5406-29113-1-PB

15
599 Educação, Santa Maria, v. 37, n. 3, p. 599-614, set./dez. 2012 Cenário da pesquisa em Artes Visuais e as inter-relações com a inclusão: um olhar na produção científica dos anais da Anpap de 2004 até 2011 Ana Luiza Ruschel Nunes* Resumo Este artigo é continuidade de pesquisa iniciada em 2009, e ampliada em 2011, e objetiva mapear e analisar o cenário da pesquisa em Artes Visuais e a inter- relação com a inclusão social. A abordagem foi quantiqualitativa, a partir das narrativas e discursos presentes nos trabalhos publicados nos anais dos En- contros Nacionais dos Pesquisadores em Artes Plásticas ( ANPAP). Para iden- tificar e analisar as Artes Visuais e suas inter-relações, fez-se um estudo docu- mental por meio das edições dos anais da Anpap, de 2004 até 2011, totalizando 229 produções. Constatamos que a produção científica na área está a cada ano em crescimento. Entretanto, verificou-se que foi a partir de 2006 que houve mai- or intensidade da pesquisa das Artes Visuais inter-relacionada com a inclusão, ainda que tênue em relação à inclusão social. A partir dessa análise identifica- mos concepções, tendências e diversidades de problemas de pesquisa das Artes Visuais e inclusão, e pode-se inferir que, nos últimos oito anos, houve maior aprofundamento em relação a concepções e práticas inclusivas, embora tímido diante da totalidade do cenário da produção científica das pesquisas na área de Artes Visuais. Palavras-chave: Artes Visuais; produção científica; inclusão social. Scenario of research in Visual Arts and the inter-relations with inclusion: A look in the scientific production of the anpad 2004-2011 proceedings Abstract This article is a continuum of the research that started to be developed in 2009 and was expanded in 2011. It aims to map and to analyze the scenario of the research in Visual Arts, and the inter-relation with the social inclusion. The quantitative and qualitative approach used was based on the narratives and discourses within the work published in the Proceedings of the National Meeting of Researchers in Arts (Encontro Nacional dos Pesquisadores em Artes Plásti- cas – ANPAP). To identify and analyze the inter-relations of Visual Arts with the * Professora Doutora da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG/PR), do Departamento de Artes. Curso de Licenciatura em Artes Visuais. Ponta Grossa, Paraná.

description

Exercícios de Química

Transcript of 5406-29113-1-PB

  • 599Educao, Santa Maria, v. 37, n. 3, p. 599-614, set./dez. 2012

    Cenrio da pesquisa em artes visuais e as inter-relaes com a incluso: Umolhar na produo cientfica dos anais da anpap de 2004 at 2011

    Cenrio da pesquisa em Artes Visuais e as inter-relaes com aincluso: um olhar na produo cientfica dos anais da Anpap de 2004

    at 2011

    Ana Luiza Ruschel Nunes*Resumo

    Este artigo continuidade de pesquisa iniciada em 2009, e ampliada em 2011,e objetiva mapear e analisar o cenrio da pesquisa em Artes Visuais e a inter-relao com a incluso social. A abordagem foi quantiqualitativa, a partir dasnarrativas e discursos presentes nos trabalhos publicados nos anais dos En-contros Nacionais dos Pesquisadores em Artes Plsticas ( ANPAP). Para iden-tificar e analisar as Artes Visuais e suas inter-relaes, fez-se um estudo docu-mental por meio das edies dos anais da Anpap, de 2004 at 2011, totalizando229 produes. Constatamos que a produo cientfica na rea est a cada anoem crescimento. Entretanto, verificou-se que foi a partir de 2006 que houve mai-or intensidade da pesquisa das Artes Visuais inter-relacionada com a incluso,ainda que tnue em relao incluso social. A partir dessa anlise identifica-mos concepes, tendncias e diversidades de problemas de pesquisa dasArtes Visuais e incluso, e pode-se inferir que, nos ltimos oito anos, houvemaior aprofundamento em relao a concepes e prticas inclusivas, emboratmido diante da totalidade do cenrio da produo cientfica das pesquisas narea de Artes Visuais.

    Palavras-chave: Artes Visuais; produo cientfica; incluso social.

    Scenario of research in Visual Arts and the inter-relations withinclusion: A look in the scientific production of the anpad 2004-2011

    proceedings

    Abstract

    This article is a continuum of the research that started to be developed in 2009and was expanded in 2011. It aims to map and to analyze the scenario of theresearch in Visual Arts, and the inter-relation with the social inclusion. Thequantitative and qualitative approach used was based on the narratives anddiscourses within the work published in the Proceedings of the National Meetingof Researchers in Arts (Encontro Nacional dos Pesquisadores em Artes Plsti-cas ANPAP). To identify and analyze the inter-relations of Visual Arts with the

    * Professora Doutora da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG/PR), do Departamentode Artes. Curso de Licenciatura em Artes Visuais. Ponta Grossa, Paran.

  • 600 Educao, Santa Maria, v. 37, n. 3, p. 599-614, set./dez. 2012

    Ana Luiza Ruschel Nunes

    inclusion, it was developed a documental analysis of the issues of ANPAPProceedings, from 2004 to 2011, resulting in an amount of 229 productions. Wefound that the scientific production is increasing every year. However, it seemsthat it was just from the year 2006 that there has been an increasing intensity ofthe research on Visual Arts, although tenuously inter-related to the social inclusion.From this analysis we can identify concepts, trends, and diversity of researchproblems on the inter-relation of the Visual Arts and Inclusion. And it can beinferred that in the last eight years, there was a deeper understanding in relationto inclusive conceptions and practices, even being still tenuous, compared tothe entire amount of scientific research on the Visual Arts.

    Keywords: Visual Arts; scientific production; social inclusion.

    O cenrio da pesquisa e a trajetria investigativa

    O caminho trilhado, pela abordagem quantiqualitativa, atravs da an-lise documental, visou identificar, mapear e analisar os percursos de pesquisaem Artes Visuais e incluso social. A problemtica de pesquisa foi indagar: qual o cenrio da pesquisa em Artes Visuais e a inter-relao com a inclusopublicada nos anais da Anpap no perodo de 2004 at 2011?

    Para resolver o proplema proposto, construram-se algumas categori-as, tendo em vista o quantitativo de produo, que sinalizaram as temticas esuas produes cientficas em Artes Visuais e com relao incluso, queforam: cultura afrodescendente; cultura indgena, gnero-sexualidade; tecnologiae arte digital inclusiva; Educao de Jovens e Adultos; cultura popular; Educa-o Especial e incluso; incluso social. Essas categorias nasceram a posteriori,da leitura e da anlise da publicao e mapeamento/catalogao da produo,em relao ao objeto da pesquisa categorias identificadas pela produo nos anais da Anpap, selecionados para o estudo. Assim, foram contempladastodas as edies dos encontros da Anpap, dos ltimos oito anos, e identificou-se que a produo totalizou 1.612 trabalhos de pesquisa em todos os comits.Isso revela e confirma a consolidao da pesquisa na rea de Artes Visuais noBrasil. Por outro lado, verifica-se a tnue produo dos professores/pesquisado-res, artistas e demais pesquisadores autnomos, na interface Artes Visuais eincluso. Ao adentrar no estudo, comprovou-se que o panorama da pesquisadas Artes Visuais com foco na incluso, ainda que frgil, apresentou avanosem determinadas temticas/reas que concentram estudos da arte e incluso,mas ainda carecem de pesquisas, tendo em vista que as dcadas de 1970, 80e 90 no incluem estudos que ampliam pesquisas na rea de Artes Visuais eincluso. Mas, a partir de 2009, torna-se visvel o desenvolvimento e o cresci-mento da pesquisa, e a preocupao dos pesquisadores em construir/produzirconhecimento, destacando o seu desenvolvimento da mesma, em Artes Plsti-cas e Visuais no Brasil.

  • 601Educao, Santa Maria, v. 37, n. 3, p. 599-614, set./dez. 2012

    Cenrio da pesquisa em artes visuais e as inter-relaes com a incluso: Umolhar na produo cientfica dos anais da anpap de 2004 at 2011

    Refletir sobre a produo expressiva no pas e sua expanso atravsdos Encontros da Anpap, em nvel nacional, e no por outros canais como revis-tas indexadas na rea de Artes Visuais, livros publicados na rea, em Anais daAssociao Nacional de Pesquisadores em Educao da Regio Sul (AnpedSul) , e da Associao Nacional dos Pesquisadores em Educao (Anped) GT de Educao e Arte, recentemente criado, ou ainda em outros veculos depublicao, se justifica, porque os encontros da Anpap no Brasil, so os maio-res eventos que renem os profissionais em Artes Visuais, e tm a cada anomostrado que tal associao uma entidade que agrega pesquisadores, reali-zando encontros sistemticos de professores e de pesquisadores de todos osprogramas de ps-graduao na rea, e ainda realiza o frum de coordenadoresde ps-graduao em Artes Visuais de todo o Brasil, para refletir sobre a ps-graduao na rea de Artes Visuais e as questes de pesquisa. Nada maiscoerente do que buscar o cenrio da pesquisa em Artes Visuais e as inter-relaes com a incluso, dada a sua expanso e consolidao numa associa-o de natureza cientfica no pas, para promover, desenvolver e divulgar a pes-quisa no campo das Artes Visuais, como diz Ramalho, Oliveira e Makowiecky,Presidente e vice-presidente da Anpap (2007-2008),

    [...] os anais dos encontros, os quais publicam os traba-lhos apresentados na ntegra, hoje consistem na cole-tnea mais expressiva da pesquisa na rea de ArtesVisuais, bem como em um modo privilegiado de regis-tro da memria da produo intelectual brasileira, nocampo da visualidade. (RAMALHO; MAKOWICKY, OLIVEI-RA, 2007, s/p)

    Isso justifica buscar, nos ltimos oito anos da produo cientfica narea, o cenrio da pesquisa em arte e a incluso, e percebe-se o reflexo de ummaior envolvimento de professores e pesquisadores, artistas, professores e aca-dmicos da graduao e da ps-graduao, com temticas oriundas de pesqui-sas que nascem e resultam de grupos de pesquisa, de programas de ps-graduao Stricto Sensu e Lato Sensu, bem como da pesquisa de iniciaocientfica de acadmicos de graduao.

    Sendo assim, os anais de 2004 a 2011, objetivando identificar o cen-rio da pesquisa em artes visuais e a inter-relao com a incluso, suas aproxi-maes, imprecises e compreenses diante desse tema, so reveladores deuma dimenso da produo cientfica da Anpap-BR. medida que foram anali-sados esses dados documentais criaram-se categorias para a melhor compre-enso do direcionamento/construo do objeto em estudo, bem como para al-canar a intencionalidade do objeto investigado. Para tanto, alguns procedimen-tos foram construdos durante o processo, na compreenso e concepo sobreincluso, num primeiro momento, para que posteriormente fosse feita a anlisedos documentos e a interface da pesquisa em Artes Visuais e sua inter-relaocom a incluso, o que exigiu uma categorizao, construda a posteriori, pois

  • 602 Educao, Santa Maria, v. 37, n. 3, p. 599-614, set./dez. 2012

    Ana Luiza Ruschel Nunes

    primeiro identificou-se a produo da pesquisa quantitativamente, sob os funda-mentos de concepes sobre incluso e incluso social, para posteriormenteserem analisados qualitativamente.

    Artes Visuais e incluso: do qu estamos falando?

    O tema da incluso, considerada um fenmeno social, recente emnossa cultura, mas antigo ao longo do tempo. Estamos comeando a pensar ea buscar alternativas por meio de sua insero em pesquisas sobre arte eincluso. Como qualquer situao que engendra possibilidades de transforma-o e ao, para pensar e superar velhas ideias e, por incorporao, apresentarnovas concepes e aes perante o mundo contemporneo, o caminho foi seconstruindo e desconstruindo, e sendo reconstrudo na perspectiva da incluso.

    A incluso desafia os pesquisadores, causa insegurana, desacomodao institudo, e quebra com velhos paradigmas, torna-se curiosa. Ao mesmo tem-po em que anestesia em algumas questes, exige conhecimento e cria umasensao de indiferena ou negao, de avanos e possibilidades, pois no foiinserida na formao de professores e de artistas. Para tanto, essa temtica daincluso

    Encontra adeptos e tambm crticos; envolve praticamen-te todas as esferas do social, apontando para a neces-sidade de repensar, de alterar hbitos, posturas, atitu-des, comeando pelo plano individual, tirando-nos denossa costumeira zona de conforto: temos que abrirespao em nosso mundinho interno para que mais pes-soas caibam nele. (SASSAKI, 2004)

    Entrelaar as reflexes do ponto vista terico significa buscar refletirsobre algumas concepes que tm orientado o pensamento da incluso, oqual tem sido permeado cada vez mais pelo conceito de incluso social, pormuitos pesquisadores, dentre eles Mantoan (2003, p. 57):

    Compreendendo a incluso como uma ao ou polticaque objetiva a insero de sujeitos excludos, preparan-do as futuras geraes para o convvio com a diversida-de, compreendendo a realidade de todos, deixando delado a perspectiva de que a incluso para os que pos-suem necessidades especiais. Ela para todo aqueleque, de alguma forma, foi excludo.

    Essa viso insere-se na perspectiva da incluso total. Rodrigues (2005,p. 57) entende como incluso a perspectiva que diz: como incluso, entende-mos o processo de reconhecimento e respeito das diferentes identidades dosalunos e uma cultura institucional que aproveita estas diferentes identidadespara benefcio da educao de todos. Percebem-se concepes de tericos

  • 603Educao, Santa Maria, v. 37, n. 3, p. 599-614, set./dez. 2012

    Cenrio da pesquisa em artes visuais e as inter-relaes com a incluso: Umolhar na produo cientfica dos anais da anpap de 2004 at 2011

    que pensam a incluso total para todos, e vale a pena trazer para a discussoeste paradigma em seu sentido mais amplo e complexo. Para um dos grandespensadores-pesquisadores sobre e da Incluso, este amplia o conceito de in-cluso, por incluso social:

    O paradigma da incluso social consiste em tornarmosa sociedade toda um lugar vivel para a convivncia en-tre pessoas de todos os tipos e condies na realizaode seus direitos, necessidades e potencialidades. Nes-te sentido, os adeptos e defensores da incluso, cha-mados de inclusivistas, esto trabalhando para mudara sociedade, a estrutura dos seus sistemas sociais co-muns, as suas atitudes, os seus produtos e bens, assuas tecnologias em todos os aspectos: educao,mostra, trabalho, sade, lazer, mdia, cultura, esporte,transporte etc. (SASSAKI, 2004)

    Conforme explicitado, o paradigma da incluso social traz o conceitode vida independente como outra categoria conceitual no palco do acesso, oque fica explcito que, na concepo atual, que assume o princpio da vida inde-pendente, a acessibilidade e a incluso so conceitos fundantes da inclusosocial.

    Entretanto, ao enfatizar as reflexes em relao incluso de pessoascom deficincia e destacando os desafios da incluso, o referido autor diz:

    Olhando para o passado e o futuro. Olhando para trs,vemos quantas conquistas temos para comemorar, in-clusive no que se refere acessibilidade. Ao mesmotempo, constatamos o quanto ainda temos a conquistar,nesse processo rumo construo de uma sociedadeinclusiva. (SASSAKI, 2004)

    Nessa perspectiva, a sociedade acessvel garante qualidade de vidapara todos; portanto, um compromisso que deve ser assumido por todos ns,em nossas respectivas esferas de ao e influncia. Referindo-se acessibili-dade, Sassaki (2004) assevera que, para a maioria das pessoas, a tecnologiatorna a vida mais fcil. Entretanto, destaca que, para as pessoas com deficin-cia, a tecnologia torna a vida possvel. A tecnologia e seus avanos tm dadorespostas ao bem individual e coletivo na qualidade de vida das pessoas comnecessidades especiais.

    Assim, falar de incluso compreende falar de incluso social, e nestadireo, para Sassaki tambm a sociedade deve estar a servio das necessida-des das pessoas:

  • 604 Educao, Santa Maria, v. 37, n. 3, p. 599-614, set./dez. 2012

    Ana Luiza Ruschel Nunes

    A incluso social o processo pelo qual a sociedade e odeficiente procuram adaptar-se mutuamente em vista equiparao de oportunidades e, consequentemente,uma sociedade para todos. A incluso significa que asociedade deve adaptar-se s necessidades das pes-soas para que esta possa desenvolver-se em todos osaspectos da sua vida. (SASSAKI,1997, p. 18)

    Olhar para esses paradigmas em sua complexidade conceitual leva apensar na amplitude que tomam, devendo-se considerar tambm as formas deacesso e permanncia em todos os aspectos da sociedade. Para Rattner, aincluso torna-se vivel somente quando, atravs da participao em aes co-letivas, os excludos so capazes de recuperar sua dignidade e conseguem alm de emprego e renda acesso moradia decente, facilidades culturais eservios sociais, como educao e sade (RATTNER, 2002, p.1).

    Tambm se compreende que, conceitualmente, incluso no o mes-mo que integrao, conforme afirma Gil (2006): Incluso mobilizao social. Asociedade se prepara para acolher os sujeitos. Diferentemente, integrao mobilizao pessoal para se ajustar a uma sociedade. A educao deve formarsujeitos crticos, participantes e atuantes. A mesma autora, citando o que dizPaulo Freire: seria, realmente, uma violncia, como de fato , que os homens,seres histricos e necessariamente inseridos num movimento de busca, comoutros homens, no fossem o sujeito de seu prprio movimento(FREIRE, 2005apud GIL, 2006, p. 86).

    Estas ideias revelaram alternativas para refletir sobre arte e incluso epara identificar o panorama da pesquisa, na qual se passa a seguir, consideran-do uma continuidade da pesquisa de 2009, e que, ainda assim, exigiu rever eidentificar o cenrio da pesquisa em Artes Visuais e incluso at os atuais anaisda Anpap- 2004-2011 para maiores aprofundamentos.

    Cenrio da pesquisa em Artes Visuais e inter-relao com a incluso: umincio que virou ruptura e continuidade

    Tendo mapeado e analisado os dados que contemplam as ediesdos ltimos oito anos, totalizando as 1619 produes cientficas artigos pro-duzidos e publicados de 2004 at 2011, identificaram-se 229 produes emArtes Visuais em inter-relao com a incluso. Detectou-se que a pesquisa e oobjeto em estudo apresentaram uma complexidade maior das temticas emArtes Visuais e incluso. medida que eram analisados os dados documen-tais os anais da Anpap 2004-2011, definiram-se algumas categorias para me-lhor compreenso, direcionamento do plano de exposio do fenmeno em es-tudo, bem como para alcanar a intencionalidade da pesquisa. Na anlise decada um dos anais, por encontro, identificando a pesquisa na rea e detectandoas temticas e as inter-relaes com a incluso, selecionando os textos/arti-

  • 605Educao, Santa Maria, v. 37, n. 3, p. 599-614, set./dez. 2012

    Cenrio da pesquisa em artes visuais e as inter-relaes com a incluso: Umolhar na produo cientfica dos anais da anpap de 2004 at 2011

    gos, pontuaram-se os primeiros sinais do cenrio da pesquisa em Artes Visuaise incluso, visualizados no Quadro 1.

    Dessa viso geral dos dados quantitativos, identificam-se a seguir ostrabalhos/publicaes de Artes Visuais e incluso, sob a anlise agrupada porcategorias/temticas por ano dos encontros da Anpap, de 2004 a 2011, pontua-das no Quadro 2.

    ANAIS/ENCONTRO/ANO TOTAL TRABALHOSNMERO DE PESQUISASPUBLICADAS EM ARTES

    VISUAIS E INCLUSO

    13 ANPAP - 2004 120 27

    14 ANPAP - 2005 132 19

    15 ANPAP - 2006 135 36

    16 ANPAP - 2007 164 37

    17 ANPAP - 2008 201 60

    18 ANPAP - 2009 308 13

    19 ANPAP - 2010 227 18

    20 ANPAP - 2011 332 19

    8 edies ltimos 8anos

    1619 trabalhospublicados (100%)

    229 trabalhos em ArtesVisuais e inter-relao com aincluso (14%)

    Fonte: elaborado pela pesquisadora a partir da anlise dos anais da Anpap de 2004-2011.

    Quadro1 Mapeamento dos anais por encontro/ano, identificando o total de trabalhospublicados e identificados na inter-relao com a incluso

  • 606 Educao, Santa Maria, v. 37, n. 3, p. 599-614, set./dez. 2012

    Ana Luiza Ruschel Nunes

    Os dados mencionados so reveladores da pesquisa na rea. Issodemonstrou a necessidade de analisar qualitativamente tais resultados, em re-lao produo da pesquisa em Artes Visuais e as inter-relaes com a inclu-so, que so indiscutivelmente temticas as quais vislumbram a possibilidadede avano, no sentido de buscar aes e proposies na conquista de umasociedade que valorize e conviva com as diferenas para alm da diversidade,pois esta, muitas vezes, pode se transformar em norma, e no em exceo, nasociedade brasileira. Isso acontece devido ao aumento de grupos excludos.Percebe-se, ainda que contraditoriamente, a excluso de grupos no cotidianosocial, educacional, artstico, cultural, levando a no incluso para todos, reve-lando uma questo tico-social diante de grupos de minorias e a acessibilidade.

    REA/CATEG-ORIAS 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

    Total = porCategoria

    Arte eAfrodescendente 1 1 2 1 4 - - 1 10

    Arte e culturaindgena 2 3 2 1 2 1 1 - 12

    Arte, gnero esexualidade 2 2 - 1 1 - 1 2 9

    Arte e EJA - 1 - - 1 - 1 - 3

    Arte e culturapopular - - - - - - 1 1 2

    Arte, EducaoEspecial eincluso

    1 2 - 1 3 3 3 4 17

    Arte etecnologia 21 10 32 33 49 8 11 11 175

    Arte e inclusosocial - - - - - 1 - - 1

    27 19 36 37 60 13 18 19 229

    Fonte: elaborado pela pesquisadora a partir da anlise da publicao dos anais2004-2011.

    Quadro 2 Demonstrativo das categorias/temticas, por ano, de forma quantitativa,identificadas na produo da pesquisa em Artes Visuais e inter-relao com aincluso nos anais Anpap

  • 607Educao, Santa Maria, v. 37, n. 3, p. 599-614, set./dez. 2012

    Cenrio da pesquisa em artes visuais e as inter-relaes com a incluso: Umolhar na produo cientfica dos anais da anpap de 2004 at 2011

    Assim, o agrupamento da produo da pesquisa d visibilidade deresultados e da produo cientfica na perspectiva inclusiva de minorias, negros,ndios, de gnero e sexualidade, da cultura popular, de classe social, na Educa-o de Jovens e Adultos, da incluso digital e das necessidades educativasespeciais.

    Pode-se inferir que a pesquisa em Artes Visuais, em relao inclu-so social, traz uma produo e reflexo; entretanto, esse cenrio frgil, poisda totalidade dos trabalhos apresentados/publicados, apenas 14,1% tm comofoco a pesquisa em Artes Visuais, na construo e produo cientfica em rela-o s minorias excludas, ou seja, em relao incluso social. Pode-se dizerque um objeto de pesquisa ainda incipiente, pois a produo em arte e aincluso no Brasil, sob o olhar da pesquisa realizada e publicada nos anais dosltimos oito anos, totalizou 229 pesquisas, evidenciando que h necessidadede maior comprometimento com a arte e a incluso social, na formao humanacomo um todo, e para todos indistintamente.

    Os/as pesquisadores/as trabalham em suas pesquisas determinaesde temticas da e sobre a cultura afro-brasileira presentes na cultura popular, eos estudos da cultura dos afrodescendentes, como revelam estudos sobre amulher negra, a pesquisa do corpo e o candombl como conhecimento e est-tica na cultura popular, tambm trazendo para o debate a performance ritual e aarte da tradio xavante, e a pesquisa da arte tnica guarani, temtica necess-ria no campo da educao indgena.

    Destacam-se as investigaes sobre gneros e sexualidade, enfocandoa questo do respeito s diferenas, e so temticas detectadas em um nme-ro mnimo na produo da pesquisa em Artes Visuais. Isso revela que h umaminoria de pesquisadores preocupados, ainda que no de forma aprofundada,com a incluso desses grupos na investigao em Artes Visuais.

    So incipientes as pesquisas, nos ltimos oito anos da Anpap noBrasil, sobre a arte e a Educao de Jovens e Adultos (EJA). Nessas oito edi-es dos encontros da Anpap, apenas em 2005, no 14, e em 2008, no 17Anpap, surgem pesquisas na modalidade EJA, que historicamente tem umaateno contundente de polticas pblicas na educao, com formao de pro-fessores e expandindo escolarizao para esse grupo excludo socialmente doprocesso e do acesso qualificao profissional, e do acesso educao paramelhorar a qualidade de vida. Entretanto, j emerge pesquisa da incluso dotrabalhador e seu acesso educao e s Artes Visuais.

    Igualmente, a pesquisa na perspectiva da cultura popular em arte,ainda que tmida, marca a produo da rea com grupos minoritrios, entreculturas e suas matrizes populares, de grupos excludos por suas diferenas declasse social, das identidades culturais desses grupos, em que a pesquisaestabelece a inter-relao com a incluso da arte pela cultura vivida e percebida

  • 608 Educao, Santa Maria, v. 37, n. 3, p. 599-614, set./dez. 2012

    Ana Luiza Ruschel Nunes

    por esses grupos. A incluso da arte e a arte includa em diferentes gruposminoritrios excludos social, educacional e culturalmente tm sido preocupa-o de alguns pesquisadores.

    Identificamos nesta categoria/temtica da arte e tecnologia uma ex-pressiva expanso das produes que se concentram em anlise e discussoem relao arte, tecnologia e incluso. possvel compreender a inclusodigital por uma via em que o prprio artista e professor esto tentando a suaincluso nesse campo. A pesquisa em arte e tecnologia e suas interfaces temsido uma preocupao de artistas e professores/pesquisadores, com maiorrecorrncia nos anais da Anpap. O cenrio da pesquisa e a incluso da artedigital na formao inicial e continuada de professores de Artes Visuais abremespaos com processos de produo criativa artstica, com as tecnologias esua hibridizao contempornea. A arte,tecnologia e incluso, para artistas eprofessores/pesquisadores, est ainda muito voltada para a formao de acad-micos no Ensino Superior e na Educao a distncia em maior nfase. Entre-tanto, ainda pouca a incluso desse processo e formao com grupos exclu-dos socialmente, isso sem dvida uma preocupao em relao a inclusoescolar das pessoas com necessidades educativas especiais e tambm noespeciais. Assim, poticas digitais, e a produo com corpos informticos esua abrangncia e complexidade, e da arte, tecnologia e suas interfaces atravsda mquina uma intensa produo cientfica pela pesquisa de artistas, profes-sores e pesquisadores, na amplitude da incluso mais para acadmicos doensino superior, e na formao continuada de professores com a interface arte,tecnologia e incluso.

    Por fim, destaca-se o cenrio de pesquisa das Artes Visuais e Educa-o Especial inclusiva, tanto social como educacional, cultural e artstica, nasociedade brasileira. O panorama da pesquisa nessa rea da arte e incluso depessoas com necessidades educativas especiais em suas mltiplas dimen-ses se mostra tmida na produo em pesquisas e publicao nos ltimosanos, expresso nos anais da Anpap de 2004-2011.

    A incluso na Educao Especial surge mais precisamente na dca-da de 1980, fruto de antecedentes da incluso na sociedade em sua trajetria.Desde os povos primitivos, quem no conseguia acompanhar o grupo era aban-donado. A seleo natural que determinava sua incluso social. Nessa dire-o, Sassaki (1997), em seus estudos, j dizia que a educao de pessoascom deficincia passou por fases distintas, descritas por ele da seguinte manei-ra: excluso, segregao institucional, integrao e incluso. Esta afirmaode Sassaki, dos anos finais da dcada de 90, refere-se fase da incluso, parasuperar a integrao que fez surgir as classes especiais, inseridas no contextoescolar regular, com os testes de QI para selecionar os alunos com grandepotencial acadmico. Por integrao compreende-se a insero da pessoadeficiente preparada para conviver na sociedade, diferente da incluso, que se-ria uma modificao da sociedade como pr-requisito para que a pessoa com

  • 609Educao, Santa Maria, v. 37, n. 3, p. 599-614, set./dez. 2012

    Cenrio da pesquisa em artes visuais e as inter-relaes com a incluso: Umolhar na produo cientfica dos anais da anpap de 2004 at 2011

    deficincia possa buscar seu desenvolvimento e exercer a cidadania (SASSAKI,1997, p. 43).A incluso iniciada na dcada de 1980 introduziu a prtica inclusivacom certos princpios, como a aceitao das diferenas individuais, a valoriza-o da contribuio de cada pessoa, a aprendizagem colaborativa e cooperadana convivncia e igualdade entre os diferentes.

    Assim, o cenrio da pesquisa em Artes Visuais e a incluso socialpara todo o cidado nos espaos escolares, em instituies sociais e em espa-os da sociedade como um todo, nos quais todas as necessidades so satisfei-tas, requer de forma interdependente o aspecto organizacional como uma redede apoio, procedimentos de trabalho em equipe em sua forma colaborativa, e deestratgias educacionais do ensinar-aprender cooperativamente, o que deman-da que a sociedade se reestruture, bem como a escola e os espaos produtivosda arte na sociedade. Os processos inclusivos devem permear esses espaos,olhando a diferena e no a deficincia, como fundamento da incluso paratodos.

    Nesse sentido, percebe-se que o panorama da pesquisa em ArtesVisuais e as inter-relaes com a incluso social j mostra um cenrio de pes-quisa e dados reveladores nas produes cientficas dos anais, trazendotemticas como: objetos pedaggicos para o ensino de arte e contextos inclusi-vos; a pesquisa com alunos cegos e a incluso em contextos escolares; autismo,arte e o ensino como uma possibilidade; processos criativos e o fazer artsticocom crianas cegas; a questo da Educao Especial e a deficincia visual,experincia esttica com portadores de baixa viso; a imagem e esquemasgrficos; e ensinos do desenho a crianas cegas so temticas de pesquisasem Artes Visuais com pessoas portadoras de necessidades especiais. Refle-tem, portanto, a preocupao de pesquisadores em relao s Artes Visuais e incluso. Identificou-se um cenrio da pesquisa em Educao Especial eeducao inclusiva, tendo a deficincia visual, com cegos e a sub cegueira amaior nfase nas pesquisas.Tambm foi identificado um nico trabalho de pes-quisa sobre a formao de professores em contextos inclusivos, o que alta-mente significativo e, por mrito, demarca uma temtica quase marginal depesquisa, identificada nos anais da Anpap desses ltimos oito anos. E em 2009 identificada uma temtica de pesquisa que surge na perspectiva intencionalda arte e incluso social. Esta questo exige um olhar especial para a pesqui-sa, diante dos discursos da necessidade da formao de professores, comoem expanso pensando tambm na formao de artistas, que se sentem semformao para atuar com as Artes Visuais inclusivas com pessoas com neces-sidades especiais, e com a diversidade e diferenas de raa, de classe, deculturas, de gnero, e outras instncias de incluso social e educacional emespaos formais e no formais de ensino das Artes Visuais, em contextos deincluso social para todos, de forma mais concreta e interdependente, na com-plexa sociedade contempornea.

  • 610 Educao, Santa Maria, v. 37, n. 3, p. 599-614, set./dez. 2012

    Ana Luiza Ruschel Nunes

    Consideraes finais

    No tocante ao objetivo deste estudo, que foi identificar, mapear eanalisar o cenrio da pesquisa em arte e as inter-relaes com a incluso, aofinaliz-lo pode-se dizer que teve uma importncia para a construo e sociali-zao das pesquisas, o que a Anpap tem feito na organizao de encontros,visando discutir a produo cientfica por meio desses trabalhos.

    Como se esperava, s um estudo como o que se empreendeu quepoderia subsidiar a discusso para ultrapassar o nvel da especulao, pois abusca do problema de pesquisa foi o melhor caminho para chegar a seus resulta-dos, no fechados, para conhecer o cenrio das investigaes em Artes Visuais eas inter-relaes com a incluso. Nas Artes Visuais, as pesquisas revelam umaconcepo limitada, e pode-se afirmar que reflexo do envolvimento de poucosprofessores/pesquisadores e artistas/pesquisadores com a temtica. Percebeu-se ainda muito tnue a pesquisa sobre incluso social, relacionada a diferentescontextos inclusivos. A concepo de incluso social tornou-se mais complexae ampliada para uma incluso para todos, contemplando-se: educao indge-na, educao de afrodescendentes, educao em espaos de menores aban-donados, educao de meninas e meninos de e na rua, Educao de Jovens eAdultos, educao em presdios, educao dos menores infratores, educaona recuperao das pessoas em situao de dependncia qumica, e educaodas pessoas com necessidades educativas especiais, das questes de gneroe sexualidades, dentre outros.

    Portanto, se identificam resultados diante da anlise e discussoemergida da pesquisa em relao a Artes Visuais e incluso social. Pode-seafirmar que, ao longo dos ltimos oito anos, houve gradativamente avanos naproduo do conhecimento. Identificaram-se, ento, tendncias, que causamimpacto na pesquisa em arte e incluso e as concepes a atreladas comofundamentos e implicaes prticas educativas das Artes Visuais e sua inter-relao para o cotidiano dos espaos institucionais formais e informais inclusi-vos, bem como os no formais e emergentes. Chama a ateno o fato de que foia partir de 2009 que surgiram explicitamente as temticas da relao das artese a incluso social, o que um grande avano, considerando-se que at entono haviam sido relatadas pesquisas com esse foco nos anais da Anpap. Outroganho observado refere-se ao fato de que a pesquisa se volta para a vida daspessoas e suas vivncias inclusivas em sociedade, abrindo e expandindo oprocesso de incluso social emancipatria.

    Assim, pode-se afirmar que a presente pesquisa, que investigou osestudos publicados nos anais da Anpap, focalizando as Artes Visuais na pers-pectiva da produo do conhecimento, foi reveladora da processualidade histri-ca. Demarcou um cenrio de pesquisa altamente significativo, se comparadoaos anais dos encontros desde sua origem, e anterior aos anos de 2004, cujaproduo, naquele contexto, no apresentava nenhum trabalho da arte e inclu-

  • 611Educao, Santa Maria, v. 37, n. 3, p. 599-614, set./dez. 2012

    Cenrio da pesquisa em artes visuais e as inter-relaes com a incluso: Umolhar na produo cientfica dos anais da anpap de 2004 at 2011

    so, menos ainda de Artes Visuais e incluso social, da o avano da pesquisaainda que frgil das artes visuais e a produo cientfica na atualidade, por pes-quisadores da rea. Em oito anos, a pesquisa se consolidou e se expandiu,destacando para isso a contribuio do crescimento de cursos de licenciatura ebacharelado em Artes Visuais, dos programas de ps-graduao mestrado/doutorado de Artes Visuais e na rea da Educao.

    Infere-se que a pesquisa e a produo do conhecimento foram amplian-do aos mais diversos contextos institucionais de Educao e de Artes Visuaisno Brasil, descentralizando essa produo do conhecimento, expandindo-se deforma significativa na produo pela pesquisa na rea, e de seu campo de ex-panso. Ao mesmo tempo, desvela a produo que se pode dizer significativa epossvel, pois ao se ver professores/pesquisadores e artistas/pesquisadores sedebruarem sobre os estudos da arte e incluso e de pesquisa em relao aincluso social, que amplia mais a concepo de incluso, como aborda Sassaki(1997). Por fim, pode-se concluir de forma aberta, que esta pesquisa, a partir doproblema e de seus objetivos, o cenrio da pesquisa em Artes Visuais e a inter-relao com a incluso e para alm a incluso social, possibilitou conhecer ocenrio da pesquisa em Artes Visuais e a inter-relao com a incluso e inclu-so social mais ampla, tendo nos anais a produo da pesquisa, para afirmar esocializar o objeto dessa investigao, na certeza de que se abrem alternativaspara aprofundar a anlise e dar continuidade aos estudos das temticas depesquisa na rea das Arte Visuais e incluso social.

    Referncias

    ENCONTRO NACIONAL DA ANPAP. Arte em pesquisa: especificidades.In:Anais do 13 Encontro Nacional da ANPAP. Maria Beatriz de Medeiros.(Org.Impressa). Braslia: ANPAP, Editora do PPGA/UnB,. ISBN 85-89698-07-6(v.1); ISBN 85-89698-06-8 (v.2).Braslia DF, 2004.

    ENCONTRO NACIONAL DA ANPAP. Cultura visual e desafios da pesquisa emArte. In:Anais do 14 Encontro Nacional da ANPAP. Alice Ftima Martins;Luiz Edegar Costa; Rosana Horio Monteiro. (Org.Impressa). Goinia: ANPAP,FAV/UFG. ISBN 85-89576-05-1 (v.1); ISBN 85-89576-06-X (v.2). 2005.

    ENCONTRO NACIONAL DA ANPAP. Arte: limites e contaminaes. Anais do15 Encontro Nacional da ANPAP. Arte: Limites e Contaminaes. In:Anaisdo 15 Encontro Nacional da ANPAP. Cleomar de Sousa Rocha. (Org.Impressa).Salvador: ANPAP, 2007. ISBN 978-85-60639-00-7 (v.1); ISBN 978-85-60639-01-4(v.2).2006.

    ENCONTRO NACIONAL DA ANPAP. Dinmicas epistemolgicas em Artes Vi-suais (17:2007: Florianpolis/SC). Anais do 16 Encontro Nacional da ANPAP.16 Encontro Nacional da ANPAP. Florianpolis SC, 2007. DinmicasEpistemolgicas em Artes Visuais. In:Anais do 16 Encontro Nacional daANPAP.Sandra Regina Ramalho e Oliveira; Sandra Makowiecky. (Org. Impres-

  • 612 Educao, Santa Maria, v. 37, n. 3, p. 599-614, set./dez. 2012

    Ana Luiza Ruschel Nunes

    sa). Florianpolis: ANPAP, UDESC. ISBN 978-85-61136-02-04 (v. 1); ISBN 978-85-61136-03-1 (v. 2).318, p. 2007

    ENCONTRO NACIONAL DA ANPAP. Panorama da pesquisa em Artes Visuais(18:2008: Florianpolis/SC). (17:2008: Florianpolis/SC) Anais do 17 Encon-tro Nacional da Associao dos Pesquisadores em Artes Plsticas ANPAP.Anais do 16 Encontro Nacional da ANPAP. Sandra Regina Ramalho e Oliveira;Sandra Makowiecky. (Org.). Florianpolis: ANPAP, UDESC, Clicdata Multimdia.CD- ROM. ISBN 85-98958-04-2.2008.2008.

    ENCONTRO NACIONAL DA ANPAP. Transversalidades nas Artes Visuais(19:2009:Salvador). Anais do 18 Encontro Nacional da Associao dosPesquisadores em Artes Plsticas ANPAP. Transversalidades nas ArtesVisuais. In:Anais do 18 Encontro Nacional da ANPAP. Maria Virginia GordilhoMartins (Viga Gordilho); Maria Herminia Olivera Hernndez. (Org.). Salvador:ANPAP, EDUFBA. ISSN: 2175-8220 (CD-ROM) ISSN: 2175-8212 (ONLINE).2009.

    ENCONTRO NACIONAL DA ANPAP. Entre territrios. Anais do 19 EncontroNacional da Associao dos Pesquisadores em Artes Plsticas ANPAP.Entre territrios. In: Anais do 19 Encontro Nacional da ANPAP. Maria VirginiaGordilho Martins (Viga Gordilho); Maria Hermnia Oliveira Hernndez. (Org.).Cachoeira: ANPAP, EDUFBA. ISSN: 2175-8220 (CD-ROM) ISSN: 2175-8212(ONLINE), 2010.

    ENCONTRO NACIONAL DA ANPAP. Subjetividade, utopia e fabulaes.(20:2009:Rio de Janeiro). Anais do 20 Encontro Nacional da Associaodos Pesquisadores em Artes Plsticas - ANPAP. Sheila Cabo Geraldo, LuizCludio da Costa (organizadores). - Rio de Janeiro: ANPAP. CD-ROM: 4 pol.ISSN 2175-8220 : (CD-ROM) ISSN 2175-8212 : (verso eletrnica) Sheila CaboGeraldo (Org.). UERJ:RJ: ANPAP, 2011.CD-R.2011.

    FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005.

    GIL, A. C. Mtodos e tcnicas de pesquisa social. So Paulo: Atlas, 1995.

    GIL, T. N. Anlise de um projeto da educao profissional voltado inclu-so social. Disponvel em: http://www.anped.org.br/reunioes/29ra/trabalhos/posteres/GT09-2198Int.pdf, Acesso em: 29 de maro de 2009.

    MANTOAN, M. T. E. Incluso escolar: o que ? por qu? como fazer? SoPaulo: Moderna, 2003.

    ______. O direito diferena na igualdade dos direitos: questes sobre aincluso escolar de pessoas com e sem deficincias. In: BATISTA, CristinaAbranches Mota (Org.). tica da incluso. Belo Horizonte: Armazm de Ideias,2004.

  • 613Educao, Santa Maria, v. 37, n. 3, p. 599-614, set./dez. 2012

    Cenrio da pesquisa em artes visuais e as inter-relaes com a incluso: Umolhar na produo cientfica dos anais da anpap de 2004 at 2011

    NUNES,A. L. R. Panorama da pesquisa em Artes Visuais em inter-relaocom a incluso. In: MENDES,G. M. L. M.; SILVA, M. C. R. F. (Orgs). Educa-o, arte e incluso; trajetrias de pesquisa. Florianpolis: Editora da UDESC,2009.

    OLIVEIRA,S. R. de. Apresentao dos Anais: In: ENCONTRO NACIONAL DAANPAP Dinmicas epistemolgicas em Artes Visuais (17:2007: Florianpolis/SC). Anais do 16 Encontro Nacional da ANPAP. Florianpolis SC, 2007.Dinmicas epistemolgicas em Artes Visuais. Sandra Regina Ramalho e Olivei-ra; Sandra Makowiecky. (Org.Impressa). Florianpolis: ANPAP, UDESC. ISBN978-85-61136-02-04 (v.1); ISBN 978-85-61136-03-1 (v.2).318p.2007

    RATTNER, H. Sobre excluso social e polticas de incluso. Revista EspaoAcadmico, Ano II, n. 18, novembro de 2002.

    RODRIGUES, D.; KREBS, R.; FREITAS, S. N. (Orgs.). Educao inclusiva enecessidades educativas especiais. Santa Maria: Ed. UFSM, 2005.

    SASSAKI, R. K. Pessoas com deficincia e os desafios da Incluso. RevistaNacional de Reabilitao, jul./ago. 2004. Disponvel em: bauru.apaebrasil.org.br/arquivo. phtml?a=9453. Acesso em: 28 de fevereiro de 2009.

    SASSAKI, R. K. Incluso: construindo uma sociedade para todos. Rio de Ja-neiro: Editora WVA, 1997.

    CorrespondnciaAna Luiza Ruschel Nunes Universidade Estadual de Ponta Grossa/PR, Setor de Cincias

    Humanas, Letras e Artes. Av. Gen. Carlos Cavalcanti, 4748. Uvaranas, CEP 84101-919 PontaGrossa, Paran.

    E-mail: [email protected]

    Recebido em 14 de fevereiro de 2012Aprovado em 03 de julho de 2012