de determinados setores, e o gerente era responsável por
todos os assuntos ligados á sua área.
Agora por sua vez, as empresas passaram a procurar pessoas mais generalistas,
que pudessem assumir diversas funções ao mesmo tempo. A tendência á mudanças
exigiu que um novo perfil de executivo fosse necessário para as organizações.
Com essas alterações, houve uma modificação nas estruturas organizacionais
também no aspecto operacional dos departamentos.
Na nova formação, perde sentido a estrutura de staff no organograma
organizacional, uma vez que, até certo ponto, todos os funcionários e gerentes prestam
uma assessoria para os outros departamentos. Nas atividades estruturadas por grupos de
trabalho há uma interação de vários especialistas e a empresa transforma-se numa união
de conhecimentos ao invés de uma união de departamentos.
Nesse contexto, percebe-se que todas as funções empresariais estão voltadas
para satisfazer as necessidades e desejos da empresa, uma das únicas condições para
sobrevivência em ambientes competitivos.
Conforme LAS CASAS (1999) é certo que as empresas devem procurar formas de
atuação novas e que as tornam ágeis e eficazes. Assim sendo, estruturas flexíveis e
dinâmicas são extremamente necessárias.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A era da informática e de rápidas inovações tecnológicas fez com que as empresas
fossem obrigadas a mudarem e inovarem junto. É preciso readaptar métodos antigos para
que se obtenha ênfase em seu desenvolvimento. As teorias clássicas, das Relações
Humanas, Burocrática e Estruturalista envolviam técnicas que davam ênfase nas
atividades operacionais, limitando-se á voltar-se para o futuro organizacional e para o
homem como centro da organização. Após essa era, surgiram outras teorias que
mudaram esse pensamento, já voltadas para a organização como um todo, para o futuro
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das organizações sendo elas: Teoria de Sistemas, Teoria Neoclássica, Comportamental,
Desenvolvimento Organizacional, e Teoria da Contingência. Com essas mudanças
também foi preciso estudar novas maneiras de se administrar, apresentadas por
CHIAVENATO; KWASNICKA; LAS CASAS; ETZIONI (2001; 1995; 1999; 1974) como a
maneira de se gerenciar, a descentralização do poder, a preocupação com o homem em
seu estado motivacional e sua contribuição para o melhor aproveitamento da organização.
As diversas teorias oferecem ao administrador uma bagagem de conceitos e idéias que
devem ser aplicadas de acordo com as circunstâncias e ambiente de forma a melhorar o
meio organizacional.
Bibliografias: CHIAVENATO, Idalberto. Teoria Geral da Administração, Capítulo 01. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2001.
ETZIONI, Amitai. Organizações Modernas. São Paulo: Livraria Pioneira 4ª Ed., 1974.
KWASNICKA, Eunice Lacava. Teoria Geral da Administração – Uma Síntese.. São
Paulo: Atlas, 1995.
LAS CASAS, Alexandre. Novos rumos da Administração. Petrópolis: Editora Vozes,
1999.
21 - VANTAGENS E BENEFÍCIOS DO PLANO DE CARREIRA
Bárbara Mendes Feitosa dos Santos 1; Afroditi Jean Cartsounis Leite ²;
RESUMO Este texto introduz uma discussão a respeito do Planejamento de Carreira, suas vantagens e benefícios tanto para o colaborador como para a organização. O mercado está cada vez mais competitivo, e com as intensas mudanças econômicas e sociais, as carreiras passaram a ser marcadas pela instabilidade, com isso o colaborador e a organização devem ter uma visão holística, traçando metas e objetivos para a carreira.
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Deve-se estar atento para o mercado de trabalho, conhecer suas exigências e demandas das organizações. A organização deve assumir a sua parte de responsabilidade, colocando veementemente a questão do emprego e da divisão social. No estudo feito mostra-se os métodos, benefícios e estrutura de um planejamento de carreira. Palavras Chave: Carreira. Estratégia. Vantagens. Crescimento. 1 Graduandos do Curso de Gestão de Recursos Humanos das Faculdades Integradas do Vale do Ribeira (FVR), Registro, SP. ² Graduada em Administração (FVR). Graduada Ciências Contáveis (FVR). Especialista Metodologia Ensino Superior (FVR). Professora das Faculdades Integradas do Vale do Ribeira.
INTRODUÇÃO
Os principais agentes do Sistema de Administração de Carreiras são as pessoas, a
quem cabe gerir sua carreira, e a empresa, a quem cabe estimular e apoiar as pessoas
em seu processo de encarreiramento. Para gerir sua carreira, a pessoa necessita
conhecer-se, ter consciência de seu projeto profissional e ter conhecimento das
oportunidades oferecidas pela empresa e pelo mercado de trabalho.
Podemos identificar que as pessoas têm forte tendência ao aprofundamento de seus
conhecimentos e habilidades em determinada área do conhecimento ou de atuação nas
organizações. Ao olharmos para o futuro, verificamos que essa tendência será mantida,
porque, com volatilidade cada vez maior das informações e do conhecimento, as pessoas
necessitarão dar foco em seu aprendizado, em suas redes de relacionamento, em sua
área de especialização. O mercado atualmente dá preferência para as pessoas que são
ao mesmo tempo especialistas, pois conhecem com profundidade sua área de atuação, e
generalistas, visto que conhecem o contexto em que atuam e conseguem aplicar a ele
seus conhecimentos. O objetivo deste estudo é explorar os planos de carreira e suas
estruturas. Apresentando algumas reflexões que nos fazem entender sobre as vantagens
e benefícios dos planos de carreira.
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Para a elaboração deste resumo foi utilizada a pesquisa qualitativa de forma
descritiva, com base na opinião de diversos autores, os fatos foram observados,
registrados, analisados, classificados e interpretados.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 BENEFÍCIOS DO PLANEJAMENTO
Para CHIAVENATO (2005), as organizações se defrontam com uma variedade de
pressões provindas de muitas fontes. Externamente, existem as regulamentações
governamentais, a tecnologia cada vez mais complexa, a incerteza decorrente de uma
economia globalizada e a necessidade de reduzir custos de investimentos em trabalho e
uma infinidade de desafios administrativos. Como se poderia prever, o planejamento
oferece uma série de vantagens nessas circunstâncias, inclusive melhorando a
flexibilidade, coordenação e administração do tempo.
DUTRA (2001) cita que aliado a remuneração, o plano de carreira pode ser uma
importante ferramenta para atrair e reter os talentos na empresa, visto que, um plano de
carreira oferece oportunidades de crescimento profissional, contudo, para isso, ‘’ a
carreira não deve ser entendida como um caminho rígido, mas como uma sequência de
posições e de trabalhos realizados pela pessoa.’’
Dutra ainda afirma que, ‘’ a empresa moderna, em face da grande pressão que
recebe para contínua adaptação às mudanças do ambiente externo, necessita cada vez
mais de pessoas empreendedoras com sua carreira, pessoas que estejam sempre
procurando aperfeiçoar-se’’.
MARRAS (2000) afirma que um programa de benefícios atende tanto os objetivos
dos funcionários como também da organização. Em relação à organização, quando essa
faz o uso de programa de benefícios, as necessidades de seus funcionários são
atendidas, diminuindo assim os índices de rotatividade, de absenteísmo, estresse, etc. E
consequentemente, a organização se torna mais competitiva perante seus concorrentes.
2.2 ADMINISTRAÇÃO DE CARREIRA
Para CHIAVENATO (2006) ‘’ Cada vez mais as pessoas estão assumindo a
responsabilidade total por suas próprias carreiras. As empresas oferecem oportunidades
e o impulso para aprender, enquanto as pessoas seguem adiante’’. Nem sempre essa
interação empresa colaborador funciona, por muitos motivos, como o desencontro de
interesses ou objetivos, má distribuição da cultura organizacional, líderes que não
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estimulam o interesse pelo conhecimento e habilidades para cargos que exijam mais do
profissional em questão.
Ainda segundo CHIAVENATO (1999) o mercado é como um espaço de transações,
onde há o contexto de trocas e intercâmbio. A característica principal de todo mercado é o
mecanismo de oferta e procura. Portanto, para o autor acima, o mercado de trabalho é
composto pelas ofertas de oportunidades de trabalho oferecidas pelas diversas
organizações e pela procura dos indivíduos que disputam trabalho no mercado.
Segundo DUTRA (2011) há por parte das pessoas natural resistência ao
planejamento de suas vidas profissionais, tanto pelo fato de encararem a trilha
profissional como algo dado, quanto pelo fato de não terem tido qualquer estímulo ao
longo de suas vidas.
2.3 OBJETIVOS DO PLANEJAMENTO DE CARREIRA
FRANÇA (2013) diz que as empresas precisam participar ativamente no planejamento de
carreira de seus empregados, a fim de mantê-los satisfeitos e úteis a elas e de não perder
os mais talentosos para as concorrentes. Completa dizendo que não é fácil participar da
gestão de carreira de centenas, milhares ou até dezenas de milhares de empregados, de
modo a conciliar as diferentes expectativas de carreira dessa gente com as necessidades
organizacionais.
A questão da preocupação em reter funcionários está sendo levada mais a sério
nos dias de hoje pelas empresas. Não se quer apenas retenção de subordinados mas sim
que os mesmos sejam reconhecidos e instruídos nas ideias de suas organizações que é a
preocupação de autora.
Um bom planejamento de carreira adquiri vantagens e grandes benefícios quando
feito cautelosamente. Por isso conhecer e entender o plano de carreira de cada
funcionário mesmo que sejam muitos, é uma grande ‘’ arma’’ para a evolução lucrativa e
do bem estar da empresa.
Dutra (2011) comenta que um plano de carreira é construído pela empresa e pelo
funcionário. Para construir uma carreira de sucesso em uma organização é necessário ter
em mente que o conhecimento é o mais importante por meio para se chegar lá. Mas não,
é o único necessário que ao planejar sua carreira o profissional tenha sempre bons
contatos, atitude e perspectiva.
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O conhecimento das atividades ou da área em que o profissional atua é de extrema
importância estar sempre atualizado se renovando e descobrindo novas maneiras de
aperfeiçoar-se.
A perspectiva vem de encontro ao conhecimento, um profissional que possua
dentre suas características a perspectiva, é um profissional com opinião própria aquele
que faz a diferença no grupo, o inovador, ousado, enfim aquele que as empresas tanto
buscam no mercado.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
As empresas de sucesso nos dias atuais são aquelas que acreditam no potencial
de seus colaboradores, que atribuem responsabilidades e acreditam que obterão os
resultados almejados. Os profissionais que trabalham nestas empresas sentem-se
seguros, pois confiam nelas, por conhecer claramente as regras e metas definidas.
Quando a organização oferece oportunidades de desenvolvimento que interessam o
funcionário é percebida uma sinergia onde o funcionário percebe seus interesses
pessoais e profissionais são uma preocupação da empresa, resultando de colaboradores
estimulados, motivados e dispostos a aprender de forma continuada.
É importante ressaltar que o planejamento de carreira não é algo padronizado e
para sua elaboração é importante se levar em consideração as particularidades de cada
organização e de seus colaboradores individualmente.
O estudo temático proporcionou o conhecimento teórico sobre o assunto, tendo
como referência diversos autores que dissertam sobre o planejamento de carreira e suas
vertentes, dando embasamento para o projeto de planejamento de carreira. Os aspectos
os identificados através da pesquisa têm o intuito de melhorar a qualidade no ambiente de
trabalho e possibilitar oportunidades de crescimento para os colaboradores dentro da
organização.
Conclui-se que é necessário investir no capital humano, valorizando as
peculiaridades e individualidades de cada pessoa, para que assim possa aumentar a
motivação dos colaboradores para que os mesmos tenham a segurança e o bem estar
para traçar um plano de carreira, o que consequentemente beneficiará a organização.
REFERENCIAS CHIAVENATO, I. Administração nos Novos Tempos. Rio de Janeiro: Campus, 1999.
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CHIAVENATO, I. Recursos Humanos: O Capital Humano nas Organizações. São
Paulo: Atlas, 2006. DUTRA, JS. Gestão de Pessoas: Modelo, Processos e Tendências. São Paulo:Atlas,
2011. FRANÇA, ANA CRISTINA LIMONGI. Práticas de Recursos Humanos- Conceitos, Ferramentas e Procedimentos. São Paulo: ATLAS.2013.
MARRAS, JP. Administração de Recursos Humanos: do operacional ao estratégico.
São Paulo: Futura, 2000.
DIAS, MARIA SARA DE LIMA; SOARES, HELENA PENNA.Planejamento de Carreira: Uma orientação para universitários.Vetor, 2009.
22 - PLANEJAMENTO DE CARREIRA: DEFINIÇÕES E BENEFÍCIOS
Ingrid Moreira de Oliveira¹; Dariellekaroline Gomes¹;
Lilian Kelly Ribeiro Alves¹; Silvio Ramos Ribeiro¹;
Jacqueline Gomes¹; Luana Salomão da Silva¹; Luiz Felipe Pereira Reis¹;
Afrodite Jean Cartsounis Leite². RESUMO O texto a seguir propõe uma visão da necessidade da existência do planejamento de carreira nas organizações nos dias atuais, onde o nível de competitividade e qualificações e ambições do indivíduo estão cada vez mais presentes. Com isso as organizações devem promover a manutenção do funcionário, oferecendo carreira e estabilidade. A pesquisa a seguir, demonstra a importância desta ferramenta de manutenção através de definições de autores com visões com contextos tanto mais empresariais quanto humanos e ainda defende como ferramenta que traz estímulo e promove uma relação maior entre empresa e funcionário.
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Palavras-chave: Transições. Metas de Vida. Desenvolvimento. 1 Graduandos do Curso de Gestão de Recursos Humanos das Faculdades Integradas do Vale do Ribeira (FVR), Registro, SP. ² Graduada em Administração (FVR). Graduada Ciências Contáveis (FVR). Especialista Metodologia Ensino Superior (FVR). Professora das Faculdades Integradas do Vale do Ribeira.
INTRODUÇÃO
Em décadas atrás era comum funcionários se estabelecerem e aposentarem em
uma função, dentro de uma mesma empresa. O conceito de carreira, iniciada após a
Segunda Guerra Mundial, ainda limitava-se nas grandes indústrias, onde o nível de
complexidade exigia o uso da ferramenta, para estabelecer maior controle do quadro de
funcionários, da qual poderia ser centenas.
Este conceito sofre alteração a partir da década de 80, onde devido às mudanças
tecnológicas como a criação do computador e mudanças sociais, com pessoas mais
autocríticas e interessadas também no bem estar, o plano de carreira se mostrou
essencial em todas as esferas empresariais.
O funcionário passou a estabelecer planos de futuro, bem estar e realização
profissional. Passaram a buscar empresas que compartilhassem a mesma opiniãoe
ideologia.
A concorrência se estabeleceu de forma tão intensa na esfera empresarial, que
existem tantas pessoas buscando seu ambiente de trabalho ideal, quanto empresas
também a procura de funcionários mais qualificados e competentes possíveis,
oferecendo-os evolução, sucessão.
O estudo a seguir tem como objetivo expor a definição do planejamento de carreira
com base em autores, pontos importantes exigidos para carreira profissional de um
indivíduo que faz parte de uma organização. Defendendo assim a importância da
existência de um sistema de carreiras nas organizações.
2FUNDAMENTAÇÂO TEORICA
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2.1 CONCEITOS DE CARREIRA E PLANO DE CARREIRA
Para CARVALHO e NASCIMENTO (1997), atesta que Jim de Vito, diretor de
desenvolvimento da empresa Johnson & Johnson, define a carreira como:
“(...) o autoconhecimento de como as experiências pessoais e profissionais relacionam-se
com seu trabalho atual e futuro para maximizar suas habilidades e comportamentos e
atingir seus objetivos de vida”.
Seguindo este conceito, deve-se haver quatro pontos centrais determinantes para a
carreira profissional de uma pessoa:
O autoconhecimento, onde o indivíduo determina o seu próprio nível , potencial;
Aprendizado, sendo pessoal e profissional, deve ser constante;
Maximização das habilidades, sendo físicas e psicológicas;
Estabelecer metas de vida, tendo em vista objetivos profissionais e pessoais;
Com isso, ainda afirma que o planejamento de carreira deve definir, portanto a
todos os cargos de uma determinada organização, através da identificação das
capacidades e habilidades de cada indivíduo.
AQUINO (1980) expõe uma definição claramente objetiva, em que planejamento de
carreira nada mais é do que um sistema contendo graus, onde cada um apresenta uma
soma de atribuições, nível de responsabilidade e de complexidade. E para percorrer tais
degraus o indivíduo deve ter dois elementos a favor dele:
Experiência no cargo ou tempo de serviço;
Capacidade intelectual, através de estudos formais e treinamentos;
Para DUTRA (1996) a carreira trata-se de um termo de difícil definição. Pode ser
em sentido de mobilidade ocupacional, onde um executivo pode trilhar umas carreiras de
negócio sou definido também no sentido de estabilidade ocupacional, como a carreira
militar. Em todos estes casos, a carreira pode ser idealizada como sendo um caminho a
ser trilhado de forma estruturada e organizada e em determinado período de tempo. São
séries de passos e mudanças e processos transitórios que reagem dependendo de
pressões sobre determinada pessoa, relacionada às atitudes pessoais e do ambiente de
trabalho onde está inserido.
Ainda expõe um conceito carreira da década de 80, mas que as ideias de
pensamento ainda mostram-se atual, aplicável a este texto:
“Carreira são as sequencias de posições ocupadas e de trabalhos realizados durante a
vida de uma pessoa. A carreira envolve uma série de estágios e a ocorrência de
transições que refletem necessidades, motivos e aspirações individuais e expectativa se
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imposições da organização e da sociedade. Da perspectiva do indivíduo, engloba o
entendimento e avaliação de sua experiência profissional, enquanto, da perspectiva da
organização, engloba políticas, procedimentos e decisões ligadas a espaços
ocupacionais, níveis organizacionais, compensação e movimento de pessoas. Estas
perspectivas são conciliadas pela carreira dentro de um contexto de constante ajuste,
desenvolvimento e mudança.”(DUTRA 1996 apud LONDON; STUMPH 1982, p.4).
2.2. BENEFÍCIOS DO PLANEJAMENTO DE CARREIRA
DUTRA (1996), diz que as empresas passam por renovações contínuas, necessitando de
pessoas que também estão dispostas a mudarem e evoluírem de forma constante. As
empresas tem que se manter em competição constante e existem problemas como:
Administrar pessoas estagnadas, sem motivação para evoluírem;
Adequar as expectativas da empresa e dos funcionários, para assegurar um
envolvimento positivo para ambas as partes;
Oferecer suporte para os gestores, a fim de torna-los empenhados para inovar.
A administração de carreiras vem oferecendo então a estimulação das pessoas dentro do
ambiente organizacional, estruturando uma trajetória de desenvolvimento e atuante
tambémnuma melhor estruturação e controle de cargos na empresa, tornando algo mais
transparente e esclarecido para tomadas de decisões eficientes.
Em conclusão, DRUTRA(1996) ainda atesta que o planejamento de carreira favorece a
uma transparência sobre os critérios para crescimento em uma empresa e estímulo
efetivo da participação dos colaboradores, focando na melhor adequação das
necessidades da empresa e do funcionário.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com as mudanças tecnológicas, sociais e com o aumento da competitividade, as
empresas passaram por constantes renovações e necessitava de pessoas competentes
para atender a toda a demanda. Precisavam de profissionais dispostos e motivados a
crescer e evoluir juntamente com a empresa. Uma das ferramentas que as empresas vêm
utilizando para atender tais as necessidades é o planejamento de carreira.
Agrega benefícios para os funcionários, onde seu futuro e crescimento vão
demandar das suas competências adquiridas ao longo dos anos em determinada
empresa e esta será contemplada em obter um recurso humano mais competitivo e
qualificado dentro do próprio ambiente organizacional.
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Com a análise do texto, é possível identificar a valia do planejamento de carreira e
sua contribuição não apenas como um mecanismo de desenvolvimento, motivação e
manutenção do funcionário, mas como matéria prima para relação entre empresa x
funcionário.
REFERÊNCIAS CARVALHO, Antonio Vieira; NASCIMENTO, Luiz Paulo. Administração de recursos humanos - São Paulo: Livraria Pioneira, 1997. DUTRA, Joel Souza. Administração de carreiras: uma proposta para repensar a gestão
de pessoas. Editora: Atlas, 1996.
AQUINO, Cleber Pinheiro. Administraçãode recursos humanos: uma Introdução.
Editora: Atlas, 1980.
23 - AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO: UMA CONTRIBUIÇÃO PARA ATINGIR METAS E DECISÕES MAIS ACERTADAS
Beatriz Freitas1; Carlos Augusto Pires Júnior1;
Emelly Poliana de Souza Formes1; Francis Xavier1;
Heloisa Santos Freixo1; Ruthe Soares da Mota Ramos1;
Jozir de Oliveira Júnior1; Paulo Marcel de Souza Leite²;
RESUMO Este trabalho teve o objetivo principal de analisar o papel da avaliação de desempenho humano dentro de uma organização. A evolução de estudos dos mais variados ramos do comportamento humano, do crescimento do fluxo de informações e da necessidade cada vez maior do acompanhamento das inovações nos campos científicos e tecnológicos, representado por pesquisas e experimentos que são aplicados nos diversos ambientes,
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envolvendo o ser humano junto á sociedade, é passível de acompanhamento desses seres humanos envolvidos. Avaliações e julgamentos são efetivados constantemente nas organizações. O processo de formalização da avaliação de desempenho visa a aperfeiçoar essa relação natural e verter para usos produtivos as informações colhidas pelo sistema. Um dos fatores preponderantes na determinação do sucesso do sistema de avaliação de desempenho reside na escolha adequada do tipo ou tipos de instrumentos que se vão utilizar nesse processo. Como todo e qualquer procedimento administrativo dentro das organizações, a escolha do instrumento mais adequado esta, primeiramente, ligada aos objetivos pretendidos pela avaliação de desempenho. Uma vez que se tenha bem claro aquilo que se pretende com ela, com maior facilidade será possível encontrar o tipo de instrumento mais recomendável.
Palavras Chave: Avaliação de desempenho, Informação, Sucesso. 1 Graduandos do Curso de Gestão de Recursos Humanos das Faculdades Integradas do Vale do Ribeira (FVR), Registro, SP. ¹ Graduado em Administração das Faculdades Integradas do Vale do Ribeira (FVR), Registro,SP. Especialista em Administração de Recursos Humanos pela Universidade Paulista (UNIP). Professor das Faculdades Integradas do Vale do Ribeira.
INTRODUÇÃO
A Avaliação de Desempenho é uma atividade essencial à gestão de pessoas, por
que dela decorrem consequências importantes para a motivação e progressão na carreira
dos funcionários. O processo de avaliação pressupõe que o desempenho de uma
estrutura organizacional depende do desempenho de cada pessoa e da atuação dessa
pessoa na equipe.
O desempenho é mais do que simplesmente a execução de tarefas. Um amplo
aspecto de comportamentos determina o valor das pessoas para as organizações. Pelo
lado positivo, estes comportamentos têm sido chamados de cidadania organizacional.
Algumas vezes, essa cidadania pode ser controversa, como no caso dos
funcionários que denunciam práticas perigosas ou pouco éticas em suas organizações
como forma de abraçar os valores de honestidade da própria empresa. Os empregados
com mais alto grau de satisfação no trabalho, pode desenvolver mais comportamentos de
cidadania.
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Precisamos avaliar o desempenho, porque as pessoas precisam receber um
feedback para saber como está indo o trabalho, assim como a organização precisa saber
do desempenho das atividades para ter ideia das potencialidades de seus funcionários.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 CONCEITOSDE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
Segundo JOSEPH TIFFIN e ERNEST J. McCORMICK a avaliação de desempenho
é uma avaliação sistemática de empregados feita por supervisores ou outros que estão
familiarizados com seu desempenho de trabalho. Tais avaliações subentendem
geralmente o uso de fórmulas e métodos desenvolvidos especialmente para esse fim.
Dessa forma, as avaliações tornam-se, habitualmente parte permanente dos registros dos
empregados, e podem ser usadas em conexão com possíveis decisões de pessoal tais
como promoções, transferências e dispensas. As avaliações de desempenho são,
algumas vezes, conhecidas por outros nomes tais como avaliações de pessoal,
avaliações de mérito, avaliações de pessoal, avaliação de desempenho de pessoal, etc.
Para B. R. PONTES (1996) a avaliação ou administração de desempenho é um
método que visa, continuamente, estabelecer um contrato com os funcionários referente
aos resultados desejados pela organização, acompanhar os desafios propostos,
corrigindo os rumos, quando necessário, e avaliar os resultados conseguidos. O processo
de avaliação consiste na definição dos resultados esperados, tendo como palco o
planejamento estratégico ou as estratégias da organização, o acompanhamento diário do
progresso, a solução continua dos problemas que ocorrem e a revisão final dos resultados
conquistados, para elaboração das propostas futuras. A avaliação de desempenho é sem
nenhuma dúvida a função primordial dos líderes das organizações.
De acordo com CHIAVENATTO (2005), a avaliação de desempenho pode ser
definida como: o processo que mede o desempenho dos funcionários; o processo de
rever a atividade produtiva para avaliar a contribuição para o alcance de objetivos; e a
identificação, mensuração e administração do desempenho humano das organizações.
A avaliação de desempenho segundo CECÍLIA WHITAKE BERGAMINI consiste na
análise sistemática das características do trabalhador, devendo- se ser feita sempre com
intervalos de tempos iguais. Também vale dizer que a responsabilidade pela avaliação de
desempenho, como um processo dentro da empresa, deve caber á especialistas com
grandes conhecimentos técnicos e experiência prática.
Fundamentalmente, pode-se dizer que as pessoas apresentam diferenças
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PADI - JUNHO 2014-1
individuais de desempenho no trabalho por dois motivos principais; Primeiro, porque já
nasceram diferentes umas das outras (são as chamadas variáveis inatas). Segundo,
porque passaram por experiências de vida diferentes (são chamadas variáveis
adquiridas).
Sendo assim, a personalidade de cada um será a resultante das variáveis inatas
em interação com as experiências vividas.
2.2 PROPÓSITOS DA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
Para GARY DESSLER (2003) os chefes avaliam o desempenho de seus
funcionários por três razões principais. Primeiro, a avaliação traz informações importantes
para as decisões sobre promoções e aumento de salário. Segundo, permite que chefes e
funcionários desenvolvam um plano de corrigir qualquer deficiência que possa ter sido
revelada pela avaliação (...) e terceiro, as avaliações podem ser uteis para o planejamento
de carreira, pois oferecem a oportunidade de revisar os planos de carreira dos
funcionários à luz das forças e fraquezas demonstradas.
2.3 MÉTODOS E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
Há diversos métodos e instrumentos de avaliação, uns são usados com maior
frequência e outros, bem como há instrumentos considerados antigos e que não mais
atendem as necessidades atuais do mundo empresarial.
BOHANDLER, SNELL e SHERMAN (2003) explicam que os métodos de avaliação
de desempenho podem ser classificados como: medidores de traços e de características
de personalidade; de comprometimentos; e de responsabilidades.
1-Métodos de características de personalidade: Consiste em medir determinadas
características como flexibilidade, liderança, criatividade, comunicação, dentre outras, que
são importantes para o seu trabalho e para a organização. Por se tratarem de traços
subjetivos, deve-se ter muito cuidado para que a análise não seja tendenciosa.
Os instrumentos mais aplicados são:
- escalas de classificação gráfica
- escala de padrão misto
- escolha forcada.
2- métodos comportamentais: as abordagens comportamentais de avaliação de
desempenho visam o desenvolvimento do funcionário à medida que permite descrever
especificamente as ações esperadas no ambiente de trabalho.
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Os instrumentos mais aplicados são:
- Lista de Verificação Comportamental
- Escalas de Observação do Comportamento
3- Métodos de avaliação de resultados: consiste na avaliação das realizações do
funcionário, ou seja, os resultados que cada um conseguiu atingir no trabalho. Trata se de
um método de medição mais objetiva e que viabiliza maior emponderamento ao
funcionário, uma vez que podem ser responsáveis pelo estabelecimento das metas a
serem alcançadas e das estratégias de trabalho.
Os instrumentos mais aplicados são;
- medidas de produtividade
- avaliação participativa por objetivos
4-Método de avaliação 360°: esta avaliação vincula-se aos critérios atuais de
avaliação de desempenho. É um modelo abrangente, democrático, e eficaz pelas
seguintes razões:
- acompanha a filosofia da administração participativa:
- apresenta resultados no desempenho das equipes:
- viabiliza o recebimento de feedback:
- o resultado tem caráter de correção, reajuste de performance;
- possibilita o aumento da eficácia pessoal.
2.4AVALIAÇAO DE RESULTADO
Segundo George T. Milkovich, John W. Boudreau avaliação mede os efeitos das
atividades de Recursos Humanos. Elas conseguiram ajudar a organização a atingir seus
objetivos de RH? Por exemplo, a eficiência poderia ser medida comparando-se os custos
com as pessoas antes e depois da adequação de funções ou programa de treinamento.
Poderia também ser comparado a desempenho ou absenteísmo antes e depois de um
novo sistema de remuneração. Quando o objetivo estabelecido é o atingimento de justiça
social, podem-se avaliar os resultados, comparando o número de mulheres ou membros
de minorias contratados depois das ações tomadas neste sentido.
As atividades de RH mudam o ambiente organizacional e conduzem as novas
condições. Isso nos leva de volta à primeira fase do modelo diagnostico: a avaliação das
condições presentes. Dessa maneira, percebe-se que os componentes do modelo são
inter-relacionados e sua influência pode ser multidimensional.
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2.4 AVALIAÇÃO DE POTENCIAL
A avaliação de potencial é uma fotografia da capacidade do indivíduo, ou seja,
através da análise de sua vivencia profissional, de seus conhecimentos atuais, de sua
preocupação com a aquisição de novos conhecimentos, de suas habilidades, aptidões e
capacidades ainda não desenvolvidas, o líder poderá fazer prognósticos quanto ao futuro
do funcionário em termos de carreira profissional. A avaliação de potencial tem correlação
com o desempenho atual no cargo e é importante, também, a verificação da identificação
do funcionário em relação aos princípios da organização. É importante para a companhia
identificar seus talentos profissionais (alto potencial) e cuidar bem deles, uma vez que
serão os prováveis substitutos dos líderes de hoje. Ocultar bem significa manter o
entusiasmo e não deixá-los distantes dos avanços tecnológicos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Apesar de sabermos que as práticas de avaliação de desempenho não são novas,
as suas várias formas e concepções não encontram unanimidade entre aqueles que
estudam as relações entre as empresas e seus colaboradores. Primeiro porque cada
empresa tem suas características particulares esta normalmente inserida em contextos
sócios- econômicos peculiares e segundo porque as relações da empresa e funcionários
são dinâmicas, determinando que as verdades de hoje não sejam necessariamente as de
amanhã.
Para que se entendam estes aspectos, e preciso que saiba o que afinal de contas e
avaliação de desempenho e porque ela é determinante no sentido de conhecer e medir as
potencialidades das pessoas, de levar essas pessoas a aplicar totalmente essas
potencialidades, de diagnosticar qual é a forca básica que impulsiona as suas energias
em direção as ações.
No que se refere ao desenvolvimento e pessoas, avaliação de desempenho
contribui significativamente para que, a partir do feedback, discuta se os pontos fortes e
fracos dos funcionários, assim como fornece oportunidades para a identificação da
habilidade que necessita ser aprimorada com treinamento, plano de crescimento e o
estabelecimento de metas que levarão o funcionário a tingir um alto desempenho e
sucesso.
REFERENCIAS CHIAVENATO, I. Recursos Humanos. São Paulo: Atlas S.A. 1995.
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
PADI - JUNHO 2014-1
BERGAMINI, C. W. Avaliação de Desempenho Humano na Empresa. São Paulo: Atlas
S.A. 1983.
MILKOVICH, G. T; BOUDREAU, J. W. Administração de Recursos Humanos. São
Paulo: Atlas S.A2006.
24 - AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO NAS ORGANIZAÇÕES
Ana Paula Teixeira¹; Daniela Cipriano¹;
Kátia Maria dos Santos¹; Leonel Bernardo Pires¹;
Sheila Fernandes de Souza¹; Vanessa Cristina Ribeiro¹;
Paulo Marcel de Souza Leite²; RESUMO A avaliação de desempenho surge como forma de conhecer, identificar, mensurar e diagnosticar questões pontuais na forma como cada indivíduo age diante de suas tarefas e responsabilidades dentro das organizações. Partindo-se do pressuposto que cada indivíduo é diferente do outro e tem habilidades e modos diversos de executar a mesma tarefa, cada indivíduo tem sua ideologia e objetivos que marcam sua forma de agir. Assim são também as organizações, cada uma com suas finalidades definidas e metas a atingir. A implantação de um bom sistema de avaliação de desempenho deve estar bem definida quanto aos objetivos a serem alcançados, faz se necessário que haja uma integração de todos os setores, de forma que todos compreendam sua importância e não à vejam como uma ameaça, pois se a avaliação de desempenho assim for entendida, comprometerá negativamente os resultados, da avaliação que determina os níveis de eficiência. Assim ela proporciona uma leitura capaz de reconhecer as deficiências individuais e as qualidades, bem como aponta os setores que estão sofrendo com tais déficits dentro das organizações, assim é possível oferecer capacitação, treinamento, promoções e transferências visando sempre às melhorias na busca dos resultados, tanto individuais como coletivos. Palavras Chave: Capacitação; Treinamento; Desenvolvimento;
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1 Graduandos do Curso de Gestão de Recursos Humanos das Faculdades Integradas do Vale do Ribeira (FVR), Registro, SP. ¹ Graduado em Administração das Faculdades Integradas do Vale do Ribeira (FVR), Registro,SP. Especialista em Administração de Recursos Humanos pela Universidade Paulista (UNIP). Professor das Faculdades Integradas do Vale do Ribeira.
INTRODUÇÃO
Desde a idade média já era aplicado a avaliação de desempenho, pelos religiosos
pregavam a palavra pelos quatro cantos do mundo.
Ainda na época em que os navios eram o único meio de comunicação, eles eram
avaliados por auto classificação feitos pelos membros da ordem, relatório de todos os
subordinados, e relatórios de cada superior a respeito das atividades executadas pelos
subordinados e relatórios especiais feitos por qualquer jesuíta de que acreditasse em
possuir informações sobre seu próprio desempenho ou de seus colegas, as quais o
superior poderia não ter o acesso de outra forma.
Mas somente a partir da segunda guerra mundial que realmente a avaliação de
desempenho começou a proliferar e entrou uma seguinte questão, como aumentar a
eficiência da máquina para aumentar a produtividade.
Foi com a escola de administração cientifica que ocorreu o impulso da Teoria da
Administração cientifica com o interesse de apurar a capacidade de uma ótima maquina,
mesmo assim nenhum progresso foi variável. O homem ainda deixava muito a desejar na
eficiência das organizações, mais todo o desafio anterior teve algum objetivo ou solução
para o futuro.
Nos dias de hoje uma avaliação de desempenho devidamente aplicada é eficiente,
proporcionando assim uma forma para que possam atingir as habilidades e muitas outras
estruturas para o crescimento da organização, nos dias de hoje é um instrumento valioso
para a área de recursos humanos, o investimento é 100% positivo e garantido pois
podemos identificar os funcionários que entendem e executam suas funções com
determinado conhecimento ou que tem um conhecimento que vai além ou menos do que
a função dele determina.
170
III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
PADI - JUNHO 2014-1
Assim observamos também a necessidade do treinamento e desenvolvimento do
funcionário assim também o grau de contribuição nos resultados dos lucros da empresa,
fornece um feedback aos funcionários, descobrir o surgimento de novos talentos na
organização e também proporcionar méritos, promoções e transferências.
Assim vamos observar neste trabalho que o objetivo ou trabalho humano precisa
não só ser planejado e implementado, mas precisa ser também principalmente avaliado
orientado para dar continuidade ao objetivo incomum.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 ORIGENS DA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
Segundo Chiavenato (2001), a prática formal de avaliar o desempenho humano
teve início no século IV, na fundação da Companhia de Jesus, em que se avaliava o
potencial de cada um de seus jesuítas, por meio de um sistema combinado de relatórios e
notas das atividades, os Jesuítas eram submetidos a rigorosos sistemas de avaliação,
compatíveis com a severidade dos modelos e valores da época no ano de 1842, o serviço
público federal dos Estados Unidos implantou um sistema de relatórios anuais, com o
objetivo de avaliar o desempenho de seus funcionários.
Em 1880, o exército americano também desenvolveu um sistema que pudesse
medir o desempenho de cada um de seus colaboradores a avaliação de desempenho é
um processo que serve para julgar ou estimar o valor, a excelência e as competências de
uma pessoa e sobretudo, qual é a sua contribuição para o negócio da organização.
Segundo Marras (2000), avaliação de desempenho é um instrumento gerencial que
permite ao administrador mensurar os resultados obtidos por um empregado ou por um
grupo, período e área específicos conhecimentos, metas, habilidades.
Dessa forma a avaliação de desempenho é tida como um recurso que possibilita o
gestor a mensurar a capacidade do ser humano, observando os seus pontos 5 positivos e
pontos a melhorar no decorrer da sua aplicabilidade acompanhando os desafios
propostos.
A responsabilidade da avaliação de desempenho na maioria das vezes é feita pela
pessoa que lida diretamente com o funcionário gestor, supervisor, mas para isto é
necessário que o avaliador esteja qualificado para que possa aplicar a avaliação sem
imparcialidade buscando atingir o objetivo proposto pela organização. Ainda Marras
(2000) diz que a avaliação foi criada basicamente para identificar o nível de CHA
(conhecimentos, habilidades e atitudes) dos empregados, para que fosse direcionado o
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tipo certo de treinamento e desenvolvimento a ser realizado, hoje um pouco mais
abrangente, aperfeiçoado para fazer frente às necessidades surgidas no âmbito do
controle administrativo, identificando os empregados que necessitam de aperfeiçoamento,
definição do grau de contribuição nos resultados da empresa, descobrir o surgimento de
novos talentos, facilitar o autodesenvolvimento, feedback e subsidiar programas de
mérito, promoções e transferências
Segundo Dessler (2003) a avaliação de desempenho dos funcionários pode ser
definida como a avaliação de desempenho atual ou passado de um funcionário com
relação aos seus padrões de desempenho, devendo ser utilizada na busca de
informações para decisões sobre promoções e aumento de salário, de forma a
desenvolver um plano de correção das deficiências reveladas na avaliação e elaborar um
planejamento de carreira reforçando os pontos positivos do desempenho dos
funcionários.
2.2 CONCEITO DE DESEMPENHO HUMANO
É o ato ou efeito de cumprir ou executar determinada missão ou meta previamente
traçada. É diretamente proporcional a duas condições do ser humano. Primeiro querer
fazer, desejo endógeno de realizar motivação e segunda, o saber fazer, condição
cognitiva e experiencial que possibilita o indivíduo realizar com eficiência e eficácia
alguma coisa.
2.3 CONCEITO DE AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO
Segundo Marras (2007), é um instrumento gerencial que permite ao administrador
mensurar os resultados obtidos por um empregado ou por um grupo, em período e área
específicos conhecimentos, metas e habilidades. Segundo Chiavenato (2004), é
uma apreciação sistemática do desempenho de cada pessoa, em função das atividades
que ela desempenha, das metas e resultados a serem alcançados e do seu potencial de
desenvolvimento. É um processo que serve para julgar ou estimar o valor, a excelência e
as qualidades de uma pessoa e, sobretudo, qual é a sua contribuição para o negócio da
organização.
2.4 OBJETIVOS DA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
Segundo Chiavenato (2002), a avaliação de desempenho não é um fim em si
mesma, mas um instrumento, um meio, uma ferramenta para melhorar os resultados dos
recursos humanos da organização. Para alcançar esse objetivo básico melhorar os
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
PADI - JUNHO 2014-1
resultados dos recursos humanos da organização, a avaliação do desempenho procura
seguintes objetivos intermediários.
Ainda Chiavenato (1998)diz que a adequação do indivíduo ao cargo; treinamento;
promoções; incentivo salarial ao bom desempenho; melhoria das relações humanas entre
superiores e subordinados; auto aperfeiçoamento do empregado; informações básicas
para pesquisa de recursos humanos; estimativa do potencial de desenvolvimento dos
empregados; estímulo à maior produtividade; conhecimento dos padrões de desempenho
da organização; retroação feedback de informação ao próprio indivíduo avaliado; outras
decisões de pessoal, como transferências e dispensas.
Para Marras (2009), trata se de um instrumento extremamente valioso na
administração de RH, na medida em que reporta de um investimento valioso realizado
numa trajetória profissional através do retorno recebido pela organização.
Pontes (1999) considera a avaliação do desempenho humano essencial para as
empresas na sua busca incessante por competitividade no mundo globalizado e crê que
ela é a função primordial dos líderes das organizações.
Chiavenato (1995), diz que avaliação desempenho não pode restringir-se ao
simples julgamento superficial e unilateral do chefe a respeito do comportamento
funcional do subordinado; é preciso descer a um nível maior de profundidade, localizar
causas e estabelecer perspectivas de comum acordo com o avaliador. Deve-se modificar
o desempenho, o maior interessado o avaliador deve não apenas tomar conhecimento da
mudança planejada, mastambém saber por que e como deverá ser feita.
A avaliação do desempenho pode ter os seguintes objetivos intermediários:
Adequação do indivíduo ao cargo;
Treinamento;
Promoções;
Incentivos salariais ao bom desempenho;
Melhoria das relações humana entre superiores e subordinados;
Auto aperfeiçoamento do empregado;
Informações básicas para pesquisa de recursos humanos;
Estima do potencial de desenvolvimento dos empregados;
Estímulo á maior produtividade;
Oportunidade de conhecimento dos padrões de desempenho da organização;
Retroação feedback de informações ao próprio indivíduo avaliado;
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
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Outras decisões de pessoal, como transferência, dispensas etc.
Ainda Chiavenato (1995) Resume os objetivos fundamentais em três facetas:
Permitir condições de medição do potencial humano no sentido de determinar sua
plena aplicação;
Permitir o tratamento dos recursos humanos como um recurso básico da
organização e cuja produtividade pode ser desenvolvida indefinidamente,
dependendo, obviamente da forma de administração;
Fornece oportunidades de crescimento e condições de efetiva participação a todos
os membros da organização tendo em vista, de um lado, os objetivos
organizacionais e, de outro os objetivos individuais.
O resultado final da Avaliação de Desempenho deve apresentar as informações
necessárias para a identificação de oportunidades de melhoria e a elaboração de um
plano de ações em relação a vários níveis geral da organização, por área e individual.
2.5 MÉTODOS DA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
Tradicionais
O problema de avaliar o desempenho de pessoas dentro das organizações
conduziu a soluções que se transformaram em métodos de avaliação bastante populares:
são os chamados métodos tradicionais de avaliação do desempenho.
Esses métodos variam de organização para organização, chegando a ser
diversificados de acordo com o cargo a ser avaliado. Cada organização busca construir
um método de avaliação que seja mais adequado ao sistema da empresa.Chiavenato
(1999), os métodos tradicionais de avaliação de desempenho mais utilizados são escalas
gráficas, escolha forçada, pesquisa de campo, incidentes críticos e listas de verificação.
Escalas gráficas
É um sistema simples fácil de ser construído por isso é utilizado há muitos anos, é
uma avalição de desempenho. Esses fatores podem incluir todas as formas que permitem
um bom trabalho, são divididos em graus de escala mínimo ou máximo de acordo dos
parâmetros da organização no final da pontuação chega a um valor numérico que
identifica seu desempenho na média esperada ótimo, bom, ruim ou regular. Incidentes críticos
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
PADI - JUNHO 2014-1
O avaliador concentra-se em pontos fortes e fracos de quem está sendo avaliado,
como comportamentos extremos e traços de personalidades simplesmente avaliados em
características positivas e negativas. Corporativo
Analises comparativa entre um e outro empregado e dos níveis hierárquicos dentro
das organizações onde o funcionário atua.
Escolha forçada
É o instrumento de avaliação mais objetivo e eficaz que os demais uso, sendo
assim é o mais adotados pelas organizações que não podem manipular e conduzir o
resultado final.
360 graus
É muito usado nas organizações brasileiras que se identifica com ambientes
democráticos e participativos nos cenários internos e externos o avaliado é focado por
todos quem tem o contato com ele subordinados, superiores, clientes internos e externos
e fornecedores, sendo assim assume uma grande dimensão no feedback.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Foi observado que avaliação de desempenho é sim muito importante para o
sucesso das organizações que exige agilidade e velocidade na medição do desempenho
das pessoas da organização, para que possam traçar um planejamento para a melhoria
contínua das pessoas dentro da organização.
Para melhorar os processos e atividades e cada vez mais alcançar os objetivos
com eficiência e eficácia. São muitos os benefícios obtidos em uma avaliação de
desempenho, através deste é possível mensurar o grau de contribuição de cada
colaborador promovendo treinamentos e aperfeiçoamentos adequados para aqueles que
apresentam necessidade, remanejamento de funcionários entre departamentos, além de
estabelecer uma visão clara dos objetivos estratégicos da organização através de
feedback do avaliador, com isso o avaliado consegue investir mais em seu
desenvolvimento, melhorando assim o seu desempenho.
A tendência é que os modelos de avaliação de desempenho tenham sucesso na
participação envolvente e motivadora dos funcionários e venha prevalecer nas
organizações, que é a sua identidade, portanto o que pode estar dando certo em uma
organização pode não dar certo em outra.
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
PADI - JUNHO 2014-1
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
CHIAVENATO, I. Recursos Humanos. São Paulo: Atlas, 1995;
CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos. Avaliação do Desempenho. 5ª
ed.compacta. São Paulo: Atlas,1998.
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas; o novo papel dos recursos humanos nas
organizações. Rio de Janeiro: Campus, 1999;
CHIAVENATO, I. Recursos Humanos nas Empresas: como desenhar cargos e avaliar o
desempenho. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2001;
CHIAVENATO, I. Recursos Humanos. 7ª ed. Compacta. São Paulo: Atlas, 2002;
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas. 12 ed. Rio de Janeiro: Campus, 2004.
DESSLER, G. Administração de recursos humanos. 2 ed. São Paulo: Prentice Hall,
2003;
MARRAS, J. P. Administração de Recursos Humanos: do operacional ao
Estratégico. 3ª ed. São Paulo: Futura, 2000;
MARRAS, Jean P. Administração de recursos humanos. Do operacional ao estratégico.
12 ed. São Paulo: Futura, 2007;
MARRAS, J. P. Administração de recursos humanos: do operacional ao estratégico.
13. ed. São Paulo: Saraiva, 2009;
PONTES, B. R. Avaliação de Desempenho: nova abordagem. 7ª ed. São Paulo: LTR,
1999.
25 - AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO ALIADA AOS INTERESSES DAS PESSOAS E
DA ORGANIZAÇÃO
Gisele Barbosa de Almeida Lorena¹,
Letícia Cunha da Silva¹, Natalia Fernanda Barbosa¹,
Thamires Stephany Domingues Rodrigues¹,
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
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Paulo Marcel de Souza Leite² RESUMO A avaliação de desempenho surge para ajudar as empresas e julgar ou estimar a excelência e as qualidades de uma pessoa e sua contribuição para o negócio da organização. Constitui um poderoso meio de resolver problemas de desempenho e melhorar a qualidade do trabalho e a qualidade de vida dentro das organizações. Na avaliação de desempenho encontram-se pontos positivos, referentes ao alcance de metas e objetivos. E os pontos negativos, onde a avaliação não conduz a nada e não agrega valor a ninguém. Com a avaliação de desempenho as pessoas passaram a serem focalizadas no trabalho que produzem e, são considerados os recursos mais valiosos de uma organização. Afinal, são as pessoas que dão vida à organização. Elas constituem a mola mestra da dinâmica organizacional. O desempenho humano precisa ser excelente em todos os momentos para que a organização tenha competitividade para atuar e sair-se bem no mundo globalizado de hoje. Palavras-chave: Dinâmica organizacional, Competitividade, Organização. 1 Graduandos do Curso de Gestão de Recursos Humanos das Faculdades Integradas do Vale do Ribeira (FVR), Registro, SP. ¹ Graduado em Administração das Faculdades Integradas do Vale do Ribeira (FVR), Registro,SP. Especialista em Administração de Recursos Humanos pela Universidade Paulista (UNIP). Professor das Faculdades Integradas do Vale do Ribeira.
INTRODUÇÃO
As práticas de Avaliação de Desempenho não são novas; experimentou-se e
abandonou-se uma quantidade enorme de sistemas de avaliação no decorrer das
décadas.
Com o passar dos tempos, verificou-se que as empresas conseguiram resolver
problemas através de máquinas, pois através do homem não houve nenhum progresso e,
a eficiência das organizações ainda estava a desejar.
Com o surgimento da Escola das Relações Humanas, os aspectos colocados frente à
máquina, passaram agora a ser colocados frente ao homem, provocando uma gama
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
PADI - JUNHO 2014-1
enorme de informações e possibilitando o aparecimento de técnicas administrativas
capazes de criar condições para uma efetiva melhoria do desempenho humano dentro da
empresa.
Através desta abordagem, o homem vai para o trabalho vislumbrando consciente
ou inconscientemente as perspectivas de satisfação e de auto-realização que as
atividades a serem desenvolvidas lhe permitirão alcançar.
Na realidade, as empresas querem resultados e, atualmente, muitos resultados das
pessoas que nelas trabalham. As empresas ainda querem que elas pensem,
constantemente, nas inovações dos processos e dos produtos e que usem de todo seu
potencial para que a empresa seja cada vez melhor.
Este trabalho tem por objetivo explicar a avaliação de desempenho aliada aos
interesses das pessoas e a organização. A avaliação de desempenho proporciona a
satisfação intrínseca do indivíduo para atingir os objetivos organizacionais dentro de um
consenso interdependente, onde haja valorização do capital humano e condições
agradáveis de trabalho como participação contínua dos colaboradores e remuneração
com relação ao desempenho individual.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Para Chiavenato (2004), a avaliação do desempenho é uma apreciação sistemática
do desempenho de cada pessoa em função das atividades que ela desempenha, das
metas e resultados a serem alcançados e do seu potencial de desenvolvimento. A
avaliação de desempenho é um processo que serve para julgar ou estimar o valor, a
excelência e as qualidades de uma pessoa e, sobretudo, qual é a sua contribuição para o
negócio da organização.
Da mesma forma como os professores avaliam continuamente o desempenho de
seus alunos, as organizações estão preocupadas com o desempenho de seus
funcionários. Em épocas passadas de estabilidade e de permanência a avaliação do
desempenho podia ser feita por esquemas burocráticos e rotineiros. Até então a rotina
burocrática era a marca registrada da época.
Com os novos tempos de mudança, transformação e de instabilidade, o padrão
burocrático cedeu o lugar para a inovação e para a necessidade de agregar valor à
organização, às pessoas que nela trabalham e aos clientes que delas se servem. Na
realidade a avaliação do desempenho é um processo dinâmico que envolve o avaliado e
seu gerente e representa uma técnica de direção imprescindível na atividade
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
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administrativa de hoje. De modo geral a avaliação do desempenho constitui um poderoso
meio de resolver problemas de desempenho e melhorar a qualidade do trabalho e a
qualidade de vida dentro das organizações.
Na avaliação de desempenho encontram-se pontos positivos que são:
Proporcionar um julgamento sistemático para fundamentar aumentos salariais,
promoções, transferências e, muitas vezes, demissões de funcionários.
Comunicar os funcionários como eles estão indo no seu trabalho, sugerindo quais
as necessidades de mudanças no comportamento, nas atitudes, habilidades ou
conhecimentos.
Permitir que os subordinados conheçam aquilo que o chefe pensa a seu respeito.
Ela é amplamente utilizada pelos gerentes como base para conduzir e aconselhar
os subordinados a respeito de seu desempenho.
A avaliação do desempenho é utilizada para melhorar a produtividade do indivíduo
dentro da organização, tornando-o mais bem equipado para produzir com eficácia
e eficiência.
A avaliação do desempenho cobre não somente o desempenho dentro do cargo
ocupado, como também o alcance de metas e objetivos. Desempenhos e objetivos
devem ser tópicos inseparáveis da avaliação do desempenho.
E seus pontos negativos são:
Quando as pessoas envolvidas na avaliação do desempenho a percebem como
uma situação de recompensa ou de punição pelo desempenho passado.
Quando a ênfase do processo repousa mais sobre o preenchimento de formulários
do que sobre a avaliação crítica e objetiva do desempenho.
Quando as pessoas avaliadas percebem o processo como injusto ou tendencioso.
A iniquidade prejudica profundamente o processo de avaliação.
Quando os comentários desfavoráveis do avaliador conduzem a uma reação
negativa do avaliado.
Quando a avaliação é inócua, isto é, quando está baseada em fatores de avaliação
que não conduzem a nada e não agregam valor a ninguém.
Para avaliar o desempenho, na maior parte das organizações, cabe ao gerente a
responsabilidade de linha pelo desempenho dos seus subordinados e pela sua constante
avaliação e comunicação dos resultados. Como o gerente não tem conhecimento
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
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especializado para projetar, manter e desenvolver um plano sistemático de avaliação de
pessoas, o órgão de RH entra com a função de staff de montar, acompanhar e controlar o
sistema, enquanto cada gerente mantém a sua autoridade de linha avaliando o trabalho
dos subordinados por meio do sistema. Esta linha de tratamento tem proporcionado
maior liberdade e flexibilidade para que cada gerente seja realmente o gestor do seu
pessoal.
Em outras organizações, a avaliação do desempenho é atribuída a uma comissão
especialmente designada para essa finalidade. Trata-se de uma avaliação coletiva feita
por um grupo de pessoas direta ou indiretamente interessado no desempenho dos
funcionários. A comissão é em geral constituída por membros permanentes e estáveis
(como o presidente da organização ou seu representante, o dirigente do órgão de RH e o
especialista em avaliação do desempenho) estes participam de todas as avaliações e o
seu papel é moderar e assegurar a manutenção do equilíbrio dos julgamentos, do
atendimento aos padrões organizacionais e da constância do sistema. Mas também pode
ser formada por membros transitórios que são o gerente de cada funcionário avaliado e o
seu respectivo superior.
Segundo Pontes (1996), a globalização impôs a busca da competitividade nas
empresas sob pena de não sobreviverem. Essa necessidade de competitividade, por
parte das organizações, vem explicar a reengenharia, ou seja, as mudanças
organizacionais.
Antes das mudanças, as organizações eram estruturadas verticalmente, orientadas
para o poder. Após a reengenharia, as organizações ficaram horizontais; funcionando
como centro de negócios, orientada para a realização; respiram flexibilidade incorporada
em todos os processos; usam a tecnologia da informação como força de transformação e
adotam o senso de oportunidade. As pessoas passaram a ser focalizadas no trabalho que
produzem em equipe e são consideradas como os mais valiosos recursos. A aplicação da
avaliação de desempenho pode tornar-se um precioso instrumento para melhoria dos
resultados da empresa.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conclui-se que a avaliação de desempenho, é um método que visa estabelecer um
contrato com os funcionários referente aos resultados desejados pela organização.
Consiste na definição dos resultados esperados, as estratégias da organização, o
acompanhamento diário do progresso, a solução contínua dos problemas que ocorrem e
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a revisão final dos resultados conquistados. A avaliação de desempenho é a função
primordial dos líderes das organizações.
A avaliação do desempenho aprecia o desempenho do indivíduo no cargo e de seu
potencial de desenvolvimento. Toda avaliação é um processo para julgar ou estimar o
valor, as qualidades ou o status de algum objeto ou pessoa.
Constitui a avaliação de desempenho, a uma técnica de direção imprescindível na
atividade administrativa.
De acordo com os tipos de problemas identificados, a avaliação de desempenho
pode colaborar na determinação e no desenvolvimento de uma política adequada as
necessidades da empresa.
Portanto, além de estabelecer resultados a serem perseguidos pelos indivíduos, a
avaliação de desempenho, acompanha o processo de trabalho e fornece feedback
constante.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CHIAVENATO, IDALBERTO. Gestão de Pessoas: e o Novo Papel dos Recursos Humanos nas Organizações. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
CHIAVENATO, IDALBERTO. Administração de Recursos Humanos. São Paulo:
Atlas,1981, 2ª edição.
PONTES, B. R. Avaliação de Desempenho: Nova Abordagem. São Paulo: LTr, 1996,
6ª edição.
26 - ESTRATÉGIAS DE INOVAÇÃO NA GESTÃO DE LOGÍSTICA
Beynur Antenor de Oliveira1; Dayana Boécio Malagutti 1;
Inaiê Aguiar Simão1; José Carlos Martins Neto 1; Leonardo Martins Navarinski 1;
Rodrigo Luiz Barduco Silva1; Estevam Ticone 1 ;
Eduardo Halt²
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
PADI - JUNHO 2014-1
RESUMO Este texto introduz uma discussão sobre como as “Estratégias de inovação nas organizações” faz com que elas se mantenham e se destaquem das demais. Um país, uma empresa ou qualquer organização que almeje manter-se à frente de seus competidores, precisará de sistemas inovadores, novas estratégias e empreendedorismo. A Inovação bem-sucedida requer bom gerenciamento e acima de tudo, um clima organizacional estimulante, que possibilite criar vantagens; e não se trata apenas de inovações científicas ou criação de demandas inteiramente novas, com foco total nos clientes e consumidores potenciais, mas em tudo: como se executa os serviços, como vende, como posiciona o produto no mercado, etc. ou seja buscar novas estratégias, onde através do espiríto empreendedorista identifique oportunidades, agarrando-as e buscando os recursos para transformá-las em negócio lucrativo. Palavras Chave: Vantagem Competitiva. Criatividade. Habilidades Empreendedoras. 1 Graduandos do Curso de Logística das Faculdades Integradas do Vale do Ribeira (FVR), Registro, SP. ² Graduado em Ciências Econômicas (PUC-SP). Especialista em Administração de Empresas (FGV). Professor das Faculdades Integradas do Vale do Ribeira.
INTRODUÇÃO
Atualmente, as organizações incapazes de se redescobrirem e/ou de se reinventarem
continuamente (em termos de novos produtos/serviços), a partir da adoção de uma
consciência inovadora, irão provavelmente desaparecer. Em face das organizações
empresariais terem o desafio de enfrentar, nos dias de hoje, um dos ambientes mais
hostis e competitivos jamais vistos, as atitudes, os valores e as percepções devem mudar
para poder se adaptarem a nova ordem econômica mundial. Essas mudanças devem
ocorrer dentro de um clima organizacional favorável ao aprendizado, com contatos
amigáveis, descontraídos, e com os quais as informações possam circular sem restrição,
onde as idéias não devem ser “sufocadas”, sobretudo em seu nascedouro. Nesse
contexto, o objetivo deste estudo é apresentar algumas reflexões teóricas sobre
comportamento empreendedor, o qual será enfocado como gerador de novas estratégias,
demonstrando ser de relevante importância para empresas e pessoas possam se manter
e se diferenciar no mercado.
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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 INOVAÇÃO
No contexto da ciência econômica a palavra inovação foi introduzida pelo
economista austríaco Joseph Schumpeter (Teoria do Desenvolvimento Econômico) na
sua obra Business Cycles, de 1939. Em Capitalismo, Socialismo e Democracia
SCHUMPETER (1942), ele descreve o processo de inovação, a chamada destruição
criadora. Para muitos, SCHUMPETER (1942) é considerado o pai da inovação como uma
disciplina, que faz já parte do currículo de muitas e prestigiadas universidades.
Segundo o autor, a razão para que a economia saia de um estado de equilíbrio e
entre em um processo de expansão é o surgimento de alguma inovação, do ponto de
vista econômico, que altere consideravelmente as condições prévias de equilíbrio.
A inovação numa empresa ou organização, passível de gerar ou aumentar a
competitividade da mesma pode verificar-se a vários níveis, nomeadamente:
produtos e serviços: desenvolvimento e comercialização de produtos ou serviços
novos;
processos: desenvolvimento de novos meios de fabricação ou de novas formas de
prestação de serviços;
negócios: desenvolvimento de novos negócios que forneçam vantagem competitiva e
sustentável;
gestão: desenvolvimento de novas estruturas de poder e liderança.
Como se observa a inovação não ocorre apenas nos processos finais de
fabricação. Esta pode ocorrer em todo e qualquer ponto da organização. Não é apenas
fazer coisas diferentes, mas, também, fazer as mesmas coisas de formas diferentes,
criando, como refere DRUCKER (2002), novos potenciais de satisfação.
2.1.1 EXEMPLO DE INOVAÇÔES INTRODUZIDAS NAS ORGANIZAÇÕES
Ao nível da inovação do processo, exemplos de novos métodos de produção são a
implementação de novo equipamento de automação numa linha de produção ou a
implementação de um design assistido por computador para desenvolvimento de
produtos. A introdução de mecanismos de monitorização GPS para serviços de transporte
e a implementação de um novo sistema de reserva numa agência de viagens são também
exemplo de inovação ao nível do processo.
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Um exemplo de inovação organizacional na estruturação de atividades comerciais
é a introdução, pela primeira vez, dos sistemas de produção build-to-order (integrando
vendas e produção) ou a integração de engenharia e desenvolvimento com produção.
Por último, exemplos de inovações de marketing são a introdução, pela primeira vez, de
um sistema de franchising ou venda direta ou a retalho e de licenciamento de produto.
2.1.2 INOVAÇÃO & CRIATIVIDADE Os conceitos criatividade e inovação são indissociáveis, no entanto não são
sinônimos. Os autores DUAIBILI & SIMONSEN JR. distinguem-os afirmando que “A
criatividade é a faísca, a inovação é a mistura gasosa. A primeira dura um pequeno
instante, a segunda perdura e realiza-se no tempo. É a diferença entre inspiração e
transpiração, a descoberta e o trabalho”. Normalmente a criatividade é um processo
individual, nasce da ideia que surgiu na cabeça de alguém, enquanto a inovação é um
processo coletivo, que deve ser trabalhado em grupo e conduz coletivamente a uma
mudança de percepção. Por isso se diz que determinada pessoa é criativa e a empresa
“xyz” é inovadora. (De Brabandere). Não existe inovação sem criatividade, pois a inovação é a aplicação prática da
criatividade, ou seja uma ideia resultante de um processo criativo, só passará a ser
considerada uma inovação, caso seja realmente aplicada, caso contrário é considerada
apenas uma invenção. Citando Larry Hirst (um dos antigos chairman da IBM) “Invenção é
transformar dinheiro em ideias, inovação é transformar ideias em dinheiro”. Inovação tem
pois este carácter de concretização, que só assim poderá gerar criação de valor. O
conceito de criatividade é aplicável fora do contexto empresarial, podendo ser utilizado
para caracterizar por exemplo os indivíduos na sua esfera não profissional.
A introdução de uma inovação no sistema econômico é chamada por
SCHUMPETER (1942) de ato empreendedor, realizada pelo empresário empreendedor,
visando a obtenção de um lucro.
Segundo PINCHOT (2004) “a inovação rápida e econômica é o principal tipo de vantagem
competitiva permanente no século XXI. Não temos outra escolha senão saber inovar ou,
então, tender a desaparecer”. De acordo com o autor, a melhor forma para fazer a
inovação acontecer dentro das empresas já existentes, é através da prática do
empreendedorismo corporativo
2.2 EMPREENDEDOR: CARACTERÍSTICAS
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Empreendedor é o termo utilizado para identificar o indivíduo que dá início a uma
organização. Muitos como Bill Gates e Mark Zuckerberg ficaram famosos por criarem
organizações que realizaram inovações em seus setores
Traçar metas, atualizar conhecimentos ser inteligente, do ponto de vista emocional,
conhecer teorias de administração, de qualidade e gestão, são mudanças decorrentes da
globalização e da revolução da informação. O empreendedor deve focalizar o
aprendizado nos quatro pilares da educação: aprender a conhecer, aprender a fazer,
aprender a conviver e aprender a ser, e com isso, ser capaz de tomar a decisão certa
frente à concorrência existente. Novas habilidades vêm sendo exigidas dos profissionais
para poderem enfrentar a globalização com responsabilidade, competência e autonomia.
Buscam-se profissionais que desenvolveram novas habilidades e competências,
com coragem de arriscar-se e de aceitar novos valores, descobrindo e transpondo seus
limites. O futuro é cheio de incertezas, por isso, é preciso refletir sobre: habilidades
pessoais e profissionais; criatividade; memória; comunicação; como enfrentar este século.
Diferenciar-se dos demais, revalidar seu diploma pessoal e profissional, rever convicções,
incorporar outros princípios, mudar paradigmas, sobrepor idéias antigas às novas
verdades, este é o perfil do profissional que, trocando informações, dados e
conhecimentos, poderá fazer parte do cenário das organizações que aprendem, das
organizações do futuro. São mudanças socioculturais e tecnológicas que fazem repensar
hábitos e atitudes frente às novas exigências do mercado.
O empreendedor tem um novo olhar sobre o mundo à medida que presencia a
evolução. Valoriza suas experiências, valoriza seu valor, tomando decisões e decisões
acertadas. Abre novas trilhas, explora novos conhecimentos, define objetivos e dá o
primeiro passo.
Hoje, fala-se do “Capital Intelectual” que nada mais é do que: conhecimento,
experiência, especialização. Ferramentas ou estratégias utilizadas para se ter sucesso e
ser competitivo. A mão-de-obra passa a ser cabeça-de-obra. É o conhecimento e a
capacidade gerando novas idéias. O foco está nas pessoas. Assim, o perfil do profissional
de sucesso que lidera suas concepções e suas atitudes está em pessoas que conseguem
harmonizar esforços individuais ou coletivos e que criam algo novo e criativo.
Segundo LEITE(2000), nas qualidades pessoais de um empreendedor, entre
muitas, destacam-se:
a) iniciativa;
b) visão;
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c) coragem;
d) firmeza;
e) decisão;
f) atitude de respeito humano;
g) capacidade de organização e direção.
Conquista-se a autonomia profissional quando se é perseverante, determinado,
aprendiz, flexível e quando se tem: Positividade, Organização, Criatividade, Inovação e
Foco.
Essas qualidades ajudam a vencer a competitividade dos tempos modernos. Pela
experiência pode-se afirmar que a maioria das pessoas, se estimuladas, podem
desenvolver habilidades empreendedoras. Ouve-se e fala-se que o empreendedor precisa
ter visão. Visão pessoal. Uma visão que vem de dentro. A maioria das pessoas tem pouca
noção da verdadeira visão, dos níveis de significado. Metas e objetivos não são visão. Ser
visionário é imaginar cenários futuros, utilizando-se de imagens mentais. Ter visão é
perceber possibilidades dentro do que parece ser impossível. É ser alguém que anda,
caminha ou viaja para inspirar pensamentos inovadores.
Esse enfoque se volta à disposição de assumir riscos e nem todas as pessoas têm
esta mesma disposição. Não foi feito para ser empreendedor quem precisa de uma vida
regrada, horários certos, salário garantido no fim do mês.De acordo com DEGEN, (1989)
o empreendedor assume riscos e seu sucesso está na “capacidade de conviver com eles
e sobreviver a eles” GERBER (2004), apresenta algumas diferenças dos três
personagens que correspondem a papéis organizacionais, quais sejam:
a) o Empreendedor, que transforma a situação mais trivial em uma oportunidade
excepcional, é visionário, sonhador; o fogo que alimenta o futuro; vive no futuro, nunca no
passado e raramente no presente; nos negócios é o inovador, o grande estrategista, o
criador de novos métodos para penetrar nos novos mercados;
b) o Administrador, que observa os cenários mercadológicos, planeja, organiza e controla
a organização visando aumentar sua produtividade e sua inserção no mercado.
c) o Técnico, que é o executor, adora consertar coisas, vive no presente, fica satisfeito no
controle do fluxo de trabalho e é um individualista determinado.
É importante destacar no pensamento de GERBER (2004) o fato dos três
personagens estarem em eterno conflito, sendo que ao menor descuido o técnico toma
conta, matando o visionário, o sonhador, o personagem criativo que está sempre lidando
com o desconhecido. Os riscos fazem parte de qualquer atividade, sendo necessário
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aprender a administrá-los, pois eles são um dos fatores mais importantes que inibem o
surgimento de novos empreendedores. Um outro fator inibidor é o” capital social” que são
valores e idéias que sublimemente nos foram incutidos por nossos pais, professores,
amigos e outros que influenciaram na nossa formação intelectual e que,
inconscientemente, orientam nossas vidas.
É de se considerar, porém, que a avaliação mais objetiva do preparo para
empreender é a percepção que a pessoa tem de si própria, refletindo na sua
autoconfiança. Com o potencial empreendedor também isso acontece. O que se aprende
na escola, nas pesquisas, nas observações, vai se acumulando. O preparar-se para ser
empreendedor, portanto, inicia-se com o domínio que se tem sobre tarefas que se fazem
necessárias, o próprio desenvolvimento da capacidade de gerenciamento. O que falta, na
verdade, é motivação para uma tomada de decisão para se tornar um empreendedor.
Decisões tomadas no cotidiano são inúmeras. Os processos de decisão nem
sempre são simples, objetivos e eficientes como deveriam ser pois, se a intuição está de
um lado; a análise racional está do outro.
Descrevem-se aqui os oito estilos de decisão, relatados por COHEN,(2001):
Intuitivo: tenta projetar o futuro, com perspectiva ao médio e do longo prazo,
imaginando o impacto dessa ação.
O planejador: situa-se onde está e para onde se deseja ir, com planejamento e tendo
um processo de acompanhamento, adequando à realidade sempre que for necessário.
O perspicaz: diz que além da percepção é necessário conhecimento.
O objetivo: sabe qual o problema a ser resolvido.
O cobrador: tem certeza das informações, vê a importância de medir e corrigir quando
o resultado não foi o decidido.
O mão–na–massa: envolve-se pessoal e diretamente, acredita em grupos para
estudos multidisciplinares.
O meticuloso: junta opiniões de amigos, especialistas, funcionários, tentando se
convencer da solução a encontrar.
O estrategista: decide cumprir sua estratégia de crescimento, tendo percepção do que
resolver. Diagnostica o problema para encontrar a solução e sua resolução com
eficácia.
A decisão é de cada um. Interagir, refletir, deixar a cada um o momento de uma
descoberta e desenvolvendo habilidades específicas para o sucesso da sua escolha é de
responsabilidade única e exclusiva. As características comuns que se encontram no
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empreendedor que fez uma escolha, tanto nas universidades como na sociedade, são
difíceis para listar com precisão, porém diferentes autores chegaram a algumas
conclusões. Elas dizem respeito às necessidades, conhecimento, habilidades e valores.
As necessidades que se referem a conhecimentos, LEZANA (1995) assim elenca:
aspectos técnicos relacionados a negócios
experiência na área comercial
escolaridade
formação complementar
experiência em organizações
vivência com situações novas.
As necessidades que se referem aos valores, EMPINOTTI (1994), argumenta que
são os existenciais, estéticos, intelectuais, morais e religiosos. É preciso, no entanto, ser
registrado que, no contexto empresarial, essas características podem se desenvolver e
atuar de forma positiva ou negativa. É a personalidade do empreendedor que fará o
impacto decisivo para o sucesso.
2.3 TEORIAS DO EMPREENDEDORISMO
A teoria econômica, também conhecida como schumpeteriana, demonstra que os
primeiros a perceberem a importância do empreendedorismo foram os economistas.
Porém, SCHUMPETER (1942) foi quem realmente lançou o campo do
empreendedorismo, associando-o claramente à essência da inovação.
A essência do empreendedorismo está na percepção e no aproveitamento das
novas oportunidades no âmbito dos negócios, sempre tem a ver com criar uma nova
forma de uso dos recursos nacionais, em que eles seja deslocados de seu emprego
tradicional e sujeitos a novas combinações. Uma das principais críticas destinadas a
esses economistas é que eles não foram capazes de criar uma ciência
comportamentalista.
A segunda teoria, dos comportamentalistas, refere-se a especialistas do
comportamento humano: psicólogos, psicanalistas, sociólogos, entre outros. O objetivo
desta abordagem do empreendedorismo foi de ampliar o conhecimento sobre motivação e
o comportamento humano.
Um dos primeiros autores desse grupo a demonstrar interesse foi MAX WEBER (1930).
Ele identificou o sistema de valores como um elemento fundamental para a explicação do
comportamento empreendedor. Via os empreendedores como inovadores, pessoas
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independentes cujo papel de liderança nos negócios inferia uma fonte de autoridade
formal. Todavia, o autor que realmente deu início à contribuição das ciências do
comportamento foi David C. McClelland.
Nessa linha, MCCLELLAND (1972) foi um dos primeiros autores a estudar e
destacar o papel dos homens de negócios na sociedade e suas contribuições para o
desenvolvimento econômico. Esse autor concentra sua atenção sobre o desejo, como
uma força realizadora controlada pela razão. Para MCCLELLAND (1972), um
empreendedor é alguém que exerce controle sobre uma produção que não seja só para o
seu consumo pessoal. De acordo com a sua definição, um executivo em uma unidade
produtora de aço na União Soviética é um empreendedor.
De fato o trabalho de MCCLELLAND (1972) está concentrado em gerentes de
grandes organizações e, apesar de estar fortemente ligado ao empreendedorismo, uma
leitura cuidadosa de seus escritos mostra que ele nunca fez qualquer elo entre a
necessidade de auto realização e a decisão de lançar, possuir ou até mesmo gerenciar
um negócio.
Outros pesquisadores têm estudado a necessidade de realização, porém nenhum
deles parece ter chegado a conclusões definitivas sobre qualquer tipo de conexão com o
sucesso dos empreendedores. Alguns autores acham que a necessidade de realização é
insuficiente para a explicação de novos empreendimentos; enquanto outros acham que
ela não é suficiente o bastante para explicar o sucesso dos empreendedores.
É importante observar que os autores da teoria comportamentalista não se
opuseram às teorias dos economistas, e sim ampliaram as características dos
empreendedores.
Uma das definições mais aceitas hoje em dia é dada pelo estudioso de
empreendedorismo, HISRICH (2004) em seu livro “Empreendedorismo”. Segundo ele,
empreendedorismo é o processo de criar algo diferente e com valor, dedicando tempo e o
esforço necessários, assumindo os riscos financeiros, psicológicos e sociais
correspondentes e recebendo as consequentes recompensas da satisfação econômica e
pessoal.
Uma pessoa empreendedora precisa ter características diferenciadas como
originalidade, ter flexibilidade e facilidade nas negociações, tolerar erros, ter iniciativa, ser
otimista, ter auto-confiança e ter intuição e ser visionário para negócios futuros. Um
empreendedor é um administrador, necessita ter conhecimentos administrativos, ter uma
política para a empresa, ter diligência, prudência e comprometimento
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
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Ser empreendedor é voar, quando uma pessoa se lança ao desafio de criar um
negócio próprio ela está literalmente ganhando asas. A metáfora de voar pela primeira
vez e abrir a primeira empresa foi descrita no livro "O Vôo do Camaleão" e ilustra os
desafios pelos quais irão passar os empreendedores, bem como suas recompensas pelos
riscos assumidos.
Um empreendedor deve acreditar que o modelo atual pode ser melhorado. Ele
compreende que não será nada fácil traduzir esta frase em resultados e por isso, é a
primeira pessoa a aceitar o desafio de mudar. É a primeira pessoa a se responsabilizar
caso algo falhe em toda a trajetória do empreendimento. Empreendedores gostam de
mudanças.
Através de mudanças, se obtém experiências e estas, traduzem-se em ciência, que
por sua vez é utilizada para fins evolutivos. Logo não parece ser apenas um golpe de
sorte, quando observamos elevado know-how de empreendedores em ambientes de
negócios.
Quando há evolução, há melhora. Definitivamente, empreendedores são pessoas
que não apreciam situações de normalidade ou mediocridade.
Empreendedores são antes de tudo, pessoas que tem a capacidade de enxergar o
invisível. A isso, aplica-se a máxima: Empreendedores possuem visão.
Segundo DORNELAS (2003) empreendedorismo corporativo: “É o processo pelo qual um
indivíduo ou um grupo de indivíduos, associados a uma organização existente, criam uma
nova organização ou instigam a renovação ou inovação dentro da organização existente”.
O empreendedorismo não é uma nova teoria administrativa, é uma forma de
comportamento, que envolve processos organizacionais, permitindo que toda a empresa
busque um objetivo comum, a identificação de novas oportunidades de negócios, focando
a inovação através de ações internas (DORNELAS, 2003). O empreendedorismo
corporativo aumenta a competitividade e a eficácia, o valor do esforço pela necessidade
de sobreviver.
As pessoas concentram seus esforços em torno de uma direção ou estratégia
estabelecida, através de comunicações livres, transparentes, irrestritas e honestas entre a
administração e o nível operacional. A alta administração precisa de competência para
administrar emoções e relacionamentos, condição tão importante para o sucesso quanto
a capacidade intelectual. A promoção do empreendedorismo dentro da organização cria
um motivador importante para reter os melhores funcionários e condições para aumentar
a flexibilidade necessária para competir com os novos entrantes. As pequenas empresas
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têm mais facilidade em absorver essa cultura empreendedora, pois conseguem identificar
novas oportunidades e buscar a inovação. De acordo com DORNELAS (2003) as
empresas maiores têm uma cultura já estabelecida, as regras internas são conhecidas
pelos funcionários, existe a burocracia, a hierarquia. São essas empresas que precisam
reinventar sua forma de pensar e agir e estabelecer rapidamente essa cultura
empreendedora, senão vão ficar para trás, pois não vão conseguir acompanhar o
mercado. Esse é o grande desafio das grandes empresas, quebrarem o paradigma de
gestão dos negócios.
Segundo DORNELAS (2003) muitas organizações, ao introduzir o
empreendedorismo, erram quando acabam pressionando os funcionários a criar. Forçar
as pessoas não vai identificar novos empreendedores e sim fugir de suas características.
Os funcionários precisam se sentir motivados a buscar o novo, a ter dedicação e aplicar
suas habilidades empreendedoras. O empreendedorismo deve ser para a empresa um
ideal de trabalho, que esteja incentivando a inovação e identificando novos talentos dentro
da organização.
Inovações em corporações e corporações com inovações, surgem em sua maioria das
vezes, em momentos de necessidade. Momentos de necessidade demandam grandes
soluções, que por sua vez, demandam grandes idealizadores. Para qualquer solução
necessária, exige-se riscos e tentativas. Riscos e tentativas costumam estar presentes em
ambientes dinâmicos e hostis. Em resumo, alguém precisa ter "estrutura" profissional e
emocional para ir em direção contrária do fluxo praticado. Em primeira instância e, em
99% das vezes, o primeiro feedback solicitado trará péssimos incentivos. "Não, isto não
vai dar certo". Empreendedores adoram não como resposta, eles seguem adiante
exaurindo possibilidades e visionando o por vir.
2.4 INOVAÇÃO EM LOGÍSTICA
Várias são as frentes de atuação na área da Logística. Uma nova configuração de
cargos pode representar uma inovação. Ao criar posições como Analista de Inteligência
em Logística, Controller Logístico, Auditor da Qualidade em Logística, Engenheiro
Logístico, etc, a empresa está inovando em sua estrutura organizacional. Ao mesmo
tempo que estão restringindo o escopo de atuação do profissional, está ampliando seu
raio de atuação, especializando-o, transferindo para ele atribuições que até então não
eram desempenhadas ou realizadas apenas de forma superficial.
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As empresas inovam em métodos de distribuição investindo em novos
equipamentos, softwares ou na melhoria significativa dos já usados pela logística. Uma
nova organização da logística, com pontos chaves de transbordo de cargas e
armazenamento de produtos, é um exemplo de inovação no método de distribuição.
A utilização de códigos de barras para separar pedidos, armazená-los e despachá-
los aos clientes também é uma inovação em distribuição. Os métodos de distribuição –
que fazem parte das atividades de logística – ganharam uma nova dimensão nos últimos
20 anos, principalmente devido às entregas just-in-time. As empresas têm que produzir e
distribuir com rapidez e qualidade.
Uma empresa de móveis pode, por exemplo, inovar em distribuição fazendo uma
parceria com uma transportadora, que ficaria responsável por entregar o móvel e também
montá-lo com equipe própria. Isso agilizaria a entrega dos móveis e atenderia os prazos
cada vez mais curtos estabelecidos pelos clientes. A transportadora poderia ainda estocar
os móveis, o que aumentaria os pontos de distribuição da empresa moveleira.
A solução de caráter colaborativo reduz o custo total de transporte/distribuição mais
montagem para a empresa de móveis, que consegue atender com maior precisão as
necessidades de seus clientes. Outra vantagem da iniciativa é o aumento do valor
agregado na atividade da empresa de transporte/distribuição, que passa a estocar e a
montar móveis, com conseqüente aumento de faturamento.
Pode-se também inovar em técnicas de gestão, desenvolvendo e implantando, por
exemplo, um sistema de remuneração variável para a equipe responsável pela
movimentação e armazenagem de materiais, baseado em indicadores de custos,
produtividade e nível de serviços. Alguns Embarcadores inovaram em seus sistemas de
gestão quando, há alguns anos atrás resolveram criar programas de excelência em
transportes, premiando seus melhores parceiros.
A inovação pode envolver a criação de novos processos, que de alguma forma
agreguem valor aos clientes internos e externos. Pode-se, por exemplo, desenvolver
novos mecanismos na gestão do processo de logística reversa que acelerem o tempo de
resposta ao cliente e o retorno da mercadoria ao fluxo convencional, minimizando seu
risco de furto, avaria ou obsolescência.Também ocorre a inovação nos sistemas de
informação. Ter um sistema WMS (Warehouse Management System) deixou de ser algo
inovador; de luxo passou a necessidade dada a crescente complexidade das operações
nos Centros de Distribuição. Mas, contar com um sistema único, que integre as
funcionalidades de um WMS (Warehouse Management System) e de um TMS
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(Transportantion Management System), pode ser considerado inovador. Implantar um
sistema LIS - Logistics Information System, integrando, por exemplo, os processos de
separação de pedidos, unitização de cargas, conferência, roteirização, expedição,
carregamento, gerenciamento de riscos, monitoramento das entregas, encerramento das
viagens e logística reversa é algo bastante inovador e interessante. Por fim, a inovação
também pode ocorrer na infraestrutura operacional, por exemplo, em um Centro de
Distribuição que estoque a totalidade de seus produtos em estruturas porta-páletes, sem
qualquer diferenciação em função das características de volume, giro e popularidade dos
materiais. Alguém poderá inovar, ao realizar um estudo pormenorizado dos materiais e
identificar estruturas mais adequadas de estocagem como por exemplo um sistema porta-
páletes dinâmico para itens de alto giro e volume, ou recomendar o uso de estruturas do
tipo drive-in para produtos sazonais com grande volume de estocagem. Inovação, é sem
dúvida alguma, um processo "criativo", mas altamente dependente do conhecimento
técnico. Sem um amplo conhecimento da área de logística e das melhores práticas de
mercado, a inovação se transformará em um processo de tentativa e erro. Isso custa caro. Para se inovar de forma segura e eficaz é bom fazer uma consultoria com profissional na
área de engenharia logística.
Assim poderá contar com profissionais devidamente habilitados para rever o atual
modus operandi, e propor soluções inovadoras, diferenciadas daquelas adotadas pelos
principais concorrentes.
A principal razão para inovar em processos produtivos e distribuição é manter ou
aumentar a competitividade da empresa. Para ser competitiva é preciso:
a) Preço: O produto deve ter custo compatível com a realidade do mercado. Para isso,
deve-se inovar em todos os processos – produtivos, atividades de apoio e distribuição –
para reduzir custos. O preço pode tornar-se competitivo por meio do aumento da
produtividade, otimização do uso das matérias-primas, redução de desperdícios e dos
custos das áreas de apoio e distribuição.
b) Qualidade: As empresas devem estabelecer normas para a produção antenadas com
as exigências dos clientes. É através da inovação em processos produtivos que se atinge
a qualidade do produto exigida pelo mercado. Por meio da inovação em processos
mercadológicos a empresa se mantém atualizada nas práticas do mercado.
c) Agilidade no atendimento: Atender os clientes no prazo exige inovação constante nos
processos produtivos, organizativos e, principalmente, em métodos de distribuição.
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2.4 INOVAÇÂO EM ATIVIDADES DE APOIO
A inovação em atividades de apoio ao processo produtivo, como projetos, compras,
programação, manutenção, recursos humanos, também são estratégicas para os
empreendimentos. A inovação em setores de apoio à produção devem acompanhar as
melhorias implementadas nos processos produtivos e de distribuição. Isso é importante
para que as áreas de suporte atendam eficientemente e com qualidade os demais
departamentos.
A tecnologia da informação é a forma mais comum que setores de apoio utilizam
para inovar em seus processos. Uma tecnologia combinada com as novas maneiras de
atuar é um fator de inovação muito forte. No entanto, isso requer compreensão sobre os
modos de atuar, hábitos, formas de fazer para que a produtividade aumente. Muitas
vezes, a empresa tem o equipamento, mas o seu uso não foi incorporado às rotinas
produtivas. A tecnologia traz mudanças culturais no modo de fazer as coisas, essas
novidades precisam ser trabalhadas pelas empresas comprometidas com a inovação.
A inovação possibilita que empresa se mantenha adequada ao mercado, ou seja,
seus produtos, processos e práticas de marketing em permanente sintonia com as
necessidades dos clientes. É preciso inovar e renovar a organização do empreendimento
e acelerar e aumentar a produtividade.
A inovação também contribui para que um negócio compita em pé de igualdade
com a concorrência e encontre novos nichos para sua empresa no mercado. Pode
aumentar o lucro do negócio e renovar ou criar ciclos de vida para os seus produtos.
No caso de inovação em processos produtivos, as empresas podem melhorar
métodos de produção existentes e com isso conseguir bons resultados. Investir em novo
maquinário ou melhorar substancialmente um já existente pode abrir novas oportunidades
para os negócios no mercado.
2.5 ESTRATÉGIAS PARA SUPERAR AS DIFICULDADES INTERNAS E EXTERNAS:
1) Buscar permanentemente conhecer necessidades e tendências do mercado;
2) Ter estreito contato com clientes e fornecedores. Saber ouvir e interpretar anseios ,
oportunidades e necessidades;
3) Buscar parcerias com clientes e fornecedores;
4) Compartilhar riscos;
5) Buscar conhecimento em universidades, institutos de pesquisa, SEBRAE, SENAI
6) Buscar apoio financeiro em programas de incentivo à inovação;
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
PADI - JUNHO 2014-1
7) Estimular permanentemente a cultura de mudança dentro da empresa;
8) Capacitar e mobilizar todos recursos humanos;
9) Comprometimento da direção da empresa (o líder, o mentor, o executivo);
10) Elaborar planos, estabelecer metas e indicadores e fazer acontecer o projeto de
inovação;
11) Combater a visão de curto prazo, acomodação e zonas de conforto na administração
do negócio;
12) Reconhecer e premiar competências e cobrar resultados.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Concluímos com este estudo que a inovação é o resultado da criatividade
empregada na condução e gerenciamento de todos os seus processos. Agindo e
trabalhando assim, as empresas acumulam vantagens competitivas, reduzindo as
possibilidades de ocorrência de insucessos e as pessoas, por sua vez, agregam valor ao
seu perfil profissional. O ambiente de trabalho primando pela criatividade, pela
colaboração e comunicação da equipe, e mais ainda, pela autonomia e liberdade de cada
indivíduo, buscando conhecimentos técnicos, estará desenvolvendo uma cultura
empreendedora na organização, parte do plano estratégico de qualquer empresa que
busca vencer a acirrada competitividade neste mercado globalizado.
REFERENCIAS DEGEN, Ronald Jean. O empreendedor: fundamentos da iniciativa empresarial. São
Paulo: McGraw-Hill, 1989 DORNELAS, J.C.A. Empreendedorismo corporativo: como ser empreendedor, inovar e se diferenciar em organizações estabelecidas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003
DRUCKER Peter. The Essential Drucke, Editor: Actual Editora, São Paulo 2002
DUAILIBI Roberto & SIMONSEN JR Harry. Criatividade & Marketing , Editora M Books,
2008
EMPINOTTI, Moacir. Os valores e serviços da pessoa humana. PortoAlegre:
EDIPUCRS, 1994.
GERBER, Michael E. Empreender fazendo a diferença. São Paulo: Fundamento
Educacional, 2004.
LEITE, Emanuel. O fenômeno do empreendedorismo: criando riquezas. Recife:
Bagaço, 2000
195
III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
PADI - JUNHO 2014-1
LEZANA, A. G.R. & TONELLI, A. Novos empreendedores nas escolas técnicas. Módulo 1 – O empreendedor. São Paulo: Instituto Uniemp, 1995
PINCHOT, G. Intrapreneuring, Harper and Row, New York, 1985.
27 - TÉCNICAS DE GESTÃO E EMPREENDEDORISMO: ESTRATÉGIAS DE INOVAÇÃO NA GESTÃO DE LOGÍSTICA
Cléa da Silva Vitória¹; Karine Soares de Freitas¹;
Marcos Alexandre de Castro Lima ¹; Eduardo Halt ²;
RESUMO O processo empreendedor compreende todas as atividades relacionadas com a detecção de oportunidades e a criação de organizações para concretizá-las. O empreendedor precisa planejar e implantar estratégias adequadas de acordo com a organização e o ambiente envolvido. O empreendedor não e somente um fundador de uma empresa, ele também é a energia da economia, a alavanca de recursos, o impulso de talentos, a dinâmica de ideias. Palavras Chave: Empreendedor; Globalização; Negocio; Inovações. 1 Graduandos do Curso de Logística das Faculdades Integradas do Vale do Ribeira (FVR), Registro, SP. ² Graduado em Ciências Econômicas (PUC-SP). Especialista em Administração de Empresas (FGV). Professor das Faculdades Integradas do Vale do Ribeira.
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
PADI - JUNHO 2014-1
INTRODUCAO
Com a globalização a pessoa quem deseja empreender precisa antecipar-se aos
fatos e criar novas oportunidades de negócios. Quem abre um negócio sabe que hoje há
um mundo a se conquistar. Atualmente o empreendedor está agindo dentro de um contexto internacional muito
diferente daquele vivido pelos empresários pioneiros das primeiras décadas do século
passado. As mudanças no ambiente internacional estimulam cada vez mais a integração
econômica entre países. A figura do empreendedor torna-se muito importante para o
desenvolvimento da economia de um país. Ele se torna o elemento que inicia a mudança
econômica, provocando transformações nos mercados, e os consumidores acabam sendo
por ele educados e orientados a desejar novos produtos ou produtos diferentes dos que
estão acostumados a consumir.
O empreendedor precisa possuir características como coragem e ousadia, e saber
enfrentar desafios na hora da escolha do melhor caminho a seguir. A tomada de decisão
diante de uma situação de risco significa enfrentar desafios, ousar e escolher os melhores
caminhos de forma consciente. Muitas vezes, os empreendedores têm sucesso, em áreas
para as quais não se formaram na escola, ou com as quais não estiveram propriamente
associados durante a maior parte de suas vidas. Esse diferencial é o denominado
potencial empreendedor.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Conceito de operações globais
Segundo DONIER (2013) objetivo global da otimização de qualquer sistema
logístico é maximizar a lucratividade. Ao observar o relacionamento entre as três
dimensões no modelo de logísticas global, podemos identificar a melhor orientação para
uma emprese.
Definimos três tipos básico de orientação:
Logística orientada para recursos.
Logística orientada para informação.
Logística orientada para o usuário.
Para DONIER (2013) alguns elementos de estratégia têm validade universal e
podem ser aplicados a qualquer empresa, independentemente de sua natureza. Outros
são altamente dependentes da estruturas, cultura e ambiente econômico da empresa.
197
III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
PADI - JUNHO 2014-1
Assim, acreditamos ser útil separar o conceito se estratégia do processo de formulação
da estratégia.
Como cita DONIER (2013) a competitividade são frequentemente utilizados para
medir o desempenho das empresas. Contudo, as medidas financeiras por si próprias
traçam um quadro incompleto das operações da empresa. Sugerimos complementar as
medidas melhor compreensão da forma como o sistema logístico é analisado. Mais
especificamente, referimo-nos a custos, qualidade, serviço e flexibilidade. E também
podendo compreender como utilizar os critérios de desempenho, dividimo-los em dois
tipos: critérios ganhadores e qualificadores. Um critério ganhador é o que distingue uma
empresa em relação a sua concorrência- clientes compram os produtos de uma empresa
por causa desse critério especifico (e. g., custo para um produto commodity). Um critério
qualificador é definido por um mínimo nível necessário para participar da concorrência (e.
g., qualidade para um produto commodity).
2.2 CARACTERÍSTICAS DE ESTRATÉGIAS DE OPERAÇÕES E LOGÍSTICA
Para DONIER (2013) a estratégia de operações e logística é entendida de forma
melhor como um conceito multidimensional que engloba todas as atividades críticas de
operações e logística da empresa, fornecendo-lhe um sentido de unidade, direção e
propósito. Para tanto, propomos a seguir:
Estratégia de operações e logística
-É um padrão de decisões coerente, unificado e integrativo;
-Determina e revela o propósito das atividades de operações e logística da
organização em termos dos objetivos de longo prazo da empresa, programas de ação e
prioridades de alocação de recursos;
-Procura suportar ou atingir uma vantagem sustentada de longo prazo por meio da
resposta adequada ás oportunidades e ameaças no ambiente da empresa.
Já DONIER mostra que a estratégia de operações e logística deve ser ampla, mas
ao mesmo tempo decompor a complexa rede de decisões em pedaços analisáveis. Uma
estratégia ampla de operações e logística é composta de 12 categorias de decisões:
1. estrutura da rede de bens;
2. escolha da tecnologia do processo das operações;
3. escolha da tecnologia do processo da logística;
4. integrar vertical da rede de suprimentos;
5. força de trabalho;
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
PADI - JUNHO 2014-1
6. planejamento e operações de controle;
7. planejamento e controle da distribuição;
8. gestão da qualidade;
9. política de transporte;
10. política de serviço ao cliente;
11. organização;
12. fornecimento
DONIER especificou o conceito de estratégia e o processo de formulação de
estratégia são inseparáveis em qualquer definição da estratégia tem uma série de
objetivos críticos, incluindo:
Estas categorias são uma forma de entendimento de estratégia de operações e
logística.
Logística orientada para o usuário.
A definição dos atores-chaves e seus papéis na formulação e implementação.
A decisão do tipo e sequência de interações que os principais atores devem ter.
A designação da natureza, intervalo e extensão dos fluxos de informação entre os
atores.
A determinação da forma e abrangência da comunicação a respeito do processo de
formulação da estratégia entre os vários constituintes dentro e fora da empresa.
A sugestão de ferramentas e metodologias de suporte a serem usadas como parte do
processo.
2.3 Identificação de negócio global
É importante enfatizar a natureza dinâmica do ambiente de negócios globais. Esse
dinamismo compele as empresas a adotar cada uma das três orientações com diferentes
intensidades em diferentes épocas. Diferentes forças internas ou externas (e. g.,
regulamentações, mudanças tecnológicas, competição) podem fazer com que a empresa
pode ser dirigida pela logística orientada para recursos e focar a otimização da rede de
bens de manufatura/produção globais.
3. GLOBALIZAÇÃO E A TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO
Para O’BRIEN (2006), os componentes de um sistema de informação utilizam
recursos humanos, de hardware, software, dados e tecnologias de rede para executar
199
III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
PADI - JUNHO 2014-1
atividades de entrada, processamento, saída, armazenamento e controle que
transformam recursos de dados em produtos de informação.
3.1 APLICAÇÃO DA TI
O’BRIEN(2006) diz que a aplicação da TI ajuda a melhorar o conhecimento do
mercado, a seleção de estratégias, aumentando a capacidade de resposta e
aperfeiçoando as comunicações persuasivas, melhorar a seleção de estratégias.
Danos Potenciais:
Qual a probabilidade de clientes, funcionários, parceiros empresarias ou
concorrentes serem afetados por:
Invasões de privacidade;
Informações imprecisas;
Conluio;
Exclusão de facilidades;
Essenciais.
3.1.2 RISCOS POTENCIAIS
Qual a probabilidade de ocorrência de ações legais, boicotes dos consumidores,
paralisações no trabalho e outras ameaças?
Respostas Possíveis
Os riscos e custos podem ser podem ser atenuados por:
Defesa;
Educação;
Códigos de ética;
Incentivos;
Certificação.
O controle de estoque visa a agilização da atividade e a correspondente
atualização de informação em tempo real.
4. LOGÍSTICA - CADEIA DE SUPRIMENTOS: SERVIÇO AO CLIENTE
De acordo com Ronald H. Ballou, os clientes avaliam as ofertas de qualquer
empresa em termos de preço, qualidade e serviço, e reagem de acordo com as próprias
conveniências, aproveitando tais ofertas ou ignorando-as.
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
PADI - JUNHO 2014-1
Serviço, ou serviço ao cliente, é um termo de grande alcance, incluindo elementos
que vão desde a disponibilidade do produto/mercadoria até a manutenção pós venda. Na
ótica da logística, serviço ao cliente são os resultados de todas as atividades logísticas ou
dos processos da cadeia de suprimentos. Assim sendo, o projeto do sistema logístico
estabelece o nível de serviços ao cliente a ser oferecido.
Segundo Ronald H. Ballou, os elementos do serviço ao cliente na ótica global da
empresa, o serviço ao cliente é um componente essencial da estratégia do marketing,
entendido como um mix de atividades dos ''quatro Ps'' - produto, preço, promoção e ponto
de venda -, em que este último representa principalmente a distribuição física. Embora
não exista entre os especialistas e usuários um consenso quanto á definição mais
apropriada do que é, afinal as logísticas do serviço ao cliente às pesquisas existentes
apontam para o tempo do ciclo do pedido e os elementos que o compõem como os
fatores mais decisivos. Mesmo quando se levam em conta os serviços aos clientes na
sua globalidade, os elementos logísticos parecem dominantes.
Dado o efeito positivo dos serviços ao cliente sobre as vendas, a maneira mais
correta de planejar sua logística é pela perspectiva da maximização do lucro, em lugar da
minimização dos custos. Determinar de que maneira as vendas reagem aos serviços já
mostrou ser bem difícil e de acurácia no mínimo questionável. É uma situação que
costuma levar os gerentes a especificar um nível de serviço e a procurar concretizá-lo da
maneira mais econômica possível. Contudo, nos casos em que a demanda parece
especialmente sensível ao item serviços, à relação vendas/ serviço pode ser determinada
por um ou mais dos métodos a seguir: método dos dois pontos experimente antes -
depois, jogo de empresas e pesquisas junto a compradores. Uma vez conhecida esta
relação, chega a hora de comparar custos com benefícios de maneira a localizar os níveis
ótimos de serviços e maximizar o retorno sobre os ativos logísticos.
Ronald H. Ballou especifica que há quem pense e trabalhe com objetivos que vão
além de simplesmente satisfazer as expectativas dos clientes sob condições normais de
operação. Gerentes realmente engajados no seu trabalho costumam planejar inclusive
para as raras oportunidades em que o sistema logístico entra em pane ou quando é
preciso fazer o recolhimento de um produto. Ações pré-planejadas para contingências
poderão evitar uma perda da boa vontade dos clientes que levaria muito tempo para
recuperar até que as condições normais fossem restauradas. Quando se torna
impraticável proporcionar aos clientes o serviço prestado, informação em tempo real
sobre a condição do serviço deve ser usada para reduzir os efeitos desfavoráveis que
201
III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
PADI - JUNHO 2014-1
essas panes certamente acarretarão para os prestadores desse serviço.
No tempo do ciclo do pedido, os elementos básicos dos serviços ao cliente que o
profissional de logísticas consegue controlar estão dentro do conceito do tempo do ciclo
de pedido (ou de serviço). O tempo do ciclo de pedido é definido como o tempo decorrido
entre o momento de pedido do cliente, a aquele da entrega do produto o serviço ao
cliente. O ciclo do pedido abrange todos os eventos mensuráveis em tempo do prazo total
para a entrega de uma encomenda.
Segundo Ronald H. Ballou, o serviço como restrição ao cliente é muitas vezes
tratado como uma restrição pelo sistema logístico quando não se consegue desenvolver
uma relação vendas - serviços. Neste caso, um nível de serviço ao cliente predeterminado
pode ser escolhido, sendo o sistema logístico projetado para chegar a esse nível a um
custo mínimo. O nível de serviço é em geral baseado em fatores como os níveis de
serviços estabelecidos pela concorrência, as opções do pessoal de vendas, e a tradição.
Não há garantia de que um nível de serviço estabelecido de certa forma vá se transformar
num projeto de sistema logístico que represente o melhor equilíbrio entre as receitas e os
custos logísticos.
A fim de avançar no sentido de um projeto ótimo de sistema quando o serviço é
tido como uma restrição sugere-se a utilização da análise de sensibilidade. Neste caso, tal
análise envolve a mudança de fatores que constituem o serviço e a partir daí o
estabelecimento do novo projeto de sistema de menor custo.
De acordo com Ronald H. Ballou, na mensuração de serviços, encontrar uma
mensuração com a abrangência suficiente para garantir uma avaliação efetiva do
desempenho da logística dos serviços ao cliente é realmente trabalhoso, considerando-se
as inúmeras dimensões dos serviços aos clientes. O tempo total do ciclo de venda do
pedido e suas variabilidades são provavelmente as melhores medidas dessa logística,
uma vez que incorporam muitas variáveis consideradas importantes para os clientes. Ele
pode ser representado estaticamente pela média e desvio-padrão, ou alternativamente
como um percentual de pedidos que se adequam ao tempo alvo o ciclo do pedido.
O serviço aos clientes pode ser igualmente medido em termos de cada atividade
logística. Entre as mensurações mais comuns do desempenho incluem-se as seguintes:
4.1 Processamento dos pedidos
Tempo mínimo máximo e médio de processamento dos pedidos.
Percentual de pedidos processados nos prazos determinados.
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Acuária na Documentação dos Pedidos
Percentagem de documentos dos pedidos contendo erros.
Transporte
Porcentagem de entregas no prazo
Percentagem de pedidos entregue na data estabelecida pelo cliente.
Danos e reclamações de prejuízos como percentagem do frete.
Disponibilidade de Produto e Estoque
Percentagem de artigos em falta no estoque.
[Percentagem de pedidos atendidos completamente ]
Índice de atendimento e de atendimento médio ponderado dos pedidos.
Percentual médio de itens de pedidos em atraso
Índice de atendimento dos itens.
4.2 Produtos Danificados
Número de devolução em relação ao total dos pedidos.
Valor das devoluções em relação ás vendas totais.
Tempo de Processamento da Produção/ Armazém Tempo mínimo máximo e
médio de processamento dos pedidos.
Ronald H. Ballou, afirma que muitas outras mensurações podem ser usadas,
devendo ser adaptadas ao projeto do sistema logístico operacionado pela empresa.
Existem dois problemas em potencial para essas mensurações dos serviços. O
primeiro é que elas são orientadas de dentro da empresa, provavelmente porque os
dados se tornam disponíveis com mais presteza e o controle seja mais fácil do que com
mensurações orientadas para fora. Por outro, não promovem coordenação que seja
essencial para um bom desempenho do serviço aos clientes envolvendo membros de
canais múltiplos. Mensurações adequadas externamente orientadas ainda estão por
ser desenvolvidas.
O segundo é que é possível que tais medidas não estejam centradas nas
necessidades dos clientes. Muito frequentemente as empresas avaliam o serviço ao
cliente em termos dos elementos sobre os quais elas têm inteiro controle. Definições e
mensurações estreitas do serviço ao cliente podem levar qualquer empresa a acreditar
que está se saindo bem, mesmo com os clientes considerando que tais serviços deixam
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
PADI - JUNHO 2014-1
de fora elementos importantes para eles. Isto torna a empresa inadvertidamente
vulnerável em relação a concorrentes que reconhecem a necessidade de serviço total aos
clientes e gerenciam o desenvolvimento desses serviços pela perspectiva do cliente.
Segundo Ronald H. Ballou, nas contingências de serviços grande parte do trabalho
de planejamento e controle do profissional de logística tem como objetivo comandar uma
operação eficiente sob condições normais. E, no entanto, é preciso estar preparado para
enfrentar circunstâncias extraordinárias que possam inclusive interromper o sistema ou
alterar drasticamente suas características operacionais em curto prazo - como greves
trabalhistas, incêndio, inundação ou defeitos perigosos na linhagem de produtos. Duas
contingências comuns são a queda do sistema e o recolhimento (recall) de produtos.
O planejamento de contingências é diverso e externo ao processo normal de
planejamento, também classifica a natureza do evento um indicativo de quando é
necessário empreender planejamento de contingência:
A probabilidade de ocorrência é tida como menor do que para eventos incluídos no
processo normal de planejamento.
A ocorrência de um evento como tal causaria sérios prejuízos, especialmente quando
não enfrentada rapidamente.
Trata de um evento cujo respeito a empresa pode planejar antecipadamente em
termos de enfrentamento adequado, se e quando vier a ocorrer.
De acordo com Ronald H. Ballou, não existem métodos especiais de planejamento
de contingências. Trata-se simplesmente de uma questão de fazer as perguntas
adequadas o que aconteceria se sobre elementos críticos do sistema logístico e
determinar as formas de agir, na eventualidade de um acidente inesperado numa parte
vital do sistema logístico. O desejo da gerência de garantir sempre o nível ótimo de
serviço só cliente só faz aumentar a necessidade de adotar esta modalidade de
planejamento.
5. ESTRATÉGIAS DE INOVAÇÃO NA GESTÃO DE LOGÍSTICA
Para NOVAES na quarta fase do processo da evolução da logística ocorre um salto
qualitativo da maior importância :as empresas da cadeia de suprimentos passam a tratar
a questão logística de forma estratégica, ou seja em lugar de otimizar pontualmente as
operações focalizando os procedimentos logísticos como meros geradores de custo, as
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empresas participantes da cadeia de suprimento passaram a buscar soluções novas,
usando a logística para ganhar competividade e para induzir novos negócios. Os agentes
da cadeia de suprimentos passaram a trabalhar mais próximos, trocando informações,
antes consideradas confidenciais, e formando parcerias. A logística passou então a ser
usada como elemento diferenciador, de cunho estratégico, na busca de maiores fatias do
mercado. As razões básicas para isso são a globalização e competição cada vez mais
acirrada entre as empresas.
6. MODELO ESTRATEGICO
Segundo ERNST, a logística e operações globais focalizam a gestão dos fluxos da
compra de matérias-primas à entrega do produto acabado ao cliente. A gestão desses
fluxos representa enormes gastos financeiros para empresas no mundo inteiro.
Para ERNST, com a necessidade de otimização da manufatura nas duas últimas
décadas, novas técnicas gerenciais foram aplicadas, tais como just in time(JIT), gestão de
qualidade total (TQM-Total quality management) e sistemas flexíveis de manufatura
(FMS-Flexibilidade manufacturing systems),melhoraram significativamente o
desempenho.
Segundo ERNST a gestão de logística é grande desafio para empresas- e uma
grande oportunidade. A gerência tem explorado a exaustão as oportunidades de redução
de custos na manufatura. O mesmo não ocorre na logística, em que tais oportunidades
são enormes. Essa realidade torna a melhoria na logística tão importante para a
estratégia corporativa quanto a melhoria na manufatura e no marketing.
Para ERNST os desafios da logística e operações globais demandam novas
respostas. Pesquisadores continuam a criar novos modelos gerencias baseados na
aplicação de conceitos como deslocalização, modularização, diferenciação postergada e
postergação. A deslocalização (delocalization) refere-se à pratica de adicionar valor a um
produto em diferentes locais mais próximos ao cliente. A modularização necessita de uma
mudança no projeto do produto para acomodar esse processo. A diferenciação
postergada e a postergação referem-se à customização de pedidos após a demanda ter
sido identificada e registrada.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Empreendedor é a pessoa que consegue fazer as coisas acontecerem, pois é
dotado de sensibilidade para os negócios financeiros e capacidade, de identificar
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PADI - JUNHO 2014-1
oportunidades. Com esse arsenal, transforma ideias em realidade, para benefício próprio
e para benefício da comunidade, ter criatividade e um alto nível de energia, o
empreendedor demonstra imaginação e perseverança, aspectos que, combinados
adequadamente, o habilitam a transformar uma ideia simples e mal estruturada em algo
concreto e bem-sucedido no mercado.
REFERÊNCIA BOLLOU, Ronald H. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos/ Logística Empresarial,
Porto Alegre: Bookman, 2006.
NOVAES,Antonio G. Gerenciamento da Cadeia de Distribuição. Rio de Janeiro:
Elsevier ,2007.
O’BRIEN, James A. Sistema de informação e as decisões gerenciais na era da internet. São Paulo: Saraiva,2006.
28 - ÉTICA NA NEGOCIAÇÃO: NATUREZA MORAL E PROFISSIONLISMO
Cléa da Silva Vitória¹; Alessandra de F. M Fernandes¹;
Karine Soares de Freitas¹; Marcos Alexandre de Castro Lima¹;
José Luís Tamekichi Osawa ²; RESUMO A ética de um negociador irá depender de algumas questões pessoais, tais como a formação filosófica e religiosa do negociador, sua experiência, formação, valores pessoais, dentre outros aspectos importantes. Porém, mesmo os padrões já esperados de certo e errado variam bastante de pessoa para pessoa. Sendo assim, o estudo da ética é o resultado do estudo da moralidade humana. Enfatizamos neste trabalho, os benefícios que a ética no processo de negociação traz, onde as empresas e os empresários estão sempre buscando mais alternativas de negócios lucrativos e duradouros.
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
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Palavras - Chave: Ética; Moral; Negociação; Relacionamento; Vantagem.
1 Graduandos do Curso de Logística das Faculdades Integradas do Vale do Ribeira (FVR), Registro, SP. ² Graduado em Ciências Econômicas (UEPG). Especialista em Administração de Empresas (FVR). Professor das Faculdades Integradas do Vale do Ribeira. Proprietário Lojas de Variedades.
INTRODUÇÃO
A negociação é o processo de comunicação com o propósito de atingir um acordo
agradável sobre diferentes ideias e necessidade ela é voltada para satisfazer ambas as
partes. Um bom negociador sabe avaliar rapidamente e ser sensível à identificação de
uma situação. Ética é a ciência dos costumes dos atos humanos, nada mais é que um conjunto
de práticas morais de uma determinada sociedade, ou então os princípios que orientam
essas práticas. Em qualquer negociação, temos expectativas de comportamento, onde a
ética e a moral operam juntas sem ocorrer conflitos entre elas.
Como a negociação normalmente é parte de um processo competitivo, no qual as
partes estão competindo, por recursos escassos e para conseguirem o melhor acordo
possível, elas frequentemente estão dispostas a se mover, de um comportamento
honesto, para um tipo de comportamento que se pode considerar como desonesto,
dependendo, evidentemente no ponto de vista de quem o avalia. Naturalmente, tanto as
regras de comportamento como os juízos sobre o bem e o mal, o certo e o errado, o justo
e o injusto, o virtuoso e o vicioso, o legítimo e o ilegítimo, são socialmente
convencionados e partilhados.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Martinelli (2009, p. 175) enfatizou “Alguns pontos fundamentais, porém, devem ser
considerados: embora os padrões éticos possam divergir muito de povos para povos e de
pessoas para pessoas, há alguns aspectos básicos que se sobrepõem a eles,
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principalmente no que se refere a questões morais e padrões de comportamento, dentre
outros”.
Ashley (2005, p 5) “A moral pode ser vista como um conjunto de valores e regras
de comportamento que as coletividades, sejam elas nações, grupos sociais ou
organizações, adotam por julgarem corretos e desejáveis.
Ela abrange as representações imaginárias que dizem aos agentes sociais o que
se espera deles, que comportamentos são bem–vindos, que é a melhor maneira de agir
coletivamente, o que é o bem e o vício”.
Para Arruda (2005, p.148) “A ética estuda as ações do homem em relação à sua
moralidade, isto é, julga se são boas ou más.
Diz respeito, portanto, não aos fins próximos do homem, como comprar uma casa
ou um carro, ou estudar tal curso universitário, ou trabalhar e, determinada empresa, mas
ao fim último, isto é, se essas ações contribuem ou não para a sua finalidade essencial
Portanto Martinelli (2009, p.185) “Para se pensar em questão ética, seria
importante analisar por que surgem os comportamentos anti-éticos.
Tem-se muitas dimensões do comportamento humano e o sistema das empresas
muitas vezes motiva condutas anti–éticas.(1980, em Lewicki & Litterer, 1985:316) sugere
quatro delas: Lucro, competição, justiça e propaganda”.
Neste Contexto Ashley (2005, p.7) “A responsabilidade social corporativa é a
característica que melhor define esse novo ethos .
Em resumo, está se tornando hegemônica a visão de que os negócios devem ser
feitos de forma ética, obedecendo a rigorosos valores morais, de acordo com
comportamentos cada vez mais universalmente aceitos como apropriados.
2.1 NEGOCIAÇÃO
Para (Saner, 2004), naturalmente, todos nós temos uma ideia do que seja
negociação, mas será que sabemos realmente do que se trata? É claro que não e fácil
definir um conceito tão amplo.
Nenhuma definição isolada daria conta de todos os seus aspectos, por que seria
necessariamente incompleta ou demasiado genérica. Todos nós já estivemos envolvidos
em várias formas de barganha em algum momento da vida.
Como quase tudo pode ser negociado, todo mundo tem uma ideia diferente do que
o termo significa. Cada definição, no entanto, terá importantes aspectos em comum, que
servirão como ponto de partida.
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A negociação e um processo no qual duas ou mais partes buscam um acordo para
determinar o que cada uma delas deverá dar ou ganhar, ou fazer e receber, numa
transação entre elas.
2.2 SÃO PONTOS IMPORTANTES DA DEFINIÇÃO DE NEGOCIAÇÃO
Duas ou mais partes;
Interesses convergentes e divergentes;
Relacionamento voluntário;
Distribuição ou troca de recursos tangíveis ou intangíveis;
Processo sequencial e dinâmico;
Informação incompleta;
Valores e posições possíveis de mudança se afetados por persuasão ou
influencia.
Muitos pesquisadores e negociadores contribuíram para a compreensão do que
seja negociação. Pelos pontos destacados acima, podemos perceber que existem muitas
abordagens possíveis.
Se partirmos da premissa de que uma melhor compreensão poderá mudar nossa
atitude com relação à negociação e com a pratica aperfeiçoar nosso comportamento.
2.3 ETAPAS DA NEGOCIAÇÃO BASEADA EM PRINCÍPIOS
Fisher & Ury (1985) citado por (Martinelli & de Almeida, 2009) chamam esse
método de “negociação baseada em princípios”. Para os autores citados, as quatro
proposições da negociação baseada em princípios são fundamentais; elas compreendem
desde o momento em que se começa a pensar na negociação ate o momento em que se
chega a um acordo. Esse período pode ser dividido em três etapas: analise planejamento
e discussão.
Na fase de análise, faz-se diagnóstico da situação, colhendo – se informações,
organizando-as e ponderando-se sobre elas.
Deve-se então separar o problema das questões pessoais, identificar os interesses
de ambas as partes envolvidas, selecionar as possíveis opções já encontradas e,
finalmente, identificar os critérios objetivos para se estabelecer o acordo.
No estágio de planejamento procura-se gerar ideias e decidir o que fazer, sempre
lidando com os quatro elementos básicos.
209
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PADI - JUNHO 2014-1
Assim, verifica-se de que modo pode lidar com os problemas das pessoas; quais
são os interesses mais importantes a serem atendidos; que objetivos são efetivamente
realistas; como gerar opções adicionais, bem como de que forma definir critérios objetivos
para depois se poder decidir entre eles.
Na fase de discussão em que as partes de comunicam entre si para atingir um
acordo novamente os quatro elementos são os mais adequados.
As diferenças de percepção, os sentimentos de frustração e raiva e as dificuldades
de comunicação podem ser reconhecidos e abordados.
Cada um dos lados deve compreender os interesses do outro depois, ambos gerar
opções que sejam mutuamente vantajosas e encontrar padrões objetivos que conciliem
os interesses opostos.
3 Tomada de decisões éticas
Segundo Martinelli e Almeida (2009), os administradores têm dificuldades para lidar
com questões relacionadas ao aspecto ético. Quando os administradores se defrontam
com escolhas éticas, eles podem beneficiar-se de um enfoque normativo para guiar sua
tomada de decisões. O enfoque normativo é baseado em normas de valores, podendo
utilizar diferentes perspectivas para descrever valores que orientem o processo de
tomada de decisões. Entre esses critérios que orientam a tomada de decisões éticas,
estão:
a) Enfoque utilitário. É o conceito ético de que comportamentos morais produzem o
maior bem, para o maior número de pessoas. b) Enfoque individualista. Trata-se do conceito de que as ações são morais, caso elas
promovam o interesse individual, em termos de longo prazo.
c) Enfoque moral. Parte do princípio de que os seres humanos têm direitos e liberdades
que não podem ser ultrapassados por decisões individuais. Assim, as decisões morais
seriam aquelas que mantêm os direitos daquelas pessoas afetadas por essas
decisões. d) Enfoque de justiça. Considera que as decisões morais devem ser baseadas em
padrões de qualidade, probidade e imparcialidade.
4 COMUNICAÇÃO NO PROCESSO DE NEGOCIAÇÃO
210
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PADI - JUNHO 2014-1
Segundo (Martinelli & de Almeida, 2009) a negociação requer comunicação entre
as partes, independente de quão imperfeito os canais os canais podem ser na realidade.
Uma falha na comunicação efetivamente pode tornar mais difícil o processo de se
obter um acordo.
Há situações nas quais uma parte pode realmente alegar que a falha da outra na
comunicação e uma ação deliberada para dificultar o processo de se atingir um acordo.
Negociações diplomáticas são o melhor exemplo desse tipo de alegações.
Para um bom relacionamento no trabalho, comunicação assume importância
fundamental. Um processo de comunicação pode levar a mal intendidos, conversas
inúteis, pensamentos superficiais e, ao final, a resultados insatisfatórios.
A comunicação e um canto extremamente amplo que possui direta e indiretamente
muitos aspectos importantes para o desenvolvimento de um bom relacionamento.
Assim, a preocupação de superar as barreiras encontradas deve estar presente em
um bom processo de comunicação, buscando-se encontrar estratégias construtivas para
aperfeiçoar a comunicação contribuindo dessa forma, para melhorar o relacionamento e
resolver os problemas que surgem no dia a dia.
Muitas pessoas medem a qualidade do relacionamento pela qualidade da
comunicação.
A maneira como as pessoas se comunicam e é sinal evidente da natureza do
relacionamento: o tom de voz, a maneira como se dirige ás outras pessoas, seja em
termos verbais ou por escrito, são indicadores evidentes do tipo de relacionamentos
existente.
A comunicação, porem e algo extremamente complexo. As pessoas se comunicam
através de cada gesto, movimento, ação, ou mesmo omissão, muitas vezes inclusive de
maneira inconsciente.
Um silêncio rápido pode ter um determinado significado, enquanto um novo período
de silencio pode ter um sentido totalmente diferente.
A boa comunicação não deve necessitar de uma amizade já existente ou contato
anterior já estabelecido.
A comunicação efetiva com aqueles com os quais se tem discordâncias
fundamentais pode ser mais difícil, porém provavelmente, será mais importante do que
aquela com as pessoas com quem há uma identificação melhor.
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A comunicação pode ser considerada o coração processo de negociação. Sem a
comunicação, a negociação não seria nada mais do que uma serie de lances e ofertas
entre as partes.
Não haveria informações adicionais para dar um suporte a um lance ou a uma
oferta, nem haveria informações para justificar por que esse lance ou oferta seria
inaceitável. Sem mais informações não existiriam razões a não ser a passagem de tempo,
para as partes fazerem concessões. Em suma, não haveria negociação.
5 QUESTÃO ÉTICA E QUESTÃO LEGAL
Para (Martinelli & de Almeida, 2009) a ética é uma questão importante nas
negociações. Como a negociação normalmente é parte de um processo competitivo, no
qual as partes estão competindo, por recursos escassos e para conseguirem o melhor
acordo possível, elas frequentemente estão dispostas a se mover, de um comportamento
honesto, para um tipo de comportamento que se pode considerar como desonesto,
dependendo, evidentemente no ponto de vista de quem o avalia.
Há muita discussão quanto ate que ponto se está agindo de maneira ética ou não
em uma negociação. Por exemplo, quando alguém pergunta ate que limite se pode
chegar em uma negociação, e não se diz a ele o verdadeiro limite, para ter maior espaço
de barganha, até que ponde esse comportamento pode ser considerado ético e quando
ele passa a ser antiético? Evidentemente isso depende muito dos valores das pessoas
envolvidas na negociação e no ambiente no qual elas estão inseridas.
As questões éticas e legais têm certas sobreposições e, às vezes, também certos
conflitos.
Segundo Ferreira (1986) citado por (Martinelli & de Almeida, 2009), a ética refere-
se à conduta humana suscetível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, mais
relacionado com aspecto moral; enquanto o legal é relativo a lei, regulamentação, ordem.
Em termos éticos, não há normalmente, nenhum padrão formal nem nenhuma
declaração escrita que sirva como modelo para os negociadores, ao contrario daquilo que
acontece em relação ao aspecto legal.
Nem mesmo códigos de ética ainda que informais, costumam ser feitos pelos
grupos, embora já haja certa tendência a fazer-se isto de maneira mais formal em alguns
grupos ou comunidades, de acordo com a maior importância assumida pela questão ética,
tanto as empresas quanto no relacionamento entre as pessoas de um modo geral.
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A ética de um negociador irá depender de algumas questões pessoais, tais como a
formação filosófica e religiosa do negociador, sua experiência, formação, valores
pessoais, dentre outros aspectos importantes.
Porém, os padrões já esperados de certo e errado variam bastante de pessoa para
pessoa. Por exemplo, negociadores que se utilizam de uma estratégia competitiva na
negociação, não acreditam ser muito valida uma postura de muita abertura e franqueza
com o oponente, ao contrário daquilo que pensam os negociadores que se utilizam de
uma estratégia colaborativa.
Para Cohen (1980:13), citado por Martinelli e Almeida (2009:23), Negociação é um
campo de conhecimento e empenho que visa à conquista de pessoas de quem se deseja
alguma coisa.
Martinelli e Almeida (2009) completam que, quando Cohen cita “... a conquista de
pessoas de quem se deseja alguma coisa”, está implícito o interesse de conseguir algo da
outra parte.
Assim, nota-se certo interesse em conduzir a negociação para um lado que
proporcione ganhos ou vantagens específicas às custas de prejuízo da outra parte,ou
seja, aparentemente estar-se-ia encaminhando para uma negociação ganha-perde.
Porém, poderia haver implícito no raciocínio, um objetivo de se conduzir a
negociação para uma situação vantajosa para ambas as partes envolvidas. Assim,
estaríamos levando para uma negociação ganha-ganha, procurando atender às
necessidades de ambas as partes.
Daft (1991), citado por Martinelli e Almeida (2009), define ética como “um código de
princípios e valores morais que governam o comportamento de uma pessoa ou grupo,
com respeito ao que é certo ou errado”.
Nesse contexto, Martinelli e Almeida (2009) concluem que, em termos técnicos,
não há, normalmente, nenhum padrão formal nem nenhuma declaração escrita que sirva
como modelo para os negociadores.
A ética de um negociador irá depender de algumas questões pessoais, tais como a
formação filosófica e religiosa do negociador, sua experiência, formação, valores
pessoais, e outros aspectos. Porém, mesmo os valores mais comuns de certo e errado
variam de pessoa para pessoa.
Martinelli e Almeida (2009) dizem que algumas pessoas acreditam ser aceitável
utilizar táticas que enfatizem em excesso os aspectos positivos do produto da negociação,
ao mesmo tempo em que minimiza os pontos negativos do mesmo. Por exemplo, na
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venda de um carro usado, alguns negociadores podem achar adequado destacar
excessivamente todos os aspectos positivos do veículo e não citar os possíveis
problemas que podem ocorrer.
Dependendo de seus valores e de sua maneira de agir e pensar, alguns
negociadores podem considerar essa postura como ética, já outros, com outro tipo de
formação, podem considerá-la como ética.
Martinelli e Almeida (2009) concluem que, estas e outras questões são delicadas, e
suas respostas dependem de cada situação e negociador. Porém, pode-se afirmar que o
bom-senso, as habilidades e os estilos podem auxiliar no desenvolvimento da negociação
dentro dos moldes éticos e legais da sociedade.
5.1 Fatores que afetam as decisões éticas
Martinelli e Almeida (2009) afirmam que entre os fatores que afetam as decisões
éticas, estão os gerentes e a organização.
Gerentes
Os gerentes trazem à função que desempenham traços de comportamento
específicos. Características pessoais e doutrinas adquiridas ao longo da vida
podem capacitar os gerentes a tomar decisões éticas.
Organização
As organizações têm uma responsabilidade social perante sua comunidade.
Refere-se à obrigação da administração da empresa de tomar decisões e ações
que irão realçar o bem-estar e os interesses tanto da sociedade quanto da
organização.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Concluímos que a ética é importante e não se limita a uma determinada
situação, profissão ou qualquer outra coisa. A ética é de fundamental importância
nas relações humanas, em qualquer campo, em qualquer momento.
No processo da negociação, a comunicação é essencial , pois é através da das
informações recebidas ao se comunicar que se estabelecerá as decisões.
As pessoas podem apresentar diferentes tipos de comportamento durante o
processo de negociação, sendo que estes podem ser conflitantes por diferenças de
interesses conhecidas como conflito, neste ponto é importante compreender que o conflito
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representa apenas pontos de divergências entre as partes, sendo que estes pontos
podem ser superados com eficiência .
Um bom negociador, precisa saber ouvir e entender o outro lado, assim como
ponderar sobre as vantagens e desvantagens que estão sendo concedidas.
REFERENCIAS Martinelli, D. P. Negociação: como transformar confronto em cooperação: São Paulo:
Atlas, 2009.
Ashley, P. A. – Ética e responsabilidade social nos negócios: São Paulo: Saraiva,
2005.
Arruda, M.C. C; Whitaker, M.C; Ramos, J. M. R. Fundamentos de ética empresarial e econômica: São Paulo: Atlas, 2005
29 - ÉTICA NA NEGOCIAÇÃO
Beynur Antenor de Oliveira1; Dayana Boécio Malagutti 1;
Inaiê Aguiar Simão1; José Carlos Martins Neto 1;
Leonardo Martins Navarinski 1; Rodrigo Luiz Barduco Silva1;
Estevam Ticone 1; Jose Luis Tamekishi Osawa²
RESUMO Este texto introduz uma discussão sobre a Ética na negociação, como se deve tratar essa questão, qual sua importância, e até onde seus limites podem ser considerados. Devido a tantos escândalos envolvendo diversas áreas, o tema “ética” está diariamente evidenciado nos noticiários. Com as leis trabalhistas e o surgimento do código do consumidor, estabeleceram-se padrões éticos para as negociações. Iniciaram-se estudos relacionados à teoria ética no campo empresarial, ou seja, um sistema de valores, de tal
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forma que direta ou indiretamente seja uma boa contribuição para o desempenho da própria organização ou negociador sendo de fundamental importância para credibilidade na negociação. Sendo assim, é bom que existem padrões e políticas uniformes, para que todos saibam qual é a conduta adequada e apropriada. Neste sentido o código de ética, resumidamente, é um instrumento que busca a realização dos princípios, visão e missão da empresa. pois a conduta ética das empresas é o reflexo da conduta de seus funcionários. Nesse ponto as boas práticas nas negociações se mostram imprescindíveis como sucesso ou fracasso de muitas instituições. Palavras Chave: Valores. Comportamento Ético. Código de Ética. 1 Graduandos do Curso de Logística das Faculdades Integradas do Vale do Ribeira (FVR), Registro, SP. ² Graduado em Ciências Econômicas (UEPG). Especialista em Administração de Empresas (FVR). Professor das Faculdades Integradas do Vale do Ribeira. Proprietário Lojas de Variedades.
INTRODUÇÃO
O tema “ética” está atualmente em destaque devido aos grandes escândalos em
diversas áreas, como política e economia; também está sendo muito discutido, pois os
consumidores estão cada vez mais exigentes, não analisando na hora da compra apenas
o custo/benefício dos produtos, mas também se a atuação da empresa é positiva na
comunidade da qual está inserida; assim a ética na negociação vem sendo aplicada nos
diferentes tipos de organizações, sendo uma forma das mesmas honrarem os
compromissos assumidos com todos seus stakeholders . Desta forma, as empresas
compreendem princípios e padrões que as orientem no comportamento no mundo dos
negócios fazendo com que as mesmas, juntamente com seus integrantes se desenvolvam
em uma conduta de ética, transformando seus valores e convicções como parte de sua
cultura.
A relação entre empresa e cliente, vem sendo responsável pela sobrevivência ou
pelo fracasso de muitas instituições em nosso país. Portanto, a ética profissional, tem
como objetivo maior o relacionamento do profissional com seus clientes e com outros
profissionais, levando em conta valores como dignidade humana, auto realização e
sociabilidade.
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Esses relacionamentos existem porque os seres humanos são sociais, necessitam
do convívio e da aprovação da comunidade ao qual estão inseridos, porém regras são
necessárias; desta forma, para uma melhor compreensão de todos, as empresas
implantam um código de ética, onde deverá ser seguido por todos que de alguma forma
estão ligados à empresa.
Sabendo que, manter-se atraente no mercado sempre foi um desafio às organizações,
preservar a imagem organizacional é indispensável para manter esta atratividade.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 SURGIMENTO DA ÉTICA NAS EMPRESAS
Estabelecendo-se principalmente no século XX, as maiores mudanças foram
acontecendo especialmente a partir dos anos 1950, pois surgiram as leis trabalhistas
em vários países, inclusive no Brasil. Em 1960, a religião interferia, pois pregava a
moralidade nos negócios, os valores humanistas e a luta contra a pobreza, fazendo com
que John Kennedy criasse junto a “Consumer´s Bill of Right”, o código do consumidor.
Filósofos, sociólogos e estudiosos de outras áreas, iniciaram estudos relacionados
à teoria ética ao campo empresarial em 1970. A segurança de produtos, a preservação do
meio ambiente, subornos e a publicidade enganosa ganhou destaque durante este ano.
ARRUDA, WHITAKER E RAMOS (2003) dizem que "O ensino da Ética em
faculdades de Administração e negócios tomou impulso nas décadas de 60 e 70,
principalmente nos Estados Unidos, quando alguns filósofos vieram trazer sua
contribuição".
Professores universitários, que se dedicaram ao ensino da Ética nos negócios em
faculdades de administração, se destacaram na década de 1980, devido aos programas
de MBA – Master of Business Administration.
ARRUDA, WHITAKER E RAMOS (2001), afirmam que a participação de
trabalhadores em conselhos de administração na Alemanha, e os estudos sobre ética nos
negócios realizados por Baumhart nos Estados Unidos marcaram um período de
ascensão das discussões sobre Ética no mundo empresarial, alavancando esta reflexão
em âmbito internacional. Este movimento propiciou o surgimento, na década de 90, de
redes acadêmicas como a Society for Business Ethics nos EUA, e a EBEN – Europa
Business EthicsNetwork. As reuniões anuais destas associações permitiram avançar nos
estudos da Ética, tanto conceitualmente quanto em sua aplicação às empresas.
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
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Entretanto, no final da década de 90, alguns desafios puderam ser identificados.
Segundo Enderle e Solomon (2001), “alguns temas específicos de Ética Empresarial se
delinearam, como um foco de preocupação internacional, nesse fim de década e de
século: a corrupção, a liderança e as responsabilidades corporativas”.
A partir de então, surgem algumas ONG’s (Organizações não Governamentais)
tendo como papel, a importância no desenvolvimento econômico, social, e cultural de
todos e cada um dos países.
No Brasil, a Escola Superior de Administração de Negócios, fundada em 1941,
iniciou o ensino da ética nos cursos de graduação desde seu início. Já em 1992, o MEC
(Ministério da Educação e Cultura) sugeriu formalmente que todos os cursos de
administração, em nível de graduação e pós-graduação, incluíssem a disciplina de ética
em seu currículo.
2.2 COMPORTAMENTO ÉTICO
O comportamento ético tem dois componentes importantes que afetam a maneira
das pessoas agiram. O domínio da legislação, que contém os princípios éticos
estabelecido por lei; e por outro lado o domínio da livre escolha. A condição social de todo
o ser livre fazer as suas escolhas e de agir da melhor maneira que lhe convier. Ao fazer
suas opções éticas os indivíduos devem considerar questões impostas pela coletividade,
definindo regras básicas de comportamento como exigências municipais, estaduais etc.
De outra forma, a pessoa tem total liberdade para fazer certos tipos de escolha em sua
vida pessoal. O ponto intermediário conta com limitações do tipo dos padrões de conduta
baseados em princípios e valores que devem ser compartilhados com toda coletividade.
Entretanto a decisão quando ao ponto a ser definido pelas pessoas é extremamente
difícil, pois os valores de cada um podem ser extremamente diferentes. Segundo
LEWICKI E LITTERER (1985), fraude e disfarce são palavras comuns em negociação,
podendo assumir diferentes formas, tais como: Adulteração de uma posição perante o
oponente; Blefe; Falsificação; Fraude e Exposição seletiva ou adulteração de elementos.
Como resultado de sua possível decisão de empregar uma tática antiética, o negociador
terá conseqüências positivas ou negativas. Essas ocorrerão, dependendo se as táticas
foram trabalhadas ou não, e da estratégia de influência global. Todavia pode levar ao
negociador a ser tendencioso, mesmo sem querer, diminuindo de forma progressiva sua
habilidade de julgamentos, desta forma gerando falta de credibilidade e integridade. Sob o
ponto de vista do negociador, a principal motivação para utilizar um comportamento
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antiético é para aumentar o poder de controle. Algumas das justificativas mais comuns
para este comportamento, segundo LEWICKI E LITTERER, (1985) são: A tática não podia
ser evitada; a tática era ofensiva; a tática irá ajudar a evitar conseqüências negativas; a
tática irá produzir conseqüências positivas e a tática é apropriada para aquela situação.
De acordo com MARTINELLI E GHISI (2006), algumas das principais habilidades
dos bons negociadores são: Concentrar-se nas Idéias: Os bons negociadores sabem
aquilo que querem, e conseguem manter as discussões em pontos que contribuíram para
solucionar o conflito e alcançar o acordo desejado. Colocar-se no lugar da outra parte:
Saber se colocar no lugar da outra parte, com a qual está negociando, o como diriam os
atores americanos “calçar os sapatos do outro", é um dos grandes diferenciais dos bons
negociadores. Com essa habilidade o negociador consegue entender melhor as posições
do outro lado, além de avaliar melhor objetivos com a negociação. Muitas vezes se
colocar no lugar da outra parte é uma habilidade que exige treino, pois quanto mais difícil
se torna a negociação, maior a tendência de nos prendermos as nossas posições,
cometendo um segundo erro em negociação que é a falta de flexibilidade. Apresentar propostas concretas: Quando estamos no meio de uma negociação, temos que
apresentar nossas propostas de maneira clara e objetiva. Jogar com vários tópicos para
ver se ganhamos em algum, só vai diminuir a paciência da outra parte, e gerar
desconfiança com relação a nossa atuação. Precisamos apresentar propostas concretas,
que obedeçam os limites impostos pela outra parte, e se for o caso, saber dizer não de
maneira clara, porém sempre educada. Conhecer os próprios limites é fundamental para
que possamos estruturar a nossas propostas de forma mais concreta. Saber Falar e
Ouvir: este é um ponto que boa parte dos negociadores precisa desenvolver. Como
brasileiros, culturalmente temos o hábito de falar mais e ouvir menos. Nesse cenário, é
muito comum acreditar que bons negociadores são pessoas que sabem falar bem e
convencer o próximo a ceder. Também é comum negociadores inexperientes entrarem
para uma negociação tão focado nos argumentos pré-estabelecidos, que não conseguem
se concentrar no que a outra parte está falando. Este é um grande erro, pois quando a
outra parte fala, ela dá dicas, sinaliza por meio de palavras, expressões, entonação de
voz, reação corporal qual o caminho a negociação está tomando. O bom negociador é
capaz de captar estes sinais e usá-los a seu favor durante a negociação. Separar os relacionamentos pessoais dos interesses: essa habilidade, normalmente, é mal
interpretada pelos negociadores, na justificativa que é impossível negociar sem
estabelecer um bom relacionamento. No entanto, não é essa a interpretação dessa
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habilidade. O que os bons negociadores devem fazer é saber separar o bom
relacionamento que tem com algumas pessoas, com os negócios que são realizados.
Isso, pois, nem sempre o objetivo de um dos lados poderá ser satisfeito pelas condições
ofertadas pela outra parte. Um exemplo disso é uma situação em que o comprador tem
duas ofertas – empresa A e empresa B – (de produtos iguais) sendo uma (empresa A)
muito mais barata do que a outra (empresa B) e naquele momento o seu orçamento está
restrito, o que sinaliza que ele deverá fechar o negócio com a empresa A, que apresenta
a menor proposta em valor. Assim, mesmo que o outro lado (empresa B) justifique a
possibilidade de fechar o acordo em função do relacionamento existente entre as partes,
o mais adequado para o comprador é fechar negócio com o vendedor que tem o preço
mais barato. O que não pode acontecer nessa situação é a quebra do relacionamento já
estruturado entre as partes comprador e empresa A, somente por que um acordo não foi
fechado.
2.3 CÓDIGOS DE ÉTICA
Toda organização precisa estabelecer um sistema de valores, de tal forma que
direta ou indiretamente seja uma boa contribuição para o desempenho da própria
organização.
Para os autores ARRUDA, WHITAKER E RAMOS (2003), esses valores podem
coincidir ou conflitar com os valores individuais de cada pessoa. Sendo assim, é bom que
existem padrões e políticas uniformes, para que todos saibam qual é a conduta adequada
e apropriada. Desta forma, o código de ética, resumidamente, é um instrumento que
busca a realização dos princípios, visão e missão da empresa.
Segundo ARRUDA, WHITAKER E RAMOS, (2003) “os códigos de ética não têm a
pretensão de solucionar os dilemas éticos da organização, mas fornecer critérios ou
diretrizes para que as pessoas encontrem formas éticas de se conduzir."
Os códigos de ética podem desta maneira, servir como uma ponte entre as
relações dos empregados entre si com o restante da empresa, ou seja, os stakeholders.
Eles servem para orientar as ações de seus colaboradores e explicitar a postura social da
empresa, de acordo com os diferentes públicos com os quais interage. Neles são
abordados alguns tópicos importantes, como por exemplo: conflitos de interesse, conduta
ilegal, segurança dos ativos da empresa, honestidade nas comunicações dos negócios da
empresa, denuncias, suborno, entretenimento e viagem, propriedade de informação,
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contratos governamentais, responsabilidade de cada stakeholders, assédio profissional,
assédio sexual, uso de drogas e álcool.
Desta maneira o código de ética, além de possibilitar um trabalho harmonioso,
serve também como proteção dos interesses públicos e dos profissionais, que contribuem
de alguma forma para a organização, os stakeholders, conforme cita os autores
ARRUDA, WHITAKER E RAMOS, (2003). Sendo assim, para definir sua ética, e sua
forma de atuar no mercado, cada empresa precisa saber o que deseja fazer e o que
espera de cada um dos funcionários, pois a conduta ética das empresas é o reflexo da
conduta de seus funcionários.
2.4 ÉTICA NAS VENDAS
Segundo ARRUDA, WHITAKER E RAMOS (2003) vender exige grande força de
persuasão, influenciando comportamentos e atitudes, o problema é que a área de compra
e venda é muito vulnerável às ações antiéticas como mentira, maledicência de
concorrentes, oferecer comissão ao comprador, espionagem e manipulação.
AMÔEDO (2007) diz que a mentira se dispõe de diversas formas, algumas são a
mentira cabal, a meia verdade, a omissão e o exagero; a mentira cabal é antiética, além
de ser ilegal; a meia verdade mesmo podendo ser totalmente verdadeira, nunca será uma
verdade inteira; a omissão quando relevante pode causar danos aos clientes também
sendo antiética e o exagero deve ser cuidadosamente utilizado para evitar comprometer a
credibilidade do vendedor. Já a manipulação que consiste em encobrir, iludir, omitir,
induzir ou condicionar o cliente.
Na maioria das vezes, os vendedores antiéticos massacram os vendedores que
agem eticamente, porém escândalos recentes de empresas no qual o objetivo é o lucro a
qualquer custo, está ajudando os compradores a mudarem sua percepção às essas
práticas antiéticas. De acordo com ALENCASTRO, (2010) uma negociação obscura é
pouco produtiva e gasta tempo e energia desnecessários, comprometendo a relação de
confiança entre empresa-cliente; quando o vendedor busca trabalhar com transparência,
passando as informações ao cliente com clareza, não omitindo dados que são
necessários à decisão de compra, nem ludibriando o cliente, cria-se uma fidelização do
cliente para com a empresa,assim a confiança passa a ser um grande diferencial
competitivo.
A ética em vendas pode ser entendida como os padrões utilizados para avaliar se o
comportamento do profissional de vendas é certo ou errado, bom ou mau, justo ou injusto.
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Muitas são as situações recorrentes na arena comercial que levam o vendedor
consciente a um dilema moral. Alguns exemplos:
1. Propina. É a oferta de algo de valor ao comprador com objetivo de influenciar seu
julgamento ou sua conduta. Ao utilizar este expediente uma vez, como forma de acessar
um novo cliente, incorre-se no risco – quase uma certeza – de que o procedimento se
repetirá em todos os próximos pedidos. A propina passa a integrar o preço, podendo
comprometer a margem líquida da empresa e até mesmo sua própria comissão.
2. Conluio. Trata-se de acordo, aliança ou combinação com intuito de prejudicar outrem.
O objetivo pode ser evitar a entrada de um novo fornecedor, por exemplo, buscando
desqualificá-lo por questões de preço, prazo ou qualidade, garantindo assim a
manutenção de uma política que perpetue o pedido ao vendedor e a propina ao
comprador.
3. Espionagem. Foi-se o tempo em que espiões camuflavam-se dentro das empresas,
arrombavam portas ou furtavam fórmulas secretas. A contraespionagem virou uma
indústria dos serviços, além de funcionar como uma das estratégias possíveis na política
de BI, ou business intelligence, de algumas organizações. Os segredos corporativos estão
por toda parte: nas lixeiras dos escritórios (daí a invenção das fragmentadoras de papel),
nos relatórios postados sobre a mesa dos executivos e especialmente nos computadores.
Acessar listas de preços, políticas de desconto, mailing de clientes e planos estratégicos,
está a um clique do mouse. Por isso, a segurança de informações tornou-se vital para as
corporações.
4. Conflito de interesses. Esta situação fica caracterizada quando uma negociação é
conduzida de forma a beneficiar o vendedor, mas não a empresa em que trabalha. A meta
de vendas é atingida, a comissão é garantida, mas a rentabilidade do negócio fica
comprometida.
5. Indução ao erro. Aqui presenciamos o profissional que oferece ao seu cliente o
que lhe convém vender, independentemente de atender às necessidades e expectativas.
E isso acontece em dois extremos. Se a disponibilidade financeira do comprador é
limitada, o produto ou serviço ofertado é reduzido ao limite, muitas vezes sem atender à
demanda. Em contrapartida, quando não há restrições orçamentárias, o vendedor impõe
algo muito superior ao desejável, incluindo recursos ou opcionais que jamais serão
utilizados, mas que oneram o valor da negociação.
Diante de todas estas possibilidades, resta ao vendedor uma certeza. Evitar um
conflito ético e pessoal está relacionado aos seus valores e também aos valores da
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organização na qual trabalha. Uma negociação conduzida de maneira lícita, íntegra e
honrada, satisfaz o cliente garantindo uma repetição de compra ou, no mínimo, boas
referências sobre sua conduta profissional e sobre os procedimentos de sua empresa.
Valores são os princípios que guiam o processo decisório e que balizam seu
comportamento no cumprimento de sua missão, sua razão de existir. São seus valores
que lhe indicarão quando usar um dos artifícios apresentados acima – ou como buscar
alternativas aos mesmos capazes de manter você no jogo das vendas.
Lembre-se de que a ética é uma opção fundamentada no bem e na virtude
ALENCASTRO, (2010) afirma que a transparência do vendedor agrega confiança
em si mesmo e também na empresa, o mesmo pode aumentar sua confiabilidade, sendo
previsível, coerente, claro, honesto e cumprindo suas promessas, respeitando sempre os
princípios já consagrados nas boas práticas comerciais:
a. Atuar sempre no âmbito da lei;
b. Manter a qualidade do produto;
c. Evitar produtos que oferecem perigo à saúde e à segurança das pessoas ou ao meio
ambiente;
d. Oferecer atendimento que observe os melhores padrões comerciais (cortesia e boa
vontade);
e. Respeitar a liberdade de escolha do cliente. Ou seja, respeitando o Código de Defesa
do Consumidor (Lei n° 8.078/1990), instrumento que incentiva o desenvolvimento de uma
cultura empresarial que respeite os interesses dos consumidores
2.5 RELAÇÃO EMPRESA-CONCORRÊNCIA
Segundo AMÔEDO (2007) atualmente a relação empresa-concorrência está
amparada pela lei 8884/94 constituída pelas condutas vedadas no relacionamento entre
concorrentes; às empresas que trabalham eticamente cabe defender o princípio da livre
concorrência, evitando assim qualquer acordo que comprometa o cumprimento desse
princípio, um caso muito comum que ocorre atualmente é a padronização de preços em
postos de combustíveis, esses acordos podem ser não somente nos preços, mas também
na oferta ou na disponibilidade de um produto, ou ainda nas condições de venda, entre
outros. O comportamento do vendedor influencia muito na relação com os concorrentes,
pois este pode utilizar-se de mentiras contra a concorrência para fechar a venda, porém
segundo AMÔEDO (2007) um vendedor que trabalha eticamente em relação aos seus
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PADI - JUNHO 2014-1
concorrentes, é transparente e transmite mais confiabilidade quando é criterioso ao falar
do concorrente ou de seus produtos.
ARRUDA, WITHAKER E RAMOS (2003) em sua obra diz que o espírito
construtivo em relação à concorrência não necessariamente leva à venda do produto
concorrente, como alguns interpretam de forma errônea, mas demonstra uma postura
elegante e madura de quem busca satisfazer à necessidade real do comprador, grande
objetivo da função de vendas.
2.7 VENDAS EM CONTEXTO DE PAÍS EM DESENVOLVIMENTO
A venda pessoal é parte essencial do funcionamento da economia de um país, se
conduzida eticamente promove o desenvolvimento do bem comum e do homem,
resultando em uma competitividade responsável. Segundo ARRUDA, WHITAKER E
RAMOS (2007) se a ação de vendas é informar e oferecer ao público produtos e serviços
úteis e desejáveis, com melhor qualidade, constitui efetiva cooperação para o
desenvolvimento. Além disso, auxilia a tomada de decisão prudente dos consumidores e
contribui para o rendimento e redução dos preços. Isso estimula o progresso econômico,
aumenta o volume de negócios, gera empregos, salários mais elevados e melhor
qualidade de vida.
O uso de má-fé ou querer levar vantagem sobre o desconhecimento do cliente em
relação ao produto/serviço ou às condições de compra deve ser abolido para se ter uma
conduta ética, promessas que não poderão ser cumpridas como prazos ou assistência
técnica, ou ainda informações de produtos que não podem ser verificadas trazem
desvantagem ao consumidor e devem ser evitadas em respeito aos mesmos. De acordo
com ARRUDA; WHITAKER; RAMOS (2007) sobre vários aspectos a ética em vendas
ocorre, dentre eles: os motivos apontados pelo vendedor, na veracidade das informações,
na sinceridade sobre as limitações dos produtos ou serviços, no respeito aos
concorrentes e sobretudo à principal função da venda que é suprir a real necessidade do
consumidor em relação ao objeto da venda ou da prestação de serviços.
2.8 FORMAÇÃO DO PERFIL ÉTICO
O profissional ético é uma pessoa preparada técnica e moralmente para exercer
uma função dentro de uma organização ou de forma autônoma, é o que afirma os autores
ARRUDA, WHITAKER E RAMOS (2003).
224
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Vale ressaltar que, antes de fazer parte do quadro de pessoal de uma empresa, é
importante verificar se ela é ética ou não. Os autores acima citados dizem que a
produtividade, o bem-estar e o progresso profissional de uma pessoa, dependem muito do
ambiente ou da cultura da organização em que e para qual ela trabalha. Os presidentes
da empresa, vice-presidentes, ou gerentes gerais, podem influenciar sobre os demais
funcionários, por isso devem fortalecer as normas e diretrizes éticas da empresa, através
de códigos de éticas, programas de ética, manuais e treinamentos. Isto pode
desencadear um processo construtivo de mudança organizacional consciente.
A empresa pouco transparente hoje não pode garantir sua sobrevivência no
mercado, pois a honestidade, a lealdade, a competência são valores muito prezados por
clientes, consumidores e fornecedores.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conclui-se que a ética na negociação, como em qualquer outra ação do ser
humano se faz primordial para que as partes envolvidas se sintam satisfeitas e confiantes,
além de ser um marketing para o vendedor e para a empresa que representa. Ser ético é
uma obrigação de qualquer profissional, ou seja, é um requisito para qualquer
organização que quer se manter e se destacar no mercado. Como a negociação é um
processo competitivo, a ética é uma questão muito importante, pois partes estão em
competição para conseguirem o melhor acordo possível para seu ponto de vista. O
negociador agindo eticamente ganha credibilidade, e consequentemente poderá obter a
fidelização do cliente. Quem nunca se sentiu enganado ao comprar um produto que
prometia mil maravilhas? Ou então ficou incomodado com a atitude de um vendedor que
tentava empurrar coisas? Negociar, vender um produto ou serviço vai muito além de
simplesmente apresentar todas as vantagens e convencer o cliente. Antes de tudo, é
preciso agir com ética. O negociador deve trabalhar com as verdades intrínsecas dos
produtos e serviços, revelando-as com maestria. E ele pode fazer isso identificando os
legítimos sonhos, necessidades e desejos dos clientes. Esses profissionais jamais devem
utilizar a arte da persuasão para distorcer e adentrar o perigoso terreno das ilusões.
Do ponto de vista socioeconômico-cultural, a confiança que o consumidor brasileiro
deposita nos vendedores é das maiores do mundo, não é preciso lembrar que de relações
positivas e bem desenvolvidas por profissionais de vendas surgem espontaneamente
muitos novos negócios.
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REFERÊNCIAS
ALENCASTRO, Luiz Felipe de. O trato dos viventes. São Paulo: Editora da Unesp,
2010.
AMOEDO, Margarida I. A; DIAS, J. M. B; SÁEZ DELGADO, A.. Leituras Críticas, eds.
2007. ARRUDA, M. C., WHITAKER, M. e RAMOS, J. (2003) Fundamentos de ética empresarial e econômica. 2a ed. São Paulo: Atlas, 2010.
ENDERLE, Georges. Apresentação. In ARRUDA, Maria Cecilia Coutinho de; WHITAKER,
Maria do Carmo, RAMOS; José Maria Rodriguez. Fundamentos de ética empresarial e
econômica. São Paulo: Editora Atlas, 2001,
LEWICKI, R. J. & LITTERER, J. A., Negotiation, Irwin Homewood, Illinois.1985
MARTINELLI D. P; GHISI F. A. (Orgs). Negociação: aplicações práticas de uma abordagem sistêmica. São Paulo: Saraiva,2006
30 - ÉTICA NA NEGOCIAÇÃO EMPRESARIAL
Isnaldo Lima da Costa Neto¹;
Osmar Guimaraes¹; Paulo Cesar¹;
Raí Oliveira de Aragão¹; Samuel Alves¹;
Jonathan Bernades¹; José Luís Tamekichi Osawa².
RESUMO O objetivo deste estudo é efetuar uma análise sobre a ética durante o processo de negociação, e a importância da conduta ética no processo. A ética é sempre lembrada quando falamos em negociação, o texto aborda como se deve tratar essa questão, qual sua importância, e até onde seus limites podem ser considerados. A negociação é um
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processo competitivo, e por isso a ética é uma questão muito importante, pois partes estão em competição para conseguirem o melhor acordo possível para seu ponto de vista. Neste ponto existe a discussão quanto até que ponto está se agindo de mineira ética ou não. Isso depende muito dos valores e ambiente das pessoas envolvidas. Palavras-Chave: Ética, Negociação, Comunicação. 1 Graduandos do Curso de Logística das Faculdades Integradas do Vale do Ribeira (FVR), Registro, SP. ² Graduado em Ciências Econômicas (UEPG). Especialista em Administração de Empresas (FVR). Professor das Faculdades Integradas do Vale do Ribeira. Proprietário Lojas de Variedades.
INTRODUÇÃO
As negociações ocorrem em todos os níveis e tipos de organizações. Seja
internamente, negociando recursos com os trabalhadores ou diferentes departamentos
funcionais, seja externamente, negociando contratos ou parcerias com clientes,
fornecedores ou bancos, o sucesso das diferentes negociações terá sempre um impacto
decisivo no desempenho da empresa
A ética é percebida em uma sociedade como um conjunto de valores, sendo que
estes definem o que é certo ou errado em busca do bem estar social. Considera-se ainda
que haja uma relativa diferença entre os conceitos sobre ética, moral e legal. A ética pode
ser definida como um conjunto de valores e filosofias que norteiam as decisões para o
convívio sustentável das pessoas e organizações. E está presente também no processo
de negociação dentro das empresas, onde ser ético ou não, é o um fator de suma
importância no mercado atual, podendo fazer toda a diferença.
Quando as negociações contêm elementos competitivos, os negociadores podem
sentir-se tentados a usar um conjunto de tácticas negociais que lhes permitam ganhar
vantagem numa determinada fase do processo negocial. Mas que tácticas são
consideradas eticamente aceitáveis e quais as que são consideradas reprováveis e
mesmo desonestas? Será que todos negociadores reconhecem a aceitabilidade ética às
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
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mesmas tácticas? Será que as suas percepções são influenciadas pelas suas
características pessoais ou dependem da situação e da outra parte?
É importante considerar que o sucesso ou o fracasso de uma organização pode
estar ligado ao comportamento ético da mesma e dos seus funcionários.
1. NEGOCIAÇÃO
Para (Saner, 2004), naturalmente, todos nós temos uma ideia do que seja
negociação, mas será que sabemos realmente do que se trata? É claro que não e fácil
definir um conceito tão amplo. Nenhuma definição isolada daria conta de todos os seus
aspectos, por que seria necessariamente incompleta ou demasiado genérica. Todos nós
já estivemos envolvidos em várias formas de barganha em algum momento da vida.
Como quase tudo pode ser negociado, todo mundo tem uma ideia diferente do
que o termo significa. Cada definição, no entanto, terá importantes aspectos em comum,
que servirão como ponto de partida.
A negociação e um processo no qual duas ou mais partes buscam um acordo
para determinar o que cada uma delas devera dar ou ganhar, ou fazer e receber, numa
transação entre elas.
1.1 São pontos importantes da definição de negociação
Duas ou mais partes;
Interesses convergentes e divergentes;
Relacionamento voluntário;
Distribuição ou troca de recursos tangíveis ou intangíveis;
Processo sequencial e dinâmico;
Informação incompleta;
Valores e posições possíveis de mudança se afetados por persuasão ou
influencia.
Muitos pesquisadores e negociadores contribuíram para a compreensão do que
seja negociação. Pelos pontos destacados acima, podemos perceber que existem muitas
abordagens possíveis. Se partirmos da premissa de que uma melhor compreensão
poderá mudar nossa atitude com relação à negociação e com a pratica aperfeiçoar nosso
comportamento.
1.2 Etapas da negociação baseada em princípios.
228
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Fisher &Ury (1985) citado por (Martinelli & de Almeida, 2009) chamam esse
método de “negociação baseada em princípios”. Para os autores citados, as quatro
proposições da negociação baseada em princípios são fundamentais; elas compreendem
desde o momento em que se começa a pensar na negociação ate o momento em que se
chega a um acordo. Esse período pode ser dividido em três etapas: analise planejamento
e discussão.
Na fase de análise, faz-se diagnóstico da situação, colhendo – se informações,
organizando-as e ponderando-se sobre elas. Deve-se então separar o problema das
questões pessoais, identificar os interesses de ambas as partes envolvidas, selecionar as
possíveis opções já encontradas e, finalmente, identificar os critérios objetivos para se
estabelecer o acordo.
No estágio de planejamento procura-se gerar ideias e decidir o que fazer, sempre
lidando com os quatro elementos básicos. Assim, verifica-se de que modo pode lidar com
os problemas das pessoas; quais são os interesses mais importantes a serem atendidos;
que objetivos são efetivamente realistas; como gerar opções adicionais, bem como de
que forma definir critérios objetivos para depois se poder decidir entre eles.
Na fase de discussão em que as partes de comunicam entre si para atingir um
acordo novamente os quatro elementos são os mais adequados. As diferenças de
percepção, os sentimentos de frustação e raiva e as dificuldades de comunicação podem
ser reconhecidos e abordados. Cada um dos lados deve compreender os interesses do
outro depois, ambos gerar opções que sejam mutuamente vantajosas e encontrar
padrões objetivos que conciliem os interesses opostos.
2. COMUNICAÇÃO NO PROCESSO DE NEGOCIAÇÃO
Segundo (Martinelli & de Almeida, 2009) a negociação requer comunicação entre
as partes, independente de quão imperfeito os canais os canais podem ser na realidade.
Uma falha na comunicação efetivamente pode tornar mais difícil o processo de se obter
um acordo. Há situações nas quais uma parte pode realmente alegar que a falha da outra
na comunicação e uma ação deliberada para dificultar o processo de se atingir um
acordo. Negociações diplomáticas são o melhor exemplo desse tipo de alegações.
Para um bom relacionamento no trabalho, comunicação assume importância
fundamental. Um processo de comunicação pode levar a mal intendidos, conversas
inúteis, pensamentos superficiais e, ao final, a resultados insatisfatórios.
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
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A comunicação e um canto extremamente amplo que possui direta e
indiretamente muitos aspectos importantes para o desenvolvimento de um bom
relacionamento. Assim, a preocupação de superar as barreiras encontradas deve estar
presente em um bom processo de comunicação, buscando-se encontrar estratégias
construtivas para aperfeiçoar a comunicação contribuindo dessa forma, para melhorar o
relacionamento e resolver os problemas que surgem no dia a dia.
Muitas pessoas medem a qualidade do relacionamento pela qualidade da
comunicação. A maneira como as pessoas se comunicam e é sinal evidente da natureza
do relacionamento: o tom de voz, a maneira como se dirige ás outras pessoas, seja em
termos verbais ou por escrito, são indicadores evidentes do tipo de relacionamentos
existente.
A comunicação, porem e algo extremamente complexo. As pessoas se
comunicam através de cada gesto, movimento, ação, ou mesmo omissão, muitas vezes
inclusive de maneira inconsciente. Um silêncio rápido pode ter um determinado
significado, enquanto um novo período de silencio pode ter um sentido totalmente
diferente.
A boa comunicação não deve necessitar de uma amizade já existente ou contato
anterior já estabelecido. A comunicação efetiva com aqueles com os quais se tem
discordâncias fundamentais pode ser mais difícil, porém provavelmente, será mais
importante do que aquela com as pessoas com quem há uma identificação melhor.
A comunicação pode ser considerada o coração processo de negociação. Sem a
comunicação, a negociação não seria nada mais do que uma serie de lances e ofertas
entre as partes. Não haveria informações adicionais para dar um suporte a um lance ou a
uma oferta, nem haveria informações para justificar por que esse lance ou oferta seria
inaceitável. Sem mais informações não existiriam razões a não ser a passagem de tempo,
para as partes fazerem concessões. Em suma, não haveria negociação.
3. QUESTÃO ÉTICA E QUESTÃO LEGAL
A ética é uma questão importante nas negociações. Como a negociação
normalmente é parte de um processo competitivo, no qual as partes estão competindo, no
qual as partes estão competindo por recursos escassos e para conseguirem o melhor
acordo possível, elas frequentemente estão dispostas a se mover, de um comportamento
honesto, para um tipo de comportamento que se pode considerar como desonesto,
dependendo, evidentemente no ponto de vista de quem o avalia.
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
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Há muita discussão quanto ate que ponto se está agindo de maneira ética ou não
em uma negociação. Por exemplo, quando alguém pergunta ate que limite se pode
chegar em uma negociação, e não se diz a ele o verdadeiro limite, para ter maior espaço
de barganha, até que ponde esse comportamento pode ser considerado ético e quando
ele passa a ser antiético? Evidentemente isso depende muito dos valores das pessoas
envolvidas na negociação e no ambiente no qual elas estão inseridas.
As questões éticas e legais têm certas sobreposições e, às vezes, também certos
conflitos. Segundo Ferreira (1986) citado por (Martinelli & de Almeida, 2009), a ética
refere-se à conduta humana suscetível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal,
mais relacionado com aspecto moral; enquanto o legal é relativo a lei, regulamentação,
ordem.
Em termos éticos, não há normalmente, nenhum padrão formal nem nenhuma
declaração escrita que sirva como modelo para os negociadores, ao contrário daquilo que
acontece em relação ao aspecto legal. Nem mesmo códigos de ética ainda que informais,
costumam ser feitos pelos grupos, embora já haja certa tendência a fazer-se isto de
maneira mais formal em alguns grupos ou comunidades, de acordo com a maior
importância assumida pela questão ética, tanto as empresas quanto no relacionamento
entre as pessoas de um modo geral.
A ética de um negociador irá depender de algumas questões pessoais, tais como
a formação filosófica e religiosa do negociador, sua experiência, formação, valores
pessoais, dentre outros aspectos importantes. Porém, mesmo os padrões já esperados de
certo e errado variam bastante de pessoa para pessoa. Por exemplo, negociadores que
se utilizam de uma estratégia competitiva na negociação, não acreditam ser muito valida
uma postura de muita abertura e franqueza com o oponente, ao contrário daquilo que
pensam os negociadores que se utilizam de uma estratégia colaborativa.
3.1 Critérios para a tomada de decisões ética
Os administradores têm uma seria de dificuldades e dilemas pare lidar comas
questões referentes aos aspectos éticos. Alguns enfoques ligados à tomada de decisões
éticas proporcionam critérios para o entendimento e a resolução dessas questões. Assim,
quando os administradores se defrontam com escolhas éticas, eles podem beneficiar-se
de um enfoque normativo para guiar sua tomada decisões. O enfoque normativo é
baseado em normas e valores podendo utilizar diferentes perspectivas para descrever
valores que orientem o processo de tomada de decisões.
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
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3.2 Critérios que orientam a tomada de decisões éticas
Enfoque utilitário. É o conceito ético de que comportamentos morais
produzem o maior bem, para o maior número possíveis de pessoas.
Enfoque individualista. Trata-se do conceito de que as ações são morais,
caso elas promovam interesse individual em termos de longo prazo.
Enfoque moral. Parte do princípio de que os seres humanos têm direitos e
liberdades que não podem ser sobrepujados por decisões individuais. Dessa forma, as
decisões morais seriam aquelas que mantem os direitos daquelas pessoas afetadas por
essas decisões.
Enfoque de justiça. Considera que as decisões morais devem ser
baseadas em padrões de equidade, probidade e imparcialidade.
4. NEGOCIADOR
Segundo (Saner, 2004) o diplomata deve ser rápido talentoso, um bom ouvinte,
cortês e agradável. Não deve buscas a reputação de homem sagaz, nem ser tão
competitivo a ponto de divulgar informações secretas apenas para ganhar uma discussão
acima de tudo o bom negociador deve ter autocontrole suficiente para resistir à vontade
de falar antes de pensar no que pretendia dizer. Não deve cair no erro de supor que um ar
de mistério, no qual segredos surgem do nada e a menos insuficiência é valorizada como
negócio de Estado, seja algo mais do que sintoma de uma mente pobre. Deve prestar
atenção às mulheres e nunca se apaixonar. Deve ser capaz de fingir dignidade mesmo
quando não a possui, mas, ao mesmo tempo, evitar qualquer demonstração de mau
gosto.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em negociações comerciais, o grande negócio é ser ético. Embora o
comportamento antiético possa levar as vendas imediatas, isso só acontece em curto
prazo. Com o tempo, pessoas que costumam ter esse tipo de comportamento antiético
veem sua reputação sofrer as consequências. Por outro lado, pessoas que
costumeiramente comportam-se de acordo com os mais elevados padrões éticos veem
suas reputações subirem. Uma reputação favorável fará mais pela criação de vendas e
sucesso duradouro do que qualquer comportamento antiético.
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Finalmente é importante destacar que a ética é importante tanto na vida pessoal
como na vida profissional. A esperança que mais organizações adotem código de ética e
conduta e que todos sejam inseridos nele e que passem a construir uma sociedade mais
humana e consequentemente mais produtiva.
6. BIBLIOGRAFIA MARTINELLI, D. P., & de Almeida, A. P. (2009). Negociação ComoTransformar Confronto em Cooperação. São Paulo: Atlas, 2011.
SANER, R. (2004). O Negociador Experiente estratégias, taticas, motivação, comportamento, liderança. São Paulo: Senac, 2010.
31 - ORGANIZAÇÃO E GERÊNCIA: QUADRO DE FUNCIONÁRIOS
Douglas Colaço1; Isaac Souza1;
JaquelineIara1; Ludimila Silva1; Tauany Godo1;
Mario Sérgio A. Muniz2; RESUMO Este Trabalho abordaa necessidade da Organização e gerência nas empresas, a importância que tem um gerente em uma organização, e a importância das pessoas na tomada de decisões e no funcionamento da empresa. Todas as empresas necessitam de uma organização, isso é, cada parte da empresa exerce uma função, isso é importante para que todos estejam empenhados, em funções diferentes, mas para chegar a um objetivo. Assim como a importância de um gerente na organização, ele tem que estar preparado para lidar com as pessoas e ser um bom líder, motivando as pessoas a desempenhar melhor suas funções para o bem da empresa. Palavras Chave: Motivação. Liderança. Comunicação.
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1 Graduandos do Curso de Processos Gerenciais das Faculdades Integradas do Vale do Ribeira (FVR), Registro, SP. ² Graduado em Matemática (FVR). Graduado em Física (UNIMES). Mestrado em Matemática (UNICSUL). Professor das Faculdades Integradas do Vale do Ribeira.
INTRODUÇÃO
Uma empresa envolve diversos quesitos a serem estudados e planejados. A
Organização e Gerenciamento (quadro de funcionários) é um desses quesitos que é de
extrema importância. O estudo e a compreensão dos seus conceitos são primordiais
paras as empresas. Toda empresa, sendo ela particular ou publica, tem objetivos, e esses
objetivos tem de serem alcançados. E para que isso ocorra, cada funcionário tem sua
importância para o bem do coletivo, ou seja, para o melhor da empresa.
Organização também é como se dividem e se dá sequência nos trabalhos, dentro
do âmbito de trabalho, são geralmente utilizados o organograma e o fluxograma. As
empresas se mantém ativas no mercado com a obtenção de lucros, claro! E a peça chave
para que isso ocorra é o gerente, pois é ele quem vai conduzir o quadro de funcionários
para um bom funcionamento da empresa. No decorrer do trabalho, diversos tópicos serão
abordados, tais como: A Organização e alguns de seus conceitos; A gestão de pessoas;
Gerenciamento; entre outros tópicos que envolvem o tema. O conteúdo acima citado está
desenvolvido de forma clara e objetiva nas páginas subsequentes.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 ORGANIZAÇÃO
Para HAMPTON (1990), O termo Organização refere-se ao ato de dividir toda uma
organização em unidade, comumente chamada de divisões ou departamentos, e em
subunidades, comumente chamadas de seções, tendo responsabilidade específica e uma
hierarquia de relacionamento: A estrutura Organizacional. Ela também refere-se a
coordenação dessas unidades e subunidades interagindo para atingir todos os objetivos
organizacionais.
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
PADI - JUNHO 2014-1
2.2 ALGUNS CONCEITOS DE ORGANIZAÇÃO
Para PFIFFNER E SHERWOOD (1965), Organização é um tipo de associação em
que os indivíduos se dedicam a tarefas complexas e estão entre si relacionadas por um
consciente e sistemático estabelecimento e com execução de objetivos, mutuamente
aceitos. A definição apresenta uma abordagem da organização por meio do estudo de
quatro variáveis:
1- Tamanho: pois as organizações são entidades em escalas. Um grupo pode sentar-
se em torno de uma mesa, uma organização não.
2- Complexidade: tarefas bastante específicas, com dificuldades para suas
realizações, tornando a organização altamente complexas.
3- Consciente Racionalidade: está implicitamente contida no estudo da organização,
envolvendo a adaptação do comportamento individual aos objetivos organizacionais.
4- Presença de objetivos: a significação da racionalidade sugere os objetivos
previamente estabelecidos e mutuamente aceitos.
Para CURY (2007), A organização é um sistema planejado de esforços
cooperativos, no qual cada participante tem um papel definido a desempenhar e deveres
e tarefas a executar. Esse conceito, contudo, compreende somente um aspecto da
organização, isto é, aquele ao qual se deu estrutura formal, envolvendo, portanto, os
aspectos planejados da organização. Esse aspecto formal da organização abrange
problemas de estruturas, normas, métodos e processos de trabalho, como conhecidos
pelos criadores da organização.
Para BARNARD (1938), A organização formal é um sistema de atividades de
forças de duas ou mais pessoas, conscientemente coordenadas, enquanto a organização
informal é um agregado de contatos e interações pessoais e os agrupamentos de
pessoas associados. Diante do exposto a distinção que geralmente se faz entre uma
organização formal e a informal é que, enquanto a primeira é uma organização planejada,
a segunda constitui o resultado da interação espontânea dos membros da organização, o
impacto das personalidades dos autores sobre os papéis que lhes foram destinados.
Portanto, não existe organização formal sem sua informal.
2.3 GESTÃO DE PESSOAS
Para GIL (2001), Gestão de pessoas (quadro de funcionários) é a função gerencial
que visa a cooperação das pessoas que atuam nas organizações para o alcance dos
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objetivos. Assim, verifica-se em algumas organizações, a tendência para reconhecer o
empregado como parceiro, já que topo processo produtivo realiza-se com a participação
conjunta de diversos parceiros, como fornecedores, acionistas e clientes.
2.4 O PAPEL E A IMPORTÂNCIA DAS PESSOAS EM UMA ORGANIZAÇÃO
Para CHIAVENATO (2008), Dentro de uma empresa fica difícil separar o
comportamento das pessoas e o das organizações. As organizações funcionam por meio
das pessoas, que delas fazem parte e que decidem e agem em seu nome.
Muitas organizações classificam seus funcionários em mensalistas e horistas para
separar o pessoal que trabalha nos escritórios e nas fábricas. A maneira como as
organizações denominam as pessoas que nelas trabalham, tem um significado
importante.
Para CHIAVENATO (2008), saber lidar com pessoas é uma tarefa complexa, mas
as organizações “dependem delas para atingir seus objetivos e cumprir suas missões.”
Com isso devem-se levar em consideração as características individuais de cada membro
da organização, suas habilidades e competências profissionais, buscando destacar a
visão sistêmica, voltada para o trabalho em equipe, a relação interpessoal por meio da
liderança, iniciativa e gestão empreendedora.
2.5 GERÊNCIA
Para CHIAVENATO (1992), Os gerentes são os responsáveis diretos pela
sobrevivência e o sucesso da organização, mas, para tanto, deve assumir a postura de
um líder.
Para FAYOL (1916), uma empresa é um sistema racional de regras e autoridades
que justifica sua existência à medida que atende a seus objetivos. Para ele, esta definição
é aplicada a qualquer organização e o papel do gerente nesse cenário consiste em tomar
decisões, estabelecer metas, diretrizes e atribuir responsabilidade aos integrantes da
organização sob sua autoridade. Em outras palavras, Fayol dizia que o papel do gerente é
ordenar os recursos da empresa para assegurar um desempenho satisfatório.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Portanto, com base nos resultados das pesquisas, conclui-sequea organização é
fundamental para o andamento da empresa. A organização, nada mais é, do que a
divisão dos departamentos e das tarefas, para que cada um tenha um papel a
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desempenhar dentro da empresa. A gerência também é de suma importância, um gerente
deve saber lidar com as pessoas, estabelecer metas, distribuir as responsabilidades aos
funcionários da empresa e assegurar que todas as metas da empresa sejam cumpridas.
Além de que um gerente deve ter um treinamento para poder assumir tal
responsabilidade, para que não haja mais o que ocorre muito hoje em dia nas empresas,
falta de organização e treinamento dos gerentes, o que atrapalha o funcionamento e afeta
no lucro, pois tem empresas que não dão o devido treinamento aos seus gerentes e eles
não tem a sabedoria para saber conduzir sua empresa para o caminho certo e muito
menos sabe lidar com os funcionários, pois além de gerente, ele deve saber ser um bom
líder.
REFERÊNCIAS HAMPTON, D. R. Administração- Comportamento Organizacional. São Paulo;
McGraw Hill, 1990.
CURY, Antonio. Organização e Métodos. São Paulo: Atlas; 2007.
CHIAVENATO, I. Recursos Humanos: o capital humano das organizações. São
Paulo: Atlas, 2004.
Gil, A. C. Gestão de pessoas. São Paulo. Atlas: 2001.
CHIAVENATO, I. Gestão de pessoas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008
CHIAVENATO, I. Gerenciando pessoas. O passo decisivo para a administração participativa. São Paulo. Atlas; 1992
FAYOL, H. Administração Industrial Geral. São Paulo: Atlas, 2001.
32 - PLANO DE MARKETING: CONCEITOS E ESTRATÉGIAS
Jaqueline Pereira Dias dos Santos¹; Gabriela Lopes Ribeiro¹;
Thalles de Pontes Costa¹; Marcos Roberto Ribeiro Tognetti Vassão¹;
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Eberson Marques¹; Mário Sérgio de Almeida Muniz ².
RESUMO Esse texto faz uma reflexão imprescindível sobre o “Plano de marketing”, trabalhando em cima do mundo modernizado, onde a competitividade só aumenta o que ocasiona maior concorrência no mercado dos negócios. Estudando as quatro etapas de instrumentação do marketing à partir da metodologia de implantação de estratégias de mercadologia. Buscando analisar o perfil direto do público específico obtendo-se assim maiores proveitos para empresa conquistando objetivos delineados no plano, colocando a estratégia em prática para alcançar numerosos consumidores. Palavras-chave: Instrumentação; Estratégia; Implantação; Público; 1 Graduandos do Curso de Processos Gerenciais das Faculdades Integradas do Vale do Ribeira (FVR), Registro, SP. ² Graduado em Matemática (FVR). Graduado em Física (UNIMES). Mestrado em Matemática (UNICSUL). Professor das Faculdades Integradas do Vale do Ribeira. INTRODUÇÂO
A partir do momento em que a competitividade entre as empresas começou a
progredir rapidamente os empreendedores viram a ampla necessidade de modernização,
utilizando uma forma de satisfazer o desejo e a necessidade dos consumidores, desde
então a estratégia de marketing vem se expandindo com força. Hoje em dia é muito
vantajoso ter bons profissionais especializados na área de mercadologia, em qualquer
tipo de empresa, pois o planejamento específico precisa estabelecer metas,
desenvolvimento de estratégias e táticas para alcançar as metas.
O conceito marketing hoje em dia não está focalizado somente em maximizar os
lucros, mas também em satisfazer e conquistar o consumidor dando enfoque nas
necessidades do mesmo. Buscando abranger com frequência um papel em nossas vidas,
desta maneira o marketing é introduzido
em quatro etapas, Produto: cabe a esta etapa desenvolver e testar novos produtos,
modificar produtos atuais, eliminar produtos que não satisfaçam consumidores; Preço:
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formular política de preço, determinar métodos para determinação de preços, determinar
descontos para vários tipos de compradores; Distribuição: analisar os vários tipos de
canais de distribuição, desenvolver canais, planejar um programa para relacionamento
com intermediários, estabelecer centros de distribuição, formular e implantar
procedimentos para manuseio interno de produtos, controlar estoques, analisar métodos
de transporte, minimizar custos de distribuição; Promoção: implantar objetivos de
promoção, determinar os mais importantes tipos de promoção, selecionar e programar
mídias, desenvolver mensagens publicitárias, medir a eficiência do comercial, recrutar e
treinar pessoal de vendas, estabelecer território de vendas, planejar e implantar programa
de promoções de vendas como amostra grátis, cupons displays, concursos de vendas,
propaganda cooperativa. Este planejamento estratégico é feito para ser utilizado daqui a
algum tempo, mas também é vital em planejamento específico a curto prazo.
Conforme o contexto apresentado pelo estudo, a partir de agora vamos ver alguns
embasamentos teóricos sobre plano de marketing que constituem informações primordiais
para o assunto tratado.
2.FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 CONCEITO DE MARKETING EMPRESARIAL E DECISÃO DE ESTRATÉGIA
Para ETZEL, WALKER E STANTON (2001) o conceito de marketing enfatiza a
orientação ao cliente e a coordenação das atividades de marketing para se alcançar os
objetivos de desempenho da organização. Às vezes o conceito de marketing é
simplesmente expressado como uma orientação ao cliente, como demonstrado nas
palavras do falecido Sam Walton, fundador da Wal-mart ,“Há só um chefe: o consumidor”.
Tão importante quanto enfatizar a satisfação do cliente, entretanto, esse foco não deve
substituir a conquista dos objetivos como a razão fundamental para o conceito de
marketing.
O conceito de marketing é baseado em três crenças.
Todo planejamento e as operações devem ser orientadas para o cliente. Isto é , todos
os departamentos e funcionários devem estar empenhados em contribuir para a
satisfação das necessidades dos clientes.
Todas as atividades de marketing em uma organização devem ser coordenadas. Isso
significa que os esforços de marketing (planejamento do produto, preços, distribuição
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e produção) devem ser projetados e combinados de forma consistente e coerente e
que um executivo deve ter total autoridade e responsabilidade para o conjunto
completo das atividades de marketing.
O marketing coordenado e orientado ao cliente é essencial para atingir os objetivos de
desempenho da organização. O objetivo principal para uma empresa é alcançar
volume de vendas lucrativo. Em organizações sem fins lucrativos o objetivo pode ser o
número de pessoas atendidas ou a variedade de serviços oferecidos.
Segundo RICHERS (1981) marketing foi traduzido por mercadologia, quando
surgiram os primeiros moimentos para a implantação de curso específico em
estabelecimento de ensino superior, e desde então tem se adotado essa expressão.
Entretanto, o termo inglês significa ação mercado, com uma conotação dinâmica e não
simplesmente de estudo de mercado, como a tradução sugere. De acordo com LAS
CASAS (1997), a definição da Associação Americana de Marketing, pode se entender que
marketing consiste no planejamento das quatro variáveis do composto mercadológico já
discutidas. Esta definição sugere, entretanto, que o marketing sempre foi praticado, uma
vez que em qualquer época da comercialização as variáveis sempre foram utilizadas,
variando apenas o seu grau de utilização, muitas vezes imposto pelo desenvolvimento
tecnológico do período. Antigamente, alguns produtos, por exemplo, eram
comercializados sem muita preocupação com a embalagem, pois sua importância cresceu
com o desenvolvimento do alto serviço. A promoção poderia ser feita principalmente
através da venda pessoal, ou mesmo de anuncio em jornal, devido a inexistência de
outros veículos em certos períodos e que hoje permitem a massificação. O transporte era
geralmente mais lento, pois não existiam no passado veículos rápidos e seguros como
hoje.
Nesse sentido operacional podemos afirmar podemos afirmar que o marketing era
praticado até mesmo na idade média. Um artesão levava seu produto até uma praça
(distribuição), oferecia-os aos consumidores por determinado valor (preço), e realizavam a
venda pessoal, ou mesmo anunciava em voz alta os artigos que estavam a venda
(promoção).
Temos de concordar, no entanto, que a comercialização moderna não consiste
apenas em transferência de produtos ao consumidor. Marketing é uma disciplina
desenvolvida em épocas recentes que, embora inclua todas essas atividades, estas são
bastante diferenciadas de épocas anteriores. Então, o que diferencias destas
comercializações antigas?
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
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Um importante aspecto diferenciador é a postura atual dos comerciantes que
devem considerar o consumidor como um ponto de partida para qualquer negócio. É uma
postura que se deve incorporar na empresa em todos os níveis. Deverá ser feito todo o
esforço possível para satisfazer os consumidores desde o mais alto executivo até o
escalão mais baixo na empresa. Esta orientação é conhecida como o conceito de
marketing que diferencia as empresas modernas, que o aplicam, das formas tradicionais e
antigas de comercialização.
No dizer de COBRA (1986) a sociedade é influenciada pelo marketing no seu
cotidiano.
Desde que acordamos até o momento em que dormimos, todas as nossas ações
são permeadas pelo marketing.
O consumo do sabonete na higiene pessoal, ao lado da pasta dental, ou mesmo do
papel higiênico, é influenciado por alguma promoção de venda ou por um comercial de
televisão.
A lâmina de barbear, o creme de barbear e a loção pós barba e o desodorante têm
seu uso estimulado por algum apelo persuasivo.
A manteiga ou margarina, o café solúvel ou o de coador, o leite, tudo passa pela
sedução de compra de algum elemento do marketing.
O que consumimos ou usamos tem a ver com o meio ambiente familiar, social,
cultural ou profissional.
Todos nós, míseros consumidores, recebemos e transmitimos diferentes tipos de
influência sobre o padrão de consumo e de vida das pessoas. E isto talvez possa parecer
um exagero.
Segundo JUTKINS (1994) A estratégia equipara-se ao planejamento. Estratégias
são ações planejadas, destinadas a alcançar os objetivos.
A tática equipara-se a fazer o plano. Táticas são detalhes da maneira pela qual
você realizará o plano.
Usando uma analogia militar, estratégia ou planejamento refere-se à perspectiva
ampla – o quadro total do que há por vir. A tática, ou a parte ativa, compõe-se de
manobras muito específicas, dentro da visão global, que fazem o plano acontecer. É o
que lhe dá vida.
Isso é verdade para os planejamentos tanto de curto prazo quanto de longo prazo
necessários para alcançar as metas empresariais. Na verdade é aqui que o processo de
planejamento começa.
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Mesmo uma tática brilhante, com o mais belo texto e o melhor gráfico não pode
salvar o programa que seja estrategicamente fraco. Você precisa primeiramente fazer o
planejamento! A estratégia vem das pessoas, de suas experiências- vem da REFLEXÂO!
2.2 O MERCADO ALVO PARA O MARKETING
No contexto de ETZEL, WALKER E STANTON (2001) o mercado é realmente o
marketing – como atingi-lo e servi-lo de forma lucrativa e socialmente responsável? O
mercado deveria ser o foco de todas as decisões do marketing em uma organização. Mas
o que é o mercado? Um mercado pode ser definido como o lugar onde os compradores e
vendedores se encontram, onde as mercadorias e os serviços são oferecidos para a
venda e as transferências de posse ocorrem. Um mercado também pode ser definido
como a demanda feita por um certo grupo de compradores em potencial por uma
mercadoria ou produto. Por exemplo, há um mercado agrícola para produtos derivados de
petróleo.
Essas definições não são suficientemente precisas para nos ser úteis aqui. Para
propósitos de marketing, definimos um mercado como pessoas com necessidades para
atender, dinheiro e disposição para gastá-lo. Assim, quando se coloca qualquer produto
ou serviço no mercado, três fatores específicos precisam ser considerados:
Pessoas ou organizações com necessidades,
Seu poder de compra, e
Seu comportamento de compra.
Quando consideramos as necessidades, nós o fazemos partindo da perspectiva da
definição no dicionário do que é necessidade como sendo a falta de qualquer coisa
requerida, desejada ou útil. Não limitamos necessidades às exigências fisiológicas de
comida, roupas e abrigo essencial para sobrevivência.
Já BOONES (1974) um dos primeiros passos a serem tomados pelo administrador
de marketing é determinar de maneira bem ampla qual o mercado visado para
posterioridade selecionar o grupo que ele tem maior interesse em atingir com programas
de marketing, o chamado mercado-alvo. De modo geral, os administradores sempre
separam naturalmente seus mercados de acordo com o uso final do produto. Nesse caso,
a separação geralmente é feita considerando-se mercado industrial e de consumo.
No mercado de consumo, o comprador compra produtos para uso pessoal. No
mercado industrial, o comprador adquire produtos para serem usados na fabricação de
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outros produtos ou então para ajudar no desempenho operacional da empresa, ou ainda
para revenda. Esta classificação determina diferenças para a abordagem de cada um
destes grupos. Portanto, as empresas que escolherem o mercado-alvo de consumidores
finais por exemplo terão de conhecer a estrutura no mercado e hábitos e motivação de
compra de indivíduos, de pessoas, ao passo que se a empresa escolher o mercado
industrial ela deverá conhecer principalmente as características da compra e usos do
produto nas empresas visadas.
2.3 ADMINISTRAÇÃO DE MARKETING
Na visão de KOTLER (1972) depois de termos analisado as variáveis controláveis,
aquelas que são passíveis de controle por parte do indivíduo, e também analisarmos as
incontroláveis, cujo controle é relativo e ocorre por parte de algumas empresas, resta-nos
agora analisar brevemente as atividades de um administrador de marketing.
Enquanto marketing é uma ciência descritiva que envolve o estudo de como as
transações são criadas, estimuladas, facilitadas e valorizadas, a administração de
marketing é uma ciência normativa que envolve criação e oferta de valores para estimular
a transação desejada.
Portanto, a atividade de um administrador de marketing é buscar informações em
seu ambiente e, à luz dessas informações, adaptar o programa de composto de marketing
para a satisfação dos desejos e necessidades dos consumidores visados, o administrador
de marketing deve também exercer as outras funções administrativas de organizar,
controlar, executar, além de planejar. As funções da administração, de forma sucinta são:
Estabelecer os objetivos da organização.
Escolher e estudar o mercado selecionado e verificar as condições de atendê-lo.
Desenvolver o composto mercadológico (produto, preço,distribuição e promoção).
Implantação o plano.
Controlar o plano para verificar se está alcançando seus objetivos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para descrever o conceito de marketing foram feitas várias pesquisas criteriosas
através de análise. Constando assim as mudanças que foram se mostrando fortes do
crescimento e utilização da mercadologia para estratégias de negócios, obtendo-se deste
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modo maior concorrência e procura dos consumidores por algo início e necessário em
sua vida.
Buscando sempre inovar com criatividade os empreendedores usam da
experiência no mercado, pesquisas sobre o público para criar vantagens em cima dos
concorrentes. Sobre essa questão da busca do melhor no “marketing” para maximizar os
lucros vem como nova “preocupação” e “vantagem” para empreendedores. Preocupação
pois sempre precisam estar atualizados ao mercado, ou até a frente do mercado se não
muitas vezes a rejeição dos consumidores a certos produtos por falta de uma boa
estratégia. Já os empreendedores que souberem investir nesta área terão muita
lucratividade.
Portanto fica explicita a grande complexidade na área onde se vem gerando
transformações e novas perspectivas para o futuro.
REFERÊNCIAS
BOONE, Louis E., KURTZ, David I,. Contemporary marketing. Hindale: Dryden, 1974.
COBRA, Marcos: Marketing essencial conceitos, estratégias e controle. São Paulo: Atlas,
1986.
ETZEL, Michael J. ;WALKER, Bruce J., STANTON, Wiliam J. :Marketing. São Paulo:
Makron Books, 2001.
JUTKINS, Rocket R. O poder do marketing direto. São Paulo: Makron books, 1994.
LAS CASAS, Alexandre L.: Marketing conceitos, exercícios, casos. São Paulo: Atlas,1997.
RICHERS, Raimar. O que é marketing. São Paulo: Brasiliense, 1981.
33 - O PAPEL DO GESTOR NA ADMNISTRAÇÃO PÚBLICA
Edneia Dias Moreira¹; Juliana Rafaela da Veiga¹;
Milaine Baptista¹;
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José Carlos Ribeiro Junior¹; Marise Gonçalves de Oliveira².
RESUMO Esse texto tem como meta principal focalizar o papel do gestor público, onde procura esclarecer que existe necessidade de não apenas considerar o processo de gestão dos municípios, mas ficar atento as normas internacionais que também exercem função determinante nesse processo de administração. O gestor deve estar sempre buscando a capacitação pessoal e profissional para que haja total dedicação de suas qualificações sendo aplicadas no favorecimento dos interesses públicos de uma sociedade que visa sempre maximizar os benefícios a ela oferecidos. Primordialmente deve estar dentro das condutas de moral e ética que são exigidas em qualquer cargo, seja ele superior ou inferior, para que só assim possa ser digno de receber crédito pelo seu desempenho frente as necessidades sociais. E ter como plano maior ser um gestor além das expectativas e que seus atos se traduzam em desenvolvimento sustentável. Ser um gestor público requer coragem para aceitar críticas, e enfrentar atitudes da sociedade que talvez não sejam encorajadoras, contudo assumir o papel de gestor da administração pública é acima de tudo uma responsabilidade intensa. Palavras-chave: Desenvolvimento; Benefícios; Administração; Sociedade. 1 Graduandos do Curso de Processos Gerenciais das Faculdades Integradas do Vale do Ribeira (FVR), Registro, SP. ² Graduado em Ciências Contábeis (FVR). Especialista em Controladoria e Auditoria (UNISANTANA). Professora das Faculdades Integradas do Vale do Ribeira. Funcionária Federal do Ministério da Saúde.
1 INTRODUÇÃO 1.1 ORGANIZAÇÃO DA GESTÃO
Organização é um termo usado nos processos organizacionais.
Segundo Gulik (1937), organização é o estabelecimento da instrutura formal da
autoridade, por meio do qual as subdivisões de trabalho são classificadas, definidas e
coordenadas para o objetivo definido.
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
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O ato de organizar não é feito somente uma vez, é uma atividade contínua ou no
minímo, periódica, por meio da qual os gestores tentam adaptar a organização a uma
situação em constante mudança.
Segundo Oliveira (1994) a estrutura organizacional é um instrumento básico para o
desenvolvimento e a implementação de planos organizacionais. É uma ferramenta básica
para alcançar as situações almejadas pela organização.
Quando tal estrutura é estabelecida de forma adequada, ela propicia para
organização:
Identificação das tarefas necessárias;
Organização das funções e responsabilidades;
Informações, recursos e feedback aos empregados;
Medidas de desempenho compatíveis com os objetivos;
Condições motivadoras.
Podemos descrever a organização como um processo composto de cinco passos:
1. Elaborar os detalhes de todo o trabalho que precisa ser feito para atingir os
objetivos da organização;
2. Dividir todo o trabalho em atividades que possam, lógica e comodamente, ser
executados por uma pessoa ou por um grupo;
3. Combinar o trabalho dos membros de uma organização de maneira lógica e
eficiente. À medida que uma organização vai aumentando de tamanho e contratando mais
empregados para executar diversas atividades, vai sendo necessário agrupar as pessoas
com tarefas relacionadas, criando-se novas estruturas departamentais;
4. Criar um mecanismo de coordenação do trabalho dos membros da organização em
um todo unificado e harmonioso;
5. Acompanhar a eficácia da organização e ajustes para mantê-la e aumentá-la.
O gestor encontra-se com o desafio aderir ao seu trabalho esse termo e de
recompor estratégias do processo da gestão, e no mais estar sempre acompanhando a
evolução das políticas sociais e econômicas, e estar sempre apto a fazer modificações
que produzam em largo espaço de tempo desenvolvimento sustentável.
Em primeiro lugar é abordado o assunto onde o interesse principal é distinguir seu
desempenho frente aos problemas da sociedade. Em segundo lugar trata-se de entender
os princípios do PDCA- (planejamento, discussão, controle, e avaliação), e saber se o
gestor está considerando esses métodos de administração. Nesse contexto o objetivo é
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entender e considerar o fato de que maioria da carga cai obviamente sobre o
gestor/administrador, onde todos propósitos visam torná-lo cada vez mais sério e
comprometido com tudo o que está incluído na ciência da política. Cabe ressaltar que o
gestor tem obrigatoriedade de estar sempre procurando sanar os problemas que surgem
ao longo de uma administração.
1.2 PRINCÍPIOS
Um bom gestor deve considerar o fato de que além de tudo deve estar dentro dos
princípios do artigo 37 da Constituição da República Federativa do Brasil, de 5 de outubro
de 1988. Esses que regem toda administração, e são eles:
Legalidade: que visa sempre agir conforme a conduta que a lei permite;
Impessoalidade: onde qualquer ato de discriminação é de extrema irrelevância
tendo de tratar todos igualmente;
Moralidade: que conduz a agir dentro dar normas da moral;
Publicidade: onde surge o dever de divulgar os contratos, documentos etc, para
que possa ser conhecido pela população;
Finalidade: impõe-se à administração pública a prática de atos voltados para o
interesse público;
Continuidade: que defende a ideia de que os serviços públicos não podem parar,
pois as necessidades da população não param.
Indisponibilidade: o detentor da disponibilidade dos bens e direitos públicos é o
Estado e não seus servidores;
Igualdade: todos os cidadãos são iguais perante a lei, e portanto, perante a
administração pública.
Cabe dizer aqui também que não apenas o gestor deve aderir a esses princípios,
mas ele deve também submeter a eles a esfera pública onde atua.
1.3 DIFERENÇAS ENTRE SETOR PÚBLICO E PRIVADO
A funções básicas dos gestores públicos e privados são praticamente idênticas.
Mas os gestores públicos devem lutar para que não haja limitações que são encontradas
nas atividades comercial e industrial.
Segundo GRAHM JR.; HAYS, 1994 os gestores públicos, devem lidar com metas
ambíguas e contraditórias, expectativas absurdamente irreais por parte da população e
controle inadequado sobre seus próprios recursos administrativos.
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III CADERNO DE RESUMOS DE PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: PADI FVR 2014-1
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Impõe-se ao gestor público a obrigação de cumprir fielmente os preceitos de direito
e da moral administrativas que regem a sua atuação. Na administração particular, o
administrador recebe do proprietário as ordens e instruções de como administrar as
coisas que lhe são confiadas.
Segundo Meirelles (1985), “enquanto na administração pública é permitido fazer
apenas o que a lei autoriza, na administração particular é lícito fazer tudo o que a lei não
proíbe.”
1.4 CONCEITOS E OBJETIVOS
Importante ressaltar também que o papel do gestor é manter firme a luta por
cumprir os deveres básicos do estado onde busca sempre manter a saúde, educação,
transporte e saneamento.
Por essa razão planejar é de extrema importância e é indispensável que o
planejamento seja a primeira etapa do trabalho, partindo do diagnóstico da
realidade/necessidade da sociedade local. Para que a gestão seja eficiente o
acompanhamento, planejamento e a avaliação estejam niveladas.
O planejamento é um importante instrumento, mas não resolve todos os
problemas; não é capaz de sanar todos os males da administração, estando sujeito a
várias limitações de ordem prática. Não substitui a boa organização, a coordenação
adequada, o controle eficaz e os fluxos ágeis e eficientes da comunicação.
Vale lembrar que o planejamento é um processo que deve obedecer ao seu
propósito que é definir objetivos para o futuro e os meios para alcançá-los.
PLANEJAMENTO VERSUS IMRPOVISAÇÃO
Planejamento
Pensar, antever cursos de ação;
Partir do diagnóstico da realidade,
proposição antecipada de açoes para
superar problemas identificados;
estrutura.
Improvisação
Imediatismo, programatismo:
operação apagar incêndio; atuação
diante de consumação dos fatos.
Fonte: FREITAS, 1980.
CONCEITO
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Conforme Amato (1971), “direção é a função que se refere às relações
interpessoais dos administradores em todos os níveis de organização e seus respectivos
subordinados.”
A partir do momento em que se concentra toda vontade, força, dedicação e ética
em uma causa, as coisas tendem a mudar, enquanto os gestores nao compreenderem
isso essa má fama dos setores públicos brasileiro não deixará de existir e estará sempre
batendo a porta.
Portanto, um ótimo planejamento e uma boa organização não são suficientes para
uma boa gestão pública. É necessário que haja uma direção que coloque a organização
em marcha e execute os planos para atingir os objetivos do governo.
É preciso também que se entenda que o gestor público precisa estar em constante
evolução de métodos e práticas que busquem amenizar os problemas que tanto
incomodam a sociedade, subentendesse então que administrar não é algo tão fácil assim,
mas com estudos, pesquisas e vontade, acaba se tornando algo natural para aquele que
o faz. O primordial é estar sempre buscando o aperfeiçoamento das áreas envolvidas na
gestão pública, a administração, as finanças, recursos humanos, etc.
Para que as organizações funcionem e assim possam por em prática seus
objetivos é preciso que haja o primeiro passo, a tomada de decisão, e é preciso que haja
também a direção e o controle dessas decisões.
É esse o processo que é então denominado gestão.
A função direção relaciona-se, principalmente, com a orientação a ser dada para as
pessoas, por meio de uma comunicação adequada e de uma habilidade de liderança e
motivação. Enfim a direção deve assegurar que os agentes públicos ocupem cargos e
desempenhem funções adequadamente.
Os meios de direção são:
Ordens e instruções: transmitir decisões aos subordinados;
Motivação: convencer as pessoas a trabalharem;
Comunicação: transmitir as informações dentro e fora da empresa;
Liderança: conduzir as pessoas a um trabalho eficiente e eficaz.
O fato é que toda organização seleciona para si uma maneira de gerenciar o fluxo
de papéis, pessoal e de recursos financeiros com vistas as seu bom funcionamento e
alcance de suas metas e objetivos, o que pode originar uma administração mais
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centralizada, ou uma gestão mais democrática, dependendo do modo como é definida a
forma de decisão, centralizada ou participativa.
O gestor público deve estar ciente de que qualquer profissional precisa ser
competente no campo onde atua. Ser competente implica uma série de aspectos que vão
desde o conhecimento técnico de seu fazer ao conhecimento do meio, da sociedade, no
contexto político no qual está inserido.
O gestor público deve ter um alto nível de comprometimento, ele precisa ser
criativo, ter habilidade na hora de coordenar os grupos e os conflitos, manter a
comunicação, ter plena concentração nos interesses, e não nas posições.
Fazer a separação das pessoas e os problemas, ser menos hierárquico, autoritário,
ser mais consultivo e participativo, ter visão, se antecipar nos acontecimentos e elaborar
oportunidades, ser modelo de profissional e de pessoa, pois mesmo não querendo,
muitas pessoas que atuam junto com o gestor em uma instituição acabam tomando ele
como exemplo.
Por que razão o gestor/administrador deve ter transparência no que faz com a
comunidade social.
É de extrema necessidade constituir sociedade, incitar a participação social, com
intuito de criar estratégias, por que frente ao contexto global, e como fator decorrente da
necessidade que há de saúde, educação, transporte , saneamento, renda, lazer, etc,
tende a aumentar a extensão da responsabilidade do gestor, trazendo consigo o fator
indispensável de ter uma equipe que juntos possam buscar, pesquisar e entender quais
as principais necessidades sociais, para que assim ocorra participação efetiva de opiniões
públicas.
É essencial encontrar em um gestor a vontade de estimular mudanças, trazendo
com elas benefícios na hora de firmar parcerias com outros setores, proporcionando
melhorias continuas para onde é dirigida a sua atuação.
Quando se fala em gestão pública no Brasil, logo lembra-se de serviços públicos,
carências, revoltas, protestos, nem tudo é como deve ser, no mundo atual, se vive uma
falta imensa de pessoas capacitadas para ocupar um cargo público, para gerir com
eficiência o cargo que ficam a disposição, com base nisso, surge então uma deficiência
que precisa ser suprida em curto prazo, a necessidade que o Brasil tem de mudar a
maneira como a administração pública é conhecida.
O gestor público deve conduzir de maneira necessária em sua atuação o conceito
de participação. Os gestores públicos precisam evoluir no desenvolvimento de habilidades
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gerenciais, nas estruturas diferenciadas, novos padrões de delegação e obter sempre
mais um desempenho crescente.
Talvez a aplicação de novas estratégias poderiam ajudar no processo de aplicação
da nova gestão pública (NGP) e se essas aplicações forem bem implementadas podem
também ter contribuição para um projeto de desenvolvimento sustentável. Mas vale
ressaltar que não existem fórmulas mágicas, nem nada que ja esteja pronto para ser
aplicado, na realidade deve se observar cada cenário, sendo assim um processo de
aprendizagem que enfatiza valores morais, éticos e culturais.
A gestão democrática implica a efetivação de novos processos de organizações
baseados em uma dinâmica que favoreça os processos coletivos e participativos de
decisão.
A participação não tem sempre o mesmo significado para todos. A participação
pode ser entendida, portanto, como um processo que envolve múltiplas possibilidades e
organizações.
Para que a participação se torne realizada, é preciso meios e condições favoráveis,
ou seja é preciso repensar a cultura gerencial e os processos, normalmente autoritários,
de distribuição no seu interior.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
É importante perceber em relação a gestão pública que o modo como se estrutura,
os elementos que a compõe são meios para poder alcançar os objetivos essenciais de
toda ação pública que é a dedicação do gestor sobre a obra acerca da área onde atua. O
modo como a instituição pública se organiza e gerencia suas ações são aspectos
indispensáveis para o bom caminhamento das ações em prol da sociedade, cuja
dedicação não se restringe apenas a instituição, mas a sociedade num todo. Realizar uma
gestão benéfica implica permitir uma gestão democrática e vivenciar experiências de
democracia reais.
No mundo atual, onde o gestor público se propõe a trabalhar com a sociedade
implica uma demanda complexa que vai desde apresentar os conteúdos dos projetos,
analisando e relacionando informações, até a aplicação de forma concreta dos projetos.
Diante dessas demandas, os gestores públicos precisam ser competentes,
comprometidos, situados, dedicados e bem preparados. Pois exercem papel fundamental
frente a administração pública, e sobre eles recai uma grande responsabilidade.
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A garantia do sucesso em uma gestão pública está no alto teor de
comprometimento dos gestores, tais quais precisam de ter a mesma atitude entre os
outros profissionais que trabalham na instituição pública, através da formação contínua,
da organização, proporcionando um ambiente que favoreça a participação de todos os
que integram a equipe administrativa, aderindo uma relação de confiança e transparência
nas ações.
Para finalizar, sabe-se que ser um gestor não é um desejo fácil, por isso, não pode
ser aplicado por pessoas que não estejam capacitadas ou comprometidas e é necessário
que se tenha um perfil profissional e que sempre estude de maneira contínua para
aprimorar seus conhecimentos, para que esses sejam utilizados para beneficiar a
sociedade.
REFERÊNCIAS
AMATO, Pedro Muñoz. Introdução à administração pública. Rio de Janeiro: FGV, 1971.
FREITAS, Leci Silva de. Programa de serviços penitenciários: um estudo de caso sobre o
sistema estadual do planejamento. 1980.
GRAHAM JR., Cole B.; HAYS, Steven. Para administrar organização pública. Tradução
de Britta Lemos de Freitas. Rio de Janeiro: Zahar, 1994.
GULICK, Luther. Science , values and public administration. New York: Institute of Public
Administration,1937.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. São Paulo: RT, 1985.
OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Sistemas, organizações e métodos. São
Paulo: Atlas,1994.
SALDANHA, Clézio. Introdução à Gestão Pública/ Clézio Saldanha. São Paulo: Saraiva,
2006.
34 - O GESTOR NA ADMINISTRAÇAO PÚBLICA
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Douglas Colaço1; Jaqueline Iara1; Ludimila Silva1; Tauany Godo1;
Marise Gonçalves de Oliveira2;
RESUMO Este trabalho aborda o Papel do Gestor na Administração Pública. O gestor é o responsável por planejar, coordenar ações e avaliar políticas públicasem que há utilização de recursos para a produção de bens públicos.A gestão pública é apontada como a solução local dos problemas socioeconômico. O papel do Gestor é conseguir a melhor relação entre recurso, ação e resultado. Portanto cabe ao administrador público ter competências gerenciais para desempenhar uma política de desenvolvimento. Palavras Chave: Excelência. Sociedade. Serviços. 1 Graduandos do Curso de Processos Gerenciais das Faculdades Integradas do Vale do Ribeira (FVR), Registro, SP. ² Graduado em Ciências Contábeis (FVR). Especialista em Controladoria e Auditoria (UNISANTANA). Professora das Faculdades Integradas do Vale do Ribeira. Funcionária Federal do Ministério da Saúde.
INTRODUÇÃO
Não se pode falar do gestor, sem falar em gestão. Segundo o dicionário: Gestão
[Do lat. Gestione.] Substantivo feminino. Ato de gerir, gerência, administração. Portanto,
gestão pública nada mais é do que uma administração dos setores e serviços públicos. E
o gestor público, tanto na esfera federal, estadual e municipal, ele é um líder, um
administrador do povo e que trabalha para atender as demandas sociais, ou seja, o papel
dele é única e exclusivamente para atender as necessidades da população. Utilizando a
arrecadação de recursos e a competência como administrador, elaborando projetos e
fazendo com que esses recursos sejam bem repassados aos setores sociais, tais como: a
educação, saúde, saneamento básico, entre outros.
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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 GESTÃO PÚBLICA
Para NASCIMENTO (2006), a gestão pública é uma prática que deve ser
aperfeiçoada para o alcance de determinados fins: reduzir a pobreza, melhorar a
educação, estimular a competitividade da economia, aumentar a conservação de recursos
naturais e expansão da cultura.
Para AMATO (1971) pode ser definida também como a gestão dos bens e
interesses qualificados da comunidade, nos âmbitos federal, estadual ou municipal,
segundo os preceitos do direito e da moral, visando ao bem comum.
Para FERREIRA (1999), refere-se às funções da gerência pública nos negócios do
governo, mandato de administração. Esse conceito associa gestão a uma determinada
fase de mandato. Neste sentido, a gestão tem as mesmas características da
administração, porém com validade por um determinado período de tempo, isto é, está
também vinculada à lei ou à norma técnica e à política, em determinado período de
tempo.
Para LIMA (2006), Excelência em gestão pública é ser referência em qualidade e
confiabilidade para o cidadão e para a sociedade, que de alguma forma são afetados
pelas atividades/serviços do órgão ou entidade público. A gestão pública diz respeito à
condução de todos os órgãos e entidades do Estado no cumprimento de suas missões
institucionais. O papel da liderança como critério de excelência para um órgão ou
entidade público que deseja alcançar e manter-se em padrão gerencial de classe mundial.
Refere-se à Direção da organização:
Governança corporativa;
Exercício da liderança;
Promoção da cultura da excelência;
Análise do desempenho da organização;
Prestação de contas.
Para LIMA (2006), A excelência em gestão requer liderança que mova e inspire as
pessoas na direção de resultados efetivos, num ambiente de informação e conhecimento.
Capacidade de gestão: Conseguir a melhor relação entre recurso, ação e resultado.
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2.2 OS PRINCÍPIOS DA GESTÃO PÚBLICA
GASPARINI (1995) conceitua-os da seguinte forma:
Legalidade; está associada à gestão pública em toda a sua atividade, presa aos
mandamentos da lei, deles não podendo se afastar, sob pena de invalidação do ato e
responsabilização do seu autor;
Impessoalidade: qualquer atividade de gestão pública deve ser dirigida a todos os
cidadãos, sem determinação de pessoa ou discriminação de qualquer natureza;
Moralidade: os atos e as atividades públicas devem obedecer aos princípios morais.
Publicidade: este princípio torna obrigatória a divulgação dos atos, contratos e outros
documentos da administração pública para conhecimento, controle e início de seus
efeitos.
Finalidade: impõe-se à administração pública a prática dos atos voltados para o interesse
público;
Continuidade: os serviços públicos não podem parar, pois as necessidades da população
não param;
Indisponibilidade: o detentor da disponibilidade dos bens e direitos públicos é o Estado, e
não os seus servidores;
Igualdade: todos os cidadãos são iguais perante a lei e, portanto, perante a administração
pública.
2.3 TIPOS DE GOVERNO
Para NASCIMENTO (2006), O Brasil é composto por três níveis de governo:
GOVERNO FEDERAL, GOVERNO ESTADUAL, e MUNICIPAL. Existem no País 27
estados e 5600 municípios.
Essas divisões de três níveis de governo são esferas de governo e organização de
cada um dos níveis de administração pública. Sendo que dois deles são: Administração
direta, que é regida pelo direito público e exercendo as funções clássicas de governo. E a
Administração indireta, é regulada por normas do direito público e do direito privado,
podendo assumir a forma de autarquia, fundação e fundo. Podemos observar que o
Decreto lei nº200, de 25 de fevereiro 1967, Estatuto da reforma Administrativa, classificou
a administração federal em direita e indireta.
Na esfera federal, a administração direta está caracterizada pela Presidência da
República, pelo ministério e pelos órgãos dos poderes Legislativo e Judiciário. Numa
mesma esfera, a administração indireta se dá por meio das autarquias, fundações de
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empresas públicas e sociedade de economia. O Brasil foi marcado por grandes
investimentos na década de 1960, déficits públicos crescentes e índices de inflações
elevados.
2.4 GESTORES DO BRASIL
Segundo NASCIMENTO (2006), o governo FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
foi o governo que começou a trilhar um caminho de desenvolvimento autossustentado,
sob o patrocínio da transparência e da responsabilidade fiscal. Falando um pouco do
governo de JUCELINO KUBISTSCHEK, produção do setor industrial brasileiro, cresceu
em cerca de 80%, destacando-se as indústrias de aço mecânicas, elétricas e
comunicação.
O Brasil não produzia automóveis antes do governo JK. No entanto, ao final do
governo, a nova indústria automobilística, produz cerca de dois mil automóveis e 51 mil
caminhões. De fato, JK foi desenvolvimento econômico, mas também, de grande criação
cultural.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Portanto, com base nos resultados das pesquisas, conclui-se que um Gestor
precisa estar preparado para exercer tal função, afinal, dependemos da sua excelência
para obter os resultados. Ele tem que olhar para a sociedade e saber das suas
necessidades, para poder fazer um bom trabalho e aplicar o dinheiro público onde
realmente haja necessidade. Um gestor deve mostrar resultados e principalmente
transparência.
REFERÊNCIAS AMATO, P. M. Introdução à administração pública. Rio de Janeiro: FGV, 1971.
FERREIRA, A. B. de H. Novo Aurélio século XXI: o dicionário da língua portuguesa.
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.
GASPARINI, D. Direito administrativo. São Paulo. Garimpo Cultural, 1995
LIMA, Paulo Daniel Barreto. Excelência em Gestão Pública. Recife: Fórum Nacional de
Qualidade, 2006.
NASCIMENTO, Edson Ronaldo. Gestão Pública. São Paulo.Saraiva,2006.