5's projeto

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5´s Um dos aspectos que mais chamam a atenção de qualquer pessoa quando visita uma fábrica ou mesmo um escritório é seu estado de limpeza, organização, ordem e asseio. A limpeza por si só, não garantem a qualidade e a produtividade, mas sua falta certamente garante a falta de qualidade e baixa produtividade. A experiência demonstra que qualquer programa de melhoria da qualidade e produtividade deve iniciar-se com a mudança de hábitos dos colaboradores quanto à limpeza, organização, asseio e ordem do local de trabalho. Hoje já é usual encontramos fábricas extremamente limpas, com o chão brilhando, com vasos de flores, com salas com sofás, jornal do dia e cafezinho tudo isso em meio às máquinas em plena produção. Esse movimento, que mais cedo ou mais tarde acabará chegando a todas as empresas, é denominado housekeeping, que pode ser traduzido por algo como limpeza da casa. Os japoneses, mais uma vez, metodizaram a forma de se fazer o housekeeping pela utilização sistemática do 5’s, que são cinco palavras da língua japonesa que iniciam com ‘ s ‘: Seiri (senso de utilização): separar os itens em necessários e desnecessários e livrar-se desses últimos. Muitas vezes torna-se difícil distinguir o necessário do desnecessário. A sugestão dos especialistas é na dúvida, livra-se do item. As desvantagens de armazenar ou de qualquer forma guardar coisas desnecessárias são bem conhecidas, pois, por exemplo, estoques desnecessários ocupam espaço que custa dinheiro, mais gavetas e armários acabam sendo utilizados para guardar o desnecessário, máquinas que não mais são necessárias atrapalham o layout e o manuseio dos materiais. Seiton (senso de arrumação ou ordenação): separar e acondicionar os materiais de forma organizada e adequada de modo a serem facilmente localizados, retirados e usados. Tudo deve ter seu lugar previamente definido. Aquilo que uso mais frequente deve estar mais a mão. A organização sempre acompanha a liberação das áreas, pois uma vez que as coisas estão organizadas, só deve sobrar o desnecessário . Uma boa prática é colocar etiquetas nos locais especificando o que lá está armazenado de forma mais clara possível. Seiso (senso de limpeza): manter os itens e o local de trabalho em que são armazenados e usados sempre limpos. Limpar é checar, verificar as máquinas e ferramentas de forma regular. Mostrar as melhorias obtidas regularmente, por meio de tabelas, gráficos ou outros dispositivos visuais, procurando sempre melhorar as áreas de trabalho. O colaborador deve manter limpos não somente o chão ao redor da máquina

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Um dos aspectos que mais chamam a atenção de qualquer pessoa quando visita uma fábrica ou mesmo um escritório é seu estado de limpeza, organização, ordem e asseio. A limpeza por si só, não garantem a qualidade e a produtividade, mas sua falta certamente garante a falta de qualidade e baixa produtividade.

A experiência demonstra que qualquer programa de melhoria da qualidade e produtividade deve iniciar-se com a mudança de hábitos dos colaboradores quanto à limpeza, organização, asseio e ordem do local de trabalho. Hoje já é usual encontramos fábricas extremamente limpas, com o chão brilhando, com vasos de flores, com salas com sofás, jornal do dia e cafezinho tudo isso em meio às máquinas em plena produção.

Esse movimento, que mais cedo ou mais tarde acabará chegando a todas as empresas, é denominado housekeeping, que pode ser traduzido por algo como limpeza da casa. Os japoneses, mais uma vez, metodizaram a forma de se fazer o housekeeping pela utilização sistemática do 5’s, que são cinco palavras da língua japonesa que iniciam com ‘ s ‘:

Seiri (senso de utilização): separar os itens em necessários e desnecessários e livrar-se desses últimos. Muitas vezes torna-se difícil distinguir o necessário do desnecessário. A sugestão dos especialistas é na dúvida, livra-se do item. As desvantagens de armazenar ou de qualquer forma guardar coisas desnecessárias são bem conhecidas, pois, por exemplo, estoques desnecessários ocupam espaço que custa dinheiro, mais gavetas e armários acabam sendo utilizados para guardar o desnecessário, máquinas que não mais são necessárias atrapalham o layout e o manuseio dos materiais.

Seiton (senso de arrumação ou ordenação): separar e acondicionar os materiais de forma organizada e adequada de modo a serem facilmente localizados, retirados e usados. Tudo deve ter seu lugar previamente definido. Aquilo que uso mais frequente deve estar mais a mão. A organização sempre acompanha a liberação das áreas, pois uma vez que as coisas estão organizadas, só deve sobrar o desnecessário . Uma boa prática é colocar etiquetas nos locais especificando o que lá está armazenado de forma mais clara possível.

Seiso (senso de limpeza): manter os itens e o local de trabalho em que são armazenados e usados sempre limpos. Limpar é checar, verificar as máquinas e ferramentas de forma regular. Mostrar as melhorias obtidas regularmente, por meio de tabelas, gráficos ou outros dispositivos visuais, procurando sempre melhorar as áreas de trabalho. O colaborador deve manter limpos não somente o chão ao redor da máquina como também a própria máquina, interna e externamente, bancadas e parede, caso esteja próximo a uma. Não dependurar nada como objetos pessoais e pôsteres nas paredes.

Seiketsu (senso de padronização): os 3’s vistos até agora são coisas que nós fazemos e executamos. A padronização aqui deve ser entendida como um “estado de espírito”, isto é, enraizados que fazem com que, de modo padronizado, para não dizer automatizado, como reflexos condicionados. Os equipamentos e as áreas de trabalho devem estar sempre limpos e asseados, de modo a garantir segurança no trabalho, e itens quebrados, supérfluos, usados e desnecessários devem ser removidos para fora do local de trabalho. A segurança é um requisito primordial, pois barulho, fumaça, cabos e fios espalhados pelo chão aumentam as chamadas causas de condições inseguras de trabalho. Todas as coisas devem ter um lugar próprio, e devem ser minimizadas as perdas com vazamento de óleo, desperdício de eletricidade, entre outros.

Shitsuke (senso de disciplina): significa manter, de forma disciplinada, tudo que leva à melhoria do local de trabalho, da qualidade e da segurança do colaborador. Significa usar, de forma disciplinada, os equipamentos de proteção contra acidentes no trabalho, andar

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uniformizado, portando o respectivo crachá e, evidentemente, manter limpo, organizado e asseado o local de trabalho. A disciplina que é o coroamento dos 4’s anteriores. Pode ser atingida com um treinamento persistente e atribuindo responsabilidades aos gerentes e supervisores quanto ao comportamento de seus colaboradores.

Os 5’s têm aplicações não somente em grandes organizações, mas também nas pequenas empresas, nos trabalhos de escritórios, em canteiros de obra, em fundições ou em qualquer lugar, mesmo naqueles considerados sujos por natureza.

Assim, como não deve existir um nível aceitável de não conformidades, também não deve existir um nível aceitável de sujeira, desordem e desorganização do local de trabalho. A tese do housekeeping é que não é necessária alta tecnologia para aplicá-lo; pelo contrário, trata-se de algo simples, acessível a qualquer pessoa, por menor que seja seu grau de instrução. É tão somente um problema cultural. É nesse aspecto, isto é, da cultura, que as empresas devem agir, partindo de uma conscientização alta administração, fazendo com que as pessoas façam corretamente as coisas simples, como parte integrante de um programa de JIT, de melhoria contínua. Se as pessoas não podem fazer corretamente as coisas simples, como irão fazer as complicadas, a fim de tornar a empresa excelente, de classe mundial?

Essa mudança cultural preconizada pelo 5’s é feita no sentido que a limpeza não é só responsabilidade dos faxineiros, mas sim de todos os colaboradores, havendo uma relação evidente entre os padrões de limpeza, organização, ordem e asseio do trabalho e as atitudes gerenciais.

A chamada prática dos 5’s vem sendo cada vez mais aplicada em nossas empresas, como uma forma de constatar seu sucesso ou fracasso e ver o estado de seu 5’s.

HISTÓRICO:As atividades de 5S tiveram início no Japão, logo após a 2ª Guerra Mundial, para

combater a sujeira das fábricas, tendo sido formalmente lançado no Brasil em 1991 através da Fundação Christiano Ottoni.

POR QUÊ O 5S?- Constante necessidade de mudança dos clientes- O 5S facilita a aplicação dos programas de melhoria- O 5S é quesito básico para eliminação de perdas- Bem-estar do homem- Prevenção de Acidentes- Aumento de Produtividade

COMO DESENVOLVER O PROJETO?

  1 - Definir linhas Piloto   2 - Estabelecer cronograma de 5S para as áreas   3 - Aplicar Treinamento   4 - Introduzir a Gestão visual   5 - Definir Responsáveis pelo programa nas áreas   6 - Criar o Comitê de auditores   7 - Estabelecer Calendário de auditorias 5S   8 - Criar Sistema de Gerenciamento de 5S na Fábrica

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Frase:“As únicas coisas que evoluem por si mesmas nas empresas, nas sociedades ou em qualquer

entidade são: a desordem, a bagunça, o atrito e o mau desempenho. O restante precisa de liderança, orientação, disciplina, treinamento e organização.”

Peter Druker

http://manualdotrabalhoseguro.blogspot.com.br/2014/06/como-implementar-o-5s-cinco-s-na-empresa.html

referências

Administração da produção/ Petrônio G. Martins, Fernando P. Laugeni 2 ed. re., São Paulo: Editora Saraiva, 2005.

Administração de produção e operações / Lee Krajewski, Larry Ritzman e Manoj Malhotra : 8 ed. Americana, Editora Pearson Prentice Hall, 2009 São Paulo.