52008072 Curso de Agente de Portaria Porteiro

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AGENTE DE PORTARIA

CURSO DE AGENTE DE PORTARIA (PORTEIRO) SUMRIOPROGRAMA DE CURSO..............................................................................................31.ASPECTOS GERAIS DA FUNO...................................................................................................................5 1.A CONSCINCIA DA PROFISSO...................................................................................................................5 2.A RELAO PROFISSIONAL DE TRABALHO ..........................................................................................5 AO SE ASSINAR UM CONTRATO DE TRABALHO, O EMPREGADOR E O EMPREGADO ESTABELECEM ENTRE SI DIREITOS E OBRIGAES MTUOS COM OBJETIVO DE OBTER A SATISFAO DAS PARTES ENVOLVIDAS.....................................................................................................6 3.A RESPONSABILIDADE DA FUNO............................................................................................................6 4.A MORALIDADE.................................................................................................................................................6 2. ASPECTOS HUMANOS......................................................................................................................................7 5.PERFIL DA PROFISSO....................................................................................................................................7 6.HABILIDADES DO PROFISSIONAL DE PORTARIA...................................................................................7 7. AS RELAES HUMANAS...............................................................................................................................9 8.NOES DE APRESENTAO E HIGIENE PESSOAL.............................................................................10 9. ORIENTAES PARA A QUALIDADE DE VIDA......................................................................................11 10.QUANTO S DOENAS SEXUALMENTE TRANSMISSVEIS (DST)...................................................14 3. ASPECTOS OPERACIONAIS.........................................................................................................................15 11.SEGURANA FSICA DE INSTALAES.................................................................................................15 12.SISTEMAS ELETRNICOS DE SEGURANA..........................................................................................19 13.SISTEMAS DE COMUNICAO..................................................................................................................26 14.ATRIBUIES BSICAS DO AGENTE DE PORTARIA.........................................................................34 15.TCNICAS DE SEGURANA EM PORTARIAS........................................................................................35 16.PROCEDIMENTOS BSICOS DA ATUAO NA FUNO..................................................................38 NA PORTARIA DE EMPRESAS, O AGENTE DE PORTARIA DEVE ESTAR SEMPRE ATENTO S SUAS ATRIBUIES, NO QUE SE REFERE AO TRATAMENTO DISPENSADO AOS FUNCIONRIOS, CLIENTES E FORNECEDORES.......................................................................................38 17.PROCEDIMENTOS GERAIS DA FUNO DE AGENTE DE PORTARIA...........................................45 18. PROCEDIMENTOS EM CASO DE IDENTIFICAO DE OCORRNCIAS.......................................47 19.PROCEDIMENTOS NA PASSAGEM DO SERVIO..................................................................................49 20.PRINCIPAIS DEVERES..................................................................................................................................51 4.ASPECTOS GERAIS..........................................................................................................................................53 21.PROCEDIMENTOS EM PRIMEIROS SOCORROS...................................................................................53 22.PROCEDIMENTOS DE PREVENO E COMBATE A INCNDIOS....................................................58

AGENTE DE PORTARIA PROGRAMA DO CURSO EMENTA Conceitos Gerais. Aspectos do Perfil, Habilidades e Relaes Humanas. Descrio dos Sistemas de Segurana. Apresentao de Atribuies, Tcnicas e Procedimentos. Identificao de Deveres Funcionais. Primeiros Socorros e Combate a Incndios. CARGA HORRIA TOTAL 40 horas OBJETIVOS O curso visa oferecer aos participantes subsdios para que possam: Reconhecer a importncia e responsabilidades da funo; Identificar o perfil, as habilidades e as relaes necessrias para o Agente de Portaria; Identificar os aspectos da segurana de instalaes; Entender as caractersticas dos sistemas eletrnicos de segurana; Identificar as tcnicas de segurana em portarias; Identificar os procedimentos inerentes a funo; Reconhecer as medidas de primeiros socorros e combate a incndio.

CONTEDO PROGRAMTICO Aspectos Gerais:

A Conscincia da Profisso A Relao Profissional de Trabalho A Responsabilidade da FunoA Moralidade Aspectos Humanos:

Perfil da Profisso Habilidades do Profissional de Portaria As Relaes Humanas Noes de Apresentao e Higiene Pessoal3

AGENTE DE PORTARIA Orientaes para a Qualidade de Vida Aspectos Operacionais:

Segurana Fsica de Instalaes Sistemas Eletrnicos de Segurana Sistemas de Comunicao Atribuies Bsicas do Agente de Portaria Tcnicas de Segurana em Portarias Procedimentos Bsicos da Atuao na Funo Procedimentos em Casos de Identificao de Ocorrncias Procedimentos na Passagem do Servio Principais Deveres do Agente de PortariaProibies Especiais Aspectos Diversos:

Procedimentos em Primeiros SocorrosProcedimentos de Preveno e Combate a Incndios BIBLIOGRAFIA CARDOSO, Mrcio Alfredo Tanure. O Agente de Portaria do Futuro Manual Prtico do Agente de Portaria; Belo Horizonte, Belo Horizonte, 2001. GODOY, Jos Elias de; BARROS, Saulo C. Rgo. Manual de Segurana em Condomnios; So Paulo, Igal, 1998. SMITH, Laura Ditt; LIMA, Sueli Santos. Treinamento de Pessoal de Condomnio; Viosa, Aprenda Fcil, 1999.

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AGENTE DE PORTARIA

AGENTE DE PORTARIA (PORTEIRO)1. ASPECTOS GERAIS DA FUNO 1. A Conscincia da Profisso

Em nosso pas, comum as pessoas assumirem compromissos sem ter conscincia do que fazem, sendo levadas pela necessidade de sobrevivncia. O candidato a emprego normalmente "agarra" o primeiro servio que aparece, sem levar em considerao se o que sabe e gosta de fazer. Por herana cultural, ns brasileiros, no damos o devido valor profisso. Por isso, tambm comum, nas entrevistas de seleo, o entrevistador perguntar qual a profisso do candidato, e ele responde que sabe fazer quase tudo. Nos pases mais desenvolvidos a profisso de uma pessoa muito valorizada, por isso freqente o sobrenome das pessoas espelharem a profisso da famlia. Exemplos: Smith (ferreiro), Carpenter (carpinteiro), Fischer (pescador), etc. O valor do trabalho de uma pessoa definido pelo mercado, e depende diretamente do grau de dificuldade e responsabilidade das atividades e da oferta de mo-de-obra com a qualificao necessria. muito importante escolher uma profisso que realmente se tenha aptido e satisfao em exerc-la para que voc possa se diferenciar no mercado de trabalho. A profisso de Agente de Portaria ou Porteiro, como se queira denominar, deve inspirar orgulho em quem a exerce, pois digna, respeitosa e necessria a toda a comunidade. A conscincia e a assimilao dos princpios bsicos de uma profisso podem fazer de voc um profissional competente e respeitado. 2. A Relao Profissional de Trabalho

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AGENTE DE PORTARIA Ao se assinar um contrato de trabalho, o empregador e o empregado estabelecem entre si direitos e obrigaes mtuos com objetivo de obter a satisfao das partes envolvidas. Basicamente, o empregador tem por obrigao pagar o salrio e os benefcios legais dentro dos prazos estabelecidos, e propiciar condies de trabalho seguras e tratamento respeitoso. Ao empregado contratado, cumpre realizar os servios com profissionalismo, dedicao e honestidade, para a satisfao de quem recebe os seus servios. 3. A Responsabilidade da Funo Ao assumir um posto, o Agente de Portaria est sendo investido de grande responsabilidade, pois controla a entrada e sada de pessoas, mercadorias, produtos, correspondncias, veculos e informaes valiosas para a organizao, condomnio ou residncia. Uma falha grave na portaria poder levar a prejuzos financeiros e morais para o a empresa ou condomnio que poder acarretar uma Ao de Reparao de Danos, conforme o Cdigo Civil Brasileiro:Art. 159 - Aquele que por ao ou omisso voluntria, negligncia ou imprudncia violar direito ou causar prejuzo a outrem, fica obrigado a reparar o dano.

Importante: Uma ocorrncia desta natureza, acarretar uma inevitvel dispensa por JUSTACAUSA e um dano irreparvel na histria profissional do Agente de Portaria.

4.

A Moralidade A Moral o conjunto das normas, regras e conceitos adotados para

orientar a convivncia sadia entre as pessoas. Ter moral significa ser uma pessoa honesta, boa, virtuosa e tica. So atos imorais aqueles que impedem uma pessoa de cumprir com suas obrigaes contratuais e faltar com o respeito s pessoas no ambiente de trabalho. obrigao do profissional de Portaria estar bem atento a todas as suas atitudes no trabalho para poder andar sempre de "cabea erguida", como se diz popularmente. 6

AGENTE DE PORTARIA 2. ASPECTOS HUMANOS 5. Perfil da Profisso

O aumento da criminalidade e o avano da tecnologia, fizeram com que o mercado de trabalho esteja buscando profissionais mais capacitados e competentes. Atualmente, quem contrata um Agente de Portaria busca um profissional confivel e que domine as tcnicas de sua profisso. Para isso, busca recrutar e selecionar candidatos atravs de empresas de recrutamento ou de anncios em jornais e rdios. 8. 6. Perfil do Profissional de Portaria: Ensino fundamental completo; Conhecimento bsico de informtica; Habilidade em relaes humanas; Capacidade de operar equipamentos de segurana; Estabilidade funcional comprovada em carteira de trabalho; Aptides fsicas e mentais, comprovados em exames de sade; Ficha criminal isenta de antecedentes; Experincia comprovada na funo; Cursos e treinamentos na sua rea de atuao; Indicaes atravs de cartas de apresentao (cuja veracidade ser confirmada); Endereo residencial fixo.

Habilidades do Profissional de Portaria

I. RESPONSABILIDADE - indica a pessoa que responde pelos atos praticados, cumpre com a sua palavra e seus compromissos, e assume tudo o que faz e diz.

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AGENTE DE PORTARIA II. RESPEITO - indica a pessoa que tem o sentimento de considerao e cordialidade no trato com as outras pessoas ou s coisas. condio inseparvel da dignidade humana. III. INICIATIVA - indica a pessoa que capaz de apresentar uma deciso diante de situaes de emergncia ou de problemas imprevistos. IV. PRESTEZA - indica a pessoa que cumpre com presteza uma ordem recebida, indo ao encontro do servio e ao cumprimento imediato do dever. V. ENTUSIASMO - indica a pessoa que tem alegria, orgulho, motivao e satisfao em desempenhar determinada atividade. VI. CONTROLE EMOCIONAL - indica a pessoa que tem a capacidade de dominar as reaes psicolgicas surgidas face s emoes que se apresentam diante de determinados fatos. VII. INTELIGNCIA - indica a pessoa que tem a capacidade, maior ou menor, de entender as coisas que chegam ao seu conhecimento e adaptar-se s situaes novas. VIII. LEALDADE - indica a pessoa que manifesta honestidade e fidelidade no cumprimento das responsabilidades assumidas, fazendo jus confiana que lhe depositada. IX. MORALIDADE - indica a pessoa que possui um conjunto de regras de conduta consideradas como corretas, deixando de praticar certos atos por obedincia sua conscincia. X. URBANIDADE - indica a pessoa que sabe tratar com educao, cortesia e civilidade as pessoas, atravs do desenvolvimento de atitudes fsica, intelectual e moral, visando sua melhor integrao individual e social. XI. PONTUALIDADE - indica a pessoa que tem correta observncia na execuo de trabalhos e compromissos no horrio programado, mostrando exatido no cumprimento do dever. XII. ASSIDUIDADE indica a pessoa que desenvolve o hbito de estar sempre presente onde deve estar para cumprir seus deveres. XIII. IMPARCIALIDADE - indica a pessoa que no sacrifica a sua prpria opinio prpria convenincia, nem s de outrem, fazendo julgamento desapaixonado e justo dos atos e aes. 8

XIV. XV.

AGENTE DE PORTARIA ZELO - indica a pessoa que tem cuidado com os seus pertences ou com o EFICINCIA - indica a pessoa que apresenta resultados satisfatrios no

patrimnio a ele confiado, mantendo-o em perfeito estado de conservao. desempenho das atividades realizadas atravs do alcance dos objetivos a ele propostos. IMPORTANTE: Alm das habilidades descritas acima so necessrios aindaateno concentrada, discrio, dinamismo, observao, organizao, obedincia, memria visual e auditiva, tranqilidade, disciplina, fluncia verbal, timo relacionamento interpessoal e trabalho em equipe.

7.

As Relaes Humanas Relaes Humanas a cincia que estuda o comportamento, os

mtodos e as atividades empregadas por uma pessoa, ou grupo de pessoas, a fim de promover relacionamentos favorveis com outras pessoas. Nesta cincia o estudo da personalidade de suma importncia. A personalidade uma manifestao das caractersticas de uma pessoa, as quais se tornam visveis atravs da sua conduta. Uma personalidade considerada "normal" manifestada por uma conduta equilibrada e estvel. A personalidade "anormal", manifestada por uma conduta irregular que varia conforme o estado da pessoa no momento. A variao constante de conduta ou as mudanas repentinas de humor retratam uma personalidade desequilibrada e cria enormes dificuldades para as relaes humanas no trabalho. O que mede as boas relaes humanas de uma pessoa a regularidade em sua conduta, segundo as regras do convvio social, revelada atravs dos seus gestos, de seu modo de falar, da sua maneira de se dirigir s pessoas, no seu modo de se vestir, na higiene pessoal e at mesmo na sua fisionomia alegre e respeitosa em relao aos outros. 9. Objetivos das Relaes Humanas: Proporcionar melhor compreenso entre as pessoas; Facilitar a mudana de comportamento; 9

AGENTE DE PORTARIA Suavizar as questes surgidas entre grupos; Elevar a qualidade na comunicao.

10. Pblico com quem o Agente de Portaria mantm Relaes Humanas: Pblico Externo clientes; visitantes (familiares ou no); fornecedores; agentes das concessionrias de gua, luz ou telefone; agentes de rgos governamentais (Polcia, Sucam, etc.). Pblico Interno - todos os funcionrios da organizao, sejam prprios ou terceirizados, ou todos os moradores do condomnio. 10.2.1.1. Como Tratar com o Pblico Externo A atitude deve ser de CORDIALIDADE, EDUCAO, CALMA, SIMPATIA, GENTILEZA e PRESTEZA, pois cada pessoa possui diferenas fsicas, raciais, intelectuais e sociais. 10.2.1.2. Como Tratar o Pblico Interno: A atitude deve ser de buscar obter a cooperao de todos na obedincia s normas estabelecidas pela administrao. importante evitar intimidade, atitudes indecorosas e grias. Este pblico deve ser tratado com: DIGNIDADE, EDUCAO, DISCRIO, SOBRIEDADE, AMIZADE, CORTESIA, RESPEITO, ACATAMENTO, RECONHECIMENTO e ENTENDIMENTO. IMPORTANTE: Lembre-se de que os superiores e colegas so pessoas que erram eportam defeitos como voc, por isso procure conhecer o temperamento de cada um respeitando sua individualidade e tentando descobrir suas virtudes.

ANOTAES:

8.

Noes de Apresentao e Higiene Pessoal

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AGENTE DE PORTARIA Um Agente de Portaria deve seguir as seguintes orientaes, quanto sua apresentao e higiene pessoal: Lavar as mos antes das refeies e, sobretudo, no final da jornada de trabalho; Tomar banhos de chuveiro diariamente, principalmente, antes e depois de qualquer trabalho, lavando corretamente a pele e o couro cabeludo; Escovar os dentes pelo menos 3 vezes ao dia, principalmente, aps as refeies; Manter as mos e unhas limpas e aparadas; Manter cabelos limpos, cortados e penteados; Manter barba e bigode aparados e limpos; Manter os ps limpos e enxutos, a fim de evitar micoses superficiais; Alimentar-se em intervalos regulares, procurando comer alimentos saudveis; Usar uniformes limpos, lavados e passados; Manter sapatos limpos e lustrados.

IMPORTANTE: O Agente de Portaria JAMAIS deve fumar durante suas tarefas ou nos locais de refeio, nem consumir bebidas alcolicas antes e durante o trabalho.

9.

Orientaes para a Qualidade de Vida

11. Quanto Alimentao A recomendao fundamental o controle da ingesto de alimentos muito gordurosos, muito doces ou muito salgados. O excesso de gordura se acumula nas artrias e provoca o seu entupimento (arteriosclerose) podendo causar infarto no corao ou derrame no crebro. O excesso de acar pode levar ao diabetes e o de sal pode causar problemas de presso arterial alta. Uma alimentao sadia deve ser composta em maior parte de verduras, frutas e legumes e carnes magras. Uma pessoa necessita se alimentar quatro vezes ao dia e beber de dois a trs litros de gua. Beber

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AGENTE DE PORTARIA muito lquido durante as refeies no faz bem para o processo digestivo e contribui para a obesidade. 12. Quanto aos Exerccios Fsicos Para se ter uma vida saudvel e para exercer uma atividade profissional deve-se estar sempre bem preparado fisicamente. Fazer caminhadas, freqentes e compassadas, pelo menos trs vezes por semana. Antes de sair para o trabalho, fazer alongamentos e flexes de pelo menos 15 minutos ao dia, muito importante para deix-lo em boa forma fsica. 13. Quanto aos Vcios Embora a sociedade se preocupe muito com uso da maconha e da cocana, essas no so as drogas de maior consumo. A maconha est em quarto lugar e a cocana em oitavo. As drogas mais consumidas so o lcool, o cigarro e os inalantes (cola de sapateiro), sendo seguidas pelos tranqilizantes, estimulantes e remdios para emagrecer. 14. Alcoolismo O alcoolismo uma doena crnica e progressiva, manifestada pela ingesto repetida de bebidas alcolicas com dificuldade de absteno. O alcolatra apresenta prejuzos nos aspectos fsicos, mental, moral, profissional, social e financeiro. Alcolatra todo indivduo que bebe sistematicamente sem conseguir evitar este hbito. Normalmente, o alcolatra nega que dependente, diz que bebe menos do que realmente bebe e que para de beber a hora que quiser. As principais conseqncias do alcoolismo so: baixo rendimento no trabalho, acidentes no lar, no servio e nas estradas; alteraes sanguneas que provocam hemorragias, doenas do fgado, degenerao dos ossos, leso cerebral, cncer, problemas pulmonares, alteraes cardacas, hipoglicemia, disfuno testicular, impotncia, etc. 15. Tabagismo 12

AGENTE DE PORTARIA O hbito de fumar pode causar bronquite, enfisema, cncer, infarto do corao, derrame cerebral, doenas dos vasos sanguneos e lceras do estmago. Os fumantes adoecem com uma freqncia duas vezes maior que os no fumantes e uma em cada sete mortes no Brasil deve-se a doenas causadas pelo fumo. Os filhos de fumantes adoecem duas vezes mais que os filhos de no fumantes e tm mais chances de tambm serem fumantes. Alm de todo o mal causado sade, o custo do cigarro significativo na renda familiar. 16. Quanto Sade Psicolgica 16.2.1.1. Harmonia em Famlia Quando no se est em harmonia com os familiares, leva-se para o trabalho seus problemas pessoais, os quais afetam diretamente seu comportamento e seu rendimento profissional. Para se ter uma vida familiar harmoniosa, importante que seja estimulado o dilogo franco e respeitoso, onde cada um observa o direito do outro, pois, conforme diz o ditado popular: "em se conversando, tudo se ajeita". Uma pessoa em harmonia com sua famlia estar numa boa condio psicolgica para desempenhar suas atividades profissionais. 16.2.1.2. A Condio Financeira fundamental para o profissional estar em condio financeira equilibrada, pois, no indo bem, ela trar uma enorme intranqilidade no trabalho. Para se ter uma condio financeira equilibrada a regra simples: gastar menos do que se recebe e planejar os gastos com muito cuidado. O endividamento deve ser evitado a todo custo, exceto se ele for inevitvel. 13

AGENTE DE PORTARIA A economia dos gastos deve ser responsabilidade de todos na famlia. A roupa deve ser lavada de uma s vez, economizando gua e sabo. Os banhos no podem ser demorados. Os telefonemas devem ser breves e s em caso de necessidade. Muito importante tambm a quantidade de filhos, pois quanto mais filhos menos condies poderemos dar a eles. 10. Quanto s Doenas Sexualmente Transmissveis (DST) Um dos males da nossa sociedade que tambm afetam o profissional na sua produtividade e no seu bolso, so as doenas sexualmente transmissveis. Principais Doenas Doena Gonorria Forma de Transmisso Sintomas sexo e contato com roupas e coceira, ardncia tampos de vasos sanitrios secreo purulenta infectados rgos genitais sexo e contato com reas lceras purulentas Cancro (cavalo) Mula e mos) sexo e nos na

contaminadas do corpo (unhas regio genital e na virilha leso nos rgos genitais

seguido de ngua na virilha AIDS (sndrome da sangue e seus derivados, sexo enfraquecimento do imunodeficincia adquirida) sem preservativos, gestao sistema imunolgico ou amamentao

IMPORTANTE: A AIDS no se transmite atravs de picadas de insetos ou atravs desimples contato com as pessoas, inclusive pelo beijo. Outras doenas sexuais: uretrite, herpes, corrimentos, escabiose e ftirase.

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AGENTE DE PORTARIA 3. ASPECTOS OPERACIONAIS

11.

Segurana Fsica de Instalaes

A segurana fsica das instalaes de um condomnio ou de uma empresa fator imprescindvel para a diminuio dos riscos que possam ameaar o bem-estar dos condminos ou funcionrios. 17. Barreiras Fsicas So obstculos naturais ou artificiais que servem para impedir ou dificultar o acesso de pessoas estranhas em locais delimitados ou proibidos e controlar os locais permitidos. (exemplos: vegetao, muros, cercas, concertinas, alambrados, ofendculos, cancelas, portarias, portes, portas, etc). 18. Divisas Fsicas As divisas fsicas de uma instalao devem ser bem definidas para que possam atender s exigncias tcnica e esttica, assim como proteo perimetral do local. Normalmente, nas divisas frontais se utilizam muros fechados, gradis, grades com vegetao, misto de muro e gradil, cercas vivas, alambrados, entre outros. Deve-se atentar para que tais obstculos fsicos no sirvam como escada para posterior escalada de marginais e, tambm, para que no sirvam como esconderijo. Ao se optar por grades de ferro, necessrio observar que estas devem ser altas, no mnimo 2,50 metros, e com barras transversais distantes entre si o mximo possvel, para que no sirvam como degrau. As divisas frontais podem tambm ser fechadas com muros, pois na grande maioria, existe uma portaria que elimina a necessidade de se observar o interior dos jardins chegada dos moradores.

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AGENTE DE PORTARIA As divisas laterais e do fundo devem ser altas (no mnimo com 2,50 metros), sem rvores nem mezaninos de flores prximos, a fim de dificultar sua escalada. 19. Vegetao comum que se tenha vegetao tanto na parte externa quanto interna, mas, deve-se atentar para que as rvores grandes e com galhos longos estejam distantes das divisas perifricas. A vegetao deve ser baixa e esparsa, a fim de se evitar escaladas ou mesmo para que sirva como esconderijo de malfeitores. 20. Muros Os muros devem ser de alvenaria ou de concreto, com altura mnima de 2,50 metros, no devendo fugir de seu projeto arquitetnico e esttico. Pode tambm ser protegido no topo por extenses em "L", voltadas para dentro, o que muito empregado em edificaes verticais. 21. Cercas Fsicas Feitas de arame farpado, com fios intervalados de 10 cm, com altura mxima de 2,50 metros. Podem ter extenses, em ngulo, semelhantes aos muros para aumentar a eficincia. Normalmente, so complementadas com vegetao ou cercas vivas. So bastante usadas em condomnios horizontais em reas rurais. 22. Alambrados So construdos com arame retorcido galvanizado, com elos tipo corrente e malhas de, no mximo, 5cm x 5cm, presos em cima e embaixo com arame, tudo isto revestido em PVC. Servem como telas, sendo muito eficientes quando utilizados, tambm, como extenses nos topos de muro, com suas pontas em "l", complementadas por arame farpado em forma de ganso, em "Y" ou dupla, voltadas para dentro do condomnio. 23. Ofendculos

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AGENTE DE PORTARIA So extenses fsicas que servem como complemento de muros, cercas, alambrados e que dificultam a transposio de meliantes. (Exemplo: pontas de lana, pedaos de vidro, pregos, grampo, pedaos de lminas, arames farpados e cercas eletrificadas). 24. Cancelas So porteiras de pequena altura, geralmente de armao metlica, que se abrem e se fecham ao trnsito nas passagens de nvel. Normalmente, so utilizadas em condomnios, empresas e estacionamentos comerciais, servindo para controlar o acesso de veculos no trnsito local e interno. 25. Portarias Uma portaria deve ser construda de maneira a ficar recuada das divisas da rea a ser controlada, estando a uma altura acima do nvel da rua para aumentar o ngulo de viso do Agente de Portaria. importante salientar a necessidade de que se tenha dois portes, formando assim, as chamadas eclusas, onde um se abre quando o outro se fecha. O ideal que a portaria seja protegida com vidro prova de balas complementado por uma pelcula que dificulte a viso do seu interior no horrio diurno ou noturno. O Agente de Portaria precisa ser preservado e, para isto, necessrio que a portaria possua um banheiro exclusivo, intercomunicadores, monitores de vdeo, interfones, guichs para recebimento de encomendas, espelhos convexos para facilitar a observao de reas internas ou externas e rdio. 26. Guaritas As guaritas so torres de proteo para abrigo dos Agentes de Portarias e/ou Vigilantes. Devem ser elevadas e construdas de alvenaria, situadas em locais estratgicos e rentes aos muros ou cercas e prestamse a aumentar o alcance de viso bem como para garantir a ostensividade da segurana. 17

AGENTE DE PORTARIA 27. Portes Os portes de entrada, tanto de pedestres quanto de veculos, devem ser fabricados de materiais leves, mas resistentes, devendo possuir trancas e fechaduras em perfeitas condies e de boa qualidade, para se evitar muitos defeitos e manutenes. O nmero de portes que serve a rea externa deve ser reduzido ao mnimo possvel, sendo o ideal apenas um para veculos e outro para pedestres. De preferncia, devem ser automticos para abertura distncia, sendo complementados com interfones ou vdeos-porteiro. 28. Portas Internas ou Intermedirias Servem para delimitar reas de acesso reduzidas e devem ser fabricadas de materiais resistentes e leves, tais como madeira, ferro ou alumnio, possuindo trancas ou fechaduras de boa qualidade e cadeados resistentes. Devem sempre permanecer fechadas e trancadas. 29. Garagens Por indisciplina ou descaso dos usurios a garagem um dos pontos mais vulnerveis para a segurana de um condomnio ou empresa. Por isso, importante construir portes (eclusas) acionados eletronicamente que confinem o veculo entre si, de modo que uma delas se abra somente quando a outra estiver fechada, evitando-se, assim, a entrada de um "carona" indesejado. A garagem deve possuir espelhos convexos que facilitem a visualizao de Agente de Portarias ou garagistas. 30. Iluminao fundamental que todas as dependncias sejam bem iluminadas, a fim de que possa desestimular a ao dos meliantes. As reas externas tambm precisam ser iluminadas para que se tenha uma ampla viso da rua, caladas, frente da portaria e da porta da garagem. Nas reas de entrada de pedestres e veculos pode ser instalado um holofote a ser utilizado pelo Agente de Portaria para poder identificar visitantes e veculos que estejam defronte do porto. 18

AGENTE DE PORTARIA Devem ser instaladas luminrias ao redor dos muros do permetro, caso haja trnsito de pessoas, tanto nas laterais quanto nos fundos da edificao, a fim de melhorar a iluminao pblica, isso se a existente no for adequada. importante evitar pontos de penumbra nas reas internas, principalmente nos jardins, playgrounds ou mesmo corredores ao redor do condomnio, para que possa ser verificada a presena de pessoas estranhas. Para economizar energia, existem sensores que permitem que as luzes acendam automaticamente ao detectarem a aproximao de pessoas ou veculos. IMPORTANTE: obrigatrio o uso de luzes de emergncia, que devem serinstaladas no interior de edifcios e escadas.

31. Sinalizao O sistema de sinalizao tem a finalidade de advertir e indicar sobre algo ou sobre alguma norma convencionada. Pode ser visual, atravs de placas ou sinais luminosos, como tambm sonora. Pode ser horizontal, atravs de marcas inscritas no piso, ou vertical atravs de placas ou faixas expostas ao longo das instalaes. Aos condminos ou funcionrios cabe respeitar e obedecer a sinalizao convencionada, quando estiverem dentro do condomnio.

12.

Sistemas Eletrnicos de Segurana

A interao do homem com os equipamentos eletrnicos promove um elevado nvel de segurana, pois amplia muito a capacidade de observao e reao de uma pessoa. Existem muitos tipos de equipamentos disposio, e para adquiri-los deve ser feito um planejamento com consultores especializados, a fim de que estes definam os pontos vulnerveis e as medidas a serem adotadas para criar um sistema de segurana adequado. 19

AGENTE DE PORTARIA A utilizao dos equipamentos eletrnicos deve ser precedida de um projeto tecnolgico que permita o timo funcionamento ao longo do tempo. A instalao deve ser de boa qualidade para se evitar problemas futuros.IMPORTANTE: Considerando o desgaste natural dos equipamentos muito importante manter um programa de manuteno preventiva.

32. Sistemas de Segurana Monitorados Os sistemas monitorados oferecem servio 24 horas e servem para reduzir riscos de intruso, incndios, coao. So dotados de uma central de monitoramento desenvolvida para receber os sinais de alarmes dos sistemas de segurana instalados. Estes sinais podem ser enviados por linha telefnica exclusiva do monitoramento; por linha telefnica regular; por linha telefnica celular, por ondas de rdio de longo alcance e at por satlites. Ao receber um sinal de emergncia, o operador da central dever ter disponvel todos os dados do local, bem como as zonas onde foram instalados os sistemas e onde ocorreu a emergncia, assim como as atitudes predeterminadas pelo cliente que devero ser tomadas. A qualidade e quantidade das informaes recebidas podem ser variadas, conforme a tecnologia dos sistemas e da central de monitoramento. 33. Sensoriamento e Alarmes Estes equipamentos eletrnicos servem para alertar sobre situaes incomuns, tais como violao de procedimentos e locais, proteo contra roubos, furtos, alagamentos, incndios, etc. Um bom sistema de alarmes deve permitir timo funcionamento ao longo do tempo, por isso importante que a instalao do sistema seja feita por uma empresa conceituada e idnea que utilize materiais de qualidade.

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AGENTE DE PORTARIA Todo sistema de alarme deve ser checado periodicamente, por isso indispensvel que exista uma tima alimentao alternativa de energia para satisfazer a uma eventual falha na rede eltrica ou dano causado por invasores. O sistema deve comportar a instalao de controles remotos para que se possa distribu-los com algumas pessoas. O controle remoto deve ser utilizado quando a pessoa se sentir ameaada, pois se tratando de um dispositivo silencioso no aciona sirenes do sistema, o que poderia causar reaes adversas dos marginais ante o pnico criado. Em caso de acionamento de controles remotos de alarme a central deve registrar o evento e as providncias tomadas no histrico de ocorrncias do cliente.IMPORTANTE: A central de monitoramento deve ser operada por profissionais treinados, capazes de tomar decises adequadas. Jamais se deve aceitar ligar o sistema de alarme em centrais que se limitam a gravar recados.

34. Sistema de Alarmes de Intruso So equipamentos eletrnicos que atuam como dissuasivo s invases de intrusos. Inclui sensores de presena que enviam sinais ao painel de controle acionando uma sirene de alarme conforme programao prvia. Componentes do Sistema de Alarme de Intruso: I. Painel de controle: Equipamento que recebe informaes dos sensores, processa, aciona indicadores visuais ou sonoros e envia cdigos de sinais para uma central de monitoramento. (deve contar com no-break para falta de energia eltrica); II. Teclados: Equipamento onde se faz a digitao da senha para armar ou desarmar o sistema. Podem ser fixos ou portteis, com ou sem fio, e podem ser instalados em diversos pontos. III. Controle Remoto: 21

AGENTE DE PORTARIA Dispositivos que desarmam ou armam o sistema, tm funo de boto de pnico policial e mdico. Podem acender luzes ou abrir portes. IV. Sensores: Dispositivos sensveis que, ao serem acionados desencadeiam um processo no sistema de alarme. Podem ser de vrios tipos, tais como: Porta/Janela - utilizado em portas, janelas e gavetas, atravs de ms, cuja abertura ou fechamento acionar o sistema sinalizando um alarme quando de uma entrada no autorizada. Podem ser com ou sem fio, de sobrepor ou embutir; Sensor de Quebra de Vidro - protegem janelas, portas de correr e vitrinas e so apresentados em trs tipos: de choque, acstico e uma combinao. Podem ser com ou sem fio. sensvel a qualquer vibrao provocada por impacto de maior intensidade; Botes de Pnico - utilizado para acionamento manual em casos de emergncia pessoal. Podem ser com fio ou sem fio, fixos ou mveis; Sensores Infravermelhos Passivos - detectam e controlam o movimento de corpos e a emisso de calor numa rea predeterminada. Podem ser com ou sem fio, internos ou externos. Servem, tambm, para acionar sistemas de iluminao, quando da intruso de pessoas em uma rea protegida; Sensores Infravermelhos Ativos - utilizados em reas externas, principalmente nos topos dos muros. Podem ser com ou sem fio.

35. Circuito Fechado de Televiso (CFTV): So equipamentos que permitem a observao e registro de locais fora do alcance da viso. composto de um monitor e de uma ou vrias cmeras instaladas nos principais pontos da edificao, possuindo imagem analgica ou digital, transmitida por meio de rede metlica, fibra ptica ou microondas. Sua utilizao muito necessria segurana das pessoas e do patrimnio, principalmente no horrio noturno.

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AGENTE DE PORTARIA recomendvel a instalao das cmeras de vdeo com movimentao horizontal, de forma que possibilite a varredura das reas desejadas, tais como jardins e locais de lazer. O monitor de TV e os comandos do sistema, inclusive os de iluminao, podem ser instalados em local sigiloso na rea privativa evitando que o Agente de Portaria ou Vigilante no se exponha nas janelas ou nos jardins para averiguar se est tudo normal. Componentes de um Sistema de CFTV: Cmeras - podem ser em preto e branco ou em cores de 2,5 mm a 16 mm; Domus - equipamento que permite cmera completar uma volta de 360o, ficando protegido no interior de uma redoma; Fonte - transforma a voltagem de 110 ou 220 volts para 12 volts; Lentes: com ou sem diafragma, de 4 mm a 16 mm; Suportes e caixas de proteo para reas externas, em ferro ou alumnio; Cabo coaxial - conduz a imagem da cmera ao monitor; Motor giratrio em 360 - para reas interna e externa; Kit para injeo de sinal em antena coletiva, modulador, filtro e atenuador; Comando para Pan - executa um movimento horizontal da cmera Comando para Pantilt executa movimento vertical e horizontal da cmera; Controle de lente tipo zoom; Seletor digital automtico/manual para at 32 cmeras (digital); Seqencial - faz a seqncia de imagens das cmeras na tela do monitor; Quad Spliter - divide a tela do monitor em ate 4 imagens (com gerador de caracteres, data hora e congelamento de imagens, para 4 cmeras);

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AGENTE DE PORTARIA Dual Quad - divide a tela do monitor em 8 imagens, sendo 4 por vez (com gerador de caracteres, data hora, congelamento de imagens, zoom e alarme para at 8 cmeras);

Multiplexador - permite a visualizao simultnea de ate 16 imagens, na tela do monitor, com a utilizao de at 16 cmeras; Monitores - em preto e branco e em cores de at 29 polegadas; Videocassete Time Lapse - grava at 960hs em uma nica fita; Cmera Falsa - inibe vandalismo ou intruso.

36. Cerca Eletrificada um ofendculo bem aceito em condomnios e empresas, pois inibe a possveis tentativas de intruso pela ostensividade e pelo receio das descargas eltricas. O uso da cerca eletrificada nos muros no se configura como abuso de direito, nem tampouco incide em ato ilegal, pois todo cidado pode usar livremente seu direito de proteo sua propriedade. Contudo, existem critrios tcnicos de instalao que devem, obrigatoriamente, ser seguidos para que a utilizao destes ofendculos no invada o campo da ilegalidade, fato este que culminaria em conseqncias reversas a seus usurios. Para a instalao da cerca eletrificada no interior da propriedade a ser protegida necessrio que no invada o espao fsico e/ou areo da propriedade vizinha. Para isso a cerca deve ser instalada sobre o muro do usurio, de forma perpendicular ao solo ou vergada para o lado interno da propriedade protegida. Devem ser instaladas a uma altura superior a 2,50 metros por sobre as barreiras fsicas limtrofes e demarcatrias da rea a ser protegida, devendo ser colocadas placas sinalizadoras (com fundo amarelo e letras pretas) sobre os riscos de tal ofendculo. Este quesito muito importante para caracterizar a inteno dolosa do invasor em ingressar no interior de propriedade alheia, fato que estaria fazendo por

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AGENTE DE PORTARIA deciso pessoal, assumindo, em decorrncia desta circunstncia, os nus conseqentes de sua ao tpica. O atendimento destas prerrogativas tcnicas tambm evita o contato de crianas que, desavisadas, poderiam toc-la. As cercas eletrificadas devero apresentar, obrigatoriamente, voltagem acima de 8.000Volts; amperagem 0 (zero) e corrente alternada (pulsativa com intervalo mnimo de 1 segundo entre cada descarga eltrica). 37. Sistemas de Controle de Acesso O Sistema de Controle de Acesso tem como objetivo efetuar o controle eletrnico do movimento de pessoas nas reas sob superviso. Ele se constitui de tecnologias de proximidade, carto magntico, cdigo de barras, biomtricos de leitura digital, analisadores de marca, voz, entre outras. Este sistema torna possvel gerenciar o acesso de pessoas previamente identificadas, onde seja necessrio controle seletivo de entrada, controle estatstico de movimentao ou controle de dados de apontamento de freqncia de funcionrios. Existem softwares de controles de acesso que permitem arquivar na memria de um microcomputador a fotografia dos moradores, funcionrios, freqentadores e veculos. Este sistema permite o total acompanhamento de toda movimentao da portaria, facilitando o trabalho de identificar e controlar o acesso de pessoas e veculos. 38. Sistema de Ronda Eletrnica Para acompanhar o servio dos Agentes de Portarias e/ou Vigilantes, muito importante instalar um sistema de ronda eletrnica, com pontos espalhados em toda a extenso de sua rea. Esse sistema est ligado a uma central para que os monitores possam checar se todos os pontos foram cobertos pela ronda, permitindo apoio ao Agente de Portaria ou Vigilante em caso de impossibilidade de acionamento devido situaes de risco. 25

AGENTE DE PORTARIA

13.

Sistemas de Comunicao

Os meios de comunicao so vitais para a segurana, pois quando utilizados corretamente aumentam os nveis de proteo e eficcia em situaes de emergncia. Por atribuio da funo, o Agente de Portaria est constantemente em contato com outras pessoas e realizando atendimentos, seja com o pblico interno ou com o pblico externo. Por isso, deve saber utilizar o telefone, o interfone e o radiotransmissor. 39. Telefones O uso do telefone obrigatrio e necessrio nas portarias, pois, viabilizam o acionamento dos rgos pblicos ou privados quando em situaes de emergncia. A linha telefnica da portaria poder ser exclusiva ou uma extenso da central telefnica. Atualmente, existem centrais telefnicas (DDR - Discagem Direta por Ramais) que so instaladas em condomnios, sendo que seus ramais atendem a todas as residncias, inclusive a portaria. Para isso, so necessrias uma ou duas linhas telefnicas convencionais ligadas central, atravs da qual os condminos podem fazer ou receber chamadas por este sistema, ficando a(s) linha(s) telefnica(s) para o condomnio, podem no havendo necessidade entre de si, cada sem apartamento, necessitar da individualmente, possuir uma. Com esse sistema, os apartamentos comunicar-se diretamente interferncia de terceiros. 26

AGENTE DE PORTARIA Se o condomnio no possuir este equipamento, necessrio um esquema de acionamento de emergncia que seja comum entre o sndico, os moradores e o Agente de Portaria, para que, em condies crticas, possa ser desencadeado. Neste caso, deve haver, na portaria, uma relao com o nmero dos telefones de pelo menos 3 (trs) condminos voluntrios a fim de que o Agente de Portaria possa comunic-los para acionar os rgos emergenciais, a qualquer hora do dia ou da noite. I. COMO RECEBER LIGAES TELEFNICAS DO PBLICO INTERNO Em uma comunicao ao telefone no conseguimos ver a pessoa com quem estamos falando, deste modo, a forma como falamos a imagem que estamos passando para essa pessoa. Devemos atender rapidamente o telefonema, com voz tranqila e de maneira atenciosa, dizendo: "Agente de Portaria (nome), bom dia. Assim, voc estar dizendo a quem ligou que a ligao caiu na portaria (evitando perguntas); que deseja a ela um bom dia e que voc est dando a ela um atendimento pessoal, dizendo o seu nome, e se colocando sua disposio para ajudar no que for possvel. II. COMO EXTERNO Atenda rapidamente o telefonema, com voz tranqila e de maneira atenciosa, dizendo: "Condomnio (nome), Agente de Portaria (nome), bom dia" ou Empresa (nome), Agente de Portaria (nome), bom dia. Assim voc estar dizendo a quem ligou que o telefonema caiu na portaria do Condomnio ou da Empresa (evitando perguntas) e que voc lhe d um atendimento de qualidade. Caso seja necessrio transferir uma ligao, voc deve dizer: Aguarde um minuto, por favor. III. COMO RECEBER LIGAES TELEFNICAS DE UMA CENTRAL DE MONITORAMENTO Caso o condomnio ou empresa tenha sistemas de alarme monitorados por empresas especializadas e houver disparo de alarme, o atendente 27 RECEBER LIGAES TELEFNICAS DO PBLICO

AGENTE DE PORTARIA dessa empresa entrar em contato para certificar-se do que est ocorrendo. Neste caso o Agente de Portaria quando atender ao telefone dever, alm do citado acima: Responder s perguntas do atendente, que falar a senha de emergncia previamente convencionada; Informar a contra-senha pr-estipulada, quer seja a que transmita a situao de normalidade ou alarme falso, como aquela que define a situao de emergncia ou de coao, tudo isto conforme o que esteja ocorrendo no momento; A empresa de alarmes tomar as providncias acordadas entre o condomnio ou a empresa e a central de monitoramento. IV. REGRAS GERAIS DE USO DE TELEFONES deseja falar?" ou "Eu poderia saber seu nome, por favor?"; 2. Verifique o que a pessoa deseja, dizendo: "Posso ajud-lo (a)?"; 3. Fale num tom mdio e tranqilo, procurando emitir a voz naturalmente, pausadamente e numa linguagem simples. 4. Jamais grite; 5. Seja corts sem cometer exageros; 6. Seja breve ao telefone; 7. Espere que o interlocutor termine de falar, sem interromp-lo; 8. Registre tudo o que for importante, anote recados e no confie em sua memria; 9. Em caso de pergunta demorada a uma terceira pessoa, pergunte ao seu interlocutor se ele pode esperar ou oferea-se para cham-lo quando estiver com todas as informaes solicitadas, dizendo: "O (a) Sr.(a) no se incomodaria de esperar um momento?" ou "Vou verificar sobre este assunto e, logo em seguida, ligarei para dar o retorno para o(a) Sr.(a)"; 10. Garanta as informaes corretas ou transfira a chamada para quem as tem; 11. Seja atencioso e discreto; 28 1. Para identificar a pessoa que est falando, diga: "Por favor, quem

AGENTE DE PORTARIA 12. Evite conversas desnecessrias e brincadeiras (gozaes ao telefone); 13. Conclua a ligao com calma e cordialidade e nunca bata o telefone no gancho;IMPORTANTE: Nunca fornea, por telefone, dados sobre seu local de trabalho, informaes pessoais nem detalhes sobre a rotina do condomnio e de seus funcionrios.

V.

COMO FAZER LIGAES

Discar as teclas do telefone apenas com os dedos; Evitar quedas do aparelho; Cumprimentar (bom-dia, boa-tarde, boa-noite); Falar num tom mdio de voz; Identificar-se corretamente, dizendo: "aqui quem fala o Agente de Portaria (nome), do condomnio ou da empresa (nome)"; Transmitir o assunto na ntegra; Ser breve ao telefone; No entrar em detalhes que no dizem respeito ao assunto; Concluir a ligao com calma e cordialidade, agradecendo o interlocutor pela ateno dispensada;IMPORTANTE: Nunca utilize o telefone de servio para tratar de assuntos pessoais, salvo em situaes de urgncia.

VI.COMO ACIONAR RGOS DE EMERGNCIAS 1. Discar sem nenhuma precipitao, pois os nmeros de emergncia so de trs dgitos, o que facilita sua memorizao e chamada; 2. 3. Comunicar-se num tom de voz bem audvel sem gritar, falando Cumprimentar o(a) interlocutor(a) dizendo: bom-dia, boa-tarde pausadamente e naturalmente, mesmo que esteja sob presso; ou boa-noite;

29

4.

Identificar-se

dizendo

seu

nome,

AGENTE DE PORTARIA funo, condomnio ou

empresa, endereo de onde est falando, bairro, nmero do telefone do qual est ligando e uma rua ou outro ponto de referncia prxima ao local da ocorrncia; 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. Solicitar educadamente o nome do(a) atendente; Responder corretamente s perguntas feitas pelo (a) atendente; Manter a tranqilidade para facilitar a compreenso e

entendimento do interlocutor; Contar com detalhes o que est ocorrendo e o motivo da ligao; Definir o local onde aguardar o auxlio, passando as Caso o (a) atendente ligue para confirmar alguns dados, atenda Em caso de demora excessiva, volte a ligar para o rgo

coordenadas ao atendente; chamada passando todas as informaes solicitadas; acionado, fornecendo todos os dados novamente, informando que j havia solicitado anteriormente, passando inclusive o nome do (a) atendente anterior que recebera a chamada. 40. Interfones e Centrais de Portaria O interfone ou central de portaria ou porteiro eletrnico, um equipamento utilizado para a comunicao interna de condomnios, que transmite mensagens entre os apartamentos e a portaria e/ou entre os apartamentos e ainda entre os departamentos de uma empresa. Pode ser utilizado atravs de uma central localizada na portaria ou diretamente acoplado ao porto de entrada do edifcio.IMPORTANTE: imprescindvel para a segurana que os edifcios tenham um interfone.

I.

UTILIZAES DOS INTERFONES Alertar sobre visitas; Transmitir mensagens aos demais funcionrios; Controlar a entrada de pessoas; Tranqilizar, na falta de energia, quem porventura esteja preso

no elevador; 30

AGENTE DE PORTARIA Transmitir alarmes e avisos em casos de incndio; Enviar e/ou receber mensagens de condminos ou funcionrios

sobre situaes de emergncia que possam estar ocorrendo. II. PROCEDIMENTOS AO ATENDER CHAMADAS DE INTERFONE Identificar o local de onde est falando; Identificar-se, declinando nome e funo; Cumprimentar (bom-dia, boa-tarde, boa-noite); Identificar a pessoa com quem est falando, dizendo: com quem estou falando, por favor?; Receber ou transmitir a mensagem; Fazer a "ponte" entre apartamentos quando a chamada for na portaria; Ser breve, falando somente o necessrio; Concluir a chamada com calma e cordialidade. Fazer a ligao conforme o funcionamento do equipamento; Cumprimentar (bom-dia, boa-tarde, boa-noite); Identificar-se declinando nome, funo e local de onde est falando; Identificar com quem fala; Transmitir ou receber a mensagem; Ser breve ao transmitir a mensagem; Desligar com calma e cordialidade. 41. Equipamentos de Rdio-comunicao Os equipamentos de rdio-comunicao so equipamentos para transmisso e recepo de sons que operam atravs da propagao de ondas eletromagnticas realizando a comunicao entre as estaes de mesma freqncia. Podem ser transportados por uma s pessoa e ser operado mesmo em movimento. um meio de comunicao muito utilizado na segurana de indstrias e empresas.

III. PROCEDIMENTOS AO EFETUAR CHAMADAS DE INTERFONES

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Os

equipamentos

mais

AGENTE DE PORTARIA modernos so chamados de

Transceptores tendo em vista terem sido projetados para funcionar tanto como receptores quanto transmissores. I. OPERAES COMUNICAO Como Ligar - girar o Boto de Controle liga/desliga/volume no sentido horrio. Como Desligar - girar o Boto de Controle liga/desliga/volume no sentido anti-horrio at ouvir um clique. Como Ajustar o Volume girar o Boto de Controle liga/desliga/volume no sentido horrio at ajustar o nvel de volume desejado. BSICAS DE EQUIPAMENTOS DE RDIO-

Como Selecionar um Canal - girar o Boto Seletor de Canais nosentido horrio ou anti-horrio at atingir o canal desejado.

Como Enviar uma Chamada - ligar o rdio; girar o Boto Seletor deCanais at o canal desejado; pressionar a Tecla de Transmisso (PTT) e falar a mensagem com a boca direcionada para o microfone (aproximadamente 2,5 cm a 5 cm); soltar a Tecla de Transmisso (PTT) quando a mensagem estiver concluda.

Como Receber uma Chamada - ligar o rdio; ajustar o nvel do volumee selecionar o canal desejado. II. 32 PROCEDIMENTOS DE USO DO EQUIPAMENTO DE RDIO COMUNICAO Chamar a pessoa desejada ou atender prontamente as chamadas; Falar clara e pausadamente; Utilizar os cdigos pr-estabelecidos; Transmitir somente o necessrio; Utilizar-se do cdigo q e o alfabtico fontico; No interromper a comunicao de outro operador; Falar apenas assuntos relacionados ao servio; Segurar o rdio em posio vertical;

AGENTE DE PORTARIA Procurar reas abertas para facilitar a transmisso; Manter a disciplina na rede. COMUNICAO

III. CUIDADOS NO USO DE EQUIPAMENTOS DE RDIO Seguir as orientaes do fabricante para cargas e recargas das baterias; Realizar limpezas peridicas; No colocar ou retirar a bateria com o rdio ligado; Ajustar a antena no seu encaixe e no ficar folgando durante o uso; No conduzir o aparelho empunhando pela antena; No deixar que o equipamento leve pancada; No esticar o fio do microfone (exceto ht); Manter o microfone no prendedor quando no estiver em uso (exceto ht); IV. A B C D E F G H I J K L M No tentar reparar possveis defeitos constatados no equipamento; No utilizar o rdio com a antena danificada.

ALFABTICO FONTICO INTERNACIONAL ALFA BRAVO CHARLIE DELTA ECHO FOXTROT GOLF HOTEL INDIA JULIETT KILO LIMA MIKE AL FAH BRA VO CHAR LI DEL TAH EK O FOX TROTT GOLF HO TELL IN DI AH DJOU LI ETT KI LO LI MAH MA IK N O P Q R S T U V W X Y Z NOVEMBER OSCAR PAPA QUEBEC ROMEO SIERRA TANGO UNIFORM VICTOR WHISKEY X-RAY YANKEE ZOULOU NO VEMM BER OSS KAR PAH PAH KE BEK RO MIO SI ER RAH TANG GO YOU NI FORM VIK TOR OUISS KI EKSS REI YANG KI ZOU LOU

Cdigo Q Internacional 33

AGENTE DE PORTARIA QRA QRB QRD QRL QRM QRN QRQ QRS QRT QRU QRV QRX QRY QRZ QSJ QSL QSM QSN QSO QST QSZ QTA QTB QTC QTH QTR QTX QAP NOME DA ESTAO QUAL SUA DISTNCIA? QUAL SUA LOCALIZAO? ESTOU OCUPADO INTERFERNCIA DE OUTRA ESTAO INTERFERNCIA ATMOSFRICA OU ESTTICA MANIPULE MAIS RPIDO MANIPULE MAIS DEVAGAR VOU PARAR DE TRANSMITIR VOC TEM ALGO PARA MIM? ESTAREI A SUA DISPOSIO AGUARDE SUA VEZ DE TRANSMITIR QUANDO SER MINHA VEZ DE TRANSMITIR? QUEM CHAMA - ME? TAXA, DINHEIRO ENTENDIDO, CONFIRMADO REPITA A LTIMA MENSAGEM ESCUTOU - ME? COMUNICADO, CONTACTO COMUNICADO DE INTERESSE GERAL DEVO TRANSMITIR CADA PALAVRA OU GRUPO? ANULE A MENSAGEM ANTERIOR CONCORDO COM SUA CONTAGEM DE PALAVRAS MENSAGEM, NOTICIA ; LOCAL DA ESTAO HORAS SAIREI POR TEMPO INDETERMINADO PERMANEA NA ESCUTA

14.

Atribuies Bsicas do Agente de Portaria

34

1. Identificar

os

colaboradores

da

AGENTE DE PORTARIA organizao, consoante normas

estabelecidas; 2. Recepcionar clientes, fornecedores e o pblico em geral, solicitando identificao, registrando dados relativos visita, interagindo com o visitado para autorizao e prestando informaes quanto ao acesso at a rea de destino; 3. Fazer a recepo, o registro e o encaminhamento de correspondncias e encomendas; 4. Observar atentamente movimentos nas proximidades do posto de trabalho, adotando os procedimentos cabveis, em caso de ocorrncias suspeitas; 5. Efetuar registros de ocorrncias anormais no livro para esse fim; 6. Efetuar o controle de entrada, sada e realizar as vistorias em veculos quando estabelecido pelo empregador; 7. Efetuar transferncias de ligaes para os setores de destino; 8. Cumprir e fazer cumprir todos os procedimentos de segurana pertinentes a sua funo; 9. Zelar pela correta comunicao, quando da prestao de informaes; 10. Quando previsto, monitorar atravs de cmeras de vdeo a circulao interna/externa da organizao. 15. Tcnicas de Segurana em Portarias responsabilidade do Agente de Portaria auxiliar a equipe de vigilantes, porm, em alguns casos, o Agente de Portaria atua sozinho e tem que cumprir as atribuies referentes proteo do patrimnio, da vida das pessoas e de sua prpria vida. O Agente de Portaria no tem permisso legal para portar arma de fogo, portanto sua ao exclusivamente preventiva, no cabendo a ele as funes de combater e impedir a ocorrncia do sinistro. Todo o trabalho do Agente de Portaria deve ser voltado para evitar situaes indesejadas, portanto, necessrio desenvolver seu trabalho empregando uma postura inibidora, atravs de suas prprias atitudes e do emprego correto dos equipamentos e procedimentos destinados a esse fim. 35

AGENTE DE PORTARIA 42. Aes Preventivas de Segurana 1. Permanecer no Posto de Servio, sob qualquer pretexto, at a substituio por outro Agente de Portaria ou at o trmino do horrio fixado ou ainda at ser liberado; 2. Orientar e informar a todas as pessoas identificadas que lhe solicitarem ajuda; 3. Fiscalizar os embrulhos conduzidos por pessoas que saiam das instalaes, (desde que no receba orientao em contrrio), solicitando que o prprio portador os mostre. Jamais o Agente de Portaria dever abrir, com suas mos, qualquer volume conduzido por qualquer pessoa; 4. No permitir a entrada de qualquer pessoa sem a devida autorizao, por escrito, por quem de direito e, quando se tratar de funcionrio, fazer a identificao e anotar seu nome; 5. Identificar todas as pessoas para entrar nas reas sob sua responsabilidade; 6. Ter conhecimento de todas as pessoas que, devido a servio permanente ou temporrio ou ainda que faam parte de equipes escaladas para outros horrios, tenham a necessidade de ingressar nas instalaes ou reas sob sua vigilncia; 7. No permitir aglomeraes nas guaritas ou portas de entrada e sada; 8. No permitir que pessoas estranhas, permaneam nas dependncias das instalaes, mesmo nos horrios normais de expediente; 9. Manter especial ateno aos locais que ofeream maiores riscos; 10. Prestar ateno a eventuais riscos de incndio por acmulo de lixo, estopa ou panos usados, inclusive os riscos de curto circuito nas dependncias internas, devendo obrigatoriamente conhecer o local das chaves eltricas gerais do prdio;

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AGENTE DE PORTARIA 11. Investigar, imediatamente, a origem de qualquer fumaa ou odor estranho, verificando a anormalidade e tomando as providncias cabveis; 12. Informar ao seu superior as situaes de risco to logo as perceba; 13. Comunicar imediatamente ao Corpo de Bombeiros qualquer 14. Levar ao conhecimento do seu superior, a retirada, mudana, inutilizao ou mutilao de qualquer aviso ou dispositivo de segurana existente; 15. Controlar a entrada e a sada de pessoas, prestando as informaes solicitadas e encaminhando-as aos interessados, observando as normas definidas, sem, jamais, abandonar o seu posto ou ficar desatento a outras ocorrncias no mesmo momento; 16. Controlar a entrada e sada de veculos que dever ser feito da seguinte forma (salvo determinao em contrrio), solicitando ao motorista que permita a vistoria do veculo - solicitar ao motorista que abra o porta-luvas e o bagageiro do veculo para impedir a sada ou entrada de materiais no autorizados; 17. Liberar a entrada do veculo indicando o local apropriado ao estacionamento e lhe agradecendo a cooperao; 18. Comunicar imediatamente, ao seu superior, a negativa de um motorista em permitir a revista no veculo, retendo o veculo e o ocupante no local; 19. Anotar no livro de ocorrncias todos incidentes no seu horrio de trabalho; 20. Evitar consideraes sobre a vistoria ou outro procedimento que distraia sua ateno; 21. Proceder a vistoria com o mximo de cortesia, mesmo em casos excepcionais, s tomando medidas mais enrgicas quando determinado por quem de direito; 22. Utilizar, com zelo, todos os equipamentos disponveis ao servio, especialmente os Equipamentos de Segurana; 37 princpio de incndio que no possa ser debelado pelos recursos prprios existentes;

AGENTE DE PORTARIA 23. No executar outra tarefa quando em servio, salvo quando determinado por escrito, realizando de forma a no abandonar seu posto de servio; 24. Utilizar, constantemente, o seu crach funcional. A postura de autoridade e segurana do Agente de Portaria, durante o servio, um fator de inibio para a ocorrncia de sinistros. Dessa forma, o bom profissional dever adotar uma postura correta que demonstre firmeza de atitude, causando uma boa impresso. 43. Posturas Obrigatrias a um Agente de Portaria 16. Manter o corpo ereto ao ficar de p ou sentado; No ficar encostado, demonstrando que est cansado; No se deitar, sentar ou se debruar sobre a mesa de trabalho; Estar sempre atento, mantendo atitude de observao constante; No ficar balanando a cadeira quando estiver sentado; No dormir ou cochilar durante o servio; No se distrair quando estiver de servio; No se envolver em fofocas; No utilizar aparelhos visuais ou sonoros quando de servio; No ler revistas, jornais ou similares durante o servio; No relaxar no cumprimento dos procedimentos estabelecidos.

Procedimentos Bsicos da Atuao na Funo

44. Na Portaria de Empresas Na Portaria de Empresas, o Agente de Portaria deve estar sempre atento s suas atribuies, no que se refere ao tratamento dispensado aos funcionrios, clientes e fornecedores.

45. Em Relao aos Empregados 38

AGENTE DE PORTARIA O Agente de Portaria deve dispensar aos funcionrios da empresa todo o respeito e considerao. No entanto, importante evitar a intimidade, o que no combina com o trabalho desse profissional. A intimidade leva a concesses e regalias aos funcionrios, em detrimento das normas da organizao e da boa execuo dos servios. Em tal situao, as principais atividades do Agente de Portaria so: Ter em mos a relao nominal completa de todos os diretores e funcionrios, constando o setor e funo de cada um; Ter em mos a relao nominal completa de todos aqueles autorizados a terem acesso livre pela portaria, sem necessidade de identificao (se for o caso); Saber o horrio de funcionamento da empresa e o horrio de acesso pela portaria, antes, durante e aps o expediente; Saber qual o documento deve ser exigido dos funcionrios na portaria (crach, passe de entrada ou sada, autorizao de sada de material, identidade, etc); Registrar a data, o horrio, o nome das pessoas que entram ou saem pela portaria e o material que estejam conduzindo; Memorizar a entrada e sada dos funcionrios "chave" da empresa, ou sejam, os diretores, gerentes e encarregados; Ter o controle absoluto de tudo o que acontece na portaria; Zelar por todo o patrimnio colocado sob sua responsabilidade.

46. Em Relao aos Clientes e Fornecedores Os clientes e fornecedores so merecedores tratamento especial, com toda a cordialidade e presteza, pois so eles, a razo da existncia da organizao. O Agente de Portaria nunca deve entrar em atrito com os clientes e fornecedores. Qualquer questo deve ser tratada com o mximo

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AGENTE DE PORTARIA cuidado e os casos mais conflitantes devem ser resolvidos pela direo ou encarregado. Nesta situao, as principais atitudes do Agente de Portaria so: Identific-los na portaria, antes de permitir sua entrada; Verificar, com o setor de destino, se esto autorizados a entrar; Anotar o nome do motorista, o nmero da placa do veculo e a carga que est entrando, bem como, a identificao das demais pessoas (lembrar que proibida por lei a reteno de documentos pessoais nas portarias); 47. Registrar o horrio de entrada e de sada; Orient-los de como se movimentarem no interior da organizao; Entregar e orient-los quanto ao uso de crachs; Conferir notas fiscais e mercadorias a serem entregues. Em Relao aos Empregados de Fornecedores Profissionais terceirizados que transitam pela portaria

necessitam de muito apoio do Agente de Portaria e devem receber tratamento respeitoso e corts. Porm, importante que haja um controle mais rigoroso, pois, no so funcionrios diretos da organizao. Nesta Portariaso: Ter em mos a relao nominal dos profissionais que tm autorizao para prestar servios na empresa, a fim de se evitar a entrada de estranhos; Identificar, minuciosamente, as pessoas, atravs do confronto entre a identidade e a fisionomia (verificar a possibilidade de falsificao do documento); Registrar o horrio de entrada e sada dessas pessoas; Vistoriar sacolas e veculos (se for norma e atribuio do Agente de Portaria); situao as principais atividades do Agente de

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AGENTE DE PORTARIA No permitir aglomeraes na portaria, na hora da entrada ou sada.

48. Na Portaria de Condomnios Os Agentes de Portaria (Porteiros) de condomnios lidam mais com a entrada e a sada de condminos, visitantes, entregadores de mveis e utenslios domsticos, fiscais dos servios de empresas terceirizadas e de profissionais autnomos (bombeiros, eletricistas, marceneiros, etc.), que freqentemente so chamados para a manuteno dos apartamentos ou residncias dos condminos. 49. Principais Atividades do Agente de Portaria de Condomnios: Tratar todas as pessoas com cortesia e presteza; Ter na portaria a listagem atualizada de todos os moradores do condomnio; No permitir a entrada de terceiros, sem a autorizao do condmino ou sndico; Registrar a entrada e anotar os dados de todos os visitantes autorizados em livro prprio do condomnio, inclusive o nome da pessoa que autorizou a entrada; No permitir badernas nas reas do condomnio, tanto por parte de moradores os de terceiros; No permitir brincadeiras e jogos nas reas do condomnio, salvo se for em praa de esportes ou local devidamente destinado a essas prticas; No fornecer informaes pessoais dos condminos a terceiros, salvo se autorizado; No permitir a sada do prdio de mveis, pacotes, sem a autorizao do sndico ou do proprietrio; Conferir, minuciosamente, se o documento apresentado como identificao do visitante da prpria pessoa atravs da comparao da foto do documento com a fisionomia da pessoa ou pedindo que a pessoa confirme algum dado do documento; 41

AGENTE DE PORTARIA Selecionar a correspondncia recebida e a despachar com rapidez; No abandonar a portaria, em hiptese alguma; em caso de urgncia pea a sua cobertura para algum colega ou o sndico; noite, manter a portaria s escuras e as partes externas racionalmente iluminadas; Estar atento e tomar decises convenientes quando notar qualquer atitude diferente por parte dos condminos (muitas vezes uma atitude estranha de algum pode ser algum aviso ou mesmo pedido de socorro).

50. Na Portaria de Clubes Nos clubes, a tarefa do Agente de Portaria , basicamente, identificar a entrada de scios, atravs da carteira social, e de visitantes, atravs dos convites. importante que o Agente de Portaria no permita a entrada de "penetras". Ateno muito especial deve haver na ocasio de eventos esportivos e festividades, devido ao grande nmero de participantes no clube. Nesta oportunidade o empenho do Agente de Portaria questo bsica para o sucesso do evento. Por isso, ele deve atender a todos com muito respeito, orientando-os quanto s normas do clube durante o evento, quanto ao local das festividades e quanto ao estacionamento. importante lembrar que um scio do clube , legalmente, o dono do clube, ou seja, o patro, motivo pelo qual merecedor de todo o respeito e considerao, em qualquer circunstncia. As principais atividades do Agente de Portaria de condomnios valem tambm para os clubes, adaptando-as realidade de cada clube. 51. Em Situaes Especiais O Agente de Portaria tambm responsvel pela segurana do local de trabalho em situaes "especiais" que exigem decises rpidas e acertadas. Algumas destas situaes especiais so descritas abaixo: 1. Seqestro 42

AGENTE DE PORTARIA Seqestro a privao da liberdade de algum, com o fim de condicionar a sua restituio em troca de pagamento ou uma condio imposta. um crime hediondo que machuca muito as pessoas, moral e fisicamente. geralmente pela prpria portaria que ocorre o acesso dos criminosos, e apesar do Agente de Portaria no ter habilitao policial ou de vigilncia, sua ateno constante pode prevenir, evitar ou solucionar um seqestro, atravs de pequenas atitudes no trabalho, tais como: Desconfiar de pessoas estranhas rondando prximo ao local, a p ou em veculos: elas podem estar estudando os hbitos e rotinas das pessoas; Desconfiar de atitudes estranhas das pessoas quando deixarem o estabelecimento na companhia de estranhos, a p ou em veculo (pode ser um sinal de alerta de seqestro); Checar o "transporte escolar" verificando se o motorista e o veculo que transporta as crianas o habitual (placa, motorista, etc.). Se notar algo estranho, nunca deixar as crianas entrarem no veculo; Estabelecer uma senha com os condminos, para ser utilizada ao telefone ou atravs de olho mgico, ou, ainda, pelo toque da campainha, quando estiver sob ameaa e for obrigado a se dirigir a uma residncia; Verificar bem a rua, na sada dos veculos, para constatar se h veculos ou pessoas suspeitas do lado de fora; Se suspeitar de algo estranho, o Agente de Portaria deve alertar as pessoas que correm perigo e, se for o caso, acionar a polcia ou a autoridade local, o mais rapidamente possvel. 2. Sinistro Sinistro todo fato eventual que causa danos a pessoas ou coisas, tais como: incndio, inundaes, naufrgios, enchentes, terremotos, exploses, furto ou roubo, batida de veculo, etc.

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AGENTE DE PORTARIA O Agente de Portaria no tem responsabilidade direta e preparo tcnico para enfrentar sinistros, porm, algumas atitudes simples, podem contribuir muito para diminuir as conseqncias, tais como: I. Em Inundaes, Desabamentos e Exploses: II. Manter a calma diante da situao; Ser gil nas aes necessrias, principalmente no acionamento das autoridades; Socorrer e retirar as vtimas do local; Isolar a rea; Desligar a rede eltrica; Orientar e dar suporte e informaes Defesa Civil e ao Corpo de Bombeiros. Em Furtos ou Roubos: Levantar todos os registros e listagens das pessoas que entraram e saram do local no dia da ocorrncia, para repass-las s autoridades, se necessrio for; III. Isolar a rea onde ocorreu o fato, a fim de no prejudicar eventuais percias. Medidas Preventivas contra Furtos e Roubos: Desconfiar sempre, sem perder a tica e o respeito pelas pessoas; Identificar os "falsos prestadores de servios" (empregados de concessionrias de gua, luz e telefonia, carteiros, entregadores de gs, pizzas, flores e remdios, corretores de imveis, etc.); Checar muito bem, e sempre, com o proprietrio ou com o sndico sobre a veracidade de transportes de mveis ou de mudanas; Fazer a vistoria das instalaes, antes e aps o expediente, conferindo as portas, as janelas, escadas, enfim, tudo o que possa apresentar sinais de violao. 3. Sabotagem Sabotagem a invaso ou ocupao de um estabelecimento para impedir ou dificultar o curso normal do trabalho ou, com esse mesmo fim, danificar o estabelecimento, as coisas que nele existem ou delas dispor. 44

AGENTE DE PORTARIA A sabotagem pode ser praticada por terceiros, por funcionrios da prpria organizao, ou at mesmo por proprietrios da organizao, por interesses inescrupulosos. Como preveno, o trabalho do Agente de Portaria comea pela identificao das pessoas na portaria, bem como de todos os materiais e veculos que estejam adentrando as instalaes visando identificar a presena de artefatos estranhos que podem ser causadores de sabotagens. No incio e no final de cada expediente deve ser feita vistoria para identificar se: Todas as portas e janelas esto devidamente fechadas; Todas as luzes esto apagadas, quando fora de uso; No h violao de cercas; H torneiras abertas; H vazamentos de gua e gs; H avarias visveis em mquinas, equipamentos e mveis; H pessoas estranhas no ambiente; H suspeitos rondando a empresa; No h objetos estranhos ou suspeitos nas instalaes; Todos os equipamentos de segurana esto nos devidos lugares e em pleno funcionamento. Aps a vistoria, o Agente de Portaria deve registrar as anormalidades encontradas no seu turno de trabalho no Livro de Ocorrncia, para cincia do seu sucessor, dos superiores ou das autoridades. As informaes listadas devem ser claras e objetivas, para no ensejar dvidas quanto ao seu contedo. 17. Procedimentos Gerais da Funo de Agente de Portaria 52. Conhecimento das Instalaes O Agente de Portaria no pode se ater somente ao conhecimento detalhado do seu Posto de Trabalho e das dependncias da Portaria e 45

AGENTE DE PORTARIA adjacncias. Ele deve conhecer tambm (com o mximo de detalhes), as particularidades de todas as dependncias do condomnio ou da empresa para a tomada de eventuais providncias, tais como: identificar com rapidez as portas de acesso, as janelas pequenas, as grandes, as entradas e sadas de ar, os equipamentos de combate a incndios existentes, as chaves eltricas, as caixas de gua, etc. 53. Conhecimento das Normas Internas O profundo conhecimento das normas internas do cliente se torna necessrio para no comprometer a segurana do local e a sua prpria integridade fsica ou moral. Por isso, o Agente de Portaria deve solicitar as normas internas logo no seu primeiro dia de servio. 54. Conhecimento do Quadro de Pessoal O Agente de Portaria deve ter em seu poder a listagem atualizada com os nomes de todo o pessoal que trabalha ou que tem acesso livre ao condomnio ou a empresa em que trabalha, principalmente fora do horrio normal de expediente, tais como: diretores, empregados, fornecedores, empreiteiras, concessionrias, estagirios, etc. De posse desta listagem, ficar fcil no permitir que estranhos entrem na organizao e causem transtornos aos servios. 55. Listagem dos Telefones de Emergncia responsabilidade do Agente de Portaria manter na portaria os telefones de emergncia e de servios essenciais, atravs de uma lista atualizada. Esta listagem deve ser bem clara, evidenciando os nomes dos responsveis pela soluo dos problemas e os horrios em que devem ser acionados, durante ou fora do expediente de trabalho. A lista deve conter os seguintes nmeros: 46 Hospitais e prontos-socorros mais prximos; Posto policial e distrito policial mais prximos; Grupamento do corpo de bombeiros; Lder da brigada de incndios (caso exista);

AGENTE DE PORTARIA Sndico ou gerente geral da empresa; Defesa civil; Assistncia tcnica de elevadores, portes e equipamentos de segurana; Chaveiros 24 horas; Empresas de manuteno em geral; Depsito de gs engarrafado (glp); Concessionrias de gua, luz e telefone; Farmcia mais prxima; Servios de bombeiro hidrulico;

IMPORTANTE: Quando o Agente de Portaria se deparar com um problema nos fins de semana ou noite, deve tentar resolv-lo por si s, ou com ajuda de seu superior imediato. Devendo, portanto, evitar acionar o sndico ou o gerente da empresa por problemas de fcil soluo (a no ser que esteja orientado a faz-lo em qualquer situao).

Anotaes:

18.

Procedimentos em Caso de Identificao de Ocorrncias

Tendo o Agente de Portaria se deparado com determinada situao delituosa, cabe-lhe adotar, de imediato, certas medidas preliminares ao policial. Tais medidas visam minimizar maiores prejuzos advindos do fato delituoso, e obedecem a seguinte seqncia lgica: 56. Socorrer uma Vtima 47

AGENTE DE PORTARIA Havendo vtima com vida, todo o esforo deve ser feito no sentido de mant-la viva, nas melhores condies possveis, prestando-lhe assistncia inicial atravs dos conhecimentos de primeiros socorros e/ou encaminhando-lhe ao estabelecimento hospitalar mais prximo. Sem comprometer essa providncia, anotar o nome e outros dados da vtima, atravs de documentos ou informaes prestadas por familiares ou conhecidos da mesma; bem como informar-se- do destino e transporte dela, para subsidiar o registro da ocorrncia. 57. Deteno de Criminoso Se for possvel, desde que no coloque sua vida e a vida de terceiros em risco, o Agente de Portaria deve tentar deter o criminoso. O Agente de Portaria deve lembrar que no tem poder de polcia e que sua ao est embasada no Cdigo do Processo Penal (Art 301 - Qualquer do povo poder e as autoridades e seus agentes devero prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito) e que entre socorrer a vtima ou prender o criminoso, deve sempre optar pela prestao do socorro vtima. 58. Isolar e Preservar o Local do Crime Consiste em delimitar e manter o local do crime, rigorosamente, no estado em que o criminoso o deixou. O Agente de Portaria, como agente auxiliar da segurana, caso no esteja acompanhado de Vigilantes, tem o dever de preservar o local do crime. E, para isso, pode se valer das seguintes tcnicas: Isolar a rea que serviu de palco para os acontecimentos; No caso de homicdio, no permitir que se modifique a posio do cadver, ou que se toque no mesmo, podendo apenas cobri-lo; No permitir que se ponha em ordem as coisas que no local estiverem desarrumadas; No permitir que se toquem em armas ou instrumentos do crime, e nos diversos vestgios espalhados;

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AGENTE DE PORTARIA No permitir que as pessoas andem pelo local do crime, para no prejudicar o aproveitamento dos vestgios; No permitir que reprteres e fotgrafos invadam o local do crime antes que a autoridade policial se faa presente no local; e Proteger os vestgios, quando se fizer necessrio, a fim de serem aproveitados pelos peritos.

59. Identificar Testemunhas Considera-se testemunha direta toda aquela que viu ou ouviu o desenrolar do crime, e testemunha indireta toda aquela que tem conhecimento de informaes que possam elucidar o crime, ainda que no o tenha presenciado. O Agente de Portaria deve anotar nomes e endereos do maior nmero de testemunhas possveis, mantendo-as no local at a chegada da polcia. 60. Comunicar Empresa e s Autoridades Depois de adotadas as medidas preliminares pr-estabelecidas, o Agente de Portaria dever comunicar-se, imediatamente, com o planto operacional da empresa (ou com o sndico) e com as autoridades policiais competentes.

19.

Procedimentos na Passagem do Servio

O recebimento e a passagem do servio so momentos de muita importncia, pois as aes a serem desenvolvidas vo permitir a boa continuidade do servio. Ao chegar a seu posto, o Agente de Portaria deve adotar os seguintes procedimentos: 49

AGENTE DE PORTARIA Tomar conhecimento, atravs do Livro de Ocorrncias e das informaes verbais transmitidas por seu antecessor, das eventuais anormalidades ocorridas;

Fazer uma inspeo geral em sua rea de ao, verificando se os materiais que ficam sob sua responsabilidade encontram-se em perfeito estado de conservao;

Adotar providncias imediatas contra possveis falhas de seu antecessor, principalmente em caso de roubo, acidente, incndio, etc; Certificar-se de que todos os aparelhos e equipamentos eltricos esto desligados, deixando ligados apenas os aparelhos que devem permanecer nessa condio;

Ligar ou desligar as lmpadas e equipamentos que devem ser ligados ou desligados; Verificar a segurana das portas e janelas das instalaes; Verificar o funcionamento dos telefones e outros meios de comunicao. Em caso de rdios e celulares, verificar a carga das baterias, Verificar o funcionamento dos aparelhos que sero empregados em caso de falta de energia. Verificar, no caso de lanternas e lampies, a necessidade de recarga das baterias e botijes;

Verificar a limpeza do local, relatando no Livro de Ocorrncias falhas deixadas pelo seu antecessor; Verificar se todas as vias de acesso aos equipamentos de combate a incndio, esto desobstrudas, caso contrrio, desimpedi-las. No sendo possvel, levar imediatamente ao conhecimento do seu superior imediato;

Verificar o estado dos equipamentos que sero empregados em caso de incndios como extintores e hidrantes; Testar, se for possvel, todo o sistema de alarmes existentes na empresa; Verificar a existncia de todo documentao necessria ao servio, incluindo fichas, livros, telefones de emergncia, etc; Verificar a existncia de novas ordens ou ordens particulares para o seu horrio de servio.

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AGENTE DE PORTARIAIMPORTANTE: O Agente de Portaria deve chegar ao local de trabalho com tempo suficiente para, antes de receber o posto, se preparar totalmente para atuar corretamente na sua funo. E aps receber o servio, no poder, sob hiptese alguma afastar-se do local de trabalho, salvo motivo de fora maior ou com permisso de superior e, mesmo assim, deixando o colega mais prximo, em substituio, durante o seu afastamento.

20.

Principais Deveres Conhecer e cumprir as normas de trabalho de sua empresa e do cliente; No deixar o seu posto de servio desguarnecido, em nenhum momento; Comparecer ao trabalho no horrio pactuado, e no deix-lo antes de seu trmino; Apresentar-se ao trabalho devidamente uniformizado, tendo as suas peas sempre limpas e em bom estado de conservao; Apresentar-se ao trabalho devidamente asseado, barbeado e com os cabelos aparados; Tratar a todos com respeito e educao; Manter compostura no trabalho, em relao ao seu modo de andar, ficar em p ou assentar, demonstrando seriedade e firmeza; Portar o crach bem visvel no uniforme, de preferncia afixado junto ao bolso da camisa; Ser reservado e discreto em relao aos assuntos de sua empresa e da empresa para a qual presta servios, como tambm em relao a conversas e/ou informaes particulares que tome conhecimento durante o seu trabalho;

Estar sempre atento na empresa para a qual trabalha, quanto a movimentao de pessoas, entrada e sada de materiais, veculos e correspondncias;

No permitir badernas e aglomeraes no seu recinto de trabalho; Manter o seu local de trabalho limpo e organizado; Repassar, ao seu colega de trabalho do turno posterior, as ocorrncias do seu turno, de forma clara e objetiva sempre por escrito; 51

AGENTE DE PORTARIA Comunicar, com antecedncia, eventuais faltas e/ou atrasos ao trabalho; Comunicar a sua empresa eventual mudana de endereo residencial e estado civil, nascimento de filhos e falecimento de cnjuge e filhos; Comunicar a sua empresa a mudana de srie na escola e eventuais cursos que realizou, visando seu crescimento profissional. 61. Proibies Especiais O Agente de Portaria no poder ser negligente, imperito, imprudente, bem como no poder cometer indisciplina, insubordinao, atos de improbidade no desempenho de suas funes, pois estar correndo riscos de ser penalizado de acordo com o Cdigo Civil (reparao de danos), Cdigo Penal (pena de recluso ou deteno), ou em relao CLT (dispensa por justa causa). Exemplos de Proibies: Deixar o seu posto de servio desguarnecido, salvo por motivo de fora maior; Ingerir bebida alcolica durante o servio, ou apresentar-se para o mesmo com sintomas de embriaguez; Apropriar-se servios; Propagar campanha poltico-partidria nas dependncias do local de trabalho; Desrespeitar colegas, superiores e pessoas ligadas empresa ou condomnio que trabalha; Adulterar cartes de ponto ou rasur-lo no sentido de levar vantagem; Espalhar boatos e/ou informaes falsas, de qualquer natureza; Realizar prtica de comrcio no seu local de trabalho; Utilizar o uniforme fora do seu local de trabalho; Divulgar segredo ou informaes confidenciais da sua empresa ou condomnio; indevidamente de qualquer objeto, material ou equipamento da empresa ou condomnio que trabalha ou presta

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AGENTE DE PORTARIA Utilizar telefones do local de trabalho por motivos particulares, salvo se for por motivo de fora maior; Distrair-se no servio com procedimentos inadequados, tais como: leitura de revistas e jornais, assistir tv, escutar rdio, debater futebol, poltica e religio, etc;

Manifestar opinies prprias quanto aos servios, salvo se solicitado ou autorizado a emiti-ias; Fornecer, sem autorizao, endereo ou nmero de telefones de diretores e empregados da empresa que trabalha, bom como de moradores de condomnios;

Dormir ou cochilar em servio; Descumprir normas de trabalho e instrues de servio; Fumar em seu local de trabalho durante o servio.

4. ASPECTOS GERAIS 21. Procedimentos em Primeiros Socorros

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AGENTE DE PORTARIA Primeiros Socorros aquele atendimento imediato, rpido, simples e seguro que se d a um acidentado de mal sbito, antes da chegada do mdico, visando diminuir o seu sofrimento ou o agravamento do seu problema. Prestar primeiros socorros a um acidentado responsabilidade de todo cidado. Um Agente de Portaria deve conhecer as tcnicas bsicas de primeiros socorros para adquirir conhecimentos que agregam valor sua pessoa como profissional e cidado. A base de todo o atendimento eficiente a um acidentado, ter ao acesso fcil os equipamentos e materiais mnimos necessrios ao primeiro atendimento. (Exemplo de materiais: algodo, gaze, esparadrapo, tesoura, pina, atadura, gua oxigenada, lcool, anti-sptico, colrios, cotonetes, soro fisiolgico, tala para torniquete e maca). Caso o Agente de Portaria saiba de alguma deficincia nesse sentido, uma boa oportunidade para demonstrar a importncia da sua funo sugerindo que seja adquirido todo esse material e colocado disposio de todos na portaria. Regras Bsicas em Primeiros Socorros Manter a calma diante da situao: Afastar com critrio e respeito os curiosos; Agir com rapidez e presteza;

Atender os profissionais competentes que comparecerem para socorrer a vtima. 62. Primeiros Socorros mais Comuns I. Ferimentos Em geral, provoca hemorragia, que nada mais que a perda de sangue, em maior ou menor quantidade, devido ao rompimento de um vaso sanguneo (veia ou artria). Procedimentos em Ferimentos Superficiais: a. lavar a parte atingida com gua e sabo ou gua oxigenada; b. passar depois um anticptico c. fazer um curativo com gaze e esparadrapo. 54

AGENTE DE PORTARIA Procedimentos em Ferimentos Extensos e Profundos: a. controlar a hemorragia usando compressas; b. se for o caso, aplicar o torniquete; c. encaminhar a vtima imediatamente ao mdico. Se os ferimentos ocorrerem nos membros superiores ou

inferiores, com grande hemorragia, recomenda-se levantar a parte ferida e aplicar o torniquete. Para aplicar o torniquete, amarre uma tira de pano acima do ferimento e coloque um pedao de madeira no meio do n, torcendo a madeira at parar o sangramento. Desaperte o torniquete a cada 10 a 15 minutos. importante verificar se as extremidades do membro ferido esto arroxeadas; se positivo, o torniquete deve ser afrouxado imediatamente para que haja a circulao do sangue; se o problema no for resolvido o torniquete deve ser retirado. II. Queimaduras So leses no corpo provocadas pela ao do calor. Uma pessoa pode apresentar, ao mesmo tempo, queimaduras de 1, 2 e 3 graus. A gravidade da queimadura est na sua extenso e no no seu grau. Procedimentos Recomendveis em Queimaduras: a. colocar a vtima de costas com a cabea em nvel mais baixo do que o corpo; b. se estiver consciente, dar-lhe bastante lquido para beber, mas nunca bebidas alcolicas; c. colocar panos limpos e umedecidos sobre a parte queimada; d. dar vtima analgsicos para conter a dor; e. no passar nenhuma substncia nas feridas, tais como: leo, graxa, pasta de dentes, manteiga, etc. f. no furar as bolhas provenientes da queimadura; g. lavar a parte afetada com gua limpa e corrente; h. em alguns casos, aplicar gelo sobre a queimadura para amenizar a dor e evitar as bolhas. III. Fraturas 55

AGENTE DE PORTARIA Podem ser simples, sem ferimento da pele, ou expostas, com ferimento da pele, quando o osso fica exposto. Procedimentos Recomendveis em Fraturas: a. colocar o membro fraturado na posio o mais confortvel possvel; b. improvisar talas para a imobilizao da parte fraturada: as talas devem cobrir as duas articulaes do osso atingido, devem ser acolchoadas para no ferirem a pele do acidentado e devem ser amarradas com ataduras ou tiras de pano, sem muito aperto; c. em caso de fraturas expostas, cobrir a parte afetada com gaze ou pano limpo; d. nunca deslocar ou arrastar a vtima at que a regio fraturada seja imobilizada. Em caso de suspeita de fratura de coluna, o acidentado deve ser transportado somente em maca. Neste caso se recomenda a utilizao de pessoal habilitado para o atendimento, para no agravar a situao. IV. Parada Respiratria Quando uma pessoa cai, se afoga, soterrada ou leva um choque eltrico, muitas vezes ela chega a perder a respirao, podendo vir a falecer. No entanto, se socorrida a tempo, a vida dessas pessoas pode ser salva atravs da respirao boca a boca. Procedimentos Recomendveis em Parada Respiratria: a. deitar a vtima de costas e afrouxar todas as suas roupas; b. inclinar a sua cabea para o lado, tirando tudo o que tiver dentro de sua boca; c. manter a cabea da vtima inclinada para trs, colocando debaixo do seu pescoo uma roupa dobrada a fim de ajudar melhor a passagem do ar; d. apertar o nariz da vtima para no deixar o ar sair por ele e abaixar o queixo para facilitar a sada do ar;

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AGENTE DE PORTARIA e. tomar flego, colocar a sua boca sobre a boca da vtima e soprar at aparecer elevao do peito (pode-se fazer isso tambm pelo nariz, tampando a boca da vtima); f. aps o sopro, tirar os lbios da boca da vtima (ou do nariz) para deixar o ar sair dos pulmes; g. repetir a mesma operao de 10 a 12 vezes por minuto (nas crianas at 20 vezes, mas no profundamente), at que a vtima volte a respirar novamente. h. no parar a respirao boca a boca at ter a certeza de que a vtima esteja totalmente recuperada. V. Parada Cardaca Pra socorrer uma pessoa cujo corao parou de bater, alm da respirao boca a boca, que recomendada, simultaneamente deve ser realizada a massagem cardaca. Procedimentos Recomendveis em Parada Cardaca: a. deitar a pessoa em superfcie firme e dura; b. apoiar as duas mos, uma sobre a outra, na altura do corao da vtima; c. calcar com as mos o peito da vtima, fazendo fora para baixar o peito por 5 vezes, uma vez por segundo, e parar em seguida; d. neste instante, um auxiliar dever realizar os procedimentos de respirao artificial, tambm por 5 segundos. e. fazer intervalo, para descanso de no mximo 5 segundos e continuar os movimentos e a respirao boca a boca at que a vtima volte a respirar e o corao comece a bater novamente.

VI. Derrame Cerebral s vezes, os sintomas de um derrame so difceis de identificar e a vtima pode sofrer srios danos no crebro se as pessoas demorarem a reconhecer os sintomas e chamar um mdico. Para Identificar os Sintomas: 57

AGENTE DE PORTARIA a. pea pessoa para sorrir (identifica o sintoma da fraqueza facial); b. pea que a vtima levante os braos (identifica o sintoma da fraqueza do brao); c. pea que a vtima fale uma sentena simples de maneira coerente. Por exemplo: O dia est ensolarado hoje (identifica o sintoma de problemas no discurso). Procedimentos Recomendveis em Derrames: a. identificar os sintomas; b. pedir socorro a um mdico urgente, descrevendo os sintomas que forem observados.IMPORTANTE: O Agente de Portaria s deve realizar a massagem cardaca e a respirao boca a boca, se o caso for grave e se no houver tempo para pedir auxlio a pessoas habilitadas ao socorro.

22.

Procedimentos de Preveno e Combate a Incndios Pessoas despreparadas, que no mantenham calma o suficiente para

enfrentar um princpio de incndio podem causar danos e mortes. Danos e mortes podem ser evitados com simplicidade e sem grandes custos, sendo apenas necessria uma organizao de tarefas e treinamento adequado para as pessoas. A organizao do trabalho de preveno de incndios e sua manuteno cabem sempre ao responsvel pela edificao (proprietrio ou seu representante legal) e ao sndico ou administrador. Todos os sistemas instalados devem ter acompanhamento de seu estado de conservao e de manuteno e a brigada de emergncias dever receber treinamento peridico. Procedimentos equivocados ou tomados no tempo errado agravam os danos, por isso o Agente de Portaria deve conhecer tcnicas bsicas de

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AGENTE DE PORTARIA combate ao fogo e os equipamentos de preveno e combate a incndios e saber manuse-los de forma adequada. Sistemas de Preveno e Combate a Incndios Extintores, rede de hidrantes e bomba de incndio; Sistema de alerta (no edifcio residencial pode substitudo pelo interfone); Sistema de iluminao de emergncia; Escadas de segurana, com portas corta-fogo; Sinalizaes de identificao e orientao; Detectores de fumaa; "sprinklers" ; Brigada de emergncias; Pra-raios.

63. Teoria do Fogo O fogo uma reao qumica provocada pela mistura, em condies ideais, de combustvel, comburente e calor. O combustvel o elemento que queima, o comburente o oxignio existente no ar