3º CONGRESSO ESTADUAL DE ESCOLA DOMINICAL EM MATO GROSSO.

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3º CONGRESSO ESTADUAL DE ESCOLA DOMINICAL EM MATO GROSSO. EVENTO INTEGRANTE DA PRÉ-INAUGURAÇÃO DO GRANDE TEMPLO EM SINOP.

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PR. SEBASTIÃO RODRIGUES DE SOUZA ..............................................................................5

PR. JOSÉ ANTÔNIO DA SILVA SOBRINHO ...........................................................................7

PROGRAMAÇÃO ...........................................................................................................................8

PRIORIZANDO A ESCOLA DOMINICAL ..............................................................................9

PROF. EV. VICTORIO GALLI FILHO O PROFESSOR APROVADO ................................................................................................11 A DINÂMICA DA COMUNICAÇÃO ......................................................................................16

PR. ALTAIR GERMANO A IMPORTÂNCIA DA PREPARAÇÃO PEDAGÓGICA

DO PROFESSOR DA ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL ..........................................................35

PR. ESDRAS COSTAS BENTO O OFÍCIO DE PROFESSOR DE ESCOLA DOMINICAL ........................................................39

EV. VALDECI DO CARMO A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO PARA OS

PROFESSORES DA ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL ............................................................49

PROFª. JOCINETE AMORIM ESCOLA BÍBLICA DE FÉRIAS ...............................................................................................55

PROFª. EDNA DE MORAES A IMPORTÂNCIA DAS DINÂMICAS E DAS

DATAS COMEMORATIVAS NA ESCOLA BIBLICA DOMINICAL..........................................61

PROFª. ENEDIR DE BRITO MORAES GANHAR CRIANÇAS E ADOLESCENTES PARA CRISTO: ATRAVÉS DA EBD .....................69

PROFª. MÁRCIA CAMPOS ASSUNÇÃO ENSINANDO COM SIGNIFICAÇÃO ....................................................................................79

ÍNDICE

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PALAVRA DO PASTOR PRESIDENTE DA COMADEMATPR. SEBASTIÃO RODRIGUES DE SOUZA

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Pr. Sebastião R. de Souza e esposa Nilda de Paula Souza

Bem-vindos ao 3º CONGRESSO ESTADUAL DE ESCOLA DOMINICAL EM MATO GROSSO.

Esta é mais uma oportunidade para comemorarmos o Centenário da Assembléia de Deus no Brasil, por ser um momento de grandes realizações para a Igreja do Senhor Jesus, em Sinop no Estado de Mato Grosso, onde realizamos este Terceiro Congresso Estadual de Escola Dominical.

Para todo líder que anseia por uma Igreja forte, saudável e organizada , deve dar total apoio à Escola Dominical, que é indispensável para o crescimento da obra de Deus. Devemos conscientizar todo cristão a que freqüente a Escola Dominical, pois ela é a força que a Igreja de Cristo tem para ensinar contra os ven¬tos de doutrinas que tem sido uma ameaça para todos aqueles que foram comprados pelo sangue de Jesus; E este congresso de Escola Dominical trará grandes benefícios para todos os inscritos pois estaremos estudan¬do métodos de ensino da palavra de Deus, e você é o privilegiado neste momento de poder fazer parte deste seminário, com o tema: “Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra”. (II Timóteo 3.16 e 17).

Agradecemos a todos os nossos amados irmãos que se deslocaram das mais diversas regiões de nosso Estado e do Brasil para fazer parte juntamente conosco neste tão importante momento de aprendizagem da palavra de Deus e deixamos o conselho de Paulo a todos : II Timóteo 2.15 “Procura apresentar-te a Deus aprovado como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade”.

Aproveite o máximo de todos os momentos das aulas, e que o Senhor Jesus te de crescimento na Graça e Conhecimento da palavra de Deus.

Que o Senhor Jesus Cristo o Mestre dos Mestres nos ajude a cumprir a nossa tarefa.

Em Cristo Jesus,

Pr. Sebastião Rodrigues de SouzaPresidente da COMADEMAT

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PALAVRA DO PASTOR PRESIDENTE DA AD EM SINOPPR. JOSÉ ANTÔNIO DA SILVA SOBRINHO

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Bem-vindos ao 3º CONGRESSO ESTADUAL DE

ESCOLA DOMINICAL em Sinop, Mato Grosso.

É com grande satisfação que dou as boas-vindas a todos os nossos queridos obreiros, professores e irmãos em geral que estarão participando do 3º Congresso Estadual de Escola Dominical que é sediado em Sinop, por ocasião da Inauguração Parcial do Centro de Evangelismo e Missões e também do Centenário das Assembléias de Deus no Brasil. Sem dúvida é um grande evento, visto ser realizado em um momento histórico, tanto pelo centenário quanto para a igreja anfitriã que sem medir esforços muito lutou para que este momento fosse uma realidade.

Agradeço ao Pr. Sebastião Rodrigues de Souza pela confiança em permitir sediar tão grande evento. Ao Pr. Juvanir de Oliveira pelo apoio e colaboração dado aos nossos superintendentes; aos preletores sem os quais não haveria a possibilidade de aperfeiçoamento didático-pedagógico aos participantes, enfim, a todos os aqueles que direta ou indiretamente trabalharam para que o congresso fosse uma realidade.

Destaco a importância do evento de acordo com o que está registrado em II Timóteo 3.17: “Para que o homem de Deus seja perfeito e instruído para toda boa obra”.

Assim, desejo que os dias 10, 11 e 12 de novembro de 2011 sejam uma benção na vida de todos os participantes.

Sejam bem-vindos!!

Pr. José Antônio da Silva SobrinhoPresidente da AD em Sinop

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3º Congresso Estadual deESCOLA DOMINICAL

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PROGRAMAÇÃO

DIA 10 - QuintaNoiteABERTURA às 19.30hPARTICIPAÇÃO DA GRANDE BANDADIRIGENTES: Pr. Sebastiao Rodrigues De Souza (MT)Pr. José Antonio Silva Sobrinho (MT )PREGADOR: Pr. Juvanir de Oliveira

DIA 11 - SextaManhãORAÇÃO 08.00h As 08.30hDIRIGENTE: Pr. Misael de OliveiraLOCAL: Nave Grande Templo08.30h As 10.00h – Pr. Esdras BenthoDevocional10.30h As 12.00h – Pr. Altair GermanoLOCAL: Sala 01 (Crianças)DIRIGENTE: Superintendente da EBD do Jardim Primavera08.30h As 10.00h - Professora Jocinete10.30h As 12.00h - Professora Marcia

LOCAL: Sala 02 (Crianças)DIRIGENTE: Superintendente do Jd. das Violetas08.30h As 10.00h – Professora Edna10.30h As 12.00h – Professora Jocinete

LOCAL: Sala 03 (Crianças)DIRIGENTE: Superintendente do Jd. Jacarandás08.30h As 10.00h - Ev. Victorio Galli10.30h As 12.00h - Ev. Valdeci do Carmo

LOCAL: Sala 04 (Adolescentes)DIRIGENTE: Superintendente do Jd. Paraíso08.30h As 10.00h - Professora Enedir10.30h As 12.00h - Pr. Esdras Bentho

LOCAL: Sala 05 (Adolescentes)DIRIGENTE: Superintendente do Jd. Boa Esperança I08.30h As 10.00h – Pr. Altair Germano10.30h As 12.00h - Professora Enedir

TardeORAÇÃO 13.00h as 13.30hDIRIGENTE: Ev. Augusto Dos ReisLOCAL: Nave Grande Templo13.30h As 15.00h – Ev. Victorio GalliDevocional15.30h As 17.00h - Ev. Valdeci Do Carmo

LOCAL: Sala 01 (Crianças)DIRIGENTE: Superintendente do Alto da Glória13.30h As 15.00h - Professora Enedir15.30h As 17.00h - Professora Edna

LOCAL: Sala 02 (Crianças)DIRIGENTE: Superintendente do Jd. Primavera13.30h As 15.00h - Pr. Altair Germano15.30h As 17.00h – Ev. Victorio Galli

LOCAL: Sala 03 (Crianças )DIRIGENTE: Superintendente do Boa Esperança II13.30h As 15.00h - Professora Jocinete15.30h As 17.00h - Professora Marcia

LOCAL: Sala 04 (Adolescentes)DIRIGENTE: Superintendente do Novo Estado I13.30h As 15.00h - Ev. Valdeci do Carmo15.30h As 17.00h - Professora Edna

LOCAL: Sala 05 (Adolescentes)DIRIGENTE: Pr. Misael de Oliveira13.30h As 15.00h - Professora Marcia15.30h As 17.00h – Pr. Esdras Bentho

NoiteDIRIGENTE: Ev. Leandro ValendorfLOCAL: Nave do Grande Templo19.30h As 20.30h - Pr. Altair GermanoDevocional20.40h As 21.40h - Pr. Esdras Bentho

DIA 12 - SábadoManhãORAÇÃO 08.00h As 08.30hDIRIGENTE: Ev. Antonio Candido da SilvaLOCAL: Nave Grande Templo08.30h As 10.00h – Ev. Victorio Galli Devocional10.30h As 12.00h – Pr. Esdras Bentho

LOCAL: Sala 01 (Crianças)DIRIGENTE: Ev. Augusto dos Reis08.30h As 10.00h - Professora Edna10.30h As 12.00h - Professora Marcia

LOCAL: Sala 02 (Crianças)DIRIGENTE: Superintendente do Boa Esperança I08.30h As 10.00h – Pr. Altair Germano10.30h As 12.00h - Ev. Valdeci Do Carmo

LOCAL: Sala 03 (Crianças)DIRIGENTE: Superintendente do Jd. Violetas08.30h As 10.00h - Pr. Esdras Bentho10.30h As 12.00h – Professora Enedir

LOCAL: Sala 04 (Adolescentes)DIRIGENTE: Superintendente do Jd. Imperial08.30h As 10.00h - Professora Jocinete10.30h As 12.00h - Ev. Victorio Galli

LOCAL: Sala 05 (Adolescentes)DIRIGENTE: Superintendente do Jd. América08.30h As 10.00h – Professora Enedir10.30h As 12.00h – Professora Jocinete

TardeORAÇÃO 13.00h as 13.30hDIRIGENTE: Ev. Leandro ValendorfLOCAL: Nave Grande Templo13.30h As 15.00h – Pr. Altair Germano Devocional15.30h As 17.00h - Ev. Valdeci do Carmo

LOCAL: Sala 01 (Crianças)DIRIGENTE: Pr. Misael de Oliveira13.30h As 15.00h - Professora Marcia15.30h As 17.00h - Ev. Victorio Galli

LOCAL: Sala 02 (Crianças)DIRIGENTE: Superintendente do São Cristovão13.30h As 15.00h - Professora Jocinete15.30h As 17.00h - Professora Enedir

LOCAL: Sala 03 (Crianças )DIRIGENTE: Superintendente do Jd. Paraíso13.30h As 15.00h – Ev. Victorio Galli15.30h As 17.00h - Professora Edna

LOCAL: Sala 04 (Adolescentes)DIRIGENTE: Ev. Augusto dos Reis13.30h As 15.00h - Pr. Esdras Bentho15.30h As 17.00h - Pr. Altair Germano

LOCAL: Sala 05 (Adolescentes)DIRIGENTE: Ev. Antonio Candido da Silva13.30h As 15.00h - Ev. Valdeci do Carmo15.30h As 17.00h – Professora Jocinete

NoiteDIRIGENTE: Ev. Leandro ValendorfLOCAL: Nave do Grande Templo19.30h As 20.30h – Pr. Altair GermanoDevocional

20.40h As 21.40h – Pr. Esdras Bentho

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REALIZAÇÃOPROGRAMA PRIORIZANDO A ESCOLA DOMINICAL

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Todos os Sábadosdas 18:00h às 19:00hna Rádio

O NazarenoFM 107.9 Mhz

Cuiabá - MT

O programa “Priorizando a Escola Dominical”, tem a imensa alegria em saudar a todos congressistas neste 3º Congresso Estadual de Escola Dominical desejando que todos aproveitem o máximo das plenárias, oficinas e semi-

nários que durante estes três dias de aprendizado e reflexão, tenham uma visão maior da importância que a Escola Dominical tem para a vida da Igreja como um todo, tendo em vista as constantes investidas do adversário da obra de Deus através dos tempos que vem colocando em dificuldades algumas Igrejas que já não estão ensinando a Palavra de Deus como ela é, dando ouvidos a espíritos en-ganadores e falsos mestres (1 Timóteo 4.1).

Somente através dos constantes ensinamentos bíblicos a Igreja do Senhor Jesus estará protegida destes males. A Escola Dominical é uma ferramenta indis-pensável de combate contra estes males, onde o Senhor Jesus expressou a Pedro: “edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mateus 16.18c).

Lutemos com coragem em favor da igreja e apoiemos a Escola Dominical, tendo em mente que devemos crescer na graça e conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo (2 Pedro 3.18).

“Os que à muitos ensinam a justiça refulgirãocomo as estrelas sempre e eternamente”

(Daniel 12.3b).

O Programa PRIORIZANDO A

ESCOLA DOMINICALSaúda-os com muita Alegria

Ev. Leandro ValendorfCoordenador

Pr. Juvanir de OliveiraCoordenador

Pr. Thiago Della RosaCoordenador

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O PROFESSOR APROVADOEv. Victório Galli

PROFESSOR E DEPUTADO FEDERALEV. VICTORIO GALLI FILHO

Priorizando a Família e a Educação

O PROFESSOR APROVADO

Que maneje bem a Palavra da Verdade

II Tm 2.15

CONTINUAMOS APRENDENDO PARA

CONTINUARMOS ENSINANDO

INTRODUÇÃO

Quando falamos em professor aprovado, estamos inserindo todas as prerrogativas exigidas para o bom andamento das aulas ministradas ou seja que se seguem na observação dos seguintes instrumentos:

DIDATICA, A DINAMICA DA COMUNICAÇÃO, ORATORIA, DOMINIO DA MATERIA, DOMINIO DE SALA, POSTURA, MORAL E ETICA.

É dentro destes parâmetros que iremos abordar o nosso assunto:

DIDÁTICA CRISTÃ

A palavra didática (didáctica) vem da expressão grega Τεχνή διδακτική (techné didaktiké), que se pode traduzir como arte ou técnica de ensinar. A Didática é a parte da pedagogia que se ocupa dos métodos e técnicas de ensino destinados a colocar em prática as diretrizes da teoria pedagógica. A didática estuda os processos de ensino e aprendizagem. O educador Jan Amos Komenský, mais conhecido por Comenius, é reconhecido como o pai da Didática Moderna e um dos maiores educadores do século XVII.

TÁ CHATA!

Saiba quando os alunos não gostam da aula e veja como torná-la mais atraente Por Cibele Gandolpho

A cena se repete e é comum nas salas de aula: o professor entra, faz a chamada e fica horas falando na frente dos estudantes, sem nem mesmo reparar que os alunos mal ouvem o que ele está dizendo. O educador, muitas vezes, nem imagina que o método repetitivo e a falta de novas formas de aprendizado acabam se tornando um problema não só para ele, mas, principalmente, para o aluno, que desinteressado, tem dificuldades em aprender a matéria e tirar boas notas.

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3º Congresso Estadual deESCOLA DOMINICAL

“Em muitos casos, o motivo da aula ser chata não é a disciplina, mas sim o próprio mestre. Entediado, o jovem não consegue se concentrar na matéria”, explica o professor Marcelo Peruzzo, que é mestre em Gestão de Negócios e realizou uma pesquisa com 529 estudantes do Brasil sobre como os alunos vêem os professores.

A solução é usar a criatividade em sala de aula e buscar interagir o quanto mais com os alunos. “O professor que não se atualizar vai ficar fora do mercado. Isso porque, as escolas estão cada vez mais pedindo para que os alunos avaliem o professor”, acredita o especialista.

Para a estudante Ana Cléia Carneiro de Almeida, de 19 anos, um dos principais erros dos professores é a repetição. “Eles não mudam o método, não trazem nada de novo. É sempre muito cansativo”, reclama a jovem, que acabou de completar o ensino médio. Ela lembra de um professor de matemática que explicava o tema da aula, mas a grande maioria não entendia. “Ele dizia para a gente ir à mesa dele e perguntar, mas quando a gente chegava lá ficava irritado, dizia que não ia falar a mesma coisa de novo”, relata.

Outro problema que Ana Cléia destaca é a prepotência. “É muito ruim quando o professor está errado e não admite.” A jovem conta que um docente, certa vez, passou um exercício com resultado incorreto e os alunos perceberam. “A gente falou, mas ele dizia que tava certo, insistia, sabe? Depois de um tempo percebeu o que tinha acontecido, mas mesmo assim não admitia, dizia que estava testando a gente.”

A pesquisa do professor Peruzzo confirma: “O principal erro do educador é a arrogância, que está entre os principais problemas apontados na pesquisa pelos alunos”, afirma. “O professor, muitas vezes, para se impor, quer mostrar que sabe tudo e quando não tem a resposta acaba teimando com uma posição errada.” Para o especialista, a solução é a paciência. “Com calma, ele consegue chegar mais próximo do aluno.”

OS PECADOS

No estudo, foram listados os maiores pecados dos professores. Depois da arrogância, vem o professor sabe-tudo, a impaciência dele, desmotivação, autoritarismo, desinteresse, prepotência, o mestre teórico, preguiça e falta de criatividade. “Todos são muito semelhantes e mostram que na maioria dos casos o grande problema é relacionado à falta de comunicação”, analisa Peruzzo.

Diante desses problemas, os alunos acabam descontraindo. “Tenho um professor que quando vai passar a lição de casa ninguém presta atenção. Ele fala baixinho, parece até mesmo que está falando sozinho, sabe? Daí a classe toda dá risada, mas ele não entende o que está acontecendo”, conta Dabbie Olivieri, de 15 anos, aluna do 2° ano do ensino médio.

No entanto, os estudantes também sabem valorizar o docente que se mostra empenhado. “Não gostava de biologia, mas tive um professor que explicava de um jeito tão legal que comecei a me interessar. Ele prendia a atenção e despertava o interesse”, diz Dabbie. Além disso, ela conta que este educador dava na seqüência uma aula e meia, mas que estava sempre preocupado em não torná-la cansativa. “Ele contava histórias sobre a biologia, explicava o porque de tudo”, lembra.

Já na opinião de Talita Santos Martins, de 15 anos, o problema não está no professor, mas sim na disciplina. “Se não gosto da matéria daí ela fica chata.” Mas admite que um professor desinteressado pode piorar a situação. “A disciplina já é cansativa e ele não explica direito. Alguns são confusos, apenas passam o texto e não explicam nada. Parece até que nem sabem do que estão falando”, reclama.

Para Talita, o professor tem que ser interessado: “Deve mostrar que está por dentro, para passar confiança para a gente. Também precisa ser dinâmico, pode trazer um jornal para a sala de aula, explicar as notícias e o que elas mudam na nossa vida, isso é legal.” E a jovem admite que já foi

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O PROFESSOR APROVADOEv. Victório Galli

reclamar de professores para a diretoria muitas vezes. “Precisamos falar, pelo menos para ver se melhora.”

A estudante Francisca Elaine Costa da Silva, de 17 anos, concorda. “Não dá vontade de assistir aula de professor que não gosta do que faz, não tem vontade e não quer ensinar.” Pior ainda, relata que na rede pública de ensino há até mesmo docente que comparece apenas para assinar o ponto. “Já teve casos em que o professor apareceu, mas ficou conversando com outros professores na diretoria, nem veio até a sala”, reclama.

Além dos defeitos, a pesquisa do professor Peruzzo também identificou as virtudes dos professores que deixam os alunos mais satisfeitos. No topo das preferências está o domínio do conteúdo trabalhado, com 16,8% dos votos. Na segunda posição aparecem empatadas a paciência e a humildade, cada uma mencionada por 9,8% do público da pesquisa.

Na seqüência, destacada por 9,1% dos participantes do estudo, consta a capacidade de comunicação. Muitos dos que citaram esse item o associaram à qualidade dos materiais de apoio utilizados pelos professores e a excelência na oratória – ferramentas que podem facilitar a compreensão dos alunos, tornando a exposição em sala mais interessante.

Para o especialista, os resultados alcançados com a pesquisa revelam o desejo dos estudantes por uma relação mais próxima com seus mestres. “Se o professor não for empático com seus alunos, está fadado ao fracasso.”

MOTIVOS E SOLUÇÕES

Veja os principais problemas apontados pelos alunos na pesquisa realizada por Marcelo Peruzzo.

1 – Arrogância: falta de humildade pode ser um problema grave. A solução é ter paciência com

os alunos para que consiga chegar mais próximo deles.

2 – Professor sabe-tudo: aquele que fala, fala e não escuta. O professor precisa perceber que a experiência do aluno também pode agregar conhecimento à aula. O ideal é ser mais humilde. “Há muitos professores que têm conteúdo, mas não sabem a forma de passá-lo. Já aqueles que têm mais articulação em aula e menos conhecimentos acabam ensinando melhor”, diz Peruzzo.

3 – Impaciência: não admite que mude uma vírgula do que programou para a aula. Se tiver amor pelo que faz, vai conseguir compartilhar melhor.

4 – Desmotivação: por motivos variados o professor não tem interesse pelas aulas. É importante lembrar da importância de transmitir o conhecimento e tentar despertar a alegria em lecionar.

5 – Autoritarismo: acha que é o grande líder, impõe o conhecimento e o respeito. Neste caso, o professor deve respeitar o aluno e mudar esse posicionamento.

6 – Desinteresse: precisa de motivação e, mais uma vez, despertar o amor pelo que faz. “Deve olhar para o aluno e lembrar que, por mais que essa seja a enésima vez que diz aquilo, esta é a primeira em que ele está ouvindo”, aconselha o professor.

7 – Prepotência: professor sem carisma. Neste caso, ele acaba fechando o canal com o aluno porque sempre tem razão.

É preciso ter humildade e paciência.

8 – Professor teórico: é aquele que ignora a prática. É possível fazer uma aula atrativa trazendo o mundo real para a sala de aula.

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O 5 “NÃO” DE UM BOM PROFESSOR.

1. Não peça desculpas aos alunos - geralmente estas desculpas são duas: problemas de saúde e desconhecimento da matéria. Se você fizer isto passará uma mensagem negativa para a platéia que não o ouvirá com “bons ouvidos”.

2. Não conte piadas - contar piadas fora do contexto da aula é prejudicial. Poderá causar risos, mas, e depois? Nunca use a piada para “dar graça” a sua matéria.

3. Não comece sua aula com palavras vazias que demonstram falta de objetividade - palavras como bem, bom, aí e então não possuem nenhum significado e ficam soltas, dificultando a conquista do auditório.

4. Não firme posição em assuntos polêmicos - o bom professor deve ser imparcial. Ao tomar posição em um assunto polêmico ( divórcio, drogas, aborto, etc. ) o professor corre o risco de perder a simpatia de boa parte da sala. O professor deve levar a cada aluno a tirar suas próprias conclusões.

5. Não usar chavões ou frases vulgares - Chavões do tipo “oh! Glória!” , “tá amarrado!”, etc. Colocam a sua pessoa como um simples imitador. Todo bom professor tem o seu próprio estilo.

O QUE TODO BOM PROFESSOR FAZ ?

1. Ele aproveita as circunstâncias - Todo bom professor sabe aproveitar bem o tempo (o relógio é o seu melhor amigo ), o lugar ( o espaço físico deve ser observado pelo professor evitando transtornos durante a aula), e a matéria ( o bom professor aproveita todas as informações que a matéria pode lhe passar.)

2. Ele dá uma informação que causa impacto aos alunos - O bom professor procura, na matéria a

ser dada, um fato que seja do desconhecimento do aluno. Todo aluno gosta de ouvir coisa nova.

3. Ele explica tudo - Desde termos simplórios, até definições teológicas. Nunca espere que seus alunos saibam o que você sabe.

4. Ele elogia os alunos - Os melhores professores são aqueles que elogiam os alunos. Faça o mesmo.

5. Ele promete brevidade - Nenhum aluno gosta de professores maçantes. O professor deve ser direto e usar a técnica dos 80/20.

6. Ele levanta reflexões - Como professor você não deve pescar para o seu aluno. Você deve ensinar ao aluno como pescar. Ensinar não é tirar responsabilidades; é dar responsabilidade. Leve seu aluno a Ter opinião própria.

7. Ele demonstra total conhecimento da matéria dada - Isto cativa qualquer sala e controla qualquer medo. Se sei, porque temer?

QUANDO HOUVER UMA PERGUNTA DA QUAL NÃO SEI A RESPOSTA?

• Se a pessoa que perguntou “tem cara” de que sabe a resposta, devolva a pergunta para ele.

• Pode-se “jogar” a pergunta para o grupo;

• Evite dizer que não sabe a resposta. Isto enfraquece a sua reputação.

E QUANDO OS ALUNOS CONVERSAM DURANTE A AULA?• Fale um pouco mais baixo do que eles. Isto

chamará a atenção deles;

• Fale olhando na direção de quem conversa;

• Pare de falar;

• Peça que se cale;

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O PROFESSOR APROVADOEv. Victório Galli

• Retire-se da sala ou sente-se.

• Faça uma pergunta ao conversador.

COMO USAR O QUADRO NEGRO?• Enquanto escrever não pare de falar;

• Não fique na frente do quadro enquanto estiver escrevendo;

• Escreva com um bom tamanho de letra.

E SE EU FOR CONVIDADO PARA DAR UMA AULA DE IMPROVISO?

• A resposta é simples: não vá.

E SE EU ERRAR, O QUE FAZER? DEVO CORRIGIR OU CONTINUAR A AULA?

• Depende do tipo de erro. Se a informação prejudicar o que você está explicando é melhor corrigir. Se foi uma pronúncia errada, que não prejudicará a explicação você deve continuar.

COMO DEVO PREPARAR A MINHA MATÉRIA?

1. Deve-se ver o que se sabe sobre o assunto.

2. Conversar com outras pessoas acerca do assunto.

3. Faça pesquisas. Não se limite à Bíblia.

4. Coloque todas as informações no papel.

5. Distribua as informações dentro do esboço da aula.

6. Treine.

COMO MANTER O INTERESSE DOS ALUNOS?

• Prepare o seu aluno para aula - cite algo interessante logo no início;

• Saia um pouco da matéria e aborde um fato bem-humorado, voltando, em seguida, para a matéria.

E QUANDO DER UM “BRANCO”?

• O “branco” é devido ao excesso de nervosismo, falta de conhecimento profundo e falta de seqüência lógica na apresentação;

• Se ocorrer o “branco” recapitule as últimas informações que você passou para os alunos.

Dicas gerais1) Seja positivo

2) Se prepare para dar a aula.

3) Chegue cedo, antes dos alunos, para recepcioná--los;

4) Conheça o lugar onde você vai dar aula. é im-portante se movimentar antes da aula no local da aula, para evitar futuros “micos”.

5) Sorria.

6) Cumprimente a todos.

7) Trate o aluno pelo nome

8) Olhe sempre nos olhos do aluno quando ele lhe fizer uma pergunta

9) Gesticule ( sem exagero)

10) Movimente-se ( sem exagero)

11) Fale de maneira modulada

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3º Congresso Estadual deESCOLA DOMINICAL12) Evite apoiar-se em uma perna

13) Estimule a participação ativa do aluno

14) Estimule perguntas

15) Estimule discussões

16) Use linguagem coerente com o seu grupo

17) Aprenda a perguntar

18) Saiba ouvir

19) Cronometre o seu tempo de aula

20) Evite interrupções quando o aluno estiver falan-do

21) Em uma discussão não se envolva emocional-mente

22) Tenha contato freqüente com o seu aluno

23) Escreva para o seu aluno

24) Tenha um registro particular de cada aluno

E boa aula!!!

A DINÂMICA DA COMUNICAÇÃO

Ensinar é Repartir Conhecimento

“A missão de ensinar não envolve apenas a mente, o intelecto,

mas também o coração”.

Para que haja um ensino com caráter de missão, o professor deve fazê-lo com muito amor, entusiasmo, alegria e devidamente comprometido com esta tão nobre causa.

Mesmo com todos estes elementos mencionados acima, o professor só conseguirá exercer o ofício de repartir conhecimento, se ele estiver devidamente preparado para este ministério.

1) Leia o capítulo com atenção – familiarizando-se com ele em diversas versões. texto com a finalidade de aplicá-los à sua vida e à vida dos alunos.

2) Identifique a estrutura do capítulo – separando os assuntos nele tratados, coma finalidade de verificar o progresso do pensamento do autor.

3) Verifique o contexto – não deve ser tratado isoladamente, mas está revelando o propósito, mensagem e situação histórica do livro em que está inserido.

4) Pergunte ao texto- questionamento e investigação.5) Amplie o horizonte da pesquisa – utilizando-

se de outras referências bíblicas e materiais de apoio para facilitar a compreensão do texto.

Estar preparado não significa simplesmente encher-se de conhecimento teológico ou acadêmico, mas saber como repartir este conhecimento. Para que isso aconteça faz-se necessário levar em consideração as pessoas que receberão os seus ensinamentos, predispondo-as não só a ouvir, mas a reter e colocar em prática as verdades ensinadas.

O ofício do ensino não consiste somente

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O PROFESSOR APROVADOEv. Victório Galli

na comunicação, mas é na comunicação que demonstramos a arte e a técnica de orientar a aprendizagem através do ensino.

A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM.

O ser humano é um ser comunicativo. Não existe no convívio social a possibilidade de viver sem se comunicar. Quem se comunica bem, com certeza tem maiores êxitos na vida. Em todo relacionamento, se quisermos ser bem sucedidos precisamos aprender a nos comunicar.

O QUE É COMUNICAR.

Comunicar vem do latim comunicare, que significa por em comum, tornar comum. De forma prática é transmitir idéias e informações com objetivos de promover o entendimento entre os indivíduos. No sentido de ensino-aprendizagem é tornar comum o conteúdo ministrado.

O QUE É COMUNICAÇÃO.

O processo de interação entre os seres humanos. “É pela comunicação que os homens se entendem e os problemas se dissolvem”. No sentido de ensino-aprendizagem é o processo que no uso das expressões adequadas tornamos conhecidas as verdades ensinadas.

O PROCESSO DE COMUNICAÇÃO.

Sendo a comunicação o processo de interação entre os indivíduos, cujos pensamentos são compreendidos por meio do código de linguagem, entendemos que inicialmente toda comunicação exige três elementos: emissor, receptor e mensagem.

Emissor - O emissor no caso aqui é o professor, ele codifica e envia a mensagem.

Receptor - O aluno. Ele decodifica e interpreta ou compreende a mensagem.

Mensagem - A finalidade da comunicação está na mensagem, e toda mensagem tem um significado. Ao nos comunicarmos com alguém temos em mente o que pretendemos passar. Para que haja comunicação, é necessária a interpretação do que se quer falar. Se não houver interpretação na comunicação, haverá uma grande falha.

Para uma mensagem ser compreendida ela deve estar em harmonia com os meios disponíveis a serem utilizados no processo ensino-aprendizagem. O conteúdo da mensagem determinará o meio a ser utilizado. Os meios são extensões do homem, foram inventados para facilitar o processo de comunicação. Os canais ou meios de comunicação são: livros, telefone, rádio, jornais, revistas, mídia eletrônica, etc...

COMO O ENSINO CHEGA À MENTE

Segundo os educadores o aluno aprende através dos cinco sentidos. Por isso a necessidade de métodos variados na comunicação.

A comunicação entre as pessoas ocorre por meio de palavras, embora estudos mostrem que apenas 7% das comunicações entre as pessoas ocorram por palavras em si. 38% da comunicação se dão através do tom de voz, e 58% da comunicação entre as pessoas se fazem através da fisionomia ou linguagem do corpo. A expressão facial, os gestos e os movimentos das pessoas definem muito mais o que elas estão dizendo do que as palavras em si.

ALGUMAS DICAS PARA MELHOR SE COMUNICAR

Expressar bem, é traduzir o que deseja através das palavras. Infelizmente muitos irmãos são detentores de um vasto conhecimento, mas não conseguem expressá-lo e desta forma não estão aptos para o ministério do ensino.

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3º Congresso Estadual deESCOLA DOMINICAL

ORGANIZE O QUE SERÁ ENSINADO.

Organizar o que será ensinado é juntar todo o conteúdo e destacar o principal. Ou seja, aplicar o objetivo principal da lição que obviamente está implícito no tema e desenvolvido no comentário. No desenvolvimento da explanação do ensino o professor deve centrar-se no tema da lição. Quando existe organização, o tempo que será usado para ministração é considerado pelo professor ao preparar a sua aula.

FALE COM A ENTONAÇÃO CERTA.

Sala de aula não é local de pregação, e sim de ensino. Neste caso a explanação deve ser bem detalhada e devagar. Isto não impedirá a atuação do Espírito Santo, caso ele queira operar. Todavia, o foco principal da EBD não é arrancar glórias e aleluias dos alunos e sim explanar-lhes a Palavra de Deus. Existem pessoas que ensinam como que se estivessem fazendo uma preleção. Lembremos que ensinar exige esforço e muita renúncia.

SAIBA O QUE FALAR

Faça um propósito de sempre falar do que você tem certeza ou domina bem. O desconhecimento da matéria é uma das causas do medo. Portanto, negue-se a falar o que você não sabe. Nunca afirme posições em assuntos polêmicos, cuja verdade depende do ponto de vista relativista ou de uma corrente teológica.

O PROFESSOR É VOCÊ

Você é o instrumento que Deus usa para ministrar a Palavra. Evite pedir desculpas por não estar bem de saúde ou por não ter estudado a lição. Se você fizer isto passará uma mensagem negativa para o auditório que não o ouvirá com “bons ouvidos”. Este negócio de dizer que você não sabe nada, que o professor é o Espírito Santo e outras desculpas por problemas de saúde em nada edificam e também não

reflete nenhuma humildade.

USE LINGUAGEM SIMPLES

Evite querer usar um vocabulário que não é seu, use linguagem que esteja no nível dos seus ouvintes. Evite palavras que possam impressionar, pois se você não as conhece poderá ficar em uma situação embaraçada. Chame chuva de chuva e orelha de orelha e não os termos rebuscados de precipitação pluviométrica e pavilhão auricular.

SUBSÍDIOS NÃO SÃO MATÉRIAS

O subsídio é muito útil no preparo de uma aula ou palestra, porém ele não é a matéria ou o conteúdo a ser ministrado. Ele serve para confrontar com o que nós já sabemos, serve para ampliar o nosso conhecimento acerca de determinado assunto. Use o subsídio, mas não o transforme em uma cartilha.

Deve-se fazer uso dos comentários extracurriculares a fim de consolidar o conteúdo e não o contrário. Explicações para termos obscuros, personagens citados na lição que são desconhecidos, interpretação de outras correntes teológicas, etc. são alguns dos recursos encontrados no subsídio.

O professore deve ministrar a sua aula com o seu vocabulário e fazendo uso de sua formação e informações adquiridas durante o preparo da lição.

LEIA CONSTANTEMENTE

A leitura proporciona novas concepções, abre novos horizontes culturais e teológicos. Ao depararmos com um determinado autor, nós iremos concordar ou discordar dele. Isso irá proporcionar o exercício da reflexão, da construção de idéias que findará em nos capacitar em uma melhor expressão na hora da comunicação.

A leitura da Bíblia nunca deve ser negligenciada, mas não podemos abrir mão das literaturas teológicas. Bons livros irão aumentar a nossa cultura e ampliar a cosmovisão. Todo bom professor é alguém dedicado à leitura e ao uso da pesquisa.

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O PROFESSOR APROVADOEv. Victório Galli

CONHEÇA O CONTEÚDO DA LIÇÃO

Antes de discordar de um determinado assunto, leia todo o conteúdo da lição. Saiba o que o autor está dizendo para depois você confrontar se for o caso. Lembrando sempre que ao confrontar um assunto abordado, devemos ter como base o que a Bíblia tem a dizer sobre o assunto e não o que eu penso ser o certo.

O PODER DA COMUNICAÇÃO

A comunicação é muito mais do que o simples ato de falar, é um universo com poderosíssimas ferramentas que você, professor, pode usar no dia-a-dia para melhorar a qualidade do seu trabalho. Mas, afinal, o que engloba o universo da comunicação? Segundo o Dicionário Aurélio, “comunicação é o ato ou efeito de comunicar(-se). Emitir, transmitir e receber mensagens por meio de métodos e/ou processos convencionados, quer através da linguagem falada ou escrita, quer de outros sinais, signos ou símbolos, quer de aparelhamento técnico especializado, sonoro e/ou visual”. Ou seja, além da fala, as expressões corporais, o olhar, o silêncio e a maneira de se vestir também são formas importantes de se comunicar.

Mais do que falar durante a aula inteira e passar o conteúdo, o professor precisa conquistar a atenção do aluno, e, para que isso aconteça, é importante utilizar todas as formas que a comunicação oferece.

COMUNICAÇÃO VERBAL

A voz é a grande ferramenta para a comunicação verbal, no entanto, quando usada de forma inadequada, pode trazer prejuízos na qualidade do trabalho e problemas de saúde. Para a fonoaudióloga Patrícia Balata, a voz pode influenciar no desenvolvimento da aula. “Um professor cuja voz está rouca, cansada ou abafada, poderá causar um

desestímulo e, às vezes, uma certa irritabilidade no aluno”, afirma. Segundo ela, isso depende do grau da alteração e da freqüência com que ocorre, mas que tanto o professor quanto o aluno sofrem com a situação. “O primeiro, por ter seu instrumento de trabalho comprometido e ineficiente, e o segundo, por ter seu ministrante, muitas vezes, estressado com o problema”.

O tom de voz é uma característica própria de cada pessoa e deve ser explorado nas modulações, ou seja, dar ênfase correta às palavras para que transmitam a intenção do que deseja destacar. O ritmo também é um aspecto da personalidade. “Normalmente, as pessoas mais ansiosas tendem a falar rápido, enquanto as mais retraídas falam lentamente”, explica Patrícia. No entanto, no exercício da profissão, é contra-indicado os extremos. “Nem muito lento, nem muito rápido”, completa. Para que o ritmo fique apropriado, as palavras devem ser faladas de forma bem articulada e sem exageros. O professor também deve cuidar com os excessos de pausas, pois uma aula assim torna-se cansativa.

Dicas:

1) Evite a monotonia da voz usando ênfases e articulando corretamente as palavras.

2) Beba bastante água antes, durante e depois das aulas.

3) Dinamize a aula com recursos metodológicos interessantes que façam dos alunos elementos ativos e participativos. Assim você poupa a sua voz e explora as habilidades deles.

4) Evite competir com os alunos quando a sala estiver barulhenta. Às vezes, o silêncio comunica e exige mais do que um grito.

O CORPO TAMBÉM FALA

A comunicação não verbal, ou seja, a expressão corporal, as atitudes, o silêncio e o vestuário são tão importantes quanto a comunicação verbal. “O professor não é um animador de auditório, mas deve ser um bom comunicador”, diz Thelma Rodrigues dos Santos, professora e atriz graduada em Artes Cênicas.

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3º Congresso Estadual deESCOLA DOMINICAL

Segundo Thelma, o primeiro passo é o conhecimento de si próprio e a aceitação do seu corpo. Ela explica que geralmente na infância, os pais chamam a atenção das crianças usando termos como “fique quieto”, “não faça isso”, “não faça aquilo”. Inconscientemente, essas crianças, quando adultas, ficam bloqueadas. “Daí as pessoas dizem que não sabem porque ficam tensas diante de outras pessoas”. A partir do momento que o professor conseguir se expressar melhor e usar o corpo como ferramenta, será beneficiado não só no seu trabalho, mas também na sua vida pessoal.

“Ele vai aliviar as tensões, vai ficar mais espontâneo e terá maior domínio de suas ações”, diz Thelma.

CONHECENDO O SEU PÚBLICO

Como os palestrantes, que antes de iniciar o discurso procuram conhecer o público para o qual irão falar, os professores também precisam saber qual é o universo de seus alunos. É importante conhecer hábitos, manias, gostos e o perfil da turma para se comunicar melhor com ela. No livro A Magia da Comunicação, o médico e palestrante Dr. Lair Ribeiro afirma que cada estudante tem uma maneira diferente de prestar atenção na aula. Para os alunos que percebem mais o movimento, o professor precisa andar de um lado para o outro da sala e fazer com que eles participem da aula. Alguns alunos prestam mais atenção nos sons, então o educador tem de alternar o ritmo e o tom da fala e se expressar claramente. E para aqueles que são visuais, o professor tem de usar o quadro, apresentar slides e gesticular.

Caminhe com serenidade e determinação. Sua atitude confiante inspira respeito e credibilidade.

Mantenha sua coluna ereta. Você ficará mais elegante e sua voz sairá com mais clareza.

As mãos devem ficar ao longo do corpo ou descansadas acima da linha da cintura, para estarem mais próximas do gesto. Não fique brincando com objetos.

Mantenha um ritmo em seu movimento: movimente-se, pare, fale, movimente-se.

Quando for ler algo, olhe 75% do tempo para

o papel e 25% para os ouvintes. Neste caso, a sua voz, gestos, e fisionomia devem ser mais expressivos para que a atenção dos alunos não disperse.

Olhe para os alunos. O contato visual é muito importante. Passeie o olhar, olhando para todos. Olhe nos olhos dos alunos e não para a testa ou por sobre as cabeças.

A face deve transmitir interesse, simpatia, entusiasmo e alegria.

Os olhos devem estar impregnados de sentimentos e emoção. O que você fala deve ser transmitido através deles.

Sorria sempre, mas com o coração. O sorriso abre espaço para a amizade e a fisionomia alegre contagia o ambiente. Quando você sorri, está dando liberdade para seus alunos sorrirem também.

Quando há grande distância entre o professor e a última fila da sala de aula, a movimentação e os gestos devem ser mais amplos.

Busque a expressividade. Quanto mais expressivo o professor, maior o carisma.

Seja bem humorado. Um toque de humor deixa o ambiente menos formal e cativa os alunos. Quando o professor “brinca”, os alunos relaxam e se sentem mais próximos, gerando uma atmosfera amistosa.

No teste abaixo você conseguirá detectar o canal predominante da sua comunicação:

1. Eu gostaria de fazer este teste: a) por escrito b) verbalmente c) realizando tarefas

2. Para me agradar é só me dar algo: a) bonito b) sonoro c) útil 3. Eu tenho mais facilidade em recordar nas pessoas: a) a fisionomia b) nome c) as atitudes

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O PROFESSOR APROVADOEv. Victório Galli

4. Aprendo mais facilmente: a) lendo b) escutando c) fazendo 5. Atividades que mais me atraem: a) fotografia/pintura b) música/oratória c) escultura/dança

6. Na maioria dos momentos, eu prefiro: a) observar b) escutar c) fazer 7. Recordando os momentos felizes, vêm-me à mente: a) as cenas b) os sons c) as sensações

8. Durante as férias, gosto de: a) visitar lugares bonitos b) repousar em lugares silenciosos c) participar de atividades físicas 9. Valorizo nas pessoas, principalmente: a) a aparência b) o que elas dizem c) o que elas fazem 10. Acho que alguém gosta de mim quando: a) dá presentes b) faz elogios c) tem atitudes positivas comigo 11. Das três ações seguintes, prefiro: a) focalizar b) sintonizar c) movimentar 12. Valorizo mais: a) o aspecto b) o ritmo c) a coordenação

13. Meu carro preferido é: a) charmoso b) silencioso c) confortável

14. Quando estou interessado em algo, procuro: a) olhar bem b) ouvir com atenção c) participar 15. Para decidir, utilizo mais: a) o que vejo b) o que escuto c) o que sinto 16. O que mais me incomoda:a) luminosidade forte b) barulho c) coceira 17. A qualidade que mais me agrada é: a) colorido b) afinado c) saboroso 18. A característica fundamental em uma peça de teatro é a: a) iluminação b) eloquência c) gesticulação

19. Meu passatempo favorito é: a) observar o belo b) ouvir sons harmoniosos c) dançar ou fazer exercícios 20. O programa que eu escolheria com mais gosto seria: a) visitar uma exposição b) ir a um concerto c) ir a um parque de diversões

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3º Congresso Estadual deESCOLA DOMINICAL

Conte quantas vezes você indicou cada letra e passe os totais para o quadro a seguir:

a) VISUALb) AUDITIVO c) CINESTÉSICO

O maior resultado indica seu canal de percepção predominante e o menor mostra em que aspectos você precisa melhorar em sua comunicação.

CONCLUSÃO

Que Deus possa ricamente abençoar a todos que se predispuseram a gastar um pouco do precioso tempo para ouvir esta pequena explanação sobre comunicação. Na jornada do saber, iremos sempre trilhar por caminhos íngremes, mas não podemos desistir quando estivermos frente aos obstáculos. A todos que ensinam, desejo que o Espírito Santo os capacite cada vez mais para o exercício desse glorioso e árduo ministério.

A ORATÓRIA PARA PREGADORES E PROFESSORES DA EBD

Oratória: é em resumo, a arte de se falar em público.

Retórica: A arte de bem falar. Conjunto de regras relativas à eloqüência.

Eloqüência: A força de dizer. A faculdade de dominar por meios das palavras o animo de quem ouve. Talento de convencer. Deleitar ou comover. Arte de bem falar.

Homilética: A arte de pregar sermões religiosos.

Orador: Pessoas que discursam bem em publico, que tem o dom da palavra, pessoas eloqüente.

Discurso: Disposição metódica sobre certo assunto. Reprodução de palavras de alguém nos termos exatos na terceira pessoa.

A Oratória dinâmica visa despertar a rapidez na emissão de mensagens; com direcionamento lógico e preciso das informações que pretendemos levar a um grupo de pessoas, agindo com persuasão homogêneas.

Na Antigüidade houve, dois grandes oradores. Um foi Cícero, o outro Demóstenes. Quando Cícero falava, as pessoas aplaudiam e elogiavam: “Que grande discurso!” Quando Demóstenes terminava, o povo dizia: “Marchemos!” Esta é a diferença entre apresentar um discurso e persuadir.

O sucesso da oratória consiste na eficácia da persuasão. Envolver o publico.

Algumas pessoas acreditam que é inconveniente ter o controle da persuasão. Mas no mundo em que vivemos, a persuasão e um fato pertinente. Há sempre alguém persuadindo alguém. Ou você persuade ou é persuadido.

Nos dias de hoje, são muitos os mecanismos poderosos para persuasão em massa. Isto significa, mais pessoas bebendo Coca Cola, mais pessoas comprando carro novo, mais dona de casa usando Bom Bril, porque tem “mil e uma utilidades.”

Estamos constantemente rodeados por pessoas com tecnologia, para nos persuadir a fazer ou comprar alguma coisa. Muitas dessas pessoas gastam bastante dinheiro para persuadir através da propaganda.

Observe que uma boa propaganda, campanha política, ou apelo, usam de imagens e sons que atraiam e afetam nossos três sistemas representativos que são o auditivo, visual e sinestésico.

O MEDO DE FALAR EM PÚBLICO

Pesquisas mostram que, nos EUA, o medo de se falar em público é maior do que o medo de morrer. Este medo ( caracterizado pelo famoso “frio na barriga” ), é um dos maiores inimigos do professor da EBD e pregadores.

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O PROFESSOR APROVADOEv. Victório Galli

QUAIS AS CAUSAS DO MEDO DE SE FALAR EM PÚBLICO?

1) Traumas infantis - é uma das causas mais comuns entre os professores. Geralmente, este trauma surge de “apresentações improvisadas” dentro das salas de aula de ensino infantil. Lembra-se daquela professora que lhe obrigou a recitar um texto na frente da sala naquele dia traumático ( e que você tremeu mais que vara verde! )? Pois é, profissionais assim são responsáveis pela maioria dos casos de traumas de se falar em público.

2) Desconhecimento da matéria - o total, ou parcial, despreparo na matéria da qual falamos nos gera insegurança: temos medo de que alguém faça uma pergunta acerca de um tópico do qual não estudamos bem.

3) Insegurança - o medo de se expressar e não Ter o resultado desejado pode estar “minando” o seu potencial criativo.

COMO CONTROLAR O MEDO?

Certo orador famoso falou que “nenhum curso ensina como perder o medo de se falar em público. O que pode ser aprendido é como dominar o nosso medo”. O que passaremos agora são recomendações úteis para se controlar o medo.

1) Controle seu nervosismo - não alimente a chama do seu nervosismo. Roer unhas, colocar as mãos no bolso, mexer os dedos, etc. - são atos que alimentam o nosso nervosismo. Evite-os.

2) Quando o medo aparecer encare-o normalmente - quando os sintomas do medo aparecer em você (suor, empalidecimento, tremores, etc.) encare-os como algo comum. Todos os grandes oradores que você admira passam pelas mesmas situações que você; só que com uma diferença: eles aprenderam a controlar o medo.

3) Tenha uma atitude correta - os psicólogos falam que o “corpo fala”; geralmente esta linguagem é estampada em nossos corpos através de gestos. Normalmente os nossos gestos são inconscientes e as pessoas observam isto. Nossos gestos mostram o que se passa em nosso íntimo. Portanto, quando for dar uma aula, ou preleção, apresente-se de uma maneira que passe segurança a quem lhe ver.Tenha passos firmes e tranqüilos. Isto passará para o auditório uma imagem positiva ao seu respeito.

4) Saiba o que falar - faça um propósito de sempre falar do que você tem certeza ou domina bem. Como vimos anteriormente, o desconhecimento da matéria é uma das causas do medo. Portanto, negue-se a falar o que você não sabe.

5) Não adquira “vícios de orador” - Mãos no bolso, segurar canetas, segurar revistas, segurar livros, etc. Estes são algum “alivia-medo” mais comuns nos meios pedagógicos. Estes “vícios” em nada ajudam em controlar o nervosismo. Por isso, evite-os; pois poderá cansar o auditório. Cuidado com os vícios de linguagem ( né, ta, viu, etc.).

6) Chame a sua voz com a respiração – Antes de falar é ideal fazer um relaxamento dos ombros, cabeça e pescoço. Para passar do silêncio para o som, as cordas vocais estarão se aproximando para realizarem uma vibração, por isso, comece a falar com cuidado, suavemente, para não depender demasiada força. O nervosismo deixa a voz enroscada na garganta e cada frase é pronunciada com dificuldade, aumentando assim a intranqüilidade de quem fala. Tossir, pigarrear, além de ser desagradável aos ouvidos de quem ouve não resolve o problema, pelo contrário, pode agrava-lo. Se ocorrer um desequilíbrio na voz, durante a aula, chame a sua voz respirando profundamente e ficando tranqüilo.

7) Pratique - O medo de se falar em público só é controlado quando praticamos. Com o tempo você fará tudo automaticamente. Não

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3º Congresso Estadual deESCOLA DOMINICAL

se preocupe se hoje você não fez “grandes coisas”. Amanhã pode ser o seu dia. Lembre-se: todos aqueles que você admira falar, já passaram pelo que você passa.

8) Lembre-se - Quando se postar diante de um auditório lembre-se destas técnicas e de que você não deve nada a ninguém. A melhor recompensa que um orador pode receber é a atenção que os ouvintes podem lhe dar.

9) Observar as pessoas - a fim de definir o assunto de interesse delas.

10) Desperte o interesse - Sempre despertar o interesse e a curiosidade do publico a fim de fugir da oratória maçante.

Observe o comportamento do auditório, pois este serve de base para avaliação do desenvolvimento e recepção do sermão.

O olhar, os braços, a expressão facial, a postura do ouvinte são elementos que nos falam e transmitem mensagens em códigos que quando bem captadas lhe dá uma visão geral de seu desempenho e do andamento da pregação. Assim poderá se adequar ao momento e até mesmo dar um outro rumo em sua pronunciação.

PERGUNTAS BÁSICAS SOBRE TÉCNICAS DE ORATÓRIA

Como se usa o microfone?• não toque no fio;• não bata nem limpe o microfone diante do

público;• não comente nada, com ninguém, próximo ao

microfone;• antes de começar a falar regule bem o

microfone; • analise qual à distância que você deve

falar do microfone. Aconselhamos uns 30 centímetros;

• deixe o auditório ver o seu rosto. Deixe o microfone uns cinco centímetros abaixo do queixo;

• ao falar não segure no pedestal e fale sempre olhando sobre o auditorio;

• não grite;• se precisar segurar o microfone na mão evite

gritar. Segure o microfone com a mesma distância que começou a predica.Nunca de as costas para o publico. Isto

demonstra indiferença, e arrogância.

COMO MANTER O AUDITÓRIO ACORDADO?

Observe o comportamento do auditório, pois este serve de base para avaliação do desenvolvimento e recepção do sermão.

O olhar, os braços, a expressão facial, a postura do ouvinte são elementos que nos falam e transmitem mensagens em códigos que quando bem captadas lhe dá uma visão geral de seu desempenho e do andamento da pregação. Assim poderá se adequar ao momento e até mesmo dar um outro rumo em sua pronunciação.

Note exemplo de uma pessoa que como um todo, oferece grande resistência;

• As pernas presas aos pés da cadeira revela que a pessoa está segura em sua posição e não abre mão do seu ponto de vista;

• Os braços cruzados indicam resistência, proteção ou dúvida;

• O rosto mostra que a pessoa não te olha nos olhos, desinteresse, receio, acanhamento ou medo;

• Os olhos indicam desconfiança.

É importante destacar que estas posições nem sempre acontecerão ao mesmo tempo.

Há casos que somente alguns destes elementos estarão presentes. O pregador deve estar atento ao comportamento geral dos ouvintes.

Em grandes auditórios, com muitos ouvintes, não se pode observar características isoladas, mas o todo.

• Quando muitos ouvintes estão folheando a bíblia ou outras literaturas podem estar procurando algo mais interessante ou importante, para eles, do que ouvir a mensagem;

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O PROFESSOR APROVADOEv. Victório Galli

• Conversação geral é desinteresse ou cansaço psicológico da congregação;

• Movimentos constantes com o corpo, bem como levantar-se a todo momento, é sinal de cansaço físico pelo tempo da programação;

• A forma como estão sentados (postura).

Obtenha sempre uma resposta do público.

Use desses recursos:

Sinestesia - pressão, a intensidade da evolução da oratória. Perceba o comportamento do publico. Use os sistemas representativos.

Temperatura - temperamento da oratória. Nível de agressividade, da emoção, do humor.

Textura - Contagiar o publico. ir buscar, pegar o publico. Use o senso de humor e alegria. Faça transparecer se seguro, forte, e confiante com muita fé, no que estiver transmitindo, a fim de contagiar o publico e conquistar o Carisma. Movimente-se com moderação. Use várias tonalidades de voz:

Intensidade: Cuidado para não usar a intensidade de forma inadequada. Ex.: Falar excessivamente alto em situações onde não é exigido este esforço como, ao telefone ou com uma só pessoa. Leia uma lista de palavras ou texto com voz suave, como quem não quer acordar ninguém. Fale, mas não sussurre.

Altura: Classifica-se em grave, média e aguda. Devemos empregar o registro médio para falar. As vozes bem impostadas não apresentam diferenças de timbre na passagem de um registro para o outro. Fale a seqüência de dias da semana prolongando a última vogal. Ex.: Segunda, a,a,a,.. Observe o tom que você emitiu e tente gravá-lo na memória.

Timbre: É a melodia da voz. O timbre é proporcionado pelo sistema de resistência e depende das qualidades físicas do falante.

Ritmo: Movimentos com sucessão regular de sons fortes com relação a elementos fracos. É pela observação do ritmo da respiração e identificação com a pulsação que se pode obter uma harmonia adequada, tanto ao movimento como a fala.

Inflexões: As inflexões são ondulações da voz que se elevam ou se abaixam, quando expressamos o nosso pensamento. Toda frase falada descreve uma curva melódica. Vejamos “Bom dia!” pronunciado com várias modulações:1) Indiferente2) Natural3) Atencioso4) Alegre5) Surpresa6) Raiva

O pregador precisa saber interpretar e exprimir bem os sentimentos para que sua pregação tenha mais “vida”. Saber expressar o que está escrito no texto e seus próprios sentimentos.

Vamos ao exercício: Procure exprimir com clareza os seguintes sentimentos de acordo com as frases:

Vontade – “Hei de vencer, haja o que houver” “Tudo posso naquele que me fortalece”.

Alegria – “Como é boa a vida!”. “Jesus me libertou!”

Coragem – “Irei e enfrentarei a situação.” “Se Deus é por nós quem será contra nós?”

Medo – “Estão nos perseguindo”

Orgulho – “Consegui uma promoção por bons serviços prestados”

Humildade – “Quem sou eu, meu caro amigo”

Surpresa – “Tirei em primeiro lugar no concurso”

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3º Congresso Estadual deESCOLA DOMINICAL

Importante:

1) Não fale com muita intensidade, reserve forças para o ponto culminante.

2) Não deixe que a voz caia nas últimas sentenças das palavras.

3) Respire de forma disciplinada 4) Varie a força, a velocidade e o ritmo da voz

para não cansar a platéia.5) Leitura do sermão somente em solenidade ou

formaturas especiais.

APRESENTAÇÃO EM PUBLICO

A apresentação pessoal é muito importante. Sua credibilidade está vinculada ao traje. Havia uma propaganda que dizia: O mundo trata melhor quem se veste bem, e isto é uma grande verdade.

Apresentação de paletó e gravata: demonstração de poder.

Apresentação com gravata sem paletó: demonstração de semi poder.

Postura: sempre ereto, cabeça erguida.

CARACTERÍSTICAS DE UM BOM PROFESSOR

As características do professor estão muito ligadas à sua personalidade e ao seu caráter.

Estas características são também individuais e dependem da situação e da matéria.

Sugerimos que você faça uma lista que contenha 5 (cinco) características de um bom e experiente professor.

Geralmente os educadores estão de acordo com respeito às qualidades necessárias.

Como resultado de um seminário, professores elaboram uma lista que contém as características (importantes) de um bom professor, a saber:

1) Conhece profundamente a matéria a ser ensinada.

2) Prepara cada aula de forma específica, identificando claramente o objetivo de cada

lição e aula.3) Explica aos alunos o objetivo da lição.4) Explica o motivo da tarefa a ser realizada.5) Cria um ambiente agradável para o

aprendizado.6) Gosta de trabalhar com os alunos.7) Dá instruções claras e é bem organizado.8) Apresenta o conteúdo da matéria com

modelos ou exemplos.9) Mantém-se dentro dos limites do objetivo.10) Exige muito dos alunos, treina-os para que

sejam responsáveis quanto ao estudo.11) Atua de maneira constante.12) É dedicado e responsável, exige muito de si

mesmo.13) É criativo, versátil na maneira de ensinar,

possui novas idéias e novos materiais.14) É entusiasta e enérgico, porém aceita idéias

dos alunos.15) Notifica o aluno quanto ao seu aproveitamento.16) É flexível, está sempre disposto a dar e receber

(aconselhar e escutar).17) Provê oportunidades de aprendizagem para

os alunos atrasados ou avançados sem causar embaraços, isto é, adapta o ensino segundo as necessidades individuais dos alunos.

18) Estimula a sala de aula para que haja respeito mútuo e cooperação (lições e pesquisas em grupo).

19) Trata os alunos como indivíduos.20) Respeita as opiniões dos alunos, reagindo

sempre de maneira construtiva.21) Encoraja os alunos a melhorar e ter um bom

conceito de si mesmos.22) Tem senso de humor, expressa seus

sentimentos e atitudes.23) Tem um relacionamento amigável com os

alunos, mantendo a disciplina.24) Coopera com os outros professores.25) Veste-se de forma adequada.26) Usa métodos de ensino comprovados.27) Continua seu desenvolvimento profissional.28) Conhece a vida pessoal dos alunos.29) Importa-se em conhecer a comunidade e os

recursos locais.

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O PROFESSOR APROVADOEv. Victório Galli

Várias pesquisas indicam cinco pontos essenciais que descrevem um bom professor. São eles:

1) Conhecer bem a matéria.2) Tratar os alunos como indivíduos e ser

amigável.3) Ser criativo, entusiasta e inovador no preparo

das aulas.4) Ser exigente e manter a disciplina.5) Manter-se dentro dos limites do objetivo.

CARACTERÍSTICAS DOS ALUNOS DESSES PROFESSORES

1) Demonstram conhecimento da aula.2) Têm uma atitude amigável uns para com os

outros e para com o professor.3) São responsáveis quanto ao aprendizado.4) Respeitam o currículo e a escola.5) Aprendem conceitos, habilidades e atitudes

conforme o currículo, segundo os resultados dos testes correspondentes.

6) Demonstram um comportamento que indica uma atitude positiva para com os outros alunos e para consigo mesmos.

7) Geralmente não existe nenhum problema de comportamento em sala de aula.

8) Aprendem muito mais e melhor.

COMO ALCANÇAR CADA UM QUE

DEUS LHE CONFIOU PARA ENSINAR

Quem são seus alunos?

1. APRENDIZES INTERATIVOS

Por que eu preciso disto?

São pessoas curiosas, observadoras e sensíveis que aprendem melhor em contextos que possibilitam o desenvolvimento de relacionamentos interpessoais. Compartilham com facilidade suas experiências promovendo o contexto para o aprendizado.

Gostam de falar sobre suas experiências de vida. Aprendem melhor ouvindo e compartilhando idéias. Eles vêem o quadro geral de forma panorâmica com mais facilidade que os pequenos detalhes e aprendem mais usando os sentidos. Geralmente conseguem ver todos os lados das questões apresentadas. Sem eles, outros alunos talvez não entendam o valor pessoal do que será ensinado.

2. APRENDIZES ANALÍTICOS

O que a Bíblia diz sobre a minha necessidade?

São pessoas que precisam aprender algo novo na aula. Gostam de aprender fatos e conceitos novos. Adquirem conhecimentos observando e ouvindo. Eles esperam que o professor seja o principal fornecedor das informações. São fortes observadores das responsabilidades e compromissos de seu professor e visam a perfeição das respostas corretas. Querem primeiro obter todos os dados para depois tomar uma decisão, aliás, se decepcionam quando o professor foge do método tradicional. Sem eles outros alunos talvez não adquiram uma compreensão

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3º Congresso Estadual deESCOLA DOMINICALintelectual da Bíblia.

3. APRENDIZES PRAGMÁTICOS

Como funciona o que a Bíblia ensina?

São pessoas que precisam ver se o que aprenderam faz sentido imediato. Gostam de fazer experiências. Aprendem melhor quando aprender combina com fazer. Gostam de testar as informações recebidas no mundo real para aplicar o que aprenderam. Usando suas próprias idéias gostam de analisar e esclarecer os problemas. Se sobressaem quando lidam com o que é prático e de importância imediata para eles. Para eles fé é ação. Sem eles outros alunos talvez não pratiquem os valores bíblicos.

4. APRENDIZES DINÂMICOS

Como usarei o que aprendi?

São pessoas que encontram maneiras criativas de usar o que aprenderam. Gostam de ação como parte indispensável do processo ensino-aprendizagem. Possuem grande capacidade de iniciativa e enfrentam muito bem os riscos e as mudanças. Encontram prazer em começar algo novo e deixar marca pessoal em uma idéia. Gostam de descobrir maneiras criativas de exercitar a fé. Sem eles outros alunos talvez não descubram como colocar sua fé em ação.

Como ensiná-los?

A lição deve ser desenvolvida observando as diferenças individuais e com as seguintes perguntas-chave:

INTERATIVO ---> Por que preciso saber isto? (significado)

ANALÍTICO O ---> que precisos saber? (conteúdo)

PRAGMÁTICO ---> Como isto funciona? (experiência)

DINÂMICO ---> Em que isto pode transformar-se? (aplicação)

PASSO 1 – Inicie com a contribuição dos aprendizes interativos.

O professor deve começar sua aula captando a atenção dos alunos e usando informações que eles já possuem. Depois deve dirigir a atenção dos alunos aos objetivos pré-estabelecidos.

Aprendizes interativos podem ajudar a classe a entender o “por quê” da lição se baseando em experiência e conhecimentos passados e compartilhando com os colegas a importância do estudo em pauta. Eles assumem a liderança da discussão e propiciam o ambiente propício para responder a pergunta:

Por que esta lição é importante para mim?

PASSO 2 – Apresente o conteúdo da lição com a contribuição dos aprendizes analíticos.

Nesta segunda fase o professor deve apresentar o conteúdo da mensagem e acrescentar novos fatos ou conceitos (contemporâneos ou não) ao assunto em pauta. Aprendizes analíticos podem ajudar com informações ligadas ao tema em estudo e enriquecerão o conteúdo apresentado porque estarão sempre buscando resposta a esta pergunta:

O que preciso saber?

PASSO 3 – Explore o conteúdo da mensagem com a contribuição dos aprendizes pragmáticos.

Nesta fase o professor deve destacar o lado prático da mensagem bíblica apresentada. Ou seja, ensinar como tornar útil o que aprenderam.

Os aprendizes pragmáticos podem ajudar com sua larga habilidade de fazer experiências, no cotidiano, com as informações recebidas. Com certeza vão querer descobrir:

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O PROFESSOR APROVADOEv. Victório Galli

Como fazer funcionar na minha vida o que aprendi?

PASSO 4 – Conclua sua aula com a contribuição dos aprendizes dinâmicos.

Nesta fase o professor deve incentivar seus alunos a explorarem as possibilidades do que sabem e do que aprenderam.

Os aprendizes dinâmicos podem ajudar com uma porção de idéias para expandir o que aprenderam e empolgar toda a classe para a ação. Estarão abertos para descobrir:

O que isto pode me transformar?

Professor, para que sua aula obtenha êxito é preciso que você descubra qual é o estilo de aprendizagem que predomina em suas concepções pedagógicas.

Depois de ler cada frase indique a afirmação que se aplica a você.

M = muito R = razoavelmente P = pouco N = nunca

1) Faço meu trabalho melhor quando estou com outras pessoas.

2) Gosto de um ambiente de trabalho colorido.3) Gosto de elaborar respostas dissertativas

mais do que preencher lacunas com respostas definitivas.

4) Vejo-me como amigo de meus alunos.5) A pior classe que poderia ocorrer na minha

classe é que os alunos não conseguisse relacionar-se.

6) As pessoas descrevem-me como uma pessoa agradável.

7) Parte da minha identidade está baseada no número de amigos que tenho e na força destes relacionamentos.

8) Três palavras que me descrevem são: amável, participativo, carinhoso.

9) Faço meu trabalho melhor sozinho, após conseguir as informações que preciso de livros ou outros professores.

10) Gosto de trabalhar em uma escrivaninha ou em uma mesa.

11) Gosto de resolver problemas encontrando a resposta certa.

12) Eu me vejo como transmissor de informações para meus alunos.

13) A pior coisa que poderia acontecer em minha classe é que meus alunos não aprendessem os fundamentos de sua fé.

14) As pessoas descrevem-me como alguém talentoso.

15) Parte da minha identidade está baseada em quanto os outros acham que sou talentoso.

16) Três palavras me descrevem são: racional, analítico e talentoso.

17) Faço melhor meu trabalho sozinho, reunindo informações que funcionem.

18) Gosto de trabalhar com minhas mãos tanto quanto com minha mente.

19) Gosto de resolver problemas conferindo minhas próprias idéias.

20) Vejo-me como um treinador, ajudando meus alunos a fazerem o que precisa ser feito.

21) A pior coisa que poderia acontecer em minha classe é que os alunos não aprendessem a viver sua fé de modo prático.

22) As pessoas descrevem-me como um trabalhador eficiente, uma pessoa produtiva.

23) Parte da minha identidade própria está baseada em quão bem funcionam minhas criações.

24) Três palavras que me descrevem são: ativo, realista, prático.

25) Faço meu trabalho melhor formulando novas idéias e tentando coisas que muitos não arriscariam.

26) Gosto de brincar com novas idéias, formando suposições sobre o que funciona.

27) Gosto de resolver problemas imaginando soluções ou seguindo intuições.

28) Vejo-me como um facilitador ou estimulador de idéias para meus alunos.

29) A pior coisa que poderia acontecer em minha classe é que os alunos não aproveitassem o

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3º Congresso Estadual deESCOLA DOMINICAL

que aprenderam para tornar este mundo um lugar melhor.

30) As pessoas descrevem-me como uma pessoa muito criativa.

31) Parte da minha identidade própria está baseada em quantas idéias novas eu tenho.

32) Três palavras me descrevem: curioso, líder, criativo.

RESPOSTAS

1 a 8 – interativo9 a 16 – analítico17 a 24 – pragmático25 a 32 – dinâmico

O PERFIL DO PROFESSOR DA EBD COMO SER MORAL E ÉTICO

Em se tratando do perfil de um professor, iremos abordar alguns pontos relacionados ao aspecto social, moral e ético, dentro de uma perspectiva bíblica.

1. O professor como um ser moral.

Deus criou o homem à sua imagem e semelhança (Gn 1.26-27; Ef 4.24). Como bem afirmou Hodge (2001, p. 555), conforme os teólogos reformados e a maioria dos teólogos de outras divisões da Igreja, a semelhança do homem com Deus incluía, dentre outros pontos, sua natureza intelectual e moral. Como ser moral entende-se que o homem é dotado de uma natureza com poderes que capacita a agir de maneira certa ou errada. Esses poderes são o intelecto ou razão, o sentimento e a vontade. Em conexão com estas faculdades humanas está a atividade da consciência, que envolve todos os poderes, e sem a qual não pode haver nenhuma ação moral (STRONG, 2003, p. 64-65; THIESSEN, 1988, p. 158). Estes poderes ou faculdades humanas atuam da seguinte forma:

• O intelecto ou razão habilita o homem para discernir, avaliar entre o certo e o errado;

• A sensibilidade ou sentimento o inclina, o

move para o certo ou o errado;• A vontade livre concretiza, faz.

Um claro exemplo da atividade destas faculdades humanas operando, conforme Leite Filho (1997, p. 62) pode ser vista no filho pródigo (Lc 15.11-32):

• A consciência o acusou (v. 17a);• O intelecto o fez refletir (v. 17b);• O sentimento o inclinou (v. 18, 19);• A vontade o fez agir (v. 20);

Vale lembrar, que em razão de sua falibilidade, a consciência humana não é o árbitro final do julgamento de suas ações. O que é direito, o que é justo, em última instância, é determinado pelo caráter de Deus, manifesto em sua Palavra.

O homem, criado a imagem e semelhança de Deus, é um agente racional, moral e, portanto, também um agente livre e responsável pelos seus atos.

Como um ser livre e responsável por seus próprios atos, o líder deve assumir responsabilidades e ser responsabilizado. Observemos alguns casos bíblicos:

Líderes bíblicos responsabilizados por seus erros

• Adão (Gn 3.17-19)• Mirian (Nm 12.1-15)• Corá, Datã e Abirão (Nm 16.1-35)• Moisés (Dt 32.48-52)• Sansão (Jz 16.19-20)

Líderes bíblicos que assumiram as responsabilidades por seus erros

• Arão (Nm 12.11)• Saul (1 Sm 15.22-31)• Davi (2 Sm 12.1-15)

Aprendemos com os exemplos acima, que os erros de um líder são tratados e punidos das mais diversas maneiras, devido às complexidades e peculiaridades das pessoas e circunstâncias envolvidas. Extraímos várias lições dos episódios aqui descritos:

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O PROFESSOR APROVADOEv. Victório Galli

• O erro consciente e intencional é passivo de punição.

• Deus, como ser moral perfeito, através de sua direção ou intervenção sobrenatural ou de processo naturais, decorrentes da quebra de princípios e leis naturais (Gl 6.7), nunca nos deixa impunes.

• A disciplina divina está fundamentada em seu amor (Hb 12.6-13).

• A graça e a misericórdia divina podem outorgar ao líder, imperfeito e falível que é, uma nova(s) oportunidade(s).

• Os vitimados pelos erros devem sempre ser tratados com um sentimento e desejo de restauração, sem, contudo, relativizarmos a palavra de Deus, buscando “jeitinhos” que só trarão mais problemas ou a perda da credibilidade dos envolvidos no episódio e nas decisões.

A autoridade moral de um líder não se fundamenta em sua credencial de obreiro, em seu cargo ou função. Fundamenta-se em sua integridade moral (santidade, retidão/justiça, bondade e verdade).

2. O professor como um ser social

“Disse mais o Senhor: Não é bom que o homem esteja só;” (Gn 2.18)

O homem é um ser social. A necessidade de “estar com” é inerente ao ser humano. O próprio Deus deixa isto explícito.

O Senhor dotou o homem da capacidade de viver em sociedade. A socialização acontece na medida em que o indivíduo participa ativamente da vida em sociedade, aprende suas normas, valores, hábitos e costumes.

O líder cristão necessita de viver ativamente, solidamente e exemplarmente sua vida social, em seus vários níveis ou contatos sociais (primários e secundários).

• A vida social ativa do líder cristão. Implica em que o mesmo deve assumir o seu papel

(responsabilidade) de ator e sujeito histórico, de agente transformador da realidade, da busca de uma sociedade mais justa, através de ações concretas que beneficiem os seus familiares (Mt 15.1-9; 1 Tm 5.8), os da família da fé (At 4.32-35; 6.1; 11.27-30; Rm 15.25-27; 1 Co 16.1-4; Gl 6.9-10) e de maneira geral, o seu próximo (Lc 10.25-37; Jo 6.1-13). O líder cristão não deve ser um sujeito alienado das principais questões de sua época (econômica, política, religiosa, ambiental, educacional, saúde, legal etc.);

• A vida social sólida do líder cristão. A sociedade contemporânea é caracterizada por aquilo que o sociólogo polonês Zygmunt Bauman definiu como “modernidade líquida”, caracterizada pela fragilidade dos laços humanos, da virtualidade das amizades e da brevidade dos relacionamentos, afetando desta maneira a qualidade e solidez de nossas relações sociais. Os relacionamentos tornam-se descartáveis, coisificados, desumanizados. É a sociedade do homem sem vínculos familiares, sem vínculos de amizade, sem vínculos com igrejas, sem vínculos com ministérios, sem vínculos com convenções etc. O líder cristão, na condição de sal da terra e luz do mundo (Mt 5.13-16), não conformado ao sistema (Rm 12.2), é promotor da solidez, da perpetuidade e da qualidade dos seus relacionamentos com os de fora (1 Co 5.9-10, com os de dentro (1 Ts 4.9-12; 1 Tm 5.1-3; 1 Jo 4.20-21), com a sua família (1 Co 7.10-13, 32-34; Ef 5.22, 25; 6.1-4). O líder cristão é um cultivador de amizades sinceras. Como bem escreveu Swindoll (1998, p. 291) “...penso em meus amigos como grandes árvores frondosas, que estendem seus ramos sobre mim, oferecendo sombra, cuja presença é uma proteção contra as rajadas do vento de inverno e da solidão. Uma grande árvore protetora; isso é um amigo.”;

• A vida social exemplar do líder cristão. O líder deve conduzir-se em sua vida social (pública e familiar) exemplarmente. Nas qualificações para a separação, apresentação e consagração

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de obreiros, prescritas em 1 Timóteo 3.1-7 (NTLH), lemos que o líder deve, em termos de vida social, ser um homem que ninguém possa culpar de nada, ter somente uma esposa, ser moderado, prudente, simples, hospedeiro, não chegado ao vinho nem briguento, pacífico e calmo, não deve amar o dinheiro, ser um bom chefe de sua própria família, ser um bom educador dos filhos, ser respeitado pelos de fora da igreja, para que não fique desmoralizado e não caia na armadilha do diabo;

A alienação e falta de responsabilidade social de um obreiro, produzirá uma mensagem evangelística ou doutrinária desacreditada, descontextualizada e irrelevante, resultado de uma fé morta (Tg 2.14-26), de um ministério com muito discurso e pouca (ou nenhuma) ação.

3. O professor como um ser ético

Comecemos observando alguns conceitos de “ética”.

Ética, do grego etiké é o estudo por parte da filosofia e da teologia, que busca identificar o certo e o errado. A ética busca oferecer discernimento, princípios ou mesmo um sistema de orientação na busca pela boa vida ou pela forma correta de agir nas situações gerais e específicas. De modo geral, os sistemas éticos são deontológicos (guia o comportamento identificando ou descobrindo o que intrinsecamente é certo ou errado) ou teleológicos (buscam guiar o comportamento entendendo os resultados ou os efeitos causados).

Ética cristã é o conjunto de princípios baseados nas Sagradas Escrituras, principalmente nos ensinos de Cristo e de seus apóstolos, cujo objetivo é orientar a conduta do cristão em seus relacionamentos com Deus, com o próximo, consigo mesmo e com a natureza.

Ética ministerial é o conjunto de princípios baseados na Bíblia Sagrada, de forma mais específica nos ensinos de Cristo e nas epístolas pastorais, que fundamentam e orientam a conduta do obreiro nas seguintes áreas:

Sua vida particular (1 Tm 4.16)• Espiritual. Devoção, consagração, comunhão,

sinceridade;• Pessoal. O cuidado com a saúde física

(exercício, descanso, alimentação), • emocional (estresse, ansiedade, fadiga,

angústia, medo, depressão) e mental (estudos, leitura);

• Familiar. O cuidado com o lar, a esposa e os filhos (comunicação, participação e atenção);

Sua vida em sociedade (Rm 13.1-7; 1 Co 10.31-33; 1 Tm 3.7)

• Em relação aos não crentes;• Em relação às autoridades constituídas;

Sua vida congregacional (1 Tm 4.12)• Com os irmãos em geral (crianças,

adolescentes, jovens, adultos e anciãos);• Com o sexo oposto;• Com os seus companheiros de ministério;• Com o seu líder;• Com os seus liderados;• Nas visitas pastorais;• No gabinete pastoral;• No púlpito;• Na pregação;• No ensino;• Na administração;

Como ser moral, social e ético, o líder cristão nos tempos pós-modernos, precisa continuar primando e observando os princípios norteadores da palavra de Deus, não se rendendo às ditaduras relativistas, filosóficas, antinomistas, ideológicas e culturais de nossa época.

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O PROFESSOR APROVADOEv. Victório Galli

BIBLIOGRAFIA

BAUMAN, Zygmunt. Amor líquido. Rio de Janeiro: Ed. Jorge Zahar, 2004.

BONHOEFFER, Dietrich. Ética. 6. ed. São Leopoldo-RS: Sinodal, 2002.

CABRAL, Elienai. A síndrome do canto do galo: consciência cristã. Um desafio à ética dos tempos modernos. Rio de Janeiro: CPAD, 2000.

DANTAS, Anísio Batista. O pastor e o seu ministério: manual do obreiro. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.

HODGE, Charles. Teologia Sistemática. São Paulo: HAGNOS, 2001.

KESSLER, Nemuel. Ética pastoral: o comportamento do pastor diante de Deus e da sociedade. 6. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2000.

LEITE FILHO, Tácito da Gama. O homem em três tempos: uma introdução à antropologia teológica. 3. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1997.

STRONG, Augustus Hopkings. Teologia Sistemática. São Paulo: HAGNOS, 2003.

SWINDOLL, Charles R. Davi: um homem segundo o coração de Deus. São Paulo: Mundo Cristão, 1998.

THIESSEN, Henry Clarence. Palestras introdutórias à Teologia Sistemática. São Paulo: IBRB, 1987.

DORNAS, Lécio. Socorro! Sou professor da Escola Dominical: como tornar a EBD mais dinâmica, edificante e criativa. 6.ed. São Paulo: Eclésia, 2000.

PEARLMAN, Myer. Ensinando com êxito na Escola Dominical. Trad. Rejane Caldas. São Paulo: Vida, 1997.

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A IMPORTÂNCIA DA PREPARAÇÃO PEDAGÓGICA DO PROFESSOR DA EBDPr. Altair Germano

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PR. ALTAIR GERMANO

A IMPORTÂNCIA DA PREPARAÇÃO PEDAGÓGICA DO

PROFESSOR DA ESCOLA BÍBLICA

DOMINICAL

A Preparação Pedagógica do Professor da EBDA preparação pedagógica do professor envolve o conhecimento, o domínio e a aplicação de todos os princípios e saberes que facilitarão e viabilizarão o processo ensino-aprendizagem.

1. O investimento do professor em sua formação

O ensino na Escola Bíblica Dominical possui também como objetivo a capacitação e a realização de obras por parte dos alunos. Jesus nos deixou claro que a sua tarefa pedagógica deveria habilitar os seus discípulos (gr. mathetes, aprendiz, imitador, aquele que se esforça para seguir os ensinamentos e os exemplos de alguém) para a produção de frutos (gr. karpos, metaforicamente obras ou ações, ):“Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto (karpon), e o vosso fruto permaneça;[...]” (Jo 15.16)Professores que intentam alcançar tais objetivos precisam demonstrar aplicação, devoção e excelência naquilo que fazem como atividade pedagógica e docente professores, e em outras tarefas na igreja.Em se tratando de atividades relacionadas com a tarefa do professor, o mínimo que se espera dele é:- Formação e qualificação continuada em termos de Educação Cristã (formal ou informal)- Dedicação na pesquisa em torno do tema da lição (domínio do conteúdo);- Elaboração de um Plano de Aula (Conteúdo, objetivos, método de ensino, recursos didáticos, avaliação);- Clareza e objetividade na fala (preparo homilético)- Oração (preparo espiritual)O texto de Romanos 12.7b é claro e direto:“[...] o que ensina esmere-se no fazê-lo;”Na medida em que professor da ED cresce em termos de vida espiritual, considerando a necessidade de conhecer mais, se relacionar melhor e fazer mais e melhor para o Senhor, estará apto para promover a vida que o ensino bíblico-cristão possibilita, e que foi tão evidenciada pelo Senhor Jesus, nosso supremo mestre e grande referencial docente.

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2. O professor e o plano de aula“Uma previsão bem-feita do que será re-alizado em classe melhora muito o apren-dizado dos alunos e aprimora a sua prática pedagógica” (Márcio Ferrari) Por mais experiente que o professor seja, ele não deverá entrar em classe sem antes planejar a aula. Por mais formal que a elaboração de um plano de aula pareça, ele não dispensa a oração nem a direção do Espírito em sua elaboração. Agindo assim, tem-se uma garantia de que as au-las vão ganhar qualidade e eficiência.

O que é um Plano de Aula

O plano de aula pode ser definido como a pre-visão dos conteúdos e atividades de uma ou de várias aulas que compõem uma unidade de estu-do (trimestres, no caso das lições bíblicas). Dessa forma, “ele limita-se à previsão do desenvolvi-mento a ser dado ao conteúdo da matéria (lição) e as atividades de ensino-aprendizagem propos-ta de acordo com os objetivos no âmbito de cada aula”. (GIL, 2007, p. 40)

Elaboração do Plano de Aula

Não existe um padrão único na elaboração de um plano de aula. É preciso, no entanto, que um mínimo de coerência seja percebido na sequên-cia dos elementos a serem considerados no pro-cesso ensino-aprendizagem.

Buscando uma forma simples e funcional, adota-remos os componentes abaixo, como partes in-tegrantes do plano de aula a ser implementado nas Escolas Bíblicas Dominicais da AD em Abreu e Lima. São eles:

a) Identificação do Plano. Nesta parte são indi-cados os seguintes dados:

NOME DA ESCOLA:

NÚMERO DA CLASSE:

NOME DO PROFESSOR:

TRIMESTRE:

NÚMERO E DATA DA LIÇÃO BÍBLICA:

TEMA DA LIÇÃO BÍBLICA:

b) Objetivos. Os objetivos apontam para o ele-mento central do plano. Define aonde se quer chegar, o que deseja ser alcançado. Os objetivos devem ser claros e bem definidos. As lições bíblicas de mestre, para facilitar a vida dos professores, trazem os objetivos já definidos, o que não impede que os mesmos possam ser redefinidos, à medida que o pro-fessor perceba tal necessidade.

c) Conteúdo. Os conteúdos neste caso, já são previamente estabelecidos nas lições bíbli-cas, mediante uma análise criteriosa de uma equipe devidamente qualificada, que com-põem o setor de educação cristã da CPAD, editora responsável pela publicação e dis-tribuição das lições bíblicas. Os conteúdos incluem o estudo teológico sistemático, in-trodução e comentários dos livros da Bíblia, Família Cristã, vida cristã e outros. As diferen-ças e características peculiares de cada faixa etária são considerados (aspectos cognitivos, morais, sociais etc.). O domínio dos conteú-dos depende de como o professor lida com as questões abaixo relacionadas:

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A IMPORTÂNCIA DA PREPARAÇÃO PEDAGÓGICA DO PROFESSOR DA EBDPr. Altair Germano

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- O estudo informal das Escrituras (leituras, se-minários, cultos e reuniões de ensino, etc.)

- O estudo formal das Escrituras (cursos teológi-cos)

- O conhecimento sistemático das Escrituras

- O conhecimento histórico das Escrituras

- O conhecimento cultural das Escrituras

- O conhecimento linguístico das Escrituras

- O conhecimento exegético e hermenêutico das Escrituras (interpretação e iluminação)

d) Estratégias ou Métodos de Ensino-Aprendi-zagem. Estratégias ou métodos são caminhos a serem percorridos pelo professor, visando o al-cance dos objetivos estabelecidos. Os procedi-mentos a serem utilizados para facilitar o fazer pedagógico são aqui esclarecidos. Dentre os vá-rios métodos ou estratégias previstas, podemos citar:

- Aulas expositivas

- Perguntas e Respostas

- Seminários

- Júri Simulado

- Estudo de Caso

- Discussão

Para um melhor conhecimento destes métodos de ensino, consulte as referências bibliográficas no final dessa apostila.

d) Recursos Didáticos. Podem ser definidos como os meios que “servem para estrutu-rar conceitos necessários à compreensão do

que está sendo estudado. Isto é, são recursos auxiliares do ensino que facilitam a assimila-ção da mensagem que se pretende comuni-car” (TULER, 2003, p. 39). Existe uma grande variedade destes recursos, que vão desde o quadro branco com marcador, até o uso de computadores e projetores de última gera-ção. A previsão para o uso dos recursos di-dáticos precisa estar dentro da realidade e disponibilidade de cada escola e professor. A criatividade será aqui de fundamental im-portância. Observe abaixo alguns exemplos de Jesus utilizando alguns recursos didáticos:

- As aves do céu (Mt 6.26) - Os lírios dos campos (Mt 6.28)

- Um menino (Mt 18.1-4)- Uma moeda (Mt 22.15-22)- Uma toalha e uma bacia (Jo 13.1-5)f) Avaliação. Como podemos verificar a eficácia do processo-ensino aprendizagem, de que for-mar podemos comprovar se os objetivos foram alcançados? A resposta é: avaliando os alunos. A avaliação pode ser feita através da elaboração dos questionários (o da lição bíblica pode ser utilizado), perguntas diretas, avaliação no final do trimestre, observação etc. No caso do ensi-no cristão, uma vida transformada, que resulta numa mudança de caráter, comportamento, en-volvimento no serviço cristão e maior comunhão com Deus e com o próximo, é sem dúvida algu-ma, a prova cabal que os objetivos de nossa prá-tica pedagógica foram alcançados.

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3º Congresso Estadual deESCOLA DOMINICAL

MODELO DE PLANO DE AULA

Referências BibliográficasGIL, Metodologia do Ensino Superior. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2007.

GILBERTO, Antonio. Manual da Escola Bíblica Dominical: pela excelência do ensino da palavra de Deus. 17. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1997.

PRICE, J. M. A Pedagogia de Jesus. Rio de Janeiro: SABRE, 2008.

TULER, Marcos. Manual do Professor de Escola Dominical. Rio de Janeiro: CPAD, 2002.

______. Recursos Didáticos para a Escola Dominical: ferramentas

indispensáveis ao ensino bíblico infanto-juvenil. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.

Pr. Altair Germano – Teólogo, pedagogo, especialista em Psicopedagogia e em Educação Cristã, mestre em Teologia com especialidade em Ministério. Atualmente é vice-presidente do Conselho de Educação e Cultura da CGADB e membro da equipe de palestrantes das Conferências e Simpósios de Educação Teológica CEC-CGADB/CPAD e dos Seminários de Ciências Bíblicas da Sociedade Bíblica do Brasil – SBB.

Contatos:Fones: VIVO (81) 9232 0617 e TIM (81) 9749 8282E-mail: [email protected] Blog: www.altairgermano.net

Livros Publicados:- Reflexões: por uma prática cristã autêntica e transformadora (Edição do Autor)- O Batismo com o Espírito Santo: perspectivas sob um olhar crítico do pentecostalismo clássico (Arte Editorial)- O Líder Cristão e o Hábito de Leitura (CPAD)- Uma Igreja com Saúde: estudos bíblicos & escritos (Arte Editorial)

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O OFÍCIO DE PROFESSOR DE ESCOLA DOMINICAL UM MINISTÉRIO EM CONSTRUÇÃO

Pr. Esdras Costa Bentho

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PR. ESDRAS COSTAS BENTO

O OFÍCIO DE PROFESSOR DE ESCOLA DOMINICAL

UM MINISTÉRIO EM CONSTRUÇÃO

Resumo: O educador cristão é tradicionalmente considerado entre os pentecostais como alguém que recebeu da parte do Espírito Santo uma capacitação sobrenatural para o exercício do magistério eclesiástico. De posse desse conceito, líderes e professores têm rejeitado vocábulos como “profissão” e “ofício” considerando-os como seculares e um rebaixamento da atividade docente na igreja. Apresentamos uma proposta que procura conciliar a vocação ao ofício e o ofício à vocação. Para cumprir esse desiderato, propomos um conceito renovado de dom e sua relação com a formação continuada.

Palavras-chave: Ministério; Profissionalização; Vocação; Ofício; Formação continuada; dons encarnacional; magistério eclesiástico.

O OFÍCIO DE PROFESSOR DE ESCOLA DOMINICAL: UM MINISTÉRIO EM CONSTRUÇÃO

O tema proposto pelos organizadores desta Conferência de Escola Dominical destaca três termos carregados de sentidos semânticos e simbólicos, controvérsias e interpretações, no campo da educação cristã e secular: ofício, ministério e construção.

O primeiro, usado com mais frequência na educação secular para designar o labor do professor, possui denotações um pouco mais políticas e sociais que o vocábulo que o sucede. O segundo, cujo conceito já fez parte da educação pública, se emprega mais regularmente na educação cristã para descrever um chamamento divino para o exercício da docência no Corpo de Cristo. Enquanto na hermenêutica cristã a palavra ministério indica uma vocação divina, ofício, na concepção política e pedagógica, diz respeito à profissão.

O conceito que se tem do vocacionado é de alguém que exerce sua missão de forma apaixonada, romântica e utópica, tendo em vista um fim teleológico.

Entretanto, há de se distinguir duas teorias entre as concepções de vocação usadas nas teorias pedagógicas. A primeira é de caráter ambientalista e naturalista, que, tendo o Emílio rousseauniano como fundamento1, considera, por exemplo, que o simples fato de ser do sexo feminino já habilita naturalmente a mulher, a mãe, para o exercício docente. Como afirma Maria Martins

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Por influência positivista, considerava-se a mulher como naturalmente dotada para assistência à infância uma vez que a paciência, a tolerância “só podem partir do coração feminino” e essa tarefa, da educação das crianças nas escolas, por direito e por natureza devia “ter-lhe sempre pertencido”.2

Assim, a vocação natural não é aprendida, mas genética, intrínseca, espontânea; o sujeito deve apenas potencializar suas habilidades naturais. A mulher, na visão dos iluministas, estava habilitada ao exercício docente não pela sua inteligência, que era, segundo eles, inferior a do homem, mas pela superioridade moral. Paulatinamente o magistério primário ficou sob os cuidados e interesses femininos, por julgar-se, inicialmente, que a mulher reunia virtudes morais e desinteresses políticos e revolucionários, submetendo-se, até mesmo, a pagar o aluguel da sala de aula.3 Afirma Martins

A idéia de professor vocacionado é uma idéia veiculada entre os docentes e que cinde a tarefa pedagógica por um subjetivismo impregnado de um sentido deveras idealista (romântico) segundo o qual nasce-se professor, segundo a qual são requeridas algumas virtudes como tolerância, paciência, paternalismo, e descompromisso social, enfim, uma profissão superestrutural. 4

A segunda é de caráter religioso que nasce de uma hermenêutica intuitiva e parcial das Escrituras. De acordo com essa acepção, o vocacionado é alguém chamado especialmente por Deus e por Ele capacitado sobrenaturalmente para o exercício da educação religiosa na igreja. Como hermeneuta cristão, reconheço a validade dessa proposição, de acordo com variegadas perícopes que descrevem o ministério docente aliado ao exercício de um carisma pneumatológico (Rm 12.7; Ef 4.11 et passim). O perigo, no entanto, não está na autenticidade do texto e de sua exegese, mas no elemento ideológico por detrás desse fato.

A história fictícia contada por Howard G. Hendricks

ilustra o conceito equivocado a qual nos referimos. Conta o autor, que a senhorita Smith havia se candidatado a um cargo pedagógico, reunindo provas de sua formação secular e acadêmica. Contudo o senhor Brown, na igreja, superintende da Escola Dominical, e na escola secular, professor e gestor, responsável pela entrevista disse-lha:

“ – Sinto muitíssimo, mas não podemos aceitá-la. Notamos que você é recém-formada de uma escola de educação, e exigimos um professor com experiência em sala de aula de, no mínimo, cinco anos. Além disso, você só tem grau de bacharel e preferimos alguém com o mestrado”.

Na igreja, entretanto, a senhorita Smith, agora, irmã Smith, é convidada pelo irmão Brown, superintendente da escola dominical para exercer o cargo de professora. Na entrevista, a irmã Smith rebate o convite dizendo-lhe:

“ – Irmão Brown, sou nova-convertida e, na verdade, não sei muita coisa sobre a Bíblia”. “– Ora, isso não é problema”, responde ele, “ – A melhor maneira de aprender a Bíblia é ensiná-la”. “Mas irmão Brown”, retruca, “eu nunca ensinei aos juniores”. “ – Oh, não deixe que isso a coíba, irmã Smith. Tudo o que exigimos é alguém com coração disposto”, responde.

Conclui Hendricks

O cenário é mais do que um desenho caricatural; é um comentário de nosso baixo nível de discernimento em relação ao ensino cristão. Se você planeja ensinar que 2 + 2 são 4, precisa de cinco anos de experiência pedagógica. Se espera ensinar as crianças a dizer, “eu trouxe”, em vez de, “Eu truce”, provavelmente lhe exijam o mestrado. Mas, para ensinar o currículo da vida cristã, qualquer coisa é boa o bastante para Deus.5

O problema não está na vocação ao magistério eclesiástico, ou no dom espiritual, mas na ausência de uma hermenêutica sólida e aplicação eficiente

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dos resultados da exegese bíblica a respeito dos carismas ministeriais do ensino.

Não exigir do vocacionado qualquer capacitação formal para o exercício da docência evangélica, ou não exigir do ensinante profissional qualquer formação em Teologia e Bíblia para o exercício da docência cristã é, segundo Hendricks, reduzir o ministério de ensino à mediocridade.6

O primeiro conceito torna o professor leigo, aquele que carece de formação profissional, uma pessoa autorizada a ensinar pelo “dom” que possui. O segundo dispensa a formação bíblica e a vocação ministerial em troca da experiência e capacitação profissional.

Porém, o ideal é que o professor carismático exerça a docência cristã sem excluir a formação técnica, e que o educador profissional desempenhe o munus docendi no magistério eclesiástico sem dispensar a capacitação teológica e pneumatológica.

Outro grave problema em torno da hipervalorização da “vocação” ou do “dom” para o ensino em detrimento à formação técnica é a completa ausência de comprometimento da liderança: (1) na formação e capacitação de professores; (2) em preparar as condições materiais para o exercício do magistério cristão; e (3) no acompanhamento sobre o que se ensina, como se ensina e por que se ensina.

Com a argumentação de que os vocacionados já estão preparados por Deus para a tarefa, certos líderes jogam toda responsabilidade e fardo “nas costas” do professor, crendo que o fato de serem “chamados” é suficiente para o completo desempenho do ministério de ensino.

Outrossim, perpassa pelo conceito de “professor vocacionado” a ideia de que ele não necessita de uma formação técnica, pois o “dom espiritual” é suficiente para o exercício docente. Mais uma vez o problema hermenêutico serve de esteio para fundamentar essa distorção. Citam-se os textos de Sl 81.10: “abre bem a tua

boca, e ta encherei”; Jo 14.26: “Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito”; ou ainda 1Jo 3.27, entre outras passagens.

Já a visão que se nutre acerca do profissional da educação é um sujeito que domina a técnica, o munus docendi, e cuja ação possibilite o rompimento dos liames empíricos e o vínculo com uma perspectiva científica e não dogmática da realidade. Segundo Libâneo, a formação do professor ou da professora visa propiciar “os conhecimentos, as habilidades e as atitudes requeridas para levar adiante o processo de ensino”.7

O conceito de “professor vocacionado”, na perspectiva política da educação, segundo Martins, serve apenas para satisfazer “plenamente aos interesses de manipulação do magistério”.8 Expressões como “sacerdócio”, “missão”, “tio”, “tia” são rejeitadas devido ao distanciamento político e reflexivo da ação docente que acarretam.

Apesar do sucateamento da profissão de professor na sociedade contemporânea, Libâneo refere-se a três vocábulos que marcam a identidade profissional docente: profissionalidade, profissionalização e profissionalismo.9 O primeiro refere-se ao conjunto de requisitos profissionais que tornam “alguém um professor”. O segundo, diz respeito às condições adequadas que garantam o exercício profissional de qualidade, tais como: formação inicial e continuada, nas quais o professor aprende e desenvolve as competências, habilidades e atitudes profissionais, a remuneração compatível com a natureza e exigências da profissão; condições de trabalho (recursos físicos e materiais, ambiente e clima de trabalho, práticas de organização e gestão). O terceiro, profissionalismo, refere-se

ao desempenho dos deveres e responsabilidades que constituem a especificidade de ser professor e ao comportamento ético e político expresso nas

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atitudes relacionadas à prática profissional. Na prática, isso significa ter o domínio da matéria e dos métodos de ensino, a dedicação ao trabalho, a participação na construção coletiva do projeto pedagógico-curricular, o respeito à cultura de origem dos alunos, a assiduidade, o rigor no preparo e condução das aulas, o compromisso com um projeto político democrático.10

Assim, o conceito de profissional e profissionalismo não é contrário ao magistério cristão, muito pelo contrário, requerido e necessário.

Na perspectiva da educação cristã, o vocacionado está interessado na salvação futura de seu aluno. Na secular, o profissional da educação se exaure na transformação do aluno e da sociedade de seu tempo. O primeiro tem a Teologia, o segundo, as teorias sociais. Um empresta a fé à razão, outro, a razão à história. Aquele é trans-histórico, este, sócio-histórico.

Inicialmente, parece que há uma ruptura entre ofício e ministério, profissão e vocação, no entanto, são complementares, e dependem do modo como encaramos o problema. A maioria dos educadores cristãos considera o ministério e a vocação como funções sagradas e, nalgumas vezes, consideram uma ofensa o fato de serem chamados de profissionais em vez de vocacionados.

Os termos ministério e vocação para eles designam a natureza de seu trabalho espiritual e religioso, enquanto os vocábulos ofício e profissão referem-se à secularização da atividade religiosa.

Com base nessa visão distorcida do ministério e do chamamento é que se costuma, equivocadamente, exigir menos formação técnica do vocacionado. Pressupõe-se que tal capacitação é extra-humano, independente do esforço e práxis do ensinante.

Muito embora haja de cada lado da controvérsia preferências entre um título e outro, os vocábulos ofício e ministério não são completa e mutuamente

excludentes. Muito pelo contrário, eles se articulam dialeticamente.

O contexto atual da educação cristã ideal requer do vocacionado a mesma profissionalização e politização exigidas ao pleno desenvolvimento do ofício de professor; assim como se reclama ao profissional da educação11 o mesmo amor, desprendimento e dedicação presentes no vocacionado – aquele que vê um propósito supra-humano na tarefa que desempenha.

Assim, a educação cristã desenvolvida no âmbito eclesiástico empenha-se para que seu professor execute o munus docendi com a mesma especialização do profissional, mas nega-se a empregar o vocabulário “secular” para tal tarefa.

Isto parte, inicialmente, de uma perspectiva mal direcionada a respeito do que é sagrado e do que é secular. É preciso que se faça a seguinte correção: o secular não se opõe ao sagrado, assim como o ficto à verdade. O ficto se opõe ao real; o falso à verdade, e o irreal ao real.

Dizer que alguma coisa é fictícia não quer dizer que seja falsa. O ficto é até mesmo empregado para descrever verdades morais e religiosas, principalmente nas fábulas, como observamos em nossa obra Hermenêutica Fácil e Descomplicada.

Na literatura, usam-se as figuras de linguagem, os apólogos, as parábolas, todos fictos, com o propósito de revelar uma verdade. A narrativa não é real, mas verossímil. O falso, por outro lado, conduz ao erro e se opõe à verdade. A Escritura comporta o ficto, mas não o falso. O falso é sinônimo de erro, mas não de irreal.

Nessa perspectiva, o secular não se opõe ao sagrado, pois sua esfera não é a da contradição, mas da separação. Estar separado não quer dizer estar em conflito. Separar não significa oposição, mas distinção. Sagrado e secular, portanto, se empregam para descrever o âmbito da vida religiosa e da vida natural. A vida religiosa é da dimensão do sagrado,

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enquanto a natural da mundanalidade.

O vocábulo “secular” pode ser até empregado como sinônimo de profano, mas não é sua acepção própria ou semântica, mas um distanciamento de seu significado linguístico.

O atributo que contesta o sagrado na cultura cristã é o profano, e segundo Mircea Eliade, o homem “toma conhecimento do sagrado porque esse se manifesta, se mostra como algo absolutamente diferente do profano”.12 Èmile Durkheim também considerava que o sagrado e o profano são “pensados pelo espírito humano como gêneros distintos, como dois mundos que não têm nada em comum”.13

Por conseguinte, o secular não se opõe ao sagrado e a vocação à profissão. Se o ministério de ensino está em “construção”, como sugere o título, então ele está em processo, e o que está em processo ainda não alcançou o telos, seu fim último e propósito.

A natureza encarnacional do dom de ensino e a formação continuada do professor da Escola Dominical.

O pastor e professor de Teologia da Assembleia de Deus em Cingapura, David Lim, afirma que entre as várias teorias concernentes à natureza dos carismas, três se destacam: (1) a que afirma que os dons são capacidades naturais; a que (2) os descrevem como totalmente sobrenaturais, e a (3) bíblica, chamada encarnacional.11

Uma entende que os dons espirituais são capacidades ou talentos naturais santificados. Outra erradica qualquer responsabilidade humana nos exercícios dos carismas. A última, entretanto, pressupõe uma ação cooperativa tanto do Espírito quanto do homem.

De acordo com David Lim

Os dons são encarnacionais. Isto é, Deus opera através dos seres humanos. Os crentes

submetem a Deus sua mente, coração, alma e forças. Consciente e deliberadamente, entregam tudo a Ele. O Espírito, então, os capacita de modo sobrenatural a ministrar acima de suas próprias capacidades humanas e, ao mesmo tempo, expressar cada dom através de sua experiência de vida, caráter, personalidade e vocabulário.13

De modo geral, Lim quer dizer que todo dom pode e deve ser exercido na igreja, levando-se em consideração as idiossincrasias individuais dos crentes e, pelo fato de ser encarnacional, com amor, todo e qualquer dom deve ser avaliado pela comunidade cristã.

Admitindo-se o posicionamento teológico de que os dons são encarnacionais, podemos compreender o que Paulo afirmou em Romanos 12.7 a respeito do carisma do ensino: ei;te o` dida,skwn evn th/| didaskali,a| (lit. “o que ensina, no ensino”).

A maioria dos tradutores entende que se trata de uma forma intensificada e subentendida de se referir à diligência no exercício do carisma de ensino, acrescentando os termos “dedicação” (ARC,TB); e “esmero” (ARA). Traduções mais literais preferem manter “ensino, ensinando” (BJ); “ensinar, que ensine” (ECP); “ensinamento, para ensinar” (BP); “ensinar, ensine” (NVI).14

Russel Champlin, ao interpretar essa perícope, afirma

Aquele cujo ofício consiste em ensinar, deveria esforçar-se por aprimorar os seus conhecimentos, por melhorar a eficácia dos seus métodos de ensino, aumentando o seu interesse pessoal por aqueles que são os seus alunos. Um dos mais graves escândalos das modernas igrejas evangélicas é que a grande maioria dos seus mestres em nada melhora com a passagem dos anos, incluindo nisso tanto o conhecimento como os métodos empregados [...].15

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Conforme Lim e Champlin, o dom de ensino não é apenas uma capacidade sobrenatural que o Espírito Santo concede ao cristão para o desempenho do magistério eclesiástico, mas também um carisma que deve ser exercido por meio do aprendizado pedagógico constante, da aquisição de técnicas didáticas, e de seu emprego eficiente por parte do professor.

É um dom espiritual, no entanto, seu pleno exercício depende da cooperação, esforço e diligência do crente. O cristão coopera com o Espírito Santo para que o dom, espiritual e potencializado pelo Espírito, desenvolva-se eficientemente e sem nenhum embaraço ou impedimento. O professor é o canal inteligente e discernente pelo qual o Espírito de Cristo ministra aos crentes o conhecimento dos mistérios do Evangelho.

Pelo fato de o dom de ensino ser encarnacional, a igreja deve insistir e investir no desenvolvimento pessoal e profissional de seus professores, a maioria carente de formação adequada. Chama-se a esse processo de educação ou formação continuada. De acordo com Marin,

o uso do termo educação continuada tem a significação fundamental do conceito de que a educação consiste em auxiliar profissionais a participar ativamente do mundo que os cerca, incorporando tal vivência no conjunto dos saberes de sua profissão.16

Trata-se de uma formação que integra todas as áreas de saberes da experiência profissional e o desenvolvimento de competências, saberes e criticidade de si e do mundo. Tem por objetivo o desenvolvimento do sujeito docente, como ser-no-mundo, mas também de o professor assumir uma posição diante de si, de sua profissionalidade e do mundo. Ele precisa desejar fortemente se aperfeiçoar para crescer como pessoa humana e profissional. Somente através de sua própria mudança é que o

professor poderá mudar a Escola Dominical, presa, na maioria das vezes, à rotinização desinteressante e desestimuladora, que, como afirma Barroso, não considera a crescente heterogeneidade dos seus públicos e a pluralidade de suas funções.17

As bruscas mudanças de nossa sociedade pluralista e líquida, para usar uma expressão de Z. Bauman, requer que o professor esteja engajado com a sua própria formação, ou então ele correrá o risco e dano de se tornar um profissional anacrônico e retrógado.

Luiza Christov, explica a necessidade da educação continuada tendo como cenário as atuais mudanças da sociedade

A Educação Continuada se faz necessária pela própria natureza do saber e do fazer humanos como práticas que se transformam constantemente. A realidade muda e o saber que construímos sobre ela precisa ser revisto e ampliado sempre. Dessa forma, um programa de educação continuada se faz necessário para atualizarmos nossos conhecimentos, principalmente para analisarmos as mudanças que ocorrem em nossa prática, bem como para atribuirmos direções esperadas a essas mudanças.18

Isto posto, o comprometimento do professor da educação laica pela educação continuada e o empenho do professor da Escola Dominical em buscar aperfeiçoamento técnico e de suas práticas são um mesmo processo sob ênfase diferente. Assim como o professor laico, o educador cristão precisa, como afirma Philippe Perrenoud, “saber explicitar as próprias práticas”.19

Uma vez que o dom é encarnacional, o educador cristão precisa e deve cumprir sua parte na execução da tarefa que o Senhor lhe confiou, como disse Paulo (Cl 1.24-29), depois de Jesus, o maior mestre cristão:

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Regozijo-me, agora, no que padeço por vós e na minha carne cumpro o resto das aflições de Cristo, pelo seu corpo, que é a igreja; da qual eu estou feito ministro segundo a dispensação de Deus, que me foi concedida para convosco, para cumprir a palavra de Deus: o mistério que esteve oculto desde todos os séculos e em todas as gerações e que, agora, foi manifesto aos seus santos; aos quais Deus quis fazer conhecer quais são as riquezas da glória deste mistério entre os gentios, que é Cristo em vós, esperança da glória; a quem anunciamos, admoestando a todo homem e ensinando a todo homem em toda a sabedoria; para que apresentemos todo homem perfeito em Jesus Cristo; e para isto também trabalho, combatendo segundo a sua eficácia, que opera em mim poderosamente.

Características e Competências do Educador Moderno, segundo Philippe Perrenoud

As teorias educacionais do sociólogo e antropólogo Philippe Perrenoud têm sido uma referência para os educadores brasileiros, principalmente pelo caráter humanista, prático e crítico de suas teorias. Excetuando as concepções plurais de sua teoria e de seu compromisso com certos conceitos que não traduzem a visão cristã, o autor sugere 10 competências para os educadores modernos, a saber:

1. Organizar e dirigir situações de aprendizagem • Conhecer, para determinada disciplina, os conteúdos a ensinar e sua tradução em objetivos de aprendizagem. • Trabalhar a partir das representações dos alunos. • Trabalhar a partir dos erros e obstáculos à aprendizagem. • Construir e planejar dispositivos e sequências didáticas. • Envolver os alunos em atividades de pesquisa, em projetos de conhecimento.

2. Administrar a progressão das aprendizagens

• Conceber e gerir situações-problema ajustadas aos níveis e possibilidades dos alunos. • Adquirir uma visão longitudinal dos objetivos do ensino primário. • Estabelecer laços com teorias subjacentes às atividades de aprendizagem. • Observar e avaliar os alunos em situações de aprendizagem, segundo uma abordagem formativa. • Fazer balanços periódicos de competências e tomar decisões de progressão.

3. Conceber e fazer evoluir dispositivos de diferenciação

• Administrar a heterogeneidade no âmbito de uma turma. • Ampliar a gestão de classe para um espaço mais vasto. • Fornecer o apoio integrado, trabalhar com alunos em grande dificuldade.20 • Desenvolver a cooperação entre alunos e certas formas simples de ensino mútuo.

4. Envolver os alunos em sua aprendizagem e em seu trabalho

• Suscitar o desejo de aprender, explicitar a relação com os conhecimentos, o sentido do trabalho escolar e desenvolver a capacidade de auto-avaliação na criança. • Instituir e fazer funcionar um conselho de alunos (conselho de classe ou da escola) e negociar com os alunos diversos tipos de regras e contratos. • Oferecer atividades de formação opcionais, a La carte. • Favorecer a definição de um projeto pessoal do aluno.

5. Trabalhar em equipe

• Elaborar um projeto em equipe, representações comuns. • Dirigir um grupo de trabalho, conduzir

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reuniões. • Formar e renovar uma equipe pedagógica. • Enfrentar e analisar juntos situações complexas, práticas e problemas profissionais. • Administrar crises ou conflitos entre pessoas.

6. Participar da administração da escola

• Elaborar, negociar um projeto da instituição. • Administrar os recursos da escola. • Coordenar, animar uma escola com todos os parceiros (bairro, associações de pais, professores de língua e cultura de origem). • Organizar e fazer evoluir, dentro da escola, a participação dos alunos.

7. Informar e envolver os pais

• Dirigir reuniões de informação e de debate. • Fazer entrevistas. • Envolver os pais na construção dos saberes.

8. Utilizar novas tecnologias

• Utilizar editores de texto. • Explorar as potencialidades didáticas dos programas em relação aos objetivos do ensino. • Comunicar-se à distância por meio da telemática. • Utilizar as ferramentas multimídia no ensino.

9. Enfrentar os deveres e os dilemas éticos da profissão

• Prevenir a violência na escola e fora dela. • Lutar contra os preconceitos e as discriminações. • Participar da implantação de regras da vida comum referentes à disciplina na escola, as sanções e a apreciação de condutas. • Analisar a relação pedagógica, a autoridade, a comunicação em classe. • Desenvolver o senso de responsabilidade, a solidariedade e o sentimento de justiça.

10. Gerir sua própria formação contínua

• Saber explicitar as próprias práticas • Estabelecer seu próprio balanço de competências e seu programa pessoal de formação contínua. • Negociar um projeto de formação comum com colegas (equipe, escola, rede). • Envolver-se nas tarefas na escala de um tipo de ensino ou do sistema educativo. • Acolher a formação dos colegas e participar dela. Sugere-se que cada educador tenha consciência do nível de competências em que se encontra, realizando uma auto avaliação, o que irá resultar em uma grande evolução na sua função como educador. 21

À guisa de conclusãoVerificamos nesse ensaio que não há qualquer contradição entre profissão e vocação, entre ofício e ministério. Também observamos que o dom de ensino é encarnacional, razão pela qual o educador cristão é co-responsável pela potencialização de suas capacidades espirituais e técnicas para o exercício da docência cristã.

Esdras Costa Bentho é pedagogo com habilitação em Educação Infantil, Ensino Fundamental e Formação de Professores pela Universidade Estácio de Sá (RJ). Chefe do setor de Bíblias da CPAD e autor de obras teológicas.

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NOTAS1 ROUSSEAU, J.-J. Emílio ou Da Educação. São Paulo: Martins Fontes, 1999, p.8-10.2 MARTINS, M. A. V. O professor como agente político. São Paulo: Edições Loyola [?], Coleção “Educ-Ação”, no.13, p.26.3 No Império, por exemplo, na cidade de São Paulo, os professores pagavam aluguel da sala de aula se quisessem lecionar. De acordo com Martins, “esse aluguel absorvia-lhes mais de um terço de seus vencimentos e àqueles professores que se mostrassem ‘particularmente esforçados’ o Estado poderia como prêmio pagar o aluguel de sala de escola”. Ver MARTINS, M. A. V., Ibid., p.27.4 Ibid., p.28.5 GANGEL, K. O.; HENDRICKS, H. G. (eds.) Manual de ensino para o educador cristão: compreendendo a natureza, as bases e o alcance do verdadeiro ensino cristão. Rio de Janeiro: CPAD, 1999, p. 6.6 Loc.cit.7 LIBÂNEO, J. C. Organização e gestão da escola: teoria e prática. 5.ed., Goiânia: MF Livros, 2008, p.75. 8 MARTINS, M. A. V., Ibid., p.25.9 LIBÂNEO, J. C., Ibid., 75.10 Loc. cit.11 A expressão “profissionais da educação” não é usada aqui para se referir apenas aos professores, mas a todos os que se ocupam direta e indiretamente com a educação, desde gestores, supervisores até os encarregados da higienização das escolas, por exemplo. Cada vez mais é exigido desses profissionais conhecimentos técnicos e aprimoramento de suas práticas.12 ELIADE, Mircea. O sagrado e o profano. São Paulo: Martins Fontes, 1992, p. 13.13 DURKHEIM, È. As formas elementares da vida religiosa. São Paulo: Martins Fontes, 1996, p. 51.11 LIM, D. Os dons espirituais. In: HORTON, S. M. (ed.) Teologia Sistemática: uma perspective Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p. 469.13 Ibid., p.470.14 ARC – Almeida Revista e Corrigida; TB – Tradução Brasileira; ARA – Almeida Revista e Atualizada; BJ – Bíblia de Jerusalém; ECP – Edição Catequética Pastoral; BP – Bíblia do Peregrino; NVI – Nova Versão Internacional.15 CHAMPLIN, R. N. O Novo Testamento interpretado versículo por versículo. São Paulo: MILENIUM, Vol. III – Atos- Romanos, 1983, p. 814.16 MARIN, A. J. Educação continuada: introdução a uma análise de termos e concepções. In: Caderno Cedes. Nº.36, 1995. Apud NEZ, E. de; ZANOTTO, M. A formação continuada em questão. In: Educere et Educere. Revista de Educação. Vol. I, nº 1 jan/jun.2006, p.257-262 [257]. Disponível em < http://e-revista.unioeste.br> Consulta feita em: 04 jun 2011.17 BARROSO, J. Para o desenvolvimento de uma cultura de participação na Escola. Cadernos de Organização e Gestão Curricular. Lisboa: Instituto de Inovação Educacional, 2003, p.58.18 CHRISTOV, L. H. da S. Educação continuada: função essencial do coordenador pedagógico. In: GUIMARÃES, Ana (et al.) O coordenador pedagógico e a educação continuada. São Paulo: Edições Loyola, 1998, p. 9.19 PERRENOUD, P. 10 Novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000, p. 159. 20 No texto “portadores de grandes dificuldades”.21 PERRENOUD, P. Ibid.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICASBARROSO, J. Para o desenvolvimento de uma cultura de participação na Escola. Cadernos de Organização e Gestão Curricular. Lisboa: Instituto de Inovação Educacional, 2003, p.58.CHAMPLIN, R. N. O Novo Testamento interpretado versículo por versículo. São Paulo: MILENIUM, Vol. III – Atos- Romanos, 1983.DURKHEIM, È. As formas elementares da vida religiosa. São Paulo: Martins Fontes, 1996.ELIADE, Mircea. O sagrado e o profano. São Paulo: Martins Fontes, 1992.GANGEL, K. O.; HENDRICKS, H. G. (eds.) Manual de ensino para o educador cristão: compreendendo a natureza, as bases e o alcance do verdadeiro ensino cristão. Rio de Janeiro: CPAD, 1999.GUIMARÃES, Ana (et al.) O coordenador pedagógico e a educação continuada. São Paulo: Edições Loyola, 1998.HORTON, S. M. (ed.) Teologia Sistemática: uma perspective Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1996.LIBÂNEO, J. C. Organização e gestão da escola: teoria e prática. 5.ed., Goiânia: MF Livros, 2008. MARIN, A. J. Educação continuada: introdução a uma análise de termos e concepções. In: Caderno Cedes. Nº.36, 1995. MARTINS, M. A. V. O professor como agente político. São Paulo: Edições Loyola [?], Coleção “Educ-Ação”, no.13.NEZ, E. de; ZANOTTO, M. A formação continuada em questão. In: Educere et Educere. Revista de Educação. Vol. I, nº 1 jan/jun.2006, p.257-262. Disponível em < http://e-revista.unioeste.br> Consulta feita em: 04 jun 2011.PERRENOUD, P. 10 Novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000. ROUSSEAU, J.-J. Emílio ou Da Educação. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

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A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO PARA OS PROFESSORES DA EBDEv. Valdeci Do Carmo

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EV. VALDECI DO CARMO

A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO

PARA OS PROFESSORES DA ESCOLA BÍBLICA

DOMINICAL A oração acompanhada da leitura e meditação da Palavra, sem dúvida são elementos essenciais. Porém não pode ser desprezada a arte da comunicação. Obter uma maior habilidade na arte de se expressar é uma das funções da homilética ou “oratória cristã” como alguns a chamam.

A arte da expressão exige uma boa dicção, conhecimento da língua pátria. A nossa voz, presente de Deus é o veículo da comunicação verbal.

Uma forma de desenvolver técnicas de oratória é procurando fazer cursos de aprimoramento, lendo bons livros, observando outros pregarem, pregando

pra si mesmo na frente do espelho para que possa obter melhorias na sua forma de expressar.

Um bom treinamento, para adquirir técnicas que melhorem o resultado na oratória não invalida a ação do Espírito Santo. Pois a função primordial da unção sobre nós é nos capacitar para que tenhamos uma mensagem que fale aos corações dos ouvintes.

A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM O ser humano é comunicativo. Não existe no convívio social a possibilidade de viver sem se comunicar, o isolamento adoece as pessoas e os torna depressivos. Quem se comunica bem, com certeza tem maiores êxitos na vida. Em todo relacionamento, se quisermos ser bem sucedidos precisamos aprender a nos comunicar.

O que é comunicar. Comunicar vem do latim comunicare, que significa por em comum, tornar comum. De forma prática é transmitir idéias e informações com objetivos de promover o entendimento entre os indivíduos. No sentido de ensino-aprendizagem é tornar comum o conteúdo ministrado.

O que é comunicação. É O processo de interação entre os seres humanos. “É pela comunicação que os homens se entendem e os problemas se dissolvem”. No sentido de ensino-aprendizagem é o processo que no uso das expressões adequadas tornamos conhecidas as verdades ensinadas.

O PROCESSO DE COMUNICAÇÃO

Sendo a comunicação o processo de interação entre os indivíduos, cujos pensamentos são compreendidos por meio do código de linguagem, entendemos que inicialmente toda comunicação exige três elementos: emissor, receptor e mensagem.

Emissor. O emissor no caso aqui é o orador, ele codifica e envia a mensagem.

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Receptor. Os ouvintes. Eles decodificam e interpretam ou compreendem a mensagem emitida pelo orador.

Mensagem. A finalidade da comunicação está na mensagem, e toda mensagem tem um significado. Ao nos comunicarmos com alguém temos em mente o que pretendemos passar. Para que haja comunicação, é necessária a interpretação do que se quer falar. Se não houver interpretação na comunicação, haverá uma grande falha.

Para uma mensagem ser compreendida ela deve estar em harmonia com os meios disponíveis a serem utilizados no processo da comunicação. O conteúdo da mensagem determinará o meio a ser utilizado.

Os meios são extensões do homem, foram inventados para facilitar o processo de comunicação. Os canais ou meios de comunicação são: livros, telefone, rádio, jornais, revistas, mídia eletrônica, etc. (sobre a importância dos audiovisuais, falaremos em outra ocasião).

COMO A MENSAGEM CHEGA À MENTE

Segundo os educadores o aluno aprende através dos cinco sentidos. Por isso a necessidade de métodos variados na comunicação.

Veja a combinação entre o ouvir e ver no quadro abaixo:

Métodos de comunicação

Lembrança três horas

depois

Lembrança três dias depois

Quando o professor só fala 70% 10%

Quando o professor só mostra 70% 20%

Quando o professor fala

e mostra85% 65%

A IMPORTÂNCIA DA VOZ

Não resta dúvida que a comunicação se processa em sua maior totalidade pelo uso da voz, embora saibamos que existam muitas outras formas de se comunicar, a voz é o prin-cipal mecanismo que o Senhor nos deu.

QUALIDADE DA VOZ

Obviamente a voz varia de pessoa pra pessoa. Que o digam os controladores de som. A altura, o timbre, sofre variações diver-sas. Para fazer um bom uso da voz, deve ser feito um aperfeiçoamento.

QUATRO REGRAS QUE AUXILIAM NA QUALIDADE DA VOZ SÃO:

1 – correção. Observar onde se encontram os er-ros mais freqüentes. Ás vezes os erros estão nos vícios de linguagem, no exagero das pronúncias, no engolir dos “esses” e “acentos”, no “comer” parte das sílabas ao pronunciar. Tudo isso pode ser feito correção através de constante observa-ção e policiamento.

2 – Fluidez. Significa que a voz deve fluir de dentro do pregador, de forma natural, sem haver excessivo esforço. A fluidez resulta em falar sem se cansar, para isso é necessário saber dosar o volume e altura da voz em consonância com a respiração.

3 – Modulação. A emissão da voz deve ser re-gulada de tal forma que não venha causar cansei-ra ao auditório. Tem que ser dosada, alternando quando necessário.

4 – Expressão. Está relacionado com a forma de realçar uma verdade importante. É a ênfase colo-ênfase colo- colo-cada na hora certa, no momento exato do sermão.

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A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO PARA OS PROFESSORES DA EBDEv. Valdeci Do Carmo

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DEFEITOS E CORREÇÕES DA VOZ

Os defeitos de voz possuem causas diversas. Pode ser de origem psicológica, algum defeito fí-sico nas vias nasais ou respiratórias. Para corrigir defeitos existem tratamentos específicos.

Apresentaremos alguns tipos de vozes que podem ser melhoradas com ajuda de um fonoau-diólogo.

- O resmungador. Fala sempre com os lábios fe-chados. Sua voz é pastosa e nem sempre compre-ensíveis por falar baixo e entre os dentes.

- O gritador. É aquele não dosa o volume da voz. A voz normalmente é estridente e cansativa de se ouvir.

- O cantarolador. Usa a voz ora alta, ora baixa, é um sobe e desce do volume que não dá pra pres-tar muita atenção na mensagem.

- O monólogo. Tem a voz emitida num só tom. É o tipo de voz que faz a pessoa dormir por ser muito baixa e faltar expressão.

- O pigarreador. Esse tipo de problema é oriun-do de algum defeito no órgão da fala ou excesso de nervosismo. A cada sentença pronunciada pre-cisa ficar limpando a garganta como se a mesma tivesse algum pigarro.

ALGUMAS DICAS PARA OS PROFESSORES

O bom professor não deixa pra pensar no assunto a falar na hora de apresentar-se, ele prepara tudo com bastante antecedência. Claro que em se tratando de uma mensagem bíblica, é indispensável o auxílio do Espírito Santo.

CUIDADOS COM A POSTURA

Os gestos fazem parte do desenvolvimento da oratória, porém devem ser comedidos, evitando assim os exageros.

Da mesma forma as pernas que servem de sustentação para o corpo também refletem o nos-so nervosismo. Por isso devem ser bem posicio-nadas para que sirvam de elementos positivos numa apresentação.

Vejamos alguns erros mais comuns e que de-vem ser evitados:

O dançarino. Move-se o tempo todo de forma totalmente desordenada.

O cowboy. Se posta no centro com as pernas abertas e as mãos caídas ao longo do corpo.

A estátua. Fica o tempo todo imóvel, não se mexe por nada.

A fera enjaulada. Anda apressadamente de um lado para o outro. Parece um animal carnívoro enjaulado e faminto.

A gangorra. Fica o tempo todo balançado para frente e para trás. É um vai-e-vem que não traz nenhum propósito.

O pêndulo. É o posicionamento do corpo de for-ma que fique igual uma gangorra, mas movimen-tando-se para a esquerda e para a direita.

O sargento. Fica com as mãos cruzadas atrás das costas. Parece um sargento em revista.

O defensor da falta. Cruza as duas mãos à frente do corpo na altura da virilha. Automaticamente a atenção do ouvinte que deveria ser voltada para o rosto o palestrante, volta-se para outro local.

O pornográfico. Usa as mãos de maneira obsce-na ao fazer gesticulações. Isso obviamente ocor-re de forma inconsciente.

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SE EXPRESSE COM CONVICÇÃO

A convicção demonstrada ao explanar um as-sunto vale muito. Quem prega ou faz apresenta-ção de um determinado produto ou proposta de negócio sem crer no que está fazendo resultará em fracasso.

• Cícero inflamou o senado da antiga Roma com seus discursos de tal maneira que resultou na conquista de Cartago.

• Savonarola transformou ímpios em cidadãos honrados na Florença do século XV através de sua mensagem reformadora.

• Jonathan Edwards impactou uma geração atra-vés da mensagem “Pecadores nas mãos de um Deus irado”.

• Conta-se que um ateu foi ouvir Spurgeon pregar e ao ser indagado por seu amigo porque ele fazia isso se não cria na mensagem, a resposta foi sim-ples e direta: “Eu gosto de ver a forma como ele crê no que prega”.

Ao ser convidado a se pronunciar em uma classe ou auditório, tenha em mente que:

• O público deseja ouvir o que você tem a dizer;

• É natural um pouco de nervosismo antes de co-meçar a falar;

• Uma palestra ou aula bem preparada é motivo de surpresa até mesmo para o orador, pela facilida-de com que é apresentada.

SAIBA O QUE FALAR

Faça um propósito de sempre falar do que você tem certeza ou domina bem. O desconhecimento da matéria é uma das causas do medo. Portanto, negue-se a falar o que você não sabe. Nunca afirme posições em assuntos polêmicos, cuja verdade depende do ponto de vista de quem a vê.

Não adquira “vícios de oratória” - segurar livros, olhar pra baixo e para cima etc. Evite - os; pois poderá cansar o auditório. Procure corrigir os famosos, né, viu, tá entendo, então, etc...As Falhas Mais Comuns Na Oratória São:

a- Vocabulário pobre ou limitado demais;

b- Pronúncia e dicção deficientes;

c- Construção gramatical e frases incorretas.

d- Vícios de linguagem

COMO CORRIGIR ESTAS FALHAS:

a- Expandir o vocabulário, estudando os sig-nificados de palavras novas e utilizando--as dentro do contexto apropriado;

b- Melhorar a pronúncia conversando com pessoas que falem corretamente, e ouvin-do notícias nos meios de comunicação.

c- Estudar a parte gramatical que mais tem dificuldade.

d- Leitura de bons livros que inspirem e que tragam palavras novas.

EXERCÍCIOS PARA MELHORAR A DICÇÃO

Dicção é a forma agradável de pronunciar as palavras de maneira compreensíveis e ao mesmo tempo correta e expressiva.

É importante, para quem quer melhorar a dic-ção o uso de exercícios diários. Faça alguns exer-cícios abaixo mordendo o lápis ou uma caneta.

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A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO PARA OS PROFESSORES DA EBDEv. Valdeci Do Carmo

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“O bispo de Constantinopla é bom constantinopolizador.

Quem o desconstantinopolizar,

Bom desconstantinopolizador será.”

“Num ninho de mafagafos

Há cinco mafagafinhos

Quem o desmafagafar,

Bom desmafagafizador será.”

“Uma rua paralelepipezada por um bom paralelepipezdor,

Quem quiser desparalelepipezá-la, bom desparalelepipezador será.”

“Quem paca cara compra, paca cara pagará.

Quem compra paca cara pagará cara paca.”

“Padre Pedro partiu a pedra no prato de prata.

A pedra partiu o prato de prata do Padre Pedro.”

“A aranha arranha a rã.

A rã arranha a aranha.

Nem a aranha arranha a rã.

Nem a rã arranha a aranha.”

“Iara amarra a arara rara.

A rara arara de Araraquara.”

“Era uma sucessão de sucessos que se sucediam sucessivamente sem cessar”

“As pedras pretas da pedreira de Pedro pedreiras são os pedregulhos com que Pedro apedrejou três pretas prenhas”.

“Flagra deflagra um drible, franco franqueia o campo, o povo se inflama e enfrenta o preclaro Júri que declara grave o problema. Quero que o clero preclaro aclare o caso de clara e declare que tecla se engana no que clama e reclama”.

“Um tigre, um trigo, dois trigres, dois trigos, três tigres, três trigos”.

Valdeci do CarmoMinistro do EvangelhoBacharel em TeologiaLicenciado em Teologia pela FAETAD (Faculdade de Educação Teológica das Assembleias de Deus – Campinas SP)Graduado em Teologia pela EST (ESCOLA SUPERIOR DE TEOLOGIA)Pós-graduado em Antropologia da ReligiãoPalestrante de Seminários para obreiros e Professores de EBDFormado em Apologética pela Faculdade Dr Walter MartinCoordenador do curso de Bacharel em Teologia da FEICS (Faculdades Evangélicas Integradas Cantares de Salomão)Contato: 65 9925 8352/ E-MAIL: [email protected] [email protected] blog:valdecidocarmo.blogspot.com

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BIBLIOGRAFIA

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ANDRADE, V.P. CAMINHOS PARA O SUCESSO. Cuiabá, MT--CENTRAL DE TEXTO, 2006.

BATSON, G. PREGAÇÃO EXPOSITIVA. Campinas, SP-FAETAD, 2004.

CABRAL, E. HOMILÉTICA. Campinas, SP-EETAD, 4ª edição, 2000.

HARRISON, L.K. COMO FALAR EM PÚBLICO. Campinas, SP--FAETAD, 2005.

MAHONEY, R. O CAJADO DO PASTOR. Burbank, EUA-WORLD MAP, 3ª edição, 2006

OLIVEIRA, R.F. TEOLOGIA DO OBREIRO. Campinas, SP-EETAD, 3ª edição, 1998.

PEASE, ALLAN & BARBARA. LINGUAGEM CORPORAL. Rio de Janeiro, RJ-SEXTANTE, 2005.

POLITO, R. COMO FALAR DE IMPROVISO. São Paulo, SP-EDI-TORA SARAIVA, 10ª edição, 2003.

POLITO, R. SUPERDICAS PARA FALAR BEM. São Paulo, SP--SARAIVA, 1ª edição, 8ª reimpressão, 2009.

SILVA, S.P. HOMILÉTICA, O PREGADOR E O SERMÃO. Rio de Janeiro, RJ-CPAD, 3ª edição, 1995.

CARMO, Valdeci. CURSO DE HOMILÉTICA. Tangará da Serra, MT, Missão Peniel, 2009.

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ESCOLA BÍBLICA DE FÉRIASProfª. Jocinete Amorim

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PROFª. JOCINETE AMORIM

ESCOLA BÍBLICADE FÉRIAS

Escola Bíblica de Férias é um trabalho especial que visa alcançar o segmento infantil. Ela contribui para a formação de hábitos cristãos, alem de funcionar como agente incentivador da Escola Dominical. Ela procura atingir vários objetivos ao mesmo tempo:

• Evangelizar crianças não-evangélicas, conduzindo-as a Cristo;

• Procura despertar nos responsáveis o prazer de ver seus filhos glorificando a Deus durante os dias do evento;

• Desenvolve atividades diversificadas durante o período da E.B.F.

• Oportuniza às crianças evangélicas de crescerem no conhecimento da Palavra de Deus de uma maneira dinâmica e alegre;

• Proporciona aos responsáveis o crescimento espiritual, participando de palestras, dinâmicas e oficinas.

• Levantar pessoas para o trabalho no Ministério infantil.

COMO SURGIU A EBF?Da mesma forma que a Escola Dominical, a EBF

surgiu para atender as necessidades dos meninos de rua.

Em julho de 1898, uma senhora por nome de Elisa Hawes, preocupada com as crianças que andavam pelas ruas de sua vizinhança na cidade de New York, num estado de abandono pelos pais no período de férias, sujeitas ao aprendizado de tantas coisas nocivas e pecaminosas, resolveu fazer uma Escola Bíblicas de Férias Diária, para crianças de até 14 anos de idade.

O primeiro local de reunião foi num pátio com um jardim onde, á noite se vendia cerveja. Durante o dia não havia nenhuma atividade ali. Elisa Hawes teve que pagar o aluguel de seu próprio bolso.

Naquele verão (hemisfério norte) o programa da Escola Bíblica de Férias Diária, como era chamada, aconteceu por seis semanas durando duas horas por dia. O programa incluía: saudação á bandeira, música, história bíblica, desenhos, memorização de versículos, ginástica, brincadeiras e trabalhos manuais (as meninas aprendiam costura e culinária).

É interessante notar que este programa, em grande parte, ainda hoje é seguido na maioria das EBFs.

Na realização desta primeira EBF foi significativa a cooperação da Igreja Batista de Epiphany, da qual a sra. Hawes era membro, bem como do seu pastor e da sociedade de senhoras. Foram alcançadas 57 crianças.

Nos anos seguintes, 1899 e 1900, novamente foi realizada a Escola Bíblica de Férias Diária, com grande sucesso.

Em 1901, o Dr. Robert G. Boville, secretário executivo da Sociedade Batista de Missões Urbanas em New York, começou a promover a EBF e deu tanto apoio que em 1902 foram realizadas 10 escolas. Em 1903 e 1904 houve 34, 17 em cada ano. O trabalho cresceu tanto que o Dr. Boville desligou-

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se da Sociedade para promover EBFs no âmbito interdenominacional.

Em 1911, foram realizadas 102 EBFs e foi formada a Associação de EBFs, que fazia promoção e fornecia material e recurso. Em 1917, tornou-se interdenominacional. Por causa da promoção e do grande trabalho desenvolvido pelo Dr. Robert Boville, ele é considerado o fundador dó movimento da EBF.

A primeira EBF no Brasil foi realizada nas dependências do Colégio Americano Batista em Vitória E.S, na primeira quinzena de dezembro de 1924, com a promoção do Dr. Loren Reno (fundador do colégio), que é uma grande chácara ás encostas do Morro do Moscoso

Hoje, a EBF é um ministério desenvolvido por praticamente todas as denominações e em todos os países do mundo.

QUAIS AS VANTAGENS DA ESCOLA BÍBLICA DE FÉRIAS?

1. As crianças poderão ter aproveitamento sadio do seu tempo de férias

2. O ambiente festivo e alegre marcará a vida da criança

3. Uma EBF com o tempo diário de 3 horas, e a comparando com a EBD valerá por quatro meses de Escola Dominical.

4. Proporcionará uma oportunidade para receberem a Jesus Cristo como Seu Salvador.

5. Permitirá que a criança cresça no conhecimento da Palavra de Deus

6. É uma oportunidade para o envolvimento com a obra missionária, dando-lhes a visão e compromisso na tarefa de ir, orar e contribuir.

7. Para os pais, saber que os filhos estarão num local e numa programação que

ajudarão no desenvolvimento de suas personalidades, será de grande significado.

8. Para os professores, o treinamento específico que receberão servirá para o crescimento e aperfeiçoamento.

9. Fortalecerá a comunhão entre os membros da igreja e permitirá que cada um passe sua experiência, e assim aprendendo uns com os outros.

10. Para a igreja, a EBF será uma ponte para novos alunos para a EBD, além de atingir os vizinhos com a mensagem da salvação através das crianças.

1- PLANEJAMENTO 

Tema: A escolha é feita junto com a equipe

Equipes de Trabalho

• Coordenador: liderança, organização e supervisão de todo o trabalho;• Professores: separados para lecionar nas classes;• Auxiliares: cooperação com os professores;• Apoio logístico e segurança: observação da disciplina das crianças, inclusive nos corredores e banheiros. No mínimo, 20 pessoas devem ajudar a estabelecer a ordem no recinto, mantendo-se sempre atentos e qualquer movimento de crianças que provoque tumulto e algazarra, pessoas estranhas;• Equipe médica: profissionais na área da saúde, preparados para atender a emergências;

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ESCOLA BÍBLICA DE FÉRIASProfª. Jocinete Amorim

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• Artes e cenografia: desenhar, projetar e articular os espaços que serão usados, com cenários, decoração de acordo com o tema; • Jogral: pessoas responsáveis pelos ensaios e apresentações de peças e musicais;• Louvor: criação ou escolha do hino oficial e demais cânticos;• Programação visual e divulgação: pessoal para criar logomarca, confeccionar cartazes e divulgação do evento;• Recepção: fornecer relatórios, fichas de inscrições, organizar crachás, além de registrar as decisões por Cristo. Também se encarrega de distribuir as lembrancinhas aos participantes da E.B.F.• Responsáveis pelo lanche: organização e distribuição dos lanches;• Responsáveis pela recreação: Organizar atividades e material para as mesmas com antecedência;• Responsáveis pela limpeza: Além dos funcionários (caso a Igreja tenha), pedir as equipes que deixem os locais limpos, onde atuaram;• Equipe do desfile: Responsáveis pelos

blocos temáticos, banda de música.

• Equipe de evangelismo para distribuição de folhetos durante o desfile.

2-DIVULGAÇÃO

A propaganda é um poderoso instrumento de divulgação. Ela poderá ser feita através de recursos audiovisuais tais como: jornais de bairro, cartazes colados nos murais das igrejas, faixas de tecido ou plástico fixado em ruas ou lugares estratégicos, divulgação em rádios e nas escolas públicas e particulares através de folhetos etc.

O primeiro passo é divulgar entre as crianças nas classes dominicais.

3- PROGRAMAÇÃO 

A duração do evento de acordo com a necessidade e realidade da igreja, no mínimo de 2 dias à uma semana , separando-se duas horas e meia para cada reunião diária. As reuniões podem ocorrer no período da manhã ou tarde; tudo vai depender da disponibilidade da maioria.A programação deve incluir atividades interessantes. Assim , os matriculados não desistirão por falta de estímulo.

4- ORGANIZAÇÃO 

O primeiro trabalho da E.B.F. começa a partir das inscrições, que devem ser feitas gradativamente durante os trabalhos normais da igreja. Para tanto, utiliza-se uma mesa localizada no pátio, onde o secretário fará as inscrições e estará pronto a prestar maiores informações e esclarecimentos. Um cartaz deve ser fixado perto da mesa para divulgar e incentivar a participação das crianças.No ato da matrícula os inscritos receberão um documento contendo as normas da E.B.F. conforme modelo abaixo:

- Normas para professores e auxiliares

• Obedecer ao horário de chegada, ou seja, 15 minutos antes do início do trabalho;• Procurar oferecer as crianças um tratamento especial, dando-lhe amor, atenção e carinho;• Preparar o material didático com antecedência, o qual deve ser atraente, objetivo e criativo;• Chamar a criança sempre pelo nome. Assim ela se sentirá valorizada;• Em caso de indisciplina, procure contornar o problema com sabedoria, principalmente tratando-se de visitantes;• Os auxiliares devem procurar cooperar onde houver necessidade, ficando sempre atentos e prontos a prestar socorro em qualquer situação;

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• Tentar compreender cada criança e ter cuidado de não cometer injustiças ou deixá-la triste;• Esteja sempre alegre e orando em espírito para que o Senhor opere no coração dos pequeninos;Obs. As normas podem ser acrescentadas conforme a realidade local.

- Normas para os pequeninos

• Depois de entrarem no templo, são proibidos de saírem sozinhos da classe, irem ao banheiro ou ficarem nos corredores . Só poderão fazê-lo acompanhados do auxiliar ou supervisor;• É proibido retirarem-se do templo, exceto com responsável;• É proibido riscarem os bancos e paredes da igreja;• Exige-se silêncio total quando estiver ouvindo a mensagem;• O comportamento é fundamental para alcançar as premiações• O certificado será fornecido a todos os que comparecerem, no mínimo, durante quatro dias;• Devem decorar os versículos para terem direito aos prêmios • Convidar mais amiguinhos dá direito ao premio máximo da E.B.F.Obs. As normas para as crianças também poderão ser enriquecidas conforme a realidade local.

5- CONFECÇÃO DE MATERIAIS E COMPRAS 

A confecção de materiais da E.B.F. deve ser organizada com uma antecedência mínima de 3 meses. Serão necessários:

• Pasta de material do professor;• Preparo de literatura específica para novos convertidos;• Prêmios para os que levarem o maior números de visitantes, conseguirem memorizar maior quantidade de versículos , vencerem em concursos de conhecimentos bíblicos etc..• Material para ornamentação de ambientes e para o desfile;

• Lembrancinhas para visitantes• Material para a confecção de trabalhos manuais;• Preparo de faixas para divulgação;• Preparo de convites individuais para distribuição antecipada;• Confecção de cânticos e versículos visualizados feitos em cartolina ou em transparência para retroprojetor;• Crachás para serem fixados na blusa da criança ao entrar no templo, viseiras, sacos surpresa, uniformes;• Preparo de atividades para cada classe de acordo com a idade;• Compra de todos os produtos a serem utilizados na alimentação;• Material de limpeza.. Compra de folhetos

Obs: O planejamento do cardápio para o lanche pode contar com a participação dos pais. Na minha igreja eu convoco todos os departamentos para ajudarem. Cada período um departamento doa o lanche e serve para as crianças. No último dia da EBF a equipe das crianças oferece uma festa para toda igreja.

6- A ORDEM DO PROGRAMA (SUGESTÃO)

14:00 horas - RecepçãoDesfile no quarteirão da igreja. A Bandinha irá a frente com as crianças menores, e as demais crianças irão na retaguarda empunhando as bandeirinhas. Todas devem cantar alegremente o hino oficial da E.B.F. Os supervisores poderão distribuir bandeirinhas para as crianças da rua e convidá-las a participar do trabalho.14:15 horas - Entrada no templo14:20 horas - Oração e leitura bíblica 14:25 horas - Juramento a Bíblia “Prometo ser fiel a minha Bíblia, obedecendo as suas leis, procurando amar esconder a sua palavra no meu coração para não pecar”

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ESCOLA BÍBLICA DE FÉRIASProfª. Jocinete Amorim

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14:30 horas - Corinhos -- Saudação aos visitantes14:40 horas - História relacionada ao tema14:50 horas - Divisão das classesChamada – 5 minutosHistória Bíblica – 15 minVersículo prático e aplicação prática – 5 minPergunta escrita ou oral – 5 minAtividades (Trabalhos manuais) – 20 min16:00 horas - Retorno ao templo 16:05 horas - Cântico16:25 horas - Recreação e lanche17:00 horas - Oração de encerramento, entrega de lembranças e saída por faixa-etária.

7-  CULTO DE ENCERRAMENTO 

• Louvores

• Histórias Bíblicas

• Apelo

• Palavra do pastor

• Entrega dos diplomas e agradecimentos

• Oração para encerramento e festa com toda igreja.

8- ATIVIDADES PARA ADULTOS

Sugiro que sejam organizadas palestras, dinâmicas e oficinas interessantes direcionadas aos responsáveis pelas crianças, pois muitos deles moram longe e precisam ficar na igreja esperando pelos filhos. As palestras evitarão que fiquem ociosos no templo. Caso seja possível, oferecer um lanche.

CLASSE DE CINCO DIASObjetivo:

Alcançar crianças não atingidas pelas igrejas.

Milhares de crianças sem Cristo esperam a oportunidade de ouvir o Evangelho, e talvez nunca terão esta oportunidade. É uma estratégia missionária urbana para chegar onde as crianças estão.

Classes desse tipo, realizadas num lar cristão, tem sido o começo de muitas congregações.

Local e Duração:

A Classe de Cinco Dias acontece durante uma hora por dia, por cinco dias consecutivos. O melhor período para a realização são as férias escolares. O local ideal é um lar evangélico, de bom testemunho na vizinhança, onde as crianças se sintam bem-vindas.

A classe poderá ser realizada em uma sala, no quintal, na garagem, ao ar livre, no salão do prédio, etc.

O Programa:

Deve ser bem planejado.

A ênfase do programa deve ser a de apresentar claramente a mensagem do Evangelho, a mensagem de salvação.

O coração do programa será a Lição Bíblica evangelística. As demais partes (hinos, versículo, história missionária, oração) giram em torno da lição bíblica.

Este trabalho deve ser feito em equipe, com pessoas integradas à igreja, envolvidas com a mesma visão e alvo.

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CLASSE DE BOAS NOVASObjetivo:

. Salvação: para crianças não salvas, . Crescimento e Serviço: para as crianças salvas.

Elas devem ser ensinadas a viverem diariamente para Deus e desafiadas para servir ao Senhor em serviço de tempo integral se Ele as chamar.

Local e Duração:

No lar de pessoas crentes, de bom testemunho. A classe poderá ser realizada em uma sala, no quintal, garagem, etc. Uma hora por semana. Escolha o melhor dia e horário para as crianças.

Pode ser uma continuação da Classe de Cinco Dias.

O Programa:

Deve ser bem planejado.

A ênfase do programa deve ser crescimento espiritual para a criança salva e mensagem de salvação para as crianças não salvas.

Pessoas envolvidas: a hospedeira, que abrirá sua casa, os professores e os ajudantes.

FESTA EVANGELISTICA

Essa é mais uma forma criativa e eficaz de evangelização infantil. Para esse trabalho a igreja deve montar equipes de no mínimo 04 pessoas.

Como funciona?

Você deve verificar na sua igreja as pessoas que podem fazer esse trabalho em suas casas e dizer quantas crianças de sua vizinhança poderá convidar.

A equipe deverá confeccionar os convites personalizados para que o dono da casa possa entregar aos convidados.

No dia marcado a equipe chega mais cedo no local da festa, prepara a decoração, leva lembrançinha, uma pessoa da equipe fica responsável pelos louvores e outra pelas histórias bíblicas.

No final deve ser feito o apelo e as crianças que aceitarem a Jesus devem ser discipuladas pelo dono da casa.

No final serve-se um lanche para as crianças e esse deve ser doado pelo dono da casa.

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A IMPORTÂNCIA DAS DINÂMICAS E DAS DATAS COMEMORATIVAS NA EBD

Profª. Edna de Moraes

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PROFª. EDNA DE MORAES

A IMPORTÂNCIA DAS DINÂMICAS

E DAS DATAS COMEMORATIVAS

NA ESCOLA BIBLICA DOMINICAL

Mateus 28. 19-20

Ensinar não foi um pedido foi uma ordem!JESUS NAO DISSE: SE VOCÊ QUISER, SE LEVAR JEITO, SE TIVER TEMPO, SE GOSTAR...A ultima ordem de Jesus deveria ser nossa primeira ocupação.O ‘ide’ é para todos. e toda criatura, incluías crianças. (Marcos 16.15)Nem todos serão professores da escola dominical, mas todos têm que evangelizar e mais cedo ou mais tarde haverá crianças no seu caminho esperando para ouvir sobre o amor de Deus...

MARCOS 10. 13 – 14 “DEIXAI VIR A MIM OS PEQUENINOS E NÃO OS IMPESSAIS...”Sabem o que acho mais interessante? É que quem os impediam eram os próprios discípulos...Hoje não tem sido diferente em muitas igrejas. O mundo lá fora e ate muitas seitas já descobriram nas crianças um campo fértil! Mas nós as temos afastado de Jesus.

QUANDO? Quando não lhes damos valor. Quando falta organização na escola dominical, quando o material pedagógico não é adequado a faixa etária, quando não há professores preparados. Só o velho: “Você finge que ensina e eu finjo que aprendo”.

MUITOS SÃO LIGEIROS EM APONTAR PROBLEMAS (MAS NÃO AS CAUSAS...)As crianças não prestam atenção

Falta muito a escola

Não param de falar

Não obedecem

Não me entendem

E por ai vai...

MAS PENSE UM POUCO NA VISAO DO ALUNO (e seja sincero)

Você assistiria a uma aula sua? Como tem sido suas aulas? Aquela maravilha de sempre... Sempre na mesma ordem, no mesmo tom de voz; cheia de palavras difíceis, monótona, repetitiva. SOLUÇÃO

Mesmice se vence com criatividade! PORQUE VOCE NÃO IRÁ CONSEGUIR RESULTADOS DIFERENTES FAZENDO A MESMA COISA! ENTOA MUDE! Ache um jeito novo de falar do mesmo assunto, ache uma maneira criativa de contar a mesma historia...

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2º Congresso Estadual deESCOLA DOMINICAL

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Quando vamos falar com crianças a primeira coisa de que precisamos é ganhar sua atenção inicial, senão a aula estará perdida. Diferentes dos adultos elas são comunicativas, todas se conhecem, e quando não, fazem questão de se conhecer e saber das novidades, por isso é preciso fazer algo que desperte sua atenção para nós. Como por exemplo:Usando objetos desde que tenha a ver com a

liçao

Musicas de acordo com o tema da lição

Visuais (mesmo com os maiores isso chama a atenção)

Colocando em pratica

Perguntas curiosas

Mudando a sala (mude os moveis de lugar, ficaram curiosos pra saber o que ira aconte-cer)

Mudando a ordem dos acontecimentos (dê ciosas fora da programação, mude a hora da oferta com a da atividade, hora da historia com a do louvor...)

Complete a frase (coloque parte da palavra na lousa e pergunte quem sabe completar a frase)

Mural (faça mural junto com eles, escolha um tema), etc.

DINÂMICAS E BRINCADEIRAS PRA EBD

Dinâmica de Integração Excelentes para os primeiros dias de aula e têm como objetivo: Que os participantes se apresentem; - que memorizem os respectivos nomes; - que iniciem um relacionamento amistoso;- que se desfaçam as inibições;- que falem de suas expectativas.

Eu sou... E você, quem é? Formar uma roda, tomando o cuidado de verificar se todas as pessoas estão sendo vistas pelos demais colegas. Combinar com o grupo para que lado a roda irá girar. O educador inicia a atividade se apresentando e passa para outro. Por exemplo: “Eu sou João, e você, quem é?” “Eu sou Márcia, e você, quem é?” “Eu sou Lívia, e você quem é?”A dinâmica pode ser feita com o grupo sentado sem a roda girar.

Procurando um coração...Material Necessário: Corações de cartolina cortados em duas partes de forma que uma delas se encaixe na outra. Cada coração só poderá encaixar em uma única metade.Distribuir os corações já divididos de forma aleatória. Informar que ao ouvirem uma música caminharão pela sala em busca de seu par. Quando todos encontrarem seus pares, o educador irá parar a música e orientar para que os participantes conversem.

Dinâmica do Nome Esta dinâmica propõe um “quebra gelo” entre os participantes. Ela pode ser proposta no primeiro dia em que um grupo se encontra. É ótima para gravação dos nomes de cada um. Em círculo, assentados ou de pé, os participantes vão um a um ao centro da roda (ou no próprio lugar) falam seu nome completo, juntamente com um gesto qualquer . Em seguida todos devem dizer o nome da pessoa e repetir o gesto feito por ela. Variação: Essa dinâmica pode ser feita apenas com o primeiro nome e o gesto da pessoa, sendo que todos devem repetir em somatória, ou seja, o primeiro diz seu nome, com seu gesto e o segundo diz o nome do anterior e gesto dele e seu nome e seu gesto... e assim por diante. Geralmente feito com grupos pequenos, para facilitar a memorização. Mas poderá ser estipulado um número máximo acumulativo, por exemplo após o 8º deve começar um outro ciclo de 1-8 pessoas.

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A IMPORTÂNCIA DAS DINÂMICAS E DAS DATAS COMEMORATIVAS NA EBD

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Dinâmica: EMPRESTANDO O LÁPIS Objetivo: Mostrar a importância da partilha e a união entre as crianças. Participantes: Todos os presentes no encontro Material: Lápis de cor e desenho impresso. - Pedir para que as crianças tragam para o próximo encontro um lápis de cor. Importante: Cada criança deve trazer apenas UM lápis. Se a professora ver que a criança trouxe a caixa com mais cores, pedir para que a criança escolha a cor que mais gosta. - A professora deve trazer impresso em papel um desenho para as crianças colorirem. O ideal é uma folha para cada criança. Na folha deverá ter o mesmo desenho duas vezes. Descrição: Distribui-se uma folha para cada criança, pedindo que elas pintem apenas um desenho e com a lápis que trouxe. O desenho vai ficar com uma tonalidade apenas. Quando as crianças terminarem o primeiro desenho, pede-se que inicie o segundo, mas agora elas não irão pintar somente com as cores que elas trouxeram e sim que emprestem o lápis do outro amigo para colorir o desenho, assim cada criança irá emprestar o lápis de um amigo para colorir e no final todos terão um trabalho colorido. Conclusão: O primeiro desenho ficou com uma cor uniforme, com isso acabou ficando feio, esquisito. Mas quando eles emprestaram o lápis do amiguinho, o desenho ficou mais bonito, colorido. Com isso deve-se mostrar a criança que elas precisam se unir e se ajudarem mutuamente, explica-se que quantas outras crianças pobres que não tem o que eles têm, por exemplo, brinquedos, comidas etc. Sendo assim, diante de nossas possibilidades, devemos dar um pouquinho daquilo que temos.

Dinâmica da “Escultura”

Esta dinâmica estimula a expressão corporal e criatividade. 2 x 2 ou 3 x 3, os grupos devem fazer a seguinte tarefa: Um participante trabalha com escultor enquanto os outro (s) ficam estátua (parados). O escultor deve usar a criatividade de acordo com o objetivo esperado pelo Coordenador, ou seja, pode buscar: -estátua mais engraçada -estátua mais criativa -estátua mais assustadora -estátua mais bonita, etc. Quando o escultor acabar (estipulado o prazo para que todos finalizem), seu trabalho vai ser julgado juntamente com os outros grupos. Pode haver premiação ou apenas palmas.

NÓS HUMANOS A partir dos 7 anos. Objetivo Geral: Estímulo ao raciocínio e ao trabalho em equipe. Objetivo Específico: Desmanchar um nó feito com pessoas. Material: Nenhum. Como aplicar: Todos os participantes formam um círculo dando as mãos. Cada um verifica quem está à sua direita e à sua esquerda. Isto é muito importante, pois pode haver confusão depois, portanto, peça que cada um fale alto para si e para os outros: “João está à minha direita e Ana, à minha esquerda”, etc. Diga para soltarem as mãos e caminharem pelo espaço, aleatoriamente, até ouvirem um sinal (palma ou assovio). Ao ouvi-lo, todos param EXATAMENTE ONDE ESTÃO. Agora, sem sair de suas posições, deverão dar sua mão direita para quem estava à sua direita e sua mão esquerda para quem estava à esquerda. Vai se formar um nó de pessoas, e deverá ser desfeito, voltando o círculo à posição inicial, sem que ninguém solte as mãos.

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BRINCADEIRASAvaliação Tema: perguntas para avaliação ou revisão

Duração: 10 minutos

Publico: crianças, 6 participantes ou mais

Material: 1 saco com perguntas dentro, brindes (o mesmo numero que as perguntas), aparelho de som e cd com musica bem animada.

Desenvolvimento: coloque as crianças em circulo. Elas terão de passar o saco com as perguntas enquanto a musica é tocada, não vale demorar-se para passar o saco, nem jogar em cima do outro. Tem que ser passado de mão em mão. Quando [o professor parar a musica, a criança que estiver com o saco na mão, retira uma pergunta, a lê e responde em voz alta. Caso esteja correta ganha o brinde. A brincadeira continua ate que as perguntas acabem.

Bichos Tema: criação do mundo ou arca de Noé

Duração: 10 minutos

Público: crianças, 8 participantes

Material: cartão, cola e figuras de animais

Desenvolvimento: faça dois cartões com o nome e a figura de cada animal. Distribua um cartão para cada criança, sem que as outras vejam a figura. Peça às crianças que se espalhem bem pela sala, e ao seu sinal, cada criança deve fazer o som (a voz) do animal que esta no seu cartão. É importante que cada um faça somente o som do animal. Pelo som , cada criança deve achar o seu par e a medida que se encontram podem sentar-se ou formar uma fila.

Para contar a historia da criação, você pode usar esta brincadeira como ponto de partida para uma conversa: De onde vem tantos animais? Você sabia que foi Deus que criou cada um destes animais? Etc. para Arca de Noé você pode determinar que uma sala seja a arca e os “animais” a medida que acham o seu par são conduzidos para lá por uma pessoa fantasiada de Noé e que contará a historia.

Tomé, onde está a tua fé?Tema: o discípulo Tomé

Duração: 15 minutos

Público: adolescentes, 8 pessoas

Material: papel e canetas

Desenvolvimento: todo mundo já deve ter brincado de detetive, nesta brincadeira temos como personagem o assassino, o detetive e as vitimas. Na brincadeira Tomé onde está sua fé? Teremos novos personagens: Jesus, Tomé e os apóstolos. Escreva sobre um papel “Jesus”, sobre outro Tomé e tantos “apóstolos” quantos necessários para completar o numero de crianças ou adolescentes. Dobre os papeis e sorteie. As crianças se colocam num circulo e Jesus deve discretamente piscar com um olho para qualquer das crianças, enquanto Tomé tenta descobrir qual criança é Jesus. Jesus é sinal de vida nova, quando ele piscar, se a criança for um apostolo deverá dizer: ”Jesus está presente e vivo no meio de nós!” Tomé não acredita que Jesus esteve presente no meio dos apostolo porque não o vê, procurar descobrir onde esta Jesus. Quando Tomé descobrir ou pensar que descobriu, este indicará a pessoa dizendo: ”Mestre, é você mesmo?” se a criança que Tomé indicou seja um dos apóstolos, então, quem estiver representando Jesus, manifesta-se dizendo:”Tomé, onde está a sua fé?”. Repita a brincadeira umas poucas vezes e encerre antes que as crianças percam o interesse.

Telefone sem fioIdade: a partir de 5 anos

Participantes: 5 ou mais

Desenvolvimento: organizar os jogadores sentados um ao lado do outro em fila. O primeiro jogador diz uma frase/mensagem da bíblia no ouvido do amigo seguinte. Cada participante após receber a mensagem fala o mais baixo possível no ouvido do colega seguinte ate que o ultimo falara em voz alta o que recebeu. A mensagem muitas vezes chega completamente diferente!

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A IMPORTÂNCIA DAS DINÂMICAS E DAS DATAS COMEMORATIVAS NA EBD

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Fui a feira (mas pode substituir por fui a Igreja)Idade: a partir de 5 anos

Participantes: 5 ou mais

Desenvolvimento: um jogador diz em voz alta: Fui à feira e comprei... Por exemplo, “maça”. (ou diz: Fui à igreja e vi a profª da EBD... o pastor... a bíblia etc...) o jogador seguinte repete a frase do primeiro acrescentando outra mercadoria (ou algo encontrado na igreja) o terceiro jogador repete as mercadorias (algo encontrado) que os jogadores anteriores disseram e acrescenta mais um, ganha quem não repetir mercadorias (algo encontrado) e lembrar todas que foram faladas. Exemplo:

1º jogador: fui à igreja e encontrei o pastor

2º jogador: fui a igreja e encontrei o pastor e a profª da EBD

3º jogador: fui à igreja e encontrei o pastor, a profª da EBD e a bíblia.

Estatua Para esta brincadeira é bom ter mais de 5 pessoas. Você vai precisar de um aparelho de som. Todos os jogadores fazem um circulo e um fica como o mestre, controlando o som. Quando o mestre quiser ele abaixa o volume e diz “estatua”. Os jogadores devem ficar em posição de estatua, sem se mexer e o mestre vai tentar fazer caretas e brincadeiras para ver quem se mexe primeiro. Não vale fazer cócegas. Quem se mexer ou rir primeiro fala um versículo e vai para o lugar do animador.

Que bicho eu sou?Participantes: no mínimo 5 pessoas

É uma brincadeira bem divertida. Uma pessoa escreve o nome de vários bichos (pode ser um desenho), um em cada folha de papel. Esses nomes devem ser colocados nas costas dos participantes sem que eles vejam qual o bicho. Cada participante terá que adivinhar o animal que virou fazendo perguntas sobre as características do bicho aos outros participantes. As respostas devem ser sim ou não. O ultimo a descobrir sai da brincadeira e passa a colar o nome dos bichos nos vencedores. Pode usar os bichos usando a historia da Arca de Noé... Muito bom.

Mímicas Pode antes de contar uma historia da Bíblia e depois organizar a brincadeira. A partir de 6 pessoas dividir o grupo em dois. Cada grupo vai pensar em um nome de uma categoria. Exemplo: filme, musica e outros, e chamar uma pessoa do outro grupo. A pessoa escolhida vai tentar representar o nome sem dizer uma palavra, para o seu próprio grupo. Se o grupo de quem estiver representando acertar em menos de 1 minuto ganha um ponto. Se não acertar, ganha o grupo adversário.

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AS DATAS COMEMORATIVAS E AS CRIANÇAS

Uma Data comemorativa é uma grande oportunidade para se evangelizar crianças e pais.

Existem dois três tipos de datas:

DATAS COMEMORATIVAS DE PROFISSÕES:

Existe dia para quase tudo. para todas as profissões .Existem as datas mais comuns como dia dos pais e mães e existem datas como dia do carteiro , dia do agricultor ...

Procure fazer algo diferente em alguns desses dias envolvendo estas que serão homenageadas.

Faça um levantamento na sua comunidade de algumas profissões que existem nela para que quando for homenagear com as crianças.

Podemos evangelizar um carteiro no dia do carteiro, um motorista no dia do motorista. As crianças vão gostar muito.

Podemos pedi-las para fazer cartinhas, desenhos

DATAS COMEMORATIVAS DE ACONTECIMENTOS ESPECIAIS:

São as datas como dia do descobrimento do Brasil, da proclamação da república...

São datas onde podemos ensinar as crianças a amar nosso país e também podemos ensiná-las sobre a nossa pátria aguardada que é o Céu.

Podemos ensinar que nós temos a nossa independência do pecado, que descobrimos como Jesus é bom...

DATAS HOMENAGEADORAS:

É as datas em que se presta homenagem a uma pessoa como Natal, dia das mães, pais, avó...

Estas datas são importantes para ensiná-las a respeitar as pessoas

DATAS QUE O CRISTÃO NÃO DEVE COMEMORAR:Existem datas que não são comemoradas por nós como, por exemplo: O dia de finados, das bruxas, Cosme e Damião... São datas que ferem a nossa fé e o que cremos.

Estas datas precisam ser explicadas para as crianças. Precisamos explicar a elas como foram criadas estas datas e o porquê de não as comemorarmos. Não vamos deixar nossas crianças como se estivessem cegas, mas vamos guiá-las no caminho que devem andar.

Neste blog você encontrará estudos explicando as principais datas e o porquê que comemoramos ou não. Há um estudo para o professor e outro para a criança. É só adaptar para cada faixa etária

USANDO AS DATAS COMEMORATIVAS COMO ESTRATÉGIA DE EVANGELIZAÇÃO

Precisamos ter estratégias para evangelizar. Sabemos que evangelizar é como uma guerra. Estaremos arrancando uma pessoa das trevas e trazendo-a para a luz de Cristo. Não é fácil, pois estaremos lutando contra as hostes infernais. Toda a guerra é ganha com estratégias. Se Satanás usa as estratégias dos doces para atrair nossas crianças a se contaminarem no dia de Cosme e Damião, usaremos estratégias do Céu para não deixarmos isso acontecer.

A melhor estratégia para isso é a palavra de Deus, o esclarecimento, o ensinamento. Não perca tempo. Aproveite estas datas e mãos obra.

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A IMPORTÂNCIA DAS DINÂMICAS E DAS DATAS COMEMORATIVAS NA EBD

Profª. Edna de Moraes

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ALGUMAS SUGESTOES DE DATAS COMEMORATIVAS PARA A EBD

JANEIRO

01 – Dia de Ano Novo/ Dia da Confraternização Universal/ Dia Mundial da Saúde

Por ser um mês de férias, a igreja pode organizar um projeto evangelístico.

FEVEREIRO

Carnaval (Estudo a respeito)

MARÇO

08 – Dia Internacional da Mulher

As irmãs da igreja poderão ser homenageadas pelas crianças, com apresentações de jograis que falem sobre o valor da mulher e sobre as mulheres da Bíblia.

ABRIL

01 – Dia da Mentira (Estudo a respeito)

Páscoa – monte uma atividade especial para esta data: Páscoa é “passagem” da morte para a vida, Através de Jesus que foi morto e reviveu. Se você nele crêem, perdoado será, Conforme na Bíblia diz, Ele prometeu. Ouça com atenção: não endureça seu coração. Amanhã será tarde; hoje é dia aceitável.

Este acróstico pode ser apresentado por seis crianças de 6 a 8 anos; prepare 6 cartazes, colocando em cada um uma letra.

MAIO

Dia das Mães

Realizar uma programação especial em homenagem as mães, com louvor, poesias, jograis, etc.

Realizar um chá da tarde com as mães, fazer uma lembrancinha especial para elas...

JUNHO

14 – Dia do Pastor

Pode se fazer um jogral ou um lindo louvor pra homenagear o pastor

18 – Semana Nacional de Oração

Incentive e fale para as crianças e os demais irmãos sobre a importância da oração

JULHO

20 – Dia Internacional do Amigo/Dia da Amizade

Explique a importância de uma amizade

FÉRIAS ESCOLARES uma ótima oportunidade de organizar uma EBF

AGOSTO

Dia dos Pais

Programação especial para o dia dos pais com louvor, jogral, lembrancinhas, etc.

Pode-se organizar uma gincana com os pais

SETEMBRO

07 – Proclamação da Independência do Brasil (1822)/ Dia da Pátria

2º Domingo – Dia de Missões

Um lindo culto de missões onde se pode falar sobre um missionário e algumas curiosidades sobre o pais onde ele se encontra.

3º Domingo – Dia da Escola Dominical

OUTUBRO

12 – Dia das Crianças

Faça uma comemoração com tudo que uma criança tenha direito, muitas brincadeiras, muitos doces, sorvetes, lembrancinhas, etc.

NOVEMBRO

02 – Finados (estudo a respeito)

24 – Dia de Ação de Graças

Realize um culto de agradecimento a Deus por sua misericórdia e graça

DEZEMBRO

2º Domingo – Dia da Bíblia

Evangelismo seguido de um culto na praça com apresentações de jograis referentes ao tema e louvores

Na igreja enfatizar para as crianças a importância de se ler a Bíblia

25 – Natal

Pode se comemorar com louvores, jograis, peças, cantata de natal e varias opções para este dia.

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GANHAR CRIANÇAS E ADOLESCENTES PARA CRISTO ATRAVÉS DA EBDProfª Enedir de Brito Moraes

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PROFª. ENEDIR DE BRITO MORAES

GANHAR CRIANÇAS E ADOLESCENTES

PARA CRISTO: ATRAVÉS DA EBD

O discipulado de crianças e adolescentes hoje é mais difícil e desafiante do que foi no passado.

Hoje as crianças e os adolescentes têm mais acesso a informações que a dos nossos antepassados. O incentivo para estudo é muito maior- a geração nova sabe ler e muitas vezes optam por leituras que em nada se edificam. As escolas seculares hoje oferecem ensinamentos que muitas vezes contrariam a Palavra de Deus. Educadores secularizados não se referem a Deus como a realidade central de toda existência. Hoje já não se ensina o que é certo e o que é errado. A relativização da moralidade, sendo geral, faz com que a criança cresça pensando que ela tem que decidir na base das conseqüências de suas decisões. Daí a grande responsabilidade do professor da EBD mostrar o Evangelho a luz da Palavra de DEUS.

A IMPORTÂNCIA DO ENSINO E DA EVANGELIZAÇÃO

O professor precisa acima de tudo ►Conhecer a mensagem e a sua interpretação

A mensagem é o objeto e a finalidade da comunicação humana.

Toda mensagem, possui um significado e carrega propriedade de percepção comum ao emissor e receptor.

►Conhecer a sua interpretação

Na verdade, ela é a chave de toda comunicação. Dela vai depender a dedução a compreensão da mensagem.

A boa mensagem é a que facilita a interpretação

Por você trabalhar com esta clientela não a ignore, mas estabeleça um canal de boa comunicação.

►Identifique o foco do interesse da aula

Os objetivos e o conteúdo merecem atenção especial. Refletem eles a necessidade e o interesse do aluno. É a partir desse foco que será realizado o contexto, ou situação estímulo, para que se processe a aprendizagem. Muitas vezes a comunicação não se efetiva devido à ausência de um foco de interesse. O professor fala, e os alunos fazem ou pensam outra coisa.

► Ajuste a mensagem às condições dos alunos.

Tarefas muito difíceis, confusa, ou muito fácil não despertam o aluno a ação. Só existe aprendizagem se o aluno modifica o seu comportamento. Nesta fase o que o professor explicar é nela que o aluno acredita daí a importância do seu ensino/mensagem ser a luz da Palavra de Deus. Então se lembre os alunos tem capacidade para entender o que o professor diz desde que o seu linguajar esteja adequado a faixa etária

►Estabeleça uma seqüência permitindo que o

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aluno avance progressivamente até à assimilação do que você ensinou.

Para chegar ao domínio de conceitos complexos, é necessário partir de conceitos já conhecidos pelos alunos. Isso facilita para que você possa avança.

O SALMISTA APRESENTA O3 VERDADES QUE DEVEM SEMPRE SER ENSINADAS AS CRIANÇAS:

►Louvor

Ele deseja especialmente que as crianças saibam QUEM É O SENHOR. No Salmo 78 o salmista enfatiza especialmente a grandeza, a bondade, a fidelidade e os justos juízos de Deus. O ensino e a evangelização devem estar centrados na Pessoa do Senhor Jesus. ’

►Seu Poder

O Salmista nos orienta que devemos ensinar as crianças

O QUE O SENHOR PODE FAZER.

Este Salmo nos mostra especialmente como Deus guia e providencia o necessário ao seu povo. Deus é forte e poderoso. Pode operar maravilhas em suas vidas. É necessário ensinar as crianças quem é o Senhor e então mostrar-lhes o que Ele pode fazer em suas vidas. É especialmente importante mostrar-lhes que o Senhor quer ser o Salvador delas.

►As Maravilhas que fez

Olhando para o passado, vemos que as MARAVILHAS QUE FEZ O SENHOR por eles, Os atos que o Salmista menciona mais adiante são: a saída do Egito, as 10 pragas, a entrada em Canaã a escolha de Jerusalém e de Davi. Para nós

hoje consiste em falar às crianças sobre a morte e ressurreição e a ascensão de Cristo- mostrar que o Senhor deseja fazer em suas vidas baseado no que Ele já operou!

Examinemos o nosso ensino e certifiquemos de que estes três pontos mencionados pelo Salmista estão presentes no nosso ensinar.

O PLANO DE DEUS

Devemos alcançar as crianças, pois elas crescerão e, por sua vez, também alcançarão seus filhos e assim por diante. No livro de Joel 1:3 lemos: “ narrai isto a vossos filhos e vossos filhos o façam a seus filhos, e os filhos destes à outra geração.” Este sempre foi o plano de Deus; porém se as crianças de hoje forem negligenciadas, não só elas estarão perdidas, mas também as gerações futuras.

O Propósito de DEUS

Para que pusessem em DEUS a sua confiança e não esquecessem os feitos de DEUS, mas observassem os seus mandamentos. Sendo assim podemos nos perguntar:

Qual o alvo do nosso ensino?

Qual o propósito de DEUS para o nosso trabalho com as crianças?

O alvo do professor não é apenas ensinar à criança a respeito da Bíblia e de DEUS. Seu alvo é que a criança PONHA A SUA CONFIANÇA EM DEUS.

Devemos orar para que cada criança tenha no seu coração uma experiência real com o Senhor Jesus Cristo e coloque nele a sua confiança.

A vida pode ser comparada a um abismo, no qual muitos estão caindo. No fundo do abismo já se encontram muitas vidas e corpos quebrados pelo pecado. Que tragédia!

Muitos cristãos trabalham no fundo do abismo com estes corpos e vidas. Tentam construir um hospital espiritual onde os feridos possam ser tratados e

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consertados através do Sangue de Cristo. Louvado seja o Senhor por isto.

Outros cristãos são chamados para construir um muro de proteção à beira do precipício. Desta forma, evitarão que as pessoas caiam, alcançando-as antes que o pecado deixe marcas mais profundas em suas vidas.

A evangelização das crianças é como a construção de um muro à beira do abismo do pecado. Deus está nos chamando para esta construção!

“O futuro do mundo está nas mãos das crianças, mas o futuro das crianças está em nossas mãos.”

QUEM É A CRIANÇA SALVA?

A criança de hoje vive num contexto de grande pressão e influências maléficas. É preciso URGENTEMENTE, ensiná-la a dizer Não a essas influências.

Os pais/professores precisam:

► Preparar as crianças para que possam andar no Espírito, na plenitude do Espírito.

► Preparar adequadamente as histórias que se encaixam nos temas do cotidiano com as devidas aplicações.

► Ensinar a criança a lidar com seu próprio pecado.

► Conhecer as crianças e orar por elas.

Hoje, a criança vive no mundo da multimídia. Gosta muito de ação, imagem, som etc., e no mundo da multimídia é bombardeada com a informação visual com os valores e com as diversas crenças. O ensino de hoje é: tudo é relativo, tudo é permitido. Segundo o mundo tudo é muito normal, pois você é quem determina os valores.

Ao olhar a criança de hoje, vê-se que a situação dela é totalmente sem esperança. Satanás há muito tempo, percebeu que a criança é a presa mais fácil e rentosa para ele e suas investidas não tem fim.

Por isso, as crianças precisam encontrar algo imutável neste mundo de tantas mudanças. Elas precisam ouvir a voz de Deus acima da cultura, conhecer a Bíblia e o Autor da Bíblia- o Deus imutável! A criança de 4 a 14 anos está mais propensa a ouvir a palavra de Deus.

É preciso aproveitar bem esse tempo para trazê-la ao relacionamento pessoal com Deus através de um bom testemunho dado pelo professor.

Deve-se fazer com que as Verdades Bíblicas sejam relevantes para ela, e uma experiência transformadora para toda a sua vida tornando-se assim um verdadeiro discipulado.

Após a conversão da criança, o próximo alvo é discípulá-la.Tornar alguém “discípulo” significa levá-lo a ser um seguidor de Jesus Cristo.

O discípulo tem sua vida “sob controle”. Discipular implica dedicar tempo junto (como Jesus fez com os doze): muito ensino, correção e experiência prática.

Ninguém possui maior posição e maior privilégio para modelar a vida de Jesus à vida das crianças do que os pais e professores.

A primeira grande responsabilidade como pais e professores é evangelizar as crianças. Elas precisam:

► reconhecer o estado pecaminoso e desesperado do seu coração (Rm. 3.23)

► ver em Jesus sua única esperança de vida eterna

► recebê-lo pessoalmente como o seu único e suficiente Salvador

► arrepender-se dos seus pecados

► clamar a Ele por sua verdadeira conversão.

Todos os pais e líderes espirituais precisam trabalhar para este fim, para que Deus dê a criança o dom gratuito da vida eterna em Cristo Jesus. Sem o nascimento espiritual, não há crescimento.

Analisemos este versículo – II Tm 3. 15,16

► Toda Escritura _ Toda Bíblia – cada palavra que está na Bíblia

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► É inspirada por Deus- Deus guiou na escolha das palavras

► É útil – A Bíblia dá direção prática em cada aspecto da nossa vida

► Para o Ensino- ensina o que devemos fazer

► Para Repreensão – Ensina o que fazer quando pecamos

► Para Correção – ensina como mudar e transformar nossa vida

►Para Educação na Justiça – Como viver para Cristo.

Todo professor de criança deve buscar o que o apóstolo Paulo tinha para seus filhos dele na fé- que fossem conformados (gradativamente transformados) à imagem de Cristo. “ Meu filho, por quem de novo sofro as dores de parto até ser Cristo formado em vós. Gl 4:19

Há três ingredientes essências para o professor da EBD, para possuir maturidade cristã:

►Ser fortalecido no e com o Espírito Santo

►Amar e praticar as Escrituras

►Dedicar seu tempo ao Senhor

►Toda criança aprende a partir do momento em que ela é capaz de compreender qualquer coisa.

Sendo assim professor faça o seu papel:

►Ajude a criança

►Prepare a criança para o futuro

►Ensine sempre a criança a ser agradecida

►Conte histórias que tenham conteúdo e com uma aplicação adequada

►Ensine a criança a ser sensível ao Espírito Santo

►Ajude-a ser verdadeira

►Ensine a ter Temor de Deus

Professor, você tem nas mãos uma tarefa preciosíssima. Uma grande responsabilidade que lhe

foi outorgada por Deus. A oportunidade está diante de você. Use-a sabiamente.

Que o Espírito Santo possa usar a sua vida para impactar muitas crianças para o seu Reino.Acreditamos que a remuneração por uma obra infantil é semelhante a de qualquer obreiro que se dedica a apascentar o rebanho do Senhor.

Deus não faz distinção entre adulto e criança, pois seu desejo é que todos independentes da idade sejam salvos. Contudo, Deus exige que o seu trabalho seja feito com fidelidade, responsabilidade, amor e sacrifício.

Então faça com amor esta obra, pois Deus se agrada quando cuidamos dos pequeninos como Ele mesmo disse: Deixai vir a mim , porque dos tais é o reino dos céus..

Falando dos adolescentes

Exercer o ministério de ensino bíblico é um grande previlégio dado pelo Senhor, em especial o ensino dos adolescentes. Através desse ministério temos a oportunidade singular de contribuir positivamente na formação do caráter cristão de nossos futuros jovens. E, uma vez convocados por Deus para tal missão, devemos fazêla da melhor forma possível, lançando mão de todos os recursos disponíveis para essa tarefa. Aqui apresentaremos algumas ferramentas úteis para o ministério de evangelismo e discipulado de adolescentes.

COMO O ADOSLESCENTE PENSA E AGEPara termos um ministério eficaz entre adolescentes, precisamos ter sempre em mente as suas características, devemos compreender como sentem, pensam e agem, isto é conhecê-los muito bem!

E assim poderemos ajudá-los efetivamente em sua jornada cristã.

A adolescência não se resume simplesmente à passagem da infância para juventude! É uma fase muito importante, porque nela a pessoa define sua identidade e sua personalidade.

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GANHAR CRIANÇAS E ADOLESCENTES PARA CRISTO ATRAVÉS DA EBDProfª Enedir de Brito Moraes

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Profundamente marcada pelas transformações ocorridas no corpo, nas emoções, nas relações sociais e também na vida espiritual, é por definição uma fase de progressiva construção que resulta no ser adulto.

Características da fase:

►Desenvolvimento Físico

►Desenvolvimento Cognitivo

►Desenvolvimento Emocional

►Desenvolvimento Social

►Desenvolvimento Espiritual

Nesta fase é uma das idades excelente para aprendizagem da Palavra de Deus. Por isso devemos encarar essas características positivamente, vendo-as não como problema, mas, com oportunidades que devem ser aproveitadas para tornar o ensino bíblico mais atraente e marcante.

COMO O ADOSLESCENTE APRENDE

John Milton Gregory em As Sete Leis do Ensino afirma: “ Aprender é pensar com seu próprio entendimento numa nova idéia ou verdade, ou tornar em hábito uma nova arte ou habilidade.” Os adolescentes aprendem principalmente através do exemplo, por isso a coerência entre o que falamos e o que fazemos é de fundamental importância. O professor é um modelo para o adolescente, saiba que em nossa maneira será imitada por ele. Por isso precisamos nos preocupar em sermos bons exemplos para ajudarmos o adolescente a desenvolver plenamente, tornando cada dia mais maduro.

A Lição Temática Para Adolescentes

A lição bíblica é uma excelente ferramenta de ensino bíblico de ensino bíblico aos adolescentes porque a abordagem temática ajusta-se melhor às

características dessa faixa etária.

Preparando uma lição bíblica

► Ore e dependa do Espírito Santo

Todo ministério de ensino bíblico deve ser regado à oração. Devemos orar a todo instante por nós mesmos, por nossos alunos e para que Deus, através do Seu Espírito Santo utilize a Lição Bíblica a ser apresentada para fazer as transformações necessárias nas vidas dos adolescentes com os quais você vai trabalhar.

► Estude o tema

► Utilize uma Bíblia de estudo

► Utilize um dicionário Bíblico

► Recorra a bons livros de Teologia

►Consulte livros que abordam sobre o tema

O tema deve ser apresentado de maneira simplificada, nas palavras e nos conceitos ensinados

Escolha textos bíblicos

Faça uma lista de palavras relacionadas ao tema e com ajuda de uma concordância bíblica procure um versículo para cada uma. Dentre as palavras elencadas, selecione no máximo oito que melhor explicam o tema. Leve em conta os problemas pontuais de sua classe como: baixa auto-estima, discussões e brigas, desobediência etc. Problemas próprios do universo juvenil

Estude os textos bíblicos

► Deixe de lado as idéias preconcebidas sobre o texto bíblico

► Leve em conta o texto em sua totalidade, colocando-o em seu contexto.

► Leia várias vezes em diferentes versões

► Consulte passagens paralelas, se houver

► Investigue as informações históricas da época mencionada

►Pesquise sobre os costumes da época

► Determine se há alguma palavra para ser explicada.

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Em dependência do Espírito Santo devemos buscar

► Discernimento para compreender as situações em que os alunos vivem

► Orientação para escolher passagens que supram suas necessidades

► Iluminação para que os ensinos sejam entendidos e aplicados a vida dos alunos.

O esboço da lição

Para cada uma das oito palavras escolhidas escreva uma frase apoiada no texto bíblico. Estas frases irão formar a base do esboço da lição.

As frases devem ser:

► Curtas – Não devem obter mais que oito palavras

► Simples- Suas palavras e idéias devem ser simples e de fácil compreensão

►Lógicas _ Cada frase deve ser clara e logicamente para a frase seguinte.

►Práticas- Desafie os adolescentes a colocarem em prática o que você ensinou.

Como começar uma lição bíblica

A introdução é o recurso utilizado para captar o interesse dos alunos. Uma boa introdução para a lição bíblica é uma pergunta curta, atrativa e sempre relacionada ao tema da lição. Podem-se usar também dinâmicas de grupo, pequenas dramatizações etc.

No desenvolvimento da lição utilize ilustrações

Porque elas tornam claras as grandes verdades bíblicas. Essas ilustrações são histórias, experiências pessoais,exemplos de vida de homens e mulheres utilizados por Desus em sua obra, biografia de missionários são um bom exemplo. Use no máximo três ilustrações em uma lição.

Como concluir uma lição bíblica

Com igual preocupação devemos pensar em como concluir a lição. Pelo caráter aberto da lição bíblica, ou seja os alunos participam emitindo idéias e opiniões, o professor deve ter a preocupação de conduzir a aula para uma conclusão bíblica, não pessoal. Uma conclusão solidamente doutrinária.

Para evitar que os alunos fiquem com dúvidas e cultivem idéias errôneas. Por isso o professor precisa estar bem preparado.

Apresente a lição com criatividade

Dê vida a lição apresentando-a de maneira contagiante.

► Debate orientado

► Gincanas bíblicas

►Jogos de perguntas e respostas – fazer perguntas ao ensinar é uma arte! Sede um artista

► Formação de pequenos grupos para a pesquisa e estudo e exposição do tema

► Chuva de idéias

► Uso de história bíblica

► Inclusão de atividades criativas como: atividades manuais, dramatização etc.

Utilize visuais adequados

► Desenhos

► Fotos

► Recortes de jornal

► Mapas

► Quadro- Negro

► Álbum Seriado

►Retroprojetor

►Cartaz de Prega

►Flanelógrafo

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GANHAR CRIANÇAS E ADOLESCENTES PARA CRISTO ATRAVÉS DA EBDProfª Enedir de Brito Moraes

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Atividades com versículos bíblicos

A Palavra de Deus é o alicerce para a vida. Num momento de grandes transformações, os adolescentes precisam de algo que lhes dê firmesa, que só encontrarão na Palavra de Deus. Por isso é de extrema importância que todas as atividades de memorização das Sagradas Escrituras tenham continuidade na adolescência.

Como ensinar versículos bíblicos para Adolescentes

► Escolha o versículo chave que melhor ilustre o tema da aula

► Faça-os lerem em suas Bíblias

► Explique bem o versículo- palavras, contexto, idéia central, etc

► Aplique as verdades espirituais ensinadas

► Utilize métodos criativos, para promover a memorização

• Riacho de versículo

• Versículo com sonoridade

• Revezamento de versículo

• Versículo explosivo, etc

Não seja monótono: Utilize cantos em sua aula

►Os adolescentes gostam muito de cantar, embora as mudanças na voz não ajudem muito!

O fato de a música ser uma ferramenta didática muito eficiente, que facilita a aprendizagem e torna claros os conceitos complexos, é motivo suficiente para justificar o seu uso.

Os cânticos proporcionam aos adolescentes:

► Oportunidade de Adorar e Louvar a Deus

► Concentração na Aula

► Alegria e Participação

COMO O ADOLESCENTE RECEBE A CRISTO

Evangelizar aqueles adolescentes que ainda não receberam Jesus como Salvador de suas vidas deve ser a prioridade máxima do seu ninistério!

Sam Doherty afirma em “Primeiros Passos”, “Não é suficiente para o pescador ter uma boa rede ou uma boa linha. Não importa quão bem equipado ele esteja ele nunca pegará peixe se não souber usar o que tem.” O autor utiliza essa ilustração para mostrar que devemos estar sempre prontos para apresentarmos o que temos: a Mensagem da Salvação.

Como evangelizar um adolescente

►Ensine a mensagem da Salvação (na escola dominical ou no evangelismo pessoal).

► Deus

• Criador

• João 3:16

• Amor

• Santo

► Pecado

• Definição

• Exemplos práticos próprios do estilo de vida dos adolescentes

• Rm- 3:23

• Nascido em pecado

• Conseqüência do pecado

► Jesus Cristo

• O Filho de Deus

• Derramou seu sangue

• I Co 15: 3-4

• Morreu e ressuscitou

→ Utilize métodos para apresentar a mensagem

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3º Congresso Estadual deESCOLA DOMINICAL

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(cores, símbolos, cartões, folhetos)

→ Durante o evangelismo leve –o a ler versículos diretamente na Bíblia

→ Mostre que o Plano Redentor vem do Senhor

→ Desafie-o a responder o que você ensinou

→ Não o pressione para uma decisão

→ Se o adolescente decidir-se por Cristo, então ore com ele e nessa oração leve-o a confessar seus pecados, verbalizar que crê em Jesus e a convidá-lo para ser seu Salvador pessoal.

→ Esteja disponível ao adolescente para esclarecer-lhe qualquer dúvida e para aconselhá-lo.

→ Mostre a ele que o seu crescimento espiritual agora depende de sua comunhão com Deus, por isso é importante que ele freqüente e tenha comunhão com a Igreja.

Não perca oportunidade de evangelizar os adolescentes de sua cidade ou bairro. Junto com os alunos de sua classe você pode promover impactos evangelísticos utilizando recursos variados, como apresentações musicais, dramatizações etc. Também promover programação especial na Igreja. Lembre-se, evangelizar os adolescentes é a prioridade do seu ministério.

COMO O ADOLESCENTE CRESCE NAS COISAS DE DEUS

Temos como objetivo de toda nossa prática como educadores cristãos a formação de homens e mulheres, “segundo o coração de Deus”. Desejamos ver os adolescentes com os quais trabalhamos desenvolverem suas potencialidades e crescerem em estatura e graça nas coisas de Deus.

►Como o adolescente pode crescer :

• Obedecendo a vontade de Deus

• Buscando a cada dia tornar-se semelhante a Jesus

• Buscando a maturidade cristã em sua vida

• Realizando a obra de Deus

► Como ajudá-lo a crescer:

• Desafiando-o a uma vida devocional sincera

• Ajudando-o a envolver com a obra de Deus

• Orientando-o sempre que possível em suas escolhas

• Desafiando-o a cultivar um estilo de vida que agrade a Deus

► Como o adolescente serve a Deus

O adolescente salvo aprecia conhecer o plano de Deus na sua vida, e, tem força e disposição para servi-lo. Nós como orientadores, temos o grande privilégio e a grande responsabilidade de transmitir-lhe uma visão correta a cerca de Deus. Transmitir-lhe uma postura visão missionária, desafiando-o a envolver-se plenamente com essa obra.

►Transmitindo a visão missionária

• A condição do homem sem Jesus

• A responsabilidade do salvo

• A participação dos Filhos de Deus

• A necessidade de obreiros no campo

• Consagração para o trabalho na obra de Deus

O adolescente salvo precisa de ensinamento para seu crescimento espiritual e participação no serviço de Deus. É tarefa do professor envolver seu aluno no serviço cristão, vendo nele um obreiro em potencial, por isso deve encaminhá-lo agora para uma vida de consagração, intercessão e contribuição financeira.

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CONSAGRAÇÃO – O adolescente salvo tem o Espírito Santo que lhe dá capacidade para servir ao Senhor. Ser testemunha é dar a vida para o Senhor usar como aprouver, pois Ele tem um plano perfeito para seus filhos.

INTERCESSÃO- Ensine o adolescente salvo a orar pelas almas perdidas e pelos missionários, que estejam perto ou distante dele. A oração é um mistério que poucos assumem com seriedade.

CONTRIBUIÇÃO- Mostre ao adolescente salvo que é um privilégio dos salvos sustentarem os que estão totalmente a serviço do Mestre.

PROFESSOR: VOCÊ TEM UMA GRANDE RESPONSABILIDADE DIANTE DOS SEUS ALUNOS

Como afirma Débora Ferreira “ Os conceitos bíblicos são a base do ensino do professor. Para o educador é muito importante definir, claramente a necessidade de aprender um conceito-chave. Sua ministração deve ser aplicada com muito cuidado, ensinando um conteúdo de cada vez, para não confundir os alunos. Se o conceito for mal interpretado poderá gerar distorções quanto à vida cristã”.

Sendo assim professor, procure viver na dispensação do Espírito Santo permita que Deus o use para ser uma benção na vida de muitos adolescentes. Eles muitas vezes tentam disfarçar e esconder atrás de uma aparente rebeldia, mas são Amados pelo Senhor podendo ser Verdadeiros Cristãos. Deus escolheu Você para fazer diferença na vida do seu aluno. Sede comprometido com a tarefa de ensinar.

Fonte inesgotável de ensino A Palavra de Deus

BIBLIOGRAFIA

Crianças do Brasil para Deus- Revista APEC

COSTA Ferreira Débora, Os maravilhosos anos da Adolescência Rio de Janeiro, CPAD, 2006

MCDOWELL Josh, Os adolescentes falam Candeia, São Paulo,1997.

WEISZ Telma- O diálogo entre o ensino e a aprendizagem, Ática, 2002.

TULLER Marcos, Recursos Didáticos para a Escola Dominical Rio de Janeiro, CPAD, 2003,

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3º Congresso Estadual deESCOLA DOMINICAL

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ENSINANDO COM SIGNIFICAÇÃOProfª. Márcia Campos Assunção

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PROFª. MÁRCIA CAMPOS ASSUNÇÃO

ENSINANDO COM SIGNIFICAÇÃO

“Se é ensinar haja dedicação ao ensino”(RM 12.7)

A Escola Dominical, como instituição de ensino, não pode deixar de observar a aprendizagem dentro das fases do desenvolvimento da criança nos seus primeiros anos de vida. Por isso a proposta é desenvolver uma metodologia, onde contemple atividades que vão ao encontro das necessidades de ensino, dentro de cada faixa etária, para que a criança aprenda com significação, a palavra de Deus.

CONCEITO DO ENSINO

Ensinar é estimular e desenvolver a mente dos alunos, promovendo a aprendizagem por parte dos mesmos. Para haver sucesso no ensino é necessário que haja APRENDIZAGEM.

ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DA EDUCAÇÃO

ALUNO=♦PROFESSOR=♦CONTEUDO=♦METODOLOGIA=♦OBJETIVO

No Ensino estamos envolvidos: *Com Deus (Jo 15:16)

*Com a igreja (Atos 5:21-25)

O professor da E.D deve ser aprovado por Deus e ser hábil no manuseio da palavra de Deus. (2TM2:15) O professor deve acompanhar todos os passos dos alunos dentro e fora da sala de aula, como alguém que se preocupa e deseja ajudar o aluno em suas necessidades materiais e espirituais. Também lança mão dos métodos disponíveis de modo a alcançar os objetivos a que se propõe a tornar sua aula mais clara para que haja uma boa APRENDIZAGEM

A aprendizagem e os sentidos físicos.

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3º Congresso Estadual deESCOLA DOMINICAL

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Para se ter uma idéia do papel e do valor dos sentidos no ensino, precisa-se saber que :

A) Aprende-se 10% do que se lê.

B) Aprende-se 20% do que se ouve.

C) Aprende-se 30% do que se vê.

D) Aprende-se 50% do que se vê e se ouve.

E) Aprende-se 70% do que se examina, do que se ouve e é logo discutido.

F) Aprende-se 90% do que se ouve vê, discutido e logo realizado.

QUALIFICAÇÃO DO PROFESSOR* Preparo espiritual

* Preparo pedagógico

* Aparência

* Capacidade de expressão

* Cortesia, senso de humor

* Otimismo

* Simpatia

* Auto-direção

* Criatividade

ENSINANDO DENTRO DA FAIXA ETÁRIA As características que serão apresentadas são as

mais comuns para cada faixa etária. É normal que a criança apresente um ou outro aspecto adiantado ou atrasado em relação à tabela de desenvolvimento, e isto vai depender essencialmente dos estímulos que a criança recebe no seu dia a dia.

1 A 3 ANOS A criança, nessa faixa etária, prende-se ao

movimento, ao tom de voz, e não ao conteúdo do que é contado. Ela presta atenção ao movimento de fantoches e a objetos que conversam com ela. As histórias devem ser rápidas e curtas. O ideal é inventá-las na hora. Os livros de pano, madeira e plástico, também prendem a atenção. Devem ter, somente, uma gravura em cada página, mostrando coisas simples e atrativas visualmente. A música exerce um grande fascínio sobre ela. A criança acredita que tudo ao seu redor tem vida e por isso, a história transforma-se em algo real, como se estivesse acontecendo mesmo. Portanto há a necessidade de pegar a história, segurar o fantoche, agarrar o livro, etc..

Sugestões de atividades a ser trabalhadas na Escola Dominical

-Contar história com fantoche

- Utilizar livros grandes com gravuras para contar história

-Utilizar massinha de modelar

-Dar o desenho dos personagens da história pra criança pintar.

-Cantar música fazendo gestos.

4 A 6 ANOSNessa fase há o predomínio absoluto da imagem,

(gravuras, ilustrações, desenhos, etc.), sem texto escrito, ou com textos brevíssimos, que podem ser lidos, ou dramatizados pelo adulto. A fim de que a criança perceba a inter-relação existente entre o

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“mundo real”, que a cerca, e o “mundo da palavra”, que nomeia o real. É a nomeação das coisas que leva a criança a um convívio inteligente, afetivo e profundo com a realidade circundante. As imagens devem sugerir uma situação que seja significativa para a criança, ou que lhe seja, de alguma forma, atraente. A graça, o humor, um certo clima de expectativa, ou mistério são fatores essenciais . As crianças, nessa fase, gostam de ouvir a história várias vezes. É a fase de “conte outra vez”.

Sugestão de atividades a ser trabalhadas na Escola Dominical

- Histórias com dobraduras simples, que a criança possa acompanhar.

- Contar histórias utilizando roupas e objetos característicos. A criança acredita, realmente, que o contador de histórias se transformou no personagem ao colocar uma máscara, chapéu, capa, etc..

- Utilizar massa de modelar ou argila para construir os personagens da história.

7 A 8 ANOS Nessa fase a criança tem noções simples e

generalizadas sobre a bondade e a maldade. Tem mais facilidade em decidir, acolher e adotar resoluções simples. Põe em dúvida solicitações dos adultos. Daí a pergunta: por que devo fazer isso?” Responde: Já vou... e adia solicitações. Chora quando criticado ou quando se sente ofendido. Abandona o jogo atirando as peças, quando percebe que perdeu.

Sugestão de atividades a ser trabalhadas na Escola Dominical

-Trabalhar figuras de linguagem que explorem o som das palavras.

- Trabalhar estruturas frasais mais simples sem longas construções.

- Fazer ilustração das temáticas com personagens inseridos. A ilustração deve integrar-se ao texto a fim de instigar o interesse pela leitura.

- Usar letras ilustradas.

- Utilizar massinha, tintas, lápis de cor ou giz de cera para ilustrar os textos.

9 A 12 ANOSNesta fase da vida, o fator sexo começa a se

acentuar mais nitidamente. Neste estágio a criança desenvolve noções de tempo, espaço, velocidade, ordem, casualidade. Sendo então capaz de relacionar diferentes aspectos e abstrair dados da realidade. Apesar de não se limitar mais a uma representação imediata, depende do mundo concreto para abstrair.

Sugestão de atividades a ser trabalhadas na Escola Dominical

- Coquetel bíblico (caça-palavras, palavras cruzadas, labirinto, etc ).

-Espada ao ar – fala um versículo relacionado à lição, e o primeiro a achar ganha.

- “Forca bíblica” – (com nomes relacionados na lição ).

-Perguntas da lição – (Competição meninos versus meninas ou grupos).

“Batata Quente” – falar versículos ou responder perguntas da lição estudadas.

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12 A 14 ANOS Nesta fase a criança, ampliando as capacidades

conquistadas na fase anterior, já consegue raciocinar sobre hipóteses na medida em que ela é capaz de formar esquemas conceituais abstratos e através deles executar operações mentais dentro de princípios da lógica formal. Com isso, a criança adquire “capacidade de criticar os sistemas sociais e propor novos códigos de conduta: discute valores morais de seus pais e constrói os seus próprios (adquirindo,portanto,autonomia)

- Dramatização da história.

-Maratona bíblica

-Recursos Tecnológicos

NENHUM RECURSO PODE SER DESCONTEXTUALIZADO

Todos os exemplos de atividades citadas devem estar dentro do contexto da lição a ser estudada, isso requer um preparo meticuloso por parte do professor. Se a lição for preparada em cima da hora o professor poderá sair frustrado e o objetivo não ser alcançado.

BIBLIOGRAFIA

GILBERTO, Antônio. Manual da Escola Dominical.Rio de Janeiro:CPAD,1999.

PIAGET, Jean. A formação do símbolo na criança. São Paulo: Zaher, 1978.

VYGOTSKY,L.S.A formação social da mente.SãoPaulo:Martins Fontes,1974.

FERREIRO,Emília.Psicogênese da língua escrita. Porto Alegre:Artmed, 1985.

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